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domingo, 26 de maio de 2013


Educar para o amor!!!!



“Amar não consiste simplesmente em fazer coisas para alguém, mas em confiar na vida que há nele. Consiste em compreender o outro com as suas reações mais ou menos oportunas, os seus medos e as suas esperanças. É fazê-lo descobrir que é único e é digno de atenção, é ajudá-lo a aceitar o seu próprio valor, a sua própria beleza, a luz oculta que existe nele, o sentido da sua existência. E consiste em manifestar ao outro a alegria de estar ao seu lado”. Jutta Burgraff

Como tenho escrito e repetido várias vezes nesse espaço, é mais do que urgente que todos pensemos em formas e alternativas educativas, tanto na Família como na Escola para que nossos jovens seja educados para amar.

Hoje quando se fala em amor, muitos entendem como gosto, prazer, satisfação pessoal, etc. Mas não! Como afirma a citação que introduz este texto, "amar é confiar na vida que há no outro, é compreendê-lo, nos seus medos e esperanças,e em última análise ajudá-lo a desenvolver-se em plenitude sua vida.”

E quem fala vida, fala no desenvolvimento de todas as potencialidades.

Se nossos jovens entendem que amar é apenas sentir gosto e prazer, que tipo de família serão capazes de construir?

Nós todos que somos casados, temos família, sabemos perfeitamente que a vida em família, embora seja o que há de mais sublime humanamente falando, tem seus percalços, suas desavenças, suas dificuldades e desgostos.  Será então que o amor esta ausente?

Penso, primeiramente no amor filial, de tantos e tantas que acompanham seus pais já idosos, com Mal de Alzheimer, ou tantas outras doenças senis.

Será que é sempre prazeiroso acompanhar uma pessoa que não te reconhece, que te agride( que é sinal de confiança), que pede que você se retire da sua presença?  Conheço pessoas que sofreram (e muito) com este tipo de comportamento de seus pais, mas nem por isso deixaram-nos sem cuidados e os acompanharam até o leito de morte.

Que misterioso é o amor! Por que motivo esses filhos não abandonaram seus pais? 

Porque os amavam, não amavam a si próprios em primeiro lugar.Recorrendo novamente à autora da citação, continuaram "confiando na vida que havia neles"! Nesse sentido a Educação de muitos, voltada para a gratificação imediata, não está colaborando para que os jovens sejam educados para esta doação de si mesmos, que é no que consiste o amor verdadeiro.Pelo contrário, este tipo de educação enfraquece a capacidade de amar e de sofrer pela pessoa amada.

Vemos tantos casamentos que se rompem alegando que já não "amam" mais o cônjuge, ou que estão "apaixonados" por outro(a) e com isso se justificam! Eu me pergunto: que classe de amor é este? Um amor que abandona filhos, casa, família, para curtir uma nova vida?

Muitos quando se separam alegam: tenho direito de ser feliz! Tenho minhas sinceras dúvidas de que possam encontrar a verdadeira felicidade quando o centro das sua atenções está em si próprios.

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