Lynn Alves, especialista em Educação e Tecnologia, mostra que os jogos eletrônicos são mais do que puro entretenimento e não determinam comportamentos violentos
Foto: Marcella Briotto
"O jogo não gera comportamento violento, mas pode potencializar algo já existente na criança", explica a professora da Universidade do Estado da Bahia
No computador, no celular, na televisão, no console portátil... Os jogos eletrônicos estão em todos os lugares e fazem a cabeça não só de crianças e jovens, mas também de muitos adultos. Seu filho com certeza passa algumas (ou muitas) horas por semana na companhia desses jogos. Será que isso é motivo de preocupação? Jogos eletrônicos podem mesmo levar a comportamentos violentos ou solitários? Atrapalham os estudos?
A professora da Universidade do Estado da Bahia (UNEB) e especialista no assunto Lynn Alves defende que não. Diversas pesquisas acadêmicas já desmentiram esses mitos e reconhecem o potencial de aprendizagem dos games, além de sua importância como entretenimento cultural, desde que não se tornem um vício, claro. "Mesmo os games comerciais, ditos não-educativos também podem contribuir para o desenvolvimento de diversas habilidades cognitivas, como interpretação de problemas e tomada de decisão", explica.
Em sua tese de doutorado, Lynn analisou a famosa associação entre jogos e comportamentos violentos. Ela descobriu que os jogos são uma oportunidade para os jovens trabalharem seus medos, desejos e frustrações. É como se eles realizassem essas emoções sem precisar correr riscos. E é por isso que os pais devem acompanhar de perto a relação de seus filhos com os jogos: eles não determinam comportamentos violentos, mas podem potencializar algo que já existe na criança. "Se a criança ou jovem apresenta um comportamento violento quando joga", orienta Lynn, "ela está sinalizando que algo não vai bem, e os pais devem investigar se aproximando do filho ou procurando um especialista."
A popularidade dos jogos eletrônicos está sendo aproveitada inclusive pelas escolas e essa é tendência importante que os pais devem acompanhar. Lynn também coordena o grupo de pesquisadores da UNEB, que, dentre outras coisas, desenvolve jogos com fins de aprendizagens. O mais recente deles, Búzios - Ecos da Liberdade, é um jogo de aventura que trabalha a Revolta dos Alfaiates, movimento histórico baiano. A estratégia desperta no aluno o desejo por novas informações sobre o conteúdo. "Ele não aprende só no jogo, mas é instigado a ampliar as informações", explica Lynn.
Confira as orientações da especialista na entrevista:
A professora da Universidade do Estado da Bahia (UNEB) e especialista no assunto Lynn Alves defende que não. Diversas pesquisas acadêmicas já desmentiram esses mitos e reconhecem o potencial de aprendizagem dos games, além de sua importância como entretenimento cultural, desde que não se tornem um vício, claro. "Mesmo os games comerciais, ditos não-educativos também podem contribuir para o desenvolvimento de diversas habilidades cognitivas, como interpretação de problemas e tomada de decisão", explica.
Em sua tese de doutorado, Lynn analisou a famosa associação entre jogos e comportamentos violentos. Ela descobriu que os jogos são uma oportunidade para os jovens trabalharem seus medos, desejos e frustrações. É como se eles realizassem essas emoções sem precisar correr riscos. E é por isso que os pais devem acompanhar de perto a relação de seus filhos com os jogos: eles não determinam comportamentos violentos, mas podem potencializar algo que já existe na criança. "Se a criança ou jovem apresenta um comportamento violento quando joga", orienta Lynn, "ela está sinalizando que algo não vai bem, e os pais devem investigar se aproximando do filho ou procurando um especialista."
A popularidade dos jogos eletrônicos está sendo aproveitada inclusive pelas escolas e essa é tendência importante que os pais devem acompanhar. Lynn também coordena o grupo de pesquisadores da UNEB, que, dentre outras coisas, desenvolve jogos com fins de aprendizagens. O mais recente deles, Búzios - Ecos da Liberdade, é um jogo de aventura que trabalha a Revolta dos Alfaiates, movimento histórico baiano. A estratégia desperta no aluno o desejo por novas informações sobre o conteúdo. "Ele não aprende só no jogo, mas é instigado a ampliar as informações", explica Lynn.
Confira as orientações da especialista na entrevista:
Do preconceito ao tratamento correto, muito há o que se entender para derrotar esse inimigo do bem estar infantil
Foto: Marcella Briotto
Mitos como "piolho voa" ou "piolho gosta de cabelo sujo" devem ser superados para um bom tratamento na escola e em casa
O piolho é minúsculo, mas poderoso. Capaz de provocar coceira intensa e, com ela, o início de uma infecção que irá comprometer a saúde da criança, se não forcombatida de modo adequado. E o pior é que ele vem atormentando a humanidade há uma eternidade! Acredite: piolho já foi encontrado em múmias egípcias de mais de três mil anos. E a pediculose, doença provocada por ele, é mencionada até em textos da Bíblia.
No combate ao inseto cientificamente chamado de pediculus humanus capitis, talvez o mais difícil de lidar seja o preconceito que desperta. Como vive no couro cabeludo e é transmitido facilmente pelo contato direto, basta às crianças se agruparem para criar o ambiente de infestação. Quem tem pouca informação sobre piolho, tenta explicar o problema, associando à falta de higiene. Nada mais falso. Porque piolho também se faz notar nos cabelos lavados todos os dias.
Acontece que esse desconhecimento pode alimentar atitudes radicais, como a de discriminar a criança afetada, que se sente bastante humilhada no ambiente escolar. E, exatamente porque morre de vergonha, reage ocultando o problema que só vai piorar, com o passar dos dias, prejudicando a sua saúde e a de todos que estão próximos. O que fazer para combater o vilão de modo inteligente e com atenção especial para a criança infestada? Veja, a seguir, as dicas de nossos especialistas, entre eles, o professor Paulo Roberto de Madureira, do Departamento de Saúde Coletiva da UNICAMP, e um dos coordenadores do Portal do Piolho.
No combate ao inseto cientificamente chamado de pediculus humanus capitis, talvez o mais difícil de lidar seja o preconceito que desperta. Como vive no couro cabeludo e é transmitido facilmente pelo contato direto, basta às crianças se agruparem para criar o ambiente de infestação. Quem tem pouca informação sobre piolho, tenta explicar o problema, associando à falta de higiene. Nada mais falso. Porque piolho também se faz notar nos cabelos lavados todos os dias.
Acontece que esse desconhecimento pode alimentar atitudes radicais, como a de discriminar a criança afetada, que se sente bastante humilhada no ambiente escolar. E, exatamente porque morre de vergonha, reage ocultando o problema que só vai piorar, com o passar dos dias, prejudicando a sua saúde e a de todos que estão próximos. O que fazer para combater o vilão de modo inteligente e com atenção especial para a criança infestada? Veja, a seguir, as dicas de nossos especialistas, entre eles, o professor Paulo Roberto de Madureira, do Departamento de Saúde Coletiva da UNICAMP, e um dos coordenadores do Portal do Piolho.
Para ler, clique nos itens abaixo:
- 1. Piolho não pula, muito menos voa
- 2. Piolho gosta de cabelo limpo
- 3. O primeiro sintoma é a coceira intensa
- 4. O melhor tratamento continua a ser o pente fino
- 5. Usar tintura de cabelo pode matar o piolho, mas não elimina o problema
- 8. O combate ao preconceito começa com a transparência: nunca oculte uma infestação de piolho
- 7. Prevenir é educar. E uma das ações mais eficientes no combate ao piolho está em ensinar a criança a não compartilhar objetos
- 9. Em casa, é preciso ter atenção especial com a roupa de cama utilizada pela criança afetada, por exemplo
- 10. Animais domésticos também sofrem do problema, mas não transmitem para crianças e adultos
Para ler, clique nos itens abaixo:
- 1. Os pais devem se preocupar com os jogos eletrônicos?
- 2. Como os jogos eletrônicos contribuem para o desenvolvimento de crianças e jovens?
- 3. Os jogos eletrônicos são capazes de determinar atitudes violentas?
- 4. Como os pais podem garantir o uso saudável dos jogos eletrônicos?
- 5. Como os pais podem identificar se um jogo é de boa qualidade?
- 6. Quais são as vantagens de utilizar um jogo educativo nas escolas?
- 7. Quais são os principais desafios para a inclusão dos jogos eletrônicos nas escolas?
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