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terça-feira, 20 de janeiro de 2015

 de dezembro de 2011

Analfabetismo Funcional




O Brasil tem apresentado um discurso triunfalista em relação aos números que envolvem a educação no país. De acordo com os dados do MEC, o acesso à educação de crianças e adolescentes em idade escolar tem avançado de forma significativa. Ao considerarmos tais dados, é pertinente atentarmos para o fato de que o estudante brasileiro de certo modo, não é um leitor qualificado, pois o hábito de ler não indica que a leitura esteja sendo compreendida. Portanto a leitura fica sem sentido, sem significado.
Há alguns anos esse problema recebeu o nome de analfabetismo funcional. O termo passou a ser usado segundo instruções da Unesco, onde a partir de 1990 o IBGE, começou a adotar o termo em suas pesquisas. Para fins estatísticos passou a existir um padrão metodológico que levava em consideração o tempo de estudo da população pesquisada, onde analfabeto funcional seria aquela pessoa que estudou por quatro anos. Essa norma não é definitiva, levando-se em consideração o grande número de estudantes universitários que chegam ao ensino superior sem haverem construído hábitos de leitura, capazes de fomentar a capacidade de interpretar e compreender textos, consequentemente apresentam dificuldades em elaborar diferentes tipologias e gêneros textuais.
As novas tecnologias, em especial a internet, são apontadas por alguns especialistas como o causador desse caos intelectual, contudo na contramão desse raciocínio, há quem diga que a culpa não está nas novas tecnologias, ao contrário. De acordo com a Profª Rozeli Friasca o papel da internet é importante porque oferece um canal interessante de contato com o processo de leitura e escrita.
No concernente às implicações denotadas, podemos relacionar o fenômeno do letramento à formação de leitores no país, o resultado é que o universo dos livros e da leitura está aquém do cidadão comum. No âmbito escolar, proporcionar um trabalho interdisciplinar visando à valorização da leitura e do entendimento é relevante, inclusive ampliar as ações de trabalho com os alunos de forma a proporcionar-lhes diferentes opções de gêneros textuais, a socialização das interpretações e questionamentos para o crescimento de todos, objetivando a formação de bons leitores, para que este termo, analfabetismo funcional, quiçá torne-se obsoleto.
             Devemos como professores tomar algumas medidas de incentivo à leitura. No entanto isso envolve muitos outros fatores que acabam sendo postergados, como o fator social geral, a vida familiar, o próprio método de ensino desenvolvido nas escolas pelos professores que em sua maioria repassam aos seus alunos apenas da forma como aprenderam, e sabemos que foi uma educação bancária, aquela em que o professor é detentor do conhecimento e o aluno está ali para absorver daquilo que o professor passa, o máximo de informações possíveis para então, também deter determinados saberes.
        Não é uma tarefa fácil resolver essa situação, o analfabetismo funcional pode ser percebido em pessoas com apenas quatro anos de estudo, contudo percebemos que isso não parece ser definitivo ou determinante, visto que, um número notável de estudantes que chegam ao ensino superior sem compreender as leituras realizadas, sentem dificuldades na construção e interpretação de variadas tipologias textuais...O que fazer? Em suma faz-se necessário a apreensão de hábitos de leitura regulares na escola e fora dela, com incentivo à prática da construção dos mais variados tipos e gêneros textuais desde a infância, motivados pelo exemplo em casa, pois pais leitores formam filhos leitores, portanto essa é uma situação para ser resolvida num âmbito além das paredes das escolas, em conjunto com a própria sociedade que inclusive também não favorece essa construção. Muito vemos de competições entre as escolas, com incentivo à premiações, especialmente nos jogos escolares, se fossem realizadas olimpíadas de construção de textos, redações, dados um determinado tema com os mesmos incentivos que dão aos times de futebol ou vôlei, esses alunos certamente buscariam mais e provavelmente irão ser sanados os problemas concernentes ao analfabetismo funcional, que não prejudica apenas quem sofre dele, mas toda a sociedade acaba perdendo!

Trabalhando as operações aritméticas


Por que os PCNs propõem o trabalho em conjunto com as operações adição-subtração
multiplicação-divisão?

Devemos considerar que a aprendizagem das operações aritméticas não deve ocorrer de forma linear, dispondo-as em uma determinada ordem onde viria a adição, depois a subtração, em seguida a multiplicação e por fim a divisão. O trabalho deve ser realizado agrupando as operações que formam um mesmo campo conceitual, tendo no campo aditivo: a adição e subtração e mo campo multiplicativo a multiplicação e divisão.
A relevância de se trabalhar através do conjunto dessas operações se faz devido a possibilitar operações mentais inversas, onde a partir de um determinado problema decorrem várias outras situações-problema possibilitando a construção do domínio das relações entre as operações contidas no mesmo campo conceitual, seja aditivo ou multiplicativo.
De acordo com os PCNs a construção dos diferentes significados leva tempo e ocorre pela descoberta de diferentes procedimentos de solução.
Ao denotar tais considerações, pode-se concluir que os problemas cumprem um importante papel no sentido de propiciar as oportunidades para as crianças, ao interagirem com os diferentes significados das operações, levando-as a reconhecer que um mesmo problema pode ser resolvido por diferentes operações, assim como uma mesma operação pode estar associada a diferentes problemas.


Uum problema para cada significado das operações adição e subtração
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·         Situações ligadas à idéia de “juntar”

ü  Em uma cesta tem 13 laranjas maduras e 9 verdes. Quantas laranjas são?
ü  Em uma cesta há algumas laranjas verdes e 13 maduras, no total são 22 laranjas. Quantas laranjas verdes tem?
ü  Em uma cesta com 22 laranjas, 9 são verdes. Quantas são maduras?

·         Situações ligadas à idéia de transformação

ü  Carlos comprou 25 bolas de gude. Ele ganhou 8 bolas numa brincadeira.
Quantas bolas de gude ele tem agora?

ü  Fábio tinha 28 figurinhas. Ele perdeu 7 num jogo. Quantas figurinhas ele tem agora?

·         Situações ligadas à idéia de comparação

ü  Ana e Luíza brincavam de boneca e foram contar quantas tinham. Ana tinha 5 bonecas e Luíza tinha 3 a mais que Ana. Quantas bonecas Ana tinha?

·         Situações que supõem a compreensão de mais de uma transformação

ü  Lucas terminou uma partida de jogo com alguns pontos. Ao reiniciarem o jogo ele ganhou mais 6 pontos, e logo em seguida ganhou 9 pontos. O que aconteceu com os seus pontos no final do jogo?

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