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quarta-feira, 10 de setembro de 2014

A criança e a Pintura - Dicas para exploração em sala de aula

Por Gi Barbosa

Já diz o slogan de uma famosa marca de sabão em pó:

A criança e a Pintura - Dicas para exploração em sala de aula“ Por que se sujar faz bem”.

E é verdade. Não que se deva mergulhar o aluno em uma poça de lama, mas acredito que em sala de aula, sobretudo de educação infantil é necessário um pouco de bagunça em meio a disciplina para gerar certo equilíbrio. 

Trabalhar com tintas e texturas é uma excelente forma de fazer uma bagunça saudável , criativa e sobretudo produtiva, já que nos primeiros anos de vida a criança está mergulhada em um mundo que lhe é próprio e onde as imagens são fundamentais na forma como vêem e exploram esse mundo , sendo a pintura um dos meios , pelo qual, a criança poderá ampliar suas percepções e possibilidades de explorá-lo.

Para OSTETTO:

"não é mesmo novidade dizermos que é pelas diferentes experiências com/no mundo sensível que a criança vai se apropriando de formas mais complexas de ver e ler esse mesmo mundo sentido."
A criança e a Pintura - Dicas para exploração em sala de aula

Cabe, portanto ao professor proporcionar ao aluno situações diversas que possam contribuir para seu pleno desenvolvimento, afinal, é por meio de experiências e estímulos de adultos e professores , bem como das relações sociais com seus colegas, que a criança poderá ter uma possibilidade maior de leitura de mundo , pois é através de suas vivências que ela fundamenta suas ações e passa a compreender melhor o mundo à sua volta. 

Mas o trabalho com artes e pintura não serve apenas para a criança explorar  e compreender o mundo através de suas expressões artísticas,  a pintura também favorece o desenvolvimento da coordenação motora e é uma fonte geradora de prazer e aprendizado. 

A criança pode trabalhar com tinta desde o primeiro ano de vida, para isso é preciso a utilização de tintas especiais comestíveis como você pode encontrar acessando http://gibarbosa1.blogspot.com.br/2012/08/receitas-de-tintas-caseiras-comestiveis.html.
Para a artista dinamarquesa Anna Marie Holm , aos 5 meses a criança já pode começar a pintar.

"Nessa idade, ele já estende o braço para agarrar objetos e, aos poucos, pode ser estimulado a pintar e rabiscar".

No site http://bebe.abril.com.br/materia/a-idade-para-comecar-a-desenhar  coletamos as seguintes dicas para estimulação da criança em cada fase de seu desenvolvimento.

0 a 12 meses

DICAS

A escolha do material

Para evitar alergias e intoxicações, ofereça apenas tintas, lápis e giz atóxicos. Antes de comprar, verifique se esses materiais são indicados para a faixa etária do seu filho.

BRINCADEIRAS

Meias musicais

Improvise um varal bem próximo ao chão e pendure algumas meias velhas, colocando um sino ou guizo dentro de cada uma. Enquanto pinta os pares, com pincel e tinta, o bebê vai se divertir ouvindo os sons. Roupas coloridas.

Uma camiseta usada pode servir de tela para o pequeno artista. Agora, ele pode as mãos para colorir a peça - ou até mesmo um pincel ou uma escova velha. Lembre-se: ele é quem decide. E não se assuste se, de uma hora para outra, passar a colorir o corpo e a própria roupa que está usando. Faz parte da brincadeira.

1 a 3 anos

Um pincel molhado de tinta, um papel aberto no chão e liberdade para fazer a maior bagunça - a receita para envolver o seu filho no mundo das artes é simples assim. "É só dar espaço à criança, não impor muitos limites e deixá-la se expressar naturalmente", ensina a educadora e artista plástica dinamarquesa Anna Marie Holm, em entrevista ao site do seu bebê. Ela esteve recentemente no Brasil para lançar o livro Baby-Art: Os Primeiros Passos com Arte. As atividades propostas por Anna Marie são pra lá de divertidas, deixam os pequenos mais relaxados e estimulam o desenvolvimento motor. "É fazendo arte que as crianças desenvolvem a sensibilidade e adquirem uma consciência maior dos sentidos", ressalta a especialista. Então siga as dicas da expert e experimente suas sugestões de atividades para crianças de 1 a 3 anos de idade.

DICAS

A escolha do material

Para evitar alergias e intoxicações, ofereça apenas giz, tintas e lápis atóxicos. E, antes de comprar, verifique se esses materiais são indicados para a faixa etária do seu filho.

De tudo um pouco

Camisas velhas, panos, sapatos, chapéus, bolsas e meias podem - e devemm - ser aproveitados pelo pequeno artista. "A ordem é justamente fazer arte em qualquer lugar e sempre com muita improvisação. Seu filho não precisa de materiais especiais nessa fase", lembra a artista.

Ao ar livre é melhor

Um jardim, uma praça, um quintal - quanto mais espaço seu filho tiver para explorar na hora de criar arte, melhor. Ele pode, por exemplo, fazer experimentações com a terra ou, se tiver vontade, pintar folhas e pedras. "O resultado é imprevisível, mas é importante deixar a criança livre para fazer suas escolhas", sugere Anna Marie.

Papel colorido

"Por que a superfície onde a criança vai pintar precisa ser branca?", questiona a educadora. Ela recomenda variar um pouco esse suporte - o papel branco - oferecendo também tecidos estampados e folhas coloridas para a criança pintar. Isso, garante, estimula a percepção das cores.

BRINCADEIRAS

Jornal na parede

Estenda o jornal em um cavalete improvisado, feito com placas de eucatex, ou prenda as páginas numa parede. Com pincéis de vários tamanhos e tinta preta diluída em água, seu filho poderá pintar o texto e as ilustrações como quiser.

Gravuras de beijos

Separe um batom vermelho e algumas folhas brancas. Mostre à criança como pintar a boca e imprimir beijinhos no papel. Depois, deixe-a brincar sozinha e se divertir com o resultado.

3 a 5 anos

Uma praça, um jardim, um quintal, uma varanda - qualquer espaço, de preferência ao ar livre, serve de ateliê infantil. Basta dar a eles o materiais certos e uma boa dose de liberdade. "Papéis e até objetos velhos, como camisas e meias, podem ser utilizados pelas crianças nessa idade", acredita a educadora e artista plástica dinamarquesa Anna Marie Holm, em entrevista ao nosso site.

Anna Marie esteve recentemente no Brasil para lançar o livro Baby-Art: Os Primeiros Passos com Arte (Editora Moderna, 2007). O segredo que descobriu, depois de 17 anos trabalhando com crianças na Dinamarca, é simples: basta deixar os pequenos livres para fazer experimentações e se divertir com o resultado. "Os pais e as mães podem acompanhar, mas de igual para igual e sem interferir demais", sugere.

Com a mão na massa - e nas tintas, papéis, pincéis, barro... - meninos e meninas percebem as diferentes cores, texturas, cheiros e sons do ambiente à sua volta. E logo a brincadeira se revela um ótimo estímulo para os sentidos.

Conheça as dicas de Anna Marie para crianças menores a partir de 3 anos.

DICAS

A escolha do material

É fundamental usar tintas e lápis de cera atóxicos. Mas, nessa altura, a criança também pode experimentar a massinha e a argila, entre outros materiais.

BRINCADEIRAS

Pintura rupestre

Com giz de cera na mão, a criança pode desenhar sobre as pedras da praça ou do quintal. Você também pode adaptar a brincadeira, liberando o muro da casa ou pedaços de madeira para o pequeno artista fazer suas intervenções.

Rabo rabisca

O primeiro passo é construir uma trilha de folhas de papel. Basta emendar várias e, depois, colocá-las no chão. Pegue um cordão comprido, molhe uma extremidade na tinta e pendure a outra na cintura do seu filho. Enquanto ele corre, dá volta e saltita sobre o caminho de folhas, o rabo improvisado vai riscando sem parar.


É necessário, portanto que a visão do educador para a pintura da criança em suas diversas fases de desenvolvimento esteja além do que diz respeito ao desenvolvimento da coordenação motora ou da sensação de prazer no momento da realização da atividade, mas que possa levar em consideração que a pintura é também uma forma de expressão e de exploração pela qual o aluno explora e compreende o mundo à sua volta.  

REFERÊNCIAS

 OSTETTO, Luciana Esmeralda. Entre a prosa e a poesia: fazeres, saberes e conhecimento na educação infantil. In: PILOTTO, Silva Sell Duarte (org.). Linguagens da arte na infância. Joinvile-SC: UNIVILLE, 2007. p. 29-45.

 

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