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sábado, 20 de abril de 2013


ENCONTREI ESTAS PEÇAS TEATRAIS NO
 SITE TEATRO EVANGELHICOS

A Última Páscoa
Teatro por Rádio Resgate FM


Personagens

JESÚS
PEDRO
JUDAS
TOMÉ
BARRABÁS
MULHER 1
MULHER 2
GUARDA 1
GUARDA 2
IMPERADOR
LADRÃO DA DIREITA
LADRÃO DA ESQUERDA
NARRADOR

»CENÁRIO: »MATERIAL:

-Uma Forca...............-Uma Roupa de Batismo........................

-Um Chicote..........-Uma Capa (Pode ser Vermelha).........................

-Uma Lanterna.............-Roupas para o Imperador....................................

-Três "Cruz" (Grande).................. -Roupas para os Guardas.......................................

-Uma Coroa (Espinho).........................

-Um Vidro de Ketchup. .........................................

-Um Cajado (cana seca).........

»MÚSICAS:

-Uma Extensão (Grande).

-Um Som (Galo e Trovão)
-"Foi tão Triste"
-Uma Canetinha (Preta e Vermelha)
-"Glória, Glória Aleluia".............................

-Uma Vara com esponja, e um Balde-"Jesús ia Subindo o Monte"....
...-Um Martelo e uma Madeira (Pequena).........................................

-Uma Placa (Pequena:"Rei dos Judeus")...........................................

»NARRADOR: Buscai ao Senhor enquanto se pode achar; invocai-o enquanto está perto. Deixe o ímpio o seu caminho, e o homem maligno os seus pensamentos, e se converta ao Senhor, que se compadecerá dele; torne para o nosso Deus, porque grandioso é um perdoar. Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos os meus caminhos, diz o Senhor.



Cena 1.

»NARRADOR: "Voz do que clama no deserto. Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas".

(Entra Jesús) ***Acende o holofote***

»JESUS: Vinde a mim todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu julgo e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas. Porque o meu julgo é suave e o meu fardo é leve.

***Apaga o holofote***

***Acende o holofote***

»NARRADOR: E, quando comiam, Jesús tomou o pão, e abençoando-o, o partiu, e o deu aos discípulos, e disse:

"-TOMAI, COMEI, ISTO É O MEU CORPO".

-E, tomando o cálice, e dando graças, deu-lho, dizendo:

"-BEBEI DELE TODOS; PORQUE ISTO É O MEU SANGUE, O SANGUE DO NOVO TESTAMENTO, QUE É DERRAMADO POR MUITOS, PARA REMISSÃO DOS PECADOS".

***Apaga o holofote***

»NARRADOR: Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; na verdade, o espírito está pronto, mas a carne é fraca.

***Acende a lanterna***

(Aparece Jesús ajoelhado em cena)

»JESÙS: "Pai meu, se este cálice não pode passar de mim sem eu o beber, faça-se a sua vontade".

***Apaga a lanterna***



Cena 2.

***Acende o holofote***

(Aparece Jesús em cena, sozinho, entra Judas Iscariotes e os guardas, dizendo:)

»JUDAS: Eu te saudo, Rabí. (e beija-o)

-01-

»JESÙS: Amigo à que vieste? –Todos tentam me prender como um salteador, com espadas e varas-pau. Todos os dias assentava junto de vós no templo à lhes ensinar, e não me prendestes. (Os guardas prendem a Jesús, e o tiram de cena).

»NARRADOR: Mas tudo isso aconteceu para que se cumpram as escrituras do profeta. Então seus discípulos os deixou e fugiram.



Cena 3. (Pedro)

(Entra Pedro todo assustado, como se estivesse à se esconder)

»MULHER: Tu também estavas com Jesús, o galileu.

»PEDRO: Não sei o que dizes.

»MULHER: Este também estava com Jesús, o nazareno.

»PEDRO: (jurando) Não conheço tal homem.

»MULHER/NARRADOR: Verdadeiramente também tu és deles, pois a tua fala te denuncia.

»PEDRO: (praguejando e jurando) Não conheço esse homem.


***O galo canta***


(Pedro sai de cena chorando amargamente)

»PEDRO: Oh! Meu Senhor.

***Apaga o holofote***


Cena 4. (Judas)

***Acende o holofote***


(Coloca-se o Judas em posição, assim que Pedro sair de cena, em cima de um banco, com uma corda em seu pescoço, se enforcando).



(Aparece Judas pendurado e enforcado, durante "DEZ" segundos)

-02-

Cena 5.

***Acende o holofote***

***Música: 10 do CD "Adoração Pentecostal"***


»IMPERADOR: Qual quereis que vos solte? Barrabás, o homicida, ou a Jesús, chamado Cristo?

»TODOS: Barrabás, Barrabás, Barrabás.

»IMPERADOR: Que quereis pois que faça daquele a quem chamais de Rei dos Judeus?

»TODOS: Crucifica-o, Crucifica-o.

»IMPERADOR:Então, lavo as minhas mãos.Estou inocente do sangue deste justo:Considerai isto.LIBERTE-O!

»TODOS: Que seu sangue caia sobre nós, e sobre nossos filhos.

(Sai Barrabás, todo sujo, por detrás de todos, assustado e feliz, sai logo de cena)


***LÊ-SE A SENTENÇA***


(Os guardas prendem Jesús, rasgando suas vestes e lhe puseram uma capa de cor de escarlata. Elhe puseram uma coroa de espinho e um cajado em sua mão direita, e diziam:)

»GUARDAS: Salve, Rei dos Judeus.

(Os guardas lhe cospem, fingindo, pegam o cajado e batem em sua cabeça (Jesús, estoura um saquinho de ketchup em sua cabeça, na terceira pancada. Depois de zombarem muito, lhe tiram a capa e o empurram para fora de cena, dando chicotadas nele)

***Apaga o holofote***

Cena 6. (A Crucificação)

(Os ladrões se posicionam com suas cruzes em cena, já maqueados).

(Começa a cantar o hino: "Jesús ia subindo o monte")

***Acende o holofote***

(Entra Jesús, subindo a rampa, todo sujo de "sangue" e semi-nu, carregando uma cruz (Ele deve cair, na entrada da cena, e no meio da cena, depois se levante e fica olhando para a Igreja, as mulheres entram chorando ao seu lado. Pára no meio da cena, e olha para a igreja)

***Apaga o holofote***

-03-


(Começa a tocar só a introdução do hino: "Foi tão triste")

(Os guardas colocam a cruz de Jesús no chão, depois colocam Jesús sobre ela. Um dos guardas fica dando marteladas na cruz, enquanto o outro fica maqueando Jesús, com ketchup. Depois colocam Jesús em pé no meio dos ladrões, já crucificado).


***Acende a lanterna***

(Começa a cantar o hino: "Foi tão triste", bem lento só as estrofes, quando terminar as estrofes, Jesús diz:)

***Acende o holofote***

»JESÚS: "PAI, PERDOA-LHES, PORQUE NÃO SABEM O QUE FAZEM".

(Os guardas lhe davam bebidas numa vara com esponjas, mais ele sempre rejeitava. Os guardas rasgando seus vestidos, e dividiam entre eles)

»NARRADOR: Cumpriu-se o que foi dito pelo profeta, que: -"Repartiram entre si os meus vestidos, e sobre a minha túnica, lançaram sortes".

»GUARDAS: Se tu és o Rei dos Judeus, salva-te a ti mesmo.

(Os guardas colocam uma placa acima da cabeça de Jesús, com os dizeres: (só as iniciais, INRI).

»LADRÃO À ESQUERDA: Se tu és o Cristo, salva-te a ti mesmo, e a nós.

»LADRÃO À DIREITA: Tu nem ainda teme à Deus estando na mesma condenação? Nós merecemos estarmos aqui, mas este, nenhum mal fez. Olha para Jesús e diz: - Senhor lembra-te de mim, quando entrares no teu reino.

»JESÚS: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraiso.

***APAGAM-SE AS LUZES***

(Alguém coloca uma lanterna na fronte de Jesús)

»JESÚS: ELÍ, ELÍ, LAMÁ SABACTAMÍ (DEUS MEU, DEUS MEU, PORQUE ME DESAMPARASTE?)

(Um dos guardas coloca esponja em sua boca, o outro diz:)

»GUARDA: Deixa, vejamos se Elias vem salvá-lo.

»JESÚS: PAI, NAS TUAS MÃOS ENTREGO O MEU ESPÍRITO, e expira.

(Ouve-se barulho de trovão, todos figem que o chão está tremendo e caem logo em seguida)

»SACERDOTE: Verdadeiramente este era filho de Deus.

(Todos saem de cena correndo de medo)

***Apaga o holofote***

-04-

Cena 7. (A Ressurreição)

***Abre as curtinas***

(Entra Maria Madalena, e a outra Maria, indo ao sepulcro. Elas ouvem um estrondo, os guardas saem correndo, e elas ajoelham-se)

»NARRADOR: Não tenhais medo; pois eu sei que buscai a Jesús, que foi crucificado. Ele não está aqui, porque já ressuscitou, dizei isto aos seus discípulos.

(Quando já iam se retirando, canta-se o côro do hino: "Foi tão triste", entra Jesús ressuscitado e encontra-se com elas)

»JESÚS: Eu vos saudo.

(Elas abraçam seus pés, e o adoram)

***Fecha as curtinas***

(As mulheres saem)

***Abre as curtinas***

(Jesús aparece e diz para a igreja:)

»JESÚS: Paz seja convosco. –Por que estais perturbados, e por que sobem tais pensamentos aos vossos corações? Vede as minhas mãos e os meus pés, que sou eu mesmo; apalpai-me e vede, pois um espírito não tem carne e nem ossos, como vedes que eu tenho.

(Neste momento vai ter um Tomé, sentado na primeira cadeira da igreja, e vai querer apertar as mãos de Jesús)

»JESÚS: Porque me viste, Tomé, creste, bem aventurado os que não viram e creram.

***Fecha as curtinas***

***LOUVOR: "Glória, Glória Aleluia", bem baixinho, quando Jesús termina de falar aumenta***

***Abre as curtinas***

»JESÚS: É me dado todo o poder no céu e na terra. Portanto ide, ensinai a todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo; e quem crer e for batizado, será salvo. Todas as coisas que eu vos tenho mandado, ensinai; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém.

***LOUVOR: Aumenta o volume do hino, "Glória, Glória Aleluia".***




O CARRO
Teatro por Teatro Cristão


Personagens: Narrador – Pai – Filho - Mãe

Narrador: Era uma vez um rapaz que ia muito mal na escola. Sua notas e comportamento eram uma decepção para seus pais que, como bons cristãos, sonhavam em vê-lo formado e bem sucedido. Um belo dia, o bom pai lhe propôs um acordo:

Pai – Sabe meu filho tem uma proposta para você.

Filho – Qual pai!

Pai – Bom como você esta mal nos estudos eu vou fazer o seguinte: Se você, meu filho, mudar o comportamento, se dedicar aos estudos e conseguir ser aprovado no vestibular para a Faculdade de Medicina, lhe darei então um carro de presente.

Filho – Esta feito o trato, vou mostrá-lo do que sou capaz.

Narrador: Por causa do carro, o rapaz mudou da água para o vinho. Passou a estudar como nunca e a ter um comportamento exemplar. O pai estava feliz, mas tinha uma preocupação.

Pai – è meu filho mudou completamente, é uma pena que essa mudança não é fruto de uma conversão sincera, mas apenas do interesse em obter o automóvel. Isso era mau!

Narrador: O rapaz seguia os estudos e aguardava o resultado de seus esforços. Assim, o grande dia chegou!

Filho: Pai, veja aqui esta o resultado do meu exame para o curso de Medicina e veja o senhor mesmo com os seus próprios olhos, eu fui aprovado...

Pai: Meus parabéns meu filho, você mostrou que é um jovem que consegue aquilo que quer, parabéns mesmo, vou reunir nossos familiares e amigos para lhe entregar o seu presente e dar as boas novas.

Narrador: Como havia prometido, o pai convidou a família e os amigos para uma festa de comemoração. O rapaz tinha por certo que na festa o pai lhe daria o automóvel. Quando seu pai pediu a palavra:

Pai – Amigos e familiares, meu filho esta super feliz, pela aprovação no curso de Medicina, ele que se esforçou tanto para conseguir tal ato, e como prova disso eu lhe entrego esse super presente.

Narrador: O pai então lhe entregou uma caixa de presente. Crendo que ali estavam as chaves do carro, o rapaz abriu emocionado o pacote. Para sua surpresa era uma Bíblia.

Filho: (fala como se estivesse super decepcionado.) Uma Biblia, adorei o presente papai, vou lê-lo todas as noites.

Narrador: A partir daquele dia, o silêncio e distância separavam pai e filho. O jovem se sentia traído e, agora, lutava para ser independente. Deixou a casa dos pais e foi morar no Campus da Universidade. Raramente mandava notícias à família.

O tempo passou, ele se formou, conseguiu um emprego em um bom hospital e se esqueceu completamente do pai. Todas as tentativas do pai para reatar os laços foram em vão. Até que um dia o velho, muito triste com a situação, adoeceu e não resistiu. Faleceu.

No enterro, a mãe procurou o filho:

Mãe – Meu filho aqui esta o ultimo presente que seu pai lhe deu e você o deixou em cima de sua cama, local que se encontrava até o dia da morte de seu pai.

Filho – Obrigado mãe...

Narrador: De volta à sua casa, o rapaz, que nunca perdoara o pai, quando colocou o livro numa estante, notou que havia um envelope dentro dele. Ao abri-lo, encontrou uma carta e um cheque. A carta dizia:

(Voz do Pai)- Meu querido filho, sei o quanto você deseja ter um carro. Eu prometi e aqui está o cheque para que você escolha aquele que mais lhe agradar. No entanto, fiz questão de lhe dar um presente ainda melhor: a Bíblia Sagrada. Nela aprenderás o Amor a Deus e a fazer o bem, não pelo prazer da recompensa, mas pela gratidão e pelo dever de consciência.

Narrador: Corroído de remorso, o filho caiu em profundo pranto. Como é triste a vida dos que não sabem perdoar. Isso leva a erros terríveis e a um fim ainda pior. Antes que seja tarde, perdoe aquele a quem você pensa ter lhe feito mal. Talvez se olhar com cuidado, verá que há também um "cheque escondido" em todas as adversidades da vida.



O Palhaço
Teatro por www.eclesia.e7.com.br


Curioso, Bebida, Cigana, Baseado, Rico Meninas (2 ou 1), Anjo, Espelho

Entra CURIOSO olhando tudo

entra BEBIDA alegre feliz com uma garrafa. Mostra que está muito feliz.

CURIOSO, olha curioso, e procura saber o que tem ali. BEBIDA mostra que é muito bom, e as sensações são ótimas.

CURIOSO, fica empolgado, BEBIDA desfila com a garrafa perto dele deixando ele mais curioso ainda. E oferece. CURIOSO diz que é só um pouquinho que ele quer e que isto não fará mal pra ele.

Mas antes BEBIDA aponta que ele terá que dar o seu coração, ele fica meio na dúvida, mas aceita.

BEBIDA tira a máscara.

BEBIDA faz sinal de ‘espera pega o pó branco, deixa CURIOSO de costas para a platéia e com ar de quem está se divertindo ele passa esse pó branco por todo o seu rosto e passa por todo o rosto.

CURIOSO não se importa, fica com cara de alegre. BEBIDA depois que termina dá a garrafa para ele.

CURIOSO fica meio tonto, mas com cara de alegre.

BEBIDA sai de cena

Entra CIGANA entra com cartas. E mostra a ele que ele pode saber o futuro dele, e ser muito feliz.

CURIOSO aceita. CIGANA pede seu coração. CURIOSO não pensa duas vezes e diz que sim, e dá à ela. CIGANA tira a máscara. Coloca CURIOSO de costas para a platéia, faz arcos em cima dos olhos e em volta da boca. E então, ela pega a mão dele e começa a lê (é encenado a alegria de CURIOSO com as revelações que a CIGANA faz à ele).

CIGANA sai . CURIOSO demonstra empolgação pelo que a CIGANA falou.

BASEADO entra com ‘cigarrinho demonstrando uma ‘leveza, alegria, e oferece a ele.

CURIOSO diz a ele que precisa disso, pq não está feliz. BASEADO diz que o cigarrinho deixará ele feliz, BASEADO oferece à ele.

CURIOSO aceita. BASEADO aponta que pegará seu coração. CURIOSO nem se importa. BASEADO tira a máscara . Coloca CURIOSO de costas para a platéia e pinta a sua boca de vermelho. CURIOSO, pega o cigarrinho dá umas tragadas, e fica tonto. Começa a sentir muito confuso.

BASEADO sai de cena

RICO entra com 2 meninas, ele é rico, demonstra superioridade. CURIOSO olha admirando a posição dele, tenta imitá-lo.

RICO de aproxima e diz que ele também pode ter riquezas, mulheres. CURIOSO se empolga. As meninas mexem com ele. Ele fica com cara de bobo. CURIOSO diz que faz qualquer coisa e entrega seu coração, antes mesmo que RICO tenha pedido.

RICO tira o capuz da cabeça, e dá sinal para as meninas para que elas terminem o serviço. As meninas demonstrando muita alegria colocam ele de costas para a platéia, e colocam a peruca e o nariz de palhaço nele.

Enquanto elas fazem isto, RICO demonstra para a platéia que mais um é dele, que CURIOSO agora é dele.

CURIOSO então pergunta onde está minha riqueza,minhas mulheres, cadê, RICO e as meninas tiram sarro da cara dele, e humilham ele, mostrando o quanto ele é tolo em acreditar.

Sai de cena RICO e as meninas.

CURIOSO fica sozinho, demonstrando tristeza, olha, para a garrafa, para a sua mão, para o cigarrinho, e vê que tudo isso não valeu a pena.

Entra ESPELHO e um ANJO.

ESPELHO começa a andar vagarosamente em sua volta, CURIOSO, olha assustado, e com vergonha da sua imagem, começa a chorar e mostra um certo desespero.

ESPELHO para na boca da cena, CURIOSO está no chão em frente ao ESPELHO, olha para o céu e pede ajuda, então ANJO se aproxima, dá a sua mão e o levantando ANJO começa a limpá-lo, coloca um nova veste nele, e após o término da limpeza, ANJO mostra a sua imagem no ESPELHO, CURIOSO olha feliz e não acredita no que vê, mostra que a gora ele é feliz, que está leve e sai de cena feliz.

ESPELHO se aproxima da platéia.

ANJO fala para a platéia:

- ual seria a sua imagem neste Espelho ??

Observações:

Os personagens devem estar trajados, e quando necessários, maquiados conforme seu personagem representado.

O Espelho é uma pessoa com roupa branca, segurando um espelho grande, se for daqueles que são na vertical que cobre quase todo o corpo, é melhor para a apresentação.

O lenço a ser usado para retirar a maquiagem do Curioso, deve ser lenço-umedecido, é necessário ensaiar a peça com a maquiagem no Curioso, para que no dia da apresentação, a maquiagem não venha ficar borrada quando o Anjo tirar.

Música é importante para dar clima nas situações em que Curioso se olha pela primeira vez no Espelho, e também quando ele está sendo transformado.

Autora: Daniela Leon Vieira





A Epidemia Do Não Posso
Teatro por Autor desconhecido em 19/04/2006


Presidente: (entra muito preocupada) Não sei o que vou fazer, estou muito preocupada. Meu Mestre colocou sob a minha responsabilidade um grupo de pessoas, e agora todas estão atacadas por uma terrível doença : A epidemia do "NÃO POSSO". Passam as semanas e não ouço outra coisa: Não posso isso, Não posso aquilo.

(as enfermas começam a entrar, todas desanimadas)

Ai, o que, que eu faço ? Jesus me ajude (pensativa)... Hum já sei !! vou consultar a Dra Fé, e espero que não seja tarde demais, (olhando para elas) porque se vocês não melhorarem, a nossa União Feminina estará arruinada.

(ela vai até o outro lado com as enfermas. Ela terá que empurrar, puxar, se esforçar que elas saiam dos seus lugares, elas são recebidas por uma enfermeira)

Enfermeira: Bom Dia, em que posso ajudá-las ?

Presidente: Bom Dia, olha, eu preciso consultar a Dra Fé. Quer dizer, eu não, elas precisam. Ela pode atendê-las ? São casos de emergência.

Enfermeira: Entendo, esperem aqui. Vou anunciá-la. (Ela pega no telefone) Dra Fé, temos aqui um caso de emergência, um caso não, vários. Ok, tudo bem. (falando para a Presidente): Ela está vindo.

(Dra Fé sai da porta)

Dra Fé: Bom Dia senhoras, em que posso ajudá-las ?

Presidente: Oi Dra Fé, que alegria em vê-la. Estou muito aflita. Estas senhoras são da União Feminina e foram atacadas pela terrível doença do "NÂO POSSO".

Dra Fé: Percebo os desânimos, o estágio da doença está avançada mesmo. Enfermeira, por favor pegue meus equipamentos, todos, todos.

Enfermeira: Sim, senhora Dra Fé.

Dra Fé: Quantos casos já foram constatados ?

Presidente: Vários. Algumas irmãs estão em grau mais avançados, precisam ser remediadas urgentemente.

Dra Fé: Sim, eu entendo, vamos começar, me traga a primeira. (a Dra senta na mesa)

Presidente: Irmã Preguicildes por favor venha até aqui, para q Dra te examinar.

Irmã Preguicildes: Não posso.

Enfermeira: (indo até ela e a ajudando a vir): Eu vou ajudá-la.

Dra Fé: Olá Irmã Preguicildes, qual é o seu caso ?

(a Dra vai até ela: coloca o termômetro, toma o pulso, ouve o coração , enquanto Irmã Preguicildes fala)

Irmã Preguicildes : Não posso desenvolver atividade nenhuma que é colocada sob minha responsabilidade. Quando vou lecionar a lição da Escola Dominical, ou dirigir qualquer reunião, preciso ler todos os pontos da revista porque não consigo guardar nada na mente. Ai, me deu até preguiiça de contar tudo isso.

Dra Fé (já se sentando e começa a escrever): O seu coração está bastante fraco, pulso lento, temperatura baixa. Há uma fraqueza espiritual geral em você. Vou te passar uma receita, e tenho certeza que se você seguí-la irá se recuperar. Mas leia antes, para que em caso de alguma dúvida você possa já me perguntar. (ela entrega a receita)

Irmã Preguicildes : Tá, tudo isso ? ai que preguiça... (lendo a receita) A um grama de PODER acrescenta-se meia hora de Estudo e uma pitada de INTERESSE pelo trabalho, misturando-se ainda uma boa quantidade de ORAÇÃO. Toma-se esta infusão logo que lhe seja dada qualquer responsabilidade na igreja e repita a dose sempre que for preciso.

Dra Fé: A segunda paciente.

(Enfermeira indo buscá-la)

Presidente: Dra, este caso é complicado, Irmã Nésia, venha até aqui por favor.

Dra Fé: E você ? O que tem ?

Irmã Nésia: Eu não consigo me lembrar de ler a Palavra de Deus todos os dias.

Dra Fé: (dando um frasco de remédio a ela). Tenho aqui este medicamento, já pronto. Pois este seu caso é muito conhecido, tem aparecido muito em meu consultório. Este esquecimento provém da ignorância das necessidades da alma. Você está com fraqueza espiritual, e isso acontecerá com o seu corpo. Se você não se alimentar na hora certa e na quantidade suficiente, você ficará fraca a cada vez mais. Este remédio despertará em você o desejo de ler a Palavra de Deus e de ser uma imitadora dEle. Tome uma dose diariamente. Ok?

Irmã Nésia: Hum... ai, esqueci tudo que você falou... mas vou ler o que está escrito no frasco, muito obrigada ( irmã Nésia sai.)

Dra Fé: Irmã, traga a terceira paciente.

Presidente: Ah, sim, sim. Irmã Linguagilda vamos a Dra está te chamando.

(irmã Linguagilda não pára de conversar com as outras irmãs e não presta a atenção)

Presidente: Irmã Linguagilda, por favor pare por um instante. Enfermeira, por favor vá buscá-la.

Linguagilda: Estou indo, estou indo, que bom, serei consultada, não aguento mais este problema, mas agora chegou a minha vez, e eu vou ser curada, porque eu preciso ser curada....

Dra Fé: Ok, ok, pare apenas um momento para que eu converse com você.

Linguagilda: Sim, sim. A Dra quer saber o que eu tenho né ? Pois bem, eu sou a Linguagilda, eu vou te dizer o que eu tenho. Não posso ficar quieta e nem prestar atenção no culto. Tenho muita vontade de conversar. Distraio-me com qualquer coisa. Falo muito e viro-me para trás, toda hora, e não consigo parar, já me disseram que eu tenho o dom de línguas, mas eu não entendo o por quê...

Dra Fé (interrompendo-a e examinando a língua, coloca uma fita crepe em sua boca) : Hum... esse é um dos sintomas mais graves (voltando ao seu assento e escrevendo a receita) desta terrível enfermidade. Mas, infelizmente tenho tratado de vários casos semelhantes ao seu. Olhe, aqui está a sua receita. Leia antes, para que eu tire suas dúvidas.

(Enfermeira vai até ela e tira a fita da sua boca)

Linguagilda (lendo a receita): Mistura-se uma boa quantidade de Reverência ao nome de Deus com uma quantidade dobrada de Amor à Cristo e à sua obra de redenção, acrescentando uma boa dose de Consideração. Cada vez que você que não vai conseguir ficar quieta no culto, tome uma medida deste medicamento, e isto lhe ajudará a estar atenta e lhe dará a consciência de que o Senhor está no seu Santo Templo, fazendo-a compreender que você não tem o direito de perturbar aqueles que desejam prestar um culto a Deus.

Dra Fé: Alguma dúvida ?

Linguagilda (cabesbaixa): Não Dra, está bem claro, até logo e muito obrigado.

Presidente: Ouviu né irmãzinha, vou buscar a próxima paciente.... Irmã Dindin venha por favor.

Dra Fé: E a você? O que está acontecendo ?

Irmâ Dindin: Não posso contribuir para minha igreja. Recebo meu pagamento, pago minhas dívidas e prestações. Compro coisa nova para mim e, quando vejo, o dinheiro acabou eu não tenho mais como contribuir. O dinheiro voa.

Dra Fé (examina as vistas): Oh! Tenho tido muitos pacientes com este mesmo sintoma. Vamos examinar o alcance da visão. (A Dra mostra alguma coisa que está distante. A paciente diz sempre que não está enxergando). Trata-se de uma miopia espiritual. Há várias coisas que dão origem a esta enfermidade: algumas vezes é o egoísmo, (escrevendo a receita) outras vezes a indiferença ou, ainda, a ignorância das necessidade do mundo sem Cristo e sem o conforto de sua salvação. Pois, sem dinheiro, como poderão ser pago o pastor? A zeladora? Água e a luz? Esta receita irá ajudá-la.

Irmã Dindin: Ainda bem que é de graça né ? Porque eu estou meio sem dinheiro, é a crise sabe...(lendo a receita): Toma-se com regularidade, um comprimido do mandamento de Deus: o de DAR, no mínimo, a décima parte do que ganha para o sustento de sua obra, acompanhado de uma boa dose de Oração fervorosa, para que possa estar disposta a fazer a Sua vontade. Acrescenta-se ainda uma boa quantidade de Visão das necessidades do mundo. A esta, a Visão, misturam-se algumas pitadas de disposição para renunciar ao comodismo, conveniências e interesses pessoais, a fim de poder colocar sua vida, seus talentos e bens ao serviço de Deus.

Presidente: Dra, muito obrigado pelas suas receitas, estou certa de que esta terrível epidemia será derrotada muito em breve.

Dra Fé: É irmã, será sim, se elas colocarem em prática o que está escrito, logo logo todas estarão curadas. Tenha um ótimo dia.

Presidente: Obrigada. Tenha também um ótimo dia. Tchau

(todas entram)

Narradora: Algum tempo depois (elas vão entrando com um cartaz escrito: EU POSSO)

Tudo posso

Ainda que eu seja odiada - Poderei Amar

Ainda que eu esteja trsite - Poderei sorrir

Ainda que as dúvidas me assaltem - poderei confiar

Ainda que as lutas sejam duras e difíceis - poderei vencer

Ainda que tudo ao redor sejam dificuldades, poderei perseverar até o fim ‘PORQUE TUDO POSSO EM CRISTO QUE ME FORTALECE"

Irmã Preguicildes: Querida Presidente, temos tomado os medicamentos que a Dra Fé nos deu. E estamos completamente renovadas. Nunca mais voltaremos a dizer "NÃO POSSO" , não é verdade irmãs?

Irmã Nésia: Agora, quando alguém nos pedir algumas coisa para fazermos para Deus, iremos dizer : Sim, eu posso !

Irmã Linguagilda: É estamos sim, curadas, e felizes, porque somos renovadas, e estamos dispostas a fazer muitas coisas, agora estamos remediadas. Eu continuo falando, mas minha língua agora pertence a Deus, e falo muito para o nome dele !!

Irmã Dindin: O lema do nosso grupo agora será : TUDO POSSO NAQUELE QUE ME FORTALECE.

Presidente: irmãs, fico feliz em vê-las assim, e tenho certeza que Deus também. Temos muito trabalho a fazermos, olhe.... existe um corinho que podemos cantar que fala sobre isso. Vamos cantar ?

Sim, todas as coisas eu posso,

Naquele que me fortalece,

Sim, todas as coisas eu posso,

Naquele que me fortalece.

FIM SUGESTIVO:

Narradora: algum tempo depois (elas vão entrando com um cartaz escrito: EU POSSO)

Tudo posso

Ainda que seja odiada - Poderei Amar

Ainda que eu esteja triste - Poderei sorrir

Ainda que as dúvidas me assaltem - poderei confiar

Ainda que as lutas sejam duras e difíceis - poderei vencer

Ainda que tudo ao redor sejam dificuldades, poderei perseverar até o fim ‘PORQUE TUDO POSSO EM CRISTO QUE ME FORTALECE"

Irmã Preguicildes: Queria Presidente, temos tomado os medicamentos que a Dra Fé nos deu. E estamos completamento renovadas. Nunca mais voltaremos a dizer "NÃO POSSO" , não é verdade irmã?

ELA VIRA O CARTAZ ONDE ESTARÁ ESCRITO : "TUDO POSSO"

Irmã Nésia: Agora, quando alguém nos pedir algumas coisa para fazermos para Deus, iremos dizer : Sim, eu posso !

ELA VIRA O CARTAZ E ESTARÁ ESCRITO: "NAQUELE"

Irmã Linguagilda: É estamos sim, curadas, e felizes, porque somos renovadas, e estamos dispostas a fazer muitas coisas, agora estamos remediadas. Eu continuo falando, mas minha língua agora pertence a Deus, e falo muito para o nome dele !!

ELA VIRA O CARTAZ E ESTARÁ ESCRITO: "QUE ME "

Irmã Dindin: O lema do nosso grupo agora será : (ELA VIRA O CARTAZ E ESTARÁ ESCRITO: "FORTALECE")

(todas juntas) TUDO POSSO NAQUELE QUE ME FORTALECE

Presidente: irmãs, fico feliz em vê-las assim, e tenho certeza que Deus também. Temos muito trabalho para fazer, vamos irmãs, vamos trabalhar para o Senhor, com muita alegria, disposição e sabedoria.

Texto: Daniela Leon Vieira



O Morto vivo
Teatro por www.evol.com.br


Cenário: Consultório médico

Cena: O médico acaba de consultar o paciente e vai passar-lhe a "receita".

Médico: É meu velho, eu não tenho boas notícias para você não.

Amadeu: (se arrumando, colocando a camisa, se abotoando, etc) - Fale logo doutor. Não precisa esconder nada de mim. Eu já estou preparado para o pior. Para ser franco, eu até já escolhi a cor do meu caixão.

Médico: E para ser franco. A coisa para o seu lado está esquisita. Note bem, o teu coração já não bate mais (só apanha) a sua pulsação cessou por completo. Cientificamente você está morto. Entendeu? Mortinho da Silva. Aliás, eu nem sei o que você está fazendo em pé. Lugar de gente morta é no cemitério e deitada.

Amadeu: É que eu sou teimoso... Mas doutor, vamos deixar de piadas. Vamos falar sério. Afinal o que é que eu tenho?

Médico: Ora Amadeu, então você acha que um médico de minha categoria, que já participou de congressos na Holanda tem tempo de ficar brincando. Se eu disse que você está morto, eu estou falando sério.

Amadeu: Mas como? Que conversa mais besta doutor!!!

Médico: Está bem. Você quer provas não é mesmo? Prá você não dizer que eu estou mentindo, coloque a mão no coração.

Amadeu: (coloca a mão, para sentir as batidas).

Médico: Sente alguma coisa? Alguma possível batida?

Amadeu: Sinto não, doutor. Meu Deus, o que será isso?

Médico: Agora tente sentir o pulso.

Amadeu: (tentando sentir a sua pulsação).

Médico: Sente alguma coisa?

Amadeu: Nadinha... (faz cara de assustado).

Médico: É como eu disse meu caro. O senhor está morto e eu estou lhe informando. Apenas isto. O senhor está morto e não sabia. Cabe a mim como médico, dar-lhe a notícia.

Amadeu: Mas como assim doutor?

Médico: Lembra daquele remédio que eu venho te receitando há tempos? Ele é a única solução.

Amadeu: Não doutor. Aquele remédio eu não quero.

Médico: Então não posso fazer mais nada por você. Você está morto.

Amadeu: Mas doutor, pensa bem... O que é que eu digo lá em casa? Ninguém vai acreditar em mim. Imagina só. Eu chego em casa, reuno a família e digo: Pessoal, eu estou morto. Ora doutor...

Médico: Fique calmo Amadeu. Eu já pensei nisso também. E é por causa disso que eu estou assinando o seu atestado de óbito. (Assina o atestado e entrega para o paciente). Aqui está. Agora vá para casa e comunique à sua família. E não se esqueça de convidar os amigos para o enterro. Tá?

Amadeu: (desolado) Tá bom... Mas doutor, o senhor tem certeza de tudo o que está me dizendo? Eu tô morto mesmo???

Médico: ...da Silva, meu amigo. Mortinho da Silva. Deve ser teimosia. Você logo se acostuma, aí será mais fácil. À propósito, deixe-me fazer-lhe uma pergunta: O senhor pretende ser enterrado amanhã ou depois?

Amadeu: Não sei. Mas eu não vou me esquecer de avisar o senhor. Pode ficar sossegado. (Sai triste, demorando para chegar na porta).

Cenário: Apaga-se a luz do consultório. Apenas um foco de luz acompanha Amadeu caminhando cabisbaixo enquanto ouve-se a Marcha Fúnebre. Amadeu para junto com a música (1a parada).

Amadeu: (falando sozinho). Mas não é possível. Eu não posso estar morto. Estou em pé. Estou falando. O que aconteceu comigo?

Cenário: Recomeça a Marcha Fúnebre. Amadeu caminha cabisbaixo até a 2a parada. A música para de novo.

Amadeu: (falando sozinho). Mas eu estou aqui com o atestado de óbito! E não ouvi meu coração! O que vou dizer em casa? Tenho que contar a eles...

Cenário: Recomeça a Marcha Fúnebre. Amadeu caminha para o segundo cenário, a sala de sua casa, onde encontra sua mulher. A música pára. As luzes acendem.

Amadeu: Oi ...

Mulher: Cruz credo Amadeu, mas que cara de defunto é essa?

Amadeu: Ué! Você já sabe? Quem te contou? Aposto que foi a Dona Maria Gorda, nossa vizinha.

Mulher: Ninguém me contou nada! Mas vamos lá meu velho, conte o que aconteceu. Por que é que você está com essa cara?

Amadeu: Eu falo. Mas quero todos reunidos aqui na sala. Agora eu quero uma reunião familiar para dar a notícia de uma vez só, sem ficar repetindo à toda hora.

Mulher: Ora, Amadeu. Deixe de fazer velório e conte logo. Você nunca foi de reunir a família.

Amadeu: Zenaide... chama logo os nossos filhos. Por favor respeite os mortos.

Mulher: Mortos? Tá bom. (chamando os filhos) - Lucinháááá... Carlinhos. Venham aqui que o papai quer falar com vocês...

Lúcia: (gritando de fora do palco) Agora não! Tenho que estudar!

Carlos: (gritando de fora do palco) Mais tarde! Estou vendo MTV!

Mulher: É. Vou Ter que mudar de tática. (grita:) O almoço está na mesa !!

Lúcia: (entrando correndo junto com Carlos) Ai que fome! Onde está? Cadê a comida?

Carlos: Até que enfim o almoço! Meu prato ...?

Mulher: Seu pai quer falar com vocês.

Lúcia: Oi, pai. O que você tiver que me contar, conta logo porque eu preciso estudar. Preciso aproveitar para estudar enquanto estou viva.

Carlos: Fala aí, meu coroa. Qualé o lance?

Mulher: Muito bem, Amadeu. Já estamos todos aqui. Qual é a notícia?

Amadeu: Bem, o negócio é o seguinte: (pausa) - Bem, o negócio é o seguinte... (sem saber como entrar no assunto) - Bem, acho que vocês não vão acreditar, mas eu... mas eu...

Carlos, Lúcia e a mulher em coro: FALA LOGO!

Amadeu: Calma eu vou falar! É que eu estou morto! Isto mesmo! Eu morri.

Carlos, Lúcia e a mulher juntos dão uma boa gargalhada.

Amadeu: Escutem aqui, seus vampiros, suas hienas que comem carniça e dão risada. Eu não disse nenhuma piada. Eu estou falando sério. (eu sabia que ninguém iria me acreditar).

Carlos: Essa foi boa pai. Conta outra. Depois eu quero contar a última que eu ouvi lá na escola.

Lúcia: Acho que vou voltar para os meus cadernos. Posso ir?

Amadeu: Está bem, seus patetas. Vocês pensam que eu estou brincando, não é mesmo? Então leiam isto. (Entrega o atestado de óbito para a mulher).

Mulher: (lendo o atestado). Sr. Amadeu Pereira, casado, brasileiro... casa mortis... parada cardíaca... Meu Deus, então é verdade! (exclama caindo sentada na poltrona).

Amadeu: Viram só como eu não estava brincando? O papai aqui está mais morto que a múmia do Egito. Venha cá minha filha... sinta as batidas do meu coração.

Lúcia: (colocando o ouvido no peito do pai) Meu Deus! Não está batendo. (assusta-se). Mãe, o pai está morto mesmo!

Amadeu: Agora você, Carlinhos esperteza. Sente o meu pulso. Afinal você está fazendo cursinho de medicina.

Carlos: (com dificuldade em achar o pulso) É mesmo incrível. Está mais parado que o ataque do fluminense lá do Rio de Janeiro!

Amadeu: (triunfante). Então seus Tomés... Acreditam agora? Vocês não vão chorar? Se vocês gostam de mim, tem que chorar. Chorem! Vamos...

Lúcia e Carlos se abraçam e choram artificialmente só para agradar o pai. Amadeu percebe e desaprova.

Mulher: Mas como é isso Amadeu? Como é que você está morto, se você está vivo? Quer dizer... Ah! Eu não quero dizer mais nada! Que confusão!

Amadeu: O médico falou que é de teimosia, mas que depois que eu me acostumar, a coisa fica bem mais fácil.

Lúcia: Médico? Quer dizer que o senhor foi ao médico e não nos contou nada?

Amadeu: Claro! E quem você acha que assinou o atestado de óbito? O Orlando açougueiro? E como é que eu iria ficar sabendo que estou morto?

Carlos: O senhor por acaso pagou a consulta, pai?

Amadeu: Claro que paguei. Acha que eu sou algum caloteiro?

Carlos: Então me desculpe, mas o senhor é muito burro. Onde já se viu um morto pagar a consulta?

Amadeu: (caindo em si). Sabe que você tem razão? Além de defunto-vivo eu sou um morto-burro.

Mulher: Mas como é que você fica discutindo com seu pai numa hora dessas. Respeite o seu pai, afinal ele é um defunto. Respeite a memória dele... quer dizer... eu não quero dizer nada porque minha mente está toda embaralhada.

Lúcia: Mãe, eu acho melhor a gente telefonar para o médico prá confirmar e também prá perguntar se é para fazer o enterro ou não.

Mulher: É mesmo. Eu vou ligar.

Amadeu: Isso mesmo. E depois já pode ligar para a funerária e encomendar o meu caixão. (cantarolando)..."quando eu morrer, me enterre na Lapinha".

Mulher: (com o telefone na mão). Pare com isso Amadeu. Pare de cantar essa música. Você quer deixar a gente mais nervosa ainda? (disca um número)

Voz do médico: (Atendendo o telefone). Clínica do doutor Ado Steinburg Hesendorg de Nictolis bom dia!

Mulher: - Alô... doutor Ado? Tudo bem? Aqui é dona Zenaide, mulher do Amadeu, que morreu mas não morreu. Quer dizer, aquele que o senhor diz que morreu mas está vivo. O senhor entende né?

Voz do médico: Perfeitamente dona Zenaide. Olha a senhora pode ficar sossegada. Seu marido já era! Pode encomendar o seu vestido de luto e mande-o deitar já. Ah... e não se esqueça de me convidar para o enterro.

Mulher: Mas doutor como é que pode? Ele está morto mas continua vivo...

Voz do médico: Eu não posso fazer nada, dona Zenaide. O coração dele não está batendo, a pulsação parou entende? Ele está clinicamente morto. E lugar de morto a senhora sabe onde é não é mesmo? Este mundo é dos vivos.

Mulher: (desolada). Está bem doutor... Obrigada... Olha, o enterro será amanhã. (desliga o telefone).

Carlos: Então mãe, o que o médico falou?

Mulher: É verdade (chorando) seu pai está morto.

Amadeu: (triunfante outra vez). Não falei? Eu não sou "cara" de mentir não. Quando eu falo que tô morto é porque tô morto mesmo. E tem outra, eu sou o único defunto que vai assistir ao próprio velório. Carlinhos, vai buscar o meu terno no alfaiate, aquele que eu mandei cerzir. Eu quero ser enterrado com ele.

Cenário: Apagam-se as luzes. Enquanto a sala é preparada para o Velório (caixão, flores, troca de roupa) uma pessoa levanta-se na platéia com foco iluminando-a e começa a ler um jornal.

Pessoa da platéia: Vejam só isso! Amadeu morreu. (lendo:) Convidamos os amigos e familiares ao enterro de Amadeu Pereira, a se realizar na rua Cova Rasa, sem número, Cemitério do Adeus. Bairro dos que não voltam. Incrível! Eu falei com ele ontem. Justo agora que ele me devia uma grana! É nessa eu acho que dancei... A morte não espera por ninguém mesmo... Vou dar uma passadinha lá mais tarde. Pobre Amadeu! (senta-se novamente após o foco nela se apagar).

Cenário: As luzes se acendem.

Amadeu: Então, como estou?

Mulher: Digno de um defunto !

Os convidados começam a chegar. Dão o tradicional "pêsames" à mulher, e se dirigem ao caixão.

Maria Gorda: (olhando para o defunto). Coitado! Este sim era um homem bom.

Amadeu: Apoiado! Além de ser homem, eu era bom. Não sei o que era melhor. Ser mais bom, ou mais homem.

Sr. Anselmo: É, mas os bons sempre se vão mesmo... Pobre Amadeu!

Amadeu: Não é o seu caso, "velho unha de fome". Vai ficar mofando a vida toda aqui na terra.

Sílvia: Pobrezinho. Quisera fosse eu.

Oswaldo: E aí cara? Que furada hein? Já que você bateu as botas, dá pra me emprestar o carro prá sair com umas gatas?

Amadeu: Nem morto!

Oswaldo: Iii o cara, aí ! Tá legal. Tá legal.

Sr. Clemente: Amadeu, amigo velho,. Lembra-se de nossas farras? E agora? Quem vai farrear comigo?

Amadeu: Calma, Clemente. Assim você me mata de tristeza.

Clemente: Mas você já está morto, Amadeu!!!

Amadeu: Eu sei, imbecil. É força de expressão.

Médico: (chega ao enterro). Como está Amadeu ? Está melhor ?

Amadeu: Mais ou menos ! Doutor, eu estive pensando: Estou morto não estou? Depois do meu velório, eu vou ter que entrar aqui neste caixão para ser enterrado, não é? E quando a tampa deste caixão se fechar, o que vai acontecer comigo?

Médico: Bem Amadeu? Teu futuro não vai ser muito bom não!

Amadeu: Como assim doutor?

Médico: Amadeu, eu já lhe falei do único remédio que pode reverter esta situação, mas você não quer me ouvir.

Amadeu: Doutor, eu já estou cansado de experimentar isso, experimentar aquilo. Prá mim isto não funciona. Estes remédios nunca me ajudaram em nada. Eu estou cansado dessa situação. Eu preciso de uma resolução.

Médico: Eu entendo Amadeu! O problema é que você está desiludido por ter passado sua vida inteira tomando os remédios errados. Este é diferente, este pode te ajudar.

Amadeu: Como o Senhor me garante que esse remédio vai resolver o meu problema ?

Médico: Amadeu, sinta o meu coração. Hoje ele bate, mas um dia já esteve tão morto quanto o seu. Foi quando tive a oportunidade de conhecer este remédio e decidi tomá-lo. E é por isso que hoje eu estou aqui falando prá você. Quer mais provas do que isto?

Amadeu: Não ! O senhor me convenceu, afinal onde está o remédio? Aquele tal de Complexo J, não é?

Médico: É, o Complexo J, peraí que eu vou pegar no carro.

(Médico sai).

Sr.Anselmo: (enquanto cheirava as flores do caixão). Atchim!! Atchim!!!!

Mulher: Rápido. Acudam! O velho está tendo uma crise!

Sr.Anselmo: Atchim!! Atchim!!!!

Oswaldo e Carlos seguram o Sr. Anselmo.

Silvia: O médico. Cadê o médico?

Maria Gorda: Eu o vi saindo!

Lúcia: Vamos lá levar o homem. Se não ele morre também!

Todos saem ficando apenas o Amadeu.

(Médico retorna com uma caixa de remédio enorme).

Amadeu: (assustado) Que remédio enorme!

Médico: Mas este é o único que vai resolver o seu problema. Calma, vamos ler a bula.

COMPLEXO - J

Indicação: Contra todos os males do corpo, alma e espírito.

Contra-indicações: Nenhuma.

Posologia: Dose única, seguida de confissão de Jesus Cristo como único Senhor de sua vida.

Efeitos: Alegria, paz, mansidão, domínio próprio...

Amadeu: Puxa Doutor! É isso mesmo que eu preciso.

(Amadeu toma o remédio)

Médico: Agora repita comigo: EU, AMADEU,

Amadeu: Eu, Amadeu,

Médico: CONFESSO QUE SOU PECADOR...

Amadeu: Confesso que sou pecador

Médico: PEÇO PERDÃO E ENTREGO TODA A MINHA VIDA ...

Amadeu: Peço perdão e entrego toda a minha vida...

Médico: EM TUAS MÃOS, JESUS CRISTO.

Amadeu: Em tuas mãos Jesus Cristo.

Médico: TU ÉS O ÚNICO SENHOR E SALVADOR DE MINHA VIDA.

Amadeu: Tu és o único Senhor e salvador de minha vida.

( Começa-se a escutar o coração batendo).

Médico: O que você está sentindo?

Amadeu: Não sei explicar, mas é alguma coisa diferente que eu nunca havia sentido.

Médico : É, eu também não soube descrever quando isto ocorreu comigo. Eu me senti seguro.

Amadeu: É isso! Eu me sinto seguro. É como se eu tivesse feito algo certo.

Médico: Você fez a coisa certa. Lembra dos outros remédios que você tomou?

Amadeu: Ah, não quero nem me lembrar.

Médico: Pois é, este é um remédio muito especial. Curou seu espírito, salvou sua alma.

Amadeu: Curou meu espírito ?

Médico: Isto mesmo. Outros remédios ajudaram o seu corpo, mas nunca curaram seu espírito.

Amadeu: Entendo. (pausa). E a minha família?

Médico: Eles nunca foram ao meu consultório. Nunca tive oportunidade de receitar o Complexo J para eles.

Amadeu: Então eles também estão mortos ?

Médico: Sim. E não sabem disso!

Amadeu: Tem remédio ainda na caixa?

Médico: Tem sim Amadeu. Tem remédio prá todo mundo. Prá todo O mundo mesmo! Leva também prá sua família.

Amadeu: Certo doutor. Muito obrigado!

Médico: Nos veremos em breve!

(a música e o coração diminui)

(Médico sai por um lado. Mulher do obituário entra pelo outro lado).

Mulher: Amadeu! Soube que você está vivinho da Silva. Fiquei tão feliz. Mas sabe daquele pequeno empréstimo do mês passado. Você já tem o dinheiro?

Amadeu: Nem morto! Brincadeirinha ... Você já ouviu falar deste remédio ?

(ambos caminham para a saída ainda conversando)

Mulher: Que remédio enorme...

Amadeu: Mas é o único que realmente funciona ...

FIM




A Mão Estendida
Teatro por Bruno Soares


Personagens

*JESUS (off)
*Menino
*Alcoólatra
*Viciado
*Sacerdote
*Levita
*Samaritano

A cena se passa numa praça qualquer.

MENINO:

Alguém pode me ajudar?
Tô com fome.
Fui abandonado pelos meus pais...
Moço tem um trocado para me dar?
Tio me paga um Lanche? Alguém me ajude...
Minha barriga dói, sinto-me fraco, não agüento mais caminhar...
Tia me dá um trocado?
Eu tô com fome.
Ai, quem me dera se eu tivesse um pedaço de pão para comer.
(O menino dirige-se para o banco deita-se encolhido com a mão no estômago).

Entra um alcoólatra com um maço de cigarros na mão.

ALCOÓLATRA:

(alegre) O dia tá bonito... O dia tá bonito... pra passear com todo mundo... com os amigos, com a família... com a mulher e os filhos... (emudece).
Família... Cadê a minha família... meus amigos... todos me abandonaram... eu tentei... mas não consegui. Tudo por causa disso... (indignado). Desta maldita bebida, dessa droga de cigarro. Eu não agüento mais essa situação. Eu não agüento... quero ajuda, mas não consigo... não tenho forças. Que situação... (O alcoólatra dá um gole na garrafa e senta-se no canto do banco).

Entra um viciado em drogas esfaqueado

VICIADO:

(cambaleando) Meu Deus me ajuda... Olha só o meu estado... Bem que minha mãe me disse. Meu filho não ande com essas companhias, eles não te edificam em nada... seus amigos estão na igreja meu filho... Não ande por este caminho... E o meu pastor? Quantos conselhos ele me dava e eu não quis dar ouvidos... As noites que ele deve ter passado, orando pela minha alma, e eu troquei os seus sábios conselhos pelas drogas. Agora estou morrendo... Estou morrendo...

JESUS (OFF) - E ocasionalmente descia pelo mesmo caminho certo sacerdote, e vendo-o, passou de longe (entra o sacerdote).

MENINO:
Moço. O senhor poderia me dar uma ajuda?

SACERDOTE:
Não posso...

MENINO:
Estou com fome...

SACERDOTE:
Não menino, eu não tenho tempo para te ajudar. (sai)

JESUS (OFF):
De igual modo também um levita, chegando a aquele lugar, e vendo-o passou de longe.

ALCOÓLATRA:
(aproximando) Meu senhor... boa noite... com sua licença eu...

LEVITA:
Desculpe, eu não...

ALCOÓLATRA:
Por favor... só uma ajuda.

LEVITA:
Não posso...

VICIADO:
Me ajude pelo amor de Deus... Estou morrendo...

LEVITA:
Já disse que não posso ajudar vocês, eu não tenho tempo. Me deixem em paz.

JESUS (OFF):
Mais um samaritano que ia de viagem...

SAMARITANO:
(entra e vê a cena desdado e não acreditando no que está vendo. Passa por eles seguindo até a frente. Olhando para o céu ele ajoelha-se e clama ao Senhor com grande tristeza.)

Meu Deus, quanta miséria... quanta desgraça... até quando Senhor? Até quando continuará esta situação? Pessoas se matando, a droga proliferando cada vez mais. Oh! Senhor, quanta amargura está o meu coração...
As nações vivem em guerra. Adultos e crianças morrem de fome e do descaso... Pela ambição... É pai contra filho, filho contra pai... Até quando Senhor? Até quando? Os dias vão se passando e a iniqüidade vai aumentando, esfriando cada vez mais o amor de muitos. Quando irá acabar a situação degradante... Quando...? Ajuda-nos meu Deus... Apressa-te em ajudar-nos...

JESUS (OFF):

Filho, levantai os vossos olhos e vede as terras, que já estão brancas para a ceifa. E o que a ceifa recebe galardão... A seara é realmente grande, mas poucos os ceifeiros. Rogai, pois ao Senhor da seara que mande o ceifeiros para a sua seara. Sai depressa pelas ruas e bairros da cidade, e traze aqui os pobres, e aleijados, mancos e cegos.
Aquele que crê em Mim tem a vida eterna. Eu Sou o pão da vida. Se alguém tem sede, venha a Mim e beba. Eu Sou o bom pastor... que crê em Mim, ainda que esteja morto viverá,... Em verdade vos digo, se alguém guardar a Minha palavra, nunca verá a morte. Não temas filho Meu... segue-Me tu... E apascenta as minhas ovelhas.

MÚSICA:

(O samaritano dirige-se para o alcoólatra e abraça-o, com carinho ao viciado passa o bálsamo, a criação reparte um pedaço de pão. À medida que a música vai tocando, o samaritano põe o menino sobre os ombros depois o viciado ajudado pelo alcoólatra, os quatros caminham para frente. A luz vai apagando junto com a finalização da música.)

Texto inspirado por Jesus Cristo, escrito por Bruno Soares, Caieiras 29 de Junho de 2001








A Desobediência
Teatro por Nan Breves em 17/05/2004


( Adaptado da parábola do filho pródigo .)

PERSONAGENS : PAI : Amoroso e fiel .
FILHO PRODIGO : O Desobediente .
MARILDA : Meretriz .
FILHO MAIS VELHO – O Indignado .
NARRADOR - O que conduz a peça .

NARRADOR – ( Musica ) A desobediência e um mal que nos afasta de Deus, desobediência a nossos pais, a nossos responsáveis, e até mesmo a Deus . Faz-nos cair diante as armadilhas criadas por ela . Um certo filho decidiu viver seu próprio caminho, pedindo ao pai sua parte da herança, se foi para longe do abrigo seguro .

CENA 1 – O Pedido ao pai – Luz ( Em toda a peça terá uma música de fundo )

FILHO – Pai, preciso viver minha vida e quero a minha parte da herança. PAI – Por que filho ?
FILHO – Porque desejo conhecer o mundo e o que há nele e sei que serei mais feliz.
PAI – Mas filho, aqui você tem tudo ?
FILHO – Nem tudo ! Eu quero mais . Não agüento mais esse lugar ( Musica – B.O)

NARRADOR – Seu pai se entristeceu muito com a afirmação do filho e resolveu deixa-lo ir . ( Luz – O filho indo embora e o pai olhando – Musica de fundo )

CENA 2 – a Despedida - Luz

FILHO – Adeus, pai ! Um dia quem sabe eu venho te ver . PAI – Que Deus te abençoe, meu filho ! ( B.O )

NARRADOR – Os dias se passaram e o pai sempre olhava para a Estrada, na esperança de ver seu filho voltar . Na cidade, o jovem se acabava nas festas, gastando todo o seu dinheiro .

CENA 3 – ( Voltando da festa com uma amiga – Luz )

FILHO – Que dia maravilhoso, esses são meus amigos ! ( Marilda sai de cena ) Como bebi Marilda ! Marilda ! Claudio ! Por que sumiram todos? ( pausa – olha no bolso) Acho que acabou o meu dinheiro ! Preciso trabalhar ! Que droga, vou ter que trabalhar ! ( B.O )

NARRADOR – Os dias se passaram, seu pai não perdia a esperança de ver seu filho voltar … na cidade o filho começou a perceber que não tinha mais amizades, que a sua herança se foi muito rápido, e que estava completamente sem dinheiro e sem nenhum amigo .

CENA 4 – ( A Decepção )

FILHO – Onde foi que gastei todo o meu dinheiro ? ( Marilda entra e para diante dele)
MARILDA – Preciso de dinheiro pra comprar uma jóia .
FILHO – Sinto muito, estou completamente duro, acabou todo o meu dinheiro .
MARILDA – Como assim ?
FILHO – Não sei onde gastei ! Sinto por você .
MARILDA – Você me prometeu !
FILHO – Eu sei querida, mas preciso que você …
MARILDA – Não diga nada ! Até nunca mais, pobre !
FILHO – Mas agora que preciso de você, me abandona ? cadê o amor ?
MARILDA – Que amor ? Enlouqueceu ? Se deseja alguém para compartilhar sua dor, não sou eu . ( Sai de cena )
FILHO – Como fui ignorante, gastando todo o meu dinheiro com essa meretriz, que idiota, mas não vou desistir, vou provar pra todo mundo que posso ser alguém , sem a sombra de meu pai . ( Musica – B.O )

NARRADOR – “Maldito o homem que confia no homem” nos diz a palavra de Deus . O jovem tinha tudo e agora não tinha nada, completamente perdido e sem esperança, pois existia orgulho em seu coração e não podia voltar e se humilhar diante essa situação .

CENA 5 - ( A Busca – FOCO )

FILHO – Não consigo trabalho e tenho fome . ( B.O )

NARRADOR - O jovem continuava sua luta, e não reconhecia a Soberania de Deus sobre sua vida, e de seu amoroso pai esperando sua volta )

CENA 6 – ( A Desistência )

FILHO – ( Falando aos passantes ) Moço, pode me ajudar ? Tenho fome! Senhora, eu preciso de um banho . Por que ? Por que isso está acontecendo comigo ? Senhor Alfredo, me arranje um trabalho para que eu possa comer , faço qualquer coisa , obrigado, muito obrigado ! B.O

NARRADOR - Mas um dia, caindo em si, o jovem se viu diante a um chiqueiro de porcos com sua roupa suja, sem calçado e com muita fome.

CENA 7 – ( Caindo em si e olhando para o céu ) LUZ

FILHO – Meu Deus, onde eu fui chegar ! Na casa de meu pai os trabalhadores tem abundância de pão, e eu aqui pereço de fome ! Eu tinha de tudo e não reconhecia ; agora me encontro aqui sujo, sem banho, querendo comer até comida de porcos ! Vou voltar e dizer ao meu pai, “Pai, pequei contra o céu e perante ti . Já não sou digno de ser chamado seu filho; faze-me como um dos teus trabalhadores .

NARRADOR – Então, levantando-se, foi para seu pai … Quando ainda estava longe, seu pai o viu, e se moveu de intima compaixão e, correndo, abraçou-o e o beijou .

CENA 7 – ( A Ação ) LUZ

FILHO – Pai, pequei contra o céu e perante a ti, já não sou digno de ser chamado teu filho .
PAI – Tu és meu filho, vestirá a melhor túnica e colocarei um anel em sua mão e sandálias nos pés, pois tu és meu filho que estava morto e reviveu, tinha se perdido, e foi achado . ( abraçam-se e vão saindo de cena )

NARRADOR – E muito se alegraram , comeram, dançaram e cantaram, até que o filho mais velho sabendo de toda historia indignou-se e reclamou a seu pai .

CENA 8 – ( A Festa ) LUZ

FILHO 2 - Sirvo ao senhor a tantos anos, e nunca fui contra o teu mandamento, e em nenhum momento me deste um cabrito para comer com meus amigos, e agora vindo este teu filho que desperdiçou os teus bens com meretrizes, o senhor mandou matar para ele o bezerro cevado . PAI – Filho, tu sempre estás comigo, e todas as minhas coisas são tuas . Mas era justo alegrarmo-nos, porque este teu irmão estava morto e reviveu, estava perdido e foi achado . ( Musica aumenta – Os irmãos se abraçam )

NARRADOR – A tendência natural do homem é de vingança, de olho por olho e dente por dente, mas as vezes nos esquecemos que o nosso Deus é um Deus de amor, e não olha como olhamos e não vê como vemos, por isso as vezes entramos em conflito conosco e até com Deus, como fez Jonas por saber que Deus era amor e que perdoaria o povo de Ninive , e o mesmo aconteceu com o filho mais velho, ele esperava uma repreensão do pai e até um castigo , mas o que ele não esperava era a alegria do pai pela volta do filho mais novo, e é essa a visão do nosso Deus que nos pede para amarmos e não criticarmos o nosso semelhante, vivermos uma vida de amor ao próximo, pois a justiça a Ele pertence .

The End










O Bom Tesouro
Teatro por + Jesus em 25/06/2004


Personagens

*Marilu
*Roberval
*Susie
*Morgana
*Cristã
*Dono do Bar
*Segurança 1
*Segurança 2
*Cristão 1
*Cristão 2
Narração

O homem de hoje em dia está tão mergulhado no seu próprio eu, a tantas coisas o homem tem dado valor nesta vida que esquece de dar valor àquele que lhe deu a própria vida, só por amor. E na maioria das vezes é preciso que ele passe por uma situação que lhe provoque uma mudança de 180º graus, para que entenda que a cobiça pela luxúria, fama ou por qualquer outro motivo que encha seu coração de orgulho e pobreza, pobreza em todos os sentidos. Não espere que aconteça algo em sua vida para dizer a Deus que ele é importante para você. Pois o Criador está de braços abertos para te receber e só depende de você para a concretização desse encontro e a descoberta do Bom Tesouro: Jesus.

CENA 1

Cenário: Sala de visitas

Marilu: Meu bem, caviar brasileiro? Você acha que isso presta?

Roberval: Eu acho que...

Marilu: Você não acha nada. Não... vou querer o importado.

Roberval: Mas... meu bem.

Marilu: Nada de me contrariar, heim.

Roberval: Está bem meu docinho de coco, mas...

Marilu: Docinho de coco!? Que horrível... para Roberval.

Roberval: Meu amor, você sempre foi tão romântica.

Marilu: Sai daqui Roberval... que grude.

Roberval: Isso é amor.

Marilu: Tá, tá, Roberval.

Roberval: Meu docinho de...

Marilu: Roberval, da próxima vez que você me chamar assim eu...

Roberval: Desculpe florzinha, mas, ouça-me.

Marilu: Fale. O que quer?

Roberval: Bem é que venho fazendo um levantamento dos nossos bens e...

Marilu: Hum...

Roberval: Parece que...

Marilu: Fale logo, seu pamonha.

Roberval: Calma minha filha.

Marilu: Ahhh...

Roberval: É que estamos falidos.

Marilu: Falidos!? Ai! Acho que estou morrendo.

Roberval: Não faça isso minha jóia.

Marilu: Minha jóia!? Minhas jóias, eu preciso ver isso de perto... imagina se um retardado como você, vai saber fazer contas. Traga todas as contas aqui.

Roberval: Meu amor, mas eu já conferir tudo.

Marilu: Agora!

Roberval: Está bem eu já vou.

Marilu: Eu acabo com esse palerma.

(batem na porta)

Marilu: Onde estão os empregados? Eu abro a porta mas desconto do salário de todos eles.

Cristã: Bom dia!

Marilu: Péssimo dia! O que é?

Roberval: Aqui minha flor.

Cristã: Senhora eu queria lhe falar sobre...

Marilu: Moça, depois você me liga, manda um e-mail, mas agora não dá!

Cristã: Só irei levar alguns minutinhos, senhora.

Marilu: Bye, bye querida (bate a porta). Esses crentes... sim, vamos lá... a propósito onde estão os serviçais?

Roberval: Foram embora.

Marilu: Foram embora!? Que ousadia, por que eles fizeram isso?

Roberval: Estavam com o salário atrasado.

Marilu: Ah! Por isso eles vão embora. Quantos meses?

Roberval: Cinco meses.

Marilu: Só cinco!? Esse povo reclama de barriga cheia. Deixa eu ver como você me levou a bancarrota.

Roberval: Eu não tive culpa, há tempo que os negócios não vão bem.

Marilu: (olhando as contas) Machado Alcântara Saião, pobre? Jamais! Vamos fazer alguma coisa.

Roberval: Fazer o que?

Marilu: (pensa um pouco) Um empréstimo. Vamos tomar um empréstimo.

Roberval: Mas, é que...

Marilu: Ás vezes você fala demais Roberval... cala a boca e vamos no banco.

Roberval: É...

CENA 2

Cenário: Banco

Marilu e Susie: Ah! (se cumprimentam)

Susie: Vamos... sentem-se.

Marilu: Olá, Susie. Tudo bom?

Susie: Tudo bom querida. Dr. Roberval, como vai?

Roberval: Vou bem.

Marilu: Quanto tempo um!?

Susie: Realmente, faz o que... uns dois anos que agente não se vê.

Marilu: É, e como vai o maridão?

Susie: Você não soube?

Marilu: O que?

Susie: Ele morreu .

Marilu: O Almeidinha, mas ele era tão jovem.

Susie: Jovem o que Marilu? Uma pessoa com 56 anos, problema de coração, diabetes e outras doenças que não deu tempo dos médicos identificarem. Já estava na hora dele partir.

Marilu: Eu sinto muito.

Susie: Não sinta não.

Roberval: Não? Por que?

Susie: Por que só assim eu fiquei com a fortuna daquele velho ranzinza e chato.

Marilu: Sempre esperta

Susie: Sim, mas o que os trouxeram aqui?

Marilu: Na verdade Susie, o assunto que me trouxe aqui é um pouco delicado.

Susie: Tudo bem, dependendo de mim pode contar comigo.

Roberval: Nós sabemos.

Marilu: Bem, resumindo tudo, a anta do meu marido nos colocou na pior e precisamos de um empréstimo.

Roberval: Não foi bem assim...

Marilu: Fique calado Roberval. E aí Susie?

Susie: Seria um prazer ajudar, mas...

Marilu: Precisamos de uma boa quantia, quanto podemos retirar?

Susie: Bom, Marilu. O Dr. Roberval tem um saldo negativo com o nosso banco e é um valor bem alto.

Marilu: Ah! Então eu vou em outro banco em que eu também confie.

Susie: Na verdade não é só aqui no banco, não, mas vocês estão sem crédito em todas as financeiras. Não tenho como ajudá-los.

Roberval: Foi tudo pelo bem da empresa, acredite.

Marilu: Mas, Susie, como é que pode isso?

Susie: Isso só seu marido pode lhe responder.

Marilu: Susie, por tudo que eu já fiz por você.

Susie: Marilu isso não é pessoal, é profissional.

Marilu: Profissional? Você é uma ingrata, espero que seja demitida.

Susie: Seguranças, por favor tirem-na daqui.

Roberval: Não precisa de seguranças, nós conhecemos o caminho.

Marilu: (esperneando) Depois de anos puxando o nosso saco agora nós colocam para fora. (sendo levada)

(Ao sair do banco Marilu recebe um folheto de um evangelista e o amassa sem ao menos ler) Marilu: Se eu fosse um mulher violenta, dava uns bons tapas na Susie.

Roberval: Mas meu amor ela não era sua amiga desde a infância.

Marilu: Amiga o quê... eu tinha que aturar aquela perua, porque ela era casada com um amigo do meu pai.

Roberval: Ah! Entendi benzinho.

Marilu: O que!? Não fale comigo, não me toque, nem olhe pra mim, estou com raiva de você, tá!?

Roberval: Tá!

Marilu: Seu banana, olha uma cartomante! Vamos ver o nosso futuro.

Roberval: Mãezinha...

Marilu: O que é?

Roberval: É que eu não acredito nisso de adivinhação.

Marilu: Problema seu, vamos logo.

CENA 3

Cenário: Tenda da cartomante

Marilu: Bom dia!

Morgana: Bom dia! Eu sou Morgana, o que desejam?

Marilu: Nos viemos aqui porque...

Morgana: Já sei desejam saber do futuro.

Roberval: Ótimo. Você consegue não é?

Morgana: Está duvidando do meu poder?

Marilu: Jamais é que isso aqui (apontando para Roberval) fala muita besteira. Vê se não atrapalha.

Morgana: Então vão querer meus serviços.

Marilu: Vamos sim pode começar.

Morgana: Tudo bem, mas o pagamento é adiantado.

Roberval: Ha! Ha! Ha!

Marilu: Mas não temos dinheiro, estamos falidos.

Morgana: Logo eu vi... sua áurea está preta.

Roberval: Ah! Claro.

Morgana: Mas infelizmente... (aponta para a saída)

Marilu: O relógio do Roberval, é de ouro pode ficar com ele.

Roberval: Mas... meu relógio!?

Marilu: Cale a boca e fique quieto. Pode começar agora.

Morgana: Irei consultar a bola de cristal. Concentrem-se... preciso de energia positiva... hum... estou vendo....

Roberval: Está vendo o que?

Marilu: (cutucando Roberval) Fique quieto.

Morgana: Silêncio... eu vejo... eu vejo...

Marilu: Eu acho que também estou vendo

Roberval: Por quê que só eu não vejo nada?

Morgana: Perdi a concentração.

Marilu: Tudo bem tenta de novo.

Morgana: Ai terá que pagar outra consulta.

Marilu: Está bem eu pago.

Roberval: Marilu, chega. Você não vê que essa mulher é uma farsante. Vamos sair daqui. (puxando a mulher para fora)

(Passam em frente a um igreja evangélica, um obreiro os convida para entrarem mas eles recusam) Marilu: E agora Roberval? O que será de nós, dos nosso filhos?

Roberval: Marilu, não temos filhos.

Marilu: Eu aqui preocupada com o nosso futuro e você aí se prendendo a esses detalhes. Você deveria está em excursão pelo Afeganistão, passando uns dias em Cabul ou Kandahar.

Roberval: Por você eu ia minha flor.

Marilu: Ia? Com uma bandeira dos EUA enrolada em você, não é?

Roberval: Mas aí eles iriam me matar.

Marilu: Mentira!?

CENA 4

Cenário: Bar

Marilu: A nossa vida esta acabada sem dinheiro, nada de amigos, festas, não seremos ninguém.

Roberval: A culpa é minha, eu me detesto, sou um perdedor.

Marilu: Ainda bem que você sabe.

Dono do Bar: Vão querer alguma coisa.

Marilu: Não... ah, vocês tem Winsk 12 anos?

Dono do Bar: Winsk? 12 anos? Você pensa que está aonde?

Marilu: No fim do poço.

Roberval: Eu não sabia que aqui era o fim do poço.

Marilu: A essa altura dos fatos eu nem vou mandar você calar a boca.

Dono do Bar: Tem pinga, querem?

Cristã: Boa tarde, é que eu estava passando ali e vi que era a senhora que estava aqui e vir falar com você.

Marilu: Eu te conheço? Seu rosto não me é estranho.

Cristã: Eu sou a moça que fui na sua casa hoje pela manhã.

Marilu: Ah! Aquela moça que eu bati a porta na sua cara.

Cristã: É, sou eu mesmo.

Marilu: Não ficou zangada comigo, ficou?

Cristã: Não, apenas gostaria de lhe falar o que não pude lhe falar pela manhã.

Marilu: Pode falar.

Cristã: O que eu quero dizer a vocês é simples, existe alguém que conhece os teus problemas, está em todo tempo com vocês e jamais, em tempo algum irá lhes abandonar. É o Deus que te deu a vida pra vocês e que hoje está de braços abertos para o receber, sem cobrar nada em troca, muito pelo contrário, deseja lhes abençoar com vida, saúde, prosperidade e outras coisas mais.

Marilu: Tai, eu quero conhecer esse Deus de que vocês tanto falam.

Roberval: E o que precisamos fazer para conhecê-lo?

Cristã: Basta somente crê em seus corações e recebê-lo.

Marilu e Roberval: Nós queremos recebê-lo.

Roberval: É, e fortalecidos nele vamos recomeçar.

Marilu: Eu te amo, meu docinho de coco.

Dono do Bar: Vão querer alguma coisa?

Marilu, Roberval e Cristã: NÃO!!!










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