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terça-feira, 16 de abril de 2013


CECÍLIA MEIRELES

COLAR DE CAROLINA (c/g)

COM SEU COLAR DE CORAL,
CAROLINA
CORRE POR ENTRE AS COLUNAS
DA COLINA.

O COLAR DE CAROLINA
COLORE O COLO DE CAL,
TORNA CORADA A MENINA.

E O SOL, VENDO AQUELA COR
DO COLAR DE CAROLINA,
PÕE COROAS DE CORAL

NAS COLUNAS DA COLINA.

CECÍLIA MEIRELES

A AVÓ DO MENINO (v)

A AVÓ
VIVE SÓ.
NA CASA DA AVÓ
O GALO LIRÓ
FAZ "COCOROCÓ!"
A AVÓ BATE PÃO-DE-LÓ
E ANDA UM VENTO-T-O-TÓ
NA CORTINA DE FILÓ.
A AVÓ
VIVE SÓ.
MAS SE O NETO MENINÓ
MAS SE O NETO RICARDÓ
MAS SE O NETO TRAVESSÓ
VAI À CASA DA AVÓ,
OS DOIS JOGAM DOMINÓ.

CECÍLIA MEIRELES

O ECO (c/g)

O MENINO PERGUNTA AO ECO
ONDE É QUE ELE SE ESCONDE.
MAS O ECO SÓ RESPONDE: ONDE? ONDE?

O MENINO TAMBÉM LHE PEDE:
ECO, VEM PASSEAR COMIGO!

MAS NÃO SABE SE O ECO É AMIGO
OU INIMIGO.
POIS SÓ LHE OUVE DIZER: MIGO!

CECÍLIA MEIRELES

O CAVALINHO BRANCO (m ant d p/b)
À TARDE, O CAVALINHO BRANCO
ESTÁ MUITO CANSADO:

MAS HÁ UM PEDACINHO DO CAMPO
ONDE É SEMPRE FERIADO.

O CAVALO SACODE A CRINA
LOURA E COMPRIDA

E NAS VERDES ERVAS ATIRA
SUA BRANCA VIDA.

SEU RELINCHO ESTREMECE AS RAÍZES
E ELE ENSINA AOS VENTOS

A ALEGRIA DE SENTIR LIVRES
SEUS MOVIMENTOS.

TRABALHOU TODO O DIA, TANTO!
DESDE A MADRUGADA!

DESCANSA ENTRE AS FLORES, CAVALINHO BRANCO,
DE CRINA DOURADA!

CECÍLIA MEIRELES

OU ISTO OU AQUILO (lh/ch/nh)

OU SE TEM CHUVA E NÃO SE TEM SOL
OU SE TEM SOL E NÃO SE TEM CHUVA!

OU SE CALÇA A LUVA E NÃO SE PÕE O ANEL,
OU SE PÕE O ANEL E NÃO SE CALÇA A LUVA!
QUEM SOBE NOS ARES NÃO FICA NO CHÃO,
QUEM FICA NO CHÃO NÃO SOBE NOS ARES.

É UMA GRANDE PENA QUE NÃO SE POSSA
ESTAR AO MESMO TEMPO NOS DOIS LUGARES!

OU GUARDO O DINHEIRO E NÃO COMPRO O DOCE,
OU COMPRO O DOCE E GASTO O DINHEIRO.

OU ISTO OU AQUILO: OU ISTO OU AQUILO...
E VIVO ESCOLHENDO O DIA INTEIRO!

NÃO SEI SE BRINCO, NÃO SEI SE ESTUDO,
SE SAIO CORRENDO OU FICO TRANQÜILO.
MAS NÃO CONSEGUI ENTENDER AINDA
QUAL É MELHOR: SE É ISTO OU AQUILO.

CECÍLIA MEIRELES
O MOSQUITO ESCREVE (r, s, n, pós sil)

O MOSQUITO PERNILONGO
TRANÇA AS PERNAS, FAZ UM M,
DEPOIS, TREME, TREME, TREME,
FAZ UM O BASTANTE OBLONGO,
FAZ UM S.

O MOSQUITO SOBE E DESCE.
COM ARTES QUE NINGUÉM VÊ,
FAZ UM Q,
FAZ UM U, E FAZ UM I.

ESTE MOSQUITO
ESQUISITO
CRUZA AS PATAS, FAZ UM T.
E AÍ,
SE ARREDONDA E FAZ OUTRO O,
MAIS BONITO.

OH!
JÁ NÃO É ANALFABETO,
ESSE INSETO,
POIS SABE ESCREVER SEU NOME.

MAS DEPOIS VAI PROCURAR
ALGUÉM QUE POSSA PICAR,
POIS ESCREVER CANSA,
NÃO É, CRIANÇA?

E ELE ESTÁ COM MUITA FOME.

CECÍLIA MEIRELES

TANTA TINTA (T/D)

AH! MENINA TONTA,
TODA SUJA DE TINTA
MAL O SOL DESPONTA!

(SENTOU-SE NA PONTE,
MUITO DESATENTA...
E AGORA SE ESPANTA:
QUEM É QUE A PONTE PINTA
COM TANTA TINTA?...)

A PONTE APONTA
E SE DESAPONTA.
A TONTINHA TENTA
LIMPAR A TINTA,
PONTO POR PONTO
E PINTA POR PINTA...

AH! A MENINA TONTA!
NÃO VIU A TINTA DA PONTE!

CECÍLIA MEIRELES
SONHOS DA MENINA (nh)

A FLOR COM QUE A MENINA SONHA
ESTÁ NO SONHO?
OU NA FRONHA?

SONHO
RISONHO:

O VENTO SOZINHO
NO SEU CARRINHO.

DE QUE TAMANHO
SERIA O REBANHO?

A VIZINHA
APANHA
A SOMBRINHA
DE TEIA DE ARANHA . . .

NA LUA HÁ UM NINHO
DE PASSARINHO.

A LUA COM QUE A MENINA SONHA
É O LINHO DO SONHO
OU A LUA DA FRONHA?

CECÍLA MEIRELES

RIO NA SOMBRA (m antes de p/b)

SOM
FRIO.

RIO
SOMBRIO.

O LONGO SOM
DO RIO
FRIO.

O FRIO
BOM
DO LONGO RIO.

TÃO LONGE,
TÃO BOM,
TÃO FRIO
O CLARO SOM
DO RIO
SOMBRIO!

CECÍLIA MEIRELES

O MENINO AZUL (RR, r fraco)

O MENINO QUER UM BURRINHO
PARA PASSEAR.
UM BURRINHO MANSO,
QUE NÃO CORRA NEM PULE,
MAS QUE SAIBA CONVERSAR.

O MENINO QUER UM BURRINHO
QUE SAIBA DIZER
O NOME DOS RIOS,
DAS MONTANHAS, DAS FLORES,
— DE TUDO O QUE APARECER.

O MENINO QUER UM BURRINHO
QUE SAIBA INVENTAR HISTÓRIAS BONITAS
COM PESSOAS E BICHOS
E COM BARQUINHOS NO MAR.

E OS DOIS SAIRÃO PELO MUNDO
QUE É COMO UM JARDIM
APENAS MAIS LARGO
E TALVEZ MAIS COMPRIDO
E QUE NÃO TENHA FIM.

(QUEM SOUBER DE UM BURRINHO DESSES,
PODE ESCREVER
PARA A RUAS DAS CASAS,
NÚMERO DAS PORTAS,
AO MENINO AZUL QUE NÃO SABE LER.)

CECÍLIA MEIRELES

A POMBINHA DA MATA (m antes de p/b)
TRÊS MENINOS NA MATA OUVIRAM
UMA POMBINHA GEMER.

"EU ACHO QUE ELA ESTÁ COM FOME",
DISSE O PRIMEIRO,
"E NÃO TEM NADA PARA COMER."

TRÊS MENINOS NA MATA OUVIRAM
UMA POMBINHA CARPIR.

"EU ACHO QUE ELA FICOU PRESA",
DISSE O SEGUNDO,
"E NÃO SABE COMO FUGIR."

TRÊS MENINOS NA MATA OUVIRAM
UMA POMBINHA GEMER.

"EU ACHO QUE ELA ESTÁ COM SAUDADE",
DISSE O TERCEIRO,
"E COM CERTEZA VAI MORRER."

CECÍLIA MEIRELES
PASSARINHO NO SAPÉ (p/b)

P TEM PAPO
O P TEM PÉ.
É O P QUE PIA?
(PIU!)

QUEM É?
O P NÃO PIA:
O P NÃO É.
O P SÓ TEM PAPO
E PÉ.

SERÁ O SAPO?
O SAPO NÃO É.

(PIU!)

É O PASSARINHO
QUE FEZ SEU NINHO
NO SAPÉ.

PIO COM PAPO.
PIO COM PÉ.
PIU-PIU-PIU:
PASSARINHO.

PASSARINHO
NO SAPÉ.

CECÍLIA MEIRELES

BOLHAS (lh/nh)

OLHA A BOLHA D'ÁGUA
NO GALHO!
OLHA O ORVALHO!

OLHA A BOLHA DE VINHO
NA ROLHA!
OLHA A BOLHA!

OLHA A BOLHA NA MÃO
QUE TRABALHA!

OLHA A BOLHA DE SABÃO
NA PONTA DA PALHA:
BRILHA, ESPELHA
E SE ESPALHA.
OLHA A BOLHA!

OLHA A BOLHA
QUE MOLHA
A MÃO DO MENINO:
A BOLHA DA CHUVA DA CALHA!

CECÍLIA MEIRELES
AS MENINAS (r fraco)

ARABELA
ABRIA A JANELA.

CAROLINA
ERGUIA A CORTINA.

E MARIA
OLHAVA E SORRIA:
"BOM DIA!"

ARABELA
FOI SEMPRE A MAIS BELA.

CAROLINA,
A MAIS SÁBIA MENINA.

E MARIA
APENAS SORRIA:
"BOM DIA!"

PENSAREMOS EM CADA MENINA
QUE VIVIA NAQUELA JANELA;

UMA QUE SE CHAMAVA ARABELA,
UMA QUE SE CHAMOU CAROLINA.

MAS A PROFUNDA SAUDADE
É MARIA, MARIA, MARIA,

QUE DIZIA COM VOZ DE AMIZADE:
"BOM DIA!"

CECÍLIA MEIRELES

PARA IR À LUA (an, em)

ENQUANTO NÃO TEM FOGUETES
PARA IR À LUA,
OS MENINOS DESLIZAM DE PATINETE
PELAS CALÇADAS DA RUA.

VÃO CEGOS DE VELOCIDADE:
MESMO QUE QUEBREM O NARIZ,
QUE GRANDE FELICIDADE!
SER VELOZ É SER FELIZ.

AH! SE PUDESSEM SER ANJOS
DE LONGAS ASAS!
MAS SÃO APENAS MARMANJOS.

CECÍLIA MEIRELES


ENCHENTE (ch)
CHAMA O ALEXANDRE!
CHAMA!
OLHA A CHUVA QUE CHEGA!
É A ENCHENTE.
OLHA O CHÃO QUE FOGE COM A CHUVA...
OLHA A CHUVA QUE ENCHARCA A GENTE.
PÕE A CHAVE NA FECHADURA.
FECHA A PORTA POR CAUSA DA CHUVA,
OLHA A RUA COMO SE ENCHE!
ENQUANTO CHOVE, BOTA A CHALEIRA
NO FOGO: OLHA A CHAMA! OLHA A CHISPA!
OLHA A CHUVA NOS FEIXES DE LENHA!
VAMOS TOMAR CHÁ, POIS A CHUVA
É TANTA QUE NEM DE GALOCHA
SE PODE ANDAR NA RUA CHEIA!
CHAMA O ALEXANDRE!
CHAMA!

CECÍLIA MEIRELES

A BAILARINA (b)

ESTA MENINA
TÃO PEQUENINA
QUER SER BAILARINA

NÃO CONHECE NEM DÓ NEM RÉ,
MAS SABE FICAR NA PONTA DO PÉ.

NÃO CONHECE NEM MI NEM FÁ,
MAS INCLINA O CORPA PARA LÁ E PARA CÁ.
NÃO CONHECE NEM LÁ NEM SI,
MAS FECHA OS OLHOS E SORRI.

RODA, RODA, RODA COM OS BRACINHOS NO AR
E NÃO FICA TONTA NEM SAI DO LUGAR.

PÕE NO CABELO UMA ESTRELA E UM VÉU
E DIZ QUE CAIU DO CÉU.

ESTA MENINA
TÃO PEQUENINA
QUER SER BAILARINA

MAS DEPOIS ESQUECE TODAS AS DANÇAS,
E TAMBÉM QUER DORMIR COMO AS OUTRAS CRIANÇAS.

CECÍLIA MEIRELES
JOGO DE BOLA (r fraco)
A BELA BOLA
ROLA:
A BELA BOLA DO RAUL.

BOLA AMARELA,
A DA ARABELA.

A DO RAUL,
AZUL.

ROLA A AMARELA
E PULA A AZUL.

A BOLA É MOLE,
É MOLE E ROLA.

A BOLA É BELA,
É BELA E PULA.

É BELA, ROLA E PULA,
É MOLE, AMARELA E AZUL.

A DE RAUL É DE ARABELA,
E A DE ARARABELA É DE RAUL

CECÍLIA MEIRELES

O ÚLTIMO ANDAR (l pós silaba)
NO ÚLTIMO ANDAR É MAIS BONITO:
DO ÚLTIMO ANDAR SE VÊ O MAR.
É LÁ QUE EU QUERO MORAR.

O ÚLTIMO ANDAR É MUITO LONGE:
CUSTA-SE MUITO A CHEGAR.
MAS É LÁ QUE EU QUERO MORAR.

TODO O CÉU FICA A NOITE INTEIRA
SOBRE O ÚLTIMO ANDAR
É LÁ QUE EU QUERO MORAR.

QUANDO FAZ LUA NO TERRAÇO
FICA TODO O LUAR.
É LÁ QUE EU QUERO MORAR.

OS PASSARINHOS LÁ SE ESCONDEM
PARA NINGUÉM OS MALTRATAR:
NO ÚLTIMO ANDAR.

DE LÁ SE AVISTA O MUNDO INTEIRO:
TUDO PARECE PERTO, NO AR.
É LÁ QUE EU QUERO MORAR:
NO ÚLTIMO ANDAR.

CECÍLIA MEIRELES
RODA NA RUA (r forte inicial, rr)

RODA NA RUA
A VIDA DO CARRO.
RODA NA RUA A RODA DAS DANÇAS.
A RODA NA RUA
RODAVA NO BARRO.
NA RODA DA RUA
RODAVAM CRIANÇAS.
O CARRO, NA RUA.

O LAGARTO MEDROSO (diversas)

O LAGARTO PARECE UMA FOLHA
VERDE E AMARELA.
E RESIDE ENTRE AS FOLHAS, O TANQUE
E A ESCADA DE PEDRA.
DE REPENTE SAI DA FOLHAGEM,
DEPRESSA, DEPRESSA,
OLHA O SOL, MIRA AS NUVENS E CORRE
POR CIMA DA PEDRA.
BEBE O SOL, BEBE O DIA PARADO,
SUA FORMA TÃO QUIETA,
NÃO SE SABE SE É BICHO, SE É FOLHA
CAÍDA NA PEDRA.
QUANDO ALGUÉM SE APROXIMA,

— OH! QUE SOMBRA É AQUELA? —
O LAGARTO LOGO SE ESCONDE
ENTRE AS FOLHAS E A PEDRA.

MAS NO ABRIGO, LEVANTA A CABEÇA
ASSUSTADA E ESPERTA:
QUE GIGANTES SÃO ESSES QUE PASSAM
PELA ESCADA DE PEDRA?
ASSIM VIVE, CHEIO DE MEDO,
INTIMIDADO E ALERTA,
O LAGARTO (DE QUE TODOS GOSTAM)
ENTRE AS FOLHAS, O TANQUE E A PEDRA.

CUIDADOSO E CURIOSO,
O LAGARTO OBSERVA.
E NÃO VÊ QUE OS GIGANTES SORRIEM
PARA ELE, DA PEDRA.
ASSIM VIVE, CHEIO DE MEDO,
INIMIDADO E ALERTA,
O LAGARTO (DE QUE TODOS GOSTAM)
ENTRE AS FOLHAS, O TANQUE E A PEDRA.

CECÍLIA MEIRELES
.




O VESTIDO DE LAURA (t/d)

O VESTIDO DE LAURA
É DE TRÊS BABADOS,
TODOS BORDADOS.
O PRIMEIRO, TODINHO,
TODINHO DE FLORES
DE MUITAS CORES.

NO SEGUNDO, APENAS
BORBOLETAS VOANDO,
NUM FINO BANDO.

O TERCEIRO, ESTRELAS,
ESTRELAS DE RENDA
- TALVEZ DE LENDA...
O VESTIDO DE LAURA
VAMOS VER AGORA,
SEM MAIS DEMORA!

QUE AS ESTRELAS PASSAM,
BORBALETAS, FLORES
PERDEM SUAS CORES.

SE NÃO FORMOS DEPRESSA,
ACABOU-SE O VESTIDO
TODO BORDADO E FLORIDO!

CECÍLIA MEIRELES

ROLA A CHUVA (r forte, rr)
O FRIO ARREPIA
A MOÇA ARREDIA.

ARRE
QUE ARRELIA!
NA RUA ROLA A RODA...
ARREDA!
A ROLA ARRULHA NA TORRE.

A CHUVA SUSSURRA.

ROLA A CHUVA
REGA A TERRA
REGA O RIO
REGA A RUA.

E NA RUA RODA ROLA.

CECÍLIA MEIRELES



CANÇÃO (r pós silaba)
DE BORCO
NO BARCO.
(DE BRUÇOS
NO BERÇO...)

O BRAÇO É O BARCO.
O BARCO É O BERÇO.

ABARCO E ABRAÇO
O BERÇO
E O BARCO.
COM DESEMBARAÇO
EMBARCO
E DESEMBARCO.

DE BORCO
NO BERÇO...
(DE BRUÇOS
NO BARCO...)

CECÍLIA MEIRELES

O SANTO NO MONTE (an, en..)

NO MONTE,
O SANTO
EM SEU MANTO,
SORRIA TANTO!

SORRIA PARA UMA FONTE
QUE HAVIA NO ALTO DO MONTE
E TAMBÉM PORQUE DEFRONTE
SE VIA O SOL NO HORIZONTE.

NO MONTE
O SANTO
EM SEU MANTO
CHORA TANTO!

CHORA - POIS NÃO HÁ MAIS FONTE,
E AGORA HÁ UM MURO DEFRONTE
QUE JÁ NÃO DEIXA DO MONTE
VER O SOL NEM O HORIZONTE.

NO MONTE
O SANTO
EM SEU MANTO
CHORA TANTO!

(DURO
MURO
ESCURO!)

CECÍLIA MEIRELES

NA CHÁCARA DO CHICO BOLACHA
NA CHÁCARA DO CHICO BOLACHA
O QUE SE PROCURA
NUN SE ACHA!

QUANDO CHOVE MUITO,
O CHICO BRINCA DE BARCO,
PORQUE A CHÁCRA VIRA CHARCO.

QUANDO NÃO CHOVE NADA,
CHICO TRABALHA COM A ENXADA
E LOGO SE MACHUCA
E FICA DE MÃO INCHADA.

POR ISSO, COM O CHICO BOLACHA,
O QUE SE PROCURA
NUNCA SE ACHA.

DIZEM QUE A CHÁCARA DO CHICO
SÓ TEM MESMO CHUCHU
E UM CACHORRINHO COXO
QUE SE CHAMA CAXAMBU.

OUTRAS COISAS, NINGUÉM PROCURA,
PORQUE NÃO ACHA.
COITADO DO CHICO BOLACHA!

CECÍLIA MEIRELES
.
FIGURINHAS I (ch, nh)
NO CLARO JARDIM
A MENINA CHORA
PELA BORBOLETA
QUE SE FOI EMBORA.

ORA, ORA, ORA,
NÃO CHORE TANTO!
NOSSA SENHORA!

A MENINA CHORA
NO CLARO JARDIM
UM CHORO SEM FIM.

NEM O CÉU AZUL
É BONITO, AGORA,
POIS A BORBOLETA
JÁ SE FOI EMBORA.

NÃO CHORE TANTO!
NOSSA SENHORA!

QUE CHORO SEM FIM
A MENINA CHORA
NO CLARO JARDIM.

ORA, ORA, ORA!
CECÍLIA MEIRELES
FIGURINHAS II (várias)

ONDE ESTÁ MEU QUINTAL
AMARELO E ENCARNADO,
COM MENINOS BRINCANDO
DE CHICOTE-QUEIMADO,
COM CIGARRAS NOS TRONCOS
E FORMIGAS NO CHÃO,
E MUITAS CONCHAS BRANCAS
DENTRO DA MINHA MÃO?

E JÚLIA E MARIA
E AMÉLIA ONDE ESTÃO?

ONDE ESTÁ MEU ANEL
E O BANQUINHO QUADRADO
E O SABIÁ NA MANGUEIRA
E O GATO NO TELHADO?

— A MORINGA DE BARRO,
E O CHEIRO DO ALVO PÃO?
E A TUA VOZ, PEDRINA,
SOBRE MEU CORAÇÃO?
EM QUE ALTOS BALANÇOS
SE BALANÇARÃO?...

CECÍLIA MEIRELES

O SONHO E A FRONHA (NH)
SONHO RISONHO
NA FRONHA DE LINHO.
NA FRONHA DE LINHO,
A FLOR SEM ESPINHO.

APANHO A LENHA
PARA O VIZINHO.

E ENCONTRO O NINHO
DE PASSARINHO.

DE QUE TAMANHO
SERIA O REBANHO?

NÃO HÁ QUEM VENHA
PELA MONTANHA
COM A MINHA SOMBRINHA
DE TEIA DE ARANHA?

SONHO O MEU SONHO.
A FLOR SEM ESPINHO
TAMBÉM SONHA
NA FRONHA.

NA FRONHA DE LINHO.

CECÍLIA MEIRELES
.
A FLOR AMARELA (lh)

OLHA
A JANELA
DA BELA
ARABELA.

QUE FLOR
É AQUELA
QUE ARABELA
MOLHA?

É UMA FLOR AMARELA.

CECÍLIA MEIRELES

O CHÃO E O PÃO (ão)

O CHÃO.
O GRÃO.
O GRÃO NO CHÃO.

O PÃO.
O PÃO E A MÃO.
A MÃO NO PÃO.

O PÃO NA MÃO.
O PÃO NO CHÃO?
NÃO.

CECÍLIA MEIRELES
.
A FOLHA NA FESTA (l entre silabas)
ESTA FLOR
NÃO É DA FLORESTA.

ESTA FLOR É DA FESTA,
ESTA É A FLOR DA GIESTA.

É A FESTA DA FLOR
E A FLOR ESTÁ NA FESTA.

(E ESTA FOLHA?
QUE FOLHA É ESTA?)

ESTA FOLHA NÃO É DA FLORESTA.

ESTA FOLHA NÃO É DA GIESTA.

NÃO É FOLHA DE FLOR.
MAS ESTÁ NA FESTA.

NA FESTA DA FLOR
NA FLOR DA GIESTA.

CECÍLIA MEIRELES
.
NA SACADA DA CASA (c/g; s/ç)

NA
SACADA
A SACA
DA CAÇADA.
NA SACADA DA CASA.
E A SACADA
NA CALÇADA.

QUEM SE CASA
DE CASACA?

NA SACADA DA CASA
A SACA.
NA SACA, A ASA.
ASA E ALÇA.
A SACA DA CAÇA.

QUEM SE ALÇA
DA SACADA
PARA A CALÇADA?
A MENINA DESCALÇA.
A MENINA CALADA.

E NA CALÇADA DA CASA,
A CASADA.

CECÍLIA MEIRELES
.
A ÉGUA E A ÁGUA (gua, gue)

A ÉGUA OLHAVA A LAGOA
COM VONTADE DE BEBER A ÁGUA.

A LAGOA ERA TÃO LARGA
QUE A ÉGUA OLHAVA E PASSAVA.

BASTAVA-LHE UMA POÇA D'ÁGUA,
AH! MAS SÓ DAQUI A ALGUMAS LÉGUAS.

E A ÉGUA A SEDE AGÜENTAVA.

A ÉGUA ANDAVA AGORA ÀS CEGAS
DE OLHOS VAGOS NAS TERRAS VAGAS,
BUSCANDO ÁGUA.

GRANDE MÁGOA!

POIS O ORVALHO É UMA GOTA EXÍGUA
E AS LAGOAS SÃO MUITO LARGAS.

CECÍLIA MEIRELES




O VIOLÃO E O VILÃO (ão, v/f)

HAVIA A VIOLA DA VILA.
A VIOLA E O VIOLÃO.

DO VILÃO ERA A VIOLA.
E DA OLÍVIA O VIOLÃO.

O VIOLÃO DA OLÍVIA DAVA
VIDA À VILA, À VILA DELA.

O VIOLÃO DUVIDAVA
DA VIDA, DA VIOLA E DELA.

NÃO VIVE OLÍVIA NA VILA.
NA VILA NEM NA VIOLA.
O VILÃO LEVOU-LHE A VIDA,
LEVANDO O VIOLÃO DELA.

NO VALE, A VILA DE OLÍVIA
VELA A VIDA
NO SEU VIOLÃO VIVIDA
E POR UM VILÃO LEVADA.

VIDA DE OLÍVIA - LEVADA
POR UM VILÃO VIOLENTO.
VIOLETA VIOLADA
PELA VIOLA DO VENTO.


CECÍLIA MEIRELES

JARDIM DA IGREJA (l)

DALILA E LÉLIA,
E JÚLIA E EULÁLIA
CORTAVAM DÁLIAS.

DALILA E LÉLIA,
EULÁLIA E JÚLIA
CANTAVAM DÚLIAS.

DÁLIAS E DÚLIAS
E HARPAS EÓLIAS...

E A ALADA LUA
— ALTA CAMÉLIA?
— CÉLIA MAGNÓLIA?

CECÍLIA MEIRELES






A LÍNGUA DO NHEM (nh, lh)

HAVIA UMA VELHINHA
QUE ANDAVA ABORRECIDA
POIS DAVA A SUA VIDA
PARA FALAR COM ALGUÉM.

E ESTAVA SEMPRE EM CASA
A BOA DA VELHINHA,
RESMUNGANDO SOZINHA:

NHEM-NHEM-NHEM-NHEM- NHEM- NHEM...

O GATO QUE DORMIA
NO CANTO DA COZINHA
ESCUTANDO A VELHINHA,
PRINCIPIOU TAMBÉM

A MIAR NESSA LÍNGUA
E SE ELA RESMUNGAVA,
O GATINHO A ACOMPANHA:

NHEM-NHEM-NHEM-NHEM- NHEM- NHEM...

DEPOIS VEIO O CACHORRO
DA CASA DA VIZINHA,
PATO, CABRA E GALINHA,
DE CÁ, DE LÁ, DE ALÉM,

E TODOS APRENDERAM
A FALAR NOITE E DIA
NAQUELA MELODIA

NHEM-NHEM-NHEM-NHEM- NHEM- NHEM...

DE MODO QUE A VELHINHA
QUE MUITO PADECIA
POR NÃO TER COMPANHIA
NEM FALAR COM NINGUÉM,

FICOU TODA CONTENTE,
POIS MAL A BOCA ABRIA
TUDO LHE RESPONDIA:

NHEM-NHEM-NHEM-NHEM- NHEM- NHEM...

CECÍLIA MEIRELES
.








CANÇÃO DA FLOR DA PIMENTA (r,s pós silaba)

A FLOR DA PIMENTA É UMA PEQUENA ESTRELA,
FINA E BRANCA,
A FLOR DA PIMENTA.
FRUTINHAS DE FOGO VÊM DEPOIS DA FESTA
DAS ESTRELAS.
FRUTINHAS DE FOGO.

UNS CORAÇÕEZINHOS ROXOS, ÁUREOS, RUBROS,
MUITO ARDENTES.
UNS CORAÇÕEZINHOS.

E AS PEQUENAS FLORES TÃO SEM FIRMAMENTO
JAZEM LONGE.
AS PEQUENAS FLORES...

MUDARAM-SE EM FARPAS, SEMENTES DE FOGO
TÃO PUNGENTES!
MUDARAM-SE EM FARPAS.

NOVAS SE ABRIRÃO,
LEVES,
BRANCAS,
PURAS,
DESTE FOGO
MUITAS ESTRELINHAS...

CECÍLIA MEIRELES
.
MODA DA MENINA TROMBUDA (m/n)
'
É A MODA
DA MENINA MUDA
DA MENINA TROMBUDA
QUE MUDA DE MODOS
E DÁ MEDO.

( A MENINA MIMADA!)

É A MODA
DA MENINA MUDA
QUE MUDA
DE MODOS
E JÁ NÃO É TROMBUDA.

( A MENINA AMADA!)

CECÍLIA MEIRELES


A LUA É DO RAUL (l final)

RAIO DE LUA.
LUAR.
LUAR DO AR
AZUL.

RODA DA LUA.
ARO DA RODA
NA TUA
RUA,
RAUL!

RODA O LUAR
NA RUA
TODA
AZUL.

RODA O ARO DA LUA.

RAUL.
A LUA É TUA,
A LUA DE TUA RUA!

A LUA DO ARO AZUL!

CECÍLIA MEIRELES

LUA DEPOIS DA CHUVA (lh/ch)

OLHA A CHUVA:
MOLHA A LUVA.

CADA GOTA DE ÁGUA
COMO UM BAGO DE UVA.

A CHUVA LAVA A RUA.
A VIÚVA LEVA
O GUARDA-CHUVA
E A LUVA.

OLHA A CHUVA:
MOLHA A LUVA
E O GUARDA-CHUVA
DA VIÚVA.

VAI A CHUVA
E CHEGA A LUA:
LUA DE CHUVA.

CECÍLIA MEIRELES





UMA PALMADA BEM DADA (diversas)

É A MENINA MANHOSA
QUE NÃO GOSTA DA ROSA,

QUE NÃO QUER A BORBOLETA
PORQUE É AMARELA E PRETA,

QUE NÃO QUER MAÇÃ NEM PÊRA
PORQUE TEM GOSTO DE CERA,

QUE NÃO TOMA LEITE
PORQUE LHE PARECE AZEITE,

QUE MINGAU NÃO TOMA
PORQUE É MESMO GOMA,

QUE NÃO ALMOÇA NEM JANTA
PORQUE CANSA A GARGANTA,

QUE TEM MEDO DE GATO
E TAMBÉM DE RATO,

E TAMBÉM DO CÃO
E TAMBÉM DO LADRÃO,

QUE NÃO CALÇA MEIA
PORQUE DENTRO TEM AREIA,
QUE NÃO TOMA BANHO FRIO
PORQUE SENTE ARREPIO

QUE NÃO QUER BANHO QUENTE
PORQUE CALOR SENTE,

QUE A UNHA NÃO CORTA
PORQUE SEMPRE FICA TORTA,

QUE NÃO ESCOVA OS DENTES
PORQUE FICAM DORMENTES,

QUE NÃO QUER DORMIR CEDO
PORQUE SENTE IMENSO MEDO;

QUE TAMBÉM TARDE NÃO DORME
PORQUE SENTE UM MEDO ENORME,

QUE NÃO QUER FESTA NEM BEIJO,
NEM DOCE NEM QUEIJO...

Ó MENINA LEVADA,
QUER UMA PALMADA?

UMA PALMADA BEM DADA
PARA QUEM NÃO QUER NADA!

CECÍLIA MEIRELES

AS DUAS VELHINHAS (lh, m)

DUAS VELHINHAS MUITO BONITAS,
MARIANA E MARINA,
ESTÃO SENTADAS NA VARANDA:
MARINA E MARIANA.

ELAS USAM BATAS DE FITAS,
MARIANA E MARINA,
E PENTEADOS DE TRANÇAS:
MARINA E MARIANA.

TOMAM CHOCOLATE AS VELHINHAS
MARIANA E MARINA,
EM XÍCARAS DE PORCELANA:
MARINA E MARIANA.

UMA DIZ: “ COMO A TARDE É LINDA,
NÃO É, MARINA?”

A OUTRA DIZ: “COMO AS ONDAS DANÇAM,
NÃO É MARIANA?”

“ONTEM EU ERA PEQUENINA”,
DIZ MARINA.
“ONTEM, NÓS ÉRAMOS CRIANÇAS”,
DIZ MARIANA.

E LEVAM Á BOCA AS XICRINHAS
MARIANA E MARINA,
AS XICRINHAS DE PORCELANA:
MARINA E MARIANA.

TOMAM CHOCOLATE AS VELHINHAS,
MARIANA E MARINA.
E FALAM DE SUAS LEMBRANÇAS,
MARIANA E MARIANA.

CECÍLIA MEIRELES
















OS PESCADORES E SUAS FILHAS
(an, am)

OS PESCADORES DORMIAM
CANSADOS, AO SOL, NOS BARCOS.

AS FILHINHAS DOS PESCADORES
BRINCAVAM NA PRAÇA, DE MÃOS DADAS.

AS FILHINHAS DOS PESCADORES
CANTAVAM CANTIGAS DE SOL E DE ÁGUA.

OS PESCADORES SONHAVAM
COM SEUS BARCOS CARREGADOS.

OS PESCADORES DORMIAM
CANSADOS DE SEU TRABALHO.

AS FILHINHAS DOS PESCADORES
FALAVAM DE BEIJOS E ABRAÇOS.

EM SONHO, OS PESCADORES SORRIAM.
AS MENINAS CANTAVAL TÃO ALTO,

QUE ATÉ NO SONHO DOS PESCADORES
BOIAVAM AS SUAS PALAVRAS.

CECÍLIA MEIRELES

LEILÃO DE JARDIM (pr/gr)

QUEM ME COMPRA UM JARDIM COM FLORES?
BORBOLETAS DE MUITAS CORES,
LAVADEIRAS E PASSARINHOS,
OVOS VERDES E AZUIS NOS NINHOS?

QUEM ME COMPRA ESTE CARACOL?
QUEM ME COMPRA UM RAIO DE SOL?
UM LAGARTO ENTRE O MURO E A HERA,
UMA ESTÁTUA DA PRIMAVERA?

QUEM ME COMPRA ESTE FORMIGUEIRO?
E ESTE SAPO, QUE É JARDINEIRO?
E A CIGARRA E A SUA CANÇÃO?
E O GRILINHO DENTRO DO CHÃO?
(ESTE É MEU LEILÃO!)

CECÍLIA MEIRELES








CANÇÃO DA INDIAZINHA (m/n)
.
NA, NA,
MAS PORQUE CHORA ESSA MENINA?
PELA FLOR DO MARACUJÁ.

MAS, SE EU LHE DER UMA CONCHINHA,
A MENINA SE CALARÁ?
AÁNA, AÁNI NA NA.

NA, NA,
SE EU LHE DER A ASA DA ANDORINHA,
A CANTIGA DO SABIÁ?
AÁNI, AÁNI, NA NA

NA, NA,
NADA DISSE: QUE ESTA MENINA
QUER A FLOR DO MARACUJÁ.

NA, NA.
E ELA A QUER APANHAR SOZINHA !
E CHORA QUE CHORA A MENINA

PELA FLOR DO MARACUJÁ.
NA NA.

CECÍLIA MEIRELES


RÔMULO REMA (r forte e RR)

RÔMULO REMA NO RIO.

A ROMÃ DORME NO RAMO,
A ROMÃ RUBRA. (E O CÉU.)

O REMO ABRE O RIO.
O RIO MURMURA.

A ROMÂ RUBRA DORME
CHEIA DE RUBIS. ( E O CÉU.)

RÔMULO REMA NO RIO.

ABRE-SE A ROMÃ.
ABRE-SE A MANHÃ.

ROLAM RUBIS RUBROS DO CÉU.

NO RIO.
RÔMULO REMA

CECÍLIA MEIRELES

Conceitos fundamentais no desenvolvimento da inteligência-Piaget

• Conceitos fundamentais no desenvolvimento da inteligência
o a hereditariedade: herdamos um organismo que amadurece em contato com o meio ambiente, uma série de estruturas biológicas que favorecem o aparecimento das estruturas mentais. Como conseqüência inferimos que a qualidade da estimulação interferirá no processo de desenvolvimento da inteligência.
o a adaptação: possibilita ao indivíduo responder aos desafios do ambiente físico e social. Dois processos compõem a adaptação, ou seja, a assimilação (uso de uma estrutura mental já formada) e a acomodação (processo que implica a modificação de estruturas já desenvolvidas para resolver uma nova situação).
o os esquemas: constituem a nossa estrutura básica. Podem ser simples, como por exemplo, uma resposta específica a um estímulo-sugar o dedo quando ele encosta nos lábios, ou, complexos, como o modo de solucionarmos problemas matemáticos. Os esquemas estão em constante desenvolvimento e permitem que o indivíduo se adapte aos desafios ambientais.
o a equilibração das estruturas cognitivas: o desenvolvimento consiste em uma passagem constante de um estado de equilíbrio para um estado de desequilíbrio. É um processo de auto regulação interna.
A assimilação e a acomodação são mecanismos do equilíbrio.

De acordo com as possibilidades de entendimento construídas pelo sujeito, ele tende a assimilar idéias, mas, caso estas estruturas não estejam ainda construídas, acontece um esforço contrário ao da assimilação. Há uma modificação de hipóteses e concepções anteriores que vão ajustando-se àquilo que não foi possível assimilar. É o que ele chama de acomodação, onde o sujeito age no sentido de transformar-se em função das resistências colocadas pelo objeto do conhecimento.
O desequilíbrio é portanto fundamental, pois, o sujeito buscará novamente o reequilíbrio, com a satisfação da necessidade, daquilo que ocasionou o desequilíbrio.
Piaget aborda a inteligência como algo dinâmico, que decorre da construção de estruturas de conhecimento que, enquanto vão sendo construídas, vão se instalando no cérebro. A inteligência portanto, não aumenta por acréscimo e sim por reorganização.
Para ele o desenvolvimento da inteligência é explicada pela relação recíproca existente com a gênese da inteligência e do conhecimento. Piaget criou um modelo epistemológico com base na interação sujeito - objeto.
Pelo modelo epistemológico o conhecimento não está nem no sujeito, nem no objeto mas na interação entre ambos.

Para Piaget existem duas formas de conhecimento:
1- conhecimento físico- consiste no sujeito explorando os objetos;
Para construir conhecimento físico é necessário a existência de uma estrutura lógico-matemática, de modo a colocar novas observações em relação com o conhecimento que já existe.
2- conhecimento lógico- matemático- consiste no sujeito estabelecendo novas relações com os objetos. Relações estas que não têm existência na realidade externa, está na mente do SUJEITO.
Em síntese, inteligência é um processo ativo de interação entre sujeito e objeto, a partir de ações que iniciam no organismo biológico e chegam à operações reversíveis entre o sujeito e sua relação com os objetos, por tanto é algo construído e em permanente processo de transformação.

A forma que Piaget concebeu a ação do meio social sobre as possibilidades de cada indivíduo

A forma que Piaget concebeu a ação do meio social sobre as possibilidades de cada indivíduo
Para Piaget: "O ser humano, desde o seu nascimento, se encontra submerso em um meio social que atua sobre ele do mesmo modo que o meio físico. Mais ainda, que o meio físico, em certo sentido, a sociedade transforma o indivíduo em sua própria estrutura, porque não somente o obriga a conhecer fatos, mas lhe fornece um sistema de signos completamente construídos que modificam seu pensamento, propõe-lhe valores novos e impõe-lhe uma cadeia definida de obrigações. É, portanto, evidente, que a vida social transforma a inteligência pelo conteúdo das permutas (valores intelectuais), pelas regras impostas ao pensamento - normas coletivas, lógicas ou pré-lógicas".
Na perspectiva construtivista de Piaget, estas pressões sociais e lingüísticas vão sendo exercidas sempre em interação com as possibilidades de cada indivíduo ao longo do processo de desenvolvimento.
Neste sentido, este autor afirma que a linguagem transmite ao indivíduo um sistema que contém noções, classificações, relações e conceitos produzidos pelas gerações anteriores. Mas a criança utiliza este sistema, seguindo sua própria estrutura intelectual. Se não tiver ainda construída a operação de classificação, uma palavra relativa a um conceito geral, será apropriada na forma de um preconceito, semi-individual e semi-socializado. Piaget exemplifica: a palavra "pássaro" evocará, então, o canário familiar.
Uma vez construída a operação de classificação e seu sistema de inclusão, novas possibilidades se abrem para o sujeito que é capaz de fazer deduções e inferências, de forma cada vez mais autônoma, ou seja, sem que precise ser "ensinado" a cada nova etapa do processo ensino-aprendizagem.
Esta é uma das contribuições mais promissoras do construtivismo para a Educação. Partir do ponto em que o aluno se encontra significa, do ponto de vista cognitivo, levar em consideração sua forma de pensar, perceber contradições, inconsistências, enfim, procurar identificar o que ele sabe e o que ainda precisa saber.

Projeto educação para o trânsito



Projeto educação para o trânsito


TEMA
A criança no trânsito






CLEIDE TOLENTINO GONÇALVES DA SILVA

Justificativa

Observando a inexistência de faixa de pedestre no entorno da escola, julguei importante orientar os alunos quanto à travessia das ruas no horário de entrada e saída da escola.
A proposta do projeto é fomentar os alunos a construírem conhecimentos significativos acerca de dúvidas e incertezas sobre o trânsito, tendo como público alvo os alunos do 1°ano do ensino fundamental.

Objetivos;
-incentivar reflexões educativas utilizando rodas de conversa acerca do que os alunos pensam sobre o trânsito.
- perceber a importância da faixa de segurança, semáforos, placas de sinalização e aplicar os conhecimentos no cotidiano.
-identificar situações de riscos e refletir sobre métodos de prevenção.
-Fazer com que a educação para o trânsito faça parte do cotidiano do aluno, com o objetivo de melhorar atuais atitudes e preservando a vida.

Duração do projeto: 15 dias.
Produto final : circuito interativo sobre o trânsito.

Desenvolvimento e metodologia

Iniciamos o projeto com uma roda de conversa fazendo levantamentos sobre os conhecimentos acerca do trânsito e como agir nele.
Mostrei a foto de um semáforo, falei sobre o significado das cores, sua importância e necessidade, interagindo com a turma a todo o momento, sanando dúvidas e valorizando comentários pertinentes ao assunto.
Em duplas confeccionaram cartazes com as placas que vemos com mais freqüência como,proibido estacionar, curva à direita e à esquerda, proibido ultrapassar, passagem de pedestre, etc.
Levei três caixas de TV grande que consegui com a comunidade local e confeccionamos com elas carros simulando os verdadeiros.
Num dia pré estabelecido fomos a quadra da escola e confeccionamos um circuito no chão utilizando giz para esse fim e fixamos em cabos de vassouras as placas que os alunos confeccionaram em sala.
. Em sala de aula distribuímos as funções que cada um iria ter no circuito ( motoristas, pedestres, alguém para manusear o semáforo).
Os alunos adoraram praticar o circuito e iam construindo uma novo postura a partir dos erros que aconteciam, eles mesmos resolveram os conflitos que apareciam.
No dia seguinte convidamos outras salas para assistirem a apresentação e participarem do circuito aonde os alunos iam orientados os convidados em suas ações.
Para finalizar, depois de todo esse trabalho lúdico, simulamos a saída da escola, focando a necessidade de melhoria referente a atenção dos alunos quanto a travessia da rua, que se encontra com um grande fluxo de carros.Nesse momento eles foram desenvolvendo soluções para os erros mais freqüentes praticados por eles.
- fazer a travessia em grupos.
- olhar para os dois lados.
-não se distrair ao fazer a travessia.
- alertar as pessoas sobre a maneira correta de se atravessar.

Avaliação

A avaliação se deu em todo o momento do projeto, se houve envolvimento ou não dos aluno, a participação com questionamentos, confecção ,dos cartazes e assessoria futura que deram aos outros alunos da escola.

Fases de desenvolvimento da criança




Fases de desenvolvimento da criança


Quadro das fases de desenvolvimento da criança.
Esse quadro é excelente para montar ficha de avaliação do aluno, pois traz as fases bem detalhadas.

Sinopse sobre o desenvolvimento da criança de 0 a 10 anos - Baseada nas escalas de de desenvolvimento Brunet e de Arnold Gesell
Idade
Desenvolvimento
motor e de postura
Desenvolvimento
intelectual
Desenvolvimento
social
1o mês
Deitado de bruços ajeita a cabeça para poder respirar. Aperta firmemente um dedo que lhe é oferecido Postura característica: membros flexionados, cabeça oscilante, mãos fechadas Atividade reflexa dominante (por ex. :sucção) Percepção visual boa só de perto, falta acomodação visual Fixa o olhar num rosto que se aproxima Pára de chorar quando a mãe se aproxima ou ao ouvir sua voz Pequenos sons guturais Sorri ao ouvir voz humana, reconhece a mãe pelo seu aroma
2o mês
Suga o polegar ou um dos dedos, brinca com a língua Reproduz sons (tosse, risos) Olha as próprias mãozinhas Segue com os olhos uma pessoa ou objeto que se desloca Pára de chorar e se anima ao ver a mamadeira Faz gestos fisionômicos ao se aproximar um rosto humano Sorri ao ver um rosto humano Fica imóvel ao ouvir voz conhecida Emite gorjeios
3o mês
Firma a cabeça Muda de posição quando deitado de lado, ficando sobre as costas Agarra o lençol e puxa-o para si Balbucia, faz vocalizações prolongadas Sorri a todos que se aproximam sorrindo para ele Troca olhares com a mãe, reconhece-a visualmente
4o mês
Aparecem as gargalhadas Reage à chamada de seu nome girando a cabeça Grande riqueza de emissões vocais, arrulhos
5o mês
Começa a sentar com apoio e mantém as costas retas Segura um objeto, agarra-o quando está ao seu alcance Age sobre os objetos: bate os brinquedos contra a beira da cama e começa a se interessar realmente por eles Encontra um objeto escondido, se tem uma parte visível Começa a imitar gestos Manifesta-se no momento certo para chamar a atenção (por exemplo, já desperto só chora ou ri quando percebe que a mãe já se levanta) Sorri diante de um espelho Ri e emite sons ao brincar Solta gritos de alegria Começa a utilizar contatos físicos para se comunicar com outras pessoas (agarra com as mãos, apalpa.)
6o mês
Fica sentado por longo tempo com apoio Pega os pes com as maos Distingue perfeitamente rostos familiares e estranhos Modula suas emissões vocais tendendo a limitá-las aos sons ouvidos da mãe
7o mês
Fica sentado alguns momentos sem apoio. Arrastando-se desloca-se do lugar Segura pequenos objetos na palma da mão após havê-los puxado para si, os dedos ?em forquilha? Consegue segurar um objeto em cada mão
8o mês
Participa ativamente de brincadeiras como ?achei...? e troca sinais com os adultos Adora morder Tem reações de inquietação ou indecisão face a pessoas estranhas
9o mês
Fica parado em pé sozinho e se segura Engatinha ou anda com os quatro membros Segura pequenos objetos entre o polegar e o indicador Articular a 1a palavra (de duas sílabas) Reage corretamente a certas palavras familiares (me dá, pega...) Reconhece seu nome e os dos familiares
10o mês
Age intencionalmente: levanta a coberta para pegar o brinquedo que ficou por baixo dela Reproduz movimentos que não pode ver pessoalmente (mexe os olhos, a boca...) Começam os brinquedos de encaixar Procu:a imitar os sons que ouve Compreende certas proibições
11o mês

12o mês
Bom equílibrío sentado, consegue se voltar para um lado, inclinar-se Início do caminhar, seguro por uma mão, por exemplo Solta os objetos, quando solicitado Repete gestos ou atitudes que provocaram risadas Emite, pelo menos, três palavras diferentes
15o mês
Anda sozinho Ajoelha-se só Sobe escadas com os quatro membros Brinca com as mãos diante do espelho (bate palmas, estuda os movimentos) Início da autonomia, anda, bebe líquidos sem ajuda... Procura insistentemente a participação da mãe em suas atividades e experiências Usa qualificativos ligados a sua experiência (bom, ruim...) Emite uma dezena de palavras, entende uma vintena delas ao menos
18o mês
Fica sentado sozinho numa cadeira Sobe e desce escadas segurando-se no corrimão Começa a saltar sobre os dois pés Atos coordenados mais complexos: pode, por exemplo, à distância, puxar um objeto pelo cabo ou puxar a coberta que cobre um brinquedo Estuda os efeitos produzidos por suas atividades: deixa um objeto cair de várias formas ?para ver? (faz o mesmo com a água) Transporta blocos de construção pela casa, bate-os uns contra os oufros, constrói uma torre com 3 ou 4 cubos Faz rabiscos espontâneos Reage como se se evitasse diante do espelho: volta-se de costas, foge...
2 anos
Corre e bate numa bola sem perder o equilíbrio Empilha objetos em equilíbrio Começa a refletir para resolver pequenos problemas Sabe que os objetos estão ali, mesmo se não os vê, através da representação mental Imita algum gesto mesmo que não haja modelo reconhece-se no espelho Alinha os blocos de construção e enche carrinhos com blocos Chama-se pelo próprio nome Participa da arrumação de suas coisas Começa a utilização sistemática do ?não?, forma de se afirmar opondo-se ao que o cerca Constrói frases de 2 palavras, consegue construir frases negativas e interrogativas Entende cerca de 300 palavras Comunica-se com gestos, atitudes, mímica, sobretudo com outras crianças
2,5 anos
Tenta se equilibrar num só pé Consegue carregar um copo cheio de água sem derrubá-lo Faz construções verticaís e horizontais com blocos de construção Emprega o ?eu? e o ?meu? Participa ativamente do ato de se vestir Começa a dispensar as fraldas noturnas Comunica-se com seus semelhantes através de atitudes e gestos
3 anos
Sobe escadas colocando um pé de cada vez no degrau (só ao subir) Consegue se manter em pé sobre uma única perna Anda de triciclo Sabe dizer qual é seu sexo Desenha círculos, começa a desenhar um bonequinho Enumera os elementos que compõem uma ilustração Interessa-se pelo nome dos objetos Constrói edifícios com blocos de construção de formas e tamanhos variados, combina-os com trenzinhos, diverte-se mais ao construir do que com a obra acabada Em geral já não precisa de fraldas, tanto de dia como à noite Início do uso de ?meu cãozinho? e do advérbio de lugar (dentro, sobre...) Entende mais de 1000 palavras, pergunta o nome dos objetos Integra progressivamente artigos, pronomes, advérbios à sua fala Crise de personalidade: opõe-se vigorosamente aos outros, para se afirmar
4 anos
É capaz de copiar um quadrado, conhece 4 cores Sabe dizer sua idade Faz construções complicadas com blocos, combina-os com os móveis para representações teatrais, faz construções em comum com outras crianças Aparecem os medos infantis que se diversificam e vão se tornando, progressívamente, medos abstratos(medo da morte, de falhar..) Estuda o efeito de sua mímica sobre os outros Conhece ao menos uma quinzena de verbos de ação Diverte-se com palavras que lembram sujeira (cocô)
6 anos
Sabe fazer duas colunas iguais com fichas Reconhece sua mão direita ou esquerda Conta até 10 Distingue manhã e noite Faz cópias de modelos com blocos de construção, usa os blocos para construir e imaginar situações Manifesta interesse pelas atividades escolares Começa o aprendizado da leitura Domina completamente o sistema fonético Define o objeto pela utilização
7 anos
Gosta de fazer pequenas coleções Aumenta seu interesse por dinheiro: conhece o nome das diferentes moedas Tem noções simples e generalizadas sobre a bondade e a maldade. Tem mais facilidade em decidir, acolher e adotar resoluções simples Põe em dúvida solicitações dos adultos: ?Por que devo fazer isso?" Responde ?já vou...." e adia solicitações. Chora quando criticado ou quando se sente ofendido. Abandona o jogo atirando as peças, quando percebe que perdeu.
8 anos
Aumenta seu interesse por pessoas e lugares distantes no tempo e no espaço Gosta de obter, possuir e trocar objetos. Quer ter um lugar para guardar suas coisas Sabe quanto dinheiro tem, planeja o que vai comprar Tem mais consciência de si mesmo como pessoa Dramatiza Parece considerar-se o centro da cena. Quer que o adulto faça parte de seu mundo. É mais responsável por suas atitudes
9 anos
Atarefado com suas preocupações, converte-se em ?trabalhador? Faz listas de interesses Pensa no futuro, na história. Interessa-se por aparelhos mecânicos, elétricos, animais Adora fazer coisas. Faz coleções complicadas, classifica-as cuidadosamente. Quer saber quanto custam os objetos Gosta de música, cinema, TV; livros e estórias em quadrinhos e videogames dominam seus interesses. Mais responsável, pode ter a chave da casa, entrar e sair, fazer compras simples, avisar pelo telefone. Começa estabelecer diferenças. Individuais de criança a criança, evidenciam-se sua individualidade e personalidade.
10 anos
Gosta de patinar, pintar, jogar Tem desejos materiais Programa o que quer fazer nas férias Começa a pensar no futuro profissional:?vou ser médico?, ?jogador de futebol?, ?ator...? Quer ter uma bicicleta, um caozinho, bonecas As meninas pensam em ser professoras, escritoras, atrizes As meninas parecem um pouco mais maduras A justiça é sumamente importante Quando tem culpa trata de transferi-la aos irmãos ou outro companheiro de travessuras Discute para impor seu ponto de vista. Forma e participa de "turmas"
Fonte: Abrinq
Fases de desenvolvimento da criança

Posted: 14 Dec 2011 07:09 AM PST


Quadro das fases de desenvolvimento da criança.
Esse quadro é excelente para montar ficha de avaliação do aluno, pois traz as fases bem detalhadas.

Sinopse sobre o desenvolvimento da criança de 0 a 10 anos - Baseada nas escalas de de desenvolvimento Brunet e de Arnold Gesell
Idade
Desenvolvimento
motor e de postura
Desenvolvimento
intelectual
Desenvolvimento
social
1o mês
Deitado de bruços ajeita a cabeça para poder respirar. Aperta firmemente um dedo que lhe é oferecido Postura característica: membros flexionados, cabeça oscilante, mãos fechadas Atividade reflexa dominante (por ex. :sucção) Percepção visual boa só de perto, falta acomodação visual Fixa o olhar num rosto que se aproxima Pára de chorar quando a mãe se aproxima ou ao ouvir sua voz Pequenos sons guturais Sorri ao ouvir voz humana, reconhece a mãe pelo seu aroma
2o mês
Suga o polegar ou um dos dedos, brinca com a língua Reproduz sons (tosse, risos) Olha as próprias mãozinhas Segue com os olhos uma pessoa ou objeto que se desloca Pára de chorar e se anima ao ver a mamadeira Faz gestos fisionômicos ao se aproximar um rosto humano Sorri ao ver um rosto humano Fica imóvel ao ouvir voz conhecida Emite gorjeios
3o mês
Firma a cabeça Muda de posição quando deitado de lado, ficando sobre as costas Agarra o lençol e puxa-o para si Balbucia, faz vocalizações prolongadas Sorri a todos que se aproximam sorrindo para ele Troca olhares com a mãe, reconhece-a visualmente
4o mês
Aparecem as gargalhadas Reage à chamada de seu nome girando a cabeça Grande riqueza de emissões vocais, arrulhos
5o mês
Começa a sentar com apoio e mantém as costas retas Segura um objeto, agarra-o quando está ao seu alcance Age sobre os objetos: bate os brinquedos contra a beira da cama e começa a se interessar realmente por eles Encontra um objeto escondido, se tem uma parte visível Começa a imitar gestos Manifesta-se no momento certo para chamar a atenção (por exemplo, já desperto só chora ou ri quando percebe que a mãe já se levanta) Sorri diante de um espelho Ri e emite sons ao brincar Solta gritos de alegria Começa a utilizar contatos físicos para se comunicar com outras pessoas (agarra com as mãos, apalpa.)
6o mês
Fica sentado por longo tempo com apoio Pega os pes com as maos Distingue perfeitamente rostos familiares e estranhos Modula suas emissões vocais tendendo a limitá-las aos sons ouvidos da mãe
7o mês
Fica sentado alguns momentos sem apoio. Arrastando-se desloca-se do lugar Segura pequenos objetos na palma da mão após havê-los puxado para si, os dedos ?em forquilha? Consegue segurar um objeto em cada mão
8o mês
Participa ativamente de brincadeiras como ?achei...? e troca sinais com os adultos Adora morder Tem reações de inquietação ou indecisão face a pessoas estranhas
9o mês
Fica parado em pé sozinho e se segura Engatinha ou anda com os quatro membros Segura pequenos objetos entre o polegar e o indicador Articular a 1a palavra (de duas sílabas) Reage corretamente a certas palavras familiares (me dá, pega...) Reconhece seu nome e os dos familiares
10o mês
Age intencionalmente: levanta a coberta para pegar o brinquedo que ficou por baixo dela Reproduz movimentos que não pode ver pessoalmente (mexe os olhos, a boca...) Começam os brinquedos de encaixar Procu:a imitar os sons que ouve Compreende certas proibições
11o mês

12o mês
Bom equílibrío sentado, consegue se voltar para um lado, inclinar-se Início do caminhar, seguro por uma mão, por exemplo Solta os objetos, quando solicitado Repete gestos ou atitudes que provocaram risadas Emite, pelo menos, três palavras diferentes
15o mês
Anda sozinho Ajoelha-se só Sobe escadas com os quatro membros Brinca com as mãos diante do espelho (bate palmas, estuda os movimentos) Início da autonomia, anda, bebe líquidos sem ajuda... Procura insistentemente a participação da mãe em suas atividades e experiências Usa qualificativos ligados a sua experiência (bom, ruim...) Emite uma dezena de palavras, entende uma vintena delas ao menos
18o mês
Fica sentado sozinho numa cadeira Sobe e desce escadas segurando-se no corrimão Começa a saltar sobre os dois pés Atos coordenados mais complexos: pode, por exemplo, à distância, puxar um objeto pelo cabo ou puxar a coberta que cobre um brinquedo Estuda os efeitos produzidos por suas atividades: deixa um objeto cair de várias formas ?para ver? (faz o mesmo com a água) Transporta blocos de construção pela casa, bate-os uns contra os oufros, constrói uma torre com 3 ou 4 cubos Faz rabiscos espontâneos Reage como se se evitasse diante do espelho: volta-se de costas, foge...
2 anos
Corre e bate numa bola sem perder o equilíbrio Empilha objetos em equilíbrio Começa a refletir para resolver pequenos problemas Sabe que os objetos estão ali, mesmo se não os vê, através da representação mental Imita algum gesto mesmo que não haja modelo reconhece-se no espelho Alinha os blocos de construção e enche carrinhos com blocos Chama-se pelo próprio nome Participa da arrumação de suas coisas Começa a utilização sistemática do ?não?, forma de se afirmar opondo-se ao que o cerca Constrói frases de 2 palavras, consegue construir frases negativas e interrogativas Entende cerca de 300 palavras Comunica-se com gestos, atitudes, mímica, sobretudo com outras crianças
2,5 anos
Tenta se equilibrar num só pé Consegue carregar um copo cheio de água sem derrubá-lo Faz construções verticaís e horizontais com blocos de construção Emprega o ?eu? e o ?meu? Participa ativamente do ato de se vestir Começa a dispensar as fraldas noturnas Comunica-se com seus semelhantes através de atitudes e gestos
3 anos
Sobe escadas colocando um pé de cada vez no degrau (só ao subir) Consegue se manter em pé sobre uma única perna Anda de triciclo Sabe dizer qual é seu sexo Desenha círculos, começa a desenhar um bonequinho Enumera os elementos que compõem uma ilustração Interessa-se pelo nome dos objetos Constrói edifícios com blocos de construção de formas e tamanhos variados, combina-os com trenzinhos, diverte-se mais ao construir do que com a obra acabada Em geral já não precisa de fraldas, tanto de dia como à noite Início do uso de ?meu cãozinho? e do advérbio de lugar (dentro, sobre...) Entende mais de 1000 palavras, pergunta o nome dos objetos Integra progressivamente artigos, pronomes, advérbios à sua fala Crise de personalidade: opõe-se vigorosamente aos outros, para se afirmar
4 anos
É capaz de copiar um quadrado, conhece 4 cores Sabe dizer sua idade Faz construções complicadas com blocos, combina-os com os móveis para representações teatrais, faz construções em comum com outras crianças Aparecem os medos infantis que se diversificam e vão se tornando, progressívamente, medos abstratos(medo da morte, de falhar..) Estuda o efeito de sua mímica sobre os outros Conhece ao menos uma quinzena de verbos de ação Diverte-se com palavras que lembram sujeira (cocô)
6 anos
Sabe fazer duas colunas iguais com fichas Reconhece sua mão direita ou esquerda Conta até 10 Distingue manhã e noite Faz cópias de modelos com blocos de construção, usa os blocos para construir e imaginar situações Manifesta interesse pelas atividades escolares Começa o aprendizado da leitura Domina completamente o sistema fonético Define o objeto pela utilização
7 anos
Gosta de fazer pequenas coleções Aumenta seu interesse por dinheiro: conhece o nome das diferentes moedas Tem noções simples e generalizadas sobre a bondade e a maldade. Tem mais facilidade em decidir, acolher e adotar resoluções simples Põe em dúvida solicitações dos adultos: ?Por que devo fazer isso?" Responde ?já vou...." e adia solicitações. Chora quando criticado ou quando se sente ofendido. Abandona o jogo atirando as peças, quando percebe que perdeu.
8 anos
Aumenta seu interesse por pessoas e lugares distantes no tempo e no espaço Gosta de obter, possuir e trocar objetos. Quer ter um lugar para guardar suas coisas Sabe quanto dinheiro tem, planeja o que vai comprar Tem mais consciência de si mesmo como pessoa Dramatiza Parece considerar-se o centro da cena. Quer que o adulto faça parte de seu mundo. É mais responsável por suas atitudes
9 anos
Atarefado com suas preocupações, converte-se em ?trabalhador? Faz listas de interesses Pensa no futuro, na história. Interessa-se por aparelhos mecânicos, elétricos, animais Adora fazer coisas. Faz coleções complicadas, classifica-as cuidadosamente. Quer saber quanto custam os objetos Gosta de música, cinema, TV; livros e estórias em quadrinhos e videogames dominam seus interesses. Mais responsável, pode ter a chave da casa, entrar e sair, fazer compras simples, avisar pelo telefone. Começa estabelecer diferenças. Individuais de criança a criança, evidenciam-se sua individualidade e personalidade.
10 anos
Gosta de patinar, pintar, jogar Tem desejos materiais Programa o que quer fazer nas férias Começa a pensar no futuro profissional:?vou ser médico?, ?jogador de futebol?, ?ator...? Quer ter uma bicicleta, um caozinho, bonecas As meninas pensam em ser professoras, escritoras, atrizes As meninas parecem um pouco mais maduras A justiça é sumamente importante Quando tem culpa trata de transferi-la aos irmãos ou outro companheiro de travessuras Discute para impor seu ponto de vista. Forma e participa de "turmas"
Fonte: Abrinq

DINAMICAS CARTA A SI PRÓPRIO

CARTA A SI PRÓPRIO
Objetivos
Levantamento de expectativas individuais, compromisso consigo próprio, percepção de si, auto-conhecimento, sensibilização, reflexão, auto-motivação, absorção teórica

Participantes
Indiferente

Recursos
Envelope, sulfite, caneta

Tempo
30 min

Instruções
• Individualmente, cada treinando escreve uma carta a si próprio, como se estivesse escrevendo a seu(sua) melhor amigo(a).
• Dentre os assuntos, abordar: como se sente no momento, o que espera do evento (curso, seminário, etc.), como espera estar pessoal e profissionalmente daqui a 30 dias.
• Destinar o envelope a si próprio (nome e endereço completo para remessa).
• O Facilitador recolhe os envelopes endereçados, cola-os perante o grupo e, após 45 dias aproximadamente, remete ao treinando (via correio ou malote).




PASSADO, PRESENTE E FUTURO
Objetivos
Levantamento de expectativas com relação a si e ao evento, auto-reflexão, auto-percepção, sensibilização

Participantes
15

Recursos
Fita adesiva colorida (3 cores), sulfite, canetas, lápis de cor, objetos de uso pessoal (individual)

Tempo
60 min

Instruções
• No chão da sala, o Facilitador deve, com as fitas coloridas, colar 3 linhas paralelas (2m comprimento) mantendo um espaço de aproximadamente 2 passos largos entre elas.
• Os espaços representam, respectivamente, passado, presente e futuro, em relação à vida pessoal, profissional ou outra questão abrangente pertinente.
• Individualmente e em absoluto silêncio, cada treinando coloca-se em pé dentro do espaço PASSADO e verifica como se sente.
• Através de desenhos ou com um objeto pessoal, representar esse sentimento e deixá-lo no espaço.
• O mesmo processo é feito para PRESENTE e FUTURO com o tempo aproximado de 5 minutos para cada espaço.
• Em grupo aberto cada um traduz em palavras seus sentimentos e o porquê dos desenhos e/ou escolha dos objetos.









TÉCNICA DOS CONES

Objetivos
Levantamento de expectativas, posição em relação ao grupo / empresa

Participantes
Indiferente

Recursos
Papel cartão branco (ou quadrado de madeira), cones (industriais) de linha de diversos tamanhos e cores (pode-se usar cubos, triângulos desde que de tamanhos e cores desiguais), etiquetas adesivas

Tempo
20 min

Instruções
• Cada participante escolhe um cone que o represente e cola uma etiqueta com seu nome.
• O Facilitador coloca um objeto (de preferência não muito pequeno) com o adesivo CURSO colado, no centro do papel cartão que, por sua vez, é colocado no meio da sala.
• Ao comando do Facilitador, todos os participantes, simultaneamente, "colocam-se" (cones) em relação ao "CURSO".
• Solicitar que façam breves comentários sobre as posições assumidas.
• O papel-cartão deve, cuidadosamente, ser colocado em um local neutro da sala, pois o exercício será retomado.
• Ao término do evento, o papel-cartão é colocado novamente no centro da sala e, ao comando do Facilitador os participantes, simultaneamente, podem "rever" sua posição em relação ao "CURSO".
• Retomar individualmente os posicionamentos e alterações (como se sentiu no começo dos trabalhos e ao final deles).
• VARIAÇÃO: alterar a figura central para EMPRESA, GRUPO, TRABALHO, etc.







CRACHÁ CRIATIVO
Objetivos
Apresentação, integração, criatividade, expectativas, descontração, aquecimento, percepção de si/do outro, identificação, sensibilização, vitalizador, relacionamento interpessoal
Participantes
Até 15
Recursos
Cartolina, canetas coloridas, lápis, cola, tesoura, revistas, jornais, sulfite, fita adesiva.
Tempo
30 min
Instruções
• Utilizando diversos materiais cada participante constrói o crachá mais bonito que puder fazer, naquele momento.
• Deixar espaço em branco para colocação do nome porém não escrevê-lo.
• Após o término, o Facilitador recolhe os crachás e os distribui aleatoriamente. Neste momento os participantes escrevem os nomes nos crachás que receberam.
• Cada participante tenta descobrir quem fez o crachá e o porque acredita ser aquela pessoa.
• Quem executou se apresenta e tenta, então, descobrir quem fez o seu crachá. Assim sucessivamente até o término.
VARIAÇÃO: o Facilitador pode incluir o levantamento das expectativas do grupo (o tempo de duração do exercício aumentará).



PERGUNTAS E RESPOSTAS
Objetivos
Integração, interação, descontração, vitalizador, aquecimento.
Participantes
Até 20
Recursos
Cartões ou filipetas (respostas), impresso de apoio ao Facilitador (perguntas)
Tempo
15 min
Instruções
• Os participantes sentam em círculo.
• A cada um é entregue, aleatoriamente, um pequeno cartão (ou filipeta) com respostas iguais ou semelhantes aos exemplos abaixo.
• O Facilitador formula perguntas, uma a uma, sendo que a resposta está contida no cartão do participante.
• Não há lógica entre perguntas e respostas o que dá o tom de descontração à dinâmica.
Lista de perguntas (SUGESTÕES) Lista de respostas (SUGESTÕES)
01. Você é feliz? Na escuridão
02. Você já fugiu de casa? No galinheiro
03. De quem você tem mais medo? No carro
04. Você tem namorado(a)? Na igreja
05. Você tem amigos? Na escola
06. Você se sente amado? À noite
07. Você tem defeitos? Às vezes
08. Você chora? Durante a semana
09. Você é chato com os outros? No final de semana






JOGO DA BOLA
Objetivos
Apresentação, descontração, integração, aquecimento, levantamento de expectativas, vitalizador.
Participantes
Até 15
Recursos
Bola
Tempo
20 min
Instruções
• Todos os participantes ficam em pé, inclusive o Facilitador, formando um círculo.
• Em posse da bola, cada participante deve dizer: NOME, APELIDO e um "HOBBY".
• Iniciando pelo Facilitador, todos se apresentam.
• Aquele que deixar cair a bola, passar para um participante que já se apresentou ou esquecer algum item da apresentação, recebe um "castigo" imposto pelo grupo (imitar, cantar, declamar, etc.).
VARIAÇÃO: ao invés do apelido ou "hobby", pode-se questionar: estado civil, número de filhos, expectativa diante do trabalho (com uma palavra), o que tem de melhor de si para dar ao grupo (em uma palavra). É importante haver, no mínimo, três questões.




APRESENTAÇÃO AOS PARES
Objetivos
Integração, interação, apresentação, descontração, relacionamento interpessoal, aquecimento, observação/concentração, comunicação.
Participantes
14
Recursos
Nenhum
Tempo
60 minutos, sendo 10 de apresentação na dupla
Instruções
• Aos pares (A e B) os participantes se acomodam pela sala.
• Buscar conhecer o companheiro (nome, idade, estado civil, filhos, escolaridade, objetivos no evento, empresa que atua, "hobby").
• Após o tempo de apresentação no par o companheiro "A" apresenta o companheiro "B" ao grupo, e vice-versa.
• Importante clima descontraído e aberto a perguntas sem, contudo, sair do objetivo de apresentação. O exercício se encerra com apresentação de todos.
VARIAÇÃO: a apresentação pode ser feita pelo "apresentador" em 1a. pessoa: "Eu sou André, meu "hobby" preferido é...".




PENDURANDO NO VARAL
Objetivos
Integração, descontração, apresentação, percepção de si e do outro, reflexão, auto-avaliação, conhecimento de si
Participantes

Recursos
Sulfite, caneta, barbante para o "varal", clipes para papel
Tempo
40 min
Instruções
• Individualmente solicitar que cada participante escreva de 6 a 8 características próprias. Não deve haver identificação.
• "Pendurar" cada sulfite num "varal" previamente colocado na parede ou entre paredes.
• Os participantes observam cada sulfite, procurando verificar com qual se identifica mais.
• Após escolha dos papéis, solicitar que sentem segundo a escolha de uma pessoa da dupla. Neste momento ocorre a apresentação.
• Posteriormente solicitar que sentem segundo a escolha do outro parceiro da dupla, também para apresentação.
Ao final, apresentar seus pares em grupo aberto, salientando o porquê da escolha / identificação com aquelas características.





O QUE É VOCÊ?
Objetivos
Apresentação, identificação, levantamento de expectativas, análise / analogias, reflexão, avaliação, comunicação
Participantes
10
Recursos
Objetos pessoais, objetos de escritório, sucata
Tempo
30 min
Instruções
• Colocar vários objetos dos participantes no chão da sala de modo que todos possam ver (brincos, relógio, pulseira, anel, caneta, etc.).
• O grupo, sentado em círculo, observa os objetos e, ao comando do Facilitador, escolhe aquele que mais lhe agrada.
• Um a um, os participantes vão se apresentando através do objeto, como se fosse ele, verbalizando em primeira pessoa.
• O que sou eu? Quais minhas características?
• Quais minhas características?
• Quais são meus sonhos? Quais são minhas expectativas?
• O que eu pretendo no evento?




MINHA VIDA PELAS FIGURAS
Objetivos
Integração, apresentação, aquecimento, sensibilização, percepção de si, reflexão, comunicação, conhecimento de si.
Participantes
10
Recursos
Figuras diversas (pessoas, formas, animais) de jornais, revistas, em branco e preto ou colorido.
Tempo
50 min
Instruções
• Individualmente, solicitar que os participantes pensem (ou escrevam) a estória da sua vida (familiar, afetiva, profissional), por aproximadamente 10 minutos.
• Espalhar figuras pelo chão (ou mesa grande) para que cada um procure aquela que mais se identifica.
• Importante, nesta técnica, ter disponível muito maior número de figuras do que de participantes, para que fiquem à vontade na escolha.
• Sucintamente, solicitar que cada participante conte a estória de sua vida através da figura, onde dirá o que chamou sua atenção sobre ela.
VARIAÇÃO: pode-se eliminar a fase de reflexão individual.





REDAÇÃO EM CORRENTE
Objetivos
Percepção, sintonia, expectativas, interação, criatividade, descontração, sensibilização, comprometimento, avaliação, motivação, conhecimentos teóricos, análise e síntese.
Participantes
Até 20
Recursos
Sulfite
Tempo
30 min
Instruções
• Escrever, em uma folha, uma palavra qualquer para iniciar a corrente da redação (por exemplo: EU, NÓS, SE, TALVEZ, SEI QUE, ESPERO, etc.).
• Cada participante contribui com a redação, colocando uma palavra ou pequena frase que dê continuidade. Sucessivamente, todos os participantes escrevem.
• O exercício se encerra após avaliação do que foi escrito.
VARIAÇÕES:
• Fazer o exercício verbalmente.
• Direcionar a redação para fixação ou avaliação da retenção de conhecimentos teóricos.


OBS: COMO COMBINADO NOSSO TEMA SERÁ:
Os guias de aprendizagem são ricos em....




MEU PRÓPRIO MANTRA
Objetivos
Auto-motivação, percepção do poder pessoal, atenção sobre si e o outro, sensibilidade, criatividade
Participantes
20
Recursos
Tempo
60min
Instruções
• Em pé, formando um círculo, um participante coloca-se no centro mantendo os olhos fechados.
• Procurar manter sua percepção atenta aos sentimentos que o exercício provoca.
• Cada integrante do círculo pronuncia o nome do “central” de diversas formas, utilizando diferentes acentuações, tonalidades e ritmos.
• Quando o ouvinte sentir que é suficiente deve fazer um sinal com a mão.
• Substituir os “centrais” até o último participante.
• Abrir o grupo questionando:
• sentimentos e sensações em ambos os papéis
• constatações, percepções, descobertas
• analogias com o cotidiano




MURAL DIVERTIDO
Objetivos
Aprofundar conhecimentos, avaliar assimilação do conteúdo, troca de informações, motivação, trabalho em equipe, liderança, criatividade, percepção e integração.
Participantes
20
Recursos
Cartolina, canetas coloridas, canetas piloto, jornais, revistas, figuras diversas, tesouras, cola, papel crepom, cola colorida.
Tempo
40 min ( 1º momento ), 60 min ( 2º momento )
Instruções
1º Momento
• Dividir os participantes em grupos compostos por 4 ou 5 pessoas após o estudo prévio de um determinado tema por meio de texto ou explanação.
• A tarefa de cada grupo é elaborar um mural utilizando materiais diversos, através do qual os componentes expressam o entendimento obtido sobre o tema em questão.
2º Momento
• Após a construção dos murais, os trabalhos devem ser expostos e comentados por todos.
• Buscando o enriquecimento e a troca de experiências, discutir:
o dificuldades para execução da tarefa;
o compreensão dos outros trabalhos;
o impressões obtidas.
• O facilitador coloca-se a disposição para solucionar dúvidas, acrescentado informações à discussão quando julgar necessário.
VARIAÇÃO: O número de participantes é flexível. Esta dinâmica pode ser aplicada após uma exposição verbal, assuntos discutidos em uma reunião, ou leitura de um ou mais textos, neste caso, cada grupo se encarrega de abordar um assunto.




LOCOMOTIVA HUMANA
Obejetivo
Atenção, percepção, memória, integração.
Participantes
20
Recursos
Fita ou CD com trechos de músicas em diferentes ritmos, aparelho de som.30 min
Tempo
30 min
Instruções
• As pessoas caminham pela sala durante aproximadamente 5 minutos relembrando o nome dos demais participantes e observando uma qualidade presente em cada um deles.
• O facilitador coloca uma fita com diversos trechos de músicas.
• Um dos participantes inicia a dinâmica identificado como locomotiva e sai pela sala dizendo o nome e a qualidade de uma das pessoas do grupo, no ritmo da música.
• Aquele que foi chamado prende-se à cintura da locomotiva e chama outro participante, destacando sua qualidade ( sem sair do ritmo da música que estiver tocando no momento ).
• Este processo deve ser repetido até que o trem esteja formado por todos os integrantes do grupo.
VARIAÇÃO: Após todos os participantes terem formado o trem, pode-se fazer o processo inverso, a fim de ampliar a dinâmica: antes de cada um se sentar deve pronunciar o nome e a qualidade daquele que está a sua frente até que se chegue à locomotiva.




QUEM FOI O AUTOR
Objetivos
Estimular a leitura, avaliar assimilação, compreensão e retenção do conteúdo, troca de informações, motivação, criatividade, integração.
Participantes
20
Recursos
Filipetas em branco, canetas, caixinha, música, cartolina branca, durex ou fita crepe.
Tempo
40 min.
Instruções
1º Momento
• Cada participante recebe duas filipetas e deve elaborar um novo parágrafo que possa ser acrescentado ao texto, de acordo com suas próprias idéias.
• Depois, deve copiá-lo na segunda filipeta.
• Cada participante entrega uma das filipetas ao Facilitador, que deposita-as em uma caixinha ou similar.
• Cada membro do grupo sorteia um parágrafo e sai em busca daquele que o escreveu.
• Quando encontrada, a cópia é entregue àquele que a sorteou e ambas as filipetas devem ser coladas em uma cartolina branca previamente preparada e anexada na parede pelo Facilitador.
2º Momento
• Quando todos os parágrafos estiverem reunidos na cartolina branca, Facilitador e participantes fazem um levantamento dos autores e discutem:
o Impressões obtidas.
o Dificuldades na elaboração dos parágrafos e na busca dos pares.
o Comentário sobre aquilo que escreveram.
o O que o texto despertou em cada um.
o Aprendizagem e contribuições.
• O Facilitador coloca-se a disposição para solucionar dúvidas, acrescentado informações à discussão quando julgar necessário.
VARIAÇÃO: Esta dinâmica pode ser aplicada após a leitura de um ou mais textos. É um exercício que facilita sobremaneira a retenção de conteúdos teóricos e conceituais.


PERGUNTE DIFERENTE
Objetivos
Estimular a leitura, avaliar assimilação, compreensão e retenção do conteúdo, troca de informações, motivação, trabalho em equipe, liderança, criatividade, percepção, integração, atenção, percepção, comunicação, flexibilidade. Avaliar o evento.
Participantes
20
Recursos
Fita ou CD com trechos de músicas em diferentes ritmos, aparelho de som, bolinha.
Tempo
30min
Instruções
1º momento
• O grupo deve se organizar em círculo.
• O Facilitador coloca o CD com músicas diversas ( lentas e agitadas )
• Um dos membros do grupo inicia fazendo uma pergunta sobre o texto, no ritmo da música que estiver tocando naquele momento.
• Os próximos quatro participantes, cada um na sua vez, respeitando o ritmo da música que estiver tocando quando receber a bolinha, reelabora a pergunta. Desta forma teremos uma pergunta com cinco variações.
• O sexto participante, formula uma nova pergunta, e os quatro participantes seguintes continuam reelaborando a segunda pergunta.
• Assim sucessivamente até o término.
2º momento
Após todos terem elaborado perguntas, Facilitador e participantes discutem a experiência, observando contribuição à aprendizagem, manifestando percepções pessoais, dificuldade ou facilidade em adequar a pergunta ao ritmo da música, etc.
VARIAÇÕES: Esta dinâmica pode ser aplicada após uma aula / palestra / seminário, objetivando verificar a retenção dos conceitos e/ou avaliação do dia através das perguntas.





ANJO DA GUARDA
Objetivos
Integração, sociabilização, relacionamento interpessoal, empatia, comunicação, descontração
Participantes
Indefinido
Recursos
Filipetas com nomes dos participantes, canetas, caixa ou similar.
Tempo
Indefinido
Instruções
• O Facilitador escreve os nomes dos participantes em uma filipeta e os deposita numa caixa.
• Cada participante sorteia um papel (como em um amigo secreto).
• Orientar o grupo que ninguém poderá retirar seu próprio nome. Se isso acontecer, refazer o sorteio.
• Cada participante será o anjo daquele que sorteou e, portanto, também terá seu anjo.
• Os nomes não devem ser revelados até o término do jogo.
• O papel de cada anjo é de aproximar-se, dar atenção e integrar-se com a pessoa sorteada, de forma sutil, sem que esta perceba imediatamente quem é seu anjo.
• A caixa deve ser colocada em local apropriado para que, durante o evento, os anjos se comuniquem por bilhetes. O sigilo deve ser mantido.
• Ao final, cada um tenta adivinhar quem é o seu anjo.
VARIAÇÃO: Esta dinâmica pode ser aplicada em viagens, cursos e reuniões nos quais os participantes permanecem juntos por período de tempo relativamente longo.



SAUDAÇÕES
Objetivos
Integração, sociabilização, comunicação, descontração
Participantes
20
Recursos
Filipetas com nomes participantes ilustres, caixinha ou similar.
Tempo
25 min
Instruções
• Dois participantes saem da sala.
• No meio do circulo do grupo colocam-se duas cadeiras para personagens ”ilustres”, mas invisíveis. (Por exemplo: um orangotango, a miss universo, o presidente do país, jornalistas, cantores, artistas, etc.).
• Aqueles que saíram da sala sorteiam duas filipetas com nomes de personagens.
• Os participantes terão de saudar cada um dos personagens imaginários e o restante do grupo tentará adivinhar quem são.
• O grupo terá dois minutos para fazer a descoberta.
• Após o tempo esgotado, um novo grupo de duas pessoas dará continuidade à dinâmica seguindo o mesmo processo por meio de um novo sorteio.

por ;Julia Rocha

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