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domingo, 16 de junho de 2013

TANGRAN - Matemática Lúdica 



Muitos conhecem o Tangran, um quebra-cabeça chinês, de origem milenar. Seu nome original é: Tch i Tch iao Pan, significa as sete tábuas da argúcia. Ao contrário de outros quebra-cabeças ele é formado por apenas sete peças com formas geométricas resultantes da decomposição de um quadrado, são elas:
 

  •   2 triângulos grandes;
  •  2 triângulos pequenos;                           
  •  1 triângulo médio;
  •  1 quadrado;
  •  1 paralelogramo     
Com estas peças é possível criar e montar cerca de 1700 figuras entre animais, plantas, pessoas, objetos, letras, números, figuras geométricas entre outras.

Iniciei a aula com a apresentação deste jogo-material pedagógico contando uma lenda sobre o Tangran, assim:Um jovem chinês despedia-se de seu mestre, pois iniciaria uma grande viagem pelo mundo. Nessa ocasião, o mestre entregou-lhe um espelho de forma quadrada e disse:
- Com esse espelho você registrará tudo o que vir durante a viagem,
para mostrar-me na volta.
O discípulo surpreso, indagou:
- Mas mestre, como, com um simples espelho, poderei eu lhe mostrar tudo o que encontrar durante a viagem?
No momento em que fazia esta pergunta, o espelho caiu-lhe das mãos, quebrando-se em sete peças.
Então o mestre disse:
- Agora você poderá, com essas sete peças, construir figuras para ilustrar o que viu durante a viagem.



 Com o uso do Tangran o professor pode trabalhar:
  •    identificação, 
  •    comparação,
  •    descrição,
  •    classificação,
  •    desenho de formas geométricas planas,
  •    visualização e representação de figuras planas, 
  •    exploração de transformações geométricas através de decomposição e composição de figuras,
  •    compreensão das propriedades das figuras geométricas planas,
  •    representação e resolução de problemas usando modelos geométricos
  •    noções de áreas
  •    frações


Esse trabalho permite o desenvolvimento de algumas habilidades – IMPORTANTES PARA A AQUISIÇÃO DE CONHECIMENTOS EM OUTRAS ÁREAS –  tais como:

  


            


  • VISUALIZAÇÃO / DIFERENCIAÇÃO
  • PERCEPÇÃO ESPACIAL,
  • ANÁLISE / SÍNTESE
  • DESENHO,
  • RELAÇÃO ESPACIAL  
  •  ESCRITA E
  • CONSTRUÇÃO


Por último, é necessário conscientizar que este quebra-cabeça tem sido utilizado como material didático nas aulas de Artes e precisa estar cada vez mais presente nas aulas de Matemática. O trabalho com o Tangran deve iniciar visando a exploração das peças e a identificação das suas formas.
  
 O desafio:
1- Pedir para formar 2 grupos de 3 em cada equipe.
2- Cada equipe recebeu um TANGRAn e um painel com as figuras a serem montadas.
3- No tempo determindo cada equipe reconheceria as peças e montavam o Tangran reconhecido só uma vez por eles.
 4-Agora a equipe monta a figura determinada no Painel.
 5-Os painéis são trocados pelas equipes e reinicia o desafio 4.
 6-Agora a figura fica a critério do grupo e basta criatividade e els tiveram muita.
 7- Aprender de maneira lúdica e prazerosa.Foi Fácil.....
Logo depois, se passa à sobreposição e construção de figuras dadas a partir de uma silhueta, nesse caso, cabe ao aluno reconhecer e interpretar o que se pede, analisar as possibilidades e tentar a construção. Durante todo esse processo, a criança precisa analisar as propriedades das peças do Tangran e da figura que se quer construir, se detendo ora no todo de cada figura, ora nas partes.
   A filosofia do Tangran é de que um todo é divisível em partes, as quais podem ser reorganizadas num outro todo, como a própria concepção de Malba Tahansobre a matemática. As regras do principal jogo proposto no trabalho com Tangran consistem em usar as sete peças em qualquer montagem de reprodução de figuras, apresentadas em silhueta, utilizando as sete peças, colocando-as lado a lado sem sobreposição. 
 
                                  MONTAGEM LIVRE
O Tangran, como jogo ou como arte, possui um forte apelo lúdico e oferece àquele que brinca um envolvente desafio. Cada vez mais presente nas aulas de Matemática, as formas geométricas que o compõem, permitem que os professores vejam neste material a possibilidade de inúmeras explorações.Fernanda Mélo
 
Bibliografia:
Kaleff, Ana Maria; Monteiro Rei, Dulce; Garcia, Simone dos Santos. Quebra-cabeças Geométricos e formas planas. Editora da Universidade Federal Fluminense – Niterói/RJ,  2002.
        Toledo, Marília e Mauro. Didática da Matemática: como dois e dois: a construção da matemática. São Paulo: FTD, 1997.

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