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sábado, 20 de abril de 2013
















FILHO PRÓDIGO  






A história do Filho pródigo dispensa sinopse... O filho mais novo vai... gasta... percebe, volta... O pai não desiste(como o papai do céu, não desiste de ti e de mim)...

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A DESOBEDIÊNCIA
A FILHA PRÓDIGA
FILHO PRÓDIGO - em Versão Moderna  



Cena 1 (casa)
Aparece a mãe no interior da casa, arrumando as coisas para o inicio do dia.
O empregado aparece em seguida, também no início das lides diárias.
Entra o pai, com os filhos, lhe seguindo.
PAI: Vejam, meus filhos, que lindo dia o SENHOR nos proporciona. Poderemos trabalhar muito neste dia!
FILHO MAIS NOVO: Pô, lindo dia pode ser, mas trabalhar hoje... pra que? (todo insatisfeito)
FILHO MAIS VELHO: Pare de reclamar.
Passam pelo o empregado os filhos seguem adiante, o pai pára para conversar.
EMPREGADO: Bom dia, patrão! Lindo dia!
PAI: Olá, lindo dia sim, DEUS nos proporcionou um dia maravilhoso para adiantarmos nossas tarefas.
PAI: Até mais...
(E segue caminho para a casa. Os filhos entram e beijam a Mãe, depois o Pai também beija a mãe. Os filhos já estão sentados. O pai, senta e a mãe serve-lhes o café. )
PAI: Então, minha querida, acordou cedinho também?
MÃE: Com um dia maravilhoso deste, devemos aproveitar cada minutinho.
PAI: Vamos agradecer por este dia e pelo alimento, que o SENHOR nos proporciona.
(O Filho mais novo senta desleixadamente. O pai e os demais inclinam a cabeça para agradecer pelo alimento. O Filho mais novo vai comendo enquanto os outros oram. O pai termina de agradecer, abre os olhos e o censura, com o olhar. Sem palavras. )
PAI: (pacientemente) Meu filho, devemos agradecer pelo alimento.
FILHO MAIS NOVO: Não começa pai, se não trabalharmos, não temos comida... não me vem esta história de DEUS.
PAI: (tentando explicar) filho, o SENHOR nos dá a terra, a semente, a saúde para trabalharmos, a vida... tudo vem dele, para nosso proveito.
FILHO MAIS NOVO: (com um acesso de indignação) – O SENHOR, O SENHOR.... (pausa) Pai, isto era em mil novecentos e antigamente... cai na real!
MÃE: Menino, veja como fala com seu pai!
PAI: (pacientemente) O que tu queres, meu filho? (O Filho mais novo fica pensativo, olha para o chão. Depois fala; )
FILHO MAIS NOVO: Eu sei o que não quero!
PAI: E o que tu não queres, podemos saber?
FILHO MAIS NOVO: Eu não quero mais viver aqui, bitolado (levanta), eu quero o mundo!
MÃE: E a família, meu filho?
FILHO MAIS NOVO: Que família, mãe... isto aqui é uma prisão – o SENHOR isto, o SENHOR aquilo... por favor.... eu já sou um homem. (pausa)
PAI: (pacientemente) Meu filho, o que tu queres de fato, que podemos fazer por ti?
FILHO MAIS NOVO: Pai, me dá minha parte da herança, eu quero administrar a minha parte... mas longe daqui...
PAI: (se levanta)...tudo bem, faremos como tu pedes. Acabamos com esta discussão.
(o pai sai)
Cena 2
(Ficam os três na mesa. O Filho mais velho tenta falar com o Filho mais novo)
FILHO MAIS VELHO: meu irmão...
FILHO MAIS NOVO: Me larga! Me deixa! Eu sou um homem, e não um frouxo que nem tu...
MÃE: não precisa ofender tua família, meu filho!
FILHO MAIS NOVO: Mãe, não me entenda mal, mas o pai me trata como uma criança... eu preciso crescer, e ele me sufoca, assim eu nunca vou amadurecer.... ele já tem a história dele, eu quero fazer a minha história. (pausa) Ele é muito exigente...
MÃE: Não meu filho, ele não é exigente, ele quer que vocês cresçam e estejam preparados para assumiram a fazenda e os negócios da família...
FILHO MAIS NOVO: Mãe, eu não quero ser fazendeiro, eu quero escrever a minha história (enfatizar o final)
Sai o Filho mais novo, ficam a mãe e o Filho mais velho. Volta o Pai, com um maço de dinheiro. Volta também o mais novo. Pára em frente ao pai.
FILHO MAIS NOVO: E então?
PAI: Vamos resolver esta questão. Faremos como você quer.
(Pai coloca o dinheiro sobre a mesa, e o Filho mais novo pega apressadamente. Confere o maço e coloca ligeiro dentro da mochila. O pai estende a mão com uma bíblia.)
PAI: Meu filho, queria que levasse esta bíblia também...
FILHO MAIS NOVO: Pai, eu acho que tu não ta entendendo... eu to cansado de fazer o que tu manda eu fazer, o que tu manda eu pensar, o que tu manda eu ler...
PAI: Meu filho,...
FILHO MAIS NOVO: Pai, fica com ela, pra onde eu vou, não precisarei de bíblia...
(O Filho mais novo vai saindo, a mãe ainda tenta abraça-lo.. )
FILHO MAIS NOVO: Por favor, mãe sem despedidas...
(Ele sai. Os pais se abraçam, desconsolados. )
MUSICA E COREOGRAFIA -FILHO PRÓDIGO – SHIRLEY CARVALHAES
Cena 3
(O amigo e as amigas no bar. Chega o Filho mais novo , olhando para a cidade, deslumbrado. Depois que ele entra em cena, ouve-se os risos da mesa. Ele se aproxima do grupo. )
FILHO MAIS NOVO: Com licença...
O grupo pára com os risos e olha para ele.
FILHO MAIS NOVO: vocês sabem de algum hotel... recém cheguei nesta cidade, e não tenho onde passar a noite...
AMIGO: Cara, tu ta vindo de onde?
FILHO MAIS NOVO: De longe, bem longe, mesmo
AMIGO: Senta aí, depois nós te ajudamos a achar um lugar para passar a noite.
FILHO MAIS NOVO(Tira o maço de dinheiro da mochila, e pergunta:): Quanto é um refrigerante?
(O amigo arregala os olhos, junto com as meninas. )
AMIGO: Cara, tu não vai ficar em hotel, coisa nenhuma, vai ficar lá em casa.... temos lugar para você.
FILHO MAIS NOVO: Obrigado, não conheço ninguém nesta cidade, e que sorte, encontrar vocês logo de início.
AMIGO: Sorte nossa, não é meninas?
(E todos se olham cúmplices. )
Cena 4 (Na casa)
(O pai sai, anda, passa pelo empregado, mas mal cumprimenta, cabisbaixo. Entra na casa, senta. Desanimado. Entra a mãe. )
MÃE: Bom dia, querido! Acordaste cedo, hein?
(A Mãe percebe o ar de desanimo do pai. Para seus afazeres. )
MÃE: Não estás bem?
PAI: Nada, mulher, estou bem, sim... (silêncio)
MÃE: Estás com saudade, não é?
(O pai acena positivo. A mãe se senta. )
MÃE: Eu também. Também ando preocupada. Onde estará nosso menino?
Cena 5 (no bar)
(O Filho mais novo e as garotas estão sentados, gargalhando. Quando chega o amigo. )
AMIGO: Nossa, cara, pelo visto tu já ta bem enturmado.
OS TRÊS RESPONDEM: E aís????!!!
AMIGO: Nossa, qual motivo desta festa?
AMIGA 1: olha que eu ganhei!
(E mostra um relógio. )
AMIGO: Nossa, que barato...
AMIGA 1: Barato, nada, caríssimo...
(Risos. )
AMIGA 2: Eu também ganhei um presente.... e mostra um celular.
AMIGO: Cara, eu não sabia que tu era o papai Noel?
FILHO MAIS NOVO: Senta aí, vamos tomar alguma coisa...
AMIGO: Cara, será que tu poderia me emprestar uma grana, semana que vem, eu te pago...
FILHO MAIS NOVO: (meio tonto já com a bebida) pode pegar, meu amigo....
(O amigo pega da mochila uma maço de dinheiro. E põe nos bolsos. )
FILHO MAIS NOVO: (não se sentindo bem)
AMIGO: Cara, deixa que a gente de ajuda... amigos é para isso....
(E saem com o Filho mais novo. )
NARRADOR
HÁ GRANDE DIFICULDADE NAQUELE LUGAR
CENA 6
FILHO MAIS NOVO: Nossa, que dificuldade.... meu dinheiro acabou.... preciso arranjar alguma coisa para fazer...
O amigo vai passando, e vê o Filho mais novo , e desvia para outro lado. O Filho mais novo vê, e vai ao encontro dele.
FILHO MAIS NOVO: Cara, que bom que te encontrei. ( amigo com cara de contrariado)... cara, eu to falido... sabe, aquele dinheiro que te emprestei.... não podia me adiantar uma parte dele..
AMIGO: Não me fale em dinheiro.... meu pai e minha mãe vivem brigando por causa do dinheiro.... cara, não tenho um centavo....
FILHO MAIS NOVO: Cara, precisa me ajudar... quem sabe se eu ficasse na tua casa?
AMIGO: Ta louco, lá em casa está o maior banzé... não tem jeito, lá em casa de maneira alguma.
FILHO MAIS NOVO: Mas eu estou precisando da tua ajuda....
AMIGO: Cara, eu tenho meus problemas, que já são bastante... não posso te ajudar...
(E sai rispidamente. As garotas vão passando, do outro lado... O Filho mais novo se aproxima, afoito, das garotas.... )
FILHO MAIS NOVO: Garotas, garotas... (Pausa... elas se olham... )
FILHO MAIS NOVO: Preciso da ajuda de vocês... estou com sérios problemas...
AMIGA 1: Que houve?
FILHO MAIS NOVO: Estou falido.
AMIGA 2: Obrigado por nos avisar.
(E saem rapidamente as duas. O Filho mais novo fica desolado. Procura a simpatia da platéia. )
FILHO MAIS NOVO: - Estou falido... abandonado... que será de mim? Os amigos, que amigos, nada, eram uns aproveitadores. (Pausa )
FILHO MAIS NOVO: E agora?
CENA 7
(Entra a Granfina, e o Filho mais novo se aproximam dela. )
GRANFINA: Que significa isso? Não se aproxime de mim... (Com desdém. Nisso vem o Granfino)
GRANFINO: Que foi, mulher? por que este escândalo todo?
GRANFINA: Esta criatura... desprezível se aproximou de mim!
FILHO MAIS NOVO: Senhor, Senhor, por favor, não me entenda mau... estou com fome
GRANFINA: Fome, fome, é só isso que pobre sabe dizer.
GRANFINO: Se eu for ajudar todo mundo que tem fome, eu vou acabar pedindo esmola na rua, também.
GRANFINA: Vai trabalhar, vagabundo...
FILHO MAIS NOVO: Senhor, por favor, me ajude... eu posso trabalhar pela minha comida...
GRANFINO: Olha, eu sei que vou me arrepender... mas posso tentar arrumar alguma coisa para tu fazeres na minha fazenda.
GRANFINA: Nossa, vai levar isso para nossa casa?
GRANFINO: Mão de obra barata, mulher, deixa que eu administro as coisas...
GRANFINO: Vem, vou te arranjar algo para fazer
FILHO MAIS NOVO: Obrigado, Senhor!
(Saem os dois orgulhosos, e o FILHO MAIS NOVO: atrás, em posição de consternação. )
NARRADOR : A SITUAÇÃO SE AGRAVA NA FAZENDA , FOME E EXPLORAÇÃO
CENA 8
FILHO MAIS NOVO: Estou com fome, meu patrão não me paga...
(Nisso chegam o Granfino e a Granfina)
FILHO MAIS NOVO: Senhor, Senhor, por favor... podes me pagar... estou com fome...
GRANFINA: Fome, fome... pobre vive para comer...
GRANFINO: Cara, eu paguei as contas da madame.... to sem dinheiro... tu não sabe como é caro manter a madame....
FILHO MAIS NOVO: Mas, senhor, eu trabalhei... todos estes dias sem receber nada...
GRANFINO: Vamos ver o que me sobrou... mas te aviso, não é muito não...
(Granfino procura nos bolsos, há um clima de expectativa no ar... e tira umas moedas dos bolsos e joga no chão... o Filho mais novo cata as moedas... humilhado... junta as moedas, de joelho... )
FILHO MAIS NOVO: Senhor, isso não dá um almoço...
GRANFINA: Seu ingrato, eu te avisei que esta gente é ingrata... (diz pro marido )
(E saem o Granfino - e Granfina. o filho mais novo pega o balde da comida dos porcos, olha, olha...
FILHO MAIS NOVO: Estou com fome, fui enganado e explorado, só me resta acabar com minha fome comendo esta ração dos porcos.
(Olha para o balde, nisso chegam os assaltantes. O Filho mais novo se levanta para conversar com eles... mostrando as moedas... )
FILHO MAIS NOVO: Por favor, não podem me ajudar, a completar para um almoço?
(O Assaltante 2 agarra-o pelas costas e o Assaltante1 chega pela frente Assaltante1 - Vamos te livrar deste peso. Roubam e o jogam no chão. Saem correndo, mas voltam, e o Assaltante 2 o segura de novo e o Assaltante1 lhe arranca os tênis. )
ASSALTANTE 1: Vamos ver se conseguimos alguma coisa por este teu “chulé”.
E saem correndo. O Filho mais novo fica no chão. Pausa. Permanece caído. Fala,
mirando a platéia.
FILHO MAIS NOVO(falar pausadamente): Eu aqui, em dificuldades, rejeitado, explorado, com fome, na casa de meu pai, até os empregados tem o que comer, e eu aqui... neste estado (pausa )
FILHO MAIS NOVO: Mas, me levantarei, e irei ao meu pai e direi ; Pai, pequei contra DEUS e contra Ti, não sou digno de ser chamado teu filho,
mas me trata apenas como um dos teus empregados...
(Se levanta e sai.... )
CENA 9
O Pai entra em cena. Senta à mesa. Aparece a MÃE: . Passa as mãos pelas costas do Pai. Silêncio.
MÃE: Estás com saudade?
(Pai em silêncio, acena positivo. )
MÃE: Ele voltará, confie em DEUS.
PAI: É só isso que tenho feito... mas tem sido difícil
(Pausa. )
PAI: Tenho orado, tenho pedido, mas DEUS está em silêncio... e eu me desespero com o silêncio de DEUS...
MÃE: DEUS vai agir...
PAI: Tenho medo quando ele se cala... (Sai a mãe )
COREOGRAFIA , QUANDO DEUS SE CALA
CENA 10
(Pai se levanta, sai da casa. Chega perto do empregado. )
EMPREGADO: Bom dia, patrão.
PAI: Bom dia...
(O Filho mais novo aparece ao longe, cambaleando e cai. )
PAI: Quem vem lá, meu empregado?
EMPREGADO: Não é ninguém, não meu patrão, um mendigo, vou expulsá-lo de suas terras...
O Empregado sai para expulsar, mas o pai interrompe..
PAI: Espere, eu reconheço aquele jeito de caminhar...
(O filho vem se aproximando...)
PAI (gritando ): É meu filho, É meu filho
(Pai sai ao encontro do filho. Se encontram com o filho ajoelhado. Esperar o pai se afastar um pouco, para a falar)
FILHO MAIS NOVO: Pai,... (pausa) pequei contra DEUS e contra Ti... não sou digno de ser teu filho...
PAI: rápido (para o empregado) rápido... traga roupas para meu filho e mande preparar a mesa.... rápido
(Se levantam e vão para a casa. Chega a mãe e se abraçam. O Filho mais novo senta.
O Empregado sai e vem nisso o Filho mais velho. )
FILHO MAIS VELHO: Que motivo desta agitação toda?
EMPREGADO: Teu irmão voltou e teu pai está feliz.
FILHO MAIS VELHO: Meu irmão voltou e meu pai o recebe com alegria... aquele esbanjador... aquele... aquele (com fúria) nisso chega o pai
PAI: Meu filho, vem, se alegre conosco...
FILHO MAIS VELHO: Mas, pai...
PAI: Meu filho, nos alegremos, este teu irmão estava morto e reviveu, estava perdido , e foi encontrado... venha, meu filho.
E ambos entram, os irmãos se abraçam. Todos se abraçam.
Fim.
Texto: Jeferson Silva jeff@sinos.net 

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