"A educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo. (Nelson Mandela) "

terça-feira, 16 de abril de 2013


VÁRIOS TEXTOS


Cultura (Arnaldo Antunes)


Cultura

O girino é o peixinho do sapo.
O silêncio é o começo do papo.
O bigode é a antena do gato.
O cavalo é o pasto do carrapato.
O cabrito é o cordeiro da cabra.
O pescoço é a barriga da cobra.
O leitão é um porquinho mais novo.
A galinha é um pouquinho do ovo.
O desejo é o começo do corpo.
Engordar é tarefa do porco.
A cegonha é a girafa do ganso.
O cachorro é um lobo mais manso.
O escuro é a metade da zebra.
As raízes são as veias da seiva.
O camelo é um cavalo sem sede.
Tartaruga por dentro é parede.
O potrinho é o bezerro da égua.
A batalha é o começo da trégua.
Papagaio é um dragão miniatura.
Bactéria num meio é cultura.

(Arnaldo Antunes)

terça-feira, 26 de março de 2013

A Paz e a Lei



APaz e a Lei
A paz!! Não a vejo. Não há, como não pode existir, senão uma, é a que assenta na
lei, na punição dos crimes, na responsabilidade dos culpados, na guarda rigorosa das
instituições livres. Outra espécie de paz, não é senão a paz da servidão, a paz indigna e
aviltante dos países oprimidos, a paz abjeta que a nossa índole, o nosso regímen
essencialmente repelem, a paz que humilha todos os homens honestos, a paz que
nenhuma criatura humana pode tolerar sem abaixar a cabeça envergonhada.
Esta não é a paz que eu quero. Quando peço a observância da lei, é justamente porque a
lei é o abrigo da tolerância e da bondade. Não há outra bondade real, Srs. Senadores,
senão aquela que consiste na distribuição da justiça, isto é, no bem distribuído aos bons
e no castigo dispensado aos maus.
E a tolerância, que vem a ser senão a observância da igualdade legal? Porventura
temos sido nós iguais perante a lei, neste regímen, nestes quatro anos de Governo,
especialmente? Há algum chefe de partido, há algum cabeça de grupo, algum amigo
íntimo da situação, algum parente ou chegado às autoridades, que não reúna em sua
pessoa um feixe de regalias, que não goze de prerrogativas especiais, que não tenha em
torno de sua individualidade uma guarda e defesa régia ou principesca?
Essa excursão, Srs. Senadores, me levaria longe e poderia por si só absorver os meus
poucos minutos de tribuna nesta sessão.
Nas poucas vezes em que me atrevo a perturbar a serenidade absoluta deste recinto
e a contrariar os sentimentos dos meus honrados colegas, tenho consciência, Sr.
Presidente, de ter-me colocado sempre em um plano, que não se opõe nem à tolerância
nem à paz; que é, ao contrário, o terreno onde a paz e a tolerância se devem estabelecer,
o único terreno em que nós todos nos poderíamos aproximar e dar-nos as mãos, o
terreno da reconciliação com a lei, com a República, com as suas instituições
constantemente postergadas, debaixo da política sem escrúpulos da atualidade.
Rui Barbosa. ''Discurso no Senado Federal, em 13 de outubro de 1914''. In: Antologia.
Rio de Janeiro, Ediouro, s.d., p. 58-59 (com adaptações)

A Greve das Namoradas

A Greve das Namoradas
Era uma vez um menino. Pequeno no tamanho, mas enorme namorador. Tinha a idade que se podia contar nos dedos das duas mãos, mas suas namoradas não cabiam nos dedos das suas mãos. Quase ninguém sabia o seu nome. Ele era o Namorado. Desde a primeira série o chamavam assim. Agora, na quarta série, continuava a mesma história. Todos o chamavam Namorado.
Namorado era simpático. Tinha dois olhos pequenininhos, mas vivos, muito vivos e sempre sorridentes. Ele tinha uma boca enorme, com dentes grandes, bem brancos. Usava cabelo comprido, meio liso, meio encaracolado nas pontas. Um cabelo preto, tão preto que até parecia que, com os raios do sol, se tornava azul... Namorado tinha a altura normal para um menino de dez anos. Além disso, era um ótimo aluno, um bom companheiro, enfim, tudo aquilo que os professores gostam de dizer que deve ser um aluno. Só tinha aquela mania: namorava todas as meninas de sua sala de aula. Era assim: ele chegava de manhã na aula e dizia:
- Oi, gurias, tudo bem?! E já ia dando beijinho numa e abracinho na outra, puxando trancinha da Sônia, dizendo que-bonita-que-estás-hoje para a Duca, e assim por diante.
No fundo, no fundo, cada uma ficava chateada, porque Namorado dava atenção para todas elas, mas ao mesmo tempo não dava atenção para nenhuma. E cada qual queria ser a sua namorada, mas isso nunca acontecia. Elas até podiam brigar dizendo “eu sou a namorada principal”, mas isso cada uma poderia querer porque Namorado... nem te ligo, nunca deu atenção maior para uma ou para outra. A cada dia, trazia um presente diferente para alguma de suas namoradas. Porque, diga-se a bem da verdade, namorado era muito carinhoso com todas as namoradas que tinha.
As coisas iam assim, como iam todos os dias, até que certa vez...
- Gurias, vocês viram o que eu vi?
- O que foi que tu viste, Matilde? – as meninas rodeavam a colega, excitadas e curiosas.
- Ontem, na matinê... o Namorado estava com uma outra menina que não é da nossa classe!
- Mas que sem-vergonha!
- Quem é a sirigaita? – foi querendo saber, objetivamente, a Carla.
- Ah, não sei, só sei que não era uma guria da nossa turma. Nem da nossa escola ela era...
- Essa não, e agora, o que vamos fazer?! – choramingava a Susana.
- Eu acho que a gente tem de dar uma lição no Namorado. Agora chega, gurias. Namorar com todas nós a gente aceita, mas trair todas nós com uma estranha...
- Temos de nos vingar.
Naquele dia, o recreio foi muito pequeno para tudo o que as meninas tinham de combinar. Combinar e executar. Executar a partir do dia seguinte. Que, dito e feito, correu como elas haviam combinado. Namorado chegou de manhã na escola e como sempre...
- Oi, gurias, tudo bem?!
Só que dessa vez nenhuma menina respondeu. Namorado repetiu a pergunta. Mais do que não responder, as meninas se afastaram, viraram-lhe as costas, saíram de perto, se fizeram de surdas. Namorado estranhou.
- Oi, gurias, algum problema?
Ninguém respondeu para Namorado e, como a professora já vinha chegando, as coisas ficaram para a hora do recreio. Durante a aula, Namorado sentiu que havia, realmente, algum problema:
- Marisa, me empresta a borracha?
A Marisa não emprestou.
- Tânia, como é a resposta desse problema de matemática?
A Tânia estava surda.
Namorado, pela primeira vez, se sentiu sozinho. Pior: solitário. Terrível! Sem namorada!
Na hora do recreio foi outro problema para ele. Normalmente Namorado convidava alguma menina para ir até o bar do colégio lanchar. Naquele dia, nenhuma aceitou.
Namorado voltou para a segunda parte da aula muito preocupado. Nunca vivera uma situação assim. Esperou que no dia seguinte as coisas mudassem. Não mudaram. E nem no seguinte, e menos ainda no outro... Quando chegou a sexta-feira, Namorado ainda tentou fingir que não havia nada:
- Carminha, a gente vai no cinema no domingo de tarde?
- Não, no domingo vou sair com meu primo...
Namorado sentiu uma coisa muito esquisita no peito, no coração, na boca, algo assim que ele não entendeu muito bem, mas que deu uma fisgada nele, igual ao anzol quando pega na boca do peixe.
Namorado tentou com Julia. E com Sandra. E com Janice... Com todas era a mesma coisa, quer dizer, cada uma tinha uma desculpa diferente. Nenhuma aceitou sair naquele fim de semana com Namorado que, pela primeira vez, ficou um fim de semana sem namorada... Pensou, pensou... “Troco de turma? Troco de escola? Arranjo uma namorada nova? O que eu faço?”
Na segunda-feira, imaginou Namorado, as coisas voltariam a ser como antes. Quer dizer, como sempre haviam sido. Mas chegou a segunda-feira e Namorado viu que, pelo contrário, as coisas continuavam como nos últimos dias, quer dizer, as meninas todas emburradas com ele. Daí, Namorado começou a descobrir o que era solidão. O que era ficar sozinho. E começou a se dar conta de que, na verdade, antes, ele era namorado de todas as meninas, mas verdadeiramente não tinha uma única namorada. Talvez por isso as colegas estivessem sentidas com ele... E refletindo sobre isso, ficou andando pelo pátio, meio sozinho, meio triste, quando bateu em alguém...
- Desculpe...
Sorriu, constrangido. Era Beatriz, da outra quarta série. Namorado lembrou que Beatriz era uma das poucas meninas que não era sua namorada. Talvez porque todos a achassem feia, até ele. Mas agora, com óculos... Com óculos? Cadê os óculos?
- Acho que quebraram... – falou Beatriz, torcendo as mãos, nervosa.
Namorado também ficou nervoso. Que azar! Quebrar os óculos da Beatriz bem agora! Não dava sorte mesmo! Namorado apressou-se a pegar os óculos que estavam no chão. Tirou o lenço, limpou as lentes com cuidado e devolveu os óculos para Beatriz, que os colocou no rosto e sorriu, tímida:
- Obrigada! Você nem me viu, não é?
- Não, eu estava pensando...
- É chato a gente ficar sozinho, não é?
- Como é que você sabe, quer dizer... você acha?
- É, eu quase sempre estou sozinha, tanto que você nem me viu!
Namorado encabulou. Era verdade. Mas naquela hora, até que era uma sorte poder conversar com Beatriz. E então o recreio passou depressa, quase tão depressa quanto passava antes, quando Namorado estava sempre rodeado de suas namoradas. Por isso, no final do recreio, Namorado convidou:
- Você me espera na saída?
- Mas eu nem sei seu nome!
Namorado deu-se conta de que ninguém, antes, havia lhe feito essa pergunta.
- Eu me chamo Dante, e você?
- Beatriz. Te espero na saída, sim... Dante.

(Fonte: HOHLFELDT, Antônio. A greve das namoradas. São Paulo, Editora Ática, 1999 – Fragmento – Adaptação)

TRECHO MEU PÉ DE LARANJA LIMA

TRECHO MEU PÉ DE LARANJA LIMA

ZEZÉ CORRE E SE DEPARA COM UM PEZINHO DE LARANJA LIMA. OLHA PARA ELE COM DESDÉM

Zezé — que árvore pequena e sem graça!

CHEGA GLÓRIA, IRMÃ DE ZEZÉ

Glória — Mas que lindo pezinho de Laranja Lima! Ele tem tanta personalidade que a gente de longe já sabe que é Laranja Lima! Se eu fosse do seu tamanho, não iria querer outra coisa.
Zezé — Mas eu queria um pé de árvore bem grandão.
Glória — Pense bem Zezé. Ele é novinho ainda. Ele vai crescer junto com você. Vocês dois vão se entender como se fossem dois irmãos. Você viu o galho? Parece até um cavalinho pra você montar.

ZEZÉ CONTINUA EMBURRADO

Glória — Essa zanga não dura Zezé. Vai acabar descobrindo que eu tinha razão. (dá um beijinho em sua cabeça e sai)
Pé de Laranja Lima — Eu acho que sua irmã tem toda razão.
Zezé — sempre todo mundo tem razão. Eu é que não tenho nunca!
Pé de Laranja lima — Não é verdade. Se você me olhasse bem, você acabava descobrindo.

ZEZÉ LEVANTA E OLHA COM ATENÇÃO PARA O PÉ DE LARANJA LIMA. FICA INTRIGADO

Zezé — Mas você fala mesmo?!
Pé de laranja Lima — Não está me ouvindo?
Zezé — Por onde você fala?
Pé de Laranja Lima — Arvore fala por todo canto. Pelas folhas, galhos, raízes. Quer ver? Encoste seu ouvido aqui no meu tronco que você escuta meu coração

ZEZÉ, MEIO INDECISO, COM MEDO, ENCOSTA O OUVIDO NO TRONCO. ESCUTA O CORAÇÃO DA ARVOREZINHA BATER

Pé de Laranja Lima — Viu?
Zezé — Sim. Me diga uma coisa, todo mundo sabe que você fala?
Pé de Laranja Lima — Não. Só você
Zezé — E você vai esperar?
Pé de Laranja Lima — O que?
Zezé — Até eu mudar. Vai demorar mais de uma semana. Será que você não vai esquecer como fala nesse tempo?
Pé de Laranja Lima — Nunca mais. Isto é, pra você só. Você quer ver como sou macio? Monte no meu galho!

ZEZÉ MONTA NA ÁRVORE

Pé de Laranja Lima — Agora balance e feche os olhos

ZEZÉ BALANÇA, DE OLHOS FECHADOS E DÁ UMA RISADA.

Pé de Laranja Lima — Que tal? Você alguma vez na vida teve cavalinho melhor?
Zezé — Nunca! (descendo da árvore) olha, eu vou fazer uma coisa — sempre que eu puder, antes de mudar, venho conversar com você. Agora preciso ir que a Gloria está chegando.
(abraça a árvore) Adeus amigo, você é a coisa mais linda do mundo!

O gato, o galo e o ratinho


O gato, o galo e o ratinho
Um ratinho vivia num buraco com sua mãe. Depois de sair sozinho pela primeira vez, contou a ela:
- Mãe, você não imagina os bichos estranhos que encontrei!
Um era bonito e delicado, tinha pêlo muito macio e um rabo elegante, um rabo que se movia formando ondas.
O outro era um monstro horrível.
 No alto da cabeça e debaixo do queixo ele tinha pedaços de carne crua, que balançavam quando ele andava.
De repente os lados do corpo dele se sacudiram e ele deu um grito apavorante.
Fiquei com tanto medo que fugi correndo, bem na hora que ia conversar um pouco com o simpático.
- Ah!, Meu filho! – respondeu a mãe.
 – Esse seu monstro era uma ave inofensiva; o outro era um gato feroz, que num segundo teria te devorado. (Fábulas de Esopo. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 1.994. p. 46)


1) O moral da historia poderia ser
(a) Jamais engane alguém. (c) Jamais faça mal alguém.
(b) Jamais confie nas aparências (d) Jamais seja amigo dos animais.

ERA UMA VEZ.



ERA UMA VEZ...
Sabia que ter contos de fadas estimula a imaginação e ainda pode nos afastar da violência?
Bela Adormecida, Branca de Neve, A Bela e a Fera...Esses e outros contos de fadas são nossos conhecidos. Mas você sabia que ler histórias como essas, além de fazer a gente sonhar, pode nos afastar da violência? Pois é. Uma pesquisa divulgada recentemente sugere que quem costuma Le contos infantis dá menos atenção aos jogos eletrônicos – alguns muitos violentos -, solta a imaginação com mais facilidade e, como ouve e lê mais histórias, tem respostas na ponta da língua sobre vários assuntos. “O contato com os livros de literatura infantil, especialmente conto de fadas, permite às crianças falar, ler e se expressar de maneira harmoniosa, além disso, ela é capaz de analisar e desenvolver certos assuntos com mais facilidade”.
Depois dessa pesquisa, quem gosta de um bom conto de fadas vai, com certeza, querer ler muito mais. Já os que dizem que não gostam, podem se animar e abrir um bom livro. Afinal, quem não gosta de viajar de graça em tapetes mágicos, carruagens ou até mesmo num bom cavalo alazão? Tudo isso é permitido se você soltar a imaginação e experimentar a magia dos contos de fadas.
Fonte: ABREU, Cathia. Era uma vez...In: Ciência Hoje das Crianças. Rio de Janeiro, 26 set. 2055 Fragmento.

COMO NASCERAM AS ESTRELAS


TEXTO: COMO NASCERAM AS ESTRELAS
CLARICE LESPECTOR

Pois é, todo mundo pensa que sempre houve estrelas pisca-pisca.Mas é erro.antes os índios olhavam de noite para o céu escuro – e bem escuro estava esse céu. Um negror.Vou contar a história singela do nascimento das estrelas.
Era uma vez, no mês de janeiro, muitos índios. E ativos: caçavam, pescavam, guerreavam. Mas nas tabas nada faziam coisa alguma.: deitavam-se nas redes e dormiam roncado.E a comida? Só as mulheres cuidavam do preparo dela para terem todos o que comer.
Uma vez elas notaram que faltava milhos no cesto para moer.Que fizeram as valentes mulheres? O seguinte: sem medo enfurnaram-se nas matas, sob um gostoso sol amarelo .As árvores rebrilhavam verdes e embaixo delas havia sombra e água fresca. Quando saíam debaixo das copas encontravam o calor, bebiam no reino dos riachos buliçosos. Mas nem sempre procurando milho, porque a fome era tanta que as faziam comer folhas de árvores. Mas só encontravam espigazinhas murchas e sem graça.
- Vamos voltar e trazer conosco os curumins. (Assim chamavam os índios as crianças).Curumim dá sorte.
E deu mesmo. Os garotos pareciam adivinhar as coisas: foram retinho em frente a uma clareira da floresta. – eis o milharal viçoso crescendo alto. As índias ficaram maravilhadas disseram: toca a colher tanta espigas. Mas os garotinhos também colheram muitas espigas e fugiram das mães voltando à taba e pedindo à avó que lhes fizesse um bolo de milho. A avó assim o fez e os curumins se encheram de tanto bolo que logo se acabou. Aí então pediram para os colibris que lhes amarrassem um cipó no topo do céu. Quando as índias voltaram ficaram assustadas vendo seus filhos subindo pelo ar. Resolveram essas índias mães nervosas, subir atrás dos meninos e cortar o cipó embaixo deles.
Aconteceu uma coisa que só acontece quando a gente acredita: as mães caíram no chão transformando-se em onças.Quanto aos curumins, como já não podiam voltar para a terra, ficaram no céu até hoje, transformados em gordas estrelas brilhantes. Mas quanto a mim, tenho a lhes dizer que as estrelas são mais do que curumins. Estrelas são os olhos de Deus vigiando para que tudo corra bem.Para sempre. E como se sabe, “sempre” não acaba nunca.
Lenda Brasileira

Mila


Mila

 Carlos Heitor







Era pouco maior do que minha mão: por isso eu precisei das duas para segurá-la, 13 anos atrás. E, como eu não tinha muito jeito, encostei-a ao peito para que ela não caísse, simples apoio nessa primeira vez. Gostei desse calor e acredito que ela também. Dias depois, quando abriu os olhinhos, olhou-me profundamente: escolheu-me para dono. Pior: me aceitou.
Foram 13 anos de chamego e encanto. Dormimos muitas noites juntos, a patinha dela em cima do meu ombro. Tinha medo de vento. O que fazer contra o vento? Amá-la — foi a resposta e também acredito que ela entendeu isso. Formamos, ela e eu, uma dupla dinâmica contra as ciladas que se armam. E também contra aqueles que não aceitam os que se amam. Quando meu pai morreu, ela se chegou, solidária, encostou sua cabeça em meus joelhos, não exigiu a minha festa, não queria disputar espaço, ser maior do que a minha tristeza.
Tendo-a a meu lado, eu perdi o medo do mundo e do vento. E ela teve uma ninhada de nove filhotes, escolhi uma de suas filhinhas e nossa dupla ficou mais dupla porque passamos a ser três. (...)
No sábado, olhando-me nos olhos, com seus olhinhos cor de mel, bonita como nunca, mais que amada de todas, deixou que eu a beijasse chorando. Talvez ela tenha compreendido. Bem maior do que minha mão, bem maior do que o meu peito, levei-a até o fim.
Eu me considerava um profissional decente. Até semana passada, houvesse o que houvesse, procurava cumprir o dever dentro de minhas limitações. Não foi possível chegar ao gabinete onde, quietinha, deitada a meus pés, esperava que eu acabasse a crônica para ficar com ela.
Até o último momento, olhou para mim, me escolhendo e me aceitando. Levei-a, em meus braços, apoiada em meu peito. Apertei-a com força, sabendo que ela seria maior do que a saudade.





Menina bonita do laço de fita


Menina bonita do laço de fita



Era uma vez uma menina linda, linda. Os olhos dela pareciam duas azeitonas pretas, daquelas bem brilhantes. Os cabelos eram enroladinhos e bem negros, feito fiapos da noite. A pele era escura e lustrosa, que nem o pelo da pantera negra quando pula na chuva. Ainda por cima, a mãe gostava de fazer trancinhas no cabelo dela e enfeitar com laço de fita colorida. Ela ficava parecendo uma princesa das Terras da África, ou uma fada do Reino do Luar.
Do lado da casa dela morava um coelho branco, de orelha cor-de-rosa, olhos vermelhos e focinho nervoso sempre tremelicando. O coelho achava a menina a pessoa mais linda que ele tinha visto em toda a vida. E pensava: - Ah, quando eu casar quero ter uma filha pretinha e linda que nem ela... Por isso, um dia ele foi até a casa da menina e perguntou: - Menina bonita do laço de fita, qual é o teu segredo para ser tão pretinha? A menina não sabia, mas inventou: - Ah deve ser porque eu caí na tinta preta quando era pequenina... O coelho saiu dali, procurou uma lata de tinta preta e tomou banho nela. Ficou bem negro, todo contente. Mas aí veio uma chuva e lavou todo aquele pretume, ele ficou branco outra vez. Então ele voltou lá na casa da menina e perguntou outra vez: - Menina bonita do laço de fita, qual é o seu segredo para ser tão pretinha? A menina não sabia, mas inventou: - Ah, deve ser porque eu tomei muito café quando era pequenina. O coelho saiu dali e tomou tanto café que perdeu o sono e passou a noite toda fazendo xixi. Mas não ficou nada preto. Então ele voltou lá na casa da menina e perguntou outra vez: - Menina bonita do laço de fita, qual o teu segredo para ser tão pretinha? A menina não sabia, mas inventou: - Ah, deve ser porque eu comi muita jabuticaba quando era pequenina. O coelho saiu dali e se empanturrou de jabuticaba até ficar pesadão, sem conseguir sair do lugar. O máximo que conseguiu, foi fazer muito cocozinho preto e redondo feito jabuticaba. Mas não ficou nada preto. Por isso daí alguns dias ele voltou lá na casa da menina e perguntou outra vez: - Menina bonita do laço de fita, qual é teu segredo pra ser tão pretinha? A menina não sabia e já ia inventando outra coisa, uma história de feijoada, quando a mãe dela, que era uma mulata linda e risonha, resolveu se meter e disse: - Artes de uma avó preta que ela tinha... Aí o coelho - que era bobinho, mas nem tanto - viu que a mãe da menina devia estar mesmo dizendo a verdade, porque a gente se parece sempre é com os pais, os tios, os avós e até com os parentes tortos.
E se ele queria ter uma filha pretinha e linda que nem a menina, tinha era que procurar uma coelha preta para casar. Não precisou procurar muito. Logo encontrou uma coelhinha escura como a noite, que achava aquele coelho branco uma graça. Foram namorando, casando e tiveram uma ninhada de filhotes, que coelho quando desanda a ter filhote não para mais!
Tinha coelhos de todas as cores: branco bem branco, branco meio cinza, branco malhado de preto, preto malhado de branco e até uma coelha bem pretinha. Já se sabe, afilhada da tal menina bonita que morava na casa ao lado. E quando a coelhinha saía, de laço colorido no pescoço, sempre encontrava alguém que perguntava: - Coelha bonita do laço de fita, qual é o teu segredo para ser tão pretinha? E ela respondia: - Conselhos da mãe da minha madrinha...


Ana Maria Machado


Ana Maria Machado (Rio de Janeiro, 24 de dezembro de 1941) é uma jornalista, professora, pintora e escritora brasileira. Formada em Letras pela Universidade do Brasil, Ana Maria Machado lecionou na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ). Como jornalista, trabalhou por mais de dez anos na Rádio Jornal do Brasil. Foi uma das fundadoras, em 1980, da primeira livraria infantil no Brasil, a Malasartes (Rio de Janeiro) que existe até hoje. Nessa década ela publicou mais de quarenta livros, e em 1981 recebeu o Prêmio Casa de Las Américas com o livro De olho nas penas. O reconhecimento mundial das obras de Ana Maria Machado aconteceu em 2000, quando recebeu o Prêmio Hans Christian Andersen, o mais importante prêmio de literatura infantil. No mesmo ano foi agraciada com a Ordem do Mérito Cultural. Foi ganhadora do Prêmio Jabuti de Literatura em 1978. Em 19 de julho de 2011 em entrevista no Programa do Jô declarou que já vendeu, em todas traduções, algo em torno de 19 milhões de exemplares de suas publicações.




este molde é do blog ;http://casfeitosaeva.blogspot.com.br/2010/10/fantoche-da-menina-bonita-do-laco-de.html


quinta-feira, 17 de maio de 2012

O mistério da Casa Mágica

Contos do Quintal: O mistério da Casa Mágica

Há muito tempo, na pequena vila de Águas Claras, todos viviam em perfeita harmonia. As crianças brincavam juntas perto do riacho e, à noite, se reuniam em frente a uma casa abandonada, no alto da colina. A casa era o mistério da vila: nunca alguém havia entrado lá. Mas Molly era muito curiosa e quando passava em frente à velha casa, dava uma espiadinha. Os pais diziam que lá não morava ninguém. A garota sabia que não era verdade, pois sempre sentia um cheiro gostoso saindo dali. Molly nunca tinha visto a dona da "casinha mágica" - como ela gostava de chamar -, até que um dia tomou coragem e bateu à porta: - Quem é? - respondeu de dentro uma voz cansada. - Sou eu, a Molly - disse a pequena. - Meus pais dizem que aí não mora ninguém, mas eu sei que a senhora existe e gostaria de conversar. - Vá embora. Nenhum dos pais nunca deixará que seus filhos conheçam a minha velha casa. - Não vou, não - retorquiu Molly. - O cheiro que vem daí é muito bom e eu estou faminta. Se abrir, posso comer um pedaço de bolo e depois eu vou embora. Ninguém vai descobrir. Uma velhinha com cara bondosa abriu devagar a porta. Quando a pequena Molly olhou ao redor, ficou maravilhada. Havia biscoitos em forma de coração por toda a casa, chocolate borbulhando nas panelas e umas bolachas dentro de uns potinhos. Ainda tinha mel escorrendo de dentro das vasilhas em formato de ursinhos. Mas o que mais surpreendeu Molly foram as árvores no fundo do quintal, cheinhas de frutas fresquinhas, que podiam ser tiradas do pé e saboreadas na hora. - Por que a senhora não abre a sua casa para que todos venham aqui ver todos estes quitutes maravilhosos? - indagou Molly. - Ah, pequena Molly, infelizmente nem todas as pessoas pensam como você. Elas acham que o ato de cozinhar por puro prazer é um pecado... - Pois falarei a todos que no alto deste vale existe uma pessoa com mãos de fada. E todos, crianças e adultos, virão aqui provar estas iguarias. Molly organizou uma festa e não disse que as comidas seriam preparadas pela senhorinha misteriosa. Todos amaram as comidas: o amor dava o gosto especial aos alimentos. Desde então, sempre havia alguém na casa da senhora para aprender a arte da culinária ou simplesmente comprar alguma das delícias. E a pequena vila agora se chama "Casa Mágica". Ariane Bomgosto é jornalista e escritora e entre suas paixões estão os contos infantis Rogério Coelho ilustra livros infantis desde 2002 para várias editoras em São Paulo e no Rio de Janeiro, e já ganhou prêmios na área.

BRINCADEIRA DE CRIANÇA


BRINCADEIRA DE CRIANÇA

ACORDA, CRIANÇADA
TÁ NA HORA DA GENTE BRINCAR
BRINCAR DE PIQUE-ESCONDE, DE PIQUE-COLA
E DE PIQUE-TÁ...TATÁ-TÁ
NESSA BRINCADEIRA TAMBÉM TEM PIQUE-BANDEIRA,
AMARELINHA PRA QUEM GOSTA DE PULAR
E AQUELA BRINCADEIRA DE BEIJAR

É ESSA? NÃO
É ESSA? NÃO
É ESSA? NÃO (BIS)

PÊRA, UVA, MAÇÃ, OU...
SALADA MISTA... BEIJA, BEIJA

BRINCADEIRA DE CRIANÇA
COMO É BOM, COMO É BOM
GUARDO AINDA NA LEMBRANÇA
COMO É BOM, COMO É BOM
PAZ, AMOR E ESPERANÇA
COMO É BOM, COMO É BOM
BOM É SER FELIZ COM MOLEJÃO.

De como Malasartes vendeu um passarinho


De como Malasartes vendeu um passarinho


Pedro Malasartes

Malasartes ia viajando quando lhe deu vontade dedar de corpo. Agachou-se no meio da estrada e ali ficou. Nisto avistou um senhor que andava caçando. Malasartes tirou o chapéu e colocou-o sobre o que havia feito. O senhor quando se aproximou perguntou-lhe:
- Que está fazendo ai a segurar nesse chapéu com tanto cuidado?
- E um lindo passarinho que apanhei debaixo do chapéu. Canta que é um gosto. E eu não quero perdê-lo. Estou à espera de alguém que queira tomar conta dele, enquanto vou buscar uma gaiola.
O homem ficou muito curioso de ver o canário pois era grande apreciador de pássaros cantadores.
Propôs comprá-lo, mas com a condição de Malasartes ir buscar a gaiola.
Pedro, depois de muitas negaças fechou o negócio por bom dinheiro deixou o tolo a tomar conta, e foi buscar a gaiola. O tempo ia passando e Malasartes não voltava. Então o homem, já impaciente tomou o partido de apanhar o pássaro com a mão e levá-lo para casa. Com toda a cautela, meteu a mão debaixo do chapéu e, quando pensou que pegava o canário, agarrou uma coisa muito diferente.
Deu os pregos, soltou pragas enquanto Pedro já estava muito distante e se divertindo à custa do trouxa...

O ANIVERSÁRIO MALASARTE


Pedro Malasarte
O ANIVERSÁRIO MALASARTE

Era aniversário de Pedro Malasarte. Ele adorava uma festa, mas estava sem dinheiro para festejar o aniversário. Resolveu então, visitar o primo que tinha muito dinheiro e, certamente, lhe ofereceria alguma coisa, apesar de ser um tanto pão-duro. Chegando a fazenda do primo, este o recebeu com muito entusiasmado, não pela visita, mas por economizar assim a viagem a casa do aniversariante. Entraram e o primo foi logo oferecendo:
— Ó, primo Pedro! Tenho aqui uma broa, fresquinha, que sinhá assou. É tanta que vai durar a semana inteira.
— Broa de milho, primo?
— É sim, quer um pedaço?
— Não, primo - agradeceu Malasarte - basta um cafezinho.
— Mas é seu aniversário primo, eu reconheço que sou um pão-duro, mas um pouco de cortesia ao primo não faz mal! Se quiser é só pedir.
Malasarte novamente agradeceu, porém continuou só com o café. Continuaram proseando e, em meio à prosa, o primo lhe diz:
— Olha Pedro, ontem mandei matar aquele leitão capado que eu vinha engordando. Temos uma porção de torresmo e toucinho frescos que mandei preparar. Quer um pouco, pois tenho bastante?
— Não me diga isso! Tem muito mesmo?
— É o que lhe digo! Tenho bastante, quer?
— Nada primo, pode deixar, basta um cafezinho.
— Seja dito..., mas quando quiser é só pedir.
Continuaram proseando mais e mais, até que o primo fez nova oferta:
— Pedro, faz tempo que guardo umas garrafas de cachaça. Vamos tomar uns goles para comemorar?
— E é dá boa?
— Da melhor.
— Não primo, para mim basta um cafezinho.
— Não se faça de rogado que você tá em casa. Quando ficar com vontade é só pedir.
E assim, o primo de Pedro Malasarte, querendo lhe agradar pela passagem do aniversário e ao mesmo tempo percebendo que Malasarte não estava querendo lhe dar despesa, foi oferecendo um pouco de cada coisa que tinha na despensa. Malasarte ouvia e recusava; contentando-se só com o cafezinho. E continuaram nessa toada até que ouviram uma tímida batida na porta. O primo de Malasarte se levantou, abriu a porta epegou de espiar; do lado de fora havia uma verdadeira multidão de conhecidos. O primeiro foi logo falando:
— Olha, desculpa a intrusão, mas ficamos sabendo que Pedro Malasarte estava por aqui e passamos somente para dar lhe dar os parabéns.
Desconfiado, mas sem ter como recusar, o primo convidou a todos para entrar, mas foi logo avisando:
— Meus amigos! Gostaria de lhes oferecer alguma coisa, porém... quase nada tenho na despensa...
Malasarte, deixando de lado o cafezinho e interrompendo o primo, falou:
— Primo, sabe aquele torresmo, aquele toucinho, aquela broa, a cachaça, a suco de laranja, a rosca, a linguiça, e tudo mais que você me ofereceu? Agora eu até quero um pouquinho, que já me cansei desse cafezinho que tomava pra modo de esperar o pessoal chegar...
Vosmecê calcule: o primo ficou aturdido, tonteou... parecia inté que estava para dar a alma a Deus; entretanto, uma vez que o oferecido estava em vigor, acabou bancando toda a festa. Pois foi assim que Pedro Malasarte teve a sua festança. ®Sérgio.

O SEGREDO DO ALFAIATE


O SEGREDO DO ALFAIATE


Pedro Malasartes queria pregar uma peça no alfaiate Jeroboão.
Disse então que um velho alfaiate contara-lhe um segredo que tornaria rico e feliz o alfaiate que o conhecesse. Pedro disse ainda que só poderia contar esse segredo em público. Jeroboão, mais que depressa, enviou cartas para todos os alfaiates e costureiras do país, convidando-os para se reunirem em sua cidade. Dentro em pouco não havia mais lugar em nenhuma hospedaria da cidade. As casas dos alfaiates e costureiras locais também estavam repletas. No grande dia, armaram-se barraquinhas na praça principal da cidade e todos comeram e beberam por conta do segredo que os tornaria ricos e felizes. No meio da praça havia um alto palanque e, por volta das seis horas da tarde, quando o dia já ia morrendo e começavam a cair as primeiras sombras da noite, ali subiram Pedro Malasartes e Jeroboão. Foram longamente aplaudidos pela grande multidão que enchia a praça, de barriga cheia e a cabeça razoavelmente confusa pelo vinho. Então Pedro Malasartes tomou a palavra: - Meus caros amigos, que manejam com tanta habilidade a tesoura e o dedal, a agulha e a linha, mestres do carretel! A estas palavras seguiram-se longos e entusiasmados aplausos. - Não estou aqui para lhes ensinar como se manejam essas coisas, pois estão fartos de saber - continuou Pedro Malasartes, quando as palmas cessaram. - Meu caro amigo Jeroboão, aqui no meu lado, mandou-lhes as amáveis cartinhas que receberam convidando-os a se reunirem aqui, porque temos um maravilhoso segredo a lhes revelar. É um segredo ouvido da boca de um homem na hora da morte, e que lhes será muito útil daqui por diante.
Fez-se silêncio total na praça.
- Sabem o que ele me disse? - prosseguiu Pedro Malasartes - Vou-lhes repetir com suas próprias palavras: "Nunca se esqueçam de dar um nó na ponta da linha depois de a ter enfiado na agulha."

SEIS AVENTURAS DE PEDRO MALAZARTE Luís da Câmara Cascudo


SEIS AVENTURAS DE PEDRO MALAZARTE
Luís da Câmara Cascudo
I Um casal de velhos possuía dois filhos homens, João e Pedro, este tão astucioso e vadio que o chamavam Pedro Malazarte. Como era gente pobre, o filho mais velho saiu para ganhar a vida e empregou-se numa fazenda onde o proprietário era rico e cheio de velhacarias, não pagando aos empregados porque fazia contratos impossíveis de cumprimento. João trabalhou quase um ano e voltou quase morto. O patrão tirara-lhe uma tira de couro desde o pescoço até o fim das costas e nada mais lhe dera. Pedro ficou furioso e saiu para vingar o irmão. Procurou o mesmo fazendeiro e pediu trabalho. O fazendeiro disse que o empregava com duas condições; não enjeitar serviços e do que primeiro ficasse zangado tirava o outro uma tira de couro. Pedro Malazarte aceitou. No primeiro dia foi trabalhar numa plantação de milho. O patrão mandou que uma cachorrinha o acompanhasse. Só podia voltar quando a cachorra voltasse para casa. Pedro meteu o braço no serviço até meio-dia. A cachorrinha deitada na sombra nem se mexia. Vendo que era combinação Malazarte largou uma paulada na cachorra que esta saiu ganindo e correu até o alpendre da casa. O rapaz voltou e almoçou. Pela tarde nem precisou bater na cachorra. Fez o gesto e o bicho voou no caminho. No outro dia o fazendeiro escolheu outra tarefa. Mandou-o limpar a roça de mandioca. Pedro arrancou toda plantação, deixando o terreno completamente limpo. Quando foi dizer ao patrão o que fizera este ficou feio. - Zangou-se, meu amo? - Não senhor, - respondeu o patrão. No outro dia disse que Pedro trouxera o carro de bois carregado de pau sem nós. Malazarte cortou quase todo o bananal, explicando que bananeira é pau que não tem nó. O patrão ficou frio: - Zangou-se, meu amo? - Não senhor. No outro dia mandou-o levar o carro, com a junta de bois, para dentro de uma sala numa casinha perto, sem passar pela porta. E para melhor atrapalhar, fechou a porta e escondeu a chave. Malazarte agarrou um machado e fez o carro em pedaços, matou os bois, esquartejou-os e sacudiu, carnes e madeiras, pela janela, para dentro da sala. O patrão, quando viu, ficou preto:
- Zangou-se, meu amo? - Não senhor. Mandou vender na feira um bando de porcos. Malazarte levou os porcos, cortou as caudas e vendeu-os todos por um bom preço. Voltando enterrou os rabinhos num lamaçal e chegou em casa gritando que a porcada esta atolada no lameiro. O patrão foi ver e deu o desespero. Malazarte sugeriu cavar com duas pás. Correu para casa e pediu à dona que lhe entregasse dois contos de réis. A velha não queria mas o rapaz para certificá-la, perguntava ao patrão por gestos se devia levar um ou dois, e mostrava os dedos. Ante aos gritos do amo, a velha entregou o dinheiro ao Pedro. Voltou para o lameiro e começou a puxar a cauda de cada porco que dizia estar enterrado. Ia ficando com todas na mão. O patrão ficou suando mas não deu mostras de zanga. E Pedro ainda negou que tivesse recebido dinheiro. Vendo que ficava pobre com aquele empregado, o fazendeiro resolveu matá-lo o mais depressa possível, de um modo que não o levasse à justiça. Disse que andava um ladrão rondando o curral e deviam vigiar, armados, para prender ou afugentar a tiros. A idéia era atirar em Malazarte e dizer que se tinha enganado, supondo-o um malfeitor. De noite o fazendeiro foi para o curral e Pedro devia substituí-lo ao primeiro cantar do galo. Quando o galo cantou, Malazarte acordou a velha e disse que o marido a esperava no curral, e que levasse a outra espingarda, porque ele, Pedro, ia fazer o cerco pelo outro lado. A velha apanhou a carabina e foi, sendo morta pelo fazendeiro com um tiro certo de que abatia, pelo vulto, o atrevido criado. Assim que a velha caiu, Pedro apareceu chorando e acusando o amo. Este, assombrado pagou muito dinheiro para não haver conhecimento da justiça e ofereceu ainda mais dinheiro se o Malazarte se fosse embora, sem mais outra proeza. O rapaz aceitou e voltou rico para casa dos pais. II Não podendo ficar sossegado, Malazarte largou a casa, indo correr mundo. Logo no primeiro dia encontrou um urubu com uma perna e uma asa quebradas, batendo no meio da estrada. Agarrou o urubu e meteu-o dentro de um saco, seguindo caminho. Ao anoitecer estava diante de uma casa grande e bonita, alpendrada. Pela janela viu uma mulher guardando vários pratos de comidas saborosas e garrafas de vinho. Bateu e pediu abrigo mas a mulher recusou, dizendo que não estava em casa o marido e ficava feio ter um homem de portas a dentro. Malazarte foi para debaixo de uma árvore e reparou na chegada de um rapaz ainda moço, recebido com agrados pela dona da casa que o levou imediatamente para jantar. Iam os dois começando a refeição quando o dono da casa apareceu montado num cavalo alazão. O rapaz pulou uma janela e fugiu. Malazarte deu tempo para o dono da casa mudar o traje e tornou a bater e pedir dormida. O
dono apareceu e mandou-o entrar, lavar as mãos e ir jantar com ele. A comida que apareceu era outra, bem pobre e malfeita. Malazarte, sempre com o urubu dentro do saco, deu com o pé, fazendo-o roncar, começou a falar, baixinho, como se estivesse discutindo. - Com quem está falando? - Perguntou o dono da casa. - Com esse urubu. - Sim senhor, falando e adivinhando. Esse urubu é ensinado a adivinhar. - E o que ele está adivinhando a agora? - Está me dizendo que naquele armário há um peru assado, arroz de forno, bolo de milho e três garrafas de vinho. - Não me diga ... Procura aí, mulher! A mulher procurou e, fingindo-se assombrada pela surpresa, encontrou tudo quanto anunciara o urubu e trouxe os pratos e o vinho para a mesa. Comeram fartamente e o dono quis porque quis comprar o urubu. Pela manhã Malazarte, muito contrariado, aceitou o dinheiro alto e foi embora, deixando o urubu que nunca mais adivinhou cousa alguma. III Malazarte encontrou uma ruma de excremento ainda fresca, no meio da estrada. Parou curvou-se e cobriu com seu próprio chapéu, ficando de cócoras, segurando as abas, como se guardasse uma preciosidade. Passou um homem, a cavalo, e parou, perguntando: - Que está guardando aí? - O mais bonito passarinho do mundo! Custou mas segurei-o - E o que vai fazer? - Esperar que passe um conhecido para vendê-lo ou mandar comprar uma gaiola. - Quanto quer pelo passarinho? - Vinte mil-réis! - Está fechado. Tome o dinheiro, monte neste cavalo e vá buscar uma gaiola, ali na vila. Apeou-se, Malazarte meteu o dinheiro no bolso, cavalgou o animal, picou-o
nas esporas e desapareceu para sempre. O dono do passarinho esperou, esperou e, perdendo a paciência ou cutucado pela curiosidade, passou a mão para segurar a mais linda ave do mundo, ficando com ela suja e nauseante, furioso pelo logro e sem poder castigar o astucioso larápio. IV Órfão de pai, Malazarte viu morrer sua mãe, ficando muito triste. Mas, sendo ardiloso por natureza, do próprio cadáver quis aproveitar e ganhar mais dinheiro. Saiu com ele e escondeu-o nuns capins, perto de um pomar. O dono desse pomar era homem rico e violento, tendo comprado uma matilha de cachorros ferozes para a defesa das frutas. Ao anoitecer, Malazarte levou o corpo da velha e sacudiu-o por cima da cerca. Os cachorros acudiram imediatamente ladrando e mordendo. Nesse momento, Malazarte começou a gritar pelo dono do pomar, e quando este apareceu acusou-o de haver assassinado sua mãe, velhinha inofensiva que entrara no sítio para apanhar um graveto de lenha. Sabendo da ferocidade dos cachorros, Malazarte correra para impedir mas já chegara tarde. O dono do pomar, cheio de medo, pagou muito dinheiro e ainda encarregou-se de enterrar a velha com toda a decência. V Pedro Malazarte comprou uma panelinha nova para cozinhar quando viajasse. Na primeira viagem que fez levou a panelinha e estava preparando seu almoço, já abrindo a fervura, quando ouviu o tropel de um comboio que carregava algodão. Mais que depressa cavou um buraco, colocou todas as brasas e tições, cobrindo de areia, e pôs a panela por cima, fervendo. Os comboieiros que iam passando ficaram admirados de ver uma panela ferver sem haver fogo. Pararam, discutiram e perguntaram se Malazarte a queria vender por bom dinheiro. O sabidão fez-se muito rogado, dizendo ter adquirido aquele objeto em terras distantes, mas terminou vendendo a panelinha. Os comboieiros seguiram jornada, muito satisfeitos da compra que no outro dia verificaram ser mais um logro do endiabrado rapaz. VI Nas cercanias da casa de Pedro Malazarte morava um homem rico e muito avarento. Vivia enganando toda a gente e sendo detestado por todos os vizinhos. Não pagava ordenado aos seus empregados porque fazia apostas e não era possível cumprir-se uma das condições porque tinham sido escolhidas com intenção de burla. Malazarte ofereceu-se para criado e o homem aceitou. Se Malazarte ficasse trinta dias sem pedir a conta, seria pago três vezes, e não o fazendo, nada teria de direito.
O homem mandou Malazarte com mais duzentas ovelhas para o campo, com ordem de passar por uma garganta de serra muito estreita. As ovelhas recusavam avançar e os empregados anteriores haviam desistido com esse embaraço. Malazarte chegou ao boqueirão, agarrou uma ovelha, amarrou-a e saiu na frente puxando o animalzinho. As outras acompanharam sem dificuldade. Não deram rede para Malazarte dormir. Durma onde quiser, disse-lhe o homem. Pedro, vendo que o casal guardava a comida num armário grande, trepou-se para cima, com as pernas descidas e recusou sair, dizendo ser aquela a sua cama. Como o casal queria comer, ofereceram ao novo empregado o direito de fazer as refeições com eles, marido e mulher, chegando à conclusão de que só iam comer pão e bolachas, o que davam a Pedro quando ele se empregou. Mandou o dono que Malazarte levasse o carro de bois e o metesse numa sala sem passar pelas portas. Malazarte despedaçou o carro, partiu os bois em quatro e jogou tudo pela janela. Dias depois o dono da casa foi viajar e recomendou a Pedro que queria encontrar o gado muito bem tratado, rindo-se com o tempo. Quando o homem voltou viu que Malazarte havia cortado os beiços dos bois, vacas, novilhos, touros, deixando-os com os dentes de fora, como se estivessem rindo. Não quis mais conversa. Pagou três vezes e mandou que Pedro Malazarte fosse embora antes que ficasse completamente arruinado.

A ÁRVORE QUE DAVA DINHEIRO


Pedro Malasarte
A ÁRVORE QUE DAVA DINHEIRO

Vendo-se apertado com a falta de dinheiro e não querendo ter arenga com o dono da pensão, Malasarte saiu bem cedo naquela manhã, para ganhar a vida. Arranjou com o vendedor de mel de jataí um bocado de cera; trocou na mercearia de Seu Joaquim a única nota de dinheiro que lhe sobrara, por algumas de moedas de vintém e caiu na estrada. Caminhou por obra de uma légua ou mais, quando avistou uma árvore na beira da estrada. Chegando ao pé da árvore, parou e pôs-se a pregar os vinténs à folhagem com a cera que arranjara.
Não demorou muito, deu de aparecer na estrada um boiadeiro que vinha tocando uns boizinhos para vender na vila. E como já ia levantando um solão esparramado, a cera ia derretendo e fazendo cair às moedas. Malasarte, fazendo festas, as apanhava. O boiadeiro acercou-se, curioso, perguntou-lhe o que fazia, e Malasarte explicou:
— Esta árvore é deveras encantada, patrão. As suas frutas são moedas legítimas. Estou colhendo todas, porque vou me bandear pra outra terra e tô pensando em levar a árvore, apesar de todo o trabalho que vai me dar.
— Não me diga isto, sô!
— É o que eu lhe digo, patrão!
— Diacho! Se lhe vai dar tanto trabalho...
E o boiadeiro propôs comprar a árvore encantada. Malasarte, depois de muitas negaças, fechou negócio trocando a árvore pelos boizinhos; em seguida, bateu pé na estrada, vendendo-os na vila por um bom preço.
O boiadeiro mandou alguns de seus peões retirarem, com todo o cuidado, a árvore encantada e a replantou no pomar do seu sítio. Daquele ano até hoje, está esperando ela dar moedas de vinténs.

Trecho de O Pequeno Príncipe, de Antoine Saint-Exupéry


Trecho de O Pequeno Príncipe, de Antoine Saint-Exupéry


O pequeno príncipe atravessou o deserto e encontrou apenas uma flor. Uma flor de três pétalas, uma florzinha insignificante....
- Bom dia - disse o príncipe.
- Bom dia - disse a flor.
- Onde estão os homens? - Perguntou ele educadamente.
A flor, um dia, vira passar uma caravana:
- Os homens? Eu creio que existem seis ou sete. Vi-os faz muito tempo. Mas não se pode nunca saber onde se encontram. O vento os leva. Eles não têm raízes. Eles não gostam das raízes.
-Adeus - disse o principezinho.
-Adeus - disse a flor.
O pequeno príncipe escalou uma grande montanha. As únicas montanhas que conhecera eram os três vulcões que batiam no joelho. O vulcão extinto servia-lhe de tamborete. "De uma montanha tão alta como esta", pensava ele, "verei todo o planeta e todos os homens..." Mas só viu pedras pontudas, como agulhas.
- Bom dia! - disse ele ao léu.
- Bom dia... bom dia... bom dia... - respondeu o eco.
- Quem és tu? - perguntou o principezinho.
- Quem és tu... quem és tu... quem és tu... - respondeu o eco.
- Sejam meus amigos, eu estou só... - disse ele.
- Estou só... estou só... estou só... - respondeu o eco.
"Que planeta engraçado!", pensou então. "É completamente seco, pontudo e salgado. E os homens não têm imaginação. Repetem o que a gente diz... No meu planeta eu tinha uma flor; e era sempre ela que falava primeiro."
Mas aconteceu que o pequeno príncipe, tendo andado muito tempo pelas areias, pelas rochas e pela neve, descobriu, enfim, uma estrada. E as estradas vão todas em direção aos homens.
- Bom dia! - disse ele.
Era um jardim cheio de rosas.
- Bom dia! - disseram as rosas.
Ele as contemplou. Eram todas iguais à sua flor.
- Quem sois? - perguntou ele espantado.
- Somos as rosas - responderam elas.
- Ah! - exclamou o principezinho...
E ele se sentiu profundamente infeliz. Sua flor lhe havia dito que ele era a única de sua espécie em todo o Universo. E eis que havia cinco mil, iguaizinhas, num só jardim!
"Ela teria se envergonhado", pensou ele, "se visse isto... Começaria a tossir, simularia morrer, para escapar ao ridículo. E eu seria obrigado a fingir que cuidava dela; porque senão, só para me humilhar, ela seria bem capaz de morrer de verdade..."
Depois, refletiu ainda: "Eu me julgava rico por ter uma flor única, e possuo apenas uma rosa comum. Uma rosa e três vulcões que não passam do meu joelho, estando um, talvez, extinto para sempre. Isso não faz de mim um príncipe muito poderoso..."
E, deitado na relva, ele chorou.
E foi então que apareceu a raposa:
- Bom dia - disse a raposa.
- Bom dia - respondeu educadamente o pequeno príncipe, olhando a sua volta, nada viu.
- Eu estou aqui - disse a voz, debaixo da macieira...
- Quem és tu? - Perguntou o principezinho. - Tu és bem bonita...
- Sou uma raposa - disse a raposa.
- Vem brincar comigo - propôs ele. - Estou tão triste...
-Eu não posso brincar contigo - disse a raposa. - Não me cativaram ainda.
- Ah! Desculpa - disse o principezinho.
Mas, após refletir, acrescentou:
- Que quer dizer "cativar"?
- Tu não és daqui - disse a raposa. - Que procuras?
- Procuro os homens - disse o pequeno príncipe. - Que quer dizer "cativar"?
- Os homens - disse a raposa - têm fuzis e caçam. É assustador! Criam galinhas também. É a única coisa que fazem de interessante. Tu procuras galinhas?
- Não - disse o príncipe. - Eu procuro amigos. Que quer dizer "cativar"?
- É algo quase sempre esquecido - disse a raposa. Significa "criar laços"...
- Criar laços?
- Exatamente - disse a raposa. - Tu não és ainda para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu também não tens necessidade de ti. E tu também não tens necessidade de mim. Não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim único no mundo. E eu serei para ti única no mundo...
- Começo a compreender - disse o pequeno príncipe. - Existe uma flor... eu creio que ela me cativou...
- É possível - disse a raposa. - Vê-se tanta coisa na Terra...
- Oh! Não foi na Terra - disse o principezinho.
- A raposa pareceu intrigada:
- Num outro planeta?
- Sim.
- Há caçadores nesse planeta?
- Não.
- Que bom! E galinhas?
- Também não.
- Nada é perfeito - suspirou a raposa.

LIÇÃO DE CRIATIVIDADE


Um cachorrinho perdido na selva vê um tigre correndo em sua direção. Pensa rápido, vê uns ossos no chão e se põe a mordê-los.
Então, quando o tigre está pronto atacá-lo, o cachorrinho diz:
- Ah, que delícia este tigre que acabo de comer! O tigre pára bruscamente e sai apavorado correndo do cachorrinho, e no caminho vai pensando:
- Que cachorro bravo! Por pouco não me come a mim também!
Um macaco, que havia visto a cena, sai correndo atrás do tigre e conta como ele tinha sido enganado.
O tigre, furioso, diz: - Cachorro maldito! Vai me pagar!
O cachorrinho vê que o tigre vem atrás dele de novo e desta vez traz o macaco montado em suas costas.
Ah, macaco traidor! O que faço agora?, pensou o cachorrinho.
Em vez de sair correndo, ele ficou de costas, como se não estivesse vendo nada. Quando o tigre está a ponto de atacá-lo de novo, o cachorrinho diz:
- Macaco preguiçoso! Faz meia hora que eu mandei me trazer um outro tigre e ele ainda não voltou!
Em momentos de crise, só a imaginação é mais importante do que o conhecimento. (Albert Eistein)

TEXTO: O FANTASMA




TEXTO: O FANTASMA
A televisão não tinha chegado até a fazenda porque uma era insuficiente energia.
 À noite, as mulheres distraíam ouvindo rádio de pilha enquanto costuravam.
Os homens gostavam de se se reunir para conversar. O ponto escolhido foi o terreiro de café que ficava entre a casa do administrador ea Casa de D. Alzira: portanto, à distância de um grito.
 Nessa noite, Falavam de fantasmas.
 Cada um tinha uma história, contar que ouvirá, ou uma experiência pessoal que infelizmente (ou felizmente?) Não provava nada.
 ___Eu Me lembro de um caso interessante__disse vicentino.Os ouvintes mais se aproximaram dele.
Por que será que gostamos de ficar bem juntinhos quando ouvimos estórias de fantasmas? Para melhor ouvir? Ou porque sentimos mais seguros estando bem perto uns dos outros?
"Eu morava__ num sobrado na cidade e todas as noites acordava com um barulho de correntes que se arrastavam sem andar de cima
.Nada de gemidos ou gritos, nem uma palavra. Só aquela corrente que se arrastava para cá e para lá. Um mistério!
 Era tão impressionante que eu acordava e não conseguia mais dormir.Depois de uma semana assim, eu sempre esperando e procurando Criar coragem, pensei comigo: tenho que dar um jeito nesse danado. Arranjei um um pedaço de pau, nem sei porquê, pois sabia que com fantasma não adianta usar um pedaço de pau, e que assim o barulho começou, subi devagarinho.
Quando eu andava, o barulho cessava.
Quando eu parava, ouvia a corrente se arrastando. "Ele" devia estar bem perto porque percebia que ia chegando gente. Abri um arranco num porta, entrei depressa e dei um grito para ver se o fantasma se assustava comigo.Sabem que deu certo? Ouvi uma voz rouca e assustadora: roc, rooc, roooc, se não tivesse tão apavorado teria rido valer.Bem uma no meio do quarto, todo arrepiado e Trêmulo, estava ... um papagaio! O bichinho escapava do poleiro todas as noites e "assombrava" a gente passeando de um lado para outro com uma perninha  presa  na corrente" Os meninos riram aliviados.
. Esse era divertido fantasma. Maria Teresa Guimarães Noronha. Férias em Xangrilá.

Assaiá: o orgulho de ser índia pataxó

Assaiá: o orgulho de ser índia pataxó




Eu moro na aldeia da Ponta da Coroa Vermelha, talvez Cabrália, antigo município de Porto Seguro, Bahia.
Meu nome é Assaiá.
Sou índia Pataxó.
Na minha família todos têm nomes pataxós, de nascimento e nomes ca-tólicos de batismo.
Minha mãe foi batizada como Maria da Conceição e é assim que é mais conhecida.
Meu pai, como Joel. Mas ele prefere ser chamado de Araçari, que na lín-gua pataxó quer dizer pássaro. Papai é pescador. Construiu seu próprio barco de madeira e vela de plástico. Corta todo dia o mar azul-turquesa de Porto Seguro, desviando dos recifes de coral.
Toda tarde a gente corre para a praia quando vê a vela preta apontando no horizonte.
É curioso, mas meu pai, índio pataxó, descendente dos primeiros habi-tantes daqui, chega toda tarde daquele lado de lá do mar. Chega do leste – igual-zinho como chegaram os portugueses.
Fico imaginando se a situação do descobrimento fosse inversa:
Os portugueses, donos das terras de Ibirapitanga e os índios chegando pra tomar posse.
Com a característica que a gente conhece de cada povo – o europeu, ar-mado até os dentes, com a noção de propriedade particular da terras e o índio da-qui, hospitaleiro, com o espírito de uso coletivo da terra... No mínimo nosso povo seria recebido a chumbo; ou melhor, não seria recebido – seria massacrado.
Hoje eu sei que a grande maioria dos índios do Brasil foi dizimada. Não por serem invasores, mas por serem os legítimos donos das terras.

Esse texto faz parte do livro Terra do descobrimento, de Paula Salda-nha, Ediouro.

Trabalhando com o teXto

1- A aldeia Ponta da Coroa Vermelha está localizada em que estado brasileiro?
_______________________________________________________________


_______________________________________________________________
- Faça uma ilustração de como você imagina que foi o encontro entre os índios brasileiros e os portugueses quando chegaram aqui.

A Era do Gelo

Nossos heróis da era glacial, estão de volta numa incrível aventura.
Scrat continua tentando agarrar a noz fujona (e nesse processo, acaba encontrando o verdadeiro amor); Manny e Ellie esperam o nascimento de seu bebê mamute; a preguiça Sid forma sua própria família adotiva seqüestrando alguns ovos de dinossauro; e Diego, o tigre dentes-de-sabre, se pergunta se não está ficando molenga demais devido à convivência com seus amigos.
Em uma missão para resgatar o azarado Sid, a turma se aventura por um misterioso mundo subterrâneo, onde dão de cara com dinossauros, lutam contra plantas carnívoras de fúria assassina e conhecem uma destemida doninha de um olho só, caçadora de dinossauros, chamada Buck.

Responda as perguntas;

1) Qual é o gênero desse filme:

( a ) drama
( b ) terror
( c ) comédia
( d ) romance
( e ) aventura

2) As personagens principais são:

( a ) um elefante, um gamba e um leão
( b ) um mosquito, um mamute e uma preguiça
( c ) uma preguiça, um tigre e um rinoceronte
( d ) um tigre, um menino e uma raposa
( e ) um mamute, uma preguiça e um tigre

3) Assinale a frase verdadeira:

( a ) A Era do Gelo é uma comédia destinada apenas aos adultos.
( b ) A Era do Gelo é um filme onde 3 animais buscam seus pais.
( c ) A Era do Gelo é uma história em quadrinhos para adultos.
( d ) A Era do Gelo é a história de um dinossauro que encontra 3 animais perdidos.
( e ) A Era do Gelo é uma comédia para todas as idades.


Descreva o personagem Sid ( como ele é):
______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

) Você gostou do filme? Qual sua opinião sobre os personagens principais?
____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
) Desenhe o seu personagem preferido
Postado por E.F.COSTA às 12:15 Nenhum comentário:
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PINGÜIM (Vinicius de Moraes)
PINGÜIM
Bom dia, pingüim
Onde vai assim
Com ar apressado?
Eu não sou malvado
Não fique assustado
Com medo de mim
Eu só gostaria
De dar um tapinha
No seu chapéu jaca
Ou bem de levinho
Puxar o rabinho
Da sua casaca

Quando você caminha
Parece o Chacrinha
Lelé da caixola
E um velho senhor
Que foi meu professor
No meu tempo de escola
Pingüim, meu amigo
Não zangue comigo
Nem perca a estribeira
Não pergunte por quê
Mas todos põem você
Em cima da geladeira!

(Vinicius de Moraes)
Postado por E.F.COSTA às 12:14 Nenhum comentário:
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sábado, 16 de outubro de 2010

Postado por E.F.COSTA às 13:49 Nenhum comentário:
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Os animais
Os animais

O jacaré
não larga o meu pé.
Já o leão
é sempre o bonzão.
A cegonha
sempre fica com vergonha.
O gato
só usa o meu sapato
O tucano
só se enxuga com pano.
O pinguim
só fala de mim.
O elefante
só gosta de coisa gigante.
O pato
só anda de jacto.
O mosquito
só não gosta do periquito
Já o periquito
só gosta do mosquito
As formigas
só gostam de coisas antigas.
E o passarinho
assiste a tudo do ninho


Gabriel Queiroz Rodrigues
(adaptado)
Complete ;
Os animais

O ___________
não larga o meu pé.
Já o ____________
é sempre o bonzão.
A _____________
sempre fica com vergonha.
O ____________
só usa o meu sapato .
O ____________
só se enxuga com pano.
O ____________
só fala de mim.
O ____________
só gosta de coisa gigante.
O ___________
só anda de jacto.
O ___________
só não gosta do periquito.
Já o __________
só gosta do mosquito.
As __________
só gostam de coisas antigas.
E o__________
assiste a tudo do ninho.
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As maçãs



As maçãs

Dantes as macieiras davam maçãs,
que eram guardadas em toalhas de linho.
E só havia umas que eram melhores,
que eram as do quintal do vizinho!

Agora só há maçãs “golding” ou “starking”,
agora só há maçãs “normalizadas”.
E eu não me admiro que, em vez de redondas,
um dia destes passem a ser quadradas!

Jorge Sousa Braga






- Que tal saber um pouco mais?
Sabes quem é Jorge Sousa Braga?
Jorge de Sousa Braga é médico e poeta. Recebeu o Grande Prémio Gulbenkian de literatura para crianças e jovens ( com o livro Herbário).
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Dia Mundial da Criança



Dia Mundial da Criança
É um dia em que cabem
todos os dias do ano
e as coisas mais bonitas
que não podem causar dano:
os sonhos e os brinquedos,
as festas, as guloseimas,
a sombra de alguns medos
a casmurrice das teimas
e também, com fartura
o afecto e o carinho
com que se faz a ternura,
para mostrar ao mundo
que a guerra é uma loucura
e que o gosto de ser menino
é o nosso eterno destino.

José Jorge Letria, O livro dos dias

- Que tal saber um pouco mais?
Sabes quem José Jorge Letria?
José Jorge Letria é escritor, jornalista e cantor. Já recebeu muitos prémios pelas obras de que é autor.



Completa o poema descobrindo o que está escondido com as figuras. Compara com o original

Dia Mundial da Criança

É um dia em que cabem
todos os dias do ano
e as coisas mais bonitas
que não podem causar dano:
os sonhos e os brinquedos,
as festas, as guloseimas,
a sombra de alguns medos
a casmurrice das teimas
e também, com fartura
o afecto e o carinho
com que se faz a ternura,
para mostrar ao mundo
que a guerra é uma loucura
e que o gosto de ser menino
é o nosso eterno destino.

José Jorge Letria, O livro dos dias
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Presente
A girafa deu
ao seu
marido
no dia
de Natal
um lenço
colorido
de seda natural.
Que alegria!
– disse o marido –
ponha a pata
nesta pata,
com um pescoço
tão comprido
você não podia
ter-me comprado
uma gravata. Matilde Rosa Araújo
- Que tal saber um pouco mais?
Sabes quem foi Matilde Rosa Araújo?
Matilde Rosa Araújo nasceu em Lisboa em 1921. É autora de contos e poesia para adultos e de mais de duas dezenas de contos e poesia para crianças.


Presente
A _________deu
ao seu
__________
no dia
de ______
um _________
colorido
de _______ natural.
Que ________!
– disse o marido –
ponha a _______
nesta pata,
com um ________
tão comprido
________ não podia
ter-me comprado
uma _______.
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Presente
A girafa deu
ao seu
marido
no dia
de Natal
um lenço
colorido
de seda natural.
Que alegria!
– disse o marido –
ponha a pata
nesta pata,
com um pescoço
tão comprido
você não podia
ter-me comprado
uma gravata. Matilde Rosa Araújo
- Que tal saber um pouco mais?
Sabes quem foi Matilde Rosa Araújo?
Matilde Rosa Araújo nasceu em Lisboa em 1921. É autora de contos e poesia para adultos e de mais de duas dezenas de contos e poesia para crianças.


Presente
A _________deu
ao seu
__________
no dia
de ______
um _________
colorido
de _______ natural.
Que ________!
– disse o marido –
ponha a _______
nesta pata,
com um ________
tão comprido
________ não podia
ter-me comprado
uma _______.
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Os dois irmãos
Escreve um poema com pelo menos duas ou três estrofes, nas quais faças o retrato de dois meninos "que em tudo são iguais.





Os dois irmãos

Eu conheço dois meninos
que em tudo são diferentes.
Se um diz: "Dói-me o nariz!"
o outro diz: "Ai, meus dentes!"
Se um quer brincar em casa,
o outro foge para o monte;
e se este a casa regressa,
já o outro foi para a fonte.
É difícil conviver
com tanta contradição.
Quando um diz:"Oh, que calor!",
"Que frio!" - diz o irmão.
Mas quando a noitinha chega
com suas doces passadas,
pedem à mãe que lhes conte
histórias de Bruxas e Fadas.
E quando o sono esvoaça
por sobre o dia acabado,
dizem "Boa noite, mãe!"
e adormecem lado a lado.
Maria Alberta Menéres
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Os dois irmãos
Escreve um poema com pelo menos duas ou três estrofes, nas quais faças o retrato de dois meninos "que em tudo são iguais.





Os dois irmãos

Eu conheço dois meninos
que em tudo são diferentes.
Se um diz: "Dói-me o nariz!"
o outro diz: "Ai, meus dentes!"
Se um quer brincar em casa,
o outro foge para o monte;
e se este a casa regressa,
já o outro foi para a fonte.
É difícil conviver
com tanta contradição.
Quando um diz:"Oh, que calor!",
"Que frio!" - diz o irmão.
Mas quando a noitinha chega
com suas doces passadas,
pedem à mãe que lhes conte
histórias de Bruxas e Fadas.
E quando o sono esvoaça
por sobre o dia acabado,
dizem "Boa noite, mãe!"
e adormecem lado a lado.
Maria Alberta Menéres
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Os números do menino guloso
Os números do menino guloso

Dá-me bolinhos
mas não só um.
Desde o almoço
faço jejum.
Dá-me bolinhos
mas não só dois.
Como um agora
outro depois.
Dá-me bolinhos
mas não só três,
que os vou papar
duma só vez.
Dá-me bolinhos
mas não só quatro,
para os provar
logo no quarto.
Dá-me bolinhos
mas não só cinco.
Com tanta fome
eu bem os trinco.
Dá-me bolinhos
mas não só seis,
todos maiores
que bolos reis.
Luísa Ducla Soares,
- Que tal saber um pouco mais?
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Os Frutos



Os Frutos

Pêssegos, pêras, laranjas,
morangos, cerejas, figos,
maçãs, melão, melancia,
ó música de meus sentidos,
pura delícia da língua;
deixai-me agora falar
do fruto que me fascina,
pelo sabor, pela cor,
pelo aroma das sílabas:
tangerina, tangerina.

Eugénio de Andrade

- Que tal saber um pouco mais?

Sabes quem foi Eugénio Andrade?
Foi um poeta português nascido numa aldeia perto de Fundão. deixou de estudar filosofia e dedicou-se poesia.
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A Cigarra e a Formiga
A Cigarra e a Formiga
Como a cigarra o seu gosto
É levar a temporada
De Junho, Julho e Agosto
Numa cantiga pegada,
De Inverno também se come,
E então rapa frio e fome!
Um Inverno a infeliz
Chega-se à formiga e diz:
- Venho pedir-lhe o favor
De me emprestar mantimento,
Matar-me a necessidade;
Que em chegando a novidade,
Até faço um juramento,
Pago-lhe seja o que for.
Mas pergunta-lhe a formiga:
"Pois que fez durante o Estio?"
- Eu, cantar ao desafio.
"Ah cantar? Pois, minha amiga,
Quem leva o Estio a cantar,
Leva o Inverno a dançar!"
João de Deus
- Que tal saber um pouco mais?
Sabes quem é João de Deus?
João de Deus nasceu em 1830 e foi um importante professor. Escreveu entre outros livros, a Cartilha Maternal, que foi usada como livro de leitura durante muitos anos.
Queres saber mais sobre este poeta? Procura em:
pt.wikipedia.org/wiki/João_de_Deus
Completa o poema de modo a que tenha sentido e de seguida compara-o com o original.
A Cigarra e a Formiga – João de Deus
Como a cigarra o seu gosto
É levar a temporada
De Junho, Julho e Agosto
Numa cantiga pegada,
De Inverno também se come,
E então rapa frio e fome!
Um Inverno a infeliz
Chega-se à formiga e diz:
- Venho pedir-lhe o favor
De me emprestar mantimento,
Matar-me a necessidade;
Que em chegando a novidade,
Até faço um juramento,
Pago-lhe seja o que for.
Mas pergunta-lhe a formiga:
"Pois que fez durante o Estio?"
- Eu, cantar ao desafio.
"Ah cantar? Pois, minha amiga,
Quem leva o Estio a cantar,
Leva o Inverno a dançar!"
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TIMIDEZ
TIMIDEZ
O bicho-de-conta
Faz de conta, faz
Que é cabeça tonta
Mas lá bem no fundo
Não é mau rapaz.
Se a gente lhe toca,
Logo se disfarça:
Veste-se de bola.
Por mais que se faça
Não se desenrola.
Lá dentro escondendo
Patinhas e rosto
É todo um segredo:
Se eu fosse menino
Comigo brincava
Sem medo sem medo.
Maria Alberta Menéres, Conversas com Versos

- Que tal saber um pouco mais?
Sabes quem foi Maria Alberta Meneres?
Maria Alberta Meneres nasceu em Vila Nova de Gaia a 25 de Agosto de 1930. É professora, tradutora, jornalista, poetisa e escritora de livros infanto-juvenis.
Queres saber mais sobre esta poetisa?
Podes saberes mais pesquisando:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Maria_Alberta_
http://www.infopedia.pt/$maria-alberta-meneres



Completa o poema. Como? Dou-te uma pista, fala de um pequeno animal


TIMIDEZ
O bicho-de-conta
Faz de conta, faz
Que é cabeça tonta
Mas lá bem no fundo
Não é mau rapaz.
Se a gente lhe toca,
Logo se disfarça:
Veste-se de bola.
Por mais que se faça
Não se desenrola.
Lá dentro escondendo
Patinhas e rosto
É todo um segredo:
Se eu fosse menino
Comigo brincava
Sem medo sem medo.
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UMA PERFEIÇÃO DE CÃO
UMA PERFEIÇÃO DE CÃO
Conheci um cão
Que falava
Que escutava
Que cantava
Que brincava
Que ladrava
Que fazia o pino
E que era um grande dançarino.
Que jogava à bola
Que perdia
Que ganhava.
Que estudava
E que andava
Comigo na escola.
E que tal?
Era ou não
Uma perfeição de cão?
Não acreditam?
Fazem mal.
Era um cão
De imaginação
Maria Cândida Mendonça

- Que tal saber um pouco mais?

Sabes quem é Maria Cândida Mendonça?

Queres saber mais sobre este poeta?
Não percas mais tempo e pesquisa em :



Este poema fala de um cão. Se tens um cão procura completar o poema lembrando-te das habilidades desse amigo de corridas e brincadeiras.



UMA PERFEIÇÃO DE CÃO
Conheci um cão
Que falava
Que escutava
Que cantava
Que brincava
Que ladrava
Que fazia o pino
E que era um grande dançarino.
Que jogava à bola
Que perdia
Que ganhava.
Que estudava
E que andava
Comigo na escola.
E que tal?
Era ou não
Uma perfeição de cão?
Não acreditam?
Fazem mal.
Era um cão
De imaginação
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SEGREDO Miguel Torga,
SEGREDO
Sei um ninho.
E o ninho tem um ovo.
E o ovo tem lá dentro um passarinho
Novo.
Mas escusam de me atentar:
Nem o tiro, nem o ensino.
Quero ser um bom menino
E guardar
Este segredo comigo
E ter depois um amigo
Que faça o pino
A voar...

Miguel Torga, Diário VIII


- Que tal saber um pouco mais?

Sabes quem foi Miguel Torga?
Miguel Torga foi um poeta português, nasceu numa aldeia do norte de Portugal.Com doze anos foi viver para o Brasil mas regressou a Portugal para estudar medicina na Universidade de Coimbra. Além de médico foi um excelente poeta.
Postado por E.F.COSTA às 06:52 Nenhum comentário:
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HISTÓRIA DO SR. MAR
HISTÓRIA DO SR. MAR
Deixa contar...
Era uma vez
O senhor Mar
Com uma onda...
Com muita onda...
E depois?
E depois...
Ondinha vai...
Ondinha vem...
Ondinha vai...
Ondinha vem...
E depois...
A menina adormeceu
Nos braços da sua Mãe...

Matilde Rosa Araújo


Gostaste do poema?
Agora tenta construir um diferente que comece por:

Deixa contar...
Era uma vez
O senhor Mar

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O Cavalinho Branco
Descobre onde pertencem as palavras que estão no quadro b) e terás um bonito poema de Cecília Meireles.


O Cavalinho Branco




À tarde, o cavalinho ________
está muito _______:

mas há um pedacinho do _______
onde é sempre feriado.

o cavalo sacode a crina
loura e ______

e nas verdes ervas atira
sua branca ______

Seu relincho estremece as raízes
e ele ensina aos ________

a alegria de sentir ________
seus movimentos.

Trabalhou todo o dia, tanto!
desde a ________!

branco
cansado
campo
vida
ventos comprida
livres madrugada dourada




- Que tal saber um pouco mais?

Sabes quem foi Cecília Meireles?
Cecília Meireles foi uma poetisa brasileira nascida em 1901 na cidade de Rio de Janeiro. Escreveu a sua primeira poesia aos 9 anos e editou o primeiro livro aos 16.
Postado por E.F.COSTA às 06:49 Nenhum comentário:
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POESIAS
Neste poema faltam algumas palavras. Completa-o não esquecendo que ele deve ter sentido e alguma rima.




A casa e o seu dono
ESSA CASA É DE CACO
QUEM MORA NELA É O ________________
ESSA CASA É TÃO BONITA
QUEM MORA NELA É A _________________
ESSA CASA É DE CIMENTO
QUEM MORA NELA É O _________________
ESSA CASA É DE TELHA
QUEM MORA NELA É A _________________
ESSA CASA É DE LATA
QUEM MORA NELA É A _________________
ESSA CASA É ELEGANTE
QUEM MORA NELA É O _________________
E DESCOBRI DE REPENTE
QUE NÃO FALEI EM CASA DE GENTE.
Elias José

A casa e o seu dono
ESSA CASA É DE CACO
QUEM MORA NELA É O ________________
ESSA CASA É TÃO BONITA
QUEM MORA NELA É A _________________
ESSA CASA É DE CIMENTO
QUEM MORA NELA É O _________________
ESSA CASA É DE TELHA
QUEM MORA NELA É A _________________
ESSA CASA É DE LATA
QUEM MORA NELA É A _________________
ESSA CASA É ELEGANTE
QUEM MORA NELA É O _________________
E DESCOBRI DE REPENTE
QUE NÃO FALEI EM CASA DE GENTE.


- Que tal saber um pouco mais?

Sabes quem foi Elias José?
Elais José foi um poeta brasileiro que costumava dizer que o gosto pela leitura e pala escrita era consequência de ter lido muitos livros na infância e da sua avó lhe ter contado muitas histórias..

Queres saber mais sobre este poeta?
Sim? Então procura em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Elias_Jos%C3%A9
Postado por E.F.COSTA às 06:48 Nenhum comentário:
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quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Poema meu pai
Meu Pai

Certa vez conheci um homem.
Um homem diferente
Dos de sua época.
Evoluído.
Um homem com sua história
De felicidade e sofrimento
Um homem de sentimento!
Um homem consciente
Que se dava... Que se envolvia...
Tudo que era seu,
Naturalmente dividia...
Um homem que nasceu rico
E morreu pobre...
Um homem nobre!
Um homem sem preconceitos
Amigo de brancos e pretos
Respeitado e amado
Em qualquer classe social...
Um homem liberal!
Um dia percebi
Que no íntimo do seu ser
Guardava a nostalgia da perfeição...
Um homem de coração!
Um homem que não se deixou corroer
Pelo orgulho do poder
Um homem amigo... Leal...
Um homem total!
Um homem que não capitalizou
Em seu próprio benefício.
Até se negou a isso.
Em detrimento de outros homens
Para ele não havia
Mundo em construção
E sim ganância em evolução.
Um homem onde a justiça,
A bondade,
O amor
Transbordavam do seu interior
Com um brilho tão intenso,
Que se refletiam num espaço imenso.
Um homem que se foi
Mas deixou uma herança
Do tamanho da esperança,
O seu exemplo.

Este homem
A quem eu tanto devo
Está presente em todos
Os meus momentos.
Este homem
Que conheci tão de perto
E que partiu sem adeus,
Que me deixou tão cedo
Era simplesmente
Meu pai.
Postado por E.F.COSTA às 09:42 Nenhum comentário:
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POEMA 2 PAI
Pai...
Hoje senti uma falta de você...
Do seu jeito de ser
Do seu modo de se preocupar
Dos seus telefonemas
Do seu sorriso
Do seu olhar
Do seu silêncio
Do seu movimento
Da maneira como gesticulava
E se empolgava quando algo contava

Pai...
Me perdoa pela saudade imensa
Pela falta que você me faz
Mesmo sem falar nada
Eu entendia o que queria
O que pensava, o que emitia
E seguia, como se nada o preocupasse

Pai...
Muitas saudades sinto de você
Mas não posso reclamar
Tenho que me conter
Foram só momentos de lembrança
Que hoje eu tive de você
Talvez por me sentir mais criança
Por querer me apoiar em uma esperança
Ouvir palavras que só você sabia me dizer

Pai...
Sei que continua ao meu lado
Só não posso olhar o seu rosto
Mas vejo no seu retrato
Uma luz forte, iluminando o meu quarto
E sorrio de novo, quando olho para o seu rosto
Porque escuto você me dizendo
Que enquanto aqui, estou sofrendo
Pela sua ausência e seu carinho
Você constrói nosso novo cantinho
Para de novo, um dia...
Estar juntinho de novo, com você
Postado por E.F.COSTA

Texto com interpretação

Chapeuzinho Amarelo
Era a Chapeuzinho Amarelo. Amarelada de medo.
Tinha medo de tudo,
aquela Chapeuzinho.
Já não ria.
Em festa, não aparecia
Não subia escada nem descla.

Não estava resfriada mas tossia.

Ouvia conto de fada e estremecia.
Não brincava mais de nada, nem de amarelinha.

Tinha medo de trovão. Minhoca, pra ela, era cobra. E nunca apanhava sol
porque tinha medo da sombra.
Não ia pra fora pra não se sujar.
Não tomava sopa pra não ensopar. Não tomava banho pra não descolar.
Não falava nada pra não engasgar. Não ficava em pé com medo de cair. Então vivia parada, deitada, mas sem dormir,
com medo de pesadelo

Era a Chapeuzinho Amarelo.
E de todos os medos que tinha o medo mais que medonho
era o medo do tal do LOBO.
Um LOBO que nunca se via, que morava lá pra longe,
do outro lado da montanha, num buraco da Alemanha, cheio de teia de aranha, numa terra tão estranha,
que vai ver que o tal do LOBO nem existia.


Mesmo assim a Chapeuzinho
tinha cada vez mais medo
do medo do medo do medo de um dia encontrar um LOBO. Um LOBO que não existia.
E Chapeuzinho Amarelo, de tanto pensar no LOBO,
de tanto sonhar com o LOBO, de tanto esperar o LOBO,
um dia topou com ele
que era assim:
carão de LOBO,
olhão de LOBO,
jeitão de LOBO
e principalmente um bocão tão grande que era capaz de comer duas avós,

um caçador, rei, princesa,
sete panelas de arroz e um chapéu
de sobremesa.
Mas o engraçado é que, assim que encontrou o LOBO, a Chapeuzinho Amarelo
foi perdendo aquele medo, o medo do medo do medo
de um dia encontrar um LOBO. Foi passando aquele medo
do medo que tinha do LOBO. Foi ficando só com um pouco de medo daquele lobo.
Depois acabou o medo
e ela ficou só com o lobo.
( ... )
O lobo ficou chateado.

LO B0 LO B0 LO B0 LO B0 LO B0 LO B0 LO B0 LO B0 LO BO BO




Chico Buarque. Chapeuzinho Amarelo.
Rio de Janeiro, José Olympio, 1997.)

• Você tem algum medo parecido com o da Chapeuzinho Amarelo? Explique.
...................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................




CHAPEUZINHO AMARELO E CHAPEUZINHO VERMELHO

1- Observe as personagens que aparecem nos textos "Chapeuzinho Vermelho" e "Chapeuzinho Amarelo".

a) O que há de semelhante entre as duas histórias?




b) O que há de diferente entre eles?




2- Por que o nome da menina é Chapeuzinho Amarelo?





3- Observe o trecho abaixo:
“E de todos os medos que tinha o medo mais que medonho era o medo do tal do LOBO.”
O que significa o verso “o medo mais que medonho”?



4- Você acha que Chapeuzinho Vermelho tem tanto medo do lobo quanto Chapeuzinho Amarelo? Por quê?



5- Como Chapeuzinho Amarelo imaginava o lobo?



6- O que aconteceu com a menina depois que ela se encontrou com o lobo? O medo passou de repente?




7- Por que o lobo ficou chateado?



8- Que palavras dá para formar a partir do trecho abaixo?
LO BO LO BO LO BO LO BO LO BO
Postado por E.F.COSTA às 17:09 Nenhum comentário:
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Chapeuzinho Amarelo
Era a Chapeuzinho Amarelo. Amarelada de medo.
Tinha medo de tudo,
aquela Chapeuzinho.
Já não ria.
Em festa, não aparecia
Não subia escada nem descla.

Não estava resfriada mas tossia.

Ouvia conto de fada e estremecia.
Não brincava mais de nada, nem de amarelinha.

Tinha medo de trovão. Minhoca, pra ela, era cobra. E nunca apanhava sol
porque tinha medo da sombra.
Não ia pra fora pra não se sujar.
Não tomava sopa pra não ensopar. Não tomava banho pra não descolar.
Não falava nada pra não engasgar. Não ficava em pé com medo de cair. Então vivia parada, deitada, mas sem dormir,
com medo de pesadelo

Era a Chapeuzinho Amarelo.
E de todos os medos que tinha o medo mais que medonho
era o medo do tal do LOBO.
Um LOBO que nunca se via, que morava lá pra longe,
do outro lado da montanha, num buraco da Alemanha, cheio de teia de aranha, numa terra tão estranha,
que vai ver que o tal do LOBO nem existia.


Mesmo assim a Chapeuzinho
tinha cada vez mais medo
do medo do medo do medo de um dia encontrar um LOBO. Um LOBO que não existia.
E Chapeuzinho Amarelo, de tanto pensar no LOBO,
de tanto sonhar com o LOBO, de tanto esperar o LOBO,
um dia topou com ele
que era assim:
carão de LOBO,
olhão de LOBO,
jeitão de LOBO
e principalmente um bocão tão grande que era capaz de comer duas avós,

um caçador, rei, princesa,
sete panelas de arroz e um chapéu
de sobremesa.
Mas o engraçado é que, assim que encontrou o LOBO, a Chapeuzinho Amarelo
foi perdendo aquele medo, o medo do medo do medo
de um dia encontrar um LOBO. Foi passando aquele medo
do medo que tinha do LOBO. Foi ficando só com um pouco de medo daquele lobo.
Depois acabou o medo
e ela ficou só com o lobo.
( ... )
O lobo ficou chateado.

LO B0 LO B0 LO B0 LO B0 LO B0 LO B0 LO B0 LO B0 LO BO BO




Chico Buarque. Chapeuzinho Amarelo.
Rio de Janeiro, José Olympio, 1997.)

• Você tem algum medo parecido com o da Chapeuzinho Amarelo? Explique.
...................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................




CHAPEUZINHO AMARELO E CHAPEUZINHO VERMELHO

1- Observe as personagens que aparecem nos textos "Chapeuzinho Vermelho" e "Chapeuzinho Amarelo".

a) O que há de semelhante entre as duas histórias?




b) O que há de diferente entre eles?




2- Por que o nome da menina é Chapeuzinho Amarelo?





3- Observe o trecho abaixo:
“E de todos os medos que tinha o medo mais que medonho era o medo do tal do LOBO.”
O que significa o verso “o medo mais que medonho”?



4- Você acha que Chapeuzinho Vermelho tem tanto medo do lobo quanto Chapeuzinho Amarelo? Por quê?



5- Como Chapeuzinho Amarelo imaginava o lobo?



6- O que aconteceu com a menina depois que ela se encontrou com o lobo? O medo passou de repente?




7- Por que o lobo ficou chateado?



8- Que palavras dá para formar a partir do trecho abaixo?
LO BO LO BO LO BO LO BO LO BO
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A PRIMAVERA DA LAGARTA
A PRIMAVERA DA LAGARTA
RUTH ROCHA

Os passarinhos cantavam...
E as borboletas – quantas borboletas! – de todas as cores, de todos os tamanhos, borboleteavam pela mata.
E os caçadores procuravam pela lagarta.
____ Um, dois, um dois... feijão com arroz...
E perguntavam às borboletas que passavam:
____ Vocês viram a lagarta que morava na amoreira?
As borboletas riam, riam... iam passando e não respondiam.
Até que veio chegando uma linda borboleta:
____ Estão procurando a lagarta da amoreira?
____ Estamos, sim! Aquela horrorosa! Comilona!
E a borboleta bateu as asas e falou:
____ Pois sou eu...
____ Não é possível! Não pode ser verdade!
E a linda borboleta falou:
____ Toda lagarta tem seu dia de borboleta. É só esperar a primavera...
Dona formiga ficou muito espantada:
____ Não é possível! Só acredito vendo!
E a linda borboleta falou:
____ Venha ver. Isto acontece com todas as lagartas. Eu tenho uma irmã que está acabando de virar borboleta.
E todos correram para ver. Eles ficaram quietinhos, espiando...
E a lagarta foi se transformando... foi se transformando... até que, de dentro do casulo, nasceu uma borboleta.
Os inimigos da lagarta ficaram admirados.
____ É um milagre! – disse a formiga, envergonhada.



HISTÓRIA: A PRIMAVERA DA LAGARTA


A HISTÓRIA ACONTECE EM UMA CLAREIRA, DEBAIXO DA BANANEIRA, ONDE OS ANIMAIS ESTAVAM REUNIDOS PARA RESOLVER “UM PROBLEMÃO” SURGIDO NA FLORESTA.




1- QUEM CONVOCOU A REUNIÃO FOI A


2- OS ANIMAIS ESTAVAM MUITO AFLITOS PORQUE A LAGARTA:

( ) BEBIA DEMAIS ( ) COMIA DEMAIS ( ) DORMIA DEMAIS


3- ESCREVA O NOME DO ANIMAL QUE:

MUDAVA DE OPINIÃO A TODA HORA


VIVIA TODO ENROLADO


4- LAGARTA E LAGARTIXA SÂO:

( ) PRIMAS ( ) COINCIDÊNCIA DE NOMES


5- A FRASE: “É PRECISO TER PACIÊNCIA COM AS LAGARTAS SE QUISERMOS CONHECER AS BORBOLETAS” FOI DITO PELA:



6- A TRANSFORMAÇÃO DA LAGARTA EM BORBOLETA CHAMA-SE:




7- NA HSITÓRIA APARECE O NOME DE DUAS ÁRVORES. DESCUBRA QUE FRUTAS ELAS DÃO?


BANANEIRA


AMOREIRA
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A PRIMAVERA DA LAGARTA
A PRIMAVERA DA LAGARTA
RUTH ROCHA

Os passarinhos cantavam...
E as borboletas – quantas borboletas! – de todas as cores, de todos os tamanhos, borboleteavam pela mata.
E os caçadores procuravam pela lagarta.
____ Um, dois, um dois... feijão com arroz...
E perguntavam às borboletas que passavam:
____ Vocês viram a lagarta que morava na amoreira?
As borboletas riam, riam... iam passando e não respondiam.
Até que veio chegando uma linda borboleta:
____ Estão procurando a lagarta da amoreira?
____ Estamos, sim! Aquela horrorosa! Comilona!
E a borboleta bateu as asas e falou:
____ Pois sou eu...
____ Não é possível! Não pode ser verdade!
E a linda borboleta falou:
____ Toda lagarta tem seu dia de borboleta. É só esperar a primavera...
Dona formiga ficou muito espantada:
____ Não é possível! Só acredito vendo!
E a linda borboleta falou:
____ Venha ver. Isto acontece com todas as lagartas. Eu tenho uma irmã que está acabando de virar borboleta.
E todos correram para ver. Eles ficaram quietinhos, espiando...
E a lagarta foi se transformando... foi se transformando... até que, de dentro do casulo, nasceu uma borboleta.
Os inimigos da lagarta ficaram admirados.
____ É um milagre! – disse a formiga, envergonhada.



HISTÓRIA: A PRIMAVERA DA LAGARTA


A HISTÓRIA ACONTECE EM UMA CLAREIRA, DEBAIXO DA BANANEIRA, ONDE OS ANIMAIS ESTAVAM REUNIDOS PARA RESOLVER “UM PROBLEMÃO” SURGIDO NA FLORESTA.




1- QUEM CONVOCOU A REUNIÃO FOI A


2- OS ANIMAIS ESTAVAM MUITO AFLITOS PORQUE A LAGARTA:

( ) BEBIA DEMAIS ( ) COMIA DEMAIS ( ) DORMIA DEMAIS


3- ESCREVA O NOME DO ANIMAL QUE:

MUDAVA DE OPINIÃO A TODA HORA


VIVIA TODO ENROLADO


4- LAGARTA E LAGARTIXA SÂO:

( ) PRIMAS ( ) COINCIDÊNCIA DE NOMES


5- A FRASE: “É PRECISO TER PACIÊNCIA COM AS LAGARTAS SE QUISERMOS CONHECER AS BORBOLETAS” FOI DITO PELA:



6- A TRANSFORMAÇÃO DA LAGARTA EM BORBOLETA CHAMA-SE:




7- NA HSITÓRIA APARECE O NOME DE DUAS ÁRVORES. DESCUBRA QUE FRUTAS ELAS DÃO?


BANANEIRA


AMOREIRA
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A primavera da lagarta
A primavera da lagarta
Ruth Rocha

Grande comício na floresta! Bem no meio da clareira, debaixo da bananeira.
Dona Formiga convocou(a) a reunião:
— Isso não pode continuar!
— Não pode, não. – apoiava(b) o Camaleão.
— É um desaforo(c)! – a Formiga gritava.
— É mesmo! – o Camaleão concordava.
A Joaninha, que vinha chegando naquele instante, perguntava:
— Qual é o desaforo, hein?
— É um desaforo, o que a Lagarta faz! – dizia a Formiga.
— Come tudo que é folha! – reclamava o Louva-a-Deus.
— Não há comida que chegue! – continuava a Formiga.
A Lagartixa não concordava:
— Por isso não, que as senhoras formigas também comem...
— É isso mesmo! – apoiou o Camaleão, que vivia mudando de opinião(e).
— É muito diferente – disse a Formiga. — Depois, a Lagarta é uma preguiçosa. Vive lagarteando por aí...
— Vai ver que a Lagartixa é parente da Lagarta – disse o Camaleão, que já tinha mudado de opinião.
— Parente, não – falou a lagartixa. — É só uma coincidência(d) de nome.
— Então não se meta! – disse a Formiga.
— Abaixo a Lagarta! – disse o Gafanhoto. – Vamos acabar com ela!
— Vamos, sim! – Gritou a Libélula. — Ela é muito feia!
O senhor Caracol ainda quis fazer um discurso:
— Minhas senhoras e meus senhores, como é para o bem geral e para a felicidade nacional, em meu nome e em nome de todo mundo interessado, como diria o conselheiro Furtado, quero deixar consignado que está tudo errado...
Mas como o Caracol era muito enrolado, ninguém prestava atenção no coitado. Já estavam todos se preparando para caçar a Lagarta.
— Abaixo a feiúra! – Gritava a Aranha – como se ela fosse muito bonita
— Morra comilona! – exclamava o Louva-a-Deus – como se ele não fosse comilão também.

— Vamos acabar com a preguiçosa! – berrava a cigarra – esquecendo sua fama de boa-vida.
E lá se foram eles cantando e marchando:
— Um, dois, feijão com arroz... três , quatro feijão no prato...
Mas a primavera havia chegado. Por toda parte havia flores na floresta, até parecia festa. Os passarinhos cantavam... E as borboletas, quantas borboletas! De todas as cores, de todos os tamanhos, borboleteavam pela mata.
E os caçadores procuravam pela Lagarta.
— Um, dois, um dois, feijão com arroz... três , quatro feijão no prato...
E perguntavam às borboletas que passavam:
— Vocês viram a Lagarta que morava na amoreira? Aquela preguiçosa, comilona, horrorosa?
As borboletas riam, riam... Iam passando e nem respondiam.
Até que veio chegando uma linda Borboleta:
— Estão procurando a Lagarta da amoreira?
— Estamos, sim! Aquela horrorosa! Comilona!
E a Borboleta bateu as asas e falou:
— Pois sou eu...
— Não é possível! Não pode ser verdade! Você é linda!
E a Borboleta, sorrindo, explicou:
— Toda lagarta tem seu dia de borboleta. É só esperar pela primavera...
Dona formiga ficou espantada:
— Não é possível! Só acredito vendo!
E a borboleta falou:
— Venha ver. Isso acontece com todas as lagartas. Eu tenho uma irmã que está acabando de virar borboleta.
E todos correram para ver. E ficaram quietinhos, espiando...
E a lagarta foi se transformando... foi se transformando... Até que , de dentro do casulo, nasceu uma borboleta.
Os inimigos da Lagarta ficaram admirados.
— É um milagre! – disse a Formiga, envergonhada.
— Bem que eu falei! – disse o Camaleão, que já tinha mudado de opinião.
E a borboleta falou:
— É preciso ter paciência com as lagartas, se quisermos conhecer as borboletas!
Do CD Mil Pássaros – Palavra Cantada
Relacione de acordo com os significados:

( a ) convocou ( ) atrevimento
( b ) apoiava ( ) acaso
( c ) desaforo ( ) concordava
( d ) coincidência ( ) idéia
( e ) opinião ( ) chamou para reunião

Quem conta a história?
( ) Dona formiga ( ) Lagarta ( ) Narrador(a)

Quem é a autora do texto?
______________________________________________________

Quem é a personagem principal do texto?
______________________________________________________________________________________________________________

Por que Dona Formiga convocou um comício?
_____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Onde aconteceu a reunião dos animais?
_____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Por que o Camaleão sempre apoiava ou concordava?
_____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Por que os animais achavam que a lagartixa estava defendendo a lagarta?
_____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Dê um adjetivo para cada animal:
Borboleta ________________ Lagarta _____________________
Caracol _________________ Louva-a-Deus ________________
Escreva o nome do animal que falou cada uma das frases:
— É um desaforo, o que a Lagarta faz! _______________________
— É muito diferente. Depois, a Lagarta é uma preguiçosa. Vive lagarteando por aí... ___________________________
— Vamos acabar com a preguiçosa! ________________________
— Parente, não. É só uma coincidência de nome. ______________
____________________

Assinale ( V ) se for verdadeiro ou ( F ) se for falso:
( ) A lagarta que morava na folha da amoreira havia desaparecido.
( ) A borboleta bonita era a lagarta que eles estavam procurando.
( ) Os caçadores encontraram a lagarta na folha de outra árvore.
( ) Todos ficaram admirados com a transformação da lagarta.

Justifique sua resposta:
Você marcou verdadeiro ou falsa nesta questão? Por quê?
( ) A lagarta que morava na folha da amoreira havia desaparecido.
_____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Preencha os quadrinhos com o que se pede:
1) O sinônimo de espantada. --------------
2) O mesmo que espiando.-------------------
3) De dentro do ____________ nasceu uma borboleta
4) Tem o mesmo significado que modificando.
5) Chamou para uma reunião = ____________________


O que você achou da história? Por quê?
________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
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Grande comício na floresta! Bem no meio da clareira, debaixo da bananeira.
Dona Formiga convocou(a) a reunião:
— Isso não pode continuar!
— Não pode, não. – apoiava(b) o Camaleão.
— É um desaforo(c)! – a Formiga gritava.
— É mesmo! – o Camaleão concordava.
A Joaninha, que vinha chegando naquele instante, perguntava:
— Qual é o desaforo, hein?
— É um desaforo, o que a Lagarta faz! – dizia a Formiga.
— Come tudo que é folha! – reclamava o Louva-a-Deus.
— Não há comida que chegue! – continuava a Formiga.
A Lagartixa não concordava:
— Por isso não, que as senhoras formigas também comem...
— É isso mesmo! – apoiou o Camaleão, que vivia mudando de opinião(e).
— É muito diferente – disse a Formiga. — Depois, a Lagarta é uma preguiçosa. Vive lagarteando por aí...
— Vai ver que a Lagartixa é parente da Lagarta – disse o Camaleão, que já tinha mudado de opinião.
— Parente, não – falou a lagartixa. — É só uma coincidência(d) de nome.
— Então não se meta! – disse a Formiga.
— Abaixo a Lagarta! – disse o Gafanhoto. – Vamos acabar com ela!
— Vamos, sim! – Gritou a Libélula. — Ela é muito feia!
O senhor Caracol ainda quis fazer um discurso:
— Minhas senhoras e meus senhores, como é para o bem geral e para a felicidade nacional, em meu nome e em nome de todo mundo interessado, como diria o conselheiro Furtado, quero deixar consignado que está tudo errado...
Mas como o Caracol era muito enrolado, ninguém prestava atenção no coitado. Já estavam todos se preparando para caçar a Lagarta.
— Abaixo a feiúra! – Gritava a Aranha – como se ela fosse muito bonita
— Morra comilona! – exclamava o Louva-a-Deus – como se ele não fosse comilão também.

— Vamos acabar com a preguiçosa! – berrava a cigarra – esquecendo sua fama de boa-vida.
E lá se foram eles cantando e marchando:
— Um, dois, feijão com arroz... três , quatro feijão no prato...
Mas a primavera havia chegado. Por toda parte havia flores na floresta, até parecia festa. Os passarinhos cantavam... E as borboletas, quantas borboletas! De todas as cores, de todos os tamanhos, borboleteavam pela mata.
E os caçadores procuravam pela Lagarta.
— Um, dois, um dois, feijão com arroz... três , quatro feijão no prato...
E perguntavam às borboletas que passavam:
— Vocês viram a Lagarta que morava na amoreira? Aquela preguiçosa, comilona, horrorosa?
As borboletas riam, riam... Iam passando e nem respondiam.
Até que veio chegando uma linda Borboleta:
— Estão procurando a Lagarta da amoreira?
— Estamos, sim! Aquela horrorosa! Comilona!
E a Borboleta bateu as asas e falou:
— Pois sou eu...
— Não é possível! Não pode ser verdade! Você é linda!
E a Borboleta, sorrindo, explicou:
— Toda lagarta tem seu dia de borboleta. É só esperar pela primavera...
Dona formiga ficou espantada:
— Não é possível! Só acredito vendo!
E a borboleta falou:
— Venha ver. Isso acontece com todas as lagartas. Eu tenho uma irmã que está acabando de virar borboleta.
E todos correram para ver. E ficaram quietinhos, espiando...
E a lagarta foi se transformando... foi se transformando... Até que , de dentro do casulo, nasceu uma borboleta.
Os inimigos da Lagarta ficaram admirados.
— É um milagre! – disse a Formiga, envergonhada.
— Bem que eu falei! – disse o Camaleão, que já tinha mudado de opinião.
E a borboleta falou:
— É preciso ter paciência com as lagartas, se quisermos conhecer as borboletas!
Do CD Mil Pássaros – Palavra Cantada
Relacione de acordo com os significados:

( a ) convocou ( ) atrevimento
( b ) apoiava ( ) acaso
( c ) desaforo ( ) concordava
( d ) coincidência ( ) idéia
( e ) opinião ( ) chamou para reunião

Quem conta a história?
( ) Dona formiga ( ) Lagarta ( ) Narrador(a)

Quem é a autora do texto?
______________________________________________________

Quem é a personagem principal do texto?
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Por que Dona Formiga convocou um comício?
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Onde aconteceu a reunião dos animais?
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Por que o Camaleão sempre apoiava ou concordava?
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Por que os animais achavam que a lagartixa estava defendendo a lagarta?
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Dê um adjetivo para cada animal:
Borboleta ________________ Lagarta _____________________
Caracol _________________ Louva-a-Deus ________________
Escreva o nome do animal que falou cada uma das frases:
— É um desaforo, o que a Lagarta faz! _______________________
— É muito diferente. Depois, a Lagarta é uma preguiçosa. Vive lagarteando por aí... ___________________________
— Vamos acabar com a preguiçosa! ________________________
— Parente, não. É só uma coincidência de nome. ______________
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Assinale ( V ) se for verdadeiro ou ( F ) se for falso:
( ) A lagarta que morava na folha da amoreira havia desaparecido.
( ) A borboleta bonita era a lagarta que eles estavam procurando.
( ) Os caçadores encontraram a lagarta na folha de outra árvore.
( ) Todos ficaram admirados com a transformação da lagarta.

Justifique sua resposta:
Você marcou verdadeiro ou falsa nesta questão? Por quê?
( ) A lagarta que morava na folha da amoreira havia desaparecido.
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Preencha os quadrinhos com o que se pede:
1) O sinônimo de espantada. --------------
2) O mesmo que espiando.-------------------
3) De dentro do ____________ nasceu uma borboleta
4) Tem o mesmo significado que modificando.
5) Chamou para uma reunião = ____________________


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Dona Formiga convocou a reunião:
— Isso não pode continuar!
— Não pode, não. – apoiava o Camaleão.
— É um desaforo! – a Formiga gritava.
— É mesmo! – o camaleão concordava.
A Joaninha, que vinha chegando naquele instante, perguntava:
— Qual é o desaforo, hein?
— É um desaforo, o que a Lagarta faz! – dizia a Formiga.
— Come tudo que é folha! – reclamava o Louva-a-Deus.
— Não há comida que chegue! – continuava a Formiga.
A Lagartixa não concordava:
— Por isso não, que as senhoras formigas também comem...
— É isso mesmo! – apoiou o Camaleão, que vivia mudando de opinião.
— É muito diferente – disse a Formiga. — Depois, a Lagarta é uma preguiçosa. Vive lagarteando por aí...
— Vai ver que a Lagartixa é parente da Lagarta – disse o Camaleão, que já tinha mudado de opinião.
— Parente, não – falou a lagartixa. — É só uma coincidência de nome.
— Então não se meta! – disse a Formiga.
— Abaixo a Lagarta! – disse o Gafanhoto. – Vamos acabar com ela!
— Vamos, sim! – Gritou a Libélula. — Ela é muito feia!
O senhor Caracol ainda quis fazer um discurso:
— Minhas senhoras e meus senhores, como é para o bem geral e para a felicidade nacional, em meu nome e em nome de todo mundo interessado, como diria o conselheiro Furtado, quero deixar consignado que está tudo errado...
Mas como o Caracol era muito enrolado, ninguém prestava atenção no coitado. Já estavam todos se preparando para caçar a Lagarta.
— Abaixo a feiúra! – Gritava a Aranha – como se ela fosse muito bonita
— Morra comilona! – exclamava o Louva-a-Deus – como se ele não fosse comilão também.
— Vamos acabar com a preguiçosa! – berrava a cigarra – esquecendo sua fama de boa-vida.
E lá se foram eles cantando e marchando:
— Um, dois, feijão com arroz... três , quatro feijão no prato...
Mas a primavera havia chegado. Por toda parte havia flores na floresta, até parecia festa. Os passarinhos cantavam... E as borboletas, quantas borboletas! De todas as cores, de todos os tamanhos, borboleteavam pela mata.
E os caçadores procuravam pela Lagarta.
— Um, dois, um dois, feijão com arroz... três , quatro feijão no prato...
E perguntavam às borboletas que passavam:
— Vocês viram a Lagarta que morava na amoreira? Aquela preguiçosa, comilona, horrorosa?
As borboletas riam, riam... Iam passando e nem respondiam.
Até que veio chegando uma linda Borboleta:
— Estão procurando a Lagarta da amoreira?
— Estamos, sim! Aquela horrorosa! Comilona!
E a Borboleta bateu as asas e falou:
— Pois sou eu...
— Não é possível! Não pode ser verdade! Você é linda!
E a Borboleta, sorrindo, explicou:
— Toda lagarta tem seu dia de borboleta. É só esperar pela primavera...
Dona formiga ficou espantada:
— Não é possível! Só acredito vendo!
E a borboleta falou:
— Venha ver. Isso acontece com todas as lagartas. Eu tenho uma irmã que está acabando de virar borboleta.
E todos correram para ver. E ficaram quietinhos, espiando...
E a lagarta foi se transformando... foi se transformando... Até que , de dentro do casulo, nasceu uma borboleta.
Os inimigos da Lagarta ficaram admirados.
— É um milagre! – disse a Formiga, envergonhada.
— Bem que eu falei! – disse o Camaleão, que já tinha mudado de opinião.
E a borboleta falou:
— É preciso ter paciência com as lagartas, se quisermos conhecer as borboletas!
Do CD Mil Pássaros – Palavra Cantada

Relacione de acordo com os significados:

( a ) convocou ( ) atrevimento
( b ) apoiava ( ) acaso
( c ) desaforo ( ) concordava
( d ) coincidência ( ) idéia
( e ) opinião ( ) chamou para reunião

Quem conta a história?
( ) Dona formiga ( ) Lagarta ( ) Narrador(a)

Quem é a autora do texto?
______________________________________________________

Quem é a personagem principal do texto?
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Por que Dona Formiga convocou um comício?
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Onde aconteceu a reunião dos animais?
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Por que o Camaleão sempre apoiava ou concordava?
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Por que os animais achavam que a lagartixa estava defendendo a lagarta?
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