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sábado, 19 de março de 2016

IRA, MARÇO 05, 2013

Arca de ninguém >Estímulos literários > 05/03/13




Arca de Ninguém
Autora:Mariana Caltabiano
Ilustrações:Patrícia Lima
Editora: Scipione

Arca de ninguém
Mariana Caltabiano

Há muitos e muitos anos, houve uma enorme enchente na Terra.
Um homem chamado Noé construiu uma arca para salvar os animais.
Essa história todo mundo conhece. O que ninguém sabe é que Noé teve muitos problemas para convencer os bichos a entrar na arca. Eles não queriam se misturar.
Os macacos queriam viajar na primeira classe, pois se achavam mais espertos que os outros bichos.
Nenhum bicho queria viajar com os porcos por causa do mau cheiro.
Os ratos tinham medo dos gatos e os gatos dos cachorros.
Ninguém queria dormir com as galinhas, porque elas acordavam muito cedo.
Os tigres achavam os leões metidos por serem os reis da selva.
As girafas se sentiam superiores e não queriam baixar o nível para falar com os outros.
O mico leão-dourado era minoria e tinha mania de perseguição.
Os pinguins estavam mais perdidos que cachorro em dia de mudança e eram os únicos que vestiam casaca.
Todos tinham raiva das hienas, que morriam de rir num momento daqueles.
As abelhas achavam as formigas o fim da picada.
As araras e os papagaios não se bicavam.
Os animais não percebiam que o mundo ia acabar e eles continuavam discutindo.
Então, Noé pediu a eles que parassem de agir como humanos e esquecessem suas diferenças pelo menos naquele dia.
O elefante disse que era impossível esquecer, por causa da sua memória indiscutivelmente grande.
O macaco, que é o bicho mais parecido com o homem, falou que aquilo era conversa pra boi dormir e fez pouco caso da água que não parava de subir.
Só que a água subiu, subiu e nem a coruja deu mais um pio.
Quando os animais perceberam que não tinham saída, subiram todos na arca.
Lá dentro, eles viram que conviver não era nenhum bicho de sete cabeças.
Afinal, apesar das diferenças, estavam todos no mesmo barco, e ali ninguém era melhor do que ninguém.
Livro:

ARCA DE NINGUÉM
COMPARTILHAMENTO DE INFORMAÇÕES PRÉ-TEXTUAIS
a) O professor pergunta aos alunos quem já ouviu a história da Arca de Noé?
b) Depois de todos compartilharem o que sabem sobre a história, a professora mostra o livro”Arca de Ninguém”
EXPLORAÇÃO DO TÍTULO
a) Será que a arca é de ninguém? Porque ninguém entrou nela?
b) Será que a arca é de todo mundo e ninguém manda nela?
c) Será que todos mandam dentro da arca e ninguém pode ser o seu dono?
d) Será que o Noé é o ninguém da arca?
LEITURA INTERPRETATIVA DO TEXTO
O professor inicia a leitura do texto apontado com o dedo as ilustrações de cada página.·
a) O que vocês acharam da história?
b) Os animais tiveram problemas uns com os outros? E vocês, já passaram por alguma situação semelhante?
c) Você já presenciou alguma vez pessoas tendo a mesma atitude dos animais, ou seja, gente rejeitando gente?
d) Com quem? Onde? Quando? Você viu esta cena de rejeição?
e) E você , já fez isso com alguém? Teve preconceito, não quis ficar junto de alguém?
Obs. Explicar o que é preconceito
Encerrada a leitura, sugerimos algumas questões para serem discutidas.
RECONTANDO A HISTÓRIA COM A TURMA
a) Liste, junto com os alunos, todos os personagens da história.
b) Deixe que cada um escolha seu personagem (o bichinho).
c) A história é apenas narrada, não aparecem diálogos, portanto, sugerimos duas formas de trabalho.
Personagens dramatizam e o narrador lê a história.· para teatro)
Professor e alunos montam os diálogos de acordo com a narração. (texto·
Confecção das máscaras.·
Obs. Se a turma for formada por mais de 20 alunos, sugerimos colocar dois alunos para representar alguns animais, pois a arca recebeu dois animais de cada espécie.
Apresentação para os colegas.
JOGO QUANTAS SÍLABAS, QUANTAS LETRAS
Esta é uma atividade para ruptura da hipótese silábica.
Material
Cartas contendo desenho de um lado e a escrita do nome deste desenho no outro·
Copinhos de café·
Dado
Instruções para o jogo
Espalham-se todas as cartas na mesa, com o lado dos desenhos voltados para cima.
Um aluno inicia o jogo, lançando o dado e escolhendo um desenho cuja quantidade de sílabas orais contidas no nome deste desenho seja a mesma da face do dado que ficou voltado para cima. Em seguida, o aluno vira a carta, observa a escrita e apanha um feijão para cada letra que a palavra contém, mantendo a carta consigo até o
final do jogo, que termina quando a última carta for apanhada.
No jogo há várias palavras monossílabas, dissílabas, trissílabas e com quatro sílabas.
É considerado vencedor, o aluno que terminar o jogo com maior número de feijões.
Variações
Pode-se pedir aos alunos que estiverem no nível alfabético, para dizerem, antes de virarem a carta, quantas letras tem a palavra do verso.
Neste caso o aluno só apanha os feijões se sua resposta estiver correta, em caso de erro a carta volta ao centro da mesa.
Outra forma de diversificação seria pedir aos alunos para escreverem a palavra, antes de virar a carta, e em seguida conferir sua escrita com a palavra do verso.
M
MACACO
JOGO DO QUARTETO OU DORMINHOCO
Nº de participantes
: de 4 jogadores
Nº de cartas
Desenhe ou cole figuras dos animais citados na história em papel catão e faça fichas.
Uma com a figura a outra com o nome do animal constante na figura em caixa alta, outra com a inicial do nome e, por último, outra carta com o mesmo nome em letra cursiva.
Ao final terá um acervo grande de cartas o suficiente para propor o jogo.
Regras
Para baixo para ninguém vê-la.
Os jogadores deverão tentar formar o quarteto, com as cartas que recebem.
O mico é uma carta que apenas tem o objetivo de atrapalhar a formação dos quartetos, portanto, ao recebê-lo, deve-se esperar uma rodada para passar ao próximo jogador.
O jogador que conseguir formar o quarteto primeiro, coloque-o sobre a mesa e não diga nada a ninguém.
Quem observar que o mesmo já abaixou, baixa em seguida o seu jogo também, mesmo que este não tenha feito seu quarteto.
O último jogador a perceber que todos abaixaram, mas menos ele, é que será o Dorminhoco.
Aquele que ficar de Dorminhoco terá que realizar um desafio.
Embaralhe as cartas, distribua-as de forma que o jogador iniciante fique com 5 cartas e o restante com 4 cartas.
O início do jogo se dá no momento que o jogador iniciante analisa as suas cartas e passa ao próximo jogador aquela a qual não seja pertinente ao seu jogo e, dessa forma, continuam-se as jogadas.
A passagem de carta para o próximo jogador não poderá ser exposta, ou seja, deve- se passar a carta virada
Sugestão de desafios
Caso o aluno for alfabético ou alfabetizado, ler um pequeno texto,uma parlenda, trava-línguas, etc.; caso seja silábico, ler palavras ou perguntar quantas vezes abre-se a boca para falar uma certa palavra; caso seja pré-silábico 1 ou 2, dizer iniciais de palavras, com qual letra começa certa palavra, etc.
 O que vale é acriatividade do professor, o importante é não deixar o jogo pelo jogo.4 quartetos e um mico/ou letra que não faz parte do jogo, no total de 17cartas.
Cada quarteto deve compor:1 carta com uma figura, 1 carta com o nome da figura, 1 carta com a inicial do nome da figura e 1 carta com o nome da figura em letra cursiva.
Forme quatro jogos de quarteto.



Vejam aqui atividades sobre esta obra: 
Vejam modelo:


Jacaré com dor de Dente???

Joca era um jacaré que se achava muito esperto.


Mas, desconfio que Joca não era tão esperto assim.

Certo dia, Joca acordou com uma terrível dor de dente.

Jacaré com dor de dente?

É pra você ver, até jacaré tem dor de dente.


A dor era terrível. Joca rolava pra lá e pra cá.


Se tentava comer:

_ aiaiaiaiaiaiaiai!

_ Dói demais

Se tenta beber:

_ uiuiuiuiuiuiuiui!

_ Como dói.

Joca estava desesperado, não sabia mais o que fazer, e até começou a chorar.

Jacaré também chora?

É pra você ver, até jacaré chora quando sente muita dor.

Foi aí que eu apareci.

Eu, o Dente!

Mas dente fala?

É pra você ver, o que a gente não faz para ajudar um amigo.

Mas voltando para a história, pulei da boca do Joca e lhe dei um sermão:

_Tá com dor de dente?

_Bem feito!

Joca me olhou com uma cara de: “Não estou entendendo nada!”

_ Você é o meu dente? Pergunta Joca.

Então, respondi

_ Sim! Sou seu dente e vim aqui fazer uma reclamação!

_ Você não cuida da gente!

Joca fez uma cara de sem graça, aquela que a gente faz quando fez algo de errado.

_ Mas, o que eu fiz pra merecer... aiaiaiaiauiuiuiui.... essa doooooooor. Disse Joca gemendo de dor.

Eu disse:

_ Joca, você não está cuidando dos seus dentes!

_ Não entendi! Disse Joca perplexo.

_ Eu como um montão de coisas.

Então, respondi:

_ Sim, e nós ajudamos. Cortando, rasgando e amassando toda essa comida, mas o que eu quero dizer é que você só come, come, come...!

_ E NÃO CUIDA DE NÓS!

Eu disse, gritando.

Dente também fica bravo?

É pra você ver. Até dente fica bravo às vezes,
mas voltando para a história...

Eu disse:

_ Sabe quem anda passeando nos seus dentes?




_Bactérias, tártaro, cáries!
A galera do mal que lentamente vão abrindo buraquinhos e estragando seus dentes.

Joca estava uma fera e gritou:

_ CADÊ ELES, CADÊ ELES? Me diz que eu pego todos eles. Sou muito esperto e vou acabar com essa galera do mal!

_ Bom! _Eu falei

_Você não tem nada de esperto Joca. Está deixando esses vilões acabarem com a gente!

_ Sabe Joca, esses inimigos dos dentes não são grandalhões.

_ NÃÃÃÃÃO??? Disse Joca surpreso.

Eu continuei...

_ São pequeniniiiiiiiiinhos, microscópios!

_ Não dá pra gente ver, mas estão lá, roendo os dentes sem parar!

_ Mas o que eu posso fazer para acabar com esses monstros? Ops! Monstrinhos? Perguntou Joca suplicando.





Respondi:

_ É fácil, Joca! É só chamar a galera do bem. Os super amigos dos dentes!

E dente tem super amigo?

É pra você ver.

Até dentes tem super amigos, mas voltando para a história...

_ Essa turma é imbatível!

_ Ah, é? E quem são eles? Me conta, me conta! Disse Joca muito curioso.

Esclareci:




_ O primeiro é o Dentista!

_ Vou te contar, esse é ô cara!
Ele cuida, trata, limpa e mantém os dentes sempre saudáveis e te dá dicas legais para cuidar dos dentes e adora receber sua visita. Mas às vezes a gente esquece-se de ir com frequência. O ideal e visitá-lo de seis em seis meses!

_ Mas onde encontro um desses? Indagou Joca.

_ Ah! É fácil! Eu te indico um ótimo, tem também garotas dentistas, são tão lindas!...
Quer dizer...
cuidadosas!




Continuei:

_ Mas, tem mais amigos do bem!

_ Tem o trio imbatível!
Eu acho que até que são os três mosqueteiros, tipo...
Um por todos!
E todos por Um!

Que dá um chega pra lá na galera do mal!

_ É? E quem são eles? Perguntou o curioso Joca.

_ Dona Escova, Seu Pasta de Dente e o Seu Fio Dental!
Nunca se separam, gostam de trabalhar em equipe.
Todos os dias, após as refeições eles entram em ação!

Continuei:

_ Dona Escova e Seu Pasta se juntam e limpam toda a sujeira que encontram no caminho, deixando os dentes limpos, brilhantes e com um cheirinho... booomm!

 




_ Mas e o Seu Fio? Indagou Joca.











_ Ah! Ele completa o serviço, limpando nos lugares mais difíceis, entre os dentes, onde Dona Escova e Seu Pasta não conseguem entrar.

_ É Jacaré, com os Três Mosqueteiros e seu amigo Dentista (ou amiga), não há galera do mal que resista. Seus dentes vão ficar incríveis, ou seja, eu vou ficar liiiiiiiindo!

Finalizei.



_ Puxa! Gostei das dicas! Disse Joca

Então, me despedi:

_ É isso aí, já vou indo! Se cuida jacaré!

E Joca me interrompeu:

_ Opa! Espere aí! Você disse que ia me indicar um Dentista!

_ Claro!



(mostra o cartão do dentista)



_ Alô! Por favor, aqui é o Joca, o jacaré, quero marcar uma consulta!






Mas, jacaré vai ao dentista?


É pra você ver, até jacaré vai ao dentista.

E você??




Autora: Adriana Mendes da Fonseca

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