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sábado, 3 de agosto de 2013

OS DEZ MANDAMENTOS DO DEVER DE CASA

1. Jamais faça a lição por seu filho ou permita que outros o façam (avós, empregada, irmão mais velho, amigo). Tenha clareza de que a lição é de seu filho e não sua, portanto, ele tem um compromisso e não você. Deixe-o fazendo a sua tarefa e vá fazer algo seu. Ele precisa sentir que o momento da tarefa é dele.

2. Organize um espaço e um horário apropriados para ele fazer as tarefas.

3. Troque ideias ou formule perguntas para ajudar no raciocínio, mas só se for requisitado. Não dê respostas, faça perguntas, provoque o raciocínio.

4. Oriente, a correção fica a cargo do professor. Importante: não vale apagar o erro de seu filho. Quem deve fazer isso é o professor. Aponte os erros (torne o erro construtivo).

5. Diga "tente novamente" diante da queixa. Refaça. Recomece. Caso seu filho perceba que errou, incentive-o a buscar o acerto ou uma nova resposta. Demonstre com exemplos que você costuma fazer isso. Nesse caso, valem os itens anteriores para reforçar este.

6. Torne o erro construtivo. Errar faz parte do processo de aprender (e de viver!). Converse, enfatizando a importância de reconhecermos os nossos erros e aprendermos com eles. Conte histórias que estão relacionadas a equívocos.

7. Lembre-se de que fazem parte das tarefas escolares duas etapas: as lições e o estudo para rever os conteúdos. As responsabilidades escolares não findam quando o aluno termina as lições de casa. Aprofundar e rever os conteúdos é fundamental.

8. Não misture as coisas. Lição e estudar são tarefas relacionadas à escola. Lavar a louça, arrumar o quarto e guardar os brinquedos são tarefas domésticas. Os dois são trabalhos, no entanto, de naturezas diferentes. Não vincule um trabalho ao outro, e só avalie as obrigações domésticas.

9. Não julgue a natureza, a dificuldade ou a relevância da tarefa de casa. A lição de casa faz parte de um processo que começou em sala de aula e deve terminar lá. Se você não entendeu ou não concordou, procure a escola e informe-se. Seu julgamento pode desmotivar seu filho e até mesmo despotencializar a professora e, consequentemente, a tarefa de casa e seus objetivos.

10. Demonstre que você confia em seu filho, respeita suas iniciativas e seus limites e conhece suas possibilidades. Crie um clima de camaradagem e consciência na família, mas não deixe de dar limites e ser rigoroso com os relapsos e irresponsabilidades.

25 MANEIRAS DE CONQUISTAR SEU ALUNO

De acordo com uma pesquisa, apenas um a cada quatro alunos do 6o. ano ao ensino médio dizem que as suas escolas oferecem um ambiente acolhedor. Esta constatação é surpreendente !!!
Como podemos inspirar os alunos a mostrar empatia uns pelos outros, se nós falhamos em mostrar isso em nós.

Na verdade, nós nos importamos muito, porém nosso foco está centrado apenas no desenvolvimento acadêmico e acabamos por ignorar os pequenos gestos que demonstram carinho.

Interessante dizer que, o menor caminho para o sucesso acadêmico de muitos alunos é através dos seus corações. Eles não se importam com quanto nós sabemos, o que eles querem saber é o quanto nós nos importamos.

Aqui vão 25 dicas que, se praticadas diariamente, garantirão o seu nome no Hall da Fama junto aos Alunos, Pais e Direção da Escola.

♥ Aprenda o nome dos seus alunos
♥ Lembre a data de aniversário deles
♥ Pergunte como eles estão e/ou como se sentem
♥ Olhe nos olhos quando conversar com eles
♥ Ria junto com eles
♥ Diga-lhes o quanto você gosta de estar com eles
♥ Encoraje-os a pensar grande
♥ Incentive-os a persistirem e celebre os resultados
♥ Compartilhe do entusiasmo deles
♥ Quando estiverem doentes envie uma carta ou um bilhete
♥ Ajude-os a tornarem-se experts em algo
♥ Elogie mais e critique menos
♥ Converse a respeito dos sonhos ou do que os afligem
♥ Respeite-os sempre
♥ Esteja sempre disponível para ouví-los
♥ Apareça nos eventos que eles realizarem
♥ Encontre interesses em comum
♥ Desculpe-se quando fizer algo errado
♥ Ouça a música favorita deles com eles
♥ Acene e sorria quando estiver longe
♥ Agradeça-os
♥ Deixe claro o que você gosta neles
♥ Recorte figuras, artigos de revistas que possam interessá-los
♥ Pegue-os fazendo algo certo e cumprimente-os por isso
♥ Dê-lhes sua atenção individual
PROFESSOR, esses 25 comportamentos traduzem a essência do que é criar um relacionamento baseado no amor e não na nota bimestral. Coloque em prática essas dicas e veja a mudança no comportamento dos seus alunos

19 de maio de 2011

Sugestões de Filmes

Alguns títulos de filmes que abordam o tema das deficiências...
Boa sessão para você!!!




FILHOS DO SILÊNCIO - aborda a deficiência auditiva.
PERFUME DE MULHER - aborda a deficiência visual.
DE LUTO À LUTA - documentário que aborda a Síndrome de Down.
MR. HOLLAND- MEU ADORÁVEL PROFESSOR - aborda a deficiência auditiva.
UMA LIÇÃO DE AMOR - aborda a deficiência mental.
A COR DO PARAÍSO - aborda a deficiência visual.
MAR ADENTRO - aborda a deficiência física.


De olho no lanche da criançada!!!



Na hora de escolher os alimentos que irão compor a lancheira das crianças para irem à escola, é preciso usar a criatividade para que o lanche seja gostoso, atrativo e de preferência variado; para assim, fornecer a energia e os nutrientes que tanto precisam nessa fase de crescimento e desenvolvimento físico e mental. Uma alimentação adequada é essencial para suprir essas necessidades, garantir um bom desempenho escolar e cuidar da saúde.
Montar uma lancheira saudável, embora pareça simples, não é tarefa fácil! Ainda mais que o grande atrativo das crianças e adolescentes na hora do recreio, além das brincadeiras com os amigos; é a cantina da escola.
Nas cantinas; a maioria das opções leva nota baixa quando o assunto é saúde: alimentos industrializados prontos para consumo, ricos em conservantes, açúcar, gordura, sal; além dos salgados, enrolados e empanados, balas, sorvetes, hambúrgueres e refrigerantes!
Com o crescimento da obesidade e diabetes na infância, como conseqüência do abuso de alimentos com alto teor de açúcar e gordura; é preciso ficar de olho no que as crianças e adolescentes comem quando estão na escola. O fundamental, é que a educação do que comer venha de casa, para que isso aconteça siga as dicas de trocas inteligentes.

Como montar uma lancheira saudável:A lancheira ou lanche do seu filho deve ter pelo menos um alimento fonte de cada grupo alimentar, levando em consideração as opções mais saudáveis:

- um alimento energético como pão integral (ou preto, sueco, sírio, francês, bisnaguinha), biscoitos integrais salgados ou doces (sem recheios e coberturas), barra de cereais, bolos simples feitos em casa e cereais matinais à base de milho (aveia ou arroz) e geléia de frutas.
São os alimentos fonte de carboidrato, que fornecem glicose, a principal fonte de energia para o bom desempenho físico e o trabalho cerebral.

- um alimento construtor como iogurte desnatado, achocolatado, queijo branco ou pasteurizado, peito de peru, chester, leite semi desnatado, leite fermentado, iogurte com frutas, achocolatado, requeijão, petit-suisse, ovo cozido e atum conservado em água.
Os alimentos construtores são ricos em proteínas, cálcio e ferro, nutrientes essenciais para o crescimento e desenvolvimento adequados.

- um alimento regulador como frutas frescas ou secas, sucos naturais, de polpa ou de soja, água de coco, vegetais (pepino, cenoura, tomate), purê ou papa de frutas. Eles que fornecem fibras, vitaminas e minerais que regulam todo o funcionamento do organismo e previnem doenças.
O lanche completo e saudável, portanto deve ter: um produto lácteo, um produto de panificação e uma opção de fruta (ou suco).

Lembre-se que tornar os alimentos atrativos, dosar as guloseimas e variar o cardápio pode ajudar a despertar a expectativa de novos sabores na lancheira dos pequenos e o lanche dos já crescidos.

artigo copiado do site: http://bbel.uol.com.br/artigo/nutricao/lancheira_saudavel.aspx

Criatividade é o que se usa para construir pessoas.


Estudos independentes, feitos em diversos países, chegaram a uma importante conclusão: a participação dos pais na vida dos filhos traz inúmeras consequências positivas, como melhora do rendimento escolar e a formação de pessoas mais seguras, equilibradas
e conscientes.


Os educadores concordam que essa participação é benéfica para todos, mas que ela é difícil mesmo em escolas que apoiam essa integração.


Os pais, por sua vez, são unânimes em reconhecer a importância dessa participação, e gostariam, sim de participar mais.


Mas não basta querer - é importante agir e fazer isso acontecer.


Essa bandeira já está de pé, e agora é sua vez de agir.


Seja um embaixador da causa, ajude a divulgá-la, participe das oficinas e faça ouvir a sua voz.

http://www.pritt.com.br/professoravivianferreira.blogspot.com 


ESTILOS DE APRENDIZAGEM






ESTILOS DE APRENDIZAGEM



" Uma maneira distintiva e característica pela qula um aprendiz aproxima-se de um projeto ou episódio de aprendizagem, independentemente, de incluir uma decisão implícita ou explícita por meio do aprendiz."


"É simplesmente o estilo cognitivo que um indivíduo manifesta quando se confronta com uma tarefa de aprendizagem."



Os três estilos de aprendizagem mais comuns são:

Estilo Visual

Estilo Auditivo

Estilo Físico ou Cinestésico


ESTILO VISUAL

Refere-se às pessoas que aprendem preterívelmente por meio da observação. Podem ter dificuldade para recordar instruções e mensagens verbais. Para elas é muito importante ver a expressão facial e a linguagem corporal da pessoa que fala. Para estudar preferem ler ou fazer resumos. Sua ortografia costuma ser boa prque visualiza a palavra antes de escrevê-la. Tem facilidade para recordar rostos, porém dificuldade para recordar nomes.



ESTILO AUDITIVO

Refere-se às pessoas que aprendem melhor quando recebem a informação oralmente e quando podem falar e explicar esta informação para outra pessoa. Têm facilidade com as palavras e expressam suas emoções verbalmente. Gostam de falar sobre o que estão fazendo e costumam fazer muitas perguntas. Cometem faltas de ortografia porque tendem a escrever as palavras como as ouvem.



ESTILO CINESTÉSICO

Refere-se às pessoas que aprendem por meio de atividades físicas. Elas aprendem quando fazem coisas, por meio de movimento e manipulação física. Precisam estar em movimento constantemente e procuram qualquer pretexto para se levantarem. Gostam de tocar e por meio disso descobrir como as coisas funcionam. As explicações exclusivamente visuais ou auditivas e que não o envolvem fazem com que percam o interesse.


CEE desobriga as escolas do cumprimento de 200 dias letivos.

O Conselho Estadual de Educação (CEE) publicou no Diário Oficial de 08 de agosto a Indicação CEE 91/2009 que desobriga as escolas do cumprimento dos 200 dias letivos. A medida aplica-se a todos os estabelecimentos de educação básica e também às instituições de ensino superior pertencentes ao sistema estadual de ensino. A decisão reforça o que a FEPESP e os SINPROs defenderam desde o início: o importante é a reorganização das atividades e não a mera reposição dos dias letivos “para satisfazer formalmente um número mínimo de dias”.
Cabe à escola – corpo docente e equipe técnica – definir a melhor forma de reorganizar o conteúdo e as atividades acadêmicas, adequando-se às necessidades específicas de cada escola, série e disciplina. “Assim, reiteramos tratar-se de situação emergencial, portanto, os calendários refeitos poderão prever o re escalonamento das atividades ainda que a distribuição das atividades ocorra em número de dias menor que o anteriormente definido. Para as escolas da rede privada, os calendários refeitos deverão ser remetidos até o dia 31 de agosto à Diretoria de Ensino, para serem aditados, “ ex-oficio” aos Planos Escolares.”
Se ainda assim as escolas insistirem na reposição de aulas fora do horário habitual de trabalho dos professores, elas deverão ser remuneradas como hora extra.



Eis a seguir as observações de um Educador e Pesquisador, Professor Vicente Martins, sobre a Dislexia.
São importantes aspectos coletados com a prática didática e que vão ajudar você a aprender e entender mais sobre esse distúrbio tão comum atualmente.

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Nos últimos sete anos, venho desenvolvendo estudos sobre a contribuição da lingüística para o diagnóstico da dislexia. A dislexia é uma síndrome pouco conhecida e pouco diagnosticada por pais e educadores, especialmente os pedagogos e médicos, que se voltam ao desenvolvimento cognitivo das crianças na educação básica (educação infantil, ensino fundamental e ensino médio)

A dislexia é uma perturbação ou transtorno ao nível de leitura. A criança disléxica é um mau leitor: é capaz de ler, mas não é capaz de entender eficientemente o que lê.

O que nos chama atenção, à primeira vista, é que uma criançadisléxica é inteligente, habilidosa em tarefas manuais, mas persiste um quadro de dificuldade de leitura da educação infantil à educação superior.

Minha estimativa, por baixo, é a de que, no Brasil, pelo menos, 15 milhões crianças e jovens sofram com distúrbios de letras. Creio que a dislexia é a maior causa do baixo rendimento escolar.

A linguagem é fundamental para o sucesso escolar. Ela está presente em todas as disciplinas e todos os professores são potencialmente professores de linguagem, porque utilizam a língua materna como instrumento de transmissão de informações.

Muitas vezes uma dificuldade no ensino da matemática está relacionada à compreensão do enunciado do que ao processo operatório da solução do problema.

Os disléxicos, em geral, sofrem com a discalculia (dificuldade de calcular) porque encontram dificuldade de compreender os enunciados das questões.

É necessário que diagnóstico da dislexia seja precoce, isto é, os pais e educadores se preocupem em encontrar indícios de dislexia em crianças aparentemente normais, já nos primeiros anos de educação infantil, envolvendo as crianças de 4 a 5 anos de idade.

Quando não se diagnostica a dislexia, ainda na educação infantil, os distúrbios de letras podem levar crianças de 8 a 9, no ensino fundamental, a apresentar perturbações de ordem emocional,efetiva e lingüística.

Uma criança disléxica encontra dificuldade de lê e as frustrações acumuladas podem conduzir a comportamentos anti-sociais, à agressividade e a uma situação de marginalização progressiva.

Os pais, professores e educadores devem estar atentar a dois importantes indicadores para o diagnóstico precoce da dislexia: a história pessoal do aluno e as suas manifestações lingüísticas nas aulas de leitura eescrita.
Quando os professores se depararem com crianças inteligentes, saudáveis, mas com dificuldade de ler e entender o que lê, devem investigar imediatamente se há existência de casos de dislexia na família. A história pessoal de um disléxico, geralmente, traz traços comuns como o atraso na aquisição da linguagem, atrasos na locomoção e problemas de dominância lateral.

Os dados históricos de dificuldades na família e na escola poderão ser de grande utilidade para profissionais como psicólogos,psicopedagogos e neuropsicólogos que atuam no processo de reeducação lingüística das crianças disléxicas.

No plano da linguagem, os disléxicos fazem confusão entre letras, sílabas ou palavras com diferenças sutis de grafia como "a-o", "e-d", "h-n" e "e-d", por exemplo.

As crianças disléxicas apresentam uma caligrafia muito defeituosa, verificando-se irregularidade do desenho das letras, denotando, assim, perda de concentração e de fluidez de raciocínio.

As crianças disléxicas apresentam confusão com letras com grafia similar, mas com diferente orientação no espaço como " b-d". "d-p", "b-q", "d-b", "d-p", "d-q", "n-u" e "a-e". A dificuldade pode ser ainda para letras que possuem um ponto de articulação comum e cujos sons são acusticamente próximos: "d-t" e "c-q", por exemplo.

Na lista de dificuldades dos disléxicos, para o diagnóstico precoce dos distúrbios de letras, educadores, professores e pais devem ter atenção para as inversões de sílabas ou palavras como "sol-los", "som-mos" bem como a adição ou omissão de sons como "casa-casaco", repetição de sílabas, salto de linhas e soletração defeituosa de palavras.

Por fim, com os novos recursos da sociedade informática, pais e educadores devem redobrar os cuidados. O mau uso do computador, por exemplo, pode levar a criança a ter algum distúrbio de letras. Até agora, não há estudos científicos sobre o assunto, mas, pelo relato de pais e professores, dirigidos ao meu site (http://sites.uol.com.br/vicente.martins) , na Internet, revelam que posições pouco ergonômicas perante a um computador, pode comprometer o sistema perceptivo da criança, levando à dificuldade de leitura e escrita.

Acredito também que o transporte inadequado de mochilas pode também comprometer o sistema perceptivo da crianças, de modo a embaraçar sua visão na hora de ler ou escrever

Este artigo resulta dos trabalhos de investigação do professor Vicente Martins sobre as Dificuldades de Aprendizagem relacionadas à Linguagem.
Para referência webliográfica:

MARTINS, Vicente. (2001). " Como descobrir um disléxico". Disponível em Internet: http:// www.x.y.z Capturado em xx/yy/zz.

A informação aqui apresentada não substitui a consulta de um médico ou profissional especializado. Para obter informações mais precisas e indicadas para o seu caso específico, consulte o seu médico de família ou um especialista na área de Distúrbios de Linguagem.

Dicas para os profesores



  1. Aprimorar o educando como pessoa humana. A nossa grande tarefa como professor ou educador não é a de instruir, mas a de educar nosso aluno como pessoa humana, como pessoa que vai trabalhar no mundo tecnológico, mas povoado de corações, de dores, incertezas e inquietações humanas.

    A escola não pode se limitar a educar pelo conhecimento destituído da compreensão do homem real, de carne e osso, de corpo e alma.

    De nada adianta o conhecimento bem ministrado em sala de aula, se fora da escola, o aluno se torna um homem brutalizado, desumano e patrocinador da barbárie.

    Educamos pela vida como perspectiva de favorecer a felicidade e a paz entre os homens.

    Preparar o educando para o exercício da cidadania. Se de um lado, primordialmente, devemos ter como grande finalidade do nosso magistério o ministério de fazer o bem às pessoas, fazer o bem é preparar nosso para o exercício exemplar e pleno da cidadania.

    O cidadão não começa quando os pais registram seus filhos no cartório nem quando os filhos, aos dezoito anos, tiram suas carteira de identidade civil, a cidadania começa na escola, desde os primeiros anos da educação infantil e se estende à educação superior, nas universidades; começa com o fim do medo de perguntar, de inquirir o professor, de cogitar outras possibilidades do fazer, enfim, quando o aluno aprende a fazer fazer, a construir espaço de sua utopia e criar um clima de paz e bem-estar social, política eeconômico no meio social.

    Construir uma escola democrática. A gestão democrática é a palavra de ordem na administração das escolas. Os educadores que atuarão no novo milênio devem ter na gestão democrática um princípio em que não arredam pé, não abrem mão.

    Quanto mais a escola for democrática, mais transparente. Quanto mais a escola é democrática, menos erra, tem mais acerto e possibilidade de atender com eqüidade as demandas sociais. Quanto mais exercitamos a gestão democrática nas escolas, mais no preparamos para a gestão da sociedade política e civil organizada.

    Aqui, pois, reside uma possibilidade concreta: chegar à universidade e concluir um curso de educação superior e estar preparado para tarefas de gestão na governo do Estado, nas prefeituras municipais e nos órgãosgovernamentais.

    Quem exercita a democracia em pequenas unidades escolares, constrói um espaço próprio e competente para assumir responsabilidades maiores na estrutura do Estado. Portanto, quem chega à universidade não deve nunca descartar a possibilidade de inserção no meio político e poder exercitar a melhor política do mundo, a democracia.

    Qualificar o educando para progredir no mundo do trabalho. Por mais que a escola qualifique seus recursos humanos, por mais que adquira o melhor do mundo tecnológico, por mais que atualize suas ações pedagógicas, era sempre estará marcando passo frente às novas transformações cibernéticas, mas a escola, através de seus professores, poderá qualificar o educando para aprender a progredir no mundo do trabalho, o que eqüivale a dizer a oferecer instrumentos para dar respostas, não acabadas ( porque a vida é processo inacabado) às novas demandas sociais, sem medo de perdas, sem medo de mudar, sem medo de se qualificar, sem medo do novo, principalmente o novo que vem nas novas ocupações e empregabilidade.

    Fortalecer a solidariedade humana. É papel da escola favorecer a solidariedade, mas não a solidariedade de ocasião, que nasce de uma catástrofe, mas do laço recíproco e cotidiano e de amor entre as pessoas. A solidariedade que cabe à escola ensinar é a solidariedade que não nasce apenas das perdas materiais, mas que chega como adesão às causas maiores da vida, principalmente às referentes à existência humana.

    Enfim, é na solidariedade que a escola pode desenvolver, no aluno-cidadão, o sentido de sua adesão às causas do ser e apego à vida de todos os seres vivos, aos interesses dacoletividade e às responsabilidades de uma sociedade a todo instante transformada e desafiada pela modernidade.

    Fortalecer a tolerância recíproca. Um dos mais importantes princípios de quem ensina e trabalha com crianças, jovens e adultos é o da tolerância, sem o qual todo magistério perde o sentido de ministério, de adesão aos processos de formação do educando.

    A tolerância começa na aceitação, sem reserva, das diferenças humanas, expressas na cor, no cheiro, no falar e no jeito de ser de cada educando.

    Só a tolerância é capaz de fazer o educador admitir modos de pensar, de agir e de sentir que diferente dos de um indivíduo ou de grupos determinados, políticos ou religiosos.

    Zelar pela aprendizagem dos alunos. Muitos de nós professores, principalmente os do magistério da educação escolar, acreditam que o importante, em sala de aula, é o instruir bem, o que pode ser traduzido, ter domínio de conhecimento da matéria que ministra aula.

    No entanto, o domínio de conhecimento não deve estar dissociado da capacidade de ensinar, de fazer aprender. De que adiante e conhecimento e não saber, de forma autônomae crítica, aplicar as informações?

    O conhecimento não se faz apenas com metalinguagem, com conceitos a, b ou c, e sim, com didática, com pedagogia do desenvolvimento do ser humano, sua mediação fundamental.

    O zelo pela aprendizagem passa pela recuperação daqueles que têm dificuldade de assimilar informações, sejam por limitações pessoais ou sociais. Daí, a necessidade de uma educação dialógica, marcada pela troca de idéias e opiniões, de uma conversa colaborativa em que não se cogita o insucesso do aluno.

    Se o aluno fracassa, a escola também fracassou. A escola deve riscar do dicionário a palavra FRACASSO. Quando o aluno sofre com o insucesso, também fracassa o professor. A ordem, pois, é fazer sempre progredir, dedicar-se mais do que as horas oficialmente destinadas ao trabalho e reconhecer que nosso magistério é missão, às vezes árdua, mas prazerosa, às vezes sem recompensa financeira condigna que merecemos, mas que pouco a pouco vamos construindo a consciência na sociedade, principalmente a política, de que a educação, se não é panacéia, é o caminho mais seguro para reverter as situações mais inquietantes e vexatórias da vida social.

    Colaborar com a articulação da escola com a família. O professor do novo milênio deve ter em mente que oprofissional de ensino não é mais pedestal, dono da verdade, representante de todos os saberes, capaz de dar respostas para tudo. Articular-se com as famílias é a primeira missão dos docentes, inclusive para contornar situações desafiadoras em sala de aula.

    Quanto mais conhecemos a família dos nossos alunos, mais os entendemos e mais os amamos. Uma criança amada é disciplinada. Os pais, são, portanto, coadjuvantes do processo ensino-aprendizagem, sem os quais nossa ensinança fica coxa, não vai adiante, não educa.

    A sala de aula não é sala-de-estar do nosso lar, mas nada impede que os pais possam ajudar nos desafios da pedagogia dos docentes nem inoportuno é que os professores se aproximam dos lares para conhecerem de perto a realidade dos alunos e possam juntos, pais e professores, fazer a aliança de uma pedagogia de conhecimento mútuo,compartilhado e mais solidário.

    Participar ativamente da proposta pedagógica da escola. A proposta pedagógica não deve ser exclusividade dos diretoresda escola. Cabe ao professor participar do processo de elaboração da proposta pedagógica da escola até mesmo para definir de forma clara os grandes objetivos da escola para seus educandos.

    Um professor que não participa, se trumbica, se perde na solidão de suas aulas e não tem como pensar-se como ser participante de um processo maior, holístico e globalizado. O mundo globalizado para o professor começa por sentir-se parte no seu chão das decisões da escola, da sua organização administrativa e pedagógica.

    Respeitar as diferenças. Se de um lado, devemos levantar a bandeira da tolerância, como um dos princípios do ensino, o respeito às diferenças conjuga-se com esse princípio, de modo a favorecer a unidade na diversidade, a semelhança nadessemelhança. Decerto, o respeito às diferenças de linguagem, às variedades lingüísticas e culturais, é a grande tarefa dos educadores do novo milênio.

    O respeito às diferenças não tem sido uma prática no nossocotidiano, mas, depois de cinco séculos de civilização tropical, descobrimos que a igualdade passa pelo respeito às diferenças ideológicas, às concepções plurais de vida, de pedagogia, às formas de agir e de ser feliz dos gêneroshumanos.

    O educador, pois, deve ter a preocupação é reeducar-se de forma contínua uma vez que nossa sociedade ainda traz no seu tecido social as teorias da homogeneidade para as realizações humanas, teoria que, depois de 500 anos, conseguiu apenas reforçar as desigualdades sociais. Nossa missão, é dizer que podemos amar, viver e ser felizes com as diferenças, pois, nelas, encontraremos nossas semelhanças históricas e ancestrais: é, dessa maneira, a nossa forma de dizer ao mundo que as diferenças nunca diminuem, e sim, somam valores e multiplicam os gestos de fraternidade e paz entre os homens.
    Pela manhã, o bom religioso, abre o livro sagrado e refletesobre o bem e o mal.

    Por um feliz amanhã, o bom professor abre a LDB (Lei deDiretrizes e Bases da Educação Nacional) e aprende a conciliar o conhecimento e a humanidade.
    Sobre o Autor: O professor Vicente Martins é graduado e pós-graduado em Letras pela UECE com mestrado em Educação pela UFCAtualmente, Professor do Centro de Letras da UVA (Sobral, CE).

7 de agosto de 2009

Agradecimento aos visitantes


Obrigada pela visita de todos principalmente aos visitantes ativos .
Braga - Pelotas - Lisboa -Venezuela - Natal
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Brasília - Teresina - Cabedelo -Tocantins

6 de agosto de 2009

Agradecimento



Agradeço a todos os visitantes do meu blog , Muito obrigado por visitarem !!!
Espero poder estar ajudando e contribuindo com vocês. Beijos Vivian


Sindicato de escolas particulares recomenda prorrogação das férias em SP - O Globo

O Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Estado de São Paulo vai recomendar às escolas particulares que prorroguem as férias até o dia 17 de agosto por conta do avanço da gripe suína no estado. As escolas, no entanto, terão de repor as aulas até o fim do período para terminar o ano letivo com 200 dias de aula. A medida deve afetar 1,765 milhão de alunos no estado. Na maior parte das escolas as aulas começariam no próximo dia 3
Fonte: - O Globo.

Jornal de Guarulhos publica sobre mortes causadas pela gripe suína na cidade.

Jornal de Guarulhos publica sobre mortes causadas pela gripe suína na cidade.

Estórias: Para que Servem?




Já ouviu dizer que as estórias contadas, ou narrativas orais, não têm o mesmo valor que as escritas? Ao conversarmos sobre os nossos interesses em pesquisa, um colega, professor de literatura, disse-me que dedicava-se ao estudo das “verdadeiras estórias,” as escritas. É interessante observar como apesar de usarmos estórias todos os dias e para um sem-número de objetivos, muitos de nós não nos damos conta de quão relevantes e pervasivas as estórias são às nossas interações diárias. Já observou com que freqüência você conta estórias?

Nós contamos estórias sobre o que fizemos durante o dia, sobre as dificuldades que tivemos para chegar ao trabalho, sobre dificuldades em casa ou no trabalho, sobre o final de semana, sobre as viagens que fizemos. Muitos de nós crescemos ouvindo estórias, seja as que foram contadas por nossos pais, seja as que nos foram lidas. Também, narrativas nos emocionam e nos mantém entretidos. Considere, por exemplo, as narrativas no cinema, na música e as que podemos descobrir em outras formas de manifestações artísticas, tais como a pintura. A lista de como as narrativas fazem parte do nosso dia-a-dia é longa.


A investigação de narrativas também tem interessado a estudiosos e teóricos de várias disciplinas. Por exemplo, o estudo de narrativas é agora parte de alguns programas de medicina nos Estados Unidos, tais como o programa da Universidade de Columbia. Psicólogos e lingüistas têm se interessado em estudar estórias orais, aquelas que nós contamos no nosso dia-a-dia para dar exemplos, para fazer ilustrações ou para divertir outros. De fato, de acordo com estudiosos do gênero, as narrativas são um importante veículo para se entender aspectos relativos à identidade dos seus falantes-narradores e também para dar a conhecer aspectos de sua cultura e até mesmo do seu lugar de origem.

De acordo com vários teóricos, através da narrativa pode-se não só revelar as idéias sobre si mesmos que seus autores possuem, mas também permitir-lhes construir essas noções de identidade. Por exemplo, ao estudar estórias contadas por falantes judeus, Schiffrin (1996) observou que estórias oferecem aos seus destinatários um “auto-retrato sociolingüístico” de seus atores. É através das estórias que contamos, e de como as contamos, que revelamos à nossa audiência idéias da nossa própria identidade, quem somos, ou o que pensamos sobre nós mesmos.

Essa construção acontece tanto através das formas lingüísticas que usamos (tipos de pronomes, variações vocabulares que marcam a nossa formação ou que indicam o lugar de onde viemos), como por meio das idéias que transmitimos sobre nós mesmos à medida que descrevemos os personagens nos episódios relatados e os relacionamentos entre eles. De fato, os autores de uma narrativa podem sobressair-se ora como agentes responsáveis pelas ações que descrevem, ora como vítimas, indivíduos com quem os eventos acontecem e sobre os quais não se tem qualquer controle (imagine aqui alguém tentando impressionar seus amigos contando-lhes como corajosamente reagiu a uma figura de autoridade ao ser pego com a “boca na botija.” Agora, imagine a mesma estória sendo contada do ponto de vista do outro personagem, a figura de autoridade).

Em junho de 2004, eu estive no Recife para conversar com voluntários sobre a existência de racismo no Brasil ou, mais especificamente, nas suas vidas e nas suas experiências pessoais. Entrevistei 19 indivíduos cujas formações variavam. Por exemplo, entrevistei funcionários públicos, professores de escolas secundárias, um veterinário, estudantes universitários, um atleta profissional, um advogado e empregadas domésticas. O objetivo da minha interação com esses indivíduos foi obter informações sobre o que faz alguém chegar à conclusão de que foi discriminado por causa da cor da sua pele.

Ora, poder-se-ia dizer, quando se é discriminado não há quaisquer dúvidas. Porém, uma acusação freqüente à qual os que descrevem terem sido vítimas de discriminação estão sujeitos é que esses mesmos indivíduos são excessivamente sensíveis e que enxergam o racismo à menor sombra de infortúnios. Trata-se mesmo disso? A minha investigação visava, em parte, destacar os elementos lingüísticos presentes nesses relatos que revelassem o raciocínio por trás da discriminação. Eu estava interessada também em como os autores dessas narrativas figuravam, isto é, se sobressaiam-se como vítimas ou como pessoas que reagiam quando discriminados.

As estórias que coletei revelaram (corroborando o que já havia sido apontado por outros pesquisadores), na sua maior parte, que aqueles que se dizem vítimas de discriminação racial não avançam simplesmente a essa conclusão sem antes realizar uma cuidadosa apreciação da situação em questão. Independente do que pensamos sobre a existência e o alcance do racismo no Brasil ou em que grau ele chega a afetar a vida das pessoas, há de se levar em consideração os efeitos de atitudes discriminatórias para aqueles que acreditam terem sido vitimizados pelo racismo.

Mais do que conseguir dados para a minha tese de doutorado, a experiência de conversar com pessoas que descreveram essas circunstâncias e de ouvir suas estórias foi uma grande e pungente lição. Se pretendemos mesmo chegar a entender ao outro e evitar a geração de problemas no nosso lidar com indivíduos de formação e experiência diferentes da nossa, compartilhar suas estórias é um bom começo. As experiências de discriminação que coletei revelaram, entre outras coisas, os cenários e situações mais típicas em que a discriminação ocorre. Além disso, tais estórias oferecem a perspectiva daqueles que experimentaram a discriminação, detalhando como isso afeta a forma como se sentem.

Considere, por exemplo, a estória de um atleta profissional que chegou a ser detido pela polícia porque uma vendedora desconfiou de que ele e seu amigo não possuíssem os recursos necessários para comprar os objetos de uma loja. Ou ainda, o caso de uma estudante universitária que, indagando sobre o preço de um computador exposto em uma loja recebeu como resposta a infeliz explicação de que o computador em questão estava quebrado e que a loja não vendia computadores. (Nesse último caso, parece mesmo tratar-se de um duplo insulto na medida em que houve, de acordo com a autora do relato, não só um atitude preconceituosa e discriminatória por parte do vendedor, mas também uma implícita sugestão de que ela havia interpretado erroneamente a presença de um computador na loja.) Restou perguntar (o que, infelizmente, a nossa narradora não fez): se não estava à venda, para que fim mesmo é que o computador encontrava-se exposto?

Por se tratar de um assunto tão delicado e que põe aqueles que experimentaram a situação em uma posição onde se arrisca aquilo a que lingüistas chamam de “face negativa,” seu desejo de serem respeitados e apreciados, nem todos com quem falei foram diretos ao descrever o preconceito a que foram sujeitos. Por exemplo, em alguns casos os autores dessas estórias não usaram o pronome de primeira pessoa, dando preferência a formas impessoais e coletivas, como “você” ou “a gente,” respectivamente.

Quanto ao conteúdo, tais estórias também revelaram as “velhas formas” nas quais o preconceito se manifesta em nossa sociedade, os “velhos” receios, e as “velhas,”, mas persistentes e infelizes noções de como evitar que futuras gerações venham a ter os mesmo problemas que as gerações anteriores: através do casamento com os de pele mais clara. E, o que poderia parecer surpreendente, a maioria dos indivíduos a quem eu entrevistei não aprovava a medida governamental do regime de quotas universitárias para alunos negros. Muitos disseram achar que os problemas que se precisam combater estão situados bem antes da universidade, por exemplo, na qualidade do ensino público oferecido às populações pobres.

A lista daquilo que se pode aprender, e que eu tive a feliz experiência de poder ter aprendido com as pessoas a quem entrevistei, é extensa e o espaço aqui é limitado para relatá-lo em sua integridade. Porém, sobram uma certeza que vale a pena aqui referir: estórias, narrativas orais mesmo, aquelas que contamos no dia-a-dia, são importantes veículos para registrar, revelar e construir não só a nossa identidade, a idéia que fazemos de nós mesmos, mas também para revelar uma infinidade e riqueza de informações sobre aqueles com quem lidamos. Portanto, da próxima vez que alguém quiser lhe contar uma estória, preste atenção! Você poderá descobrir bem mais do que imagina...

Disciplina Dentro de Casa




"Educação não é a simples transferência do conteúdo de um livro, para o cérebro."



Não desenvolvemos nosso tato, ou audição, ou paladar, o que na verdade ocorre, é a simples adaptação dos mesmos às condições ambientais. O resto é interpretação, é dar nomes ao que estamos fazendo, ao que estamos sentindo. Não se amplia o tato, ou audição, ou paladar, através do conhecimento adquirido, apenas nos especializamos em interpretar aquilo com o qual temos contato.

Seria de grande utilidade que aprendêssemos sobre nós mesmos, antes de nos propormos a ensinar nossos filhos e alunos. Não deveríamos ensinar aquilo que não somos, mas podemos fazê-los repetir aquilo que também já repetimos. Isso não é educar, trata-se apenas de fazê-los, à força de alguma sugestão, adaptarem-se ao que também já nos adaptamos antes deles. Repassamos instruções, assim também como nos repassaram um dia. Instruções não educam, mas ajudam a tornar o indivíduo, um excelente profissional, um exímio imitador de gestos, expressões e palavras alheias.


Poderíamos começar do básico, com nossos medos. O que são os nossos medos e por que, a despeito de toda força da tradição, da cultura milenar, da nossa especialização que atinge o mais elevado nível intelectual, ainda não somos capazes de lidar adequadamente com ele? Por que ele persiste em nos atormentar vida afora apesar de todo poderio intelectual conquistado pelo homem até esse momento? Criam-se especialistas na psique humana, especialistas em angústias, em tristezas, mas a despeito de tanto empenho, por que tais perturbações continuam a fazer parte dos nossos mais importantes problemas?

Não começamos agora, somos o resultado de milênios de cultura e tradição; do poder das autoridades doutrinárias, dos reformadores “bem intencionados”, das centenas de homens de “boa vontade” que já povoaram as muitas civilizações de todos os tempos, e nossos problemas, ao contrário de nós, não são coisa nova. Somos recentes sobre a terra, nossos problemas não o são. Perduram a milhares de homens e tradições; de mudanças e guerras sociais, e a despeito do progresso material alcançado, psicologicamente parece que não progredimos um passo sequer.

Ainda somos tão medrosos quanto nossos mais primitivos ancestrais, e nossos estados emocionais, nunca compreendidos, portanto nunca r esolvidos, continuam a ser n osso principal embaraço existencial. Por que insistem as instituições chamadas de educacionais, em manter os seus modelos que já sabem tratar-se de uma metodologia estúpida, e sem pretensão nenhuma de construir um homem sensato? São capazes de instruir alunos a se tornarem repetidores voluntários, que agindo como se fossem máquinas, vivem no seu dia a dia como autômatos, seguindo ordens, obedecendo à comandos, sem a menor sensibilidade; repletos de todos os medos e angústias que já experimentaram todos os outros homens.

Não poderia ser diferente a angústia desse homem, uma vez que como imitadores perfeitos que são, que simplesmente se adaptam às situações do dia a dia, ou se deixam levar como pesos mortos, sem opor resistência alguma, ao sabor da correnteza, continuam a repetir até a forma dos sofrimentos dos ancestrais.

Se o objetivo da vida de cada homem, “educado” segundo estes critérios for à manutenção do caos humano, da angústia e sofrimento que se arrasta civilização após civilização; da manutenção dos seus medos e violência, das guerras cujo objetivo é tão somente defender a supremacia de opiniões estúpidas e sem valor, então as escolas atuais são perfeitas para ele. Se ao contrário, qualquer uma dessas coisas o incomoda, não o são, uma vez que não cuidam de ajudar a resolver esse problema.

Observando a ordem interna de nossas casas, logo podemos perceber, que o bom senso que buscamos fora dela, deve-se ao fato de não o praticarmos internamente. Na maioria das vezes, os melhores amigos de nossos filhos e filhas, não são seus pais, mas amigos de fora. Isso é quase uma regra geral, que faz parte da tradição e cultura, que é mesmo incentivado pelas escolas e pelos próprios pais, e alguns poucos que se aventuram em contrariar tal prática, logo são considerados estranhos, de fora de moda, ou caretas.

A criança, mais que um adulto, necessita de cuidados especiais, de uma atenção maior por parte dos educadores e pais. Estão elas sendo “formatadas” para se tornarem adultos, e a depender dessa formatação, construirão um mundo de desarmonia ou harmonia. Mas como podemos construir nosso filho ou aluno, à imagem do bom senso, se as influências de todas as partes, a nosso ver, teimam em fazer o contrário? Será que o exemplo não começa dentro de casa? Afinal de contas, esse é o ponto de origem de qualquer criança. É seu ponto de partida e de chegada ao final do dia, ou do período que se mantém afastado dos pais.




Os problemas do mundo já existiam antes de nós existirmos. Não existem novos problemas, apenas novos indivíduos experimentando as mesmas coisas.

Supondo que caminhemos sobre uma linha reta, sobre a qual podemos andar para trás ou para frente; e qualquer que seja o sentido ou a direção que venhamos a tomar, será sempre, para trás ou para frente. É uma linha inflexível, e esta representa o que nesse momento somos como indivíduo; nossa inteira formação psicológica, nosso modo de avaliar coisas e pessoas, nosso arquivo pessoal de informações com as quais julgamos qualquer situação do nosso viver. Essa linha inflexível representa o tempo, o tempo necessário para a assimilação das idéias do mundo, e construção de nossa personalidade. Não são idéias novas, pois nem o mundo é novo, nem suas tradições são novas. Mas como seres recém chegados ao mundo, logo nos tornaremos tão velhos quanto suas idéias e tradições, pois são elas que formatarão nossas personalidades, e sentimentos, e medos, e angústias.

Podemos constatar tudo isso de uma forma muito singular. Perguntemo-nos se há em nós algum sentimento emocional único, nunca experimentado e rotulado antes por mais ninguém; e mais ainda, se há alguma idéia absolutamente nova em nossos pensamentos, uma vez que qualquer idéia se baseia em tudo que existe, e que já assimilamos do próprio mundo. A resposta será não, pois o mesmo conhecimento que formou minha psique é também do mundo, e está disponível para todos. É claro que cada cultura contribui com uma parte, e na parte de nossa cultura, nos encaixamos. E todas as culturas juntas, como fragmentos, formam o conhecimento do mundo, a mente, ou psique possível desse mundo.

Isso inclui o conhecimento material e o emocional; os problemas criados e as soluções sempre parciais que se apresentam. Somos o resultado de tudo isso, e sensato seria questionarmos por que as soluções são sempre parciais, e por que ainda há o problema do medo, dos conflitos, do sofrimento.

Passados tantos séculos de tentativas; de planos para colocar o homem em ordem, de repressão violenta com a mesma intenção; de reformas sociais e religiosas, sem um resultado definitivo, resta-nos questionar se o pensamento do homem, todo o seu conhecimento, é capaz de promover essa tal transformação.

Podemos continuar a esperar pela escola, pelas reformas sociais ou políticas; que o tempo resolva a questão, a despeito de passados milhares de anos e civilizações, ainda não o ter feito, ou podemos, ao contrário, começarmos uma reforma em casa, um ajuste interno que não dependa mais de tais influências ou opiniões, de quem quer que seja. É um passo gigantesco, uma vez que não nos guiaremos mais por ninguém, nenhuma tradição ou propaganda. Será um aprendizado novo, a partir de nós mesmos, da prática com nossa família e amigos, do contato intimo com nossos filhos e cônjuges. Aprenderemos enquanto vivenciamos, enquanto sentimos; enquanto sofremos com nossos problemas, ou enquanto nos empenhamos em resolvê-los, e dessa experiência, certamente que nascerá um novo homem.

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