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terça-feira, 23 de janeiro de 2018

ÁBADO, NOVEMBRO 03, 2012

A menina que vendia fósforos >Estímulos natalinos literários> 03/10/12


História comovente e muito triste ....
Reflexões sobre várias temáticas relacionadas aos temas: Natal, pobreza, solidariedade, tolerância e multiculturalismos.


Estava muito frio, a neve caía e já estava começando a escurecer.
Era a noite do último dia do ano.
 Uma menina descalça e sem agasalho andava pelas ruas, no frio e no escuro.
Quando atravessou correndo para fugir dos carros, a menina perdeu os chinelos que tinham sido da mãe e eram grandes demais.
Um ela não achou mais e um garoto levou o outro, dizendo que ia usar como berço quando tivesse um filho.
A menina já estava com os pés roxos de frio.
Tinha um pacotinho de fósforos na mão e outro no avental velho.
Naquele dia não tinha conseguido vender nada e estava sem um tostão.
Com frio e com fome, ela andava pelas ruas morrendo de medo.
 A neve caía no cabelo cacheado, mas ela não podia pensar nem no cabelo nem no frio.
As casas estavam iluminadas e havia por toda parte um cheirinho gostoso de assado de ano novo.
Era nisso que ela pensava.
Num cantinho entre duas casas, ela se encolheu toda, mas continuava sentindo muito frio.
Voltar para casa, nem pensar: sem dinheiro, sem ter vendido nada, era certo o castigo do pai.
 Além do mais, a casa deles também era muito fria, sem forro e com o telhado cheio de furos e emendas, por onde o vento entrava assobiando.
Com as mãos geladas, pensou em acender um fósforo. Conseguiu.
A chama pequenina parecia uma vela na concha da mão. A menina se imaginou diante de uma lareira enorme com o fogo esquentando tudo e ela também.
Mas logo a chama apagou e a lareira sumiu.
Ela só ficou com o fósforo queimando na mão.
Acendeu outro que, brilhando, fez a parede ficar transparente.
Ela viu a casa por dentro: a mesa posta, a toalha branca, a louça linda.
O assado, o recheio, as frutas.
Não é que o assado, com o garfo e faca espetados, pulou do prato e veio correndo até onde ela estava?
Mas o fósforo apagou e ela só viu a parede grossa e húmida.
Acendeu mais um fósforo e se viu junto de uma belíssima árvore de Natal. Maior do que uma que tinha visto antes.
 Velinhas e figuras coloridas enchiam os galhos verdes.
A menina esticou o braço e… o fósforo apagou.
Mas as velinhas começaram a subir, a subir e ela viu que eram estrelas.
 Uma virou estrela cadente e riscou o céu.
-Alguém deve ter morrido.
A avó – única pessoa que tinha gostado dela de verdade e que já tinha morrido – sempre dizia: “Quando uma estrela caí, é sinal de que uma alma subiu para o céu”.
A menina riscou mais um fósforo e, no meio do clarão, viu a avó tão boa e tão carinhosa, contente como nunca.
-Vovó, me leva embora!
Sei que você não vai mais estar aqui quando o fósforo apagar.
Você vai desaparecer como a lareira, o assado e a árvore de Natal.
E foi acendendo os outros fósforos para que a avó não sumisse.
Foi tanta luz que parecia dia. E a avó ali, tão bonita, tão bonita.
Pegou a menina no colo e voou com ela para onde não fazia frio e não havia fome nem dor.
 Foram para junto de Deus.
De manhãzinha, as pessoas viram no canto entre duas casas uma menina corada e sorrindo.
Estava morta. Tinha morrido de frio na última noite do ano.
 Nas mãos, uma caixa de fósforos queimados.
-Ela tentou se esquentar, coitadinha.
Ninguém podia adivinhar tudo o que ela tinha visto, o brilho, a avó, as alegrias de um ano novo.
Hans Christian Andersen





No link abaixo:
Leitura/Vida e obra de Andesren/Atividades/Imagens da história/



Livro aqui:

 

 


Sinfonia cênica para bonequiro solista e orquestra de Rafael Curci, baseado no conto “A menina dos fósforos” de H. C. Andersen.
Teatro de sombras



Vídeo Disney


A menina dos fósforos
Monteiro Lobato


Isto foi num desses países onde a neve cai durante o tempo de inverno – e fazia um horrível frio naquela noite do ano.
Dentro do frio e dentro do escuro da noite a menina lá seguia, de pés descalços pela cidade deserta. Descalça? Sim. É verdade que saíra de casa com um par de chinelas muito grandes para seus pés, pois tinham sido de sua mãe. Ao atravessar a rua, porém, teve de correr para desviar-se duma carruagem na disparada, e perdeu as chinelas; quando voltou para procurá-las, viu que um moleque havia apanhado um pé, saindo a correr com ele na mão. “Vou fazer um berço desta chinela!”, dizia ele. O outro pé não foi possível encontrar - com certeza sumiu enterrado na neve pelas patas dos cavalos.
Por isso lá ia a menina de pés nus e já azuis de frio. Era uma vendedeira de fósforos, do tempo em que os fósforos se vendiam soltos e não em caixa; no avental trazia uma porção deles e na mão um punhadinho. Mas ninguém lhe comprara ainda um só, e lá se ia ela, tiritando de frio, sem um vintém no bolso. Verdadeiro retrato da miséria, a coitadinha!
Flocos de neve recobriam seus cabelos cor de ouro, todos cacheados, sem que a menina desse por isso.
Em muitas casas a luz do interior saía pelas janelas misturada com um saboroso cheiro de ganso assado – porque era dia de S. Silvestre, dia em que todos que podem comem um ganso assado.
Em certo ponto a menina sentou-se encolhidinha rente a uma parede e cruzou os pés debaixo da saia. Nada adiantou. Sentiu-se mais enregelados ainda. Como não tivesse vendido nenhum fósforo não se animava a voltar para casa. Sem dinheiro no bolso estava proibida de aparecer lá.
Seu pai com certeza que a surraria – além disso o frio era lá tanto como ali. Uma casa velha, de teto esburacado e paredes rachadas por onde o vento entrava zunindo.
Suas mãozinhas começaram a perder os movimentos.
Teve uma ideia: acender um daqueles fósforos para aquecer os dedos entanguidos. Assim fez. Riscou um fósforo na parede – chit! Que luz bonita e que agradável quentura! O fósforo queimava qual velinha, com a chama defendida do vento pela sua mão em concha. Que bom! A menina sentia como se estivesse sentada diante dum grande fogão, com ferro para mexer as brasas e uma caixa de lenha ao lado. Tão agradável aquele calorzinho do fósforo, que ela espichou o pé para que também aproveitasse um pouco- mas nisto a chama foi morrendo e afinal apagou-se. Só ficou em sua mão um toquinho carbonizado.
A menina riscou outro fósforo, e à luz dele a parede da casa estava encostada tornou-se transparente como um véu, deixando ver tudo se passava lá dentro. Estava posta uma grande mesa, com toalha alvíssima e prataria de porcelana; no centro, um ganso recheado de maçãs e ameixas, que recendia um perfume delicioso. De repente o ganso ergueu-se da travessa e, ainda com a faca e o garfo de trinchar espetados no papo, veio na direção dela.
Nisto o fósforo apagou-se e tudo desapareceu. A menina riscou outro fósforo, e imediatamente se achou sentada debaixo da mais bela árvore de ponta dos galhos, e os enfeites dependurados pareciam olhar para ela. Mas esse fósforo também foi se apagando, e à medida que ia se apagando a árvore de Natal ia crescendo, e as velinhas subindo até ficarem como estrelas no céu. Uma delas caiu, traçando um longo risco de luz.
- Alguém está morrendo, pensou a menina com a ideia em sua avó. A boa velinha fora a única pessoa na vida que lhe dera amor, e costumava dizer que quando uma estrela cai é sinal de que alguém está morrendo e com a alma a ir para o céu.
A menina acendeu outro fósforo – e desta vez o que apareceu foi sua própria vovó, brilhante como um espírito e com o mesmo olhar meigo de sempre.
- Vovó! Exclamou ela. Leve-me consigo! Eu sei que a senhora vai sumir-se quando este fósforo chegar ao fim, como aconteceu com o ganso recheado e a linda árvore de Natal...
E para que isso não acontecesse, a menina tratou de acender um fósforo atrás do outro, sem esperar que a chama morresse. Era o meio de conservar a vovó perto de si.
E os fósforos foram ardendo com luz brilhante como a do dia, e sua vovó nunca lhe apareceu tão bela, nem tão grande. Foi-se chegando, tomou e netinha nos braços e com ela voou, radiante, para onde não há neve, nem frio mortal, nem fome, nem cuidados – para o céu.
No outro dia encontraram o corpo da menina entanguido na calçada, com as faces roxas e um sorriso feliz nos lábios. Havia morrido de fome e frio na última noite daquele dezembro.
O sol do novo ano veio brincar sobre o pequenino cadáver. Em sua mãozinha rígida estavam ainda os fósforos que não tivera tempo de acender. Os passantes olhavam e diziam: “A coitada procurou aquecer-se com os fósforos”, mas ninguém suspeitou as lindas coisas que ela viu, nem o deslumbramento com que começou o ano novo em companhia de sua avó.



1) O que nos relata a primeira frase do segundo parágrafo? “Dentro do frio e dentro do escuro da noite a menina lá seguia, de pés descalços pela cidade deserta.”
2) Essa frase tem qual intenção:
a. Perguntar algo sobre a menina dos fósforos.
b. Expressar algum tipo de emoção com intensidade sobre a personagem da história.
c. Fazer uma ordem ou um pedido para a personagem do conto
d. Declarar algo sobre a personagem do texto.
3) Marca quais alternativas te levaram a responder a questão anterior:
a. O sinal de pontuação.
b. A entonação da leitura da frase.
c. O sentido dessa frase no texto.
d. Todas as alternativas citadas.
4) A segunda frase do segundo parágrafo, por ser uma frase interrogativa, tem a intenção de questionar. Em relação a essa frase, coloca verdadeiro ou falso para as seguintes afirmações e explica o porquê das tuas respostas:
“Dentro do frio e dentro do escuro da noite a menina lá seguia, de pés descalços pela cidade deserta. Descalça? Sim. É verdade que saíra de casa com um par de chinelas muito grandes para seus pés, pois tinham sido de sua mãe.”
a. O autor faz uma pergunta para que o leitor responda. ( )
b. O autor não tem a intenção de receber a resposta do leitor, tem outro objetivo com essa pergunta. ( )
5) Observa a palavra destacada da seguinte frase:
“Dentro do frio e dentro do escuro da noite a menina lá seguia, de pés descalços pela cidade deserta.”
a. A quem esse adjetivo se refere?
b. Na frase que a segue “Descalça?” o adjetivo se refere à mesma coisa ou à mesma pessoa? Por quê? Caso tenha mudado, qual a intenção do autor com isso?
6) A frase “Vou fazer um berço desta chinela!” é ____________________:
“[...]quando voltou para procurá-las, viu que um moleque havia apanhado um pé, saindo a correr com ele na mão. “Vou fazer um berço desta chinela!”, dizia ele.”
a. um pensamento da menina.
b. uma declaração do narrador.
c. uma fala de um personagem.
7) Porque tu acreditas que foi utilizado o ponto de exclamação para essa frase destacada?
“[...]quando voltou para procurá-las, viu que um moleque havia apanhado um pé, saindo a correr com ele na mão. “Vou fazer um berço desta chinela!”, dizia ele.”
8) Qual frase do texto declara o que aconteceu com o outro chinelo da menina?
“O outro pé não foi possível encontrar - com certeza sumiu enterrado na neve pelas patas dos cavalos.”
9) Observa o trecho destacado da seguinte frase: “O outro pé não foi possível encontrar – com certeza sumiu enterrado na neve pelas patas dos cavalos.” Ela tem um sentido negativo ou afirmativo? Por quê?
10) Qual / Quais das seguintes frases do seguinte parágrafo do texto também tem / têm o mesmo sentido?
“Por isso lá ia a menina de pés nus e já azuis de frio. Era uma vendedeira de fósforos, do tempo em que os fósforos se vendiam soltos e não em caixa; no avental trazia uma porção deles e na mão um punhadinho. Mas ninguém lhe comprara ainda um só, e lá se ia ela, tiritando de frio, sem um vintém no bolso. Verdadeiro retrato da miséria, a coitadinha!”
11) No seguinte trecho: “Em certo ponto a menina sentou-se encolhidinha rente a uma parede e cruzou os pés debaixo da saia. Nada adiantou. Sentiu-se mais enregelados ainda. Como não tivesse vendido nenhum fósforo não se animava a voltar para casa. Sem dinheiro no bolso estava proibida de aparecer lá.” A frase destacada tem o mesmo sentido das frases que destacaste no exercício 10. Ainda há outra com o mesmo sentido neste parágrafo. Qual é?
“Nada adiantou.”
12) No seguinte parágrafo
“E os fósforos foram ardendo com luz brilhante como a do dia, e sua vovó nunca lhe apareceu tão bela, nem tão grande. Foi-se chegando, tomou e netinha nos braços e com ela voou, radiante, para onde não há neve, nem frio mortal, nem fome, nem cuidados – para o céu.”
e no seguinte trecho
“Os passantes olhavam e diziam: “A coitada procurou aquecer-se com os fósforos”, mas ninguém suspeitou as lindas coisas que ela viu, nem o deslumbramento com que começou o ano novo em companhia de sua avó.”
quais palavras dão o mesmo sentido da frase destacada no exercício 11?
E os fósforos foram ardendo com luz brilhante como a do dia, e sua vovó nunca lhe apareceu tão bela, nem tão grande. Foi-se chegando, tomou e netinha nos braços e com ela voou, radiante, para onde não há neve, nem frio mortal, nem fome, nem cuidados – para o céu.
“Os passantes olhavam e diziam: “A coitada procurou aquecer-se com os fósforos”, mas ninguém suspeitou as lindas coisas que ela viu, nem o deslumbramento com que começou o ano novo em companhia de sua avó.”
13) Relaciona as seguintes frases com os possíveis sentimentos ou sentidos que têm:
a. “Vou fazer um berço desta chinela!”
b. Verdadeiro retrato da miséria, a coitadinha!
c. Riscou um fósforo na parede – chit!
d. Que luz bonita e que agradável quentura!
e. Que bom!
f. Vovó!
g. Leve-me consigo!
( ) Compaixão, dó.
( ) Admiração.
( ) Surpresa.
( ) Ênfase, exaltação.
( ) Representa um ruído, um som; onomatopeia.
( ) Alegria, sensação de bem-estar.
( ) Ordem ou pedido.
14) Quais da frases do exercício anterior:
a) expressam sentimentos, emoções:
a. “Vou fazer um berço desta chinela!”
b. Verdadeiro retrato da miséria, a coitadinha!
d. Que luz bonita e que agradável quentura!
e. Que bom!
f. Vovó!
b) expressam ou ordem, ou pedido, ou conselho:
g. Leve-me consigo!
15) Quais expressões poderiam acompanhar a frase “Leve-me consigo!” considerando o contexto do conto:
a. Por favor
b. Agora
c. Por gentileza
d. Imediatamente
e. Por obséquio
16) Se acrescentasses expressões da atividade anterior, seria possível mudar a pontuação?
17) Considerando os seguintes tipos de frases e seus respectivos exemplos, completa a seguinte tabela adicionando mais exemplos retirados do texto “A menina dos fósforos”.

TIPOS DE FRASE EXEMPLOS FUNÇÃO PONTUAÇÃO OUTRAS OBSERVAÇÕES:

DECLARATIVA
 “Dentro do frio e dentro do escuro da noite a menina lá seguia, de pés descalços pela cidade deserta.”
“O outro pé não foi possível encontrar - com certeza sumiu enterrado na neve pelas patas dos cavalos.” Usada para dar uma resposta, uma informação ou contar alguma coisa. No texto, foi observado que, ao fim das frases declarativas há ponto final. As frases declarativas podem ser afirmativas ou negativas. Algumas palavras podem dar sentido negativo à frase como: não, ninguém, nada, nem. 

INTERROGATIVA
 “Descalça?”
Usada para fazer uma pergunta. No texto, foi observado que, ao fim das frases interrogativas há ponto de interrogação. As frases interrogativas fazem uma pergunta, mas no conto “A menina dos fósforos” o narrador queria chamar a atenção do leitor.

EXCLAMATIVA
“Que bom!”

“Que luz bonita e que agradável quentura!” Usada para expressar espanto, surpresa, emoção, admiração, alegria, etc. No texto, foi observado que, ao fim das frases exclamativas há ponto de exclamação. As frases exclamativas sempre são encerradas com ponto de exclamação, mas nem sempre uma frase encerrada com ponto de exclamação é exclamativa.

IMPERATIVA
“Leve-me consigo!”
Usada para expressar uma ordem, um desejo, uma advertência, um pedido. No texto, foi observado que, ao fim das frases imperativas há ponto de exclamação. As frases imperativas podem apresentar expressões como “por favor, por obséquio, por gentileza” quando têm a intenção de realizar um pedido. 
http://mariliasq.blogspot.com.br/p/disciplina-gramatica-e-ensino.html

Conto: o que é?
Gênero literário
Introdução ao estudo do conto literário




1) Reconhecer a estrutura do gênero conto;
2) analisar o discurso literário;
3) despertar o hábito da leitura.
Discuta com eles: de que um texto precisa para que possa ser considerado um conto?
No site da Wikipédia, a resposta a esta pergunta é a seguinte: “tensão, ritmo, o imprevisto dentro dos parâmetros previstos, unidade, compactação, concisão, conflito, início meio e fim; o passado e o futuro têm significado menor.
O flashback pode acontecer, mas só se absolutamente necessário, mesmo assim, da forma mais curta possível”.
- Anote no quadro a definição abaixo e peça aos alunos para copiarem no caderno.
Conto é a designação que é dada à forma narrativa de menor extensão e que se diferencia do romance e da novela (literária, não a da TV!) não só pelo seu tamanho, mas também por possuir características estruturais próprias.
Ele possui os mesmos componentes do romance, mas evita análises, complicações do enredo e o tempo e o espaço são muito bem delimitados.
O conto é um só drama, um só conflito, uma única ação.
Tudo gira em torno do conflito dramático.
A montagem do conto está em torno de uma ideia apenas, uma imagem ou vida, desprezando-se os acessórios. (Wikipédia)
- Distribua para seus alunos uma cópia do conto “A menina dos fósforos”, de Hans Christian Andersen.
- Depois da leitura silenciosa do texto, solicite a 3 alunos que leiam em voz alta, da seguinte forma: um aluno lê a parte do narrador; um outro lê a fala da menina; e um terceiro, a fala de uma pessoa que passa na rua.
- Discuta, oralmente, algumas questões sobre o texto lido, para que os alunos as respondam.
1) O texto “A menina dos fósforos”, de Hans Christian Andersen, pode ser considerado um conto? Por quê?
2) Delimite o tempo e o espaço da história.
3) Descreva em poucas linhas a protagonista da história.
4) Por que a menina tinha tantos fósforos?
5) O que ela fez com os fósforos?
6) Quando riscava os fósforos, o que a menina conseguia ver?
7) As visões da menina eram reais? Por quê?
8) A última visão da menina foi da avó. Qual a importância da avó para a menina?
9) Explique o desfecho da história.


Escolha um conto literário interessante, prepare uma leitura oral bem apropriada e leia para os seus alunos.
 O professor, ao ler com boa entonação e ritmo, desperta em seus alunos a curiosidade e o interesse.
Leve-os a uma viagem pelo mundo da literatura...
- Se sua escola possui biblioteca, leve seus alunos até ela.
Deixe-os manusear os livros, tocá-los e folheá-los.
Crie um momento de leitura de livros literários para seus alunos.
Peça-os que leiam histórias (silenciosamente ou em voz alta). É preciso que a escola ofereça estes momentos de contato do aluno com os livros.
Esta interação é fundamental para que você possa auxiliar seus alunos a criarem o hábito e o gosto pela leitura.



Recursos Complementares
Professor:
- Você pode acessar este site para encontrar o texto "A menina dos fósforos": http://contadoresdestorias.wordpress.com/2007/11/07/a-menina-dos-fosforos/  
- Você pode acessar este site para encontrar o texto "O conto se apresenta": http://www.scribd.com/doc/7074415/Literatura-Em-Minha-Casa-Contos-Varios-Autores-Era-Uma-Vez-Um-Conto  



Avaliação
- Após o desenvolvimento destas três aulas, coloque no quadro de giz as seguintes questões para que os alunos as respondam, por escrito, no caderno:
1) Escreva, com suas palavras, uma definição de conto.
2) Como você diferenciaria o conto do romance?
3) Quais as principais características de um conto? 


 
Comentário do Linguagem

Um conto tão antigo e tão trágico....Estas são as minhas primeiras palavras ao me referir  a este conto " Andersen".
Sei que ele é pioneiro em histórias infantis. Cresci através de sua literatura, mas tenho muita  resistência...Se tenho... Suas histórias são trágicas e eu sou tão fantasiosa...
Talvez esta seja a principal razão,que hoje eu admire tanto a literatura infantil " moderna".  Temos tantos recursos literários, não? Que bom!
Ainda bem que encontrei a versão de Lobato.... Ele já inicia dizendo que  "num país onde neva".
Natal brasileiro não tem frio,nem papai noel de veludo,não concordam?
Encontrei um texto explicando tudo sobre as "meninas " existentes no mundo.
Uau, quanta meditação diante de uma história.
Vale a pena ler para seu enriquecimento espiritual e psíquico e didático, inclusive!



" (...)Estar com pessoas reais que nos aqueçam, que apóiem e elogiem nossa criatividade, é essencial para a corrente da vida criativa. Do contrário, acabamos congeladas. O ambiente propício é um coro de vozes tanto interiores quanto exteriores que observa o estado do ser da mulher, tem o cuidado de incentivá-lo e, se necessário, também a conforta.(...)
" (...) Para evitar o destino da menininha dos fósforos, há um importante passo que você deve dar. Qualquer um que não apóie sua arte, sua vida, não é digno do seu tempo. É duro mas é verdade. Se não pensarmos assim, adotamos direto os trapos da menina dos fósforos e somos forçadas a viver uma fração de vida que mata pelo frio todo pensamento, toda esperança, talentos, escritos, alegrias, projetos e danças.

" (...)O calor deveria ser o principal alvo da menininha dos fósforos. Na história, porém, ele não é. Pelo contrário, ela tenta vender os fósforos, suas fontes de calor. Essa atitude não deixa o feminino nem um pouco mais quente, rico ou sábio, e impede seu desenvolvimento futuro.
O calor é um mistério. Ele de certo modo nos cura e nos gera. Ele é quem solta o que está preso demais, propicia o movimento livre, o misterioso impulso de ser, o primeiro vôo das idéias novas. Não importa o que o calor seja, ele aproxima as pessoas cada vez mais.
A menina dos fósforos não está num ambiente em que possa se desenvolver. Não há calor, não há gravetos, não há lenha. Se estivéssemos no seu lugar, o que poderíamos fazer? Para começar, poderíamos não acalentar a terra de fantasia que a menina cria ao acender os fósforos.(...)

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