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segunda-feira, 13 de maio de 2013


Brasileiro paga a maior carga de impostos sobre remédios do mundo

Que a saúde pública no Brasil não funciona não é nenhuma novidade (aliás qual o serviço público que funciona?). Que o preço dos remédios é de matar, com a perdão do trocadilho, também não é nenhuma novidade. Mas agora isto foi documentado por um estudo feito pelo pesquisador do Imperial College, em Londres, Nick Bosanquet, que comparou a carga de impostos que incide sobre os medicamentos em 38 países.

E quando se fala em impostos, claro que o Brasil não iria deixar ninguém tomar sua liderança no ranking. Brasil é praticamente sinônimo de imposto. Porém neste caso específico a situação é mais triste do que revoltante, ao ver que pagamos muito mais do que em muitos outros países, incluindo os que como nós fazem parte do BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China), os tais países em desenvolvimento. Veja:
Pagamos os maiores impostos sobre remédios no mundo

Ranking da carga tributária sobre Remédios:

  • BRASIL (28% de impostos em medicamentos)
  • CHILE (19% de impostos em medicamentos)
  • CHINA (16% de impostos em medicamentos)
  • EUA (6% de impostos em medicamentos)
  • JAPÃO (5% de impostos em medicamentos)
  • ÍNDIA (4% de impostos em medicamentos)
  • Canadá (0% de imposto)
  • México (0% de imposto)
  • Reino Unido (0% de imposto)
  • Rússia (0% de imposto)
O estudo demonstra também, que ao contrário de países desenvolvidos como Reino Unido, França e Canadá, por exemplo, os gastos não são reembolsados nem por planos de saúde e muito menos pelo Estado.
Os impostos que pagamos sobre os remédios são basicamente o ICMS (embolsado pelo governo do Estado), e PIS/Cofins (embolsado pelo governo federal). Só em São Paulo, o estado mais rico do país, o governo arrecada 3 bilhões em impostos de medicamentos adquiridos pelos paulistas.
Em 2011 o bilionário mercado farmacêutico brasileiro faturou R$ 42,8 bilhões, onde 71,4% disso foi gasto pela população. Na Europa, a porcentagem de gastos feitos pelo consumidor no total arrecadado é de 10 a 15%. Igualzinho, né?
Então, além de pagarmos os maiores impostos, temos ainda de pagar planos de saúde (quando conseguimos) e gastar muito mais do que em outros países em remédios. Ganhamos menos e gastamos mais. Uma excelente matemática financeira.
O que nos consola é saber que pagamos tantos tributos, mas por outro lado recebemos em troca um país organizado, altamente seguro, onde hospitais e escolas abrigam professores e profissionais de saúde bem pagos e sorridentes. Bem, ao menos no horário eleitoral todos aparecem assim…


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