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segunda-feira, 22 de julho de 2013

quarta-feira, 13 de abril de 2011

HISTORIA DE GHANDI


HISTORIA DE GHANDI

                            
Certa feita, Ghandi estava andando pela calçada, quando dois soldados ingleses pararam – no e disseram: pessoas como você, gente como você e da sua cor, não podem andar por essa calçada, tem que andar pela outra calçada, e Ghandi com toda sua paciência atravessaram a calçada e foi para a outra calçada, mas de repente os dois soldados ingleses voltaram e disseram: esquecemos de lhe dizer uma coisa: gente como você, pessoas como você e gente da sua cor não podem andar por aquela calçada e nem por essa calçada, tem que andar pelo meio da rua, e Ghandi, com toda sua tranqüilidade saíram da calçada e foi para o meio da rua, uma rua sem asfalto, toda suja e lá estava ele caminhando tranqüilamente, quando novamente os dois soltados ingleses voltaram e disseram: gente como você, pessoas como você e da sua cor não podem andar por aquela calçada, nem por aquela outra calçada e nem por essa rua, tem que andar pela rua de baixo. E Ghandi com toda sua sabedoria caminho pela rua debaixo, mas de repente lembrou-se de uma coisa e voltou, e disse para os dois soldados ingleses: é triste, triste mesmo em saber que pessoas como vocês precisam usar da dignidade do outro para se auto – afirmar.

Maria – vai – com – as – outras


Maria – vai – com – as – outras

Sylvia Orthof


Para manter essa honestidade pessoal, muitas vezes é preciso dizer NÃO às pressões do grupo. É importante pensar por conta própria e não ser apenas uma Maria – vai – com – as – outras.

    Uma ovelha chamada Maria, sempre fazia o que as outras queriam. Pois aonde as outras iam, Maria ia também. Um dia, todas as ovelhas foram para o Pólo Sul. Maria foi também.
    Aí, que lugar frio! As ovelhas pegaram uma gripe!
    Maria pegou gripe também. Atchim!
    Maria ia sempre com as outras. Depois todas as ovelhas foram para o deserto. Maria foi também. Ai, que lugar quente! As ovelhas tiveram insolação.
      Maria teve insolação também. Uf! Puf!
      Um dia, todas as ovelhas resolveram comer salada de jiló. Maria detestava jiló. Mas, como todas as ovelhas comiam jiló, Maria comia também. Que horror!
    Foi quando, de repente, Maria pensou:
    “Se eu não gosto de jiló, por que é que eu tenho que comer salda de jiló?”
     Maria pensou, suspirou, mas continuou fazendo o que as outras faziam. Até que as ovelhas resolveram pular do alto do Corcovado para dentro da lagoa.
    Todas as ovelhas pularam. Pulava uma ovelha, não caía na lagoa, caía na pedra, quebrava o pé e chorava: me! Pulava outra ovelha, não caía na lagoa, caía na pedra, quebrava o pé, chorava: me!
    E assim quarenta e duas ovelhas pularam, quebraram o pé, chorando: mée!mée!mée!
    Chegou a vez de Maria pular.
    Ela deu uma requebrada, entrou num restaurante e comeu uma bela feijoada de capim. Agora, mée, Maria vai para onde caminha o seu pé.

O Pinto Pelado Coleção Bicho Falante. Pedro Bandeira.


O Pinto Pelado

Coleção Bicho Falante.
Pedro Bandeira.
    Eu vou contar uma história para vocês que acontece numa fazenda, e nessa fazenda tinha muitos gansos, marrecos e peru também, a galinha, botou um ovo, a galinha ficou tão feliz, pois sábia que dali nasceria seu filhinha, a galinha protegia o ovo do frio, da chuva, cuidava do ovo, mas um dia a galinha saiu para ciscar, e foi muito longe, e o ovo ficou sozinho, e de repente ele foi quebrando, quebrando e de dentro do ovo saiu um pintinho, nasceu pelado, não tinha pena nenhuma, assim peladinho, peladinho e feio, todos lá do galinheiro, o achavam muito feio, o peru, glu que pinto feio e todos daquele galinheiro achavam o pintinho feio, todos judiavam dele, porque coitado dele, quando ele conseguia achar uma quirerinha, vinha o peru e tirava dele, então ciscava, ciscava e achava uma minhoca, quac tirava dele a pata, então ele resolveu ir embora do galinheiro, e ir falar com o rei, o rei pode ajudar, mas preciso levar uma carta, uma carta pra o rei, há está aqui, então Pegou aquele. Pedaço de papel achando que era uma carta, pegou a carta, pegou uma sacola, pegou comida, pois tudo lá dentro e saiu cantando, pinto, pia, pia, o pinto piando pia piuuuuuu, e eu vou fazer sozinha, vamos para a história aqui, e vamos fazer o canto do pinto.
    Então voltando para a história, e o pintinho saiu pelo caminho dizendo assim: pinto pia, o pinto piando, piando, piuuuuuuu, e no caminho ele encontrou a raposa.
    Pintinho aonde você vai sozinho? Vou falar com o rei, naquele galinheiro todos, me maltratavam, vou falar com o rei, há pintinho, posso ir com você? Posso? Pode, e a raposa entrou na sacola e os dois saiam cantando. Pinto pia, piando, piando piuuuuu, e eles encontram um rio, pintinho aonde você vai sozinho.
    Vou encontrar o rei, pois naquele galinheiro todos me maltratavam, posso ir junto pintinho, pode e o rio se enrolou e entrou na sacola e os três saíram cantando, pinto pia, piando pia piuuuuuuuu, e eles chegaram ao castelo do rei, aquela porta enorme, aquele guarda enorme, pintinho enfiou a mão na sacola e entregou a carta ao guarda. O guarda olhou e não entendeu nada, abriu a porta e deixou o pintinho entrar, o pintinho pegou a carta enfiou na sacola e entrou, e quando se viu dentro daquele castelo enorme, começou a cantar, pinto pia piando pia piando piando piuuuuuuu. Ele encontrou o rei e entregou a carta para o rei, e quando o rei viu que não era carta coisa nenhuma, gritou para os guardas, prendam esse pintinho, e lá foi o pintinho para o galinheiro, e começou a ser maltratado novamente, só que agora ele não estava sozinho, ele ouviu: pintinho, pintinho me tira daqui que eu vou te ajudar, e era a raposa, que saiu de dentro da sacola e foi espantando tudo que tinha no galinheiro e quando foi no outro dia, o rei olhou no galinheiro e não viu o pintinho, gritou: guardas! Prendam aquele pintinho, enquanto isso o pintinho ia pelo caminho cantando bem rápido, pinto pia piando piando pia piouuuuuuu.
    E quando ele olhou para trás os guardas estavam chegando, de repente o rio começou a chamar o pintinho, eu quero te ajudar pintinho, então o rio foi desenrolando, desenrolando, e foi enchendo, e os guardas já não podiam mais cavalgar, então os guardas voltaram para o castelo e o pintinho voltou lá para a fazenda onde a história começou, e voltou, para o galinheiro, e quando ele chegou ao galinheiro, os galos o olhavam, e as galinhas então háá, o pintinho não percebeu que o tempo tinha passado, e que agora ele não era mais aquele pinto pelado e feio e sim um lindo galo colorido, tinha a crista vermelha e as penas coloridas ele era lindo, ele subiu no galho mais alto da árvore e cantou como canta um galo. E o sol nasceu!!

A verdadeira história dos três porquinhos por A Lobo Tal como foi contada a Jon Scieszka – tradução Pedro Maia


A verdadeira história dos três porquinhos por A Lobo
Tal como foi contada a Jon Scieszka – tradução Pedro Maia

    Em todo o mundo, as pessoas conhecem a história dos três porquinhos. Ou, pelo menos, acham que conhecem. Mas vamos contar um segredo. Ninguém conhece a história verdadeira porque ninguém jamais escutou o lado do lobo mau.
    Eu sou o Lobo. Alexandre T. Lobo, mas podem me chamar de Alex. Não sei como começou esse papo de lobo mau, só sei que está tudo errado.
    Mas como eu estava dizendo, todo esse papo de lobo mau está errado. A verdadeira história é sobre um espirro e uma xícara de açúcar. É que eu estava fazendo um bolo pra minha amada vovó, e estava com um resfriado terrível, espirrando muito. E fiquei sem açúcar.
    Então resolvi pedir uma xícara de açúcar emprestada para o meu vizinho, só que ele era um porco, mas também não era muito inteligente, pois tinha construído a sua casa toda de palha. Dá para acreditar?
    Assim que bati, a porta caiu. Pois não sou de ir entrando na casa dos outros. Então chamei: porquinho, porquinho, você está aí? Ninguém respondeu. Mas de repente meu nariz começou a coçar. Senti o espirro vindo. Então inflei e bufei. E soltei um grande espirro, sabe o que aconteceu? A casa de palha desmoronou inteirinha. E no meio da palha estava o primeiro porquinho mortinho da silva. Seria um desperdício deixar um presunto de excelente estado no meio daquela palha. Então eu comi. Mas ainda não tinha minha xícara de açúcar. Então fui à casa do próximo vizinho, que também era um porco, só que esse era mais esperto, pois tinha construído sua casa com madeira. Toquei a campainha da casa e ninguém atendeu, então chamei: ___ Senhor porco, Senhor Porco, está em casa? Então ele gritou: Vá embora lobo. Mas quando percebi, comecei a inflar, bufei e até tentei cobrir minha boca, mas não deu, soltei um grande espirro. Você não vai acreditar, a casa do sujeito desmoronou igualzinho a do irmão dele. Você não acredita, que o segundo porquinho estava mortinho da silva. Palavra de honra. 
    Sem dúvida, acabei comendo o segundo porco. E fiquei novamente sem a minha xícara de açúcar. Então fui até a casa do outro vizinho, que por incrível que pareça, também é um porco. Só que esse porquinho devia ser o crânio da família, pois sua casa era de tijolos, bati, mas ninguém respondeu. Então chamei: “Senhor porco, o senhor está?” E sabe o que aquele atrevido respondeu? Caia fora daqui lobo. Não me amole mais. De repente senti um espirro vindo, então inflei, bufei e espirrei de novo. Então o terceiro porquinho gritou Fora daqui. Sabe, eu sou um cara calmo, mas quando alguém grita comigo, eu perco cabeça. Quando a polícia chegou, é evidente que eu estava tentando arrebentar a porta daquele porco. E todo o tempo eu estava inflando, bufando e espirrando e fazendo uma barulheira, e por azar, os repórteres descobriram que eu tinha jantado os outros dois porcos. E fizeram de mim um Lobo Mau.
    É isso aí. Fui vítima de uma armação. Mas talvez você possa me emprestar uma xícara de açúcar.

O Sapinho


O Sapinho

    A história que vou contar se passa numa linda floresta, mas bem no meio dessa floresta havia uma escada que dava no céu, mas nem o rei leão conseguiu chegar ao todo da escada. Um dia dona sapa com seu três sapinhos pararam na frente da escada e ficaram olhando, então o rei leão falou para a dona sapa: __ Você vai subir a escada? Eu não rei leão, são meus filhos que irão subir, o rei leão disse: __ Como! Se nem eu que sou o rei da floresta não consegui subir essa escada, você acha que seus filhos irão conseguir? E a dona sapa disse que sim: E o sapinho começou a subir, subir, e os bichos lá embaixo diziam: __ Eles não vão conseguir, não vão conseguir, então veio a águia e disse: __ Eu sou a ave que voa mais alto, e não consegui chegar no todo a escada, como seus filhos iram conseguir, e a dona sapa dizia: __ Ele vai conseguir, vão conseguir. Mas de repente um dos sapinhos começaram a cair, cair. Mas os outros dois continuavam a subir, subir. Foi então que o macaco, falou para dona sapa. Eu que sou o bicho que salto mais alto, não consegui chegar ao topo da escada, você acha que eles vão conseguir? Mas a dona sapa tinha esperança e disse: __ Eles vão conseguir, vão conseguir. Mas de repente o outro sapinho começou a cair, cair. Mas dona sapa com muita esperança dizia: __ Ele vai conseguir. E o sapinho menor, o mais fraquinho continuava a subir, foi quando dona girafa com seu pescoço enorme disse: __ Nem eu com esse pescoço enorme consegui chegar ao topo da escada, você acha que esse sapinho pequenino e fraquinho vai conseguir chegar lá? E a dona sapa cheia de esperança dizia: __ Ele vai conseguir, vai conseguir.
    Mas de repente ouve um silencio na floresta, nem as árvores balançavam suas folhas, pois todos os bichos queriam saber como foi que o menor sapinho conseguiu chegar ao topo da escada. Então dona sapa disse: __ É que ele era surdo, e não deu importância para o que vocês disseram, pois ele é surdo. 

Os Pingos


Os Pingos


Eu vou ler a história, uma palma para cada vez que eu falar as palavras que eu disse.

    Pingo de céu vai tocar viola, pingo de sol quer dançar, pingo de sol falou: - vamos convidar todos os bichos da floresta para o grande baile e o tico – tico vai espalhar os convites, mas atenção é um baile de fantasias e não entra quem não se fantasiar, e entra o sapo, fantasiado de gato, o gato de pato, o pato de sapo, tudo enfeitado, tudo arrumado, só falta à festa começar. Todos podem começar a dançar, mais convidados acabam de chegar. Vem o bode de coelho, o coelho de jaboti, jaboti de borboleta, a festa parou todos olham para o convidado que chegou. Que bicho será, o coelho gritou: - escutem a voz que vem de dentro dele, parece a voz da onça, onça! Alguém falou em onça! Todos diziam onça! Assustado, os bichos corriam de lá para cá, de cá para lá. Ora que onça, que nada, os pingos saíram da fantasia, agora falou pingo de mar, pingo de céu vai tocar viola, que os pingos querem dançar. Aprenderam a brincadeira. Se eu contar bem rápido vocês prometem que não vão errar?

Uma história de Carícias Roberto Shinyashiki


Uma história de Carícias         
Roberto Shinyashiki

    Há muito tempo atrás havia um casal, que a cada pessoa, que nascia, ganhava um saquinho de cainhos quentes. Sempre que uma pessoa punha a mão neste saquinho, podia tirar um Carinho quente. E essas pessoas se sentiam, quente, aconchegantes, cheias de carinhos. Mas as pessoas que não recebiam ficavam triste, murchas até morrer.
    Era muito fácil receber carinhos, sempre que alguém queria, bastava pedi – los e colocando a mão no saquinho, surgia um carinho do tamanho da mão de uma criança. E por isso todas eram felizes. Mas um dia, uma bruxa má, ficou muito brava porque as pessoas eram felizes e não compravam as poções que ela vendia. Então ela criou um plano, e disse para o casal, que quanto mais carinhos ele distribuíssem, que iria chegar um dia que não teriam mais carinhos para as pessoas e nem para eles. Foi aí, que a bruxa, começou a vender as suas poções mágicas, dizendo que eram carinhos quentes, sendo que na verdade eram carinhos frios, pois as pessoas se tronaram frias, chegando até morrer por falta de carinho.
    Foi então, que surgiu uma pessoa especial, nessa cidade, e não se importando com bruxa, começou a distribuir seus carinhos quentes, pois sabia que quanto mais carinho quente distribuísse mais tinha a dar.
    Então as pessoas foram sentindo novamente os carinhos quentes, e voltando novamente a ser felizes, expulsando a bruxa daquela cidade. Nunca se esqueça que os carinhos quentes são inesgotáveis porque eram distribuídos livremente. Então agora olha para alguém e de o seu carinho quente, abraçando com muito amor.

A colcha de retalho Conceil Corrêa da Silva e Nye R.


A colcha de retalho
Conceil Corrêa da Silva e Nye R.

    Desde pequeno Felipe adorava ir à casa de sua avó, porque lá ele podia fazer tudo que gostava.
    Um dia ao chegar, a vovó estava costurando uma colcha de retalhos, enquanto ela costurava, eles conversavam sobre as lembranças que cada pedacinho de pano trazia.
    Foi quando vovó pegou um pedacinho xadrez e deu um suspiro e disse, desse pano eu fiz uma camisa para o seu avô, hum que saudades... Então Felipe perguntou para vovó. O que é saudade? Vovó disse é algo que se sente, mas não dá para explicar, um dia você vai saber o que é.
    Depois de algum tempo. Felipe nem lembrava mais da colcha de retalho. Um dia ao voltar da escola, sua mãe lhe disse que vovó havia lhe mandado uma surpresa.
    Uma surpresa para mim? Disse o menino, onde está?
    Está em seu quarto, em cima da cama. Correndo o menino foi para seu quarto e viu a colcha de retalhos que vovó havia feito para ele, mas essa colcha, não era uma colcha qualquer, pois cada pedacinho de retalho que havia nela continha uma história, foi quando Felipe observou um retalho azul...
    Foi quando papai e mamãe viajou de férias e eu fiquei lá na casa da vovó. Nesse dia eu subi num pé de jabuticabeira, e cai, rasguei todo o meu short... Que vergonha! Vovó veio correndo lá de dentro. Pegou-me no colo com carinho e, depois nesse mesmo dia, resolveu fazer um short novo para mim. E fez deste pano aqui.
    De repente, Felipe começou a sentir uma coisa estranha dentro do peito. E aquilo foi aumentando, aumentando... Então Felipe pediu para sua mãe levá – lo até a casa da vovó.
    Não demorou nada e os dois estavam chegando na casa da vovó. Tocaram a campanhia e lá veio ela, atendê – los.
    ___ Parece que eu estava adivinhado que você vinha. Fiz chocolate do jeito que você gosta!
    Então Felipe disse: __ Vovó me de um abraço, um abraço bem apertado.
    Vovó disse: aconteceu alguma coisa Felipe. E o menino disse em seu ouvido, preciso lhe contar um segredo: eu acho que já sei o que é saudade... 

Bufunfa no mundo das cores.


Bufunfa no mundo das cores.

    Certa vez apareceu uma misteriosa caixa na floresta. Bufunfa, o elefante estava passeando quando tropeçou na caixa colorida.
    O que será? Pergunto para si mesmo.
    Então ele levou a caixa para casa e abriu para mãe ver. Que surpresa! Era uma caixa de lápis de cor! Ficou muito feliz, pois descobriu que o lápis era mágico, pois tudo que desenhava passava a existir. Mas bufunfa decidiu mudar a natureza e desenhou flores que nunca existiram antes, borboletas com cores estranhas, pássaros que nunca paravam de cantar, então desenhou um sol que brilhava de noite e lua que brilhava de dia. Mas enquanto isso, em outro planeta alguém estava muito triste, era o rei, pois a cor do seu planeta estava acabando.
    Mas Bufunfa, não parava de brincar com os lápis, resolveu fazer desenhos abstratos, aí resolveu desenhar fora da margem, enquanto isso no outro planeta, o rei estava apenas com uma gota de cor, e por isso estava abandonando – o.
    Enquanto o rei sofria, Bufunfa estava aprisionado em suas próprias linhas, pois tinha esquecido que os lápis eram mágicos, então ele rodeou, rodeou no espaço. De repente tudo escureceu e a figura triste do rei apareceu com os braços abertos, Bufunfa levou um susto danando, mas foi se acalmando vendo que as linhas malucas não existiam mais.
    Quando a coisa ficou mais clara, o rei explicou o quanto àquela caixa de lápis era importante para ele. Pois o rei precisava dela para pintar o seu planeta.
   Bufunfa nem piscou, deu a caixa de lápis mágico para o rei.
    O rei saiu satisfeito, agradeceu, mas antes de ir embora ele perguntou:
    __ Você não vai precisar dela?
    Não, pois aqui no meu mundo a natureza já nasce linda e colorida, e não é necessário pintá – la.
    Então o rei volta para o seu planeta colorindo tudo pelo caminho.

Pretinho: Meu Boneco Querido... Autor: Maria Cristina Furtado.



Pretinho: Meu Boneco Querido...
Autor: Maria Cristina Furtado.

    Em um bairro, próximo à praia, mora uma menina, a qual, todos chamam carinhosamente, de Nininha.
    Só que Nininha, ficava sempre muito aborrecida, porque sua mãe não a deixava ver a rua, os vizinhos...
    Na sua casa existia um cachorro, o Hulk, que é chamado “Cão de Guarda”. Com este, a mãe também não deixa Nininha brincar, pois é perigoso e muito feroz.
    A menina tinha uma linda coleção de bonecos, é... Vocês precisavam ver, que gracinha... Todos os bonecos arrumadinhos, de mãos dadas... Dando enorme beleza ao quarto.
    Foi aí que Nininha resolveu me contar um segredo, mas ela me permitiu contar a vocês.
    ___ Ela me disse, que seus bonecos não são iguais aos outros, pois eles confiavam nela. Dessa forma..., São meus amigos, brincam e falam comigo. Não criam vida escondida, como acontece à maioria dos bonecos que existem.
    Quando Nininha fez sete anos, sua mãe levou - a em uma loja para escolher um presente e... Quando a menina viu o Carlos, desejou que fosse seu.
    Logo que chegou em casa, Carlos descobriu que podia confiar em Nininha, passou a falar como os outros e disse para chamá – lo de Pretinho, como todos faziam...
    Isso mesmo, Carlos era pequeno e tinha a cor preta.
    Nininha o colocou na prateleira, junto com os demais bonecos. Mas, sem entender porque, constantemente se surpreendia, quando ao procurar por Pretinho, ele estava escondido no armário.
    Por sua vez, brigava com ele, e fazia – o sair do armário e voltar para seu lugar na prateleira. Mas Nininha não sabia o que acontecia no quarto, na sua ausência.
    Quando só ficavam os brinquedos no quarto, eles criavam vida, é... E começavam a brincar, mas não deixavam Pretinho brincar com eles, pois diziam que onde o Pretinho tocasse iria ficar sujo, pois ele era preto. Diziam a ele: __ Vê se entende, aqui só entra boneco branco.
    Sem dizer, que o urso Malaquias gritava:
___ Pretinho quando não faz bobagem na entrada, faz na saída. É aí todos os bonecos riam...
    Então Pretinha diz: Ninguém me dá confiança, ninguém gosta de mim, então vai e entra no armário.
    Mas quando Nininha chega vê que Pretinho está novamente no armário, abriu a porta e diz zangada:
___ Outra vez, Pretinho! Pega – o pela orelha e leva – o para o seu lugar, enquanto prossegue brigando.
    Então Nininha vai dormir. Algumas horas depois, é acordada, porem chorinho... Fica assustada, acha que é um ladrão, depois que é em fantasma...
    Então bem devagarinho, acende a luz do abarjurzinho. Está com medo, abre os olhos e procura ver o quarto todo. Então vê que está faltando um. Quem é: Pretinho.
    Aborrecida, Nininha, vai até o armário e diz:
---- Outra vez, Pretinha. Que mania! Então o boneco volta a chorar. Nininha pega o boneco, e diz:
___ Não quero mais ser preto. Eu quero ser branco.
___ Meu Deus, mas que idéia doida. Por quê?
___ Os outros bonecos caçoam de mim.
___ Caçoam de você?
___ Sim. Não gostam de mim, porque sou preto.
___ Eu custo a acreditar, que seus amigos ajam assim, com você.
    A menina para um pouco, procurando pensar, diante de tudo que ouvir. E pergunta:
___ Pretinho, é por causa disso que você vive se escondendo no armário?
___ É, sim. É por isso mesmo. Agora você já sabe... Eu tenho vergonha...
___ Ah! Pretinho, você não sabe o quanto tudo isso me deixa triste. Eu gosto de todos vocês: branco, preto, amarelo. Todas as cores são bonitas.
    Então Nininha abraça Pretinho e diz: __ Eu o amo.
    No outro dia, enquanto Nininha vai para a escola, como sempre, os bonecos criam vida, e começa a caçoar de Pretinho, até que acabam em briga, é... Briga mesmo.
    A boneca de pano que sempre foi amiga de Pretinho ajuda – o, e no desespero pede para ele fugir, e nessa fuga, Pretinho corre e pula a janela, no qual o cachorro Hulk vem e pega – o. Os bonecos apavorados com a cena ficam estáticos e assustados.
    De repente escutam a voz de Nininha que chega mais cedo da escola. E chega perguntando por Pretinho, não o encontra, e preocupada, quase grita perguntando: __ O que aconteceu? E a boneca de pano, aos soluços e gaguejando diz: __ O Hulk... É o Hulk comeu o Pretinho.
    Malaquias continua falando: __ É sim. E a culpa é toda nossa. Minha, de Fafá e de Malaquias. Nós fizemos maldade com ele.
__ Queríamos pintá – lo de várias cores. – Diz Malaquias.
 __ Nós estávamos com ciúmes... Mas não queríamos que isso acontecesse __ explica a boneca Fafá.
    Nininha deu um grito e sai correndo...
  __ Não... Não pode ser...
  __ Mamãe o Hulk comeu o Pretinho.
    Entre soluços, a menina pede ajuda à mãe.
    Procuraram sem resultado, em todos os lugares. Por fim, vão até o canil e... , para tristeza geral, encontram um pedacinho da roupa de Pretinho no chão.
___ Ah! Não... Mamãe. O Hulk comeu mesmo o Pretinho.
___ Eu nem sei o que dizer... Trouxe uma surpresa tão linda, para Pretinho.
___ Como puderam! Uma das piores coisas que pode existir é a ignorância. E só a total ignorância, pode levar alguém a gostar ou não de uma outra, por ser alto, baixo, gordo, magro, branco, preto...
    Eu amo Pretinho, como amo a todos vocês.
 ___ Eu juro que não queria que isso acontecesse. Juro... ___ diz a boneca Fafá.
___ Ora... Vamos... Vocês viviam desfazendo dele, aproveitando-se por serem maiores. E além do preconceito da cor, vocês estavam com ciúmes.
___ Mas agora..., Parece que arrancaram um pedaço do meu coração...
    Eu queria tanto que Pretinho estivesse aqui.
    De repente, ouve uma vozinha...
___ Eu estou aqui...
___ Quem falou? ___ pergunta Nininha.
___ Aqui, na janela.
___ É a voz de Pretinho __ diz a boneca de pano.
___ Ajudem – me..., Eu não consigo subir sozinho.
    Malandrinho rapidamente dá a mão a Pretinho e colocando – o para dentro do quarto abraça – o.
    Eu consegui escapar e o Hulk só conseguiu pegar um pedaço da minha roupa.
    Então os bonecos abraçam Pretinho e dizem: __ sentimos muito pela maneira como vínhamos lhe tratando. Você é boneco como nós... Tem os mesmos deveres e também os mesmos direitos.
    Nisso Pretinho diz:
___ Nininha, não leve a mal, mas de hoje em diante, eu quero ser chamado pelo meu nome, Carlos, pensei que eu fosse o único pretinho que existisse..., Mas não sou. Somos uma grande raça...
    A menina deu – lhe um beijo e foi dormir.
    No outro dia Nininha deu de presente uma boneca para Carlos e... __ Zuzu, aquela boneca linda e africana, e o nosso amigo Pretinho, nem imagine ficou com um grande sorriso maroto...    

O castelo amarelo Malba Tahan


O castelo amarelo
Malba Tahan

__ Vou contar, agora, para vocês uma história muito interessante. Uma história formidável!
    Quero combinar, porém, uma coisa com vocês.
    Prestem bem atenção:
__ Sempre que eu levantar a mão e fizer assim (levantar os braço0 vocês todos gritarão):
__ A-MA-RE-LO!
    Está bem? Combinado?
    Então a história começa assim:
__ Num lindo castelo vivia um rei, e esse castelo era lindo mesmo, e era todo... (amarelo)
    Mas esse rei tinha uma filha, é uma princesinha linda, ela era obediente, estudiosa, e muito alegre.
__ Todo o dia de manhã, muito cedo, a Princesinha vestia seu vestido... (amarelo).
____... E ia ao jardim do castelo e colhia um cravo... (amarelo).
__ Um dia estava o rei muito ocupado, trabalhando em seu escritório, quando a princesinha apareceu. Os olhinhos arregalados.
__ O que foi minha filha? Esta noite... Eu estava... Dormindo... De repente... Ouvi... No corredor... Um barulho...Acordei...Abri os olhos e vi... Diante da porta ___ do meu quarto ___ um fantasma... (amarelo).
__ O rei ouviu sua filha contar o caso do fantasma, disse logo:
__ Isso deve ser peraltice do copeiro, o Sebastião. É um rapaz muito brincalhão! Mas vou acabar com as suas brincadeiras.
    Mandou chamar o chefe da guarda. O chefe dos guardas apareceu logo.
__ Pronto Majestade! Às ordens!
Disse o rei:
__ Chefe dos Guardas! Esta noite minha filha estava dormindo, de repente ouviu um barulho qualquer no corredor e acordou. Pois bem, na porta do quarto minha filha viu um fantasma... (amarelo).
___ É o Sebastião, o copeiro, que vive assustando todo mundo com aquele lençol amarelo, só pode, ele errou de quarto e assustou a princesinha, mas não se preocupe que vou dar um jeito nele.
    Então o chefe da guarda preparou uma lata de tinta azul, e quando o copeiro passasse vestido com seu lençol amarelo ele iria jogar a tinta azul nele.
    Quando anoiteceu, o chefe da guarda ficou escondido atrás da porta esperando o fantasma passar, de repente ouviu... Cháápe... Cháápe...
__ Quem seria? O fantasma... (amarelo).
    Então o guarda pegou a lata de tinta na mão e quando o fantasma se aproximou, zás... Jogou a tinta azul no fantasma, que ficou... Ficou... (azul)...
    Não ficaram verdes, vocês erraram a história, pois quando eu misturo, a tinta azul com o amarelo dá verde. Então peçam para a professora fazer essa experiência para ver se a minha história é verdadeira. 

A Fada das Lágrimas Autor: Anônimo



A Fada das Lágrimas
Autor: Anônimo

    Aninha se levantou muito contente.
    E disse a mãe:
    __ Mãezinha, estou tão contente. Olhe, que dia lindo! __ disse Aninha.
    Então sua mãe disse:
    __ Tome banho e desça para tomar café.
    Meia hora mais tarde, sentada na escada que dá para o jardim, Aninha chorava muito. Não achava nada bonito. Tinha esquecido a beleza e o perfume das flores. O dia se tornara feio e cinzento. As lágrimas corriam pela sua face, caindo no seu avental que acabou molhado.
    Aninha chorava tanto, que, de repente, aconteceu algo extraordinário: uma de suas lágrimas caiu sobre os seus joelhos, mas não correu pela perna da menina. Ela foi aumentando, mudando de forma até se converter em uma fada.
    Que perguntou a Aninha:
    ___ Por que você está chorando?
    ___ Ai... Não me lembro! __ Mas quem é você?
    ___ Sou a fada das lágrimas __ respondeu a fada __ meus duendes me contaram que você está desperdiçando suas lágrimas.
    É, chorando sem razão!
    Os meus duendes trabalham recolhendo lágrimas, para levá – las ao castelo das lágrimas, que é onde moro...
    Então a fada a convidou para ir até o castelo, onde os duendes levam as lágrimas, e Aninha quis ir, então a fada bateu sua varinha em Aninha e a menina começou a encolher, assim a fada e Aninha voaram até o castelo.
    Chegando ao castelo, disse a fada, levando Aninha para um salão enfeitado com milhares de pingentes, dos quais pendiam contas brilhantes e coloridas. E Aninha perguntou: __ O que é isso? São lágrimas disse a fada.
    As lágrimas recolhidas pelos duendes. Então a menina quis saber onde estavam as delas. E a fada responde: __ As suas não estão aqui, porque estas são lágrimas de felicidade. Então Aninha pegou uma das lágrimas e olhou dentro dela e viu uma jovem recebendo uma carta que lhe trazia notícias do seu bem amado. Aninha viu outras lágrimas que pareciam pérolas. Não brilhavam como as outras, mas tinha uma beleza especial. Nisso Aninha viu outras lágrimas feias e negras.
    Como são feias?
    As lágrimas inúteis sempre são feias. São derramadas por crianças manhosas, teimosas e briguentas.
    Olhe, aqui estão as suas. Aninha estava vermelha de ver vergonha.
    Então Aninha disse a fada. Prometo – lhe que vou tentar não me esqueceu do que você me falou, pedindo desculpas aos duendes, pois chorar à toa não é bom.
    E em seguida a menina sentiu que a brisa levantava – a suavemente, como se fosse uma pluma, deixando – a cair na escada do jardim, de onde ela tinha saído.
    Então, Aninha olhou para o céu, suspirou e murmurou. Faria o possível para não chorar mais sem razão.
    E entrou em casa para lanchar. E prometeu nunca mais chorar.


A Fada das Lágrimas Autor: Anônimo



A Fada das Lágrimas
Autor: Anônimo

    Aninha se levantou muito contente.
    E disse a mãe:
    __ Mãezinha, estou tão contente. Olhe, que dia lindo! __ disse Aninha.
    Então sua mãe disse:
    __ Tome banho e desça para tomar café.
    Meia hora mais tarde, sentada na escada que dá para o jardim, Aninha chorava muito. Não achava nada bonito. Tinha esquecido a beleza e o perfume das flores. O dia se tornara feio e cinzento. As lágrimas corriam pela sua face, caindo no seu avental que acabou molhado.
    Aninha chorava tanto, que, de repente, aconteceu algo extraordinário: uma de suas lágrimas caiu sobre os seus joelhos, mas não correu pela perna da menina. Ela foi aumentando, mudando de forma até se converter em uma fada.
    Que perguntou a Aninha:
    ___ Por que você está chorando?
    ___ Ai... Não me lembro! __ Mas quem é você?
    ___ Sou a fada das lágrimas __ respondeu a fada __ meus duendes me contaram que você está desperdiçando suas lágrimas.
    É, chorando sem razão!
    Os meus duendes trabalham recolhendo lágrimas, para levá – las ao castelo das lágrimas, que é onde moro...
    Então a fada a convidou para ir até o castelo, onde os duendes levam as lágrimas, e Aninha quis ir, então a fada bateu sua varinha em Aninha e a menina começou a encolher, assim a fada e Aninha voaram até o castelo.
    Chegando ao castelo, disse a fada, levando Aninha para um salão enfeitado com milhares de pingentes, dos quais pendiam contas brilhantes e coloridas. E Aninha perguntou: __ O que é isso? São lágrimas disse a fada.
    As lágrimas recolhidas pelos duendes. Então a menina quis saber onde estavam as delas. E a fada responde: __ As suas não estão aqui, porque estas são lágrimas de felicidade. Então Aninha pegou uma das lágrimas e olhou dentro dela e viu uma jovem recebendo uma carta que lhe trazia notícias do seu bem amado. Aninha viu outras lágrimas que pareciam pérolas. Não brilhavam como as outras, mas tinha uma beleza especial. Nisso Aninha viu outras lágrimas feias e negras.
    Como são feias?
    As lágrimas inúteis sempre são feias. São derramadas por crianças manhosas, teimosas e briguentas.
    Olhe, aqui estão as suas. Aninha estava vermelha de ver vergonha.
    Então Aninha disse a fada. Prometo – lhe que vou tentar não me esqueceu do que você me falou, pedindo desculpas aos duendes, pois chorar à toa não é bom.
    E em seguida a menina sentiu que a brisa levantava – a suavemente, como se fosse uma pluma, deixando – a cair na escada do jardim, de onde ela tinha saído.
    Então, Aninha olhou para o céu, suspirou e murmurou. Faria o possível para não chorar mais sem razão.
    E entrou em casa para lanchar. E prometeu nunca mais chorar.


O urso da meia lua Clarissa Pinkola Estés


O urso da meia lua
Clarissa Pinkola Estés

    Numa linda floresta de pinheiros, morava uma camponesa com seu marido. Um dia seu marido precisou ir para a guerra, onde lutou por muitos anos. Quando afinal foi liberado, voltou para casa com o pior dos humores. Recusou – se a entrar em casa porque havia acostumado a dormir nas pedras.
     Ao tomar conhecimento das voltas de seu marido a jovem mulher, ficou muito feliz, porque o amava muito. Fez compras, preparou pratos saborosos, tigelas e tigelas de queijo branco de sopa, peixes, algas, arroz salpicado de camarões frios, grandes, alaranjados.
    Com um tímido sorriso levou os alimentos até o bosque e ajoelhando – se ao lado do marido esgotado pela guerra ofereceu – lhe a refeição que havia preparado. Ele se pôs em pé e chutou as travessas de modo que o queijo de soja caiu, os peixes saltaram no ar, as algas e o arroz caíram na terra e os grandes camarões alaranjados rolaram pelo caminho abaixo.
    Desesperada foi procurar a gruta da curandeira que morava fora da aldeia.
    Meu marido foi para a guerra e está com grave problema, preciso que a senhora me ajude, fazendo uma poção mágica para ele voltar a ser gentil e carinhoso comigo.
    Para poder ajuda – lá vou precisar que a senhora suba a montanha, encontre o urso negro e me traga um único pelo branco da meia - lua que ele tem no pescoço.
    Outra mulher havia desistido, mas ela não, pois era forte e amava seu marido.
    Preparou uma cesta de alimentos e subiu a montanha à procura do urso, lutou muito para vencer as dificuldades da subida à montanha, mas não desistiu, pois era uma mulher que amava.
    Ao chegar lá no alto abrigou – se numa caverna rasa e mal conseguiu lugar para seu corpo inteiro.
    Ao amanhecer, saiu da caverna e foi procurar o urso, mas não precisou procurar muito, pois viu suas pegadas na neve.
    Encontrando – o, começou a colocar alimento todos os dias na abertura da caverna onde o urso costumava dormir, e assim, o urso sentia cheiro de comida saia da toca rugindo tão alto que pequenas pedras deslocaram – se de seu lugar, também sentia cheiro de gente, mas comia a comida e voltava para a toca.
    Pacienciosamente a mulher alimentou o urso durante várias noites, até que sentiu coragem para ficar perto da toca. Pôs a comida na tigela e ficou perto da toca junto à abertura. Quando o urso saiu e viu um par de pequenos pés humanos ao lado da comida virou a cabeça de lado e rugiu tão alto que fez os ossos do corpo da mulher zumbirem.
     Ela tremeu, mas não recuou. Apavorada a mulher falou: __ Querido urso, por favor, vim toda essa distância em busca, de cura para o meu marido e alimentei – o todas as noites, será que eu poderia ficar com um pêlo branco da sua meia lua do seu pescoço? O urso parou, pensou e ficou com pena da mulher. É verdade disse o urso da meia lua, você foi boa para mim, pode ficar com um dos meus pêlos, mas arranque – o rápido vá embora e volte para sua gente. O urso ergueu seu enorme focinho para que aparecesse a meia – lua branca do seu pescoço, e a mulher viu até a forte pulsação do seu coração. Pôs uma das mãos no pescoço do urso, e com a outra segurou no pescoço do urso, e com a outra segurou um único pêlo branco e lustroso. Arrancou – o rapidamente, agradeceu o urso, e saiu correndo. Tropeçou, rolou montanha abaixo até chegar na cabana da curandeira, onde sentada, estava cuidando do fogo.
    Olhe! Olhe! Consegui, encontrei, conquistei um pelo branco do urso, gritou a jovem mulher.
    A curandeira observou a mulher, pegou o pêlo de um branco puríssimo e segurou perto da luz. De repente, ela se voltou e lançou o pêlo no fogo, onde estalou, pipocou e se consumiu numa bela chama laranja.
    __ Não, gritou a mulher __ O que a senhora fez.
___ Fique calma. Está tudo bem, tudo certo, disse a curandeira.
___ Você se lembra de cada passo que deu para escalar a montanha? Você se lembra de cada passo que deu para conquistar a confiança do urso da meia – lua. Você se lembra do que viu, do que ouviu e do que sentiu?
___ Lembro – me disse a mulher.
___ Então, minha filha __ disse a velha curandeira, com um sorriso meigo – volte para casa com seus novos conhecimentos e proceda da mesma forma com seu marido. Conquiste tudo aquilo que desejar!

O grande rabanete Tatiana Belinky


O grande rabanete
Tatiana Belinky

    Esta história que eu vou contar aconteceu lá na fazenda onde meu avô morava. Ele era um homem muito bom. Nas horas vagas ele cuidava da horta. Todos os anos, o vovô plantava muitos tipos de verduras. Ele gostava de uma em especial, o rabanete. Vocês gostam de rabanetes? Experimente com sal: É uma delicia!
    Um dia, o vovô saiu para a horta e plantou rabanetes. As sementes brotaram e um dos rabanetes cresceu, cresceu e ficou grandão...
     Ele quis arrancar o rabanete para comer no almoço, junto com toda sua família. Foi para a horta e começou a puxar o rabanete. Puxa – que – puxa e nada do rabanete sair da terra. Como estava difícil, o vovô chamou a vovó, que também gostava de rabanete para ajudar a puxar o rabanete. A vovó segurou no vovô e o vovô segurou no rabanete e... Puxa – que – puxa e nada do rabanete sair da terra.
    Minha vovó chamou então minha prima Lulú que estava passeando na fazenda para ajudar a puxar o rabanete. Lulú segurou na vovó, a vovó segurou no vovô e o vovô segurou no rabanete e... Puxa – que – puxa e nada do rabanete sair da terra.
    A Lulú chamou o Totó, seu cachorrinho, para ajudar a tirar o rabanete da terra. O Totó segurou na Lulú, a Lulú segurou na vovó, a vovó segurou no vovô e o vovô segurou no rabanete e... Puxa – que – puxa e nada do rabanete sair da terra.
    Totó chamou o gato que também era muito seu amigo para ajudar a puxar o rabanete. O gato segurou no Totó, o Totó segurou na Lulú, a Lulú segurou na vovó, que segurou no vovô que segurou no rabanete. E nada do rabanete sair.
    Então, o gato chamou o rato para ajudar a puxar, o rabanete. O rato segurou no gato, o gato segurou no Totó, que segurou na Lulú, que segurou na vovó, que segurou no vovô que segurou no rabanete e... Ploft! Finalmente conseguiram arrancar o rabanete da terra!
    Nesse momento, o rato que foi o último a ajudar falou: Eu sou o mais forte!
    Naquele dia, todos sentaram juntos no almoço e comeram o rabanete, que era tão grande que deu para todos e ainda sobrou um pouco para a minhoca que morava na horta e para todos nós que acabamos de ouvir esta história.

Mensagem: uma tarefa irrealizável por uma só pessoa torna –se possível com a colaboração de várias forças.  

HISTORIAS PARA LER NA SALA DE AULA


História contada pela contadora de histórias Suzi Clener.



A menina que queria ser bruxa

Autora: Giselda Laporte Nicolelis


    Desde pequena, Aline dizia:
    __ Mamãe, quando eu crescer, quero ser bruxa!
    Aline cresceu e a mãe cumpriu a promessa: pôs Aline numa escola de bruxa.
    Aline ficou muito feliz, pois estava numa escola de bruxas e não faltava sequer um dia. Aline era a aluna mais compenetrada da classe.
    Foi tudo bem até as provas finais. Então as bruxas, professoras levaram os alunos para um castelo mal – assombrado, cheio de teias de aranha.
    Aline sorteou o ponto dela e bem:
    __ Não, isso eu não posso fazer.
    __ Cortar todas as árvores do parque com raiz e tudo, para que não cresçam novamente.
    Então a bruxa a mandouela ir falar com outra bruxa.
    E lá ela tirou outra prova.
    __ Não, isso eu não posso fazer, transformar todos os rapazes do lugar em sapos gordos.
    Não, não posso fazer isso, pois eu quero casar e ter uma família!
    Não, não vou fazer. Então a bruxa mandou – a para a chefe das bruxas. E Aline subiu as escadas do castelo mais alto onde ficava a bruxa das bruxas.
    Foi aí que a diretora falou:
    Aline, você não nasceu para ser bruxa e sim fada.
    __ Fada eu? É fada.
    Então Aline foi para uma escola de fada. E lá se tornou a melhor aluna.
    Mas como tinha quer ser.
    Lá também tinha o dia da prova final. E Aline foi para lá.
    Então ela sorteou o primeiro ponto e leu.
    Fazer aparecer uma floresta encantada com gnomos e árvores falantes.
    Aline suspirou e disse: __ que prova difícil.
    Pois Aline não queria fazer feio, principalmente porque achava a coisa mais fofa do mundo.
    Aí, a Fada Madrinha, deu a varinha de condão para Aline e disse: Vá, você consegue.
    Ela só teria uma varinha como essa, se ela passasse na prova.
    Então Aline pegou a varinha e começou a passar pela floresta, e para sua alegria, começou a surgiu gnomos, árvores falantes, então a fada madrinha disse: Parabéns, Aline, você passou com louvor.
    Mas Aline tinha a última prova, que era fazer uma lágrima virar uma borboleta dourada.
    Ela não sabia como fazer, então teve uma idéia, isto é, criou o dia da alegria.
    E esse dia da alegria, foi indo, foi indo, mas não conseguia a borboleta dourada.
    Aí Aline viu uma velha senhora, que mesmo no dia da alegria ela não, sorria, pois, sua alegria era ver seu filho, que há anos não o via. Então como num passe de mágica, Aline trouxe o filho para ver a mãe.
    E a mulher ao ver o filho em sua frente, ficou tão feliz que rolou uma lágrima pelo seu rosto, e essa lágrima era de tanta felicidade que virou uma borboleta dourada, que voou, levando esperança pelo mundo inteiro.
    ... Mas a história não termina aí. Pois a bruxa não se conformando, com isso, começou a procurar Aline. Então vamos procurar Aline?





A estrela de Laura.
Autor: Klaus Baumgart.

    Laura tem um sonho, um sonho de Ter uma estrela. Então toda à noite Laura subia para seu quarto, e ficava na janela olhando para as estrelas. Mas de repente uma estrela caiu na calçada, bem em frente a sua casa. Num instante, Laura veste seu chinelinho e corre para a rua. Laura pega a estrela e leva para seu quarto, na queda, uma das pontas havia quebrado. Então Laura pegou um ban – daid e colou a pontinha da estrela.
    Laura não conseguia nem dormir, pois ficou muito feliz por Ter uma estrela.
    Ao acordar, a primeira coisa que faz é olhar a seu lado. E a estrela não estava mais lá. É, a estrela havia desaparecido. Será que foi tudo um sonho? Laura ficou muito triste, não tomou café, não almoçou, não jantou e nem brincou. Nada, nada mesmo conseguia animá – la. Ao anoitecer, Laura, como todas as noites, sobe para seu quarto, e abre a sua janela, mas para sua felicidade, a estrela estava lá, sobre o seu travesseiro.
    Laura percebe que o brilho da estrelinha está indo embora, é... Laura compreende que a estrelinha precisa voltar para o céu.
    Então tem uma idéia.
    Um pouco triste Laura se despede da estrelinha, amarra os balões, na estrela, abre a janela e a solta.
    E a menina, fica na janela olhando a estrelinha desaparecer no céu. Mas sempre que Laura perde o sono, ela fica admirando o céu, pois sabe que lá, tem uma estrela que brilha para ela, de um jeito muito especial.
    Da mesma forma que sua estrela brilha para você.

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