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quinta-feira, 25 de maio de 2017
Projeto Severino faz chover
Severino faz chover
Ana Maria Machado
Severino não tinha nada demais, era parecido com muitos outros.
Mas onde ele morava não era muito parecido com outros lugares. Era seco.
A terra era seca, cheia de poeira.
Então Severino chamou os amigos e começou a pedir um pouco de chuva para as nuvens. Uma celebração dos brinquedos infantis tradicionais.
Filosofia na Educação Infantil
Para começar um trabalho filosófico com nossos alunos, é extremamente necessário:
- Demonstrar a importância de compartilhar ideias;
- Desenvolver atividades que possibilitem o autoconhecimento e autoestima para que ocorra uma motivação inicial;
- O comprometimento e a criatividade dos professores.
O importante é motivar todos os alunos para participarem ativamente desses momentos desenvolvendo habilidades de ouvir, prestar atenção, dizer o que pensa, relatar, argumentar, repetir o que foi dito, formular hipóteses e formular perguntas. Respeitar os outros a partir das regras estabelecidas. - Na Educação Infantil é necessário oferecer oportunidades que favoreçam a pesquisa, a busca, o interesse, a curiosidade natural que é inata na criança.
Propostas de atividades:
- Descrição do Severino e criação do personagem
- Descrição da terra do Severino e comparação com o lugar que moramos
- Figura do pai do Severino – descrição e pesquisa sobre hábitos, costumes, vestuários nordestinos
- Relato dos passos de Severino ao tentar fazer chover. Orientação dos fatos
- Severino conseguiu realizar seu desejo? Como? Foi Severino quem fez chover? Comparar com as crianças: o o que fazem para realizar seus desejos?
Artes Plásticas
Criação do personagem depois da discussão de todas as suas características.
Produção Textual
Descrição da terra do Severino depois de conhecer o personagem e suas características.
Descrição da terra do Severino depois de conhecer o personagem e suas características.
Natureza e Sociedade
Comparação do lugar que Severino mora com o lugar onde moramos
Confecção de moradias (prédios) feita de caixas de suco pintadas com guache e colagem de retalho de papel colorido.
Pesquisando e ampliando o conhecimento
Onde moram os outros personagens de histórias que conhecemos?
Propor que cada aluno leve uma história e conte-a ao grupo, enfatizando o personagem e o local onde vive.
Meio Ambiente Alguns animais moram na terra do Severino, entre eles o Lagartildo e a tartaruga, que podem ir até a escola visitar a classe. Proporcionar momentos de descobertas apresentando animais (de brinquedo ou reais) ao grupo. |
É interessante, também, confeccionar os animais com sucata,
massa de modelar, recorte e colagem.
Produção Textual
Descrição da terra do Severino depois de conhecer o personagem e suas características.
Descrição da terra do Severino depois de conhecer o personagem e suas características.
Natureza e Sociedade
Comparação do lugar que Severino mora com o lugar onde moramos
Confecção de moradias (prédios) feita de caixas de suco pintadas com guache e colagem de retalho de papel colorido.
Pesquisando e ampliando o conhecimento
Onde moram os outros personagens de histórias que conhecemos?
Propor que cada aluno leve uma história e conte-a ao grupo, enfatizando o personagem e o local onde vive.
Meio Ambiente Alguns animais moram na terra do Severino, entre eles o Lagartildo e a tartaruga, que podem ir até a escola visitar a classe. Proporcionar momentos de descobertas apresentando animais (de brinquedo ou reais) ao grupo. |
Situação – problema:
Oferecer jornais às crianças e lançar a questão: Como podemos fazer chover?
Coordenação Motora e Psicomotricidade:
Picotar os jornais e brincar de jogar para o alto cantando a música
“Tomara que chova três dias sem parar” .
“Tomara que chova três dias sem parar” .
Refletindo:
Severino queria isso e nós, precisamos de chuva durante três dias sem parar? Por quê?
Registrar por escrito as respostas das crianças.
Registrar por escrito as respostas das crianças.
Integração com a Festa Junina
Figura do pai do Severino – descrição e pesquisa sobre hábitos, costumes e vestuários nordestinos. Organizar uma festa nordestina com danças, exposição e comidas típicas.
Poderá também gostar de:
domingo, 26 de maio de 2013
Projeto: centenário de Luiz Gonzaga
TEMA: CENTENÁRIO DE LUIZ GONZAGA
JUSTIFICATIVA
A cultura faz parte do dia a dia de um povo em cada região, em se tratando do Nordeste, apresenta uma riqueza cultural através de seus talentos artísticos, a partir da poesia, literatura, artes plásticas, teatro, música e etc.
Luiz Gonzaga é um grande destaque da cultura nordestina, pelas suas composições narrando as histórias do Sertão Nordestino, em suas interpretações. Tão grande e respeitadoo seu talento, que mesmo não estando entre nós seu trabalho é reconhecido e homenageado em grande estilo, no que há de maior na cultura campinense, O maior São João do mundo. Daí a importância de seu centenário fazer das festividades juninas nas creches, espaço que desenvolve a aprendizagem e socialização da criança de maneira lúdica.
OBJETIVO GERAL
Despertar na criança o interesse pela cultura regional, destacando a vida e obra de Luiz Gonzaga e as festas juninas.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
Trabalhar literatura infantil enfatizando as festas juninas
JUSTIFICATIVA
A cultura faz parte do dia a dia de um povo em cada região, em se tratando do Nordeste, apresenta uma riqueza cultural através de seus talentos artísticos, a partir da poesia, literatura, artes plásticas, teatro, música e etc.
Luiz Gonzaga é um grande destaque da cultura nordestina, pelas suas composições narrando as histórias do Sertão Nordestino, em suas interpretações. Tão grande e respeitadoo seu talento, que mesmo não estando entre nós seu trabalho é reconhecido e homenageado em grande estilo, no que há de maior na cultura campinense, O maior São João do mundo. Daí a importância de seu centenário fazer das festividades juninas nas creches, espaço que desenvolve a aprendizagem e socialização da criança de maneira lúdica.
OBJETIVO GERAL
Despertar na criança o interesse pela cultura regional, destacando a vida e obra de Luiz Gonzaga e as festas juninas.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
Trabalhar literatura infantil enfatizando as festas juninas
Relatar a importância das festas juninas em nossa cultura
Expor fotos de Luiz Gonzaga, descrevendo a sua contribuição em nossa cultura.
Contar sua história através da sua biografia e documentário em DVD
Expor fotos de Luiz Gonzaga, descrevendo a sua contribuição em nossa cultura.
Contar sua história através da sua biografia e documentário em DVD
Resgatar suas músicas, trabalhando o raciocínio e a psicomotricidade das
crianças.
Elaborar com as crianças a ilustração da música Asa Branca e confecção de um
livro.
DESENVOLVIMENTO
O projeto foi desenvolvido em vários momentos:
1º Momento:
Em roda de conversa, fizemos um a introdução dos festivos na creche. Surge então a conversa sobre as festividades do Maior São João do Mundo, no Parque do Povo, local que as crianças têm o conhecimento prévio, através da visita ou de comentários de familiares. A partir daí chegamos ao homenageado da festa Luiz Gonzaga.
2º Momento: Contação de história
O fogo no céu, a mesma descreve a festa junina, em uma floresta, realizada pelos animais, enfatizando o balão junino. Na finalização foi trabalhada a música “Olha pro céu meu amor”, de autoria e interpretação de Luiz Gonzaga.
3º Momento
Exposição de fotos e vídeos de Luiz Gomzaga
crianças.
Elaborar com as crianças a ilustração da música Asa Branca e confecção de um
livro.
DESENVOLVIMENTO
O projeto foi desenvolvido em vários momentos:
1º Momento:
Em roda de conversa, fizemos um a introdução dos festivos na creche. Surge então a conversa sobre as festividades do Maior São João do Mundo, no Parque do Povo, local que as crianças têm o conhecimento prévio, através da visita ou de comentários de familiares. A partir daí chegamos ao homenageado da festa Luiz Gonzaga.
2º Momento: Contação de história
O fogo no céu, a mesma descreve a festa junina, em uma floresta, realizada pelos animais, enfatizando o balão junino. Na finalização foi trabalhada a música “Olha pro céu meu amor”, de autoria e interpretação de Luiz Gonzaga.
3º Momento
Exposição de fotos e vídeos de Luiz Gomzaga
Exposição de fotos e vídeos de Luiz Gonzaga. Conversa sobre a sua história baseando-se em fatos de sua biografia e documentário em vídeo.
4º Momento
Apresentação e vivência das músicas de Luiz Gonzaga em CD e DVD de forma lúdica. Realização de atividade de desenho do esquema corporal com foto e intervenção.
5º Momento
Ilustração e pintura das páginas pra confecção de um livro de pano, baseado na letra da música ”Asa Branca”.
4º Momento
Apresentação e vivência das músicas de Luiz Gonzaga em CD e DVD de forma lúdica. Realização de atividade de desenho do esquema corporal com foto e intervenção.
5º Momento
Ilustração e pintura das páginas pra confecção de um livro de pano, baseado na letra da música ”Asa Branca”.
RESULTADOS
O Projeto Centenário de Luiz Gonzaga o Rei do baião foi muito proveitoso para as crianças, principalmente por aproximá-las da cultura nordestina, reconhecendo suas particularidades e fazendo uma ligação entre o lúdico infantil e os aspectos da nossa cultura popular.
Além desses aspectos foi possível perceber uma apropriação do repertório musical que é peculiar ao gênero nordestino e ainda a valorização e reconhecimento de Luiz Gonzaga como artista e representante do Nordeste para o Brasil.
As crianças tiveram também a oportunidade de explorar a vida e obra do nosso Rei do Baião, na apresentação dos seus vídeos com as suas músicas observar os instrumentos musicais utilizados ( a sanfona, o triângulo e o zabumba) a dança, as histórias cantadas nas musicas, causando nas crianças enorme empolgação, possibilitando uma aprendizagem na memória das mesmas.
O Projeto Centenário de Luiz Gonzaga o Rei do baião foi muito proveitoso para as crianças, principalmente por aproximá-las da cultura nordestina, reconhecendo suas particularidades e fazendo uma ligação entre o lúdico infantil e os aspectos da nossa cultura popular.
Além desses aspectos foi possível perceber uma apropriação do repertório musical que é peculiar ao gênero nordestino e ainda a valorização e reconhecimento de Luiz Gonzaga como artista e representante do Nordeste para o Brasil.
As crianças tiveram também a oportunidade de explorar a vida e obra do nosso Rei do Baião, na apresentação dos seus vídeos com as suas músicas observar os instrumentos musicais utilizados ( a sanfona, o triângulo e o zabumba) a dança, as histórias cantadas nas musicas, causando nas crianças enorme empolgação, possibilitando uma aprendizagem na memória das mesmas.
Vejam no link fotos das atividades:
Projeto: A galinha ruiva
A galinha ruiva
Era uma vez uma galinha ruiva, que morava com seus pintinhos numa fazenda. Um dia ela percebeu que o milho estava maduro, pronto para colher e virar um bom alimento. A galinha ruiva teve a idéia de fazer um delicioso bolo de milho. Todos iam gostar! Mas era muito trabalhoso... ela precisava de bastante milho para o bolo. Quem podia ajudar a colher a espiga de milho no pé? Quem podia ajudar a debulhar todo aquele milho? Quem podia ajudar a moer o milho para fazer a farinha de milho para o bolo? Foi pensando nisso, que a galinha ruiva encontrou seus amigos:
- Quem pode me ajudar a colher o milho para fazer um delicioso bolo?
- Eu não, disse o gato. Estou com muito sono
- Eu não, disse o cachorro. Estou muito ocupado.
- Eu não, disse o porco. Acabei de almoçar.
-Eu não disse o pato. Está na hora de brincar.
Todo mundo disse não. Então, a galinha ruiva ficou triste e foi preparar tudo sozinha: colheu as espigas, debulhou o milho, moeu a farinha, preparou o bolo e colocou no forno. Quando o bolo ficou pronto... Aquele cheirinho bom de bolo foi fazendo os amigos se chegarem. Todos ficaram com água na boca.
Então a galinha ruiva disse:
- Quem foi que me ajudou a colher o milho, preparar o milho, para fazer o bolo? Todos ficaram bem quietinhos. (Ninguém tinha ajudado.)
- Então quem vai comer o delicioso bolo de milho sou eu e meus pintinhos, apenas. Vocês podem continuar olhando. E assim foi: a galinha e seus pintinhos aproveitaram a festa, e nenhum dos preguiçosos foi convidado.
Atividade:
- As crianças ouvirão a história da galinha ruiva, reescreverão a história, confeccionarão os personagens e, com eles, representarão a história em teatro de fantoches.
Objetivos: - Proporcionar às crianças o conhecimento de histórias que desenvolvam a oralidade e a escrita e permitam a reflexão sobre respeito, cooperação e trabalho.
- Confeccionar os personagens da história para utilizá-los na representação do Teatro de fantoches.
- Trabalhar com diferentes materiais expressivos.
Material: EVA de várias cores, Cola para EVA da Acrylex, Crystal cola, Marcador permanente Acrylex, olhos móveis, palitos de dentes e churrasco.
Modo de fazer:
- Fazer os desenhos dos personagens. Desenhar as partes separadamente e recortar (corpo da galinha, asas, pés, bico, crista).
- Riscar cada parte no EVA e recortar.
- Cole com a Cola de EVA Acrylex todas as partes. Espere secar bem.
- Faça texturas com Crystal cola Acrylex.
- Cole palitos de churrasco por trás dos personagens e monte a história tridimensionalmente ou apresente o Tetro de fantoches.
A galinha ruiva
Era uma vez uma galinha ruiva, que morava com seus pintinhos numa fazenda.
Um dia ela percebeu que o milho estava maduro, pronto para colher e virar um bom alimento.
A galinha ruiva teve a idéia de fazer um delicioso bolo de milho. Todos iam gostar! Mas era muito trabalhoso... ela precisava de bastante milho para o bolo.
Quem podia ajudar a colher a espiga de milho no pé?
Quem podia ajudar a debulhar todo aquele milho?
Quem podia ajudar a moer o milho para fazer a farinha de milho para o bolo?
Foi pensando nisso, que a galinha ruiva encontrou seus amigos:
- Quem pode me ajudar a colher o milho para fazer um delicioso bolo?
- Eu não, disse o gato.
Estou com muito sono.
- Eu não, disse o cachorro. Estou muito ocupado.
- Eu não, disse o porco. Acabei de almoçar.
-Eu não disse o pato. Está na hora de brincar.
Todo mundo disse não. Então, a galinha ruiva ficou triste e foi preparar tudo sozinha: colheu as espigas, debulhou o milho, moeu a farinha, preparou o bolo e colocou no forno.
Quando o bolo ficou pronto... Aquele cheirinho bom de bolo foi fazendo os amigos se chegarem.
Todos ficaram com água na boca.
Então a galinha ruiva disse:
- Quem foi que me ajudou a colher o milho, preparar o milho, para fazer o bolo?
Todos ficaram bem quietinhos. (Ninguém tinha ajudado.)
- Então quem vai comer o delicioso bolo de milho sou eu e meus pintinhos, apenas.
Vocês podem continuar olhando.
E assim foi: a galinha e seus pintinhos aproveitaram a festa, e nenhum dos preguiçosos foi convidado.
Conteúdos trabalhados:
Literatura infantil
Desenvolvimento da leitura e da oralidade
Desenho, cores, linhas, formas, proporção, textura, sobreposição, tridimensão, continuidade.
Técnicas trabalhadas:
Desenho, recorte e colagem.
Montagem tridimensional.
Encaminhamento do trabalho:
- Início – Ler a história para as crianças pausadamente, mostrando as ilustrações do livro.
- Conversar sobre a história. Pergunte o que acharam da atitude do porco, do cachorro, do gato e do pato.
- Converse sobre as atitudes tomadas pela galinha desde a colheita do trigo até a confecção do bolo. Pergunte se acharam que a galinha estava certa e se eles fariam a mesma coisa? - Fale sobre a importância do trabalho coletivo, a cooperação. - Confecção dos personagens - Peça às crianças que confeccionem os personagens.
- Representação da história - Peça que representem a história através do teatro de fantoches.
- Reescrita da história - Peça que reescrevam a história. - Escolha uma das histórias, reescreva da maneira que esta e, em seguida, faça a correção coletiva.
Observação: Para ter mais ideias leia os livros “Comemorando e Aprendendo” I, II , III e IV de autoria de Ivete Raffa pela Editora Giracor.
Ivete Raffa
Arte educadora e pedagoga
Vejam no Linguagem mais atividades referentes ao milho
Projeto:Milho nosso de cada dia
1. INTRODUÇÃO
A formulação do projeto educacional “Milho nosso de cada dia”, volta-se para uma prática interdisciplinar, na qual cinco disciplinas interagem, promovendo o intercâmbio e o enriquecimento na abordagem do tema: “Milho”.
O Projeto parte da idéia, de construir com os professores do 6º Ano do ensino fundamental, do Colégio Motiva em Campina Grande, PB, um caminho metodológico que permita aos educadores identificar contextos de ensino, próximos a suas realidades como a horta da escola, onde os alunos possam desenvolver vínculos emocionais com o mundo natural.
A combinação de geografia, ciências, história, português e matemática têm um sentido pedagógico. O milho é estudado em todas as disciplinas desde seu surgimento, até sua produção, desenvolvimento, importância econômica e cultural. Todos os conteúdos interagem com uma experiência científica realizada na horta da escola, com acompanhamento de um professor agrônomo, onde é testado o desenvolvimento do milho regado com diferentes níveis de salinidade na água.
O objetivo do projeto além de favorecer o trabalho de cooperação entre os professores, visa desenvolver nos alunos a habilidade de relacionar o tema de maneira sistêmica.
O Projeto apresenta uma base Conceitual/Procedimental, constando de: levantamento conceitual acerca do tema “Milho”, onde cada disciplina aborda seus conteúdos de forma expositiva com uso de textos, músicas, gráficos, data show, explicação oral, exercícios e produção de maquetes. Os procedimentos serão realizados com uma série de ações ordenadas por cada disciplina durante aulas de campo na horta da escola, com a execução de uma experiência cientifica referente ao cultivo de milho baseada na observação, no reconhecimento de padrões e experimentos de métodos de plantio, além de análises de dados na produção de relato de experiência, e produção de dados quantitativos através de gráficos e tabelas, levando os alunos a integrarem os ciclos naturais dos alimentos aos nossos ciclos de plantio, cultivo, colheita, compostagem e reciclagem.
Esse trabalho apresenta o Projeto “Milho nosso de cada dia” usando a Educação Ambiental como suporte para uma filosofia educativa com enfoque interdisciplinar, idéia exposta na Declaração da Conferencia Intergovernamental de Tbilisi sobre educação ambiental, de 1977 (DIAS, 1998, p.62).
“Ao adotar o enfoque global, sustentado em uma ampla base interdisciplinar, a educação ambiental cria uma perspectiva dentro da qual se reconhece a existência de uma profunda interdependência do mundo natural com o meio artificial, demonstrando a continuidade dos vínculos dos atos do presente, bem como a interdependência das comunidades nacionais e solidariedade necessária entre os povos.”
2. O MILHO NA CULTURA NORDESTINA
Apesar da produção de milho no Nordeste representar apenas 7% da produção nacional, segundo dados do IBGE, 2006, as condições endofoclimáticas dessa região permitem o cultivo do milho em toda a sua extensão, em uma gama considerável de diferentes condições ambientais e diferentes sistemas de produção, segundo CARVALHO, et. all, 1999.
Não se pode negar a importância cultural desse cultivo para a região. Presente diariamente na mesa dos nordestinos, o milho é um dos alimentos mais nutritivos que existem. Puro ou como ingredientes de outros produtos, é uma importante fonte energética para o homem. Ao contrário do trigo e o arroz, que são refinados durante seus processos de industrialização, o milho conserva sua casca, que é rica em fibras, fundamental para a eliminação das toxinas no organismo.
Além das fibras, o grão de milho é constituído de carboidratos, proteínas, vitaminas (A e complexo B), sais minerais (ferro, fósforo, potássio, cálcio), óleo e grandes quantidades de açúcares, gorduras, celulose e calorias.
O milho faz parte da dieta diária dos nordestinos, principalmente no café da manhã quando é servido o cuscuz, porém é no mês de Junho que é a época dos festejos Juninos, e também da colheita do milho, que a utilização do mesmo é mais evidente, pois grande parte dos doces, bolos e salgados, tem relação com este alimento, como se pode verificar através da Pamonha, milho cozido, canjica, cuscuz, pipoca, enfim, um forte cardápio onde as receitas com milho se sobressaem.
3. O MILHO COMO AGENTE INTERDISCIPLINAR PARA O ENSINO
Uma revolução está acontecendo na educação. Esta revolução ocorre quando a educação sai dos limites das quatro paredes da sala de aula e estabelece contato entre o educando e o lugar em que vivem.
Muito se discute sobre o indissociável elo entre natureza (biológico)/cultura, e através dessa visão pode-se explorar bem a ligação entre ambiente/natureza + meio ambiente/cultura que é igual a meio ambiente escolar, aspectos que desempenham um papel crucial no desenvolvimento sustentável e bem-estar da humanidade.
O Projeto “Milho nosso de cada dia” encontra através da horta da escola, que se transforma numa sala de aula ao ar livre, um contexto para desenvolver a educação interdisciplinar. Além de abordar o tema perpassando por diversas disciplinas, propõe-se um trabalho de cunho científico através de um produto agrícola de extrema importância no cotidiano do nordestino.
Para aprender conceitos os alunos precisa adquirir informações, vivenciar situações em que esses conceitos estejam em jogo, por isso, o alvo do projeto é considerar os conteúdos trabalhados numa perspectiva, que leve em conta o papel, não somente dos conteúdos de natureza conceitual, mas também os de natureza procedimental e atitudinal, como sugerido nos Parâmetros Curriculares Nacionais.
“A aprendizagem de conceitos muitas vezes pressupõe o trabalho com fatos (nomes, imagens, representações), o que pode ocorrer num primeiro momento, de maneira eminentemente mnemônica. (...)
Tal aprendizado está diretamente relacionado à segunda categoria de conteúdos: a de natureza procedimental. Os procedimentos expressam um saber fazer, que envolve tomar decisões e realizar uma série de ações , de forma ordenada e não aleatória, para atingir uma meta.(...)
A terceira categoria diz respeito aos conteúdos de natureza atitudinal, que incluem normas, valores e atitudes, que permeiam todo o conhecimento escolar. A escola é um contexto socializador, gerador de atitudes relativas ao conhecimento, ao professor, aos colegas, às disciplinas, às tarefas e à sociedade.” (PCN´s, 2001, p. 76,77).
Dentro do tema “Milho” cada disciplina aborda um aspecto, sem perder a relação de dependência uma da outra, tendo como base para isso a teoria dos sistemas conhecida como “pensamento sistêmico” que significa pensar em termos de relações, padrões e contexto. (CAPRA, in TRIGUEIRO, 2005).
Utilizar um cultivo agrícola como recurso para promover a interdisciplinaridade é uma idéia que parte do tema transversal “Meio Ambiente”, sugerido pelos PCN’s, e através do cultivo do milho, trabalha-se nas crianças o respeito a vida, pois a medida que se planta na horta, aprende-se que um solo fértil contém bilhões de organismos vivos que são essenciais para a manutenção da vida na terra. É na horta que podem visualizar os ciclos da natureza, desenvolvendo assim o pensamento sistêmico.
“(...)Nos últimos dez anos descobrimos que plantar uma horta e usá-la como recurso para o preparo de refeições na escola é um projeto perfeito para experimentar o pensamento sistêmico e os princípios da ecologia em ação. A horta restabelece a conexão das crianças com os fundamentos da alimentação – na verdade com os próprios fundamentos da vida – ao mesmo tempo que integra e torna mais interessantes praticamente todas as atividades que acontecem na escola.” (CAPRA, in TRIGUEIRO, 2005, p. 26).
Através do trabalho na horta é possível disseminar entre os alunos a fundamental importância de preservar a integridade não só do solo, mas também do ciclo da água, das condições climáticas, e assim por diante. Além disso, eles se tornam conscientes de que somos parte do ecossistema, se este entra em desequilíbrio, também sofremos o dano. A partir disso, se trabalha a importância da sustentabilidade e assim se promove educação ambiental.
“Aprender na horta escolar, é aprender no mundo real em sua plenitude. Traz benefícios para o desenvolvimento de cada aluno da comunidade escolar e é uma das melhores formas de tornar as crianças ecologicamente alfabetizadas e, desse modo, aptas a contribuir para a construção de um futuro sustentável.” (CAPRA, in TRIGUEIRO, 2005, p. 29).
4.MATERIAIS E MÉTODOS
Durante o período de Abril a Junho, época em que o uso do milho se torna mais presente no cotidiano do nordestino com as proximidades das festas juninas, cada disciplina trabalhou um aspecto desta cultura tão importante para a nossa culinária local.
A disciplina de História trabalhou através de grupos de pesquisa, a História dos povos primitivos da América, destacando a importância do milho não apenas para a alimentação, mas também para a cultura e para a religião. Foi utilizado durante as aulas imagens em data show, houve produção de cartazes para a exposição da pesquisa.
Em ciências foi estudado o valor nutricional do grão, as práticas positivas e negativas do solo para o cultivo de milho, além de trabalhar o ensino da compostagem em aulas na horta e no laboratório de Ciências. Durante as aulas também foi produzido adubo que foi distribuído em porções na escola na semana do meio ambiente.
Geografia abordou os sistemas de produção agrícola, e o desenvolvimento do cultivo no decorrer das estações do ano, os problemas ambientais gerados pelas queimadas. As aulas foram realizadas na horta da escola, onde os alunos puderam plantar o milho e reproduzir o ciclo da água através da construção de um terrário (numa garrafa Pet), onde foram reproduzidas as camadas do solo e possível a visualização do ciclo da água com a evaporação e condensação da água dentro da garrafa fechada.
Durante as aulas de geografia, um professor agrônomo, responsável pela horta da escola, realizou com os alunos uma experiência científica, onde foram plantadas mudas de milho, e regadas diariamente, cada muda com um nível diferente de salinidade na água. Durante a execução da experiência os alunos puderam observar durante mês a evolução do crescimento de cada muda. Os resultados da pesquisa foram descritos num relato de experiência, orientado pela professora de português. Os dados foram demonstrados em gráficos e expressos em porcentagens durante as aulas de matemática.
Foi trabalhado durante as aulas de Geografia, História e Português, um texto em comum, escrito especialmente para o projeto, tratando da história, dos derivados do milho e sua importância para a indústria
Texto trabalhado em sala de aula:
“O Milho nosso de cada dia”
Dizem que é americana , a origem de fato .
Outros afirmam que não , o fruto é asiático .
Enquanto germina na terra , fecunda a discussão .
Se data de quatro , cinco ou seis mil anos então ?
E se aduba a questão na busca de uma pista .
Lá pelas bandas do México dizem arqueologistas ,
Já se achou grão de pólen de muito mais anos atrás .
Mostra de grão resistente , resistente até demais .
Ganhou até passaporte pra germinar noutra instância
Que o amem Portugal , Espanha , Itália e França .
A princípio cultivado como planta ornamental ,
Foi enfim reconhecido com valor nutricional
Colombo o exportador apreciou mais as pedras ,
Ouro , diamante , esmeralda , tudo debaixo da terra .
Os índios que ali estavam tinham certeza de que
Maior riqueza estava sobre a terra a crescer .
O milho , de cinco a seis dias ,na terra sendo lançado
Logo fecunda-se o grão se o solo for bem preparado
Dividido em pericarpo , endosperma e embrião
Três elementos unidos engrandecem uma nação
Seja pra onde for ou pra que lado se virar
Este grão polivalente , certamente vai vingar
Deixando a sua marca , remontando a história
Fazendo com que os povos o cultivem na memória
Só pra se ter uma idéia de onde o podes achar ,
Vai aqui pequena lista , é melhor se acomodar .
Enquanto debulha o milho no melhor do prosear ,
No fogo da vaidade melhor grão que este não há .
Se sentimos uma dor , tem dele na medicina ,
É de amido de milho o envoltório da aspirina .
Se até mesmo com sede bebemos refrigerante ,
Lá está também o milho em forma de edulcorantes
Tem milho impregnado em cosmético , gel , sabonete
Tem a frutose do milho usada em iogurte e sorvete .
E não pára por ai não o milho também tem fama ,
Na manteiga , mostarda , ketchup , na pizza que você ama
Se transformado em amido ou xarope adoçante ,
No pudim , biscoito ou caramelo será peça integrante .
Também não posso esquecer o tradicional pão de milho ,
É cultura quase que mundial , passa de pai para filho .
Até mesmo em seu uniforme , a colorida intensidade ,
Provém da base do milho , tamanha vivacidade .
Em quase tudo que há , o milho está presente .
Seja adesivos , corantes , tintas ,até solventes .
Haja versos pra falar de um produto tão precioso .
Portanto aqui vou parar , não quero ser rigoroso ,
Mas grão , tal qual este não há pelo mundo aí a fora ,
Que me faça escrever uma linha só se quer do que lhes escrevo agora .
Tem milho lá no espaço ,de um extremo a outro tem .
Tem dele na sua caneta , no giz da escola também .
Pesquise a força deste fruto que não vê barreira não ,
E chega a ser " huMILHOante" a qualquer um outro grão.
Dizem que é americana , a origem de fato .
Outros afirmam que não , o fruto é asiático .
Enquanto germina na terra , fecunda a discussão .
Se data de quatro , cinco ou seis mil anos então ?
E se aduba a questão na busca de uma pista .
Lá pelas bandas do México dizem arqueologistas ,
Já se achou grão de pólen de muito mais anos atrás .
Mostra de grão resistente , resistente até demais .
Ganhou até passaporte pra germinar noutra instância
Que o amem Portugal , Espanha , Itália e França .
A princípio cultivado como planta ornamental ,
Foi enfim reconhecido com valor nutricional
Colombo o exportador apreciou mais as pedras ,
Ouro , diamante , esmeralda , tudo debaixo da terra .
Os índios que ali estavam tinham certeza de que
Maior riqueza estava sobre a terra a crescer .
O milho , de cinco a seis dias ,na terra sendo lançado
Logo fecunda-se o grão se o solo for bem preparado
Dividido em pericarpo , endosperma e embrião
Três elementos unidos engrandecem uma nação
Seja pra onde for ou pra que lado se virar
Este grão polivalente , certamente vai vingar
Deixando a sua marca , remontando a história
Fazendo com que os povos o cultivem na memória
Só pra se ter uma idéia de onde o podes achar ,
Vai aqui pequena lista , é melhor se acomodar .
Enquanto debulha o milho no melhor do prosear ,
No fogo da vaidade melhor grão que este não há .
Se sentimos uma dor , tem dele na medicina ,
É de amido de milho o envoltório da aspirina .
Se até mesmo com sede bebemos refrigerante ,
Lá está também o milho em forma de edulcorantes
Tem milho impregnado em cosmético , gel , sabonete
Tem a frutose do milho usada em iogurte e sorvete .
E não pára por ai não o milho também tem fama ,
Na manteiga , mostarda , ketchup , na pizza que você ama
Se transformado em amido ou xarope adoçante ,
No pudim , biscoito ou caramelo será peça integrante .
Também não posso esquecer o tradicional pão de milho ,
É cultura quase que mundial , passa de pai para filho .
Até mesmo em seu uniforme , a colorida intensidade ,
Provém da base do milho , tamanha vivacidade .
Em quase tudo que há , o milho está presente .
Seja adesivos , corantes , tintas ,até solventes .
Haja versos pra falar de um produto tão precioso .
Portanto aqui vou parar , não quero ser rigoroso ,
Mas grão , tal qual este não há pelo mundo aí a fora ,
Que me faça escrever uma linha só se quer do que lhes escrevo agora .
Tem milho lá no espaço ,de um extremo a outro tem .
Tem dele na sua caneta , no giz da escola também .
Pesquise a força deste fruto que não vê barreira não ,
E chega a ser " huMILHOante" a qualquer um outro grão.
Autor: Evaldo Januário do Nascimento
A culminância do projeto ocorrerá no mês de novembro em um dos eventos culturais da escola, onde serão expostas todas as atividades realizadas, através de maquetes, construção de portfólio, tabelas, gráficos, mural de fotografias e uma apresentação cultural sobre o milho e sua importância.
5. ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS
A execução do Projeto “Milho nosso de cada dia” trouxe experiências positivas, não só para os alunos, mas para os professores. Cada ação realizada entre as disciplinas tornou possível a abordagem interdisciplinar, onde cada participante transformou um produto tão comum entre nós – o milho – em recurso educativo capaz de ensinar não somente as informações técnicas das disciplinas, mas também sobre cuidado, beleza, concentração, discernimento, ou seja, tudo o que o ser humano tem de melhor. Através da observação, da admiração e dos experimentos, foi possível sensibilizar e ajudar as crianças a se apaixonarem pelo seu planeta e sua diversidade, assim como perceberem a extensão de seus atos e se assumirem como responsáveis pelo mundo em que vivem.
Através da experiência científica, verificou-se que quanto maior o nível de sal na água, menor é o desenvolvimento da espiga
6. CONCLUSÃO
A concretização desse projeto passa pela compreensão de que as práticas pedagógicas devem ser direcionadas para uma educação onde educadores e educandos possam estabelecer uma relação de ensinar e aprender, dentro dos princípios da democracia. A eleição dos conteúdos a serem estudados deve conter questões que possibilitem a crítica da realidade, e usarem esse conhecimento adquirido nas aulas como instrumento de mudança para o mundo em que vivem e assim, se reconhecerem como cidadãos.
O projeto “Milho nosso de cada dia” dá sua contribuição, sendo um projeto de educação que possibilita o desenvolvimento de capacidades que permitam intervir na realidade para transformá-la, atendendo a orientação dos PCN’s para a formulação de projetos de educação.
“À medida que nosso novo século se desdobra, a sobrevivência da humanidade dependerá de nossa alfabetização ecológica: nossa capacidade de compreender os princípios básicos da ecologia e viver de acordo com eles. Este é um empreendimento que transcende todas as diferenças de raças, cultura ou classe social. A terra é nosso lar comum, e criar um mundo sustentável para nossas crianças e para as futuras gerações é uma tarefa para todos nós”. (CAPRA, in TRIGUEIRO, 2005, p. 33).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CAPRA, Fritjof, et all. Alfabetização ecológica: A Educação das Crianças para um mundo sustentável. São Paulo: Cultrix, 2006.
CAPRA, Fritjof, et all. Alfabetização ecológica: O desafio para a educação do Século 21. In: TRIGUEIRO, André (coord.). Meio Ambiente no Século 21. 4. Ed. Campinas: Autores Associados, 2005. P. 19-33.
CARVALHO, Hélio Wilson L., et. All. Adaptabilidade e Estabilidade de Cultivares de Milho no Nordeste Brasileiro.
DIAS. G. F. Educação Ambiental: Princípios e Práticas. .5ª ed. São Paulo: Gaia, 1998.
PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS: Terceiro e Quarto Ciclos do Ensino Fundamental: Introdução aos Parâmetros Curriculares Nacionais/Secretaria de Educação Fundamental – Brasília: MEC/SEF, 2001, 174p.
STONE, Michael K. e BARLOW, Zenobia. Orgs. Alfabetização ecológica: a educação das crianças para um mundo sustentável. São Paulo: Cultrix, 2006.
TRAVASSOS, Edson Gomes. A Prática da Educação Ambiental nas Escolas. Porto Alegre: Mediação, 2004. 88p.
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