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quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

TRABALHANDO A LINGUAGEM MUSICAL E EXPRESSÃO CORPORAL

Introdução:

Não há dúvida que as crianças pequenas adoram se movimentar. Elas vivem e demonstram seus estados afetivos com o corpo inteiro: se estão alegres, pulam, correm e brincam ruidosamente. Se estão tímidas ou tristes, encolhem-se e sua expressão corporal é reveladora do que sentem. Henri Wallon nos lembra que a criança pequena utiliza seus gestos e movimentos para apoiar seu pensamento, como se este se projetasse em suas posturas. O movimento é uma linguagem, que comunica estados, sensações, idéias: o corpo fala. Assim, é importante que na Educação Infantil o professor possa organizar situações e atividades em que as crianças possam conhecer e valorizar as possibilidades expressivas do próprio corpo.


Objetivos:
- Conhecer e valorizar as possibilidades expressivas do próprio corpo 
- Comunicar, através do movimento, emoções e estados afetivos 

Conteúdos específicos:
Expressividade / Dança 

Tempo estimado:
20 a 30 minutos 

Material necessário:
Pedaços de tecido leve (quadrados de 50x50 cm) 
Aparelho de som 

Espaço:
Uma sala grande. Se não houver um espaço sem móveis, prepare a sala antes, afastando mesas e cadeiras, privilegiando o espaço central. A música é muito importante e a cada momento da atividade vamos apresentar uma sugestão. 

Desenvolvimento da atividade:
As crianças e você também - devem estar descalças e usando roupas confortáveis! 

1º Comece reunindo as crianças. A música pode ser alegre, como A Canoa Virou. Sentados no chão numa grande roda, com as pernas estendidas, proponha que brinquem de massa de pés: todos devem chegar para a frente arrastando o bumbum até que os pés de todos se toquem. Os pés se agitam se acariciam, ora mais lentamente, ora mais rapidamente. Você pode enriquecer a brincadeira, sugerindo: 
- O meio da roda é uma piscina! 
- O meio da roda é uma grande gelatina! 
- O meio da roda é um tapete de grama! 

2º Peça que todos se deitem no chão. Coloque uma música no aparelho de som. É importante que seja uma música alegre, que estimule as crianças a se movimentar, porém sem excitá-las demais. Sugestão: Loro (Egberto Gismonti, CD Circense). 
Não se esqueça que, para as crianças pequenas, o entorno simbólico é muito importante para a atividade. Diga a eles que a sala vai se transformar numa grande floresta e todos serão habitantes dela... 

Todos os bichos estão dormindo. Aos poucos, vão acordar. 

Primeiro todos serão aranhas, que andarão com o apoio dos pés e das mãos no chão... 
Depois se transformarão em minhocas, arrastando-se pelo chão com a lateral do corpo... 
Logo serão cobras, arrastando-se pelo chão com o apoio da barriga... 

Tatus-bola, que com um movimento de abrir e fechar sua casca percorrerão a floresta... 
Leões, tigres, leopardos, de quatro patas pelo chão... 

Coelhos que andam pelo espaço com pulos pequenos e cangurus que percorrem a floresta com pulos grandes e largos... 

Passarinhos que batem suas asas bem pequeninas e águias que voam lá do alto com suas asas enormes e bem abertas... 

3º Distribua para as crianças os pedaços de tecido coloridos, um para cada um. É importante que eles sejam leves e que produzam movimento ao serem agitados pelas crianças. Deixe que elas explorem a sala manipulando os pedaços de tecido. Sugira que as crianças pintem a sala com os tecidos, como se fossem pincéis. A sala toda tem que ficar pintada o chão, as paredes, o teto. Diga às crianças que nenhum pedaço da sala pode ficar sem pintar. Sugestão de música: Peixinhos do Mar (Milton Nascimento, CD Sentinela) ou No Fundo do Mar (Bita e os Animais).

4º Sempre ao som de uma música (por exemplo Fome Come, da Palavra Cantada, CD Canções de Brincar), sugira uma brincadeira que as crianças adoram: peça que joguem os tecidos para cima e a os peguem, a cada vez, com uma parte diferente do corpo: 
- com a cabeça 
- com a barriga 
- com o braço 
- com o cotovelo 
- com os pés 
- com as costas 
- com o bumbum 
- com as palmas das mãos etc. 

5º Para terminar, um gostoso relaxamento. Sugestão de música: Palhaço (Egberto Gismonti, CD Circense). 

Organize as crianças em duplas e ofereça a elas uma bolinha de algodão ou mesmo um rolinho de pintura, como os usados nas atividades de Artes Visuais. 

Enquanto uma criança fica deitada, a outra deve acariciar seu rosto e partes do seu corpo com o algodão ou o rolinho. Isso deve ser feito com suavidade e cuidado, e possibilita uma interação muito especial das crianças, que, assim, cuidam umas das outras após uma atividade movimentada. 

Avaliação:
O professor tem na observação o melhor instrumento para avaliar a aprendizagem dos pequenos: eles participaram da atividade? Em qual momento se envolveram mais? O que foi mais desafiador para cada criança? E para o grupo? Essas e outras perguntas ajudam inclusive o professor a planejar as próximas atividades, mantendo ou modificando suas propostas dentro do campo de experiências do Movimento para as crianças.

DESENVOLVENDO HABILIDADES CORPORAIS NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Público-alvo: crianças de 0 a 3 anos

Objetivos: 
- Trabalhar em grupo e aprender regras de convivência, como esperar a vez, ganhar e perder. 
- Desenvolver habilidades corporais (pular, virar cambalhota etc.). 

Material necessário:
Colchonete, corda e obstáculos para as crianças pularem, como argolas e bambolês. 

Flexibilização: 
Para garantir a participação de crianças cadeirantes nesta atividade, o educador terá que contar com alguém que possa empurrar a cadeira. O ideal é que os próprios colegas cumpram este papel. O professor pode organizar um rodízio para empurrar a cadeira em alguns trechos do percurso, como, por exemplo, a passagem por baixo das cordas. É claro que, neste momento, a corda deve ser levantada, mas não o suficiente para a criança não ter que fazer nenhum movimento. Se ela for capaz de abaixar a cabeça ou dobrar o tronco, estes movimentos devem ser propostos.
É importante ressaltar, porém, que a simples adaptação do espaço e do material nem sempre dá conta de garantir a participação destas crianças e, sendo assim, é fundamental que o professor planeje, com antecedência, desafios possíveis para eles, e dos quais todos possam participar. As cambalhotas, por exemplo, podem ser também substituídas por "manobras radicais", assim: a partir de um sinal sonoro, todas as crianças devem sair correndo e, ao ouvir outro tipo de sinal, devem mudar de direção rapidamente, ou parar bruscamente. Atividades como essa podem garantir muita diversão se a criança com deficiência física puder fazer uma dupla com algum de seus colegas, que empurrará a cadeira. O importante é garantir a participação de todos na maioria das situações. 

Desenvolvimento: 
No pátio, monte um circuito com vários materiais: estique cordas e peça que os pequenos passem por baixo sem encostar nelas, coloque bambolês no chão e diga que pulem de um para outro e oriente para que façam cambalhotas sobre colchonetes. Apresente o que deve ser feito em todo o circuito e acompanhe as crianças em cada um dos desafios, evitando que tenham medo ou se machuquem. 

Avaliação:
Observe a diferença na participação de cada criança frente aos desafios corporais propostos para planejar as próximas atividades envolvendo maiores e menores dificuldades.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013


EQUILÍBRIO E COORDENAÇÃO

Atividades envolvendo equilíbrio, coordenação motora, lateralidade, flexibilidade, velocidade, destreza e ritmo:
  
Objetivos: Ampliar as possibilidades expressivas do próprio movimento, utilizando gestos diversos e o ritmo corporal nas suas brincadeiras,danças,jogos e demais situações de interação.

PULAR: Pular corda, Pular com o pé direito, Pular  com o pé esquerdo.

ANDAR: Andar de mãos dadas. Andar na ponta dos pés. Andar com o calcanhar. Andar sobre as bordas de fora dos pés. Andar sobre bordas de dentro dos pés. Andar com as mãos na cabeça. Andar em círculo. Andar em linha sinuosa. Pular com os dois pés.

PASSOS: Passo de formiguinha. Passo de elefante. Passo de tartaruga. Passo do anãozinho.

BAMBOLÊ: Brincar livremente com o arco. Entrar e sair do arco. Caminhar ao redor do arco. Formar um túnel com os arcos (algumas crianças seguram o arco e outras passam dentro dele).

BOLA: Jogar a bola para o companheiro. Quicar livremente a bola. Chutar a bola de diferentes maneiras:  Um pé só direito e esquerdo

PARQUE: Balançar. Escorregar. Subir. 

FAZ DE CONTA: Pianista (mexendo as pontas dos dedos). Derreter como um sorvete. Flutuar como um floco de algodão. Balançar como folhas de uma árvore. Correr como um rio. Voar como uma gaivota. Cair como um raio. Estátua. Cabeleireiro. Baú de roupas. Médico.

ATRAVESSAR UM RIO: Fazer dois riscos no chão como se fosse um rio, pedir que saltem sem cair na água.

CIRCO: Um Circo chegou à cidade ele tinha muitos animais ele trouxe um (DIZ O NOME DE UM ANIMAL) Apontar uma criança, esta terá que imitar um animal e as outras terão que descobrir qual animal ela está imitando.

BORBOLETA: faz de conta: Se você fosse uma borboleta, você ela estaria acordando agora, vamos abrir as asas e olhar para o sol dizer bom dia meu amigo sol e com movimentos leves com os braços você vai pousar de flor em flor (esta flor será um amiguinho seu).

BRINCAR DE CIRCO: Fazer uma linha no chão, eles terão que andar na linha como se fosse um equilibrista.

IMITAR ANIMAIS: Cachorro. Gato. Tartaruga. Peixinho. Elefante. Cobra.

BRINCADEIRAS PSICOMOTORAS

Brincadeira: Arranca rabo
Objetivos:  Desenvolver a agilidade, a percepção visual e o esquema corporal;
Procedimentos: Separa-se o grupo em duas equipes, cada equipe recebe uma cor de rabo. O rabo será colocado em cada criança. Dado o sinal, as crianças de cada grupo devem correr e arrancar o rabo das crianças da equipe adversária, cuidando pra ninguém pegar o seu. No sinal do professor, as crianças param e verificam qual equipe conseguiu arrancar mais rabos, sendo esta a vencedora.


Brincadeira: Boneco de massa
Objetivos: 
-Desenvolver o esquema corporal expressando-se de diversas maneiras;
-Localizar as partes do corpo durante a realização de um movimento.
Procedimentos: As crianças brincam em duplas. Uma criança deverá ser o boneco de massa e a outra o modelador. O modelador deverá modelá-lo fazendo as posições que quiser, movimentando o corpo do outro. Depois trocam se as posições quem era o boneco vira o modelador e o modelador vira o boneco. Poderá ser feito um concurso de quem modela o boneco mais bonito.


Brincadeira: Cola e descola
Objetivos:  
 -Adquirir hábitos de cooperação nas atividades de equipe, assumindo responsabilidades, auxiliando os membros da equipe e respeitando suas regras;
- Desenvolver o freio inibitório e contribuir para o desenvolvimento da agilidade motora, bem como da praxia.
Procedimentos: Uma criança será sorteada para ser o que cola. Dado o início, as crianças deverão correr pelo espaço marcado, enquanto acriança que cola deverá colar as outras crianças. Quem for colado, deverá ficar parado até que outra criança do grupo descole. Quem for colado mais de duas vezes, deverá ajudar a criança que estiver colando.


Brincadeira: Lobos e carneiros
Objetivos: 
 - Desenvolver a agilidade motora e  a atenção;
- Desenvolver o controle e a eficácia das diversas praxias globais e segmentares.
Procedimentos: Traçar duas linhas no chão afastadas cerca de 20 metros uma da outra. As crianças são dividas em dois grupos: lobos e carneirinhos. Cada grupo se coloca atrás de uma linha. O grupo dos lobos fica de costas para os carneirinhos. Dado o sinal, os carneirinhos saem para passear em direção aos lobos. Quando estiverem bem próximos, o professor deverá dizer: "Cuidado com os lobos!". Os carneirinhos deverão voltar correndo. Quem for pego antes da linha passará a ser lobo. A brincadeira termina quando todas as crianças forem lobos.

A CRIANÇA E O DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR


     As atividades motoras na  educação contribuem para o desenvolvimento global das crianças. É necessário educar o corpo, estruturando-o por meio de uma atitude intensamente positiva em relação ao EU/VOCÊ corporal, a fim de desenvolver a sua integridade, sua eficiência física e psicológica. Os movimentos expressam o que sentimos nossos pensamentos e atitudes que muitas vezes estão arquivadas em nosso inconsciente. Estruturar o corpo com uma atitude positiva de si mesmo e dos outros, a fim de preservar a eficiência física e psicológica é sem dúvida um dos desafios da educação, para que assim as crianças possam desenvolver seu esquema corporal. As experiências psicomotoras, sociais e intelectuais determinam nossos pensamentos e atitudes. Desta forma a educação deve propiciar experiências significativas e positivas para a formação da própria identidade da criança. Os jogos e as brincadeiras são uma fonte de construção de significados e limites. Além de estar comunicando-se com o mundo, a criança está se expressando. Daí a sua importância no contexto da educação.

  










segunda-feira, 2 de abril de 2012



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