Páginas

quinta-feira, 5 de setembro de 2013


Tratamento

Diabetes Tipo 1

Os portadores de diabetes tipo 1 têm que aplicar insulina diariamente o que envolve o uso de seringa e agulha, ou caneta de insulina, ou para aqueles que optarem isso também pode ser feito por meio do uso de uma bomba de insulina. A necessidade de insulina é diferente para cada diabético e somente pode ser prescrita pelo médico ou diabetólogo que vai adequar tipo de insulina, a dose a ser usada e horário de acordo com:

Idade do Paciente / Tipo Físico / Alimentação / Estilo de Vida / Tipo de Atividade Física.

Existem vários tipos de insulina:

Insulina Glargina

  • A Glargina é um novo tipo de insulina com ação prolongada. É absorvida lentamente e de forma estável pelo organismo a partir do local de aplicação (daí ser conhecida também como insulina basal), o que permite uma única aplicação diária. Em alguns casos, no entanto, torna-se necessário o uso combinado com outros tipos de insulina. Seu uso reduz o risco de hipoglicemias, pois não possui picos de ação. A tecnologia utilizada em sua produção é DNA recombinante, o que faz com que tenha a mesma segurança da insulina humana.

Insulina Lenta

  • Insulina de ação intermediária, sua ação é obtida por meio de substâncias que retardam sua absorção pelo organismo (daí a aparência leitosa de seu líquido). Os frascos devem ser agitados de forma suave, para que os cristais se espalhem de forma uniforme antes da aplicação. Deve ser combinada a outras insulinas de ação mais rápida, ampliando assim seu espectro de ação.

Insulina Lispro ou Aspart (Ultra-rápida)

  • Insulinas de ação rápida e duração curta, tem aspecto límpido e transparente. Deve ser combinada a outras insulinas de ação mais lenta, auxiliando no controle do diabetes, na rotina diária. São indicadas para a cobertura das refeições.

Insulina NPH

  • Insulina de ação intermediária se parece com a insulina lenta. A adição de substâncias que retardam sua absorção pelo organismo é responsável pela sua aparência leitosa. Os frascos devem ser agitados de forma suave, para que os cristais se espalhem de forma uniforme antes da aplicação. Diferente do que acontece com a Insulina Glargina, sua ação não é homogênea e nem previsível.

Insulina Regular

  • Insulina de ação rápida e duração curta, é geralmente usada em situações de emergência, como crises de cetoacidose, coma ou cirurgias ou mesmo quando o teste de glicemia se encontra alterado. Tem aspecto transparente, semelhante à água potável e é usada para complementar o uso de outras com ação mais lenta.

Diabetes Tipo 2

Os pacientes portadores de diabetes tipo 2 geralmente fazem o tratamento medicamentoso quando necessário, utilizando hipoglicemiantes orais. Esses medicamentos podem agir aumentando a secreção de insulina ou melhorando a ação da insulina e a dose desses medicamentos deve ser prescrita pelo médico, pois é individual. Alguns diabéticos do tipo 2 em fase inicial conseguem manter seu diabetes sob controle apenas seguindo dieta rigorosa, assim como outros que já desenvolveram complicações necessitam utilizar insulina, ou nos casos em que o tratamento não está sendo eficaz em atingir os objetivos de glicemia adequada.
Os medicamentos orais utilizados para o controle do diabetes tipo 2 se classificam em:

Sulfoniluréias

Estimulam a produção de insulina.
  • Clorpropamida;
  • Glibenclamida;
  • Glipizida.

Biguanidas

Melhoram a resistência a insulina.
  • Metformina.

Inibidores da Alfa-glicosidase

Diminuem a absorção de carboidratos.
  • Acarbose.

Metiglinidas

Estimulam a secreção pancreática de insulina.
  • Repaglinida;
  • Nateglinida.

Glitazonas

Aumentam a sensibilidade à insulina no tecido muscular.
  • Pioglitazona.

Inibidores da enzima DPP-4

Aumentam a secreção de insulina e reduzem a secreção de glucagon.
  • Vildagliptina;
  • Sitagliptina;
  • Linagliptina;
  • Saxagliptina.
Obs: Lembre-se que somente o médico pode prescrever remédios, a automedicação é um grande risco à sua saúde e pode levar a morte.


Boa Alimentação para o Controle do Diabetes

Aprender o que comer, quanto comer, como comer e quando comer é essencial para o bom controle do diabetes, porém, ter diabetes não significa que você precise de alimentos especiais ou um plano de dieta complicado. As bases de uma boa dieta para diabéticos são simples – porções moderadas de alimentos saudáveis e horários de refeição regulares.
Muitas pessoas com diabetes terão um plano de alimentação baseado na contagem de carboidratos, visto que os carboidratos se transformam em glicose. O número recomendado de porções de alimentos com carboidrato é baseado em seu peso, níveis de atividade, medicações para diabetes e objetivos para os seus níveis de glicose sanguínea. Seu nutricionista ou educador sobre diabetes deve trabalhar com você para determinar seus objetivos de carboidratos individuais e criar um plano personalizado.
Fonte: Mayo Clinic

Mitos e Verdades

Diabetes recentemente Diagnosticado

Caso tenha sido recentemente diagnosticado com diabetes, aqui estão algumas dicas para ajudá-lo a separar verdades de mitos, mas não se esqueça de sempre consultar seu médico.

Diabetes é causado por comer muito açúcar: verdade ou mito?

MITO: O diabetes é uma condição em que seu corpo não processa adequadamente os alimentos. Isto ocorre devido à incapacidade do corpo em usar a insulina eficazmente ou devido à produção reduzida/ausente de insulina. Comer açúcar não causa diabetes, entretanto, comer muito açúcar pode aumentar seu peso corporal e seu risco de desenvolver diabetes, particularmente, o diabetes tipo 2.

As pessoas com diabetes devem monitorar os níveis de glicose em seu corpo: verdade ou mito?

VERDADE: Testar a glicose em seu corpo ajuda você e seu médico a tomar decisões em relação ao seu tratamento. Se estiver procurando um medidor fácil de usar para começar a monitorar sua glicemia experimente o medidor Contour TS® da Bayer. Ele possui apenas 2 botões e tem um tamanho pequeno, ideal para carregar para qualquer lugar. Outro teste é o hemoglobina Glicada, que ajuda a determinar sua glicose média no sangue durante os últimos 2 a 3 meses. Pergunte ao seu profissional da área de saúde como e quão frequentemente você deve testar sua glicose e sua hemoglobina Glicada. De acordo com a American Diabetes Association, as metas de glicose no sangue para a maioria dos adultos (exceto pacientes em gestação) com diabetes são:
  • 70-130 mg/dl antes das refeições;
  • Abaixo de 180 mg/dl duas horas depois das refeições;
  • Hemoglobina Glicada abaixo de 7%.

São necessárias medicações para controlar o diabetes: verdade ou mito?

VERDADE e MITO: O planejamento alimentar e a atividade física são importantes para ajudar a controlar ambos os tipos de diabetes 1 e 2. Algumas pessoas com diabetes tipo 2 são capazes de controlar seu diabetes apenas com planejamento alimentar e exercícios, porém, outras podem precisar também de comprimidos para diabetes, insulina ou ambos. A insulina é obrigatória caso você tenha diabetes tipo 1. O diabetes é uma doença progressiva e existem várias opções de tratamento para ajudar a controlar os níveis de glicose no sangue. Pergunte a seu médico sobre as várias opções de tratamento e controle para diabetes.

Verificação da Diabetes nas Refeições

Reconhecer os padrões de glicose sanguínea através de verificação frequente é uma parte importante de seu controle de diabetes quando utilizainsulina, especialmente se você estiver utilizando vários tipos de insulina ou administrando várias injeções por dia.
Testes em jejum e antes da refeição mostram como a insulina de ação longa ou basal controla a glicose sanguínea entre as refeições e durante a noite. Testar a glicose sanguínea após as refeições mostra como os alimentos e a insulina de ação rápida, ou a insulina na hora da refeição, estão funcionando em conjunto. Observar as tendências em seus níveis de glicose sanguínea e fazer alterações em seu plano de tratamento de diabetes, juntamente com médico, pode lhe ajudar a alcançar um melhor controle do diabetes. Consulte seu médico e veja algumas dicas abaixo para ajudar a controlar os padrões de glicose em seu sangue antes e depois das refeições.

Antes das refeições:

A baixa quantidade de glicose no sangue pode ser causada por:
  • Muita insulina basal. A quantidade que você administra pode precisar ser ajustada/reduzida;
  • Bebidas alcoólicas. Caso consuma álcool, considere isso como parte de uma refeição ou lanche contendo carboidrato. Pergunte ao seu profissional de saúde como adequar, de forma segura, o álcool ao seu plano alimentar;
  • Mais atividade física do que o normal. Verifique a sua glicose sanguínea antes e após a atividade física. Acrescente um lanche ou reduza a insulina em seu horário de refeição caso a glicose em seu sangue esteja abaixo de 100 mg/dl.
A alta quantidade de glicose pode ser causada por:
  • Pouca insulina basal. A quantidade que você administra pode precisar ser ajustada/aumentada;
  • Efeitos dos seus hormônios corporais. O fenômeno do alvorecer é um aumento na glicose sanguínea durante as primeiras horas matinais. O efeito Somogyi é a resposta do corpo à baixa quantidade de glicose sanguínea durante a noite. Em ambas situações são causadas por hormônios produzidos pelo seu corpo. Discuta com seu profissional de saúde se você deve testar sua glicose sanguínea no meio da noite para saber mais sobre como os hormônios podem estar afetando os níveis de glicose em seu sangue;
  • Doença ou estresse. Quando adoecer ou estiver estressado, verifique a glicose sanguínea com mais frequência. Também pode ser necessário adequar a insulina na hora da refeição;
  • Menos atividade física do que o normal. Talvez seja preciso reduzir sua ingestão de carboidratos, aumentar sua insulina na hora da refeição, ou ser necessário aumentar sua atividade física.

Após as refeições:

A baixa quantidade de glicose no sangue pode ser causada por:
  • Muita insulina na hora da refeição. A quantidade que você administra pode precisar ser ajustada/reduzida. Fale com seu médico;
  • Pouco carboidrato.
A alta quantidade de glicose no sangue pode ser causada por:
  • Pouca insulina na hora da refeição. A quantidade que você administra pode precisar ser adequada/aumentada. Fale com seu médico;
  • Muito carboidrato.
Ajustando seu nível de glicose após a refeição:
  • Controle sua ingestão de carboidrato. Visto que tanto pouco quanto muito carboidrato pode afetar sua glicose após a refeição, tente manter uma ingestão correta de carboidratos (conforme orientação médica), melhore suas habilidades na contagem de carboidrato ou aprenda a combinar sua dose de insulina aos carboidratos que você estiver ingerindo;
  • Realize um teste antes e após suas refeições. Estas informações podem ajudar a identificar o foco do problema e adequar a dose de insulina na hora das refeições juntamente com o profissional de saúde.
Certifique-se de consultar seu médico antes de fazer alterações em seu plano de tratamento.
Escrito por: Cindy Zwart, Nutrição Funcional - Fit4D, Dietista Registrada, Dietista/Nutricionista Licenciada, CDE
Quando seu plano de alimentação e sua rotina de exercícios não conseguem mais manter a sua Glicose Sanguínea dentro da meta, seu médico pode recomendar que você comece a tomar comprimidos para seu diabetes. Alguns comprimidos trabalham para ajudar seu corpo a usar melhor a glicose. Outros forçam seu pâncreas a produzir mais insulina. Eles podem fazer sua própria insulina trabalhar melhor ou ajudar seu corpo a produzir mais insulina. De fato, muitas medicações diferentes podem ser necessárias visto que cada uma trabalha de uma forma diferente. Entre em contato com seu profissional de saúde para saber o que é mais adequado para seu programa específico de controle de diabetes.

Tipos de Medicação Oral

Há muitos medicamentos diferentes que podem ajudar as pessoas com diabetes a controlarem seu açúcar sanguíneo:
  • As sulfoniluréias aumentam a secreção de insulina das células beta no pâncreas. A baixa quantidade de açúcar sanguíneo pode ocorrer em pessoas que administram sulfoniluréias;
  • As glinidas também aumentam a secreção de insulina das células beta no pâncreas e são geralmente recomendadas para atingir o açúcar sanguíneo pós-refeição. A baixa quantidade de açúcar no sangue pode ocorrer em pessoas que administram glinidas;
  • Biguanidas trabalham principalmente na redução da quantidade de glicose produzida pelo fígado;
  • Tiazolidinedionas trabalham no fígado e nos tecidos para ajudá-los a processar a glicose sanguínea de seu organismo;
  • Inibidores de alfa-glicosidase postergam a absorção de glicose do intestino e reduzem a glicose pós-refeição.
Lembre-se, você precisa testar os seus níveis de açúcar sanguíneo regularmente e trabalhar com sua equipe de cuidados médicos para ter certeza de que a medicação está funcionando da forma que deveria.
Fontes: WebMDdiabetes.org

Dietas - Alimente-se Bem

Comer uma variedade de alimentos saudáveis em porções razoáveis pode ajudar a controlar a glicose no sangue, a pressão arterial e o colesterol. Um plano de refeição saudável inclui alimentos de todos os grupos alimentares: vegetais, frutas, grãos inteiros, laticínios sem gordura, carnes magras como aves e peixe e gorduras saudáveis para o coração, como por exemplo, óleo de oliva e nozes.

Dicas úteis

  • Optar por um prato menor para manter as calorias sob controle;
  • Planejar antecipadamente ao dividir em porções as sobras de sua proteína e de seu amido em conjunto em recipientes para porção individual. Adicione vegetais frescos, para balancear a sua refeição;
  • Pensar nas cores ao planejar seu prato para ter mais apelo visual e variedade nutricional;
  • Rechear sua batata assada com queijo cottage sem gordura ao invés de creme de leite;
  • Reduzir a quantidade de açúcar ao cozinhar em 1/3-1/4. Use mais canela ou baunilha para adicionar doce;
  • Adicionar cenouras ou abobrinha italiana grelhadas ao molho de tomate ou ao bolo de carne para aumentar as fibras e os nutrientes.
Artigo escrito por: Susan Meeke, Diretora de Nutrição do Fit4D, mestre em Ciência, Dietista Registrada, Dietista Licenciada, CDE

Os Cuidados no Consumo de Adoçantes

Indicado para pessoas diabéticas, pré-diabéticas ou que precisam emagrecer, consumo deve ser moderado

Pessoas com diabetes, pré-diabéticos ou que necessitam emagrecer podem utilizar qualquer adoçante disponível no mercado, entretanto, é sempre bom ressaltar que, assim como os alimentos, o seu uso deve ser moderado e orientado por médicos. Consenso entre os especialistas, o adoçante traz benefícios para a saúde desde que seja consumido conforme as orientações do Food and Drug Administration (FDA), órgão americano que fiscaliza alimentação e medicamentos, que recomenda que a ingestão diária de adoçantes dietéticos seja de quatro a seis pacotinhos de um grama quando em pó, e de 9 a 10 gotas para os líquidos.
Um dos adoçantes mais utilizados em produtos industrializados, como em refrigerantes, é o aspartame. Pesquisas realizadas chegaram a relacionar o consumo do produto, testado em ratos, ao aumento de cânceres. Porém, devido a falta de informações precisas, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), assegurou que o consumo é seguro. Vale ressaltar que portadores de fenilcetonúria, pessoas que não metabolizam a fenilalanina, tipo de aminoácido liberado quando o aspartame é metabolizado, não devem consumir o produto.
É muito importante conhecer qual tipo de adoçante é o mais indicado para cada pessoa, já que foram criados para substituir o açúcar e são importantes no tratamento do diabetes. Existem dois grupos de adoçantes: naturais (frutose, stévia, sorbitol e manitol) e artificiais (aspartame, ciclamato, sacarina, acesulfame-k e sucralose). Para ajudá-lo na hora de verificar o rótulo do produto, conheça um pouco sobre cada um deles:
  • Aspartame: pessoas cujo organismo não consegue absorver o aminoácido fenilalanina, detectado em exames médicos, não devem consumir produtos que contenham esse edulcorante.
  • Acessulfame-K: pessoas com deficiência renal que precisam limitar a ingestão de potássio devem evitar o seu consumo.
  • Estévia: edulcorante natural, extraído das folhas de uma planta. Realça o sabor dos alimentos, porém, algumas fórmulas que contêm estévia acompanham outros tipos de edulcorantes para disfarçar esse sabor.
  • Maltodextrina: pessoas com diabetes devem ter cuidado, já que sua fórmula contém açúcares.
  • Sucralose: descoberta em 1976 por pesquisadores ingleses, é obtida a partir da sacarose. Seu dulçor é dependente de pH e de temperatura, mas é considerado um adoçante estável e seguro para consumo humano.
  • Sacarina: Apresenta sabor residual amargo em altas concentrações. É o único edulcorante estável sob aquecimento e em meio ácido. Em humanos, a sacarina é rapidamente absorvida e eliminada na urina. Sua segurança é investigada há 50 anos, e seu uso foi permitido em 90 países.
  • Ciclamato: É estável durante prolongados períodos de aquecimento. No Brasil foi considerado seguro para consumo e aprovado em 1965.
Apesar de todos os tipos citados na tabela acima serem considerados seguros, com exceção dos não recomendados para diabéticos, o importante é equilibrar a quantidade de produto que você consome. Para portadores do diabetes, o ideal é consultar um médico, além de manter em dia o controle de glicemia, ter uma alimentação saudável e praticar atividade física regularmente, sempre sob a consulta de um profissional.
Fonte: VIDAPLASC: PEREIRA, Magali. Como a nutrição funcional melhora a saúde. Disponível em: http://vidaplasc.com.br/page/4/. Acesso em: 03 de junho de 2013.
EINSTEIN: Adoçantes: saiba como usar. Disponível em: http://www.einstein.br/einstein-saude/nutricao/Paginas/adocantes-saiba-como-usar.aspx. Acesso em: 03 de junho de 2013.
O GLOBO: Conheça os perigos dos adoçantes artificiais. Disponível em: http://oglobo.globo.com/saude/conheca-os-perigos-dos-adocantes-artificiais-5172679. Acesso em: 03 de junho de 2013.


Nenhum comentário:

Postar um comentário