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quinta-feira, 18 de julho de 2013

Reabilitação: A avaliação neuropsicológica

 
 Daniela Tsubota Roque
daniela.tsubota@gmail.com 

Rosani Ap. Antunes Teixeira
psic_rosani@yahoo.com.br 

A avaliação neuropsicológica é um processo complexo que integra diversas informações a fim de desenvolver uma compreensão sobre as habilidades cognitivas, relações cérebro-comportamento, habilidades sociais e funcionamento da personalidade de um indivíduo.
A entrevista clínica é o primeiro passo e fornece uma visão geral sobre o indivíduo e o seu contexto de vida. São colhidos dados referentes à história pessoal e familiar, informações relacionadas ao desenvolvimento acadêmico e profissional, além de informações sobre o desenvolvimento psicomotor, desenvolvimento da fala, problemas com a puberdade, problemas associados ao envelhecimento e o histórico médico.

A partir dessas informações, o neuropsicólogo monta uma bateria de testes específica para cada pessoa. Em conjunto, os dados da entrevista e os resultados dos testes neuropsicológicos fornecem subsídios para a compreensão da dinâmica cognitiva do indivíduo, revelando as potencialidades e os potenciais a serem desenvolvidos, permitindo ao neuropsicólogo traçar um programa de reabilitação cognitiva / neuropsicológica.

Avaliação neuropsicológica é indicada quando se suspeita de:
  • Condição neurológica (autismo, hidrocefalia, meningite, tumores cerebrais, paralisia cerebral, TDAH, Síndrome de Down etc);
  • Sequela cognitiva decorrente de traumas, acidente vascular cerebral, infecção etc;
  • Dificuldades de aprendizagem e escolares;
  • Dificuldades de memória e atenção;
A avaliação neuropsicológica permite um diagnóstico detalhado das funções cognitvas e é o ponto de partida para o planejamento de intervenções psicológicas, neurológicas e acadêmicas.

A Reabilitação Congitiva / Neuropsicológica é um processo terapêutico que visa estimular, recuperar ou melhorar as funções cognitivas de crianças, adolescentes, adultos e idosos que apresentam déficits cognitivos. Na reabilitação, as sessões são estruturadas atráves de um plano de tratamento com atividades personalizadas, as funções com prejuízo serão estimuladas, compensadas ou adequadas.

A partir dos dados da avaliação neuropsicológica, será desenvolvido umPrograma de Reabilitação que consiste em uma série de prática de intervenções terapêuticas e envolvem:
  • Treinamento de tarefas;
  • Treinamento direto com técnicas e exercícios específicos;
  • Orientação familiar e escolar (caso necessário);
  • Manipulação ambiental e/ou escolar;
  • Psicoterapia.
O objetivo principal da reabilitação não é somente melhorar e compensar habilidades cognitivas visando um ganho funcional, mas também minimizar o impacto pessoal, emocional e social da lesão cerebral / alteração cognitiva garantindo assim melhor qualidade de vida para o paciente e seus familiares.
Reabilitação Cognitiva / Neuropsicológica

A Reabilitação Congitiva / Neuropsicológica é um processo terapêutico que visa estimular, recuperar ou melhorar as funções cognitivas de crianças, adolescentes, adultos e idosos que apresentam déficits cognitivos. Na reabilitação, as sessões são estruturadas atráves de um plano de tratamento com atividades personalizadas, as funções com prejuízo serão estimuladas, compensadas ou adequadas.

A partir dos dados da avaliação neuropsicológica, será desenvolvido umPrograma de Reabilitação que consiste em uma série de prática de intervenções terapêuticas e envolvem:
  • Treinamento de tarefas;
  • Treinamento direto com técnicas e exercícios específicos;
  • Orientação familiar e escolar (caso necessário);
  • Manipulação ambiental e/ou escolar;
  • Psicoterapia.
O objetivo principal da reabilitação não é somente melhorar e compensar habilidades cognitivas visando um ganho funcional, mas também minimizar o impacto pessoal, emocional e social da lesão cerebral / alteração cognitiva garantindo assim melhor qualidade de vida para o paciente e seus familiares.

O trabalho de Reabilitação Cognitiva / Neuropsicológica deve ser conduzido  por um psicólogo especializado em neuropsicologia, que irá compreender o paciente como um indivíduo, em seus aspectos cognitivos, emocional e social.

Com isso, a Reabilitação também tem como objetivo a compreensão da nova realidade funcional do indivíduo por ele mesmo, pela família e pela sociedade; auxiliando-o a lidar com as mudanças em seu cérebro e comportamento em diversos contextos sociais. Além de estabelecer compromissos de mudanças e trabalho realistas, promovendo um ambiente de esperança, com metas que possam ser alcançadas.
Reabilitação da Atenção 

Existem diversos modelos para explicar a atenção, mas aqui descreveremos apenas o modelo clínico, que é mais utilizado para a reabilitação.

Temos basicamente cinco componentes da atenção:
  • Atenção focada – resposta a um estímulo (ex: girar a cabeça  quando ouvimos nosso nome);
  • Atenção mantida ou sustentada –  habilidade de manter a atenção continuamente durante toda a duração de uma atividade (ficar focado até o termino da tarefa);
  •  Atenção seletiva – habilidade de manter a atenção fixa, ignorando outros estímulos (ex: ficar atento a uma conversa mesmo que a TV esteja ligada);
  •  Atenção alternada – habilidade de mudar o foco da atenção e fazer duas coisas praticamente ao mesmo tempo (ex: prestar atenção ao professor e tomar nota dos pontos principais);
  • Atenção dividida – habilidade de responder simultaneamente a duas tarefas (ex: falar ao telefone e digitar no computador ao mesmo tempo).
Obviamente, a reabilitação vai passar pela avaliação neuropsicológica da atenção, que irá identificar qual componente da atenção está alterado e qual o nível. A partir desses resultados, vamos eleger a melhor técnica para reabilitar o componente atencional, que podem ser: treinamento da sustentação da atenção, treino com estímulos distratores, etc. Contudo a escolha da técnica depende do componente atencional que se quer reabilitar.

Alguns exemplos de técnicas:
  • Prejuízo na atenção mantida ou sustentada – podemos utilizar a técnica do treinamento da atenção: exercícios onde o paciente ouça determinados parágrafos e depois diga o que entendeu.
  • Prejuízo na atenção seletiva – podemos utilizar a técnica de dispositivos externos: exercícios onde o paciente faça uma redação e tenha que ignorar um ruído externo ou a TV.
  • Prejuízo na atenção alternada – podemos utilizar a técnica do treinamento da atenção: exercícios onde o paciente começe a escrever os números na ordem crescente e depois na ordem decrescente.
  • Prejuízo na atenção dividida – podemos utilizar a técnica de treinamento da atenção: com exercícios onde o paciente começe a fazer uma leitura e ao mesmo tempo procure palavras relacionadas com “café da manhã”.
O trabalho de reabilitação também incluí a utilização de estratégias e suportes ambientais, ou ainda, dispositivos externo (bips, pagers ou celular). Essas estratégias envolvem manipulação do ambiente do indivíduo de modo a facilitar ou promover as metas estabelecidas. Uma estratégia fundamental, por exemplo, para ajudar as crianças a prestar atenção na lição é modificar seu ambiente de estudos para diminuir as distrações, tirar brinquedos da mesa de estudo e diminuir o número objetos restringindo-os aos necessários à lição. Essa estratégia também é muito útil com os adultos.
Apostila com exemplos de exercícios para estimular a atenção.

Link para apostila: Clique Aqui 

Fonte: http://neuroniosnodiva.blogspot.com.br/

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