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quinta-feira, 4 de agosto de 2016

Pedagogia -Ontem e Hoje

(Vanessa B. de Carvalho)

Ser Pedagogo não é apenas ser Professora, Mestre, Tia, Coordenadora, Supervisora, Orientadora, Dona de escola. 
É mais do que isso.
É ser Responsável.
Ser Pedagogo é ter coragem de enfrentar uma sociedade deturpada, equivocada sem valores morais nem princípios.
Ser Pedagogo é ser valente, pois sabemos das dificuldades que temos em nossa profissão em nosso dia a dia.
Ser Pedagogo é saber conhecer seu caminho, sua meta, e saber atingir seus objetivos.
Ser Pedagogo é saber lidar com o diferente, sem preconceitos, sem distinção de cor, raça, sexo ou religião.
Ser Pedagogo é ter uma responsabilidade muito grande
nas mãos.
Talvez até mesmo o futuro...
Nas mãos de um Pedagogo concentra- se o futuro de muitos médicos, dentistas, farmacêuticos, engenheiros, advogados, jornalistas, publicitários ou qualquer outra profissão...
Ser Pedagogo é ser responsável pela vida, pelo caminho de cada um destes profissionais que hoje na faculdade e na sociedade nem se quer lembram que um dia passaram pelas mãos de um Pedagogo.
Ser Pedagogo é ser mais que profissional, é ser alguém que acredita na sociedade, no mundo, na vida.
Ser Pedagogo não é fácil, requer dedicação, confiança e perseverança.
Hoje em dia ser Pedagogo em uma sociedade tão competitiva e consumista
não torna-se uma profissão muito atraente, e realmente não é.
Pois os valores, as crenças, os princípios, os desejos estão aquém do intelecto humano.
Hoje a sociedade globalizada está muito voltada para a vida materialista.
As pessoas perderam- se no caminho da dignidade e optaram pelo atalho da competitividade, 
é triste pensar assim, muito triste
pois este é o mundo dos nossos filhos
crianças que irão crescer e tornar- se adultos.
Adultos em um mundo muito poluído de idéias e sentimentos sem razão.
Adultos que não sabem o que realmente são
Alienados, com interesses voltados apenas pelo Ter e não pelo Ser.
Ser Pedagogo é ter a missão de mudar não uma Educação retorcida, mas ser capaz de transformar a sociedade que ainda está por vir.
Pode ser ideologia pensar assim, mas como Pedagogos temos a capacidade de plantar hoje nesta sociedade tão carente de valores, sementes que um dia irão florescer.
E quem sabe essa mesma sociedade que hoje é tão infértil possa colher os frutos que só a Pedagogia pode dar.
No decorrer de sua história a educação brasileira tem passando por fases significativas de mudanças. Esta, fruto de uma pedagogia tradicional, com origem na doutrina dos jesuítas, permaneceu muito tempo com idéias puramente positivistas, onde o aluno era apenas um receptor de conteúdos prontos, transmitidos pelos professores. Por volta do século XIX surge a Escola Nova, com base na teoria educacional de John Dewey. Que propunha dá mais ênfase a ação do que a teoria. Portanto, a pedagogia da ação. Com o intuito de valorizar a experiência do aluno.
Com a ausência da escola Nova, que fracassou, surge a pedagogia tecnicista, com o desenvolvimento da indústria. Com base nas ciências e nas técnicas, onde cada aluno era visto como ferramenta de trabalho específico. Portanto, uma pedagogia com tendências muito voltadas para o positivismo. Podemos assim dizer: uma versão moderna da escola tradicional. Já nas décadas de 50 e 60 foram marcadas pela alfabetização de adultos com a pedagogia da libertação, de Paulo Freire. Pedagogia essa que veio clarear muitas mentes educadoras que passaram a ver possibilidades onde habitavam cinzas. Entretanto, nos dias atuais, mesmo com as mudanças políticas, tecnológicas, sociais, comportamentais... a educação ainda é ministrada com base tecnicista, cuja metodologia é autoritária e antidemocrática.

Percebe-se que apesar destes avanços, de se ouvir dizer que a escola é um direito de todos e dever do estado. Esta, na prática, permanece seletiva e excluidora, como sempre foi. Uma vez que usa uma medida só para todos os alunos, o que desrespeita a individualidade do ser. Daí, o triste e preocupante resultado: a cada ano, grandes escolas fecham salas de aulas. E a pergunta solta no ar: para onde estão indo seus alunos? A resposta é arrepiante: estão nas bocas de fumo tentando sobreviver. Pois a única oportunidade que têm de mudança de sua história de sofrimento é a escola. E esta, sem perceber, lhes fecha as portas.
Sabemos da importância de todos os profissionais para o desenvolvimento de um país. E, o mais interessante é que cada um deles, só se torna profissional se passar por mãos de vários educadores. Daí, eu considerar que temos capacidades suficientes para plantarmos a semente de libertação da cegueira humana em muitas mentes.
O educador é, sem dúvida, a peça mestra nesse processo de educar verdadeiramente, devendo ser encarado como um elemento essencial e fundamental. 
Quanto maior e mais rica for sua história de vida e profissional, maiores serão as possibilidades de desempenhar uma prática democrática efetiva que eduque positivamente. 
Sobre esse assunto Nóvoa (1991) afirma que “não é possível construir um conhecimento pedagógico para além dos professores, isto é, que ignore as dimensões pessoais e profissionais do trabalho docente”. Porém, não se quer dizer, com isso, que o professor seja o único responsável pelo sucesso ou insucesso do educando durante sua vida educativa, mas sim, que o seu papel é de vital importância, seja como pessoa ou como profissional. 
Para que haja esse processo educativo efetivo é necessário que algo mais permeie essa relação aluno-professor. É esse algo a mais que falta em diversas instituições de ensino. 

A afetividade, uma relação mais estreita entre o educando e o educador. 
A inter-relação entre os sentimentos, os afetos e as intuições na construção do conhecimento tem sido enfatizada por diversos autores. 
Snyders (1986) afirma que quando se ama o mundo, esse amor ilumina e ajuda a revelá-lo, a descobri-lo. O amor não é o contrário do conhecimento e pode tornar-se lucidez, necessidade de compreender, alegria de compreender. Mauco (1986) comenta que a educação afetiva deveria ser a primeira preocupação dos educadores, porque é ela que condiciona o comportamento, o caráter e a atividade cognitiva da criança. 
Goleman (1997), ao desenvolver o conceito de inteligência emocional salienta que aprendemos sempre melhor quando se trata de assuntos que nos interessam e nos quais temos prazer.
“Sabendo-se hoje que apenas conhecer bem a teoria não conduz a uma mudança na prática; por outro lado, a prática sem um embasamento teórico não possibilita a autonomia profissional” [...] (BEM-VINDO, mundo, 2006), o educador proposto a realizar transformações na vida de cada novo ser, da educação infantil deve prosseguir com sua formação, mesmo depois de frequentada a Academia como aluno e a sala de aula como professor. Ter claro também, que esse trabalho pedagógico, em equipe, possibilita grandes e novos aprendizados para si e para a renovação de um cotidiano escolar bem mais construtivo para as crianças. Gostar apenas não é o principal requisito para se estar nessa profissão e sim, o pensamento reflexivo sobre o quê e o porquê lidar com esses sujeitos. Conhecer seus pontos fortes e fracos e fazer desses, meios adequados para se chegar aos fins. Saber que a criança é um ser em desenvolvimento com suas particularidades, contribui e muito para uma rica troca de idéias e (re) construção de saberes entre educador e educando, no âmbito escolar, o qual nos dias de hoje tem sido o local institucionalizador de tempo integral em que os pais, por um motivo ou outro transferem responsabilidades extras para tal.
Talvez, se pudéssemos avaliar qual a profissão mais importante existente no mundo, levaríamos horas, dias de discussão, mas chegaríamos a uma conclusão: todos passam pelas mãos de mestres educadores, alguns se tornando futuros mestres também.


Que o papel de educador infantil fortaleça-se cada vez mais, e que esses sejam os verdadeiros interessados pela busca de um mundo sempre melhor.
Portanto, assim como no filme Ser e Ter, o papel do professor abrange mais do que a rotina de sala de aula, mas completa-se pelo cuidado do professor em relação ao seu aluno. Partindo desta idéia, é possível perceber a necessidade do professor ter um olhar zeloso sobre a criança, um olhar que o acompanhe em casa, no pátio da escola, nos corredores da escola e principalmente dentro da sala de aula. Para tanto, é necessário que haja envolvimento, afeto, dedicação, pois somente assim formar-se-á cidadãos mais reflexivos que contribuirão para uma sociedade melhor.

Fazer a PEDAGOGIA AFETIVA...
É desenvolver a afetividade da criança. 
"O aprender está ligado ao afetivo" 

O QUE FAZER PARA QUE ESTA AFETIVIDADE SEJA BEM DESENVOLVIDA? 
O desenvolvimento da afetividade pressupõe três pontos básicos: 
LIMITES - MITOS DO COTIDIANO - RITMOS


POR QUE A AFETIVIDADE?
A afetividade é a base da vida. Se o ser humano não está bem afetivamente,sua ação como ser social estará comprometida. Isto vale independentemente de sexo, idade,cultura. 
"Se a criança não está bem afetivamente, ela não aprende.

LIMITES 
Limite é ensinar que as pessoas não podem nem são capazes de fazer tudo o que querem. 
" Se a criança está feliz,ela aprende, ela faz" 
" Aprender deve estar ligado a efetividade para ser prazeroso, gostoso..." 
" Limite não é castigo" 

MITOS DO COTIDIANO... 
É PRECISO RESGATAR A TRADIÇÃO COM RELAÇÃO A FAMÍLIA,PROFESSORES, BRINQUEDOS, BRINCADEIRAS, HISTÓRIAS....
RITMOS 
É preciso respeitar o ritmo de cada criança... 


Fonte:ROSSINI, Maria Augusta Sanches. Pedagogia Afetiva. Petrópolis, RJ:vozes,2001.


Pedagogia de Paulo Freire

Paulo Freire em...
Paulo Reglus Neves Freire (Recife, 19 de setembro de 1921 — São Paulo, 2 de maio de1997) foi um educador e filósofo brasileiro. É Patrono da Educação Brasileira.

Paulo Freire é considerado um dos pensadores mais notáveis na história da Pedagogiamundial,[1] tendo influenciado o movimento chamado pedagogia crítica. A sua prática didática fundamentava-se na crença de que o educando assimilaria o objeto de estudo fazendo uso de uma prática dialética com a realidade, em contraposição à por ele denominada educação bancária, tecnicista e alienante: o educando criaria sua própria educação, fazendo ele próprio o caminho, e não seguindo um já previamente construído; libertando-se de chavões alienantes, o educando seguiria e criaria o rumo do seu aprendizado.

Destacou-se por seu trabalho na área da educação popular, voltada tanto para a escolarização como para a formação da consciência política. Autor de Pedagogia do Oprimido, um método de alfabetização dialético, se diferenciou do "vanguardismo" dos intelectuais de esquerda tradicionais e sempre defendeu o diálogo com as pessoas simples, não só como método, mas como um modo de ser realmente democrático.

Em 13 de abril de 2012, foi sancionada a lei 12.612 que declara o educador Paulo Freire Patrono da Educação Brasileira.[2]

Foi o brasileiro mais homenageado da história: ganhou 41 títulos de Doutor Honoris Causa de universidades como Harvard, Cambridge e Oxford.


Pedagogia e Maria Montessori

Maria Montessori era uma educadora italiana, nasceu em 1870 e morreu em 1952. Doutorou-se em medicina pela Universidade de Roma. Aos 25 anos começou a dedicar-se às crianças anormais(*), na clínica da universidade citada acima. 

Nessa época, Séguin era muito conhecido pelas suas idéias relacionadas ao tratamento e à educação dos anormais. Montessori tomou as idéias de Séguin como ponto de partida para o seu próprio trabalho. Fez viagens de estudo à França e a Inglaterra. 

Montessori mudou os rumos da educação tradicional, que dava maior privilégio à formação intelectual. Emprestou um sentido vivo eativo à educação. Destacou-se pela criação de Casas de Crianças, instituições de educação e vida e não apenas lugares de instrução. 
Voltando para a Itália, passou a se dedicar à formação de professores para a educação de anormais. Ela observava muito e por isso descobria defeitos das escolas comuns e começou a experimentar em crianças de evolução regular os procedimentos utilizados na educação dos anormais.
O método Montessori foi um dos primeiros métodos ativos quanto à criação e aplicação, seu principal objetivo são as atividades motoras e sensoriais visando, especialmente, à educação pré-escolar, trabalho também estendido a segunda infância. 
Mesmo considerando que o método Montessori surgiu da educação de crianças anormais, ele está bem diferente, no mundo, na educação de crianças normais. É um método de trabalho individual, embora tenha também um caráter social, uma vez que as crianças, em conjunto, devem colaborar para o ambiente escolar. O seu material é voltado à estimulação sensorial e intelectual. A primeira Guerra Mundial diminuiu o ardor pelo sistema de jardim de infância e por todas as coisas alemãs. Paralelo a este acontecimento, surgiu a técnica admirável da Dra Maria Montessori. Faz-se importante citar que o movimento das Escolas Novas em oposição aos métodos tradicionais, não respeitavam as necessidades e a evolução do desenvolvimento infantil. 
Os princípios da nova pedagogia inspiravam verdadeiras reformas educacionais. Em 1946 ocorreu, em Paris, o primeiro Congresso da Educação Nova. Os trabalhos apresentados refletiam nas realizações já conquistadas, bem como destacavam os aspectos que ainda deveriam ser conseguidos. 
Neste contexto da Escola Nova, Maria Montessori, ocupa papel de destaque pelas novas técnicas introduzidas nos jardins de infância e nas primeiras séries do ensino formal. Seus jogos são atraentes e instrutivos; apesar dessa contribuição da educadora e médica italiana, ela não é a pioneira exclusiva do movimento, mas uma importante parte dele.
Mas não são apenas os fatores humanos que condicionam a educação, os fatores de ordem material também desempenham um papel importante no seu método de educação. Montessori criou um mundo de objetos, "à dimensão" da criança.

Referindo-se aos fundamentos da didática montessoriana, a criança é livre, mas livre apenas na escolha dos objetos sobre que possa agir. Esses objetos são sempre os mesmos e típicos para cada gênero de atividade. Daí, o conjunto de jogos ou material que criou para os jardins de infância e suas lições materializadas para o ensino primário.



Considerações gerais:
É nos princípios do século XX que se publica na Europa a primeira obra de pedagogia científica (1909). A autora é uma médica e psicóloga italiana, Maria Montessori. A obra de Montessori assenta na observação objetiva de crianças em situação escolar e constitui o principal suporte da investigação científica em pedagogia, que se irádesenvolver ao longo do século.
"Um dia, encontrei, no terraço, crianças que tinham transportado, para aí, mesas e cadeiras, como para instalarem uma escola ao ar livre. Havia algumas que brincavam ao sol; outras permaneciam sentadas em círculo, à volta de mesas cheias de escritos e quadros de esmeril; à sombra duma chaminé, a orientadora, sentada, tendo nos joelhos uma caixa comprida e estreita, cheia de bilhetinhos e na qual mergulhava uma multidão de mãozitas... Um outro grupo estava muito ocupado a ler, abrindo e dobrando, sem cessar, os bilhetes. `Talvez não me acredite - diz-me a orientadora - mas há bem uma hora que estou aqui, e eles ainda acham pouco.'
Fizemos a experiência de levar, para o terraço, bolas e bonecas, supondo que, assim, distrairíamos a sua atenção, mas sem nenhum resultado: as crianças continuaram a ler - as futilidades desapareciam ao lado da alegria de saber."Maria Montessori, Pédagogie Scientifique)
Este texto de Montessori expressa com precisão a atitude da autora em relação ao aluno e à escola. Maria Montessori é a primeira investigadora a utilizar uma observação isenta de preconceitos, o que lhe permite "descobrir a criança", até aí oculta, oculta ao adulto em geral e ao educador em particular.

É habitual afirmar-se que Montessori coloca a criança no centro do ato educativo, o que só em parte é exato. Se o ponto de partida é a observação da criança em situação, o processo educativo assenta na utilização sistemática de "ambientes educativos" - humanos e materiais - que visam a criação de situações "programadas" de aprendizagem, que "libertam" a criança dos espartilhos que lhe impunha a escola tradicional, a "escola do adulto".

"O ambiente do adulto não é ambiente de vida para a criança, mas sobretudo uma acumulação de obstáculos que a fazem desenvolver defesas, adaptações deformantes, em que se torna vítima de sugestões. A partir desta realidade exterior, foi estudada a psicologia da criança e ponderadas as características para sobre elas se construírem as bases da educação. A psicologia infantil deve, pois, ser radicalmente reexaminada. Por todas as razões apontadas, cada resposta estranha da criança corresponde a um enigma que deve ser decifrado, cada capricho constitui o aspeto exterior de algo profundo que não se pode interpretar como conflito superficial, defensivo, contra um ambiente inadequado, mas como expressão de uma característica superior, essencial, que procura manifestar-se. É como se uma tempestade, uma borrasca, impedisse o espírito da criança de, saindo do seu oculto refúgio, surgir no exterior. (Maria Montessori, L'enfant)
Mas não são apenas os fatores humanos que condicionam a educação, os fatores de ordem material também desempenham um papel importante no seu método de educação. Montessori criou um mundo de objetos, "à dimensão" da criança. Mobiliário, objetos e utensílios vários, até casas de banho, enfim, tudo é feito de acordo com o tamanho e as capacidades da criança, a fim de que não se lhe deparem obstáculos que dificultem a sua inserção no ambiente escolar. Maria Montessori realiza a máxima de Rousseau de que a criança não é um homúnculo, um homem em miniatura, mas um ser com vida psíquica própria, em crescimento continuado, em ordem a tornar-se um adulto - um ser que deve ser amado, respeitado e educado. O material de pedagogia propriamente dito deve desempenhar essa função de acordo com o nível etário de cada criança, a fim de que o seu "crescimento" se proceda nas melhores condições possíveis. Material pedagógico-didático de acentuado sentido lúdico, adequado ao "período sensível" em que a criança se encontra.

Convirá ainda referir que não é só na observação e na construção de um aparato pedagógico de ordem material que o seu método se alicerça. As "Casas das Crianças", que cria em substituição da escola tradicional, orientam-se por valores morais, que ela colhe na mensagem do Novo Testamento - Montessori preconiza a criação do "Homem Novo" de que nos fala a mensagem cristã, a partir de uma prática educativa de rutura com a escola tradicional, em que vivia encerrado desde criança. É nesse sentido que se deve compreender o conceito de liberdade de que fala: 
"[Em cada educando] há uma criança desconhecida, um ser vivo sequestrado, que é necessário libertar. Esta é a primeira tarefa urgente da educação e libertar é, neste sentido, conhecer, descobrir o ignorado." (Maria Montessori, L'enfant)

É importante ressaltar que as mudanças que se processam no âmbito educacional é que delimitam e ampliam o campo de atuação do pedagogo, considerando este como cientista da educação. O novo perfil profi ssional do pedagogo é movido por mudanças contínuas, que se revelam como desafios que exigem deste profi ssional uma formação crítica e reflexiva, além da persistência para superar os paradigmas sociais existentes e os que estão por vir, a fi m de conquistar os espaços que lhe são de direito. 
Face ao leque de possibilidades do pedagogo na esfera de sua atuação, é notória a importância da presença desse profissional nos mais variados espaços, pois, onde houver aprendizagem, educação, o pedagogo pode contribuir. As funções descritas pelos verbos orientar, construir, liderar, auxiliar, programar, planejar, acompanhar, desenvolver, pesquisar, analisar, cooperar, destacam a magnitude desta profissão que, vez por outra, é limitada pela falta de reconhecimento da sua função social e educativa. 

O curso de pedagogia é limitado popularmente apenas ao ensino dos anos(séries) iniciais, daí a relevância do referido estudo para difundir conhecimentos sobre os novos campos que devem ser ocupados por pedagogos. Nesse contexto convém ressaltar os desafios enfrentados por este profissional no ato do oficio, oriundos desde a criação e instalação do curso de pedagogia. 
Frente aos espaços ocupados por outros profissionais no mercado de trabalho o pedagogo vem buscando e gradativamente conquistando o espaço que lhe é de direito na sociedade, porém, há muito para ser conquistado como o reconhecimento do pedagogo como o intelectual da educação, e não apenas como o professor da educação infantil além, da ampliação da discussão do campo de saber, bem como da atuação do pedagogo para disseminação das aptidões desse profissional para que surjam mais oportunidades principalmente em concursos públicos.

Pedagogia é a área que trata dos princípios e métodos de ensino, na administração de escolas e na condução dos assuntos educacionais. 
O pedagogo, que trabalha para garantir e melhorar a qualidade da educação, tem dois grandes campos de atuação: a administração e o magistério, de modo que pode tanto gerenciar e supervisionar o sistema de ensino quanto orientar os alunos e os professores. Em órgãos do governo, estabelece e fiscaliza a legislação de ensino em todo o país. Em escolas, orienta e dirige os professores, com o objetivo de assegurar a qualidade do ensino. Também é ele quem verifica se os currículos estão sendo cumpridos e se condizem com as leis educacionais. Acompanha e avalia, ainda, o processo de aprendizagem e as aptidões de cada aluno. Pode trabalhar também com portadores de deficiências físicas ou intelectuais, auxiliando em sua inclusão na sociedade, ou com  educação a distância.

Quais as características necessárias para ser pedagogo?


É preciso ter capacidade de planejamento e execução de planos, dinamismo, além de saber comunicar e transmitir idéias. Este profissional precisa estar preparado para enfrentar, com criatividade e competência, os problemas do cotidiano, ser flexível, tolerante e atento às questões decorrentes da diversidade cultural que caracteriza nossa sociedade.



Características desejáveis:

  • equilíbrio emocional 
  • trabalhar bem em equipe 
  • objetividade 
  • criatividade 
  • gostar de lidar com público 
  • capacidade de comunicar-se 
  • ter iniciativa 
  • gostar de ensino 
  • desembaraço 
Qual a formação necessária para ser pedagogo?

Para atuar como Pedagogo, é indispensável que o profissional possua o Ensino Superior em Pedagogia que tem duração de quatro anos.

Para se especializar na área de Educação/Ensino, o profissional pode optar por cursos como:
  • Especialização em Administração Escolar; 
  • Especialização em Formação de Recursos para Educação Infantil; 
  • Especialização em Educação Especial-Deficiência; 
  • Mestrado em Educação Escolar. 

Atualmente, além da formação comprovada e do domínio das tecnologias de informação e educação, uma das características mais importantes para o pedagogo é a capacidade de gerenciamento da formação continuada. 

Apesar de a atribuição mais comum ser a de lecionar e trabalhar na administração escolar, a área de coordenação pedagógica é a que mais absorve pedagogos. Os principais empregadores são as escolas, sejam elas particulares, sejam elas públicas. Nessas últimas, eles são contratados por meio de concurso. "Tem havido grande expansão nas vagas, graças ao aumento do número de alunos em sala de aula", explica Geisa do Socorro Cavalcanti Vaz Mendes, coordenadora do curso da PUC-Campinas. Creches, ONGs, institutos e cooperativas devem continuar requisitando pedagogos. Outra fonte de empregos é a rede hospitalar, que os contrata para trabalhar em suas brinquedotecas desenvolvendo atividades que proporcionem o bem-estar de crianças doentes. E também no acompanhamento pedagógico de crianças que estão em tratamento longo dentro de hospitais, o que as obriga a ficar longe da escola. Além disso, os graduados nesse curso também podem atuar como arte-educadores, utilizando técnicas artísticas como colagens e esculturas no ensino de jovens e crianças. Secretarias estaduais e municipais de Educação em todo o país têm aberto concursos para o pedagogo ingressar em suas equipes técnicas ou trabalhar como diretor, coordenador pedagógico e em outras funções diretamente nas escolas. 

O que o pedagogo pode fazer:

Administração escolar

Gerenciar os recursos humanos, materiais e financeiros dos estabelecimentos de ensino.

Ensino

Lecionar nos cinco primeiros anos(séries)do Ensino Fundamental.

Educação especial

Desenvolver material didático e ministrar aulas para crianças e adultos portadores de deficiência.

Orientação educacional

Dar assistência aos estudantes com o uso de métodos pedagógicos e psicológicos.

Pedagogia empresarial

Desenvolver projetos educacionais, sociais e culturais para empresas, ONGs e outras instituições.

Supervisão educacional

Orientar professores e educadores e avaliar seu trabalho, para melhorar a ade do ensino.

Treinamento de recursos humanos

Desenvolver programas de treinamento para os funcionários de uma empresa.

http://www.pedagogiasocial.com.br/home/

Imagens,Encantos e Informações sobre o símbolo da CORUJA.

Sou pedagoga e valorizo esse símbolo que diz muito. 
Como estou cada vez mais  encantada e admirada de tantas coisas lindas que vejo sobre a coruja nos blogs, venho postar algumas informações e imagens lindas da net.Blogs de professoras e arteiras que são demais!
 Confira e aproveite!
Beijos, Rosangela

Significado de Coruja


O que é Coruja?
Coruja significa brilhante, cintilante, aquela que enxerga nas trevas, e é um termo de origem grega. As aves por voar eram consideradas os seres mais próximos dos deuses. Por exemplo, a águia era companhia de Zeus, a coruja sábia, atenta era a companhia da deusa grega do saber, Atena, e é considerada o símbolo da sabedoria.

Coruja em latim chama Noctua, a ave da noite. A coruja é o símbolo da reflexão, do conhecimento racional e intuitivo que permite que ela domine as trevas e é considerado o símbolo do conhecimento e da sabedoria para muitos povos. Enquanto todos dormem ela fica acordada, de olhos arregalados, vigilante, atenta aos barulhos da noite, sendo para muitas culturas uma poderosa e profunda conhecedora do oculto.

Havia uma tradição que dizia que quem come carne de coruja terá condições de adquirir seus dons de previsão e clarividências, mostrando poderes divinatórios. A coruja quando deseja olhar melhor o objeto de sua curiosidade consegue girar 270º somente seu pescoço, permanecendo com o resto do corpo sem o menor movimento.

coruja é também um símbolo dos Escoteiros.
coruja por ver no escuro é símbolo da sabedoria que atravessa a escuridão da ignorância, por isso sua ligação com o espírito do escotismo.

coruja é também símbolo da Faculdade de Filosofia, da Faculdade de Letras, de Pedagogia nas universidades brasileiras.

 








 







 
 

Trago um pouco de reflexão sobre a Formação Docente...a Pedagogia de Ontem e Hoje.

Compartilho  o artigo do colega Rodrifo Buzin.
Deixe seu comentário.seu parecer...trocando e somando ideias podemos nos fortalecer e aprimorar a Prática. Sua contribuição é importante.

Formação Docente e Perspectivas da Educação Profissional

Um dos grandes obstáculos a uma educação profissional de qualidade é a formação docente.
Afinal, quem vai educar e preparar as pessoas diante de novas formas de trabalho?
Como desenvolver docentes para atendimento à atual ampliação da oferta e à nova demanda por educação profissional?
Em algum momento a humanidade se deparou com situações semelhantes com as que nos deparamos atualmente. Em algum momento do seu desenvolvimento social e econômico, o Brasil precisou dar conta de preparar aqueles responsáveis pela qualificação ao trabalho, em suas diversas formas. Fatos históricos podem nos ajudar a encontrar saídas...

Em 1909, o governo do presidente Nilo Peçanha criou as Escola
de Aprendizes e Artífices, para preparar o país à lógica liberal emergente e a política de desenvolvimento nacional.Tais escolas se constituíam num novo sistema de educação profissional mantido pelo Ministério da Agricultura, Comércio e Indústria, e ofereciam ensino profissional primário gratuito. Os critérios de admissão privilegiavam os desfavorecidos e as escolas eram mantidas e custeadas pelo Estado, municípios e particulares, mais subvenções contidas no orçamento do Ministério. Na época, sabemos que esta ação demonstrou-se ineficiente, não só pela fraca infra-estrutura material (edifícios, recursos didáticos, etc.), mas também pela escassez de profissionais qualificados ao ensino do trabalho.Vinte anos depois novamente são preparadas políticas para atendimento das demandas da industrialização e da urbanização da população, frutos do governo populista de Vargas e da substituição do modelo agro-exportador, por um modelo de desenvolvimento fundamentado na substituição das importações e de industrialização em larga escala.
Durante o Estado novo, é estabelecida uma série de reformas – chamada Reforma Capanema (Ministro Gustavo Capanema) – e a Lei Orgânica do Ensino Industrial (1942). Que estruturava o ensino industrial em quatro modalidades: básico (quatro anos); de mestria (dois anos); o ensino artesanal e o de aprendizagem (destinado aos aprendizes das plantas industriais instaladas no país). O ensino industrial de grau médio previa o ensino técnico industrial, a ser concluído em três anos, e o ensino pedagógico, que visava formar os docentes responsáveis pelas escolas deste ramo de ensino, devido novamente à carência de docentes qualificados para a instrução industrial.
Nos anos 60 há uma onda de “importação” de profissionais altamente qualificados de países já industrializados, com vistas a preparar trabalhadores para a indústria brasileira. Em geral, profissionais gabaritados que, mesmo sem nenhuma base pedagógica, aventuram-se na atividade docente. Isso foi muito comum dentro das grandes corporações industriais brasileiras da metade do século XX, num primeiro formato de educação corporativa e desenvolvimento do “capital humano” .
Com o desenvolvimento da tecnologia da informação e comunicação no final do século, altera-se a própria dinâmica do trabalho, no espaço e no tempo. E a formação de docentes para a EPT torna-se alvo de mudanças necessárias. Que pese a necessária base pedagógica (entendimento da educação como instrumento de mudança social), mal percebida ao longo da história da EPT, vez ou outra o país lançou mão de formas pontuais de formação de docentes em EPT para enfrentar a escassez destes profissionais.
Só que talvez não seja mais necessário formar docentes para o desenvolvimento de um determinado ofício de natureza industrial ou comercial. Nem tampouco “importar” cérebros de países de ponta. O conhecimento da pós-modernidade é volátil, transforma-se com extrema velocidade e se redescobre a todo o momento. 
E talvez a educação profissional precise de docentes conscientes deste novo cenário, condição para acompanhar uma nova geração de alunos. Para além da formação pedagógica, os professores devem desenvolver o hábito da inovação, da criatividade, do empreendedorismo e da humildade de ser um eterno aprendiz.

Créditos a Educação & Trabalho de Rodrigo Buzin Siqueira do Amaral
O que é inovação pedagógica?

• É acreditar na mudança do mundo e na transformação;

• é apreender novos conceitos;

• é abrir-se para o novo, trocar ideias;

• é acreditar na capacidade das crianças, adolescente e adultos;

• é ter disponibilidade e abertura para aprender com eles;

• é criar novas formas de avaliação;

• é trazer a comunidade pra escola;

• é ver a criança e o jovem como um ser global e investir no desenvolvimento e aprimoramento de diversas competências e habilidades como a argumentação, a oralidade, a cooperação, respeito com os colegas, construção de caminhos próprios, busca de soluções;

• é acreditar na capacidade de autoria das crianças e jovens;

• é ter coragem, desconstruir paradigmas que impedem o desenvolvimento;

• é vencer o medo e tentar novas práticas;

• é acreditar na sua capacidade de aprender sempre e mudar também;

• é sair da zona de conforto;

• é construir caminhos alternativos;

• é buscar soluções junto com as crianças e jovens e também com colegas;

• é buscar ajuda quando necessário;

• é não ter vergonha de dizer não sei;

• é assumir o que sabe;

• é a construção do conhecimento (educando e educadores);

• é a busca profissional, pessoal e social;

• é encorajar-se com as pequenas conquistas diárias pra não perder o rumo (caminho/ objetivos);

• é acreditar na educação!

Referências:Danusa Cunha/Pedagoga | Psicopedagoga Clínica e Institucional
CRIATIVIDADE PEDAGÓGICA
CRIATIVIDADE uma FERRAMENTA na trilha PEDAGÓGICA
A criatividade leva a um processo de mudança e de desenvolvimento tanto pessoal quanto social. Como assinala May (1982, p. 39), a pessoa, ao desenvolver o seu potencial criativo, é levada a um estado de regozijo, estando a criatividade “no trabalho do cientista, como no do artista; do pensador e do esteta; sem esquecer os capitães da tecnologia moderna, e o relacionamento normal entre mãe e filho”, sendo “a representação do mais alto grau de saúde emocional, a expressão de pessoas normais, no ato de atingir a própria realidade.” O ensino tradicional necessita se alterar e passar a ser um ensino criativo, que os professores usem seu potencial criativo em suas aulas, levando os alunos a adquirir estratégias que lhes permitam lidar com desafios e acontecimentos imprevistos. Por outro lado, é necessário que todo o contexto escolar adote atitudes criativas, incentivando os professores a serem criativos em suas atividades.
Conforme Lubart (2007, p. 79), “os professores transmitem implicitamente aos alunos suas atitudes e suas preferências pela maneira como organizam suas classes.” Isso significa que professores criativos são catalizadores do potencial criativo de seus alunos, pois promovem um clima em sala de aula propício à criatividade. A escola, segundo o mesmo autor, pode representar um freio à criatividade ou não, depende do contexto que se apresenta para os alunos, das práticas pedagógicas utilizadas, das atitudes dos professores e de toda a direção.

Ressalta-se, como salientado por Osho (1999), que o mundo atual requer pessoas dotadas de três Cs: consciência, compaixão e criatividade. 
Para o autor, consciência quer dizer existência; compaixão significa ter sentimentos e criatividade é igual à ação. “Na ação, há toda espécie de criatividade – música, poesia, pintura, escultura, arquitetura, ciência, tecnologia. 

No sentimento, tudo é estético – amor, beleza. E existir é meditar, ter conhecimento, interesse, consciência.” (p. 15). Ainda, para o autor, aquele que pretende ser criativo, e no nosso caso, o professor, “não pode seguir o mesmo caminho dos outros, uma senda excessivamente trilhada e batida.” Então, o professor tem a responsabilidade de contribuir para a formação desses novos cidadãos da contemporaneidade, valendo-se da criatividade para dinamizar as suas aulas e fazer com que a educação seja vista como um componente da vida e do progresso do mundo. (ALENCAR, E. M. L. S. de. O)

Aninha
Esse texto vou adaptar algumas coisa para ser ditas no primeiro dia de aula na acolhida. Parabéns


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