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quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Diabetes e depressão - O que fazer?

Data de publicação: 31/10/2011
 
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Lara Ferreira Guerra
Ser portador de uma doença crônica, seja ela qual for, pode nos deixar mais suscetíveis a desenvolver uma depressão; isso ocorre porque, muitas vezes, não estamos preparados, nem dispostos emocionalmente, a atender às exigências diárias do tratamento. Em relação à pessoa que tem diabetes não é diferente, pois diabetes mal controlado aumenta bastante as chances de ter depressão.
Mas, e como identifico se estou com depressão? Bem, de forma resumida, os sintomas mais comuns são:
  • Tristeza, desânimo, pena de si mesmo;
  • Sensação de “vazio” de sentimentos;
  • Falta de apetite (às vezes apetite em excesso);
  • Falta de desejo sexual;
  • Insônia (ou sono em excesso);
  • Pensamentos pessimistas que não saem da cabeça;
  • Irritabilidade;
  • Pouca concentração na leitura ou dificuldade em guardar na memória o que leu;
  • Choro à toa ou dificuldade para chorar;
  • Baixa auto-estima;
  • Falta de interesse por atividades simples como tomar banho e assistir televisão, ou por coisas que gostava de fazer e pessoas com as quais gostava de conviver;
  • Idéias de morte e tentativa de suicídio, etc.
Na verdade, não é necessário apresentar todos esses sintomas, mas a permanência de dois ou mais durante mais de duas semanas, já é um aviso para se procurar um médico.
É importante também salientar que tristeza é diferente de depressão. Quando se está triste por qualquer motivo, a pessoa tem momentos de bom humor e consegue realizar as tarefas do dia-a-dia; já na depressão, há uma tristeza mais prolongada, interferindo em todos os aspectos da vida, inclusive na execução das tarefas diárias pela falta de vitalidade e ânimo.
Existem ainda alguns mitos que foram criados em torno da depressão e que, muitas vezes, atrasam a procura pelo tratamento adequado, como: “Depressão passa só com pensamento positivo”; “Depressão é preguiça, é falta de força de vontade”; “Depressão é doença só de adulto”; etc. Além disso, sabe-se que uma grande parte dos deprimidos não procuram ajuda profissional, tentam se tratar com receitas caseiras, uso de vitaminas, busca religiosa e outros recursos. Muitas vezes, isso ocorre devido ao preconceito em relação ao psiquiatra ou ao psicólogo.
Em termos práticos do tratamento, é importante saber que as pessoas que têm diabetes e depressão sofrem muito mais do que as que têm apenas diabetes. Com a depressão os custos médicos são mais elevados e há maiores possibilidades do aparecimento de complicações do diabetes, já que a pessoa não tem ânimo para se cuidar. Logo, tanto no diabetes como na depressão, tomar a medicação recomendada, seguir uma alimentação equilibrada, além da atividade física e apoio psicológico (se necessário) irão propiciar um melhor equilíbrio físico e emocional.
Lara Ferreira Guerra
Contato: larafguerra@hotmail.com
Psicóloga - CPR 13/3028

As Hipoglicemias e sua Insensibilidade em Alguns Diabéticos

Entre 10% e 15% dos diabéticos são incapazes de sentir as quedas bruscas de açúcar no sangue e sofrem hipoglicemias que podem ser graves

Data de publicação: 27/12/2011
Se esta manhã você saiu correndo de sua casa sem ter tomado café da manhã, com uma, apenas uma recordação de um jantar feito na noite anterior, talvez a concentração de glicose em seu sangue esteja baixando enquanto lê esta reportagem.
Mas não se preocupe. Seu organismo já terá colocado em andamento uma corrente de reações fisiológicas para remediar sua negligência e evitar que seu cérebro fique sem combustível.
Alguns diabéticos que dependem de injeções de insulina, no entanto, não desfrutam dessa proteção.
São insensíveis aos avisos do organismo diante da baixa pronunciada de açúcar no sangue e, portanto, propensos a sofrer hipoglicemias graves que põem em perigo sua saúde e, inclusive, sua vida. São as conhecidas hipoglicemias assintomáticas.
Se voltarmos ao corpo em jejum do leitor comum veremos que, por enquanto, as células beta de seu pâncreas vão suspender a produção de insulina para evitar que metabolize rapidamente o açúcar que ainda circula por seus vasos sanguíneos. Além do mais, as células alfa desse mesmo órgão começarão a secretar glucagom, um hormônio que extrai as reservas de glicose armazenadas no fígado em forma de glicogênio.
E, por último, seu cérebro vai ordenar que se secretem os hormônios do stress (adrenalina, noradrenalina, cortisol e hormônio do crescimento) para dar-lhe sinais de alarme, abrir-lhe o apetite e obrigar-lhe a tomar, ao fim, um lanche.
Se você for diabético insulinodependente a história aqui seria outra. Basicamente, seu pâncreas não poderia produzir insulina porque já não o faz há tempos. Dependeria das injeções exógenas deste hormônio, e se você se a aplicou faz uns minutos, agora nada vai poder limitar seu efeito.
Esse é o motivo pelo qual muitos diabéticos sofrem hipoglicemias com uma freqüência alta. A única coisa que podem fazer é comer algo que eleve rapidamente a concentração de glicose no sangue, e o fazem normalmente alertados por uma série de sintomas (maior apetite, sudorese, tremores, nervosismo, tontura, fraqueza, etc) que se desencadeiam quando a glicose desce abaixo de 55 miligramas por decilitro de sangue (As vezes abaixo de 70 mg/dl, em certas ocasiões, os sintomas são muito evidentes e é necessário atuar) "Valores menores de 55 não podem manter a função cerebral adequadamente", assinala Alfonso López Alva, do Serviço de Endocrinologia do Hospital Universitário de Canárias.
Alguns diabéticos, sem dúvida, são insensíveis a estes sintomas. A glicose no sangue baixa sem que nenhum sinal de aviso perceptível se manifeste em seu corpo.Ao não serem conscientes da necessidade de identificar a incipiente hipoglicemia, estão expostos a sofrer quedas bruscas de sua concentração de açúcar e, com isso, progressivamente, mudanças no comportamento, agressividade, perda de consciência, danos irreparáveis em seu cérebro e, inclusive, a morte. As possibilidades de que isso ocorra não são poucas, ainda que existem estratégias para evitá-lo.
A hipoglicemia é um fenômeno muito freqüente na vida dos diabéticos, especialmente naqueles que optam por seguir controle intensivo com múltiplas injeções de insulina para manter a concentração de glicose o mais próxima possível a de uma pessoa comum e assim evitar as complicações crônicas do diabetes.
Alguns estudos tem assinalado que os diabéticos insulinodependentes que tem hipoglicemias constantes com valores de glicemia abaixo de 55 mg/dl, durante 10% do tempo, sofrem uma média de dois episódios de hipoglicemia sintomática por semana e um de hipoglicemia grave ao ano. De fato, 2% de mortes em diabéticos tipo 1 é atribuída à hipoglicemia.Esta freqüência de baixas da concentração de açúcar é precisamente o principal fator contra os diabéticos insensíveis aos sintomas da hipoglicemia. "Quando uma pessoa está habituada a ter hipoglicemias porque as tem de maneira muito freqüente, o organismo se acostuma a estar nesta situação e, então, diminuem os sintomas de alarme", explica Alfonso López Alva, coordenador do grupo de trabalho sobre complicações na Sociedade Espanhola de Diabetes.
A solução para o paciente diabético com hipoglicemia assintomática passa por realizar com mais freqüência a monitorização de glicose no sangue capilar para suprir assim a falta de sensibilidade aos sintomas típicos de baixa das concentrações de glicose no sangue.

O fenômeno de se habituar a hipoglicemia

Uma investigação publicada o ano passado na revista Diabete, da Associação Americana de Diabetes, por pesquisadores do King's College de Londres, dava uma explicação neurológica ao fenômeno de habituação dos diabéticos as freqüentes hipoglicemias.Segundo este estudo, seria uma falha na resposta da amígdala e o córtex orbito frontal do cérebro diante da baixa da glicose o que poderia sugerir a existência de um fenômeno de habituação das funções de regulação da conduta que dê lugar à hipoglicemia assintomática.
De fato, alguns estudos apoiaram esta hipótese ao demonstrar que ao conseguir evitar as hipoglicemias de forma eficaz durante duas ou três semanas, reverte-se a perda de sensibilidade aos sintomas da hipoglicemia. Mas Alfonso López Alva, da Sociedade Espanhola de Diabete, alerta que esta evidência não deve levar os pacientes a relaxar o estrito controle glicêmico para evitar as hipoglicemias porque os valores de glicemia elevadas de forma sustentada podem conduzir a "gravíssimas complicações crônicas".
Uma dessas complicações, a neuropatia diabética (dano no sistema nervoso), pode estar por trás de alguns casos de hipoglicemias assintomáticas. "A presença de uma neuropatia do sistema nervoso autônomo nas pessoas com diabetes pode diminuir as respostas orgânicas perante o stress de modo geral e a hipoglicemia em particular, piorando seus riscos e severidade", explica López Alva.
Estes são os sintomas presentes (em maior ou menor intensidade) em todas as hipoglicemias. Podem aparecer vários ao mesmo tempo ou de maneira isolada.
  • Fome excessiva;
  • Nervosismo;
  • Tremedeira ou desequilíbrio;
  • Transpiração sem motivo aparente;
  • Ansiedade;
  • Fraqueza;
  • Perda de coordenação;
  • Tontura;
  • Sonolência;
  • Confusão;
  • Dificuldade para falar;
  • Visão embaçada.

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Alimentação especial ajuda a controlar pressão, colesterol e diabetes


da Folha OnlineO regime alimentar é uma ferramenta importante dos médicos no tratamento de vários distúrbios e doenças. Entre os mais comuns, estão o diabetes, a hipertensão arterial e o controle do nível de colesterol, um dos termômetros que indicam o risco de doenças cardíacas.
Medicamentos aliados à uma boa dieta são receitas das mais eficazes contra a hipertensão arterial. A discreta diminuição da pressão que se obtém com mudanças de estilo de vida ajudam a diminuir riscos de doenças cardiovasculares e previnem o aparecimento de formas mais graves de hipertensão arterial.

Para diminuir a pressão alta, médicos e nutricionistas recomendam uma dieta hipossódica (com menor quantidade de sódio). O sódio é encontrado principalmente no sal de cozinha e em produtos industrializados. Por isso, use pouco sal nos alimentos e prefira temperos naturais (alho, cebola, manjericão, alecrim, limão etc). Evite os produtos industrializados, como enlatados, embutidos (salsicha, lingüiça) frios, queijos, salgadinhos, temperos prontos, molhos prontos, conservas.

Não deixe faltar na sua dieta os legumes, as verduras e as frutas ricas nesse mineral (banana, por exemplo).

Colesterol alto

Se você tem estresse, pressão alta, excesso de peso, fuma, é sedentário e se alimenta mal, é possível que a sua taxa de colesterol esteja alterada e corre risco de desenvolver doenças coronárias e ter infartos. Uma dieta pobre em colesterol e gorduras saturadas certamente ajuda a manter níveis mais baixos de colesterol e evita tais riscos.

Evite alimentos como o leite e iogurte integrais, creme de leite, queijos gordos, embutidos, carnes gordas, frutos do mar, gemas de ovo, maionese, manteiga, bacon, sorvetes cremosos, chocolate, frituras. E prefira leite desnatado, queijo minas fresco ou ricota, peixe, frango, carne de boi magra, clara de ovo, margarina, óleos vegetais, grelhados, assados, cozidos ou refogados. Alimentos com fibras (frutas, legumes, verduras e cereais integrais como a aveia) também auxiliam na redução do colesterol.

Peso

Para pessoas que sofrem de obesidade, a dieta hipocalórica (com menor quantidade de calorias) é a ideal, mas combinada com o aumento da atividade física. A perda de peso deve ser lenta, respeitando o ritmo de cada indivíduo.

A moderação é o segredo de tudo. Não abuse de açúcar, mel, doces, refrigerantes e bebidas alcoólicas. No grupo dos carboidratos, não exagere em arroz, batatas, farinhas, pães, torradas, feijão, lentilha. Frutas também contêm açúcar -cuidado com coco e abacate (têm muita gordura).

Use adoçante artificial e produtos dietéticos e não exagere em óleo vegetal e margarina. Evite as frituras e prepare alimentos cozidos, assados, ensopados ou grelhados. Coma verduras e legumes.

Diabetes
Para os que sofrem de diabetes, o controle no consumo de açúcar por intermédio de uma dieta hipoglicídica pode reduzir os níveis de glicoce (açúcar) e de triglicérides (tipo de gordura) no sangue. Evite açúcar, mel, doces, refrigerantes e bebidas alcoólicas. Prefira o adoçante artificial e similares. Coma frutas com moderação, porque elas também contêm açúcar.

Não exagere no arroz, batatas, farinhas, pães, torradas, feijão, lentilha e procure consumir verduras e legumes em maior quantidade.

Fonte: Mônica Inez Jorge, nutricionista do Departamento de Nutrição da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP)




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