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sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Peça de Teatro: As Três Borboletas




AS TRÊS BORBOLETAS ( roteiro Chizuco Yogi)CENA I( coloque uma música de sua preferência)
Cenário : jardim florido
“pequenas flores”- meninos e meninas sorrindo debruçados no chão, mãos apoiando o queixo. Pernas dobradas para cima, balançando o tempo todo . Em pé , na parte da frente do jardim, três crianças vestidas de flores, uma vermelha, uma amarela e uma azul , balançam-se como se estivessem dançando .

CENA IIEntram saltitando as três crianças vestidas de borboletas, uma vermelha , uma amarela e uma azul, e andam graciosamente entre as flores , parando às vezes para sentir o perfume de cada flor. Andam por um tempo, sorridentes .
De trás do cenário soa o tambor: Tum, tum, tum, tum, tum, tum, tum, tum!
AS BORBOLETAS:
- Nossa ! Ouviram ? Vem um temporal aí !! ( novamente o tambor soa no cenário ) Tum, tum, tum, tum!
BORBOLETA VERMELHA:
- Corram meninas! , corram lá vem a chuva ! ( as crianças correm )

CENA IIITemporal
Entra correndo
- A CHUVA – três meninas
- O RAIO – um menino
- O TROVÃO – um menino
Todos correm em diferentes direções, como que perseguindo as três borboletas. O trovão bate um tambor, dá um grande salto a cada batida forte: Tum, tum, tum, tum, tum, tum!
As crianças que interpretam a chuva correm balançando os braços ao alto. O raio corre , de repente senta-se para descansar e corre novamente .
Assim o temporal continua.

CENA IV
As borboletas voam apavoradas.
BORBOLETA AMARELA:- Amigas, vamos pedir abrigo para uma flor! ( andam , observando todas as flores)
BORBOLETA VERMELHA:- Olhem aquela flor é bem grande, vamos para lá! - “Oh ! Dona Flor Vermelha , pode nos ajudar ? Estamos fugindo do temporal .”
FLOR VERMELHA:- Pobrezinhas ! Posso ajudar sim, mas só a você , que é vermelha como eu. A amarela e a Azul eu não posso ajudar.
BORBOLETA VERMELHA: - Mas eu não posso aceitar. Deixá-las na chuva, nem pensar! Vamos procurar outro lugar. Obrigada. Vamos meninas!
( as três borboletas andam no meio das crianças , que fazem o temporal. Às vezes o Raio e o Trovão sentam-se para descansar, mas recomeçam de repente.)
BORBOLETA AZUL:
- olha aquela flor amarela , vamos para lá! “- Dona Flor Amarela, precisamos de abrigo , estamos ensopadas!”
FLOR AMARELA:
- Dou, sim mas só a você Borboleta Amarela, que é como eu. A vocês duas eu não posso dar.”
FLOR AMARELA:
- Não, assim não! Deixar as minhas amigas na chuva , nem pensar ! Obrigada , dona Flor Amarela.
( as três borboletas voam com dificuldade e cansadas pelo temporal.)
BORBOLETA AZUL:
- Olha uma flor azul , vamos pedir. _ “Oh ! linda Flor Azul! Estamos molhadas e com frio . Pode nos ajudar?
FLOR AZUL:
- Posso sim. Mas só você, que é azul como o céu! As outras não .
BORBOLETAS AZUL:
- Ah, não !! Só eu? E elas na chuva ? Obrigada dona Flor Azul.
( as três borboletas voam durante um tempo e acabam no chão em frente do jardim, uma após a outra. Começam a chorar. O temporal continua.

CENA V
( música suave)
( entra lentamente uma criança vestida de fada, segurando sua varinha mágica. Anda por tempo fazendo evoluções , aproximando-se da três borboletas e toca-as com a varinha.)
AS TRÊS BORBOLETAS :
- Quem é você ?
FADA:
- Eu sou a fada do Jardim . Sei tudo o que aconteceu aqui. Vocês foram amigas de verdade e têm amor no coração. Isso é bom e merecem serem recompensadas.
( a fada eleva a varinha para o alto e fala com firmeza)
FADA:
- Eu ordeno : Pare Trovão! Pare Trovão!
( o Trovão vai diminuindo o volume do tambor e deita-se de bruço no chão.)
FADA:
- Eu ordeno : Desapareça Raio !
( o Raio para de correr e deita-se de bruço no chão.)
FADA :
- Pare Chuva ! Pare chuva !
( as criança que fazem a Chuva vão –se enfraquecendo , abaixando os braços e, lentamente , caem no chão. As três borboletas, surpresas, exclamam:)
AS TRÊS BORBOLETAS:
- Puxa!! A Chuva parou !
FADA :
- E agora que apareça .....o Sol!
( a fada vai andando e fica entre as pequenas flores.)

CENA VII
( Música)
A criança vestida de Sol entra lentamente , majestosa- cabeça erguida, olhar fixo para a frente , braços esticados de cada lado, acima dos ombros e mãos bem abertas. Anda assim pelo jardim e fica parada ao lado das pequenas flores.

CENA VII( música alegre)
As três borboletas se abraçam e começa a voar felizes pelo jardim.

FINAL.
( todos os personagens enfileram-se na frente da platéia, e agradecem)

FONTE: YOGI, Chizuko. Aprendendo e Brincando com jogos. 2ª edição. Belo Horizonte: ed. FAPI, 2003.
Agradecimentos: A colcaboradora Marga, professora, que se dispôs a me enviar esta maravilhoso texto.

Peça Teatro: Três contos que vou te contar

(a Cinderela que não era bela por que era branca demais- comedia infantojuvenil
de Lou de Olivier)
Esta e uma adaptação para as fabulas de: Cinderela A Bela Adormecida Branca
de Neve. Personagens: 1º conto: Narrador, Guimirela, Clara, Gema, Madrasta,
Fada Madrinha, Príncipe Carlos Roberto; 2º conto: Narrador, Guimirela,
Príncipe Carlos Roberto, Fadas 1, 2 e 3, Bobo, Bela, Zulmira, Ciroba; 3º conto:
Narrador, Bronca, Antonieta, Rodolfo, Felix, Cheiroso, Príncipe;
Peça de ato único, encenada por vários grupos no Brasil. Por ter sido escrita
em 1986, ela foi adaptada para os dias atuais, sem, no entanto perder a
intenção de texto que é satirizar os contos de fadas.


NARRADOR - Era uma vez uma menina chamada Guimirela, que vivia com
sua madrasta e duas irmãs adotivas: Clara e Gema. Guimirela era obrigada a
fazer todos os serviços pesados, enquanto Clara e Gema passavam o tempo
todo vendo televisão. Venham comigo e vocês conhecerão Guimirela e sua
família. (em cena, Guimirela limpa o chão Clara e Gema estão assistindo
televisão).
GEMA - Clara!
CLARA - Que é Gema?
GEMA - Corre, vem ver!
CLARA -O quê?
GEMA - O meu ídolo! (corre para a TV) Tiririca! Oh, Tiririca, meu amor! (
pausa )
CLARA -O que foi Gema?
GEMA - Ai, que homem! Que olhos! Que boca! Ai acho que vou desmaiar!
CLARA - Ah, credo, Gema! Pra que tanta bagunça por causa dessa porcaria?
Se, pelo menos, fosse o Falcão...
MADRASTA - Meninas! Meninas! Ui, meninas!
CLARA -O que é mãe?
GEMA - O que é mãe?
MADRASTA - Meninas, onde vocês estão? (entra em cena) Ai! (tropeça)
Garotas, venham aqui. Tenho uma surpresa pra vocês!
CLARA - Que é mãe?
GEMA - Fala logo, mãe!
MADRASTA - Eu descobri que o rei Roberto Carlos vai dar um grande baile
amanhã, para que o príncipe Carlos Roberto escolha sua noiva e futura esposa!
GEMA - Oh!
CLARA - Ah!
MADRASTA - E adivinha quem vai a esse baile?
GEMA - Quem?
CLARA - Quem?
MADRASTA - Nós!
GEMA - O príncipe convidou a gente, mãe?
MADRASTA - Não.
CLARA - Foi o rei quem convidou a gente, mãe?
MADRASTA - Não.
GEMA - Quem convidou a gente, então?
MADRASTA - Ninguém convidou a gente, mas nós vamos assim mesmo!
GEMA - Credo, mãe, como à senhora é cara-de-pau!
MADRASTA - Cala essa boca, menina! Agora, corram e peguem suas
melhores roupas e comecem a se arrumar para o baile!
CLARA -Nós só temos uma roupa, mãe!
GEMA - É. Só temos essa roupa do corpo...
MADRASTA - Ora, isso é apenas um detalhe insignificante... Tirem essas
roupas e lavem bem lavadas. Até amanhã, já secaram!
CLARA - E o que a gente veste até amanhã, mãe?
MADRASTA - Ora, fiquem de cama e aproveitem para descansar suas belezas.
E você, Guimirela, Cale a boca!
GUIMIRELA - Mas eu não disse nada...
MADRASTA - Que malcriada! Ainda me responde? Pois só por isso você não
vai ao baile, amanhã! GUIMIRELA - Mas...
MADRASTA - Cale esta boca, Guimirela! ( sai de cena )
GUIMIRELA - Sim... Senhora. ( Guimirela começa a chorar ) Que droga de
vida! ( limpa o chão. Música:___ Clara e Gema entram em cena )
CLARA - Ha, ha, ha!
GEMA - Não vai ao baile, não vai ao baile!
CLARA - Não vai ver o príncipe!
GEMA - Bem feito ! ( Guimirela chora )
CLARA -O príncipe só vai ver a mim !
GEMA - Só porque você quer ! Quando o príncipe me enxergar não vai ter
olhos para mais ninguém !
CLARA - Ha, ha, ha ! Você é ridícula, não serve nem de faxineira do príncipe!
GEMA - E você parece uma bruxa, vai servir de espantalho na festa!
CLARA -Sua palhaça, vou te matar ! (atira-se sobre Clara, brigam. Gritos,
confusão por aproximadamente 15", depois saem, ainda brigando)
NARRADOR - E após toda essa confusão, chegou o dia do tão sonhado baile.
Clara, Gema e a madrasta estão saindo para o baile, enquanto Guimirela fica
na saudade... (pausa 5" , sai de cena) (Clara, Gema e a madrasta estão
arrumadas para o baile, Guimirela chora num canto)
GEMA - Ah, mal posso esperar para ver o príncipe !
CLARA - Isso mesmo, sua bocó, você só vai " ver " o príncipe porque é
comigo que ele vai se casar! MADRASTA - Fiquem calmas, meninas ! O
importante é que o príncipe se case com uma de vocês duas para tirar a gente
do miserê.
GUIMIRELA - Mãe ?
MADRASTA - Já te disse para não me chamar de mãe, sua retardada !
GUIMIRELA - Desculpa...
MADRASTA - Anda, fala logo o que você quer.
GUIMIRELA - Eu não posso mesmo ir ? ( Clara e Gema caem na gargalhada )
MADRASTA - Você está brincando ! Com essa roupa toda rasgada e essa cara
de pobreza, você não passa nem no portão. ( Risos ) Vamos, meninas ? ( saem
rindo )
GUIMIRELA - Bruxa velha ! ( pausa ) Que droga ! Eu queria tanto ir ao
baile... ( pausa ) Ah, também, até que elas têm razão... Eu não ia mesmo
conseguir entrar no palácio vestida assim... ( senta-se, suspira desolada )
FADA - ( cantando ) Guimirela ?
GUIMIRELA - Quem me chama ?
FADA - Aqui, olhe... ( ela está no alto, sentada talvez numa janela )
GUIMIRELA - Quem é você ?
FADA - ( tentando descer ) Eu ? Sou sua fada madrinha, ora ! (cai no chão)
Ui, acho que escorreguei.
GUIMIRELA - Fada madrinha ?
FADA - ( ajeitando-se ) Sim, e vou ajudar você. Posso satisfazer três desejos
seus.
GUIMIRELA - ( encantada ) Três desejos ?
FADA - Isso mesmo !
GUIMIRELA - Quer dizer que eu posso pedir três coisas que eu queira ?
FADA - Pode e eu te darei num piscar de olhos.
GUIMIRELA - OBA ! Então, eu quero um sorvete de chocolate, uma vassoura
nova e...
FADA - Ora, ora, Guimirela, como você é bobinha ! Você não quer ir ao baile ?
GUIMIRELA - Quero, mas não tenho roupa para ir...
FADA - Foi para isso que eu vim. Posso te dar belas roupas e uma carruagem
zero quilômetro.
GUIMIRELA - Pode mesmo ?
FADA - Posso, quero dizer, acho que posso. Bem... É que já faz algum tempo
que me aposentei e só vivo de bicos... Como estou parada há algum tempo
pode haver alguma falha na minha mágica, mas eu posso tentar...
GUIMIRELA - Então eu quero um vestido lindo !
FADA - Pois bem. Araçá zum bólólóló sarava oisquindô ! ( pausa ) Pronto, aqui
está.
GUIMIRELA - Mas este vestido é horrível !
FADA - Guimirela, o que vale nas pessoas é a beleza interior, a alma...
GUIMIRELA - É, mas será que o príncipe pensa assim como à senhora ?
FADA - Guimirela. Se o príncipe julgar você só pela aparência, então é porque
ele não merece você... Bem, vejamos o que mais posso fazer por você...
GUIMIRELA - ( para o público ) Pra mim, essa fada é pinel ! ( pausa,
Guimirela veste o vestido )
FADA - Que tal uma peruca ?
GUIMIRELA - Ta bom.
FADA - Araçá zum bolólóló sarava oisquindô ( pausa ) Essa foi melhor, né ?
GUIMIRELA - É, até que não é de se jogar fora. ( coloca a peruca )
FADA - E, agora, o mais importante: a carruagem ! Araçá zum bolólóló sarava
oisquindô... ( pausa ) Oh, acho que errei em alguma coisa... ( aparece um jipe
de brinquedo ) Bem, melhor do que nada... Guimirela, entre no jipe.
GUIMIRELA - Mas ele é tão pequeno, acho que não entro nele.
FADA - Entre no jipe, Guimirela !
GUIMIRELA - Não é melhor eu ir de metrô ?
FADA - Não seja boba, Guimirela, entre, vamos! ( Guimirela entra, com
esforço no jipe)Só mais uma coisa, Guimirela...
GUIMIRELA - Ô, meu Deus, que será que vem agora ?
FADA - Você só poderá ficar no baile até as dez para meia noite, porque, à
meia noite em ponto, o encanto terminará e você vai virar uma abóbora.
GUIMIRELA - O quê???
FADA - Não, errei o texto, não é você que vira abóbora, é o jipe... Ou melhor,
ah, quer saber, a meia noite em ponto você voltará a ser como era antes.
GUIMIRELA - ( para o público ) Ainda bem que a agonia vai acabar logo.
Pensei que ia passar o resto da vida vestida desse jeito. ( anda no jipe ) Ai,
que aperto, ui! ( sai de cena )
NARRADOR - E assim, Guimirela, com o auxílio de sua bondosa e caduca fada
madrinha, pôde ir ao baile do príncipe Carlos Roberto, porém, houve um
imprevisto. Na metade do caminho, o pneu do jipe furou e, até trocá-lo,
Guimirela perdeu quase uma hora, além de se sujar toda de graxa. Quando
chegou ao baile, já passava das onze horas da noite e... ( sai de cena ) ( cena
do baile, o príncipe, as duas irmãs, a madrasta e várias moças, todos
elegantemente vestidos. As garotas tentam conquistar o príncipe )
GEMA - Oh, ninguém é tão prendada quanto eu, príncipe ! ( ele sorri ) Veja
só, eu sei fazer macarronada com alcachofra
CARLOS - Bah !
GEMA - Sorvete de espinafre...
CARLOS - Ugh !
GEMA - Pizza de berinjela...
CARLOS - Dá licença ? ( anda alguns passos )
CLARA - Príncipe ?
CARLOS - Sim ?
CLARA - Permita-me chamá-lo apenas " Carlos Roberto " ?
CARLOS - Sim, claro !
CLARA - Eu percebi que minha irmã falava com você, há pouco...
CARLOS - Irmã ?
CLARA - Sim, a Gema...
CARLOS - ( avoado ) Gema...
CLARA - Eu queria preveni-lo de que ela é... Bem, ela é meio norótica...
CARLOS - É o quê ?
CLARA - Norótica, sabe, equisosfrênica !
CARLOS - ( para o público ) Meu, que mina burra !
CLARA - Agora eu, Carlinhos. Não é que eu queira me gabar, mas sou linda,
inteligente, curta, não sou ciumenta e ainda sei cozinhar perfeitamente...
CARLOS - Me engana, que eu gosto... Dá licença ? ( anda alguns passos )
CLARA - Ei, Carlinhos... ( desdenhosa ) Ah ! ( As outras garotas da festa
rodeiam o príncipe, pausa 5" e Guimirela entra em cena. O príncipe a avista )
TODOS - Ohhhh ! ( O coração do príncipe dispara. Com a mão por dentro da
camisa, o ator deve simular uma palpitação )
CARLOS - Céus, que maravilha, que deusa !
MADRASTA - Quem é essa favelada ?
GEMA - Não sei, mãe.
CLARA - Também não sei, mãe.
CARLOS - ( vai até Guimirela ) Encantado, senhorita ! ( beija sua mão ) Venha
valsar comigo. ( Guimirela sorri, mostrando os dentes falhos, faz reverência,
dançam uma valsa, a coreografia deve incluir o elenco todo, com o príncipe e
Guimirela no centro, Clara e Gema tentando tomar o lugar de Guimirela e o
restante do elenco em segundo plano )
CARLOS - ( termina de dançar ) Quem é você, bela criatura ?
GUIMIRELA - Eu ? Bem, eu...
CARLOS - Ah, é tímida ! Adoro garotas tímidas ! ( pausa ) O que você faz na
vida ?
GUIMIRELA - Eu... É...
CARLOS - Apesar de você não falar muito, noto que você tem uma inteligência
rara ! (pausa) E sua beleza me encanta ( pausa ) Acho que... (novamente o
ator simula uma palpitação) Estou apaixonado por você !
TODOS - Ohhh !
CARLOS - Oh, querida, quer namorar comigo ?
GUIMIRELA - Oh, príncipe, eu...
CARLOS - Beije-me, querida.
GUIMIRELA - Oh, eu...
CARLOS - Só um beijo, por favor.
GUIMIRELA - Tá... Mas só um beijo, hein, vê se não acostuma ! ( quando
Carlos vai beijá-la, o relógio dá a primeira badalada ) Céus, tenho que ir !
CARLOS - Não se vá...
GUIMIRELA - Preciso ir !
CARLOS - Beije-me antes de ir. ( Abraça-a, faz beicinho )
GUIMIRELA - NÃO ! ( Guimirela o esbofeteia e sai correndo )
TODOS - Ohhh ! ( a luz se apaga e logo depois acende-se. Clara, Gema e a
madrasta estão em casa )
GEMA - Mas quem poderia ser aquela infeliz ?
CLARA - Sei lá, eu que não sou... ( batem à porta )
MADRASTA - Clara, atenda à porta.
CLARA - Tudo eu, tudo eu ! ( abre a porta ) Oh, o príncipe !
MADRASTA / GEMA - O príncipe !!!
CARLOS - Boa tarde, senhorita, posso entrar ?
CLARA - Claro, príncipe, esteja à vontade.
CARLOS - Eu... Bem, o motivo que me traz aqui é até meio constrangedor... É
que, bem... Ontem à noite eu dancei com uma bela jovem...
CLARA - Deu pra perceber !
MADRASTA - Clara, não seja mal educada, deixe o príncipe falar !
CARLOS - Bem... Pouco antes da meia noite, ela me deu uma bofetada...
MADRASTA - Ohhh !
GEMA - E você a está procurando para prendê-la ?
CARLOS - Não.
CLARA - Vai queimá-la viva ?
CARLOS - Não. Vou me casar com ela, se eu a encontrar, é claro !
GEMA - E como pretende localizá-la ?
CARLOS - Fácil, é só ver se a mão da senhorita que me deu o tapa serve na
marca que ficou na minha cara ( mostra o rosto com a marca de cinco dedos)
GEMA - E para que procurar mais ? É claro que fui eu que lhe esbofeteei, veja
( põe a mão no rosto do príncipe ).
CARLOS - Não, não serve.
CLARA - A minha serve. ( coloca a mão ) Aí , deu certinho !
CARLOS - Não, a mão dela é bem menor. Bem, vou procurar em outro lugar.
Passar bem.
MADRASTA - Espere, quem sabe minha mão sirva...
GUIMIRELA - ( entrando em cena ) Com licença, eu...
MADRASTA - Saia já daqui, Guimirela !
GUIMIRELA - É que o gás acabou e...
MADRASTA - SAIA, GUIMIRELA !
CARLOS - Fique.
MADRASTA - SAIA !
CARLOS - EU ORDENO QUE FIQUE !!!
MADRASTA - Fique, Guimirela !
CARLOS - Coloque a mão no meu rosto, senhorita.
GUIMIRELA - Colocar a mão no seu rosto, senhor...
CARLOS - Sim. GUIMIRELA - Oh, eu não mereço essa honra, senhor...
CLARA - Coloca logo e para de embromar ! ( Guimirela coloca a mão no rosto
de Carlos e sua mão serve na marca )
CARLOS - Céus, serviu !!!
GUIMIRELA - Serviu ?
CLARA / GEMA - Serviu ???
MADRASTA - Mas como serviu???
TODOS - Ohhh !
MADRASTA - Não é possível, essa maltrapilha, essa...
CARLOS - Minha princesa !
GUIMIRELA - Meu príncipe encantado !!!
CLARA / GEMA - Ohhh ! ( desmaiam ao mesmo tempo, a madrasta fica
estática )
NARRADOR - E assim, Guimirela e o príncipe Carlos Roberto viveram felizes
para sempre... Bem, não foi exatamente felicidade eterna, pois, após um ano
de um feliz casamento, Guimirela deu à luz uma adorável menina chamada
Bela. Para o batizado, foram convidadas todas as boas fadas do reino, menos
uma, Zulmira, a fada má.
CARLOS - Oh, Bela, minha adorada filhinha, que você seja a mais feliz de
todas as criaturas !
FADA 1 - ( com a varinha ) Que seja a mais bela !
FADA 2 - ( com a varinha ) Que seja a mais inteligente !
FADA 3 - A mais prendada !
GUIMIRELA - Sniff, que emoção !
ZULMIRA - ( entra em cena em meio a uma explosão/fumaça ) Ora, ora, seus
bastardos, como ousaram me excluir dessa festa de batizado ?
CARLOS - Olha, Zulmira, desculpe-nos. Nós tentamos convidá-la, mas seu
telefone só dava ocupado e seu celular só caia na caixa postal... Suas linhas
devem estar com defeito e...
ZULMIRA - Que defeito, o quê !!! Isso é desculpa para não me convidarem.
Por que não me mandaram um e-mail???
CARLOS - Caiu a conexão e...
ZULMIRA - Vocês é que não quiseram me convidar, seus lixos. Pois vocês vão
ver só: vou rogar uma praga nesta droga de criança e desgraçar com esse
batizado.
GUIMIRELA - NÃO ! Por Deus, não faça nada contra minha pobre filhinha !!!
ZULMIRA - Faço sim, quer ver ? ( com a varinha ) Essa criança vai ser a mais
bela, a mais inteligente e a mais prendada, mas será por pouco tempo.
Quando ela completar 15 anos, na festa do seu " debut ", escorregará numa
casca de banana, baterá com a cabeça no chão, vai estourar os miolos e
morrer ! ( Cai na gargalhada, sai de cena ainda gargalhando, numa explosão
de fumaça)
GUIMIRELA - ( abana-se ) Ah, meu Deus ( desmaia )
CARLOS - ( abanando Guimirela ) Querida, acorde ! (pausa) Oh, meu Deus,
que grande tragédia !
GUIMIRELA (acordando) - Onde estou, quem sou eu, quem ganhou o
concurso de miss Pirituba em 1915?
CARLOS - ( chorando ) Deus meu, minha família está destruída, estou
arruinado !
FADA 1 - Calma, senhor príncipe. Acho que podemos resolver esse problema.
CARLOS - Podem ?
FADA 1 - Quer dizer... Não podemos quebrar o encanto da fada Zulmira, mas
podemos diminuir seu efeito.
CARLOS - Como assim ?
FADA 1 - Se todas nós fizermos um pensamento positivo, poderemos diminuir
o efeito desse encantamento...
FADA 2 - ( sussurra ) Será que podemos ?
FADA 3 - Bem, não custa tentar. ( as fadas circulam o berço do bebê, usando
as varinhas e balbuciando palavras estranhas )
FADA 1 - Pronto !
CARLOS - E então, conseguiram ? ( as três fadas respondem ao mesmo
tempo, com pequeno intervalo entre as falas apenas para diferenciá-las)
FADA 1 - Sim...
FADA 2 - Não...
FADA 3 - mais ou menos...
CARLOS - ( irritado ) Afinal, é sim, não ou mais ou menos??? Vocês
conseguiram ou não ???
FADA 1 - Sim, quero dizer...não conseguimos quebrar o encanto, mas o
diminuímos, ou seja, ao invés de Bela cair, estourar os miolos e morrer,
apenas cairá, baterá com a cabeça no chão e, bem...
CARLOS - E aí ? O que acontecerá?
FADA 2 - Ela ficará meio... Biruta, quer dizer, vai ficar lelé da cuca...
CARLOS - O quê ? Ai, Jonas, meus sais ! ( desmaia )
FADA 3 - Que príncipe mais moleirão ! Nem esperou a gente dizer que, assim
que um príncipe der uma bela sacudida nela, ela voltará ao normal.
FADA 1 - E os dois se casarão e viverão felizes para sempre.
FADA 2 - Será que vai ser assim mesmo ?
FADA 1 - Sei lá... ( para o público ) Será ? ( saem todos de cena, carregando
o príncipe desmaiado. Pausa 5 " e o narrador entra em cena )
NARRADOR - E assim, o príncipe Carlos Roberto, agora rei de Brodósqui,
ordenou aos seus súditos que queimassem todas as bananeiras e todos, a
partir daquele dia ficaram proibidos de comer banana... Quinze anos se
passaram e hoje comemoramos o glamouroso " debut " de Bela. Todos cantam
e dançam animadamente, sem saber que... ( sorri, cínico e sai de cena. Música
de charleston, muitas pessoas entram em cena, vestidas a rigor, todos se
divertem dançando e rindo muito )
BOBO - ( entrando ) Gente, olha a novidade que eu descobri. Estão
saboreando por toda a capital...
TODOS - O que é ?
BOBO - Tchan, tchan , tchan, tchan ! (destampa uma travessa) Banana split !
GUIMIRELA - BANANA ??? Oh, meu Deus !!! ( desmaia )
CARLOS - Seu desgraçado ! Me dá essa banana aqui !
BOBO - Não dou, não dou. Vou comer ela inteirinha sozinho. ( pega a banana
na mão e acena com ela ) CARLOS - Guardas, prendam esse debilóide ! ( os
guardas pulam sobre o bobo da corte e brigam. Em meio à briga a banana cai
no chão. Bela passa dançando charleston de forma totalmente descontrolada,
pisa, escorrega na banana e cai , em seguida, desmaia. Todos correm para
socorrê-la ) Bela, minha adorada filhinha, acorde ! ( Bela acorda, atordoada )
Querida, você está bem ?
BELA - Onde estou, quem sou eu, quem ganhou a écasena acumulada ?
CARLOS - Oh, meu Deus !
BELA - O que ocorre ? Está tudo tão estranho !
CARLOS - Que desgraça ! De nada adiantou todo o meu cuidado com Bela: a
profecia da amaldiçoada Zulmira se concretizou.
BELA - Eu ia dizer que... ( cantando ) Maria tinha um carneirinho, o
carneirinho era todo branquinho...
CARLOS - ( chorando desesperado ) Que será de nós agora, meu Deus ?
Minha família está destruída, estou arruinado, sou tão infeliz !
BELA - Cuco, cuco... Onde estou ? Quem sou eu ? Cuco ! ( pausa, encara o
público ) Quem é " cuco " ? (sai de cena, conduzida por seu pai, que chora
desesperado. Pausa 5 ", entra o narrador)
NARRADOR - E assim, passam-se mais dois anos. Bela está cada dia mais
biruta, tanto que até ganhou o apelido de Bela Enlouquecida. Sua mãe,
Guimirela, de tanto desgosto, trancou-se em seu quarto e, desde então,
assiste TV e come salgadinhos da Selma Ics o dia todo. Dizem que está uma
anta de gorda. E o rei, Carlos Roberto, passa os seus dias rezando e fazendo
promessas para que sua filha se recupere... Mesmo assim, meio pancada, Bela
conseguiu arrumar um otário como pretendente, o único herdeiro do trono de
Boituva, o príncipe Ciroba. E hoje, ele se prepara para declarar seu amor a
Bela. Vejamos o que acontece... ( sai . Em cena estão Bela e Ciroba sentados
num sofá )
CIROBA - Bela, há tempos tento lhe falar e... ( pega na mão de Bela ) Estou
apaixonado por você.
BELA - Dãããã !
CIROBA - Bela, ouça-me, estou dizendo que a amo e quero me casar com
você.
BELA - Maria tinha um carneirinho, o carneirinho era todo branquinho...
CIROBA - ( chorando ) Bela, pelo amor de Deus ! Me entenda ! Eu a amo,
quero me casar com você, ter filhos, pedir o divórcio, brigar pela pensão, essas
coisas que todo mundo sonha em fazer... ( beija-a ) Entendeu ?
BELA - Entendi.
CIROBA - Graças a Deus que você me entendeu. E o que você entendeu ?
BELA - Entendi que seu beijo tem gosto de cebola...
CIROBA - Bela, por Deus ! ( sacudindo-a ) Me entenda, por favor. Desse jeito
eu é que vou ficar ( grita, enquanto a sacode violentamente ) LOUCO ! (
empurra Bela, que o encara assustada ) Oh, querida, eu não queria fazer isso,
eu... Perdoe-me.
BELA - ( sorri ) Meu príncipe encantado ! ( atira-se nos braços do príncipe )
CIROBA - Eu não acredito ! Você voltou ao normal, Bela, mas isso é
maravilhoso ! ( abraça-a ) Quer casar comigo ?
BELA - Quero casar e ficar casada com você para sempre (beijam-se, saem de
cena abraçados, cruzam com o narrador que entra fungando cinicamente)
NARRADOR - ( enxuga uma lágrima imaginária ) Ah, gente, o amor não é
mesmo " lindo " ? Até me comove... ( pausa ) Bem, mas vamos aos fatos: E
assim, Bela voltou ao normal e se casou com o príncipe Ciroba. Guimirela se
destrancou do quarto, fez regime para emagrecer e não quer nem saber de
assistir TV, agora só pensa em sair, ir ao cinema, fazer compras, passear no
shopping, enfim, curtir a vida. Isso só não está sendo possível agora, porque o
rei Carlos Roberto está viciado em vídeo-game e não quer saber de mais nada.
Guimirela não reclama, mesmo porque, quando saiam juntos, ela sempre tinha
a impressão de que Carlos paquerava todas as ninfetas do shopping e
pensando bem, é melhor mesmo que o rei passe o resto de seus dias jogando
vídeo-game, assim Guimirela está " segura "... Quanto a Bela e Ciroba, depois
do casamento, viveram felizes por uns dois anos, exatamente quando nasceu à
filhinha do casal, a pequena Bronca de Neve. Bela, infelizmente, morreu logo
após o nascimento de Bronca e o príncipe, ainda tão jovem, resolveu casar-se
novamente. Escolheu para ser sua esposa, a bela e maldosa Antonieta,
vencedora do concurso " Miss Jardim Juju " e forte concorrente ao " Miss
Capital ". Bronca e Antonieta nunca se deram muito bem: Antonieta não
gostava de ver Bronca crescendo tão bonita, tinha medo que Bronca se
tornasse tão linda a ponto de ofuscar sua própria beleza. Bronca, por sua vez,
vivia chutando a canela de Antonieta, o que além da dor, provocava
hematomas e mexiam mais ainda com a vaidade de Antonieta. Por isso, assim
que o príncipe Ciroba morreu, Antonieta tratou de colocar Bronca para fazer
todos os trabalhos pesados do palácio, dessa forma, sempre cansada e
maltratada, Bronca não poderia competir com ela. Então, colocou Bronca para
lavar, passar, esfregar o chão, engraxar seus sapatos... ( vai abaixando a
tonalidade de voz ) cantar: deixa que digam, que pensem, que falem...( o
narrador sai de cena, pausa 5' e Bronca entra, ajoelha-se e começa a encerar
o chão. Ela deve passar a cera de trás para frente, ou seja, ir escorregando
ajoelhada nos locais onde já encerou ).
BRONCA - ( canta uma música engraçada, termina de cantar e encerar o
chão, pega um espanador e sai de cena cantarolando e espanando os móveis.
Pausa 5" ).
ANTONIETA - ( entra em cena com um espelho na mão ) Oh, como sou bela !
Divina ! Ma-ra-vi-lho-sa !!! (para o espelho) Espelho, espelho meu, diga-me se
há no mundo mulher mais bela do que eu !
VOZ ( off ) - Bem... É... ANTONIETA - Anda, responde logo. Há no mundo
mulher mais bela do que eu ?
VOZ ( off ) - Até ontem eu diria que não. Mas, hoje...
ANTONIETA - Mas hoje, o quê ?
VOZ ( off ) -Nunca tinha reparado em Bronca, mas, olhando bem, acho que ela
te põe no chinelo !!!
ANTONIETA - (grita desesperada) Maldita!!! Vou acabar com ela! RODOLFO?
Onde você esta? RODOLFO?
RODOLFO - ( reverência ) Chamou, majestosa majestade ?
ANTONIETA - Não, seu idiota, estou cantando, não está vendo ?
RODOLFO - Oh, desculpe, pensei que tivesse me chamado. ( vai saindo )
ANTONIETA - ( histérica ) Cretino !!! Volte aqui ! ( ele volta ) Claro que te
chamei, idiota !!!
RODOLFO - ( reverência ) Pois não, alteza ?
ANTONIETA - Rodolfo, meu fiel caçador, preciso de um serviço seu: quero
que saia com Bronca de Neve amanhã para colher flores e quando ela bobear,
você... ( faz sinal de cortar o pescoço )
RODOLFO - ( assustado ) Alteza, a senhora quer que eu... (sinal de cortar o
pescoço) da pobre Bronca?
ANTONIETA - Exatamente. E para ter a certeza de que você realmente cortou
a cabeça dessa paspalha, quero que traga aquela horrenda medalha com a
cara do Tom Cruise, que ela não tira do pescoço.
RODOLFO - Mas majestade, eu...
ANTONIETA - Cale a boca e ande logo para fazer esse serviço. Você tem até
amanhã para matar a Bronca e me trazer essa medalha. Se até amanhã à
tarde você não tiver terminado esse serviço, você ó... ( sinal de cortar o
pescoço )
RODOLFO - Eu... ( sinal de cortar pescoço )
ANTONIETA - Isso mesmo. Agora vai logo.
RODOLFO - Sim senhora ( vai saindo de cena, vira-se para o público ) Eu ó...
( sinal. Sai de cena, pausa 5" e entra o narrador )
NARRADOR - No dia seguinte, Rodolfo saiu com Bronca de Neve com a
intenção de cortar-lhe o pescoço, mas não teve coragem. Por isso, Rodolfo
pediu a Bronca que lhe entregasse sua medalha do Tom Cruise e que fugisse
para muito longe dali , não voltando nunca mais. A princípio, Bronca relutou
em lhe entregar sua medalha de estimação, mas Rodolfo prometeu enviar-lhe
pelo sedex um pôster do Tom Cruise e do Brad Pitt juntos e Bronca achou
vantagem nisso. Entregou-lhe sua medalha e fugiu, enquanto o caçador
retornava ao palácio levando a medalha. A rainha Antonieta não conseguia
conter-se de tanta felicidade por ter se livrado da rival. Bronca, por sua vez,
após andar muito pela floresta, encontrou uma pequenina casa, que mais
parecia de brinquedo. Entrou na casinha e descobriu que lá moravam dois
anões: O Félix e o Cheiroso. No começo eram sete anões mas essa estória é
tão antiga que os anões foram ficando velhinhos, velhinhos, até que foram
para o asilo dos artistas, só sobrando esses dois... Bronca logo fez amizade
com os dois anões e passou a morar lá com eles. Passavam o dia todo
cantando e dançando alegremente. ( música. Bronca e os dois anões entram
em cena, dançando e cantando, terminam, todos se aplaudem )
FELIX - Ai que fome ! O que temos para comer ?
BRONCA - Nada. Nossa geladeira está vaziinha, só tem uma beterraba.
CHEIROSO - Mas isso é horrível ! Precisamos ir ao mercado fazer compras.
FELIX - Isso, vamos logo que eu estou morrendo de fome.
CHEIROSO - Tranque bem a porta e não atenda ninguém, tá Bronca ? Nós
voltaremos logo.
BRONCA - Está bem. Tchauzinho ! ( pausa, suspira ) Bem, enquanto os
anõezinhos vão ao supermercado, vou preparar um suco de beterraba para
nós... ( Sai correndo, feliz )
ANTONIETA - ( entra em cena, olhando-se no espelho ) Agora sim, estou
satisfeita: Com Bronca de Neve fora do meu caminho, sou a mulher mais linda
do mundo ( cai na gargalhada )
VOZ ( off ) - Tá rindo de quê, bruxona?
ANTONIETA - ( para o espelho ) Estou rindo porque Bronca está morta e eu
sou a mais bela criatura da face da terra !
VOZ ( off ) - Pois está redondamente enganada. Nem você é a mais bela e
nem Bronca está morta. O caçador te levou no bico, deixou Bronca escapar.
Ela agora mora na casa dos anões Félix e Cheiroso e você, tomou, papuda !!!
ANTONIETA - Não acredito ! Mas Rodolfo me trouxe a medalha...
VOZ ( off ) - Ele pegou a medalha e a deixou fugir e, mesmo que não pegasse,
é possível comprar aquela medalha brega em qualquer uma dessas casas de
R$ 1.99...
ANTONIETA - O quê ??? Quer dizer que...
VOZ ( off ) - Quer dizer que Bronca ainda é a mulher mais linda do mundo e
você continua horrenda como sempre !!!
ANTONIETA - Maldito espelho linguarudo ! (joga o espelho no chão e o
pisoteia, enquanto em off a voz grita " ai ", " socorro ", " essa narcisista
maluca está me destruindo inteirinho ", etc.) O que farei, agora ? Tenho que
bolar um plano para me livrar de Bronca de uma vez por todas, antes que ela
se inscreva no " Miss Brasil " e eu leve a pior... ( corre e pega um livro,
folheia-o) Ah, tá aqui a solução. ( lendo ) Para fazer a rival desmaiar e entrar
em coma: tranque a rival num quarto escuro, ligue três toca CDS no último
volume, pegue três CDS pirateados do Paraguai, sendo um do Téo e Teobaldo,
outro da banda Éca e outro com a trilha sonora do filme " O desprezo que sua
avó me deu ", ligue os três ao mesmo tempo e deixe-os tocando no volume
máximo, bem próximos ao ouvido de sua rival, por aproximadamente 5
minutos, após esse tempo de tortura, a rival entrará em coma profundo e só
despertará se um príncipe cantar suavemente a música chamada " Uma
canção ". (pausa. Cai na gargalhada) Ai, que ótimo ! Essa música é tão velha,
que nenhum príncipe moderno saberá cantá-la. Ha, ha, ha ! Estou livre de
Bronca para sempre ! (pausa 2") Concurso Miss Brasil, aí vou eu ( Sai rindo,
apressadamente. Pausa 5" e o narrador entra )
NARRADOR - E, assim, a maldosa Antonieta foi até a casa dos anões e,
aproveitando-se da ausência deles, pôs seu plano em prática, trancando a
pobre Bronca num quarto escuro e torturando-a com os CDS... E, logo após,
Bronca dormia inerte, como se estivesse morta. Mas a perversa rainha
também entrou pelo cano, pois, quando saía da casinha foi vista pelos anões
que voltavam do mercado. Os anões, sem perder tempo, correram atrás da
maldosa rainha que, tentando fugir, tropeçou num paralelepípedo, caiu
embaixo de um caminhão basculante e morreu atropelada... Finalmente
ficamos livres da maldosa Antonieta, mas de que adiantou ? Bronca continua
dormindo, à espera de algum príncipe que cante " uma canção " para ela. Mas
parece que nenhum rapaz da atualidade sabe cantar essa música. E agora, o
que faremos ? ( sai de cena, pausa 5" e Bronca aparece deitada, dormindo.
Félix e Cheiroso choram ao redor dela ).
FELIX - Pobrezinha ! ( suspira )
CHEIROSO - É duro dizer isso, mas... ( funga ) já se passaram seis meses.
Acho que ninguém sabe cantar essa droga de música. Acho
melhor...Sniff...enterrar a Bronca...
FELIX - Enterrar a Bronca ? Nunca ! Nem pensar !
CHEIROSO - Não é por nada, mano,acho melhor a gente passar um formol na
Bronca por que está difícil agüentar o aroma...
FELIX - Você não vê TV, seu animal? Não está sabendo que formol foi
proibido?
CHEIROSO - mas proibiram passar no cabelo, no corpo pode...
FELIX - Com ou sem formol, vamos ficar aqui velando por ela e rezando para
que algum príncipe apareça e cante para ela.
CHEIROSO - Mas estamos esperando pelo príncipe há seis meses e nada... Já
anunciamos até no Primeira Mão e nada desse príncipe aparecer...
FELIX - Vamos esperar mais alguns dias, se não aparecer ninguém a gente
anuncia no Estadão...
(música " Uma canção " em off. O príncipe entra cantando e dançando ,
termina de cantar )
CHEIROSO - Céus, é um milagre, onde aprendeu essa música, meu filho?
PRINCIPE - Foi fácil, eu li no script...
CHEIROSO - Caramba, já não se fazem mais figurantes como antigamente...
BRONCA - ( despertando ) - Ai, acho que vi um gatinho, quer dizer, acho que
ouvi uma música que me despertou... ( boceja )
PRINCIPE - Minha Bronca de Neve ! ( corre para abraçá-la )
BRONCA - Meu príncipe encantado... ( beijam-se)
CHEIROSO - O amor é mesmo lindo, o cara nem sente o cheirão...
FELIX - Cale essa boca, infeliz, vai que o cara se arrepende e a Bronca entra
em coma de novo...
(Bronca e o príncipe continuam beijando-se, os anões vibram e pulam.
Coreografia final, todo o elenco participa)
NARRADOR ( entrando em cena ) E os dois viveram felizes para sempre.
Quero dizer, viveram felizes até que, um ano depois, nasceu...
BRONCA - Ah, essa não ! Você não vai contar mais nada !
PRINCIPE - Isso mesmo, cala a boca !
ANOES - Pega ele, pega ! ( todos correm e começam a bater no narrador )
NARRADOR - Calma, eu só ia dizer que... Ai, socorro ! ( corre todos correm
atrás dele para pegá-lo. A cortina se fecha ).
http://www.loudeolivier.com.br



Peça: Os animais



Ocasião em que a música foi usada:

Tema: ANIMAIS

.

Ocasião em que a música foi usada:
R: Aniversário da Escola

2 - Nome da música:
R: TARTARUGA



3 - Nome do CD / Artista que canta a música:
R: CD MEU MUNDO CRIANÇA - Tereza Vilela e Chico Brasil

4 - Link da música para baixar ou onde encontrá-la:
R: http://rapidshare.com/files/64494531/MEU_MUNDO_CRIAN_A.rar.html

5 - Descrição detalhada da coreografia:
R:
TARTARUGA, TARTARUGUINHA
ANDA MUITO DEVAGAR
(as crianças em círculo, andando de gatinho, uma atrás da outra)

CARREGA A CASA NAS COSTAS
(levanta o corpo, continuando de joelhos, batem as maos nas costas)

NÃO TEM PRESSA DE CHEGAR
(faz sinal de negação usando as duas mãos no alto)

QUANDO CHEGA NUMA ESQUINA
(continuam engatinhando)

ELA OLHA P LÁ E P CÁ
E SE NÃO AVISTA NADA
(param e olham de um lado p o outro)

COMEÇAM A ATRAVESSAR
(continuam engantinhando)

MAS NO MEIO DO CAMINHO
VEM CORRENDO UM COELHINHO
(uma criança entra correndo no centro da rodinha, e percorre a roda, depois sai)

E BUMBA PRA CATUMBA
Q CAPOTE ELA LEVOU
(as crianças caem de barriga p cima)

DE BARRIGA P CIMA ELA FICOU
(batem as maos na barriga)

RECLAMOU, RECLAMOU,
(ainda deitadas, balaçam as maos e pes no alto, como se fosse um chilique)

E DEPOIS PENSOU
(batem o dedinho na cabeça)

BALANÇOU, BALANÇOU, BALANÇOU, BALANÇOU
(rolam o corpo de um lado p outro, balançando)

E DE PÉ NOVAMENTE ELA FICOU
(voltam p posição de gatinho e balançam o bumbum ate o final da musica)

bjos


Sugestão da amiga SOL E DANhttp://www.orkut.com/Profile.aspx?uid=8422647634877024551

.

Projeto Interação - Peça Musical

Culminância do Projeto InterAção

1 - Ocasião em que a música foi usada:
R: Aniversário da Escola (tema: InterAção)

2 - Nome da música:
R: Aleluia

3 - Nome do CD/Artista q canta a música:
R: www.conto com você / Cristina Mel

4 - Link pra baixar:
R: o cd completo está em http://www.mediafire.com/?2js35tydv0z

5 - Descrição detalhada da coreografia:
R: Esta coreografia foi feita com crianças de 3 anos e meio
Primeiramente separe a turma em duplas

Introdução:
A dupla dão as duas mãos e balançam de um lado para o outro

Aperte a mão do amigo mais perto
Aperte a mão, pra cantar la, la
Apertam a mão um do outro como se estivesse se cumprimentando (eu amarrei uma fitinha combinando com a roupa na mão direita de cada um, pois crianças nessa idade tem dificuldade de saber qual mao segurar)

Abrace o amigo que está mais perto
Abrace o amigo, pra cantar, la, la
Se abraçam e balançam o corpo de um lado para o outro

Cante!
La la la la la laleluia...
Dão as mãos novamente e rodam no lugar

Aperte o joelho do amigo mais perto
Aperte o joelho pra cantar, la, la
Aperta o joelhinho do colega q está dançando com ele

Cante!
La la la la la laleluia... (Repete o gesto)

Não só fique em seu lugar
Aperte a mão de alguém
Se cumprimentam novamente

Com amor e comunhão
As bençãos sempre vêm
Rodam individualmente no mesmo lugar, com as mãos para cima, lembrando de roda-las tbm

Faça uma cosquinha no amigo mais perto
Faça uma cosquinha pra cantar la la
Cosquinhas no amigo de dupla

Cante!
La la la la la le leluia... (Repete o gesto)

Cristo é meu amigo que está mais perto
Cristo é meu amigo pra cantar la la
Aponta para o colega com a outra mao na cintura, como se tivesse
lhe contando algo

La la la la la laleluia...
Faz uma grande roda e no final abraça o colega de dupla

Peça de Teatro: A História da Mamãe

A História da Mamãe:


Narrador:
- A mamãe quando era menina também brincava. Brincava de boneca, de casinha, amarelinha, brincadeiras de roda...

Grupo 1:
Entra o primeiro grupo de 4 ou 5 crianças, as meninas com vestido, Maria-chiquinha e os meninos de bermuda, boné. Apresentam 2 cantigas de roda.
Ex: Atirei o pau no gato
Ciranda Cirandinha

Narrador:
- E a mamãe foi crescendo, deixando de ser criança e ficando mocinha.
Chegou um dia muito especial, o dia dela debutar e a festa dos seus 15 anos.

Grupo 2:
Entra o grupo 2 onde as meninas estão com vestido de festa e os meninos de calça e camisa social. Dançam a valsa.

Narrador:
- O tempo passa, agora ela já é uma moça, freqüenta bailes e festas ao som da discoteca.

Grupo 3:
Crianças com roupas dos anos 80 dançando discoteca.

Narrador:
-Paixões da juventude, os namorados.... e então chega um dia especial que é esperado por toda mulher, o dia do seu casamento.

Grupo 4:
Uma menina de noiva, um menino de noivo e um de padre.
Toca a marcha nupcial.
Padre: “Vc aceita se casar com a fulana?”
Noivo: “Sim”
Padre: “E vc aceita se casar com o fulano?”
Noiva: “Sim”
Padre: “Eu os declaro marido e mulher. Pode beijar a noiva.”

Crianças se beijam e saem ao som da marcha nupcial.
Narrador:
- Agora ela é casada, dona-de-casa, profissional, ocupações do dia-a-dia. E eis que surge um ser muito especial. Menino? Menina? Não importa! Esse novo ser vai ser recebido com muito amor e carinho que só ela sabe dar. Menina, moça, mulher e agora Mãe.

Grupo 5:
Algumas meninas com roupa de mãe e boneca no colo ao som de “Nana Nenê”, embalando seus filhos.

Narrador:
- E esses bebezinhos cresceram mamãe! E estão hoje aqui para homenageá-la. Mãe que sempre está por perto, que faz tudo pelos filhos, que passa noites sem dormir quando eles adoecem.... Essa festa é pra vc, mamãe!!!

Todos cantam uma música para as Mães.



Peça de Teatro: Paz

Em busca da Paz
O Mundo está sentado no chão, chorando.
Chega uma criança.
Criança – Quem é você? Porque está chorando?
Mundo – Eu sou o Mundo e estou muito triste e fraco. Eu só vejo roubo, pessoas com fome, crianças sem escola, destruição, gente doente, brigas.
Criança – É verdade. Como vamos morar num mundo assim?Mundo – Só tem um jeito, você precisa me ajudar.
Criança – Qual?
Mundo – Procurar a Paz.
Criança – Onde ela mora?(Mundo desmaia)
Criança – (Falando para o público) Nossa! O Mundo desmaiou. Ele deve estar muito fraco mesmo. Vou ajudá-lo. Encontrarei a Paz.
(A criança começa a procurar, nisso entra um ser feio, sujo.)
Criança – Que susto! Quem é você?
Guerra – Sou a Guerra. Adoro briga, destruição, maldades. E você não vai brigar não? Todos brigam nesse planeta.
Criança – Não, eu não gosto de briga. Vou encontrar a Paz e acabar com isso. Já é tempo de mudar.(Toca a música “Viver” da Xuxa e entram as crianças caracterizadas de flores, aves e peixes)
Guerra – Odeio essa alegria toda! Vou embora! (Sai)
Criança – Ei, vocês precisam me ajudar. Onde está a Paz?
Flores – Pergunte para o mar.
Animais – Ou para a floresta.
Peixes – Ou para o céu.Criança – Cada um me diz uma coisa. Desse jeito nunca vou descobrir onde está a Paz.
segunda parte
(Nesse momento todos colocam as mãos nos olhos, pois um brilho muito forte se aproxima)
Flores – Olha o marido da lua!
Animais – O sol!
Criança – Senhor sol, me dê uma luz. Onde eu posso achar a Paz?
Sol – Vou te ajudar, linda criança. Não posso ficar muito tempo porque o Mundo precisa da minha luz e do meu calor. Segure isso (entrega um coração). Cuide bem dele. (Toca a música “Coração Criança” – Xuxa e todos os personagens dançam.
No final o Sol vai saindo.)
Criança – Espere, senhor Sol. O que eu faço com isso?
Sol – (Fala saindo de cena) Escute o seu coração! Escute o seu coração!(A criança anda de um lado para outro, olha o coração, coloca perto dos ouvidos, sacode e nada.)
Criança –(Desesperada) Socorro! Não sei mais o que fazer. Alguém me ajude!As flores, peixes e animais começam a fazer Tum-Tum, Tum-Tum, Tum-Tum e a criança imita, até que tem um estalo.)
Criança – Achei, achei a Paz! Ela mora dentro de cada um de nós. É só ouvir a voz do coração.(O Mundo desperta feliz)
Mundo – É verdade! Se todas as pessoas pararem para pensar, vão ver que brigas não levam a nenhum lugar.
Guerra – Agora eu aprendi, tudo depende de nós. Juntos, podemos fazer um Mundo melhor.
Todos se abraçam e se confraternizam. Música final – “Depende de nós” - Ivan Lins

Ps: Não descobri o autor da peça.
http://www.orkut.com/CommMsgs.aspx?cmm=19817153&tid=2486423569147132880

Link para Baixar a musica para a peça.
http://www.orkut.com/CommMsgs.aspx?cmm=6244330&tid=2471484702227693124&na=4

Teatro para o dia dos pais


Pai
de Emílio Carlos
(As crianças entram. Cada criança faz uma fala. Outra opção é todas falarem juntas. Enquanto falam elas fazem gestos de mímica que ilustrem o que elas estão falando).Quando eu era pequenino
Você me segurou
Com suas mãos grandes e fortes
Você me amparou
A luz forte do hospital
Eu abri os olhos meio assim
E naquela hora eu pude ver
Que você sorriu pra mim
Você me levou pra casa
Cuidou da mamãe e de mim
E no meio da madrugada
Vinha sempre olhar pra mim
Quando eu comecei a falar
Eu também te chamava
Dizia “pa” e depois “papa”
Dizia papai e te abraçava
Quando eu comecei a andar
Segurava forte na sua mão
E me equilibrava meio sem jeito
Pra não cair no chão
Na hora em que eu me machucava
Era pra mamãe que eu corria
Mas na hora de fazer farra
Era você que eu queria
A gente já soltou pipa,
Até andou de bicicleta
E se lembra de quando
Eu vesti sua cueca?
Brincou de cavalinho
Jogou bola de montão
E se lembra de quando
Fomos ao parque de diversão?
Nesse dia de alegria
Tenho uma coisa a dizer:
Quando eu crescer

quero ser igual a você.

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