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terça-feira, 12 de abril de 2016

NÃO QUERO DORMIR!

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Boi da Cara Preta e a Cuca

NÃO QUERO DORMIR!

A história da menina que não queria dormir, tinha medo; Monstros a atormentavam.
Com a participação da CUCA e do BOI DA CARA PRETA.
Peça que aborda as cantigas de ninar, os personagens e as mensagens que elas trazem. Na peça as mensagens são destacadas.
Por fim a solução para a menina dormir...

Cenário: Quarto de criança

CENA 01
TATI – Mamãe não quero dormir!
MÃE – Tati, a mamãe vai cantar uma música pra você. Prometo que não vou sair daqui.
TATI – Tá bom mamãe. Então cante uma música bem linda...
MÃE – (Canta) Dorme neném, que a Cuca vem pegar... (Canta 3 vezes) Dormiu. Graças a Deus!
(Beija-a, apaga a luz e sai)


CENA 02
CUCA – (Risada maquiavélica) Hoje! É hoje! Sopa de criança, criança assada, guizado de criança, o que vai ser hoje?
TATI – (Acorda e chora) Você de novo? Vai embora!!!
CUCA – Não gosta da titia Cuca?
TATI – Como você entrou aqui? Quem te autorizou?
CUCA – Entrei pela janela e sua mãe me autorizou!
TATI – Mentira! Minha mãe não autorizou!
CUCA – Ela cantou a música me convidando. Eu posso estar aqui.
TATI – Eu quero minha mãe!
CUCA – Sua mãe saiu! Ela foi pra roça e o seu pai pro cafezá! (Rizada e canta) “Cuidado com a Cuca, a Cuca te pega, ela pega daqui e pega acolá!” Agora, vou cortar você com meu facão e comer você! (gargalhadas)
TATI – (Chorando) Não, por favor! Não! Não! Não!
(A Cuca sai)
MÃE – Filhinha! (Entra correndo)
TATI – Mamãe!
MÃE – Outro pesadelo? Já não sei mais o que faço. Pronto! Não chore! Passou, passou... vamos lá pro quarto da mamãe... (Saem)
 

CENA 03
MÃE – Filhinha, dessa vez você vai dormir, ok?
TATI – Mamãe, eu não quero dormir, eu tenho medo!
MÃE – Não precisa temer. A mamãe vai cantar pra você dormir. (Canta Boi-da-cara-preta e beija-a e sai)


CENA 04
BOI – (Muge)
TATI – Quem está aí?
BOI – Eu, seu amigo.
TATI – Amigo? Que amigo?
BOI – O Boi-da-cara-preta.
TATI- O que você quer?
BOI – Eu vim pegar você. Eu ouvi a música.
TATI – Eu não tenho medo de careta.
BOI – Tem sim! (Faz careta e a Tati assusta) Não disse? Tem sim. Agora, vou levar você comigo.
TATI – Levar pra onde?
BOI – Pro inferno!!!
TATI – Não! Não! (Fala chorando e com um grito acorda)
MÃE – De novo minha filha? Já não sei o que faço mais!
TATI – Mamãe, foi horrível. Era o Boi-da-cara-preta. Ele queria me levar!
MÃE – Isso não existe minha filha. Não chore! Não chore! Vamos dormir com a mamãe.
 

CENA 05
MÃE – Pois é irmã, chamei você aqui, pra nós orarmos no quarto dela. Ela continua tendo pesadelos.
IRMÃ – É vamos orar, pois esse demônio vai Ter que sair, no Nome de Jesus!
MÃE – Ela não dorme à muitas noites.
IRMÃ – Você já me chamou aqui 14 vezes e continuarei vindo aqui, até que isso acabe.
(Elas oram)
MÃE – Eu dou tanto carinho pra ela, eu até canto músicas infantis pra ela.
IRMÃ – É isso mesmo irmã. Cante mesmo! Cantar corinhos para as crianças enchem elas do Espírito...
MÃE – (Sem graça) co – corinhos?...
IIMÃ – É...corinhos! Você canta, não?
MÃE – Não. Eu canto músicas infantis, como... (Canta )
IRMÃ – É isso irmã! Aí está o problema! Certas músicas infantis trazem contextos diabólicos. Quando você as canta, você dá base legal para demônios virem atormentar sua criança. A Cuca é uma bruxa feiticeira e o boi é um monstro que atormenta as crianças, e por aí vai. Tem o homem do saco que pega crianças na rua, tem o bicho-papão, todos trazem medo para as crianças!
MÃE – Nossa, como não pensei nisso antes?
IRMÃ – Agora esta noite faça diferente, leia a palavra e cante corinhos, você vai ver o resultado. A palavra tem poder e o louvor liberta!
MÃE – Amém! Eu creio!

 
CENA 06
TATI – Eu não quero dormir!
MÃE – Filha, hoje você vai dormir em Nome de Jesus! Ele está aqui agora pra te proteger. Quero ler um versículo pra você. (Lê um versículo, canta e sai)
CUCA – (Gargalha)
BOI – (Muge)
OS DOIS – Ó nóis aqui ôtra vêis!!!
TATI – (Chora) Não! Me deixem em paz!!!
BOI – Você nos pertence!
CUCA – Sua alma é nossa garota!
BOI – Sua mente está em nossas mãos!!!!
CUCA – Os seus sonhos são nossos...
BOI – Sonhos? Pesadelos!!!
TATI – Vão embora! Por favor! Chega!
BOI – Embora? Acabamos de chegar!
CUCA – E vamos ficar em sua vida para sempre!
BOI – Agora vamos acabar com você!
(Levantam suas armas contra ela e um anjo aparece)
ANJO – Podem ir parando por aí!
CUCA – Quem é você?
BOI – Você é um intruso!
ANJO – Fui enviado em missão especial, para guardar esta criança! Vocês não podem tocá-la!
CUCA – Quem disse?
ANJO – Jeová Tsebaot, o Senhor dos Exércitos!
BOI – Esse cara não é de nada... Ignora ele. Vou matar você! (Vai acertar a criança e o anjo o acerta com sua espada) Seu bastardo!!!!
(O anjo o acerta várias vezes empurrando-o para fora do palco)
ANJO – Agora é sua vez! (Para a Cuca)
CUCA – Não precisa violência, pode deixar que eu saio...
(O Anjo dá as costas pra cuca, ela vai o acertar e o anho a acerta com sua espada)
CUCA – (Grita de dor)
(O anjo deita a criança na cama e se posiciona ao seu lado)
MÃE – Vou ver como minha filha está... Graças a Deus, dormindo. (Beija-a)
TATI – (Acorda com o beijo) Mamãe, tive um sonho lindo. Hoje posso dizer: “Em paz me deitarei e dormirei, porque só tu Senhor, é que me fazer repousar em segurança...”
(Se abraçam)
09/2000 (El Cerrito-CA)
 
 
Visite os sites do autor. Dicas e exercícios de teatroBaratas de Palco e  + Peças Teatrais Meu Teatro
 
Se montar esta peça, faça contato com o autor, diga-lhe como foram o trabalho e os resultados.Jaime Junior

LIVRO COLORIDO

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Livro de páginas coloridas sem palavras

Páginas coloridas representam, de forma poética e alegórica, a riqueza que é a leitura da Bíblia, onde lemos sobre o amor de Jesus por nós. Ilustração que também é conhecida como "Livro sem palavras". Dinâmica para evangelização.


DIRIGENTES 1 e 2 – vestidos de blusa branca, com pedaços de tecidos de todas as cores apresentadas (dourado, preto, vermelho e verde).
Iremos contar a historia de um livro
Mas de um livro diferente...
Um livro sem palavras
Este livro tem páginas coloridas
E cada página nos diz algo lindo
Geralmente, quando lemos um livro, começamos pela frente, não é mesmo?
Mas com este livro vamos começar com a última pagina
Para saber logo o final da história
E esta história termina Maravilhosamente!
TERMINA NO CÉU!
* PAGINA DOURADA
O CÉU É PRA ONDE EU QUERO IR
O CÉU É PRA ONDE EU VOU
Eu não posso lhe dizer como o céu é lindo
Mas há um versículo da palavra de Deus que nos dá uma ideia
Apocalipse, capítulo 21, versículo 21, diz:
“E as doze portas eram doze pérolas e a praça da cidade é de ouro puro!”
Ah, mais do que isso:
O céu é um lugar de alegria
Lá ninguém fica doente
Lá não existe dor, nem sofrimento, nem tristeza
Melhor ainda: ninguém morre
“Porque Deus enxugará dos olhos toda a lágrima e a morte já não existirá
Já não haverá luto, nem pranto, nem dor.”
Somente Deus poderia criar um lugar tão maravilhoso
Na casa de meu pai há muitas moradas
Deus te ama!
Deus quer te salvar!

* PÁGINA PRETA
QUANDO JESUS ESTENDEU SUA MÃO
QUANDO ELE ESTENDEU SUA MÃO PARA MIM
Olhei em minha volta um dia e só vi desilusões
Somente a morte, a guerra, a dor
Na terra só destruição
Por causa do pecado que faz a separação
Separação entre Deus e os homens
Pense então: Deus quer que cada um de nos vá para o céu
Mas a palavra de Deus nos diz que se há pecado em nossos corações
Este no impede de entrar no céu
Mas escute:
Deus tem boas novas para você:
“Cristo escolheu os cravos, morreu pelos nossos pecados,
ressuscitou e vivo está!” Aleluia!
* PÁGINA VERMELHA
MATARAM JESUS O FILHO DE DEUS
COLOCARAM EM UMA CRUZ, COMO ELE SOFREU
A bíblia nos fala que o sangue de Jesus, filho de Deus
Nos purifica de todo o pecado
Como é maravilhoso saber que Deus nos ama tanto
Que deu seu único filho para ser o nosso Salvador
Jesus, o que não conheceu o pecado
Se fez pecado por nós
Os cravos que feriram o corpo do Senhor
Eram meus, eram seus
Mas Ele escolheu morrer em nosso lugar... (pequena pausa)
Mas ressuscitou!!!
E hoje salvo estou, curado estou, vitorioso sou!
Jesus está dizendo:
Eis que estou à porta do seu coração e bato
Se você ouvir a minha voz e me deixar entrar
Ficarei contigo para sempre
* PAGINA VERDE – entra com a bíblia na mão com gestos de adoração
SENHOR, ESTOU AQUI PARA TE ADORAR
EM TUA PRESENÇA DESEJOS ESTAR
A página verde nos fala da nova vida que recebemos
Quando aceitamos a Jesus como nosso Salvador
Porque quem crer no filho de Deus tem a vida eterna
Porque todo aquele que renunciar tudo que o mundo tem a ofertar
Por amor de Cristo, este será salvo
Com cristo viveremos uma nova vida:
Vida de paz
Vida de alegria
Vida de fé
E esta nova vida
Precisa ser alimentada
Com leitura da palavra
E com oração
E ao que vencer, o Senhor Jesus
Dará a coroa da vida
E tem mais:
O Senhor estará conosco todos os dias
Até a consumação do séculos.
Amém!

* DIRIGENTE 2 - vestido de blusa branca, com pedaços de tecidos de todas as cores apresentadas (dourado, preto, vermelho e verde)
Então, vocês gostaram do livro?
Essa é a mais bela história de amor que já se escreveu:
O AMOR DE DEUS
Não havia nada em nós para que Ele nos amasse, mas
Jesus escolheu nos amar!
E entregou sua vida pra nos salvar!
A cruz, os cravos eram nossos
Mas Cristo que sofreu toda essa dor
E hoje te oferece uma nova vida
Vida de alegria aqui na terra
E vida eterna no céu
E ao que vencer ainda entregará a coroa da vida
Coroa que está reservada aos que o amam
Jesus te ama
Renda-se a esse amor!
Au

NÃO TOQUE

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Placa NÃO TOQUE

Dois atores e uma cadeira, um cartaz "não toque".

Um Mímico curioso, que por acaso passava pelo local, percebe a cadeira e se aproxima...

O mímico desobedece...

O VÍDEO da peça está aqui

Uma cadeira está no meio da praça com um cartaz pendurado nela dizendo: "NÃO TOQUE".
O Mímico curioso que por acaso passava pelo local percebe a cadeira e se aproxima. Rodando em torno da cadeira ele tenta entender o que há de errado com ela. Sem chegar a conclusão alguma, o curioso passa a frente da cadeira e olha para a esquerda e para a direita, observando se ninguém aparece.
Vendo que "a barra estava limpa", o curioso pega o cartaz (disfarçando e cheio de confiança) e o joga no chão , desprezando-o. Enquanto olhava para o cartaz no chão, o curioso sem perceber apoia-se na cadeira.
Após achar graça do cartaz caído no chão, o mímico percebe ao tentar ir embora, que sua mão ficou colada na cadeira (a mão e a cadeira permanecem imóveis embora o curioso esforce-se em descolá-la ). Neste instante, outro mímico, o amigo, passa pela frente da cadeira com o curioso colado. Imediatamente o curioso disfarça, acenando para o amigo que então continua seu passeio. Após o amigo se afastar o curioso começa a ficar impaciente . Ele coloca a outra mão no acento da cadeira para tentar descolar a primeira. Então percebe que sua segunda mão fica colada também . Faz força, levanta a cadeira, sacode, e imediatamente disfarça quando percebe que o amigo se aproxima novamente. O curioso sorri sem graça e finge estar fazendo exercícios.
O amigo acha estranho, mas depois olha para a platéia e elogia o curioso. Faz sinal de aprovação e continua seu passeio. Tão logo o amigo se distancia, o curioso recomeça a tentar se descolar. Ele está realmente nervoso agora. Joga a cadeira para um lado, joga para o outro, coloca o pé no acento para se apoiar, mas o pé escorrega e ele acaba sentando na cadeira, totalmente colado agora.
Enquanto o curioso se sacode, o amigo se aproxima, estranhando a situação. Desta vez o curioso não perceba a aproximação do amigo, e não disfarça. O amigo começa a perceber o que está acontecendo. Encontra o cartaz caído no são e entende a situação.
Mostra o cartaz "NÃO TOQUE" para a platéia fazendo cara de quem diz: "agora estou entendendo...".
O amigo então se propõe a ajudar o curioso. Ele explica que vai orar a Deus para que Ele o descole da cadeira. O curioso que continua com uma cara de revoltado com a situação, não faz muita fé na eficiência da oração do amigo que mesmo assim não desiste. Dobra os joelhos e ora com um rosto que demonstra sinceridade, simplicidade e fé. Enquanto isso o curioso que estava olhando a oração com cara de revoltado, descola-se completamente.
Surpreso, o curioso se levanta com o rosto alegre e festeja com seu amigo. O amigo então pega o cartaz e entrega para o curioso que aceita de boa vontade o mesmo. O curioso coloca então o cartaz de volta na cadeira.
O amigo concorda com o curioso, mas após o cartaz "NÃO TOQUE" que esta colocado na cadeira, ele apanha -o e vira o cartaz que agora diz: "PECADO".
Algumas pessoas perguntam sobre a trilha sonora usada, neste vídeo é: "Here I Go Again" / Vitamin String Quartettores: 

PORTAL VIRTUAL

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Tecnologias

Os vícios da tecnologia acabam sugando os personagens. O Leko não entrou na onda de super conectado e será a pessoa que ajudará as demais a saírem do portal que às sugou.

Dramatis personae – Leko, Teko, Neko, Bia e Lia.

Leko curtidor entra em cena.
LEKO CURTIDOR:   Olá amiguinhos. Vocês não me conhecem, não é? Mas eu vou me apresentar. Meu nome é Leko Curtidor. Gosto muito de curtir, de compartilhar, de brincar, enfim, de viver. Pois, é amiguinhos! Gosto muito de viver. Mas não estou conseguindo mais viver brincando como antes. Gostaria de não só de brincar ao simular, mas brincar ao suar. Não gostaria só de curtir e compartilhar, mas também de criar e tatear. Mas olho ao redor, e os meus outros amiguinhos só estão digitando, assistindo, conectados, vidrados. E então, amiguinhos, num dia lindo, eu saí para encontrar esses meus amiguinhos para brincar, e vocês não sabem o que aconteceu. Simplesmente eu não os encontrei! É verdade! Não encontrei ninguém. E a dúvida que eu tenho é a seguinte: será que eles foram engolidos por alguma coisa? E então, meus amiguinhos, eu procurei, procurei, procurei, até que encontrei. Não os meus amiguinhos, mas uma entrada chamada PORTAL VIRTUAL. Me disseram que eles foram parar lá. Então, eu convido vocês a visitarem essa dimensão que vocês vão conhecer hoje! Venham com o Leko nesse treco chamado PORTAL VIRTUAL!
As cortinas se abrem. O Cenário é construído por engenhocas que parecem colunas gigantes que apoiam um enorme retângulo com cantos arredondados, mas que dão a sensação de que estamos dentro de um enorme tablet ou i-phone.
LEKO: Olhem só, amiguinhos! Encontrei todos os meus amiguinhos que eu estava procurando. O Teko, o Neco, a Bia e a Lia. (aos companheiros dele) Fala aí, gente! A nossa turma voltou a atacar!!!
MENINOS: (falando juntos) Leko-Teko-Neco!
MENINAS: (falando juntas) Bia e Lia!
MENINOS: (falando juntos) Leko-Teko-Neco!
MENINAS: (falando juntas) Bia e Lia!
LEKO: Puxa! Estava procurando vocês por toda a parte e não conseguia encontrar. Como vocês vieram parar aqui nesse Portal Virtual?
TEKO: Leko Curtidor. Cada um tem uma história. Eu vim parar aqui pois estava jogando o meu PSP, e estava passando de fase, passando de fase, e não havia mais fase para eu passar, mas eu queria romper com todas as barreiras do meu desempenho, e então vi um foco de luz no meu quarto, mas não caminhei até ele, pois não conseguia me apartar do meu desejo de permanecer no mesmo lugar e continuar jogando, sentado, o meu PSP. Foi então que ao invés de caminhar até o foco de luz, cliquei em NEXT, e de repente me vi sendo arrastado para o tal portal. E cheguei aqui. Ah, e é bom que fique bem claro que fui o primeiro a chegar!
LEKO: Caramba, Teko. Que história. E você, Neco. Foi assim também.
NECO: Claro que não. O meu caso foi o seguinte. Estava numa festa de aniversário. E nessa festa, o pessoal da animação estava realizando umas brincadeiras. Eu não estava nem um pouco a fim de participar, e fiz de tudo para ficar de fora. Mas estava com vontade de apenas ficar filmando com o meu celular as brincadeiras. Não perdi um detalhe, apesar de não ter brincado em nenhum momento. Registrei tudo no meu celular. E não queria mais deixar de filmar os momentos da festa. Só filmava! Até que filmei até mesmo o momento em que cantavam o “parabéns” para o aniversariante. Enquanto cantavam, também vi um foco de luz, mas esse foco me impedia de ficar filmando, pois a cena estava muito clara. Fui tentar achar onde era a fonte dessa forte luz para desligá-la, e então ao me aproximar dela também fui puxado, e parei de ficar filmando e vim também parar aqui. E sem celular para filmar.
TEKO: Ah, eu também vim parar sem o meu PSP.
TEKO: Meu Deus! Que coisa mais estranha. E vocês duas, Lia e Bia!
LIA: Nós viemos parar as duas juntas aqui.
BIA: Pois é. Estávamos conversando na rede social e fomos atraídas para esse portal.
LEKO: E como foi?
LIA: Bom, primeiro é bom te contar o trato que eu e a Bia fizemos. Entramos no seguinte acordo: seríamos amigas para conversar não somente pessoalmente, mas o tempo todo pelo celular, na rede social.
BIA: É verdade. Até mesmo quando estávamos dentro da mesma casa, não conversávamos, mas papeávamos teclando no celular.
LIA: Aí, teve um dia que a mãe da Bia me chamou para ir num passeio, e eu e a Bia estávamos no banco de trás do carro. Fazendo o que?
BIA e LIA: Teclando uma com a outra no celular.
LEKO: Mas porque vocês não conversaram oralmente se vocês estavam uma do lado da outra?
LIA: O som do carro estava alto demais.
BIA: E também não queríamos que a minha mãe ouvisse o que estávamos falando.
LEKO: Ah. Devia ser coisas realmente muito legais o que vocês estavam conversando.
LIA: Fica quieto, Leko, e ouve. De repente, a mãe da Bia entrou num túnel. Mas era um túnel diferente. Ao invés de um pouco escuro, era muito, mas muito claro mesmo, né, Bia?
BIA: Era. Parecia mesmo um foco de luz. Um foco não! Um facho de luz!
LIA: E viemos parar aqui dentro desse lugar estranho.
TEKO: É. Mas parece um PSP gigante.
NECO: Ou um tablet gigante.
Bia e LIA: Ou um i-phone gigante (risos).
TEKO: E você, Leko. Como veio parar aqui?
LEKO: Olha, gente. Vim parar aqui por um motivo diferente do de vocês.
TEKO: Como foi? Jogando algum game?
NECO: Gravando alguma coisa.
LIA: Compartilhando, curtindo?
LEKO: Nada disso. Vim parar aqui simplesmente porque estava procurando por vocês.
BIA: Procurando por nós? E como você sabia que estávamos todos aqui nesse portal.
LEKO: Não sabia. Só fui perceber que vocês aí estavam quando cheguei. Só teve uma pequena diferença. Entrei segundo a minha vontade, e não porque fui sugado.
TEKO: É. De fato nós quatro fomos sugados. Mas qual a diferença. Estamos todos presos. Até você.
LEKO: É aí que você se engana. Eu não estou preso. Vocês sim estão.
NEKO: Como assim? Você sabe como se sai daqui.
TEKO: Claro. Não só sei como eu saio a hora que eu quiser. Vocês não. Querem ver. Fechem os olhos.
Todos fecham os olhos. B. O. Leko sai de cena, como se de fato tivesse conseguido sair do portal. A luz acende.
LIA: Deus do céu. O Leko de fato conseguiu sair.
NECO: Danado! Eu sabia que se não ficássemos viciados em tecnologia iríamos ser espertos e safos como ele.
TEKO: Ah, mas pelo menos a gente não fica todo machucado com contusões de futebol, cortados com cerol de pipa...
BIA: Olha, gente. O Teko deixou um bilhete. Está escrito assim: “Para eu voltar, é só gritar bem alto: TUDO QUE VICIA NÃO ABENÇOA! AMIGO SEM VÍCIO TÁ DE BOA!”
LIA: Bom, então vamos gritar bem alto, porque acho que todos nós queremos sair daqui, porque é um lugar que, apesar de HIGH TECH, é bem chato.
TEKO: Além disso é um lugar que não tem nenhum aparelho tecnológico para a gente manusear.
NECO: Vamos gritar então!
Todos - TUDO QUE VICIA NÃO ABENÇOA! AMIGO SEM VÍCIO TÁ DE BOA!
Leko reaparece.
LEKO: Viram só?!
TEKO: Que legal! Como você consegue.
LEKO: Ah, isso é simples. É que eu ainda não estou tecnólo-guiado. Mas esse estado que vocês se encontram vai acabar.
BIA: Como?! Só se agente virar Leko curtidor também.
LEKO: Mais ou menos isso!
LIA: Como assim.
LEKO: Na verdade vocês não vão virar um Leko Curtidor, que no caso sou eu. Mas vocês vão passar por um processo para eu e vocês sermos novamente UM.
NECO: Que piada. Sermos UM. Como isso pode ser possível?
LEKO: Fica tranquilo. É só vocês me ouvirem que todo mundo vai se dar bem.
LIA: Eu quero ver qual vai ser a solução genial!
LEKO: É simples. São quatro recomendações minhas e uma só das vozes coletivas.
TEKO, NECO, BIA e LIA: Vozes coletivas????
BIA: Que vozes são essas?
LEKO: Depois das quatro etapas vocês vão saber!
NECO: Ai. Estou muito curioso para saber que etapas complexas são essas.
LEKO: Já falei que não são etapas complexas, mas bem simples.
TEKO: Essas peças gigantes aqui que parecem mais uns suportes de um aparelho tecnológico com um design sofisticado e amigável não parecem tão simples.
LEKO: Pois elas vão ser peças fundamentais nas nossas operações!
NECO: Operações? Hã, não falei que era algo complexo.
LEKO: Fiquem quietos e escutem. Vamos fazer a primeira a primeira operação para sair desse confinamento tecnológico. E nome dela é OPERAÇÃO...
LEKO: OPERAÇÃO...
BIA: Fala logo, Leko.
LEKO: OPERAÇÃO PIQUE ESCONDE!!!
TODOS: O que?
NECO: Está delirando, Leko?
LIA: A gente querendo sair dessa prisão e você querendo brincar numa hora dessas?
LEKO: Não é só brincadeira. É um treinamento para a vida. Vocês não estão procurando algo. Para que a inteligência de vocês para encontrar algo fique aguçada, nada melhor do que uma brincadeira de pique esconde.
LIA: Mas... mas é que eu me esqueci de como se brinca de pique esconde.
BIA: Meu Deus, como você pode esquecer essa brincadeira tão boba, Lia. É tão fácil. É assim, ó. (fica por um momento pensando) Bom, é assim ó!
LIA: Ué, Bia? Também se esqueceu.
BIA: Claro que não. Olha só. Olha o nome da brincadeira. Pique e esconde. É assim, ó. Pique um objeto, como um picapau, e se esconda. Não é isso, Leko?
LEKO: Claro que não, Bia. Deixe que eu lhes refresque a memória. Vou contar até o número vinte, com o rosto escondido, e esperarei que vocês se escondam atrás de um dessas geringonças, e vou achá-los. E tem mais! Vou conseguir achar a todos vocês, sem errar!
TEKO: Ah, essa eu quero ver. Já estava mesmo com saudade de brincar desse jeito. Mas quero ver se você vai conseguir achar, sem errar, todos nós.
LEKO: Ah é. Então vocês vão ver.
Há quatro geringonças tecnológicas no cenário. Na verdade, são umas espécies de colunas, que suportam um enorme artefato retangular (com cantos arredondados), formando uma “gaiola” em forma de tablet ou i-phone na qual os personagens estão dentro. As colunas são das seguintes cores: verde, amarela, vermelha e azul.
LEKO: Ahá! Agora eu vou falar quem está atrás de qual coluna, ok? Bom. Vou começar. Teko está atrás do suporte verde. Neco, atrás do suporte amarelo. Bia, atrás do suporte vermelho e a Lia, atrás do suporte azul.
Todos saem das respectivas colunas, extremamente surpresos.
TEKO: Meu Deus do céu!
LIA: Não é possível!
BIA: Como você conseguiu acertar?
NECO: Fácil. Ele tem todo o controle da situação.
LEKO: Não, Neco. Não que eu tenha o controle de toda situação. Vocês que perderam o controle da situação de vocês só aficionados a controles de personagens de games, a registros de cenas por meio de gravações com câmera de celular e a contatos por meio de redes sociais de internet, esquecendo de olhar ao redor. Quando éramos menores, nós conversávamos bastante, e brincávamos de tantas outras coisas quando não havia todo esse vício de tecnologia. Nós brincamos de piques, de esportes e de algo que não sei se vocês lembram, chamado jogo da verdade?
BIA: Ah, lembro sim. A gente ficava em roda e você girava uma garrafa ou um chinelo, e nós tínhamos que responder algo a nosso respeito.
LEKO: Pois é. E em umas dessas perguntas, cada um me revelou a sua cor favorita. E eu tenho tudo registrado.
TEKO: No computador.
LEKO: Não, na minha memória mesmo. Por eu não ficar viciado e só colher informação em banco de dados informatizado, na hora da necessidade eu posso contar com a minha memória. Então, memorizei em minha mente as cores favoritas de cada um dos meus melhores amigos. A cor favorita do Teko é verde. A cor favorita do Neco é amarelo. Da Bia, vermelho. E da Lia, azul.
TEKO: Caramba. Não é que essas brincadeiras não tecnológicas nos fazem mesmo desenvolver. Então continua, Leko. Continua nos convocando a essas operações lúdicas para nos treinar a sair logo daqui.
LEKO: Então lá vai a próxima operação. A próxima é a operação é ... CABO DE GUERRA!
BIA: Ah, dessa brincadeira eu lembro.
LIA: Então fala qual é, Bia.
BIA: Ora, é simples. A gente chama um cabo de guerra, um soldado de guerra, desses fortes que servem as forças armadas, do tipo Exército, e ele pega uma bomba, coloca ali perto da parede e BUUUUUUUUUUUUM! Abra logo um buraco para gente sair dessa prisão do portal virtual!
NECO: Nada disso! Cabo de guerra é a brincadeira mais conhecida que existe, que uma jogo que um grupo puxa a corda de um lado e outro grupo a puxa de outro lado. E você, Bia, por só ficar conectada num cabo de ociosidade e bitolação, se esqueceu.
BIA: Há! E você que não faz nada a não ser filmar.
LEKO: Calma, gente. Vamos nos concentrar de novo aqui no treinamento. Primeiro a gente brincou de algo que vai nos treinar a encontrar as coisas com base em investigações. Agora, essa brincadeira super maneira vai fazer com que nossa força física retorne, uma vez que ela foi tão sabotada já que a gente, ou melhor, vocês, se dedicaram tanto à tecnologia, e não aos esforços físicos. Para tal, vamos fazer uma disputa bem proporcional!
TEKO: (com tom irônico) Meninos contra meninas.
Teko e Neko riem.
LEKO: Não. Todos contra mim!
Agora quem ri são todos, menos Leko.
LEKO: Quem ri por último, ri de verdade. Vamos fazer a disputa, e vocês mesmos vão verificar o que eu estou querendo demonstrar.
Eles fazem a disputa de cabo de guerra, com uma corda. De um lado, Teko, Neco, Bia e Lia, caçoando muito de Leko. De outro, Leko, que sozinho, surpreendentemente vence a disputa.
TEKO: Não é possível!
NECO: Foi mais humilhante que o vexame dado pela Seleção Brasileira na Copa do Mundo.
BIA: Ah, gente! Vamos disputar de novo.
LIA: É mas antes vamos fazer uns exercícios físicos para derrotar esse tal de Leko Curtidor!
Os “exercícios físicos” que os quatro fazem são com os dedos da mão, como se tivessem digitando ou teclando ao telefone celular, ou ao tablet ou ao game.
LIA: Estamos prontos.
LEKO: Vamos lá novamente então. É 1, é 2, é 3...
Mais uma vez Leko vence sozinho a disputa contra os quatro.
TEKO: Gente. Não é preciso ser gênio para saber que o Leko está ganhando sempre a disputa porque o vício exagerado pela tecnologia nos deixou sem vigor físico nenhum.
NECO: Pois é. Estamos totalmente enfraquecidos, impotentes.
BIA: Eu não sabia que ia dá nisso o querer estar conectado sempre.
LIA: Vai, Teko. Passa a próxima operação Brincadeira para a gente ficar bem treinado para sair de dentro desse tablet ou i-phone gigante, sei lá, e voltar para a vida saudável!
TEKO: É isso aí, Leko. Manda ver, que estamos no pique para voltar a viver!
LEKO: Ora, fiquem tranquilos, amigos. Agora vocês vão fazer algo bem mais simples ainda.
TEKO, NECO, LIA e BIA: Mais simples ainda? Então qual é a brincadeira?
LEKO: ESTÁTUA!!!
Todos os quatro, menos leko, estão parados.
LEKO: (ao público) Pois é, meus amiguinhos! Brincadeira de estátua. Não fazer nada. Quem disse que organismo foi criado para fazer longas atividades seguidas, de 20, 22, 25 horas, como essa novas tecnologias exigem. São partidas de game. São conversas longuíssimas nas redes sócias e o afã de ter que filmar tudo, e não viver o momento. Agora, a brincadeira é fazer como que vocês vençam a batalha contra o vício de tecnologia como o Rei Josafá, descrito na Bíblia, ficando parado! E reconhecendo que só irão conseguir vencer esse inimigo que é esse vício não com suas próprias forças, mas com a ação única e exclusiva de Deus. Jesus nos chamou para a vida! E ele vai nos devolver para ela. Podem voltar a viver(estala os dedos).
Todos os quatro, depois que Leko estalou os dedos, correm estonteantes em cena, até se cansar. Após se cansarem, ofegantes, caem todos juntos.
TEKO: Puxa. Nunca pensei que uma corrida ia me fazer tão bem.
NECO: Nem eu. São coisas tão simples da vida que estamos perdendo porque estamos vidrados em tecnologia.
BIA: É verdade. Nunca pensei que ia deixar de fazer tantas coisas legais para o convívio, como conversar falando diretamente a uma pessoa olho no olho.
LIA: Eu também. Para você ver a que ponto nós chegamos por causa do vício da tecnologia. Leko curtidor! Ensina-nos a curtir de verdade.
LEKO: Claro, Lia! Curtir de verdade é muito mais do que ficar digitando, teclando ou visualizando o mundo virtual. É mexer o corpo por inteiro. É criar brincadeiras novas e reviver as velhas. Se a tecnologia se resumir a vício, nunca será uma boa.
BIA: (triste) Então eu tenho que me apartar do meu i-phone, do meu tablet e do meu...
LEKO: Claro que não, Bia. Mas não deixe que eles substituam aspectos fundamentais para o nosso desenvolvimento, como, por exemplo, uma boa brincadeira usando o corpo, a inteligência, o vigor físico...
NECO: Pode deixar com a gente, Leko curtidor! Agora eu aprendi o que é de fato curtir. E esse ideia, eu vou compartilhar.
LEKO: Não necessariamente só pela rede social da internet, mas também pela transmissão por meio da fala, hein?!
TEKO: O Teko. Você disse que a última operação viria de vozes coletivas. Que vozes são essas?
LEKO: Ah, isso é apenas uma brincadeira que eu e os pais de vocês fizeram. Na verdade, quem trouxe vocês para dentro desse tablet ou i-phone gigante foram eles, e contaram com a minha amizade por vocês para mostrarem que vocês, que pensam que têm liberdade por estarem o tempo todo conectados ou lindando com tecnologia, podem mesmo é estar presos. E eles mandaram para mim uma frase para que vocês se libertem de vez dessa prisão.
TEKO: Que frase é essa?
LEKO: Bom, é uma frase que é o contrário da usada pelos pais de antigamente quando colocavam as crianças de castigo, sem diversão.
LIA: Fala logo que frase é essa, Leko, para gente poder falar e sair logo daqui.
LEKO: É essa daqui. Vamos ler juntos para a voltar a viver de verdade.
NECO: Vamos.
TODOS: VÃO BRINCAR, CRIANÇAS!!!!

FIM


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