22
set
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Maravilhosa aula de Português!!! Este texto encontrei no blog da Priscila Conte o texto é de Glorinha Aguiar.Uma professora de Português me pediu para dar uma aula de ORTOGRAFIA com metodologia criativa porque ela não tinha ideia de como seria essa aula. Dizia que achava muito difícil ensinar gramática... criativamente; que ela era muito importante nos processos seletivos, mas já estava quase desistindo de ensinar a ortografia com todas as suas regras porque os alunos não decoravam. Escreviam tudo errado como se estivessem no 1º ano e não no 8º. Respondi que eu poderia dar essa aula, não só falando, mas, sim, trabalhando na sala de aula com os alunos, pois eles eram o meu laboratório. Depois ela faria a avaliação da metodologia criativa e poderia recriar tudo, de acordo com a sua individualidade. Então, lá fomos nós ao 8º ano D, que era uma turma em que eu dava aula. A proposta criativa era o desenvolvimento da percepção auditiva – a professora de Português não entendeu, pois havíamos combinado que o assunto seria ORTOGRAFIA. Coloquei uma música no aparelho de som e cada aluno tentaria copiar no caderno pedaços dos versos, das palavras ou de qualquer coisa ligada ao poema. Depois, tentaríamos montá-lo na lousa, cada um ajudando da melhor forma possível. Então surgiu a primeira surpresa: o exercício de atenção, concentração e percepção auditiva foi tão grande que a professora de Português ficou espantada. Mas ainda permanecia a dúvida: onde estava a aula de ortografia? Terminada a audição, eu escrevi na lousa o título da música e o nome do autor. Um aluno escreveu o começo do primeiro verso, outro pegou algumas palavras do meio, outro pegou um pouco do fim... Na segunda audição, todos os alunos estavam com as antenas superligadas na aula, voltaram na lousa e quase conseguiram montar o poema inteiro. Novo exercício de percepção, audição, e finalmente conseguiram escrever o poema inteiro. Nesse momento, a música já tinha sensibilizado toda a turma e todos estavam muito motivados para cantar e dançar. E a atividade continuou de forma lúdica. "Agora nós vamos brincar que somos cantores e que nosso coral está ‘arrasando’. Ao mesmo tempo, vamos observar que nos enganamos na ortografia de algumas palavras. Quem quiser poderá ir consertar na lousa e organizar os versos.” O coral foi uma beleza e os alunos cantavam com expressão facial e corporal, libertando seus braços e suas emoções. E a ortografia ficou perfeita. Tudo corrigido, pelos próprios alunos, começamos o "jogo de associação de ideias". Um aluno escreveria na lousa lateral uma palavra do poema e os colegas acrescentariam outras de difícil ortografia, fazendo associação de ideias. Um aluno soletraria em voz alta e a classe toda faria um coro falado, soletrando cada palavra duas vezes, como exercício de ritmo e fixação. Na primeira vez, o coro falaria bem baixinho e na segunda, mais forte. Proposta para a próxima aula: pesquisar em casa, no livro de Português, palavras de difícil ortografia e significado, escrever em folhas de papel, com canetas coloridas, criar frases afetivas e humorísticas com elas e apresentá-las para os colegas, organizando um mural. Além disso, poderiam apontar uma palavra do mural e explicar a regra de ortografia. Para fixar mais, um aluno falaria uma regra e os colegas mostrariam as palavras do mural (ou de cabeça) que encaixassem naquela regra. Encerrando, o coral cantaria novamente com expressão corporal, de costas para o poema escrito na lousa, tentando desenvolver a memória visual. Em uma folha de papel poderiam escrever as emoções sentidas e porquê essa aula foi importante para sua vida.AVALIAÇÃO FEITA PELOS ALUNOS (objetivos atingidos) - Aprendemos a nos concentrar, trabalhar em grupo, respeitar a correção do colega, cantar em conjunto sem inibição ou exibicionismo, trabalhar com a ortografia das palavras e com os versos de um poema admirando a criatividade, a sensibilidade do compositor, do interprete, o ritmo, a emoção causada pela música, o poder das palavras, dos versos, e que gramática não é bicho-de-sete-cabeças. Fazer pesquisas e trabalhar em grupo cria motivação e laços afetivos. AVALIAÇÃO DA PROFESSORA DE PORTUGUÊS - Nunca vi um trabalho tão produtivo, tão simples, tão criativo, tão educativo, tão lúdico como este e com resultados maravilhosos. Os alunos aprenderam muito e o professor apenas coordenou a atividade, motivou e acreditou nos alunos, que ficaram encantados com a música, o coral e a aula de ortografia. Depois de uma aula assim, tenho certeza de que eles estarão sempre atentos à forma correta de escrever uma palavra ou um texto. MINHAS CONCLUSÕES - Em educação criativa quem trabalha não é o professor, é o aluno, que sai da aula cansado, cantando e feliz por ter percebido o quanto produziu, consciente de ter crescido. Penso que isso é EDUCAÇÃO, não MEMORIZAÇÃO DE REGRAS e que educar não é PREPARAR PARA O VESTIBULAR, mas, sim, PREPARAR PARA A VIDA. Os processos seletivos (vestibulares) não podem ser o objetivo da educação, mas, sim, uma maravilhosa consequência de uma escola que fortalece tanto seus alunos para que eles passem nestes exames naturalmente, sem opressã,
Trabalhando ortografia
Aula Criativa de Ortografia
13
set
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De olho na ortografia
A ortografia no ciclo complementar, é uma preocupação que tenho, observei que com o passar do tempo que crianças começam a cometer erros ortográficos que antes não eram tão frequentes, porque justamente quando era para estarem dominando mais a ortografia os erros começam aparecer com muita frequência, até mesmo quando fazem transcrição? Pesquiso muito sobre o assunto e encontrei este texto no site da Nova Escola, achei interessante e resolvi postar.
"Professora, casa é com s ou com z?" Se você leciona Língua Portuguesa para as séries iniciais do Ensino Fundamental, certamente já ouviu muitas vezes perguntas desse tipo. As dúvidas de ortografia nessa fase são comuns e o grande dilema é justamente como solucioná-las. Por muito tempo, as escolas adotaram o repeteco: o aluno escrevia a palavra dez vezes. Torcia-se para que ele tivesse uma memória de elefante, capaz de decorar as grafias corretas. Dispostos a encontrar uma forma melhor de solucionar o problema, os professores da Escola de Educação Infantil e Ensino Fundamental Embaixador Assis Chateaubrind, em Osasco (SP), desenvolveram um novo método que vem dando bons resultados.
Varal de regras
Pendure as descobertas da turma na sala de aula. A partir de exemplos propostos por você, as crianças deduzem as regras ortográficas e as escrevem em papéis, que vão para o varal. Aos poucos, você classifica os assuntos por categorias. O varal sempre cresce, pois as palavras novas são acrescentadas. A atividade só faz sentido se houver uma discussão com as crianças. "É importante pensar sobre as regras e escrevê-las", explica Vírginia Balau. "O trabalho em grupo funciona bem porque, ao discutir com os colegas, o aluno toma consciência das normas ortográficas."
"O aluno pensa em várias possibilidades para representar um mesmo som", explica a coordenadora da 2ª série, Silvia Regina Juhas. "Quando mostramos que a escrita não é a transcrição pura e simples da fala, conseguimos eliminar muitos erros." Para fazer essa demonstração, os professores de Osasco resolveram primeiro descobrir quais eram os problemas mais recorrentes entre os alunos. Começaram listando as categorias de erros ortográficos em um grande mural (leia o quadro abaixo).
O trabalho em sala de aula foi desenvolvido a partir da descoberta dos acertos. Os professores discutiam as regras ortográficas com os alunos, ajudando-os a entender o que escreviam. Dessa forma, o espaço da memória foi reservado para os casos em que havia irregularidades. Depois disso era preciso fixar as descobertas nos exercícios e finalmente fazer com que os alunos as aplicassem nos próprios textos.
Em todas as atividades, a coordenadora Silvia orienta os professores a mostrar a diferença entre escrita e fala. "Temos sempre o cuidado de explicar que não existe um jeito certo ou errado de se expressar, mas destacamos que a escrita é uma convenção, com regras definidas." Segundo Maria José Nóbrega, consultora da escola, o trabalho segue a recomendação dos Parâmetros Curriculares Nacionais, que defendem que as crianças não sejam discriminadas pelo falar. "Além disso, as atividades permitem que o aluno reflita sobre a língua e aja pensando", conclui.
"Professora, casa é com s ou com z?" Se você leciona Língua Portuguesa para as séries iniciais do Ensino Fundamental, certamente já ouviu muitas vezes perguntas desse tipo. As dúvidas de ortografia nessa fase são comuns e o grande dilema é justamente como solucioná-las. Por muito tempo, as escolas adotaram o repeteco: o aluno escrevia a palavra dez vezes. Torcia-se para que ele tivesse uma memória de elefante, capaz de decorar as grafias corretas. Dispostos a encontrar uma forma melhor de solucionar o problema, os professores da Escola de Educação Infantil e Ensino Fundamental Embaixador Assis Chateaubrind, em Osasco (SP), desenvolveram um novo método que vem dando bons resultados.
Pendure as descobertas da turma na sala de aula. A partir de exemplos propostos por você, as crianças deduzem as regras ortográficas e as escrevem em papéis, que vão para o varal. Aos poucos, você classifica os assuntos por categorias. O varal sempre cresce, pois as palavras novas são acrescentadas. A atividade só faz sentido se houver uma discussão com as crianças. "É importante pensar sobre as regras e escrevê-las", explica Vírginia Balau. "O trabalho em grupo funciona bem porque, ao discutir com os colegas, o aluno toma consciência das normas ortográficas."
Ouvidos atentos
Música e ortografia podem ser uma ótima combinação. Escolha a regra que pretende trabalhar e proponha que as crianças transcrevam os versos ou completem lacunas enquanto ouvem o cantor. "Assim é possível direcionar a discussão em torno da regra que se quer reforçar", explica Virgínia Balau. Ouvindo Leãozinho, de Caetano Veloso, os alunos aprenderam o uso do verbo no infinitivo e perceberam que a escrita é diferente da fala. Essa atividade pode ser feita ainda com outros gêneros de textos, como histórias e receitas.
Em seguida, propuseram aos alunos a reprodução de uma fábula. Isso permitiu categorizar os erros mais comuns e, a partir daí, desenvolver atividades. "O quadro mural é um diagnóstico para o professor planejar suas aulas", diz Virgínia Balau, psicopedagoga e assessora pedagógica de várias escolas públicas e privadas. "É recomendável, inclusive, que a sondagem seja freqüente, para acompanhar a evolução dos alunos." Música e ortografia podem ser uma ótima combinação. Escolha a regra que pretende trabalhar e proponha que as crianças transcrevam os versos ou completem lacunas enquanto ouvem o cantor. "Assim é possível direcionar a discussão em torno da regra que se quer reforçar", explica Virgínia Balau. Ouvindo Leãozinho, de Caetano Veloso, os alunos aprenderam o uso do verbo no infinitivo e perceberam que a escrita é diferente da fala. Essa atividade pode ser feita ainda com outros gêneros de textos, como histórias e receitas.
O trabalho em sala de aula foi desenvolvido a partir da descoberta dos acertos. Os professores discutiam as regras ortográficas com os alunos, ajudando-os a entender o que escreviam. Dessa forma, o espaço da memória foi reservado para os casos em que havia irregularidades. Depois disso era preciso fixar as descobertas nos exercícios e finalmente fazer com que os alunos as aplicassem nos próprios textos.
Em todas as atividades, a coordenadora Silvia orienta os professores a mostrar a diferença entre escrita e fala. "Temos sempre o cuidado de explicar que não existe um jeito certo ou errado de se expressar, mas destacamos que a escrita é uma convenção, com regras definidas." Segundo Maria José Nóbrega, consultora da escola, o trabalho segue a recomendação dos Parâmetros Curriculares Nacionais, que defendem que as crianças não sejam discriminadas pelo falar. "Além disso, as atividades permitem que o aluno reflita sobre a língua e aja pensando", conclui.
Radiografia dos erros mais comuns
Esta categorização de erros ortográficos foi elaborada pela consultora Maria José Nogueira e adaptada para a escola Assis Chateaubriand. Avalie as principais dificuldades de seus alunos. Em seguida desenhe um quadro grande em cartolina ou papel sulfite, escrevendo os nomes dos alunos nas linhas e as categorias de erros nas colunas. Elas devem ser subdivididas em:
Transcrição da fala Ocorre quando o aluno escreve como fala. Aqui entram os erros como redução de gerúndios, ditongos, troca de e por i etc. Exemplos: pexe/ peixe, cantano/cantando.
Regularidades contextuais
O aluno não conhece as regras ligadas à posição ou à vizinhança da letra na palavra. Inclui as deficiências na representação de r, s, z etc. Exemplos: cachoro/cachorro.
Regularidades morfológicas O aluno não conhece as regras de formação de palavras, como sufixos, plural e masculino. Exemplos: riquesa/riqueza, compramo/compramos.
Sílabas não-canônicas
São as que fogem do modelo consoante seguida de vogal, como dígrafos e grupos consonantais. Exemplos: seta/esta, secola/escola.
Segmentação de palavras São os casos de hipossegmentação (quando não há separação da palavra onde deveria) e hipersegmentação (quando o aluno usa a separação em excesso). Exemplos: amenina, o com vidado.
Etimologia
São as palavras que têm de ser memorizadas, pois o aluno desconhece sua origem. Exemplos: oje/hoje, cassador/caçador.
Nasalização
Erros na representação do som nasal. Exemplos: pano/ pão, banãna/banana.
Esta categorização de erros ortográficos foi elaborada pela consultora Maria José Nogueira e adaptada para a escola Assis Chateaubriand. Avalie as principais dificuldades de seus alunos. Em seguida desenhe um quadro grande em cartolina ou papel sulfite, escrevendo os nomes dos alunos nas linhas e as categorias de erros nas colunas. Elas devem ser subdivididas em:
Transcrição da fala Ocorre quando o aluno escreve como fala. Aqui entram os erros como redução de gerúndios, ditongos, troca de e por i etc. Exemplos: pexe/ peixe, cantano/cantando.
Regularidades contextuais
O aluno não conhece as regras ligadas à posição ou à vizinhança da letra na palavra. Inclui as deficiências na representação de r, s, z etc. Exemplos: cachoro/cachorro.
Regularidades morfológicas O aluno não conhece as regras de formação de palavras, como sufixos, plural e masculino. Exemplos: riquesa/riqueza, compramo/compramos.
Sílabas não-canônicas
São as que fogem do modelo consoante seguida de vogal, como dígrafos e grupos consonantais. Exemplos: seta/esta, secola/escola.
Segmentação de palavras São os casos de hipossegmentação (quando não há separação da palavra onde deveria) e hipersegmentação (quando o aluno usa a separação em excesso). Exemplos: amenina, o com vidado.
Etimologia
São as palavras que têm de ser memorizadas, pois o aluno desconhece sua origem. Exemplos: oje/hoje, cassador/caçador.
Nasalização
Erros na representação do som nasal. Exemplos: pano/ pão, banãna/banana.