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quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

  1. Dados da Aula

    O que o aluno poderá aprender com esta aula
    Desenvolver sentimentos de amizade, bondade, solidariedade.
    Incentivar a prática de leitura de livros de literatura infantil.
    Desenvolver a coordenação motora fina, através de atividades de colagem.
    Duração das atividades
    2 aulas de 45 minutos (aproximadamente)
    Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno
    Estar inserido no processo de alfabetização e letramento.
    Estratégias e recursos da aula
    Momento 1
    Brincadeira:  Caminhando como a centopéia. De preferência no pátio da escola, formar várias filas com 4 ou 5 alunos cada. Comentar que cada aluno da fila deve segurar na cintura do colega da frente sendo o primeiro que conduzirá os demais. Ao sinal do professor eles devem realizar os movimentos das pernas todos juntos, de acordo com o comando.
    Exemplo: andando depressa, bem devagar, dando pulinhos...
    O grupo que realizar a atividade com maior desenvoltura e sem se soltar de seus companheiros, vence a brincadeira. Pode ser feito também uma disputa entre as filas para ver quem chega primeiro.
    Após a atividade deixar que verbalizem como se sentiram tendo de coordenar vários passos juntos. Após os comentários ressaltar que o personagem da história que irão ouvir caminha com inúmeras pernas de forma harmoniosa. Quem adivinha quem é? Ouvir sugestões e, caso não consigam adivinhar, a professora apresentará a capa do livro com a personagem centopéia.
    Momento 2
    A professora apresentará o livro para as crianças: “A centopéia que sonhava”. Explorar a capa, autor. Perguntar como é essa centopéia, como ela está se sentindo, com o que será que ela sonha? Após a apresentação do livro a professora poderá ler o livro para as crianças ou colocar o áudio da história para ouvirem.
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    Imagem disponível em:
    http://literatura.moderna.com.br/catalogo/capas_alta/85-281-0318-8.jpg

    Disponível para ouvir em:
    http://www.podcast1.com.br/programas.php?codigo_canal=989&numero_programa=2

    A centopéia que sonhava

    Lá ia a centopéia pensando com seus botões.
    “Mas que vontade de voar”, pensou, ao ver a andorinha lá no alto.
    “Mas que vontade de nadar”, pensou ela, quando viu o peixinho
    vermelho fazer maravilhas dentro da água. “E cantar como o curió, que
    dobra suas notas que é uma beleza!”
    “É, mas centopéia não voa, não nada e nem canta”, concluiu com
    tristeza. “Tenho que me conformar e ficar andando com minhas cem
    perninhas e ainda achar bom”.
    Aí ouviu uma vozinha que chegava do alto de uma árvore. Era a
    andorinha que lhe disse:
    – Dona Centopéia, estou vendo que a senhora tem vontade de voar.
    – É verdade — respondeu –, mas não posso, não tenho asas, só
    tenho
    perninhas, que servem para andar mas não para voar.
    – Mas a senhora pode voar comigo, nas minhas costas!
    – Será mesmo que posso realizar esse sonho, ir lá em cima, nas
    nuvens, ver tudo do alto?
    – É claro que pode, venha!
    Mais que depressa a centopéia subiu nas costas da andorinha, que
    saiu voando. E m poucos instantes j á estava lá no alto. Era uma
    maravilha ver tudo ficar pequeno ali embaixo. Como o mundo era grande
    lá de cima, e bonito, azul, e que ventinho gostoso ela sentia. Nem teve
    medo, de tão animada que estava com a experiência.
    “Devo ser a primeira centopéia do mundo a voar”, pensou ela com suas
    perninhas.
    – Vamos descer, dona Andorinha, é emoção demais. E desceram.
    – Quando quiser voar de novo é só falar — disse a andorinha, e
    sumiu no céu como um raio.
    “Voar foi possível”, pensou a centopéia. “Mas nadar não tem jeito,
    aí só sendo peixe mesmo.” Ela, então, ouviu outra vozinha que vinha da
    água.
    – Ei, dona Centopéia, a senhora tem vontade de nadar? Ir lá no
    fundo e descobrir um outro mundo colorido?
    – Mas como, seu Peixinho? Será possível? Não vou morrer afogada?
    – Não — disse o peixinho –, a senhora sobe nas minhas costas, se
    agarra direitinho e prende a respiração por uns minutos. Boca fechada e
    olhos bem a bertos. Vai dar certo. — E deu mesmo.
    A centopéia subiu nas costas do p eixinho, prendeu a res piração
    e… foi ou tra maravilha! Como e ra bonita a água azul, limpa, cheia de
    outros peixinhos coloridos.
    A centopéia levou um susto enorme quando apareceu um peixão.
    “E se ele pensar que sou uma minhoca?” Mas não pensou. Nadar era uma
    maravilha. A vida debaixo da água é outra coisa. Mas só para quem
    consegue prender a respiração por bastante tempo, e ela já estava aflita
    para subir. E subiram.
    – Obrigada, seu Peixinho, foi uma beleza!
    – Obrigada, seu Peixinho, foi uma beleza!
    – Quando quiser nadar de novo é só falar — disse o peixinho. –
    Mas tenho outra surpresa para a senhora.
    O peixinho pegou uma conchinha, amarrou num barbante fino e disse:
    – Suba, dona Centopéia, vamos correr por cima da água! — E saiu
    nadando, puxando a centopéia a uma velocidade incrível. Foi o máximo!
    É, a coisa estava ficando boa. Ela, uma simples centopéia, já havia
    voado e nadado, e não tinha asas nem era peixe!
    Mas cantar como o curió, isso sim que não podia nem deveria haver
    jeito. Não tinha voz, não sabia produzir uma melodia. Mas de novo a
    centopéia ouviu uma voz, que desta vez vinha lá do alto de uma
    laranjeira. Era o curió, que dizia:
    – Olha, dona Centopéia, cantar a gente aprende. Tem gente que sabe
    educar a voz e canta que é uma beleza. Mas eu tenho uma coisa melhor
    que cantar: é tocar uma flautinha.
    – Como pode ser isso, seu Curió?
    – Eu faço uma flauta de bambu bem feitinha, ensino as notas para a
    senhora e aí podemos tocar e cantar juntos.
    – Essa eu nem acredito.
    – Mas vai acreditar.
    E o curió fez uma flautinha com um som muito doce e bonito. A
    centopéia ficou tão entusiasmada com as a ulas que aprendeu lo go. Ela
    tocava bonito, e todos os bichos da floresta iam ouvir a centopéia
    flautista.
    A centopéia agora tinha um último desejo: pular de galho em galho
    lá no alto das árvores da floresta. Mas como, se não conseguia nem dar
    uns saltinhos aqui na terra? Foi quando chegou o macaco, com um riso
    bem esperto nos lábios.
    – Se a senhora quiser saltar, é só subir aqui nas minhas costas e
    se segurar bem.
    – Claro que quero! Vai ser muito divertido ir saltando por aí de
    galho em galho!
    E foi uma algazarra. O macaco pulando, gritando e rindo, com a
    centopéia agarradinha nas suas costas. Parecia um circo, o macaco era
    mestre no salto.
    A noite foi chegando e a centopéia estava muito feliz com todas as
    aventuras daquele dia. De repente se deu conta do que havia acontecido:
    ela não sabia que tinha tantos amigos na floresta e que tudo o que ela
    não conseguia fazer sozinha ela podia fazer com a ajuda dos outros
    bichos. Podia voar sem ser pássaro, nadar sem ser peixe, cantar sem ter
    voz e pular sem ter pernas e br aços de macaco.
    – Quem tem esses amigos pode tudo — concluiu ela. — Juntos vamos
    muito longe!
    Texto disponível em: http://historiasinfantis.eu/a-centopeia-que-sonhava/

    Momento 3
    Fazer uma interpretação oral com as crianças. A professora deverá ouvir as falas dos alunos certificando se, de fato, entenderam o objetivo da mensagem do livro. Enfatizar que é muito importante ter amigos, que ninguém pode viver sozinho e que sempre precisamos de alguém para nos ajudar. Perguntar quais eram os personagens dessa história, como cada um ajudou a centopéia. Distribuir a folha xerocada abaixo para cada criança e pedir que recontem a história produzindo um pequeno texto, contando o que cada personagem fez com a centopéia. Após a escrita podem fazer o desenho de cada personagem no espaço adequado.
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    Momento 4
    Novamente mostrar a capa do livro e perguntar com qual forma geométrica o corpo da centopéia é formado ou se parece. Distribuir uma folha de papel ofício A4 para cada criança e pedir que copiem do quadro o título do livro: LIVRO: A CENTOPÉIA QUE SONHAVA
    Distribuir círculos para que as crianças montem na folha uma centopéia. Essa centopéia pode ser enfeitada com colagem de bolinhas de papel ou paetês. Essa atividade pode compor um painel na sala de aula.

    Avaliação
    Avaliar a capacidade de se envolver com outros colegas em atividades de grupo.
    Através do momento três a professora deve estar atenta se  a mensagem do livro foi bem compreendida pelos alunos.
    Analisar a coerência, coesão e evolução da escrita do aluno ao reproduzir a história, bem como suas dificuldades ortográficas.
    Analisar a coordenação motorados alunos durante a atividade de colagem.

    Essa atividade pode ser realizada com outras histórias...
  2. <><>
    Já chegou a Primavera
    vestida de alegre cor
    tão verde, da cor da hera
    traz uma esperança de amor.
    A Primavera chegou!
    Traz a cor do céu azul.
    O Sol ameno levou
    a tristeza para o Sul.

    Quando chega a Primavera
    fica mais belo o jardim.
    Tão colorido. Oh! Quem dera
    a Primavera sem fim.
    Vou sentir na Primavera
    aquele amor verdadeiro.
    O amor que sempre 
    espera ser um dia, 
    o derradeiro.
  3. By Caroline Sedgwick
    Era uma vez, numa terra muito, muito longínqua, um país onde estava sempre chovendo, chovendo e chovendo; com chuvas torrenciais todo o dia, todos os dias, durante anos e anos. E ali, vivia um menino pequenino, numa casinha na montanha, com o seu papai e o seu cãozinho.
    Tinha nove anos, e todos os dias da sua vida tinha chovido e chovido durante todo o dia e toda a noite.
    Podes imaginar como é estar sempre a chover e sempre úmido?
    As pessoas estavam sempre a dizer-lhe que, antes de ele nascer, tinha havido uma coisa estranha que se chamava Sol. O sol era uma coisa grande, redonda e amarela, que dava calor e luz solar a tudo e a todos. E tinha sempre um sorriso na sua cara grande, redonda e amarela. Ao ver esse sorriso no sol, as pessoas olhavam para ele e devolviam-lhe o sorriso.
          O menino pequenino não podia imaginar na sua mente a idéia de uma coisa grande, redonda, amarela e sorridente. E não podia acreditar que as pessoas pudessem olhá-lo e sorrir, porque na sua aldeizinha ninguém sorria, todos pareciam muito tristes.
    Um dia, as pessoas começaram a comentar que os céus pareciam um pouco mais claros. Ainda estava chovendo e as negras nuvens ainda estavam pairando no céu, mas era verdade que parecia mais claro.
    No dia seguinte, as pessoas começaram a comentar mais que esse dia, estava chovendo menos.
    No dia seguinte, só choveu metade do dia.
    No outro, só houve uns poucos chuviscos, e as janelas gotejavam de vez em quando.
    E no outro, deixou de chover; no seguinte, todas as nuvens eram de cor branca. Um dia mais e apareceram pedaços de céu azul.
    De repente, não havia nem uma nuvem e uma coisa grande, redonda e amarela estava pairando no céu, dando calor e luz a todos.
    E as pessoas olhavam para cima e sorriam ao vê-lo, porque tinha um enorme e radiante sorriso.
    E o menino pequeno sentou-se na sua cama e viu, através da janela, uma coisa de que só tinha ouvido falar em histórias que podiam ser contos. Uma coisa grande, redonda e amarela no céu com um grande sorriso na sua cara. Isto deve ser o sol! Disse o menino, devolvendo-lhe o sorriso. E corre pelas ruas, vendo que todo o mundo estava sorrindo.
    E agora…
    DORMIR!

  4.  


    Todas as Pesquisas mostram que a leitura para a criança é a coisa simples mais importante que os pais podem fazem para prepará-las para o êxito em sua futura carreira acadêmica. A leitura em alto o bom tom ajuda as crianças e entenderem o objetivo da palavra impressa, e a contruir seu vocabulário. A leitura também prepara a criança para reconhecer e entender as novas palavras porque ela agora vai saber o que elas significam. Livros de pinturas e gravuras ajudam a criança a se familiarizar com este processo. É importante lembrar que estes livros além de poucas páginas, devem ter ilustrações grandes, coloridas e pouco texto.
    Créditos: Site de dicas - UOL

  5. O Que as Crianças Aprendem com os Livros Ilustrados?

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    Todas as Pesquisas mostram que a leitura para a criança é a coisa simples mais importante, que os pais podem fazer quando se pretende prepará-las para obter êxito em sua futura carreira acadêmica. A leitura em alto o bom tom, ajuda as crianças e entenderem o objetivo da palavra impressa e a construir seu vocabulário. A leitura também prepara a criança para reconhecer e entender as novas palavras, porque ela agora vai saber o que elas significam. Livros de pinturas e gravuras ajudam a criança a se familiarizar com esse processo.
    É importante lembrar que estes livros, além de poucas páginas, devem ter ilustrações grandes, coloridas e pouco texto.


    Dicas para Atividades:

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    0 a 3 anos
    Pegue algumas marionetes ou então faça suas próprias usando meias velhas, cola e restos de tecido. Deixe a criança representar uma cena simples ou conversação na história. Dê a ela autonomia total na representação do seu papel, mas ajude-a a usar linguagem e expressões corretas, fazendo perguntas simples tais como, "Por que você está apontando para cima?"
    Coloque o livro sobre uma mesa e improvise um jogo da memória. Peça para ela olhar uma ilustração e então para fechar seus olhos. Pergunte então de quantos objetos ou cores da ilustração ela é capaz de lembrar.

    Acima de 3 anos e 4 anosBrinque com ela de "Quem sou eu?". Primeiro leia um livro. Depois, crie um enigma baseado nos objetos e personagens do livro. Por exemplo, imagine que exista no conto um personagem com características como estas que você passaria para ela; "Eu sou um menino. Eu gosto de ajudar as pessoas. Tenho o cabelo ruivo e uma camisa vermelha. Quem sou eu?" Depois de apresentar alguns enigmas, peça para seu filho criar alguns ele mesmo.
    À medida que você lê a história com seu filho, escolha um objeto ou pessoa que aparece com freqüência ao longo da trama, e peça que fique prestando a atenção a estes detalhes durante todo o tempo. Peça para ele depois imaginar como a história seria diferente se estes objetos ou pessoas não estivessam no conto.

    5 e 6 anosCrie seu próprio livro de gravuras com as cenas de uma recente viagem de férias, festa de aniversário ou passeio na praia. Pergunte então a sua criança o que o livro significa. Juntos selecione fotografias para ilustrar melhor a história.
    Peça a sua criança para lhe dizer o que cada página do livro faz ela sentir quando a vê e porquê. Peça a ela para refletir e analisar como as cores, os personagens, o enrêdo, a sequência, ou outros elementos ajudam no rumo que a história toma.

    fonte: http://sitededicas.uol.com.br
  6.      A flor, nascida de um pequeno arbusto à beira do rio, caiu sobre a água transparente tranquila. O vento, que soprava docemente, disse:
       - Tu pareces uma linda bailarina vestida de branco pronta para dançar.
       - Ah, meu querido vento, com quem eu dançaria?
       - Se permites serei teu par. Aceitas?
        A flor sorriu abrindo todas as pétalas e espargindo um doce perfume que o vento se encarregou de espalhar pela mata que cercava o rio. Gentil o suave vento conduziu a florzinha num bailado sobre as águas mansas do rio correndo para um encontro com o mar. Pelo caminho a flor convidava as outras flores:
       - Amigas, venham, venham bailar ao sabor do vento...
       As flores, das margens do rio, foram caindo uma a uma na água excitadas pelo convite da florzinha branca e, em pouco tempo, flores das mais variadas cores cobriam a água do rio bailando embaladas pela melodia do vento. A flor branca se destacava no meio das outras pela sua beleza e a graça de dançar. O vento só tinha olhos para ela; só cantava e soprava para a sua florzinha branca. E quando todos chegaram à curva do caudaloso rio ele percebeu que, de um momento para o outro, perderia a sua amada. A água do rio, agora apressada, não via a hora de chegar ao seu amado mar.Enchendo-se de coragem o vento apaixonado soprou forte elevando a florzinha branca no ar. As outras flores deram adeus a amiga executando uma perfeita dança das flores sobre a água afoita. O vento foi levando a florzinha para o alto, mais alto, mais alto. Ela resplandecia, rodopiava no ar. Não tinha medo. Sabia que o amado não deixaria cair. O vento sorria para ela, mas um pensamento triste lhe passou pela cabeça: ele não poderia prendê-la no ar para sempre.       Vendo a nuvem de tristeza no semblante do amado ela perguntou:
       - Já não gostas mais de mim, querido vento? Não queres mais soprar para mim...?
       Ela não entendia. Ele não pertencia a um só lugar. Ele era de todos os lugares. Agora aqui, logo mais acolá. Não tinha morada fixa. Com o coração batendo forte ele respondeu:
         - Tu serás a mais branca e brilhante estrela do firmamento e quando eu me sentir só olharei para o céu e estarás lá brilhando e dançando para mim. Farei de ti a estrela da alvorada.
         Transformando-se em um violento furacão ele arremessou a florzinha branca para além da estratosfera onde moram as estrelas e os planetas.
        Destacando-se das outras a florzinha branca, agora estrela, está lá no firmamento piscando e brilhando para o seu amado vento e para nós.
        - Vovó, isso aconteceu de verdade? – perguntou o menino.
        - Na nossa imaginação tudo acontece de verdade, menino. Tá vendo lá no céu a estrela   Dalva? É a nossa florzinha branca...

     (histórias que contava para o meu neto).
    
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  7.       Dentro de um parque muito lindo estava a árvore crespinha. Era assim que os demais  moradores a conheciam. Era muito alta e toda coberta de folhinhas dando a impressão que foram colocadas uma a uma no tronco dela. Os pássaros gostavam de conversar com ela, pois sempre aprendiam alguma coisa nova. Tinha sempre boas palavras para todos e dificilmente se irritava. Ficava muito feliz, pois em seus galhos abrigava muitos ninhos de pássaros que vinham de longe, para ali construírem seus ninhos.
    - Você não se incomoda com tanto barulho - disse-lhe um dia o sabiá num papo com ela. - Não – respondeu -, eu até gosto e muito, pois sempre tenho amigos em volta.
    - Sabe - disse o sabiá -, não te incomoda também toda esta folha em volta de você?
    - Ora seu sabiá, isto é um presente que recebi.
    - Presente! De quem?
    - Da Mãe natureza.  Respondeu a árvore.
    - É uma proteção que tenho. Por isso que te chamam de árvore crespinha?
    - É sim.
    O sabiá achava feias as folhinhas parecia uma coisa maluca - pensou.
    Passados alguns dias estavam todos fazendo suas tarefas no parque.
    Os pássaros procuravam ajudar as mamães na formação dos ninhos, e todos buscavam gravetinhos. Também frutinhas das quais se alimentavam. Tomavam seus banhos e brincavam saltando de um lado para outro. Mas eis que começou a se formar uma nuvem grande e escura. Estava carregada e logo iria despejar toda água no parque.
    Voavam todos para seus ninhos suas casinhas a fim de se abrigarem da chuva que já vinha chegando. E ai começou  a cair muita água e até pedrinhas que chamamos de granizo. É muito bonito de se ver, mas estas pedrinhas, granizo machucam as plantas e, conforme o tamanho, quebram até telhados. Por uma meia hora foi uma tempestade bem forte. Quando passou havia um silêncio no parque.
    Hora de se ver os estragos. Quanta plantinha não resistiu, e muitos filhotinhos caíram do ninho e estavam mortos no chão.
    Que tristeza de se ver. E dna árvore crespinha, como estaria?
    Voando depressa lá foi o sabiá ver a situação.
    Como sempre ela estava sorrindo e suas folhinhas estavam grudadas no tronco, como a dizer daqui ninguém me arranca.
    - Olá dna crespinha como esta a senhora - disse o sabiá.
    - Estou muito bem senhor sabiá. Todas minhas folhinhas estão limpas, mas o melhor foi que os meus moradores estão todos bem.
    - É mesmo?
    - Sim na hora da chuva pedi que viessem se abrigar no meio das folhinhas enrolando seus filhotinhos e assim o vento não os derrubou. Agora podem voltar para seus ninhos. E o senhor, sabiá, como está?
    - Ora, estou bem.
    - E sua família?
    - Não sei eu voei  para me proteger e nem pensei em mais nada.
    - Senhor sabiá  que coisa feia de se dizer! Não devemos pensar só em nós.Os demais, mesmo não sendo de nossa família, merecem atenção também.  Hoje o sr conseguiu se salvar e está bem, e amanhã? Sempre precisamos um do outro. É tão bom poder ajudar.
    E lá no alto da árvore os pássaros cantavam felizes novamente. Tudo é tão passageiro, passa depressa. Não acontece novamente da mesma forma, vamos fazer agora pois amanhã poderá não ter mais volta. E ali ficou a arvore crespinha sempre alegre e feliz conversando com quem quisesse falar com ela.
    Não havia no parque árvore mais feliz.
    - E você já disse e pensou alguma coisa boa hoje? De minha parte um abraço e um grande beijo em teu coração.


     
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  8. Uma mulher regava o jardim de sua casa e viu três idosos com os seus anos de experiência em frente ao seu jardim.

    Ela não os conhecia e lhes disse:
    - Não os conheço, mas devem estar com fome. Por favor entrem em minha casa para que possam comer algo.
    Eles perguntaram:
    - O homem da casa está ?
    - Não, respondeu ela, não está.
    - Então não podemos entrar, disseram eles.
    Ao entardecer, quando o marido chegou, ela contou-lhe o sucedido.
    O marido lhe disse:
    - Então vá lá e diga a eles que já cheguei e os convide para entrar.
    A mulher saiu e convidou os homens para entrarem em sua casa.
    - Não podemos entrar numa casa os três juntos, explicaram os senhores.
    - Por quê?, quis saber ela.
    Um dos homens apontou para outro dos seus amigos e explicou:
    - O nome dele é Riqueza.
    Depois apontou para o outro.
    - O nome dele é Êxito e eu me chamo Amor. Agora entre e decida com o seu marido
    qual de nós três, vocês desejam convidar para entrar em vossa casa.
    A mulher entrou em casa e contou a seu marido o que eles lhe haviam dito.
    O homem ficou muito feliz e replicou:
    - Que bom! Já que é assim, vamos convidar a Riqueza, que entre e encha a nossa casa.
    Sua esposa não estava de acordo e disse:
    - Querido, por que não convidamos o Êxito?
    A filha do casal estava escutando tudo e veio correndo dizer:
    - Não seria melhor convidar o Amor? Nosso lar ficaria então cheio de amor.
    - Vamos escutar o conselho de nossa filha, disse o esposo à sua mulher. Vá lá fora e convide o Amor para que seja nosso hóspede.
    A esposa saiu e perguntou-lhes:
    - Qual de vocês é o Amor? Por favor entre e seja nosso convidado.
    O Amor levantou-se da cadeira e começou a avançar em direção à casa. Os outros dois também levantaram-se e o seguiram.
    Surpresa, a mulher perguntou à Riqueza e ao Êxito:
    - Só convidei o Amor, por que vocês estão vindo também ?
    Os homens responderam juntos:
    - Se tivessem convidado a Riqueza ou o Êxito os outros dois permaneceriam aqui fora, mas já que convidaram o Amor, aonde ele vai, nós vamos com ele.





  9. Como é gostoso relembrarmos nossa infância, não acham?
    Independente de fazer muito tempo ou nem tanto com certeza sempre temos saudades das brincadeiras, da falta total de compromisso com as coisas sérias onde a única preocupação que tínhamos era em brincar.

    As parlendas fazem parte da infância.

    Você sabe o que são parlendas?
    As parlendas são formas literárias tradicionais de origem oral que são recitadas em brincadeiras de crianças, ou seja, versinhos infantis.

    Algumas parlendas são muito antigas e fazem parte do folclore brasileiro.

    Elas podem ser utilizadas em sala de aula, propiciando aprendizagem e divertimento e por serem tão gostosas são recitadas nas brincadeiras infantis e com isso o folclore continua sendo lembrado.

    As rimas que são feitas para formar uma parlenda são bem fáceis e por isso as crianças guardam facilmente esses versinhos.

    Elas também são conhecidas como trava- língua pela simples razão de que quando faladas rapidamente acabamos falando errado.

    Algumas parlendas foram criadas há muitos anos atrás e são muito antigas, mas mesmo assim são lembradas hoje em dia.

    As parlendas passam de geração para geração e por esta razão nunca serão esquecidas.

    Elas auxiliam os pais na hora de fazer seus filhos comerem e além de aprenderem, se divertem.

    Abaixo algumas parlendas bem populares:

    Batatinha quando nasce
    Espalha a rama pelo chão.
    Menininha quando dorme
    Põe a mão no coração

    “Um, dois, feijão com arroz,
    Três, quatro, feijão no prato,
    Cinco, seis, falar inglês,
    Sete, oito, comer biscoito,
    Nove, dez, comer pastéis”.

    Serra, serra, serrador! Serra o papo do vovô!
    Quantas tábuas já serrou?

    Uma delas diz um número e as duas, sem soltarem as mãos, dão um giro completo com os braços, num movimento gracioso.
    Repetem os giros até completar o número dito por uma das crianças.

    Enganei um bobo…
    Na casca do ovo!
    Dedo Mindinho
    Seu vizinho,
    Maior de todos
    Fura-bolos
    Cata-piolhos.

    Rei, capitão,
    soldado, ladrão.
    Moça bonita
    Do meu coração

    Macaquinho foi à feira
    Não sabia o que comprar
    Comprou uma cadeira
    Pra comadre se sentar
    A comadre se sentou,
    A cadeira esborrachou.
    Coitadinha da comadre
    Foi parar no corredor.

    Galinha choca
    Comeu minhoca
    Saiu pulando
    Feito pipoca

    Batom, batom
    Tira o ba, fica o tom
    Eu conheci, eu conheci
    Uma velha
    Que se chamava
    Dona Lea.

    A velha caiu,
    O velho viu…
    Calcinha dela
    Verde amarela
    Cor do Brasil.
    Quem bater palma
    Imita a velha!

    Por Ana Burguesa
    http://www.blogger.com/post-create.g

  10. Pepito, o gato malhado,
    Gosta de uma boa salsicha
    E de um bom salpicão
    Da loja do salsicheiro

    André Salgado Espinheiro.
    E vai Pepito toda manhã,
    Miar à porta da salsicharia
    Pra ganhar a sua iguaria.

    Um dia Pepito passou mal
    Depois de dar uma bocanhada
    Numa salsicha bem apanhada
    Que lhe deu o salsicheiro.

    Doeu a sua barriguinha
    E ele procurou a sua vizinha
    Para um chá ela fazer.
    Prontamente a bela gatinha

    Pegou algumas folhas que tinha,
    E para o fogão se dirigiu
    Quando o gato lhe perguntou
    Que tipo de chá era aquele.

    Vou lhe fazer um chá de boldo,
    Amargo como ele só,
    Para acabar com a sua gula.
    Onde já se viu comer tanto

    Seu gato destemperado!
    Comida em demasia faz mal,
    Não há gato que agüente,
    Por isso tão mal você se sente.

    E com grande destemor
    Curou a gatinha a dor
    Do seu amigo Pepito
    Que quer esquecer o agito

    Do dia em que ele, guloso,
    Comeu a salsicha, ligeiro,
    Que tinha um cheiro rançoso,
    Da loja do salsicheiro.

                            Maria Hilda de J. Alão

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