"A educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo. (Nelson Mandela) "

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

50 DICAS PARA PROFESSORES COMEÇAREM BEM O ANO LETIVO


Beatriz Santomauro


Para ser um professor eficiente, não basta ter boa vontade. É preciso estudar muito e sempre, dedicar-se, planejar e pensar em diferentes estratégias e materiais para utilizar nas aulas. Para levar todos - sim, todos! - a aprender, é essencial ainda considerar as necessidades de cada um e avaliar constantemente os resultados alcançados. Apesar de complexo, esse não é um trabalho solitário: com os colegas da equipe docente, você deve formar um verdadeiro time, apoiado pelo diretor e pelo coordenador pedagógico da escola. Seu desempenho, no entanto, só será realmente bom se você conhecer o que pensam os alunos e considerar que as famílias são parceiras no processo de ensino.

Organizar bem seu tempo, planejar de acordo com as necessidades de cada aluno, promover um ambiente de cooperação... Confira essas e outras questões essenciais para o sucesso de seu trabalho na opinião de um grupo de 11 especialistas.

Confira as ações propostas por eles. A sugestão é que você perceba o que já incorporou à sua prática e o que precisa incluir no seu dia a dia para fazer com que o ano seja grandioso.



PLANEJAMENTO

1. Adapte o currículo da rede à realidade


Um plano de trabalho anual baseia-se no projeto pedagógico e nas orientações curriculares da Secretaria da Educação e deve estar de acordo com as necessidades de aprendizagem dos alunos da instituição.

2. "O trabalho em classe depende do que é feito antes e depois dele. Por isso, estude o assunto e pense nas melhores maneiras de ensiná-lo. Crie as condições para a aprendizagem."
Priscila Monteiro, coordenadora da formação em Matemática da prefeitura de São Caetano do Sul, na Grande São Paulo, e selecionadora do Prêmio Victor Civita - Educador Nota 10

3. Administre bem o horário de trabalho


Distribuir os conteúdos pelo tempo das aulas é complicado. Para determinar as atividades prioritárias, baseie-se na experiência de anos anteriores e na de colegas. Pense na quantidade de horas que você vai dedicar aos estudos, à elaboração das aulas e à correção de tarefas.

4. Antecipe as respostas dos alunos

Cada problema proposto por você provoca um efeito no grupo. Os alunos podem apresentar respostas e dúvidas variadas e seguir estratégias diversas de resolução. Antes de iniciar a aula, pense em intervenções que colaborem para todos avançarem em relação ao conteúdo tratado.


ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO

5. Selecione os recursos para cada atividade

A escolha dos livros que serão consultados pela garotada e a organização de materiais como brinquedos, calculadoras, jogos e letras móveis - enfim, de tudo o que será usado na aula - precisa ser feita com antecedência. Desse modo, todos terão à disposição os recursos mais adequados e úteis para a realização das diferentes tarefas.

6. Reorganize a sala de acordo com a tarefa

A adequação do ambiente é o primeiro passo para um trabalho produtivo. Por isso, deixe-o arrumado de forma compatível com a atividade a ser realizada. Ao encontrar o pátio com cordas e bolas ou uma sala escura para ouvir histórias de terror, todos se envolvem mais com a proposta de ação.

7. Aproveite todo o material disponível

Não deixe que computadores e materiais específicos para o ensino de Arte ou de Ciências, por exemplo, fiquem encaixotados por falta de iniciativa ou medo de que estraguem. Se isso ocorre em sua escola, procure uma formação específica para utilizar esses recursos adequadamente e compartilhe essa atitude com seus colegas.

8. Não tranque os livros no armário

Obras de diferentes gêneros que compõem o acervo da escola precisam ficar disponíveis para consulta ou leitura por prazer. Em vez de deixá-las em armários trancados, coloque-as em uma sala de fácil acesso ou na própria classe, em prateleiras ou caixas à vista. Isso incentiva o hábito da leitura e o cuidado no manuseio das publicações.


9. "Manter os trabalhos dos alunos expostos faz com que aprendam a apreciar e valorizar o que é do outro e acompanhar o que foi feito por todos."

Roberta Panico, coordenadora pedagógica do Centro de Educação e Documentação para Ação Comunitária (Cedac)


10. Peça ajuda para arrumar os espaços 

Ao terminar uma atividade, a responsabilidade por organizar a sala pode ser dividida com toda a turma. Deixar em ordem o ambiente compartilhado com colegas e professores de outras classes demonstra respeito aos demais.


11. Transgrida e mude sua prática 

Experimente novos materiais, varie o tipo de atividade e reveja estratégias constantemente. Evite induzir todos os passos dos estudantes e permita que encontrem outras formas de trabalho. Essa mudança de rumo alarga as possibilidades de aprendizagem deles.


GESTÃO DA SALA DE AULA


12. Exponha a rotina diariamente 

É essencial mostrar o que você vai ensinar, explicitando os objetivos, o conteúdo tratado, em quanto tempo isso vai se dar e como será a dinâmica. Sabendo o que têm a fazer, todos criam a expectativa correta diante da aula, se organizam melhor e se sentem mais seguros.



13. Negocie acordos com a garotada

Apenas exibir o regulamento que deve ser seguido na escola não convence crianças e jovens e, por isso, não funciona. Os famosos combinados também só são bem aceitos quando feitos coletivamente e não impostos por você de maneira disfarçada. Assim todos veem sentido nas regras e passam a adotá-las. 

14. Tenha interesse pelas ideias dos estudantes

Ao propor atividades instigantes, em que são levantadas hipóteses, conheça o pensamento de cada um. O que eles dizem sobre aquele assunto? Esse conhecimento é fundamental para conduzir a aula. Em vez de apenas corrigir erros, encaminhe o raciocínio dos alunos para que solucionem o problema.



15. "A lição de casa deve ser um momento individual de estudo, descoberta e reflexão. Seu objetivo não é, nem de longe, a repetição de exercícios que só reproduzem conteúdos vistos em classe."
Karla Emanuella Veloso Pinto, Educadora do Ano do Prêmio Victor Civita - Educador Nota 10 de 2009 e professora de Geografia do Centro Educacional NDE UFLA, em Lavras, MG


16. Enriqueça seu trabalho com as parcerias

Se sua escola tem acordos com outras instituições, utilize os recursos disponibilizados por elas da melhor forma possível. Lembre-se de que essa ajuda deve complementar ou aprimorar atividades que estejam de acordo com o projeto pedagógico da escola e com os objetivos de seu planejamento.


RESPEITO À DIVERSIDADE

17. Ao formar grupos, junte saberes diversos

Seu papel na divisão da classe para atividades em equipe é fundamental. Considere muito mais do que afinidades e reúna aqueles com conhecimentos diferentes e próximos, que têm a aprender e ensinar. Explique que todos precisam atuar juntos para trocar informações - o que é diferente de cada um fazer uma parte da tarefa e juntar tudo no fim.

18. Acompanhe quem tem mais dificuldade

Não existem turmas homogêneas. Para atender os estudantes com diferentes graus de desenvolvimento, são necessárias estratégias variadas. Pense, com antecedência, em atividades que podem ser mais adequadas e desafiadoras para aqueles que não estão no mesmo nível da maioria.

19. Considere e valorize as competências


Para que aqueles que apresentam necessidades educacionais especiais aprendam como os demais, busque ajuda na sala de recursos para fazer adaptações em relação aos materiais usados, ao tempo reservado para as tarefas, aos conteúdos ensinados e ao espaço. Assim, o foco das propostas deixa de ser a deficiência e passa a ser as possibilidades dos alunos. 


20. "Valorize sua relação com a criança que tem algum tipo de deficiência para reconhecer suas necessidades: nada substitui o vínculo e o olhar observador."
Daniela Alonso, consultora na área de inclusão e selecionadora do Prêmio Victor Civita - Educador Nota 10


21. Fique atento à experiência de todos 


Em uma sala de aula, cada um tem uma história, vem de uma família diferente e tem uma bagagem de experiências culturais. Valorize essa heterogeneidade e note que a turma não tem uma só identidade, mas é o resultado das características de cada indivíduo.

22. Crie um ambiente de aceitação

Seu papel também é garantir que se estabeleçam relações de confiança e respeito. Por isso, torne constantes as propostas que proporcionam a cooperação, a amizade, o respeito às diferenças e o cuidado com o outro. 


23. Dê o exemplo e não se omita no dia a dia


Assistir a uma situação em que ocorrem desrespeito ou preconceito sem reagir não condiz com o trabalho docente. Ao ser omisso, você passa uma mensagem à meninada. Por isso, destaque os comportamentos éticos e não deixe que outro tipo de relação faça parte da rotina da escola.


AVALIAÇÃO

24. Faça sempre o diagnóstico inicial 

Antes de ensinar um conteúdo, faça o diagnóstico. Ele é uma ferramenta rica para registrar em que nível cada um está e o que falta para que os objetivos propostos sejam alcançados. Além disso, considere essas informações até o fim do ano. Elas são úteis para a análise do percurso da garotada.

25. Diga ao aluno o que espera dele 

Os critérios de avaliação devem estar sempre claros. Só quando o estudante sabe os objetivos de cada atividade e o que você espera, ele passa a se responsabilizar pelo próprio aprendizado. Essa prática é ainda mais importante do 6º ao 9º ano, quando há vários professores e é preciso coordenar diferentes maneiras de trabalho.

26. Documente os trabalhos significativos

Registrar as atividades e guardar as produções mais relevantes é importante para analisar o percurso de cada um e o que foi vivido em sala. Esse material é útil tanto para você orientar as próximas intervenções como para os pais e futuros professores conhecerem a vida escolar de cada estudante.

27. Avalie o potencial de aprendizagem 

Ao desafiar os jovens com questões sobre o que ainda não foi visto em sala, você analisa o percurso que estão construindo e a relação que fazem entre o conhecimento adquirido e informações novas.
28. Compartilhe os erros e os acertos 

O principal objetivo das avaliações não deve ser atender à burocracia, ou seja, determinar as notas a ser enviadas à secretaria. A função delas é mostrar a você e à meninada o que foi aprendido e o que ainda falta. Por isso, compartilhe os resultados pontuando os erros e mostrando como podem ser revistos.


29. "Na hora de avaliar, note três aspectos: o avanço de todo o grupo, as mudanças de cada estudante e o aprendizado dele em relação à turma."
Lino de Macedo, professor do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (USP)

30. Use a avaliação para mudar o rumo 

Propostos durante todo o ano, provas, seminários, relatórios e debates mostram o que a garotada aprendeu ao longo do processo. Essas ferramentas só são úteis quando servem para você redirecionar a prática e oferecer pistas sobre novas estratégias ou como trabalhar conteúdos de ensino. 

31. Reflita sobre sua atuação para melhorar 

A autoavaliação é preciosa para ajudar a perceber fragilidades. Todos os dias, ocorrem situações que permitem repensar o trabalho em sala e o contato estabelecido com a equipe e a família dos alunos. Coloque essas práticas em xeque: alcancei os objetivos? Consegui ensinar os conteúdos previstos? Em que preciso melhorar? Tendo isso claro, fica mais fácil buscar alternativas.



RELAÇÃO COM A COMUNIDADE

32. Paute as reuniões com os pais

Os assuntos tratados em cada encontro devem ser determinados de acordo com o que está sendo desenvolvido naquele momento com os alunos. Liste o que é relevante para os pais saberem e agende a reunião em um horário compatível com a rotina dos pais.

33. Faça parcerias com os responsáveis


A reunião de pais não é o momento de críticas, mas de favorecer a participação e a parceria deles com você. Para isso, diga como a escola vê o processo de aprendizagem e mostre a produção dos alunos.

34. Informe-se sobre os familiares

Durante as reuniões, peça que os pais se apresentem e digam o que fazem. Anote tudo. Essas informações são valiosas para conhecer as profissões deles e pensar de que forma podem colaborar no desenvolvimento dos projetos didáticos. 


35. "Muitos pais não se manifestam nas reuniões porque não sabem quais são os objetivos da escola. Quando o professor apresenta informações como essas, a participação aumenta."

Ana Amélia Inoue, coordenadora do Instituto Pedagógico Acaia, em São Paulo, SP, e selecionadora do Prêmio Victor Civita - Educador Nota 10
36. Resolva as questões recorrentes


As reclamações citadas com frequência pelos pais devem, sempre que possível, ser levadas em conta para que sejam solucionadas rapidamente. Dar atenção às falas legitima a participação deles.

37. Olhe para o entorno e participe 


Levando em conta as características e as necessidades da comunidade em que está inserida a escola, proponha maneiras de organizar ações com o objetivo de alcançar o bem-estar comum e participe dos movimentos realizados pelos moradores, como o plantio de árvores no jardim e a reivindicação de segurança em relação ao trânsito local.




TRABALHO EM EQUIPE

38. Planeje com a ajuda dos colegas 


Uma aula só é boa se é bem preparada. Aproveite o horário de trabalho pedagógico coletivo para isso. Você pode compartilhar ideias, articular conteúdos e planejar projetos em conjunto, medidas indispensáveis para construir uma escola de qualidade.

39. Recorra ao coordenador pedagógico 


Para pensar as avaliações, dar ideias sobre materiais de uso em sala ou como trabalhar determinado conteúdo, o coordenador pedagógico é um belo parceiro. Convide-o a observar as aulas e indicar atividades e formas de aprimorar sua relação com o grupo.

40. Discuta sobre o ensino e a aprendizagem


Ao trocar ideias com outros professores, dê menos ênfase às questões de comportamento dos estudantes e mais às relativas à aprendizagem. Comente sobre o processo de cada aluno e questione se eles têm desempenho semelhante ao apresentado em suas aulas.


41. Priorize as relações profissionais 


Uma boa convivência entre os colegas de trabalho deve ser pautada pelo conhecimento, pela colaboração e pela cooperação. É assim que se constrói um ambiente de troca de experiências profissionais. Não crie muitas expectativas: fazer amigos na escola é lucro. 

42. "Tanto professores mais experientes como profissionais mais jovens podem ser seus parceiros. Respeite as opiniões deles."
Marlene de Lima Ferreira, coordenadora do Programa Escola que Vale, em Paragominas, a 323 quilômetros de Belém



FORMAÇÃO

43. Identifique e supere suas dificuldades 


O primeiro passo para buscar mudanças é determinar suas falhas. Invista no que pode ser aperfeiçoado: peça ajuda à equipe pedagógica, que pode indicar livros, busque na internet orientações para suas dúvidas e converse com os professores para se aprofundar em determinados temas.

44. Mostre seu trabalho em outros lugares


Depois de organizar suas produções, compartilhe-as com os colegas. Conte a eles o desempenho das classes e o resultado das atividades. Para dar mais  visibilidade e prestígio à sua carreira, amplie essa divulgação para a rede e inscreva-se em prêmios e congressos.

45. Aprenda com a prática dos outros 


Os cursos de formação são os momentos mais ricos para conhecer educadores. As experiências trazidas por eles podem enriquecer seu repertório, ajudando a lidar com diferentes situações. Com a mediação dos docentes que ministram as aulas, você pode refletir sobre casos reais. 

46. Continue os estudos para crescer sempre 


Faz parte do trabalho docente pesquisar e ficar em dia com o que há de novo na área. Veja os programas disponíveis no Ministério da Educação (MEC) e na sua rede de ensino. Antes de se inscrever em cursos online, verifique qual a metodologia e o material didático adotados.

47. Use a tecnologia para ensinar

Muitos jovens devem ter melhor domínio do computador do que você. Se eles sabem usar a máquina, sua contribuição deve ser mostrar como ela pode ajudar a aprender os conteúdos. Procure capacitação para incorporar recursos que aprimorem o ensino da disciplina que você leciona.

48. Assista a palestras sobre sua área 


Para conhecer resultados de uma nova pesquisa, se aprofundar em algum assunto e ampliar um saber, assistir a palestras é uma boa opção. Por ser uma atividade passiva, ela não substitui a formação em que há a troca de experiências entre profissionais.


49. "O professor é alguém inspirador, seguido pelos alunos. Por isso, seja uma pessoa melhor ao diversificar seus interesses e conhecimentos e observar o mundo."
Ana Cláudia Rocha, diretora do Centro de Formação de Professores de São Caetano do Sul, SP

50. Procure planejar seu futuro 

Quer trocar de área e de escola, cursar outra faculdade ou uma pós-graduação? Faça uma ampla pesquisa para acertar nas mudanças, alavancar sua carreira e se tornar um professor melhor.




Fonte: http://revistaescola.abril.com.br/formacao/formacao-co

NOVA E RADICAL TEORIA AFIRMA QUE OS "AUTISTAS SÃO CHEIOS DE EMOÇÃO"

Um estudo inovador sugere que pessoas com "Transtorno do Espectro Autista" não sofrem de falta de empatia – ao contrário, elas sentem as emoções dos outros de forma mais intensa do que conseguem processar


Pessoas com Síndrome de Asperger, uma forma de autismo de alto funcionamento, são frequentemente estereotipadas como solitárias distantes ou greeks robóticos.
Mas e se o que parece frieza para o mundo exterior for, de fato, uma resposta à sobrecarga de emoções – um excesso de empatia, e não a falta?
Essa ideia faz sentido para muitas pessoas autistas e suas famílias. Ela também está em acordo com a nova teoria sobre a natureza do autismo chamada de “teoria do mundo intenso”.
O que foi postulado por Henry e Kamila Markram, do Instituto Suíço de Tecnologia em Lausanne, sugere que o problema fundamental nos transtornos do espectro autista não é uma deficiência social, mas uma hipersensibilidade à experiência, o que inclui uma resposta avassaladora ao medo.
“Eu posso andar por um ambiente e sentir o que todo mundo está sentindo. O problema é que tudo isso vem mais rápido do que eu consigo processar”.
“Há aqueles que dizem que pessoas autistas não sentem o suficiente”, diz Kamila Markram. “Nós estamos dizendo exatamente o contrário: elas sentem demais.” 
Praticamente todas as pessoas com TEA apresentam vários tipos de excesso de sensibilidade e medo intenso.
Os Markrams argumentam que as dificuldades sociais dos autistas derivam da tentativa de tentar lidar com um mundo onde alguém ligou o volume de todos os sentidos e sentimentos pra lá do 10. Se ouvir as vozes dos seus pais, quando você estava no berço, parecesse com ouvir heavy metal no último volume, você, também, provavelmente preferiria se encolher num cantinho e balançar.
Mas naturalmente que esse tipo de escape e comportamento alto-acalmador — movimentos repetitivos, repetição de palavras ou ações e a dificuldade em fazer contato visual —interfere no desenvolvimento social normal.
Sem as experiências que as outras crianças adquirem através das interações sociais normais,crianças autistas podem nunca aprender a entender sinais sutis.
Phil Schwarz, um engenheiro de software de Massachusetts, é vice presidente da Associação dos Aspergers de New England e tem um filho no espectro.
“Eu acredito que é uma visão estereotipada ou enganosa pensar que as pessoas autistas não têm empatia” ele diz. Schwarz ressalta que o autismo não é uma condição unitária — “se você viu um Aspie, você viu um Aspie,” ele diz, usando o termo coloquial. Mas ele completa, “Eu acredito que a maioria dos autistas sentem empatia emocional e se preocupam com o bem estar dos outros profundamente.”
Então, por que tantas pessoas veem a falta de empatia como característica definidora do TEA? O problema começa com a complexidade da empatia em si, que tem, no mínimo, duas partes críticas: a primeira é simplesmente conseguir ver o mundo da perspectiva de outra pessoa. A segunda é mais emocional  a habilidade de imaginar o que outro está sentindo e se preocupar com a sua dor como um resultado.
O fato de que as crianças autistas tendem a desenvolver a primeira parte da empatia—conhecida como “Teoria da Mente” — mais tarde que outras crianças foi descoberto em um experimento clássico. 
Pediam às crianças para observar dois bonecos, Sally e Anne. Sally pegava uma bolinha e a colocava numa cesta, depois saía de cena. Enquanto ela estava fora, Anne tirava a bolinha da cesta e colocava numa caixa. Perguntavam às crianças: Onde a Sally vai procurar primeiro pela sua bolinha quando ela voltar?
Crianças típicas de quatro anos sabiam que a Sally não viu a Anne mover a bolinha de lugar, então elas acertavam. Aos 10 ou 11 anos, crianças com retardo mental com o QI equivalente ao de crianças de 3 anos também acertavam. Mas 80% das crianças entre 10 e 11 anos com autismo acreditavam que a Sally ia procurar na caixa, porque elas sabiam que é onde a bolinha estava e não percebiam que outras pessoas não compartilhavam de todo o seu conhecimento.
As crianças autistas demoram bem mais que as outras a perceber que as outras pessoas têm diferentes experiências e perspectivas — e o tempo de desenvolvimento dessa percepção varia muito. Claro que, se você não percebe que os outros estão vendo e sentindo coisas diferentes, você pode muito bem agir como se se preocupasse menos com eles.
Mas isso não significa que, uma vez que as pessoas autistas se conscientizam das experiências das outras pessoas, elas não ligam ou não querem se conectar. Schwarz diz que todos os autistas adultos que ele conhece acima dos 18 anos demostram ter uma noção maior do que os outros sabem do que o teste de Sally/Anne sugere.
Schwarz nota que pessoas típicas, também,  — mas a maioria delas passa batido porque, se elas assumem que a cabeça das outras pessoas funciona mais ou menos como a sua, elas têm uma chance muito maior de estarem certas.
Assim, quando, por exemplo, uma criança Asperger fala incessantemente sobre seus intensos interesses, ela não está deliberadamente dominando a conversa, mas está falhando em considerar que pode haver uma diferença entre seus interesses e os de seus colegas.
Em termos do aspecto de “se preocupar com o outro” da empatia, uma discussão muito viva, que pareceu dar suporte à teoria de Markrams, aconteceu no website WrongPlanet.net, para pessoas com TEA, depois que uma mãe escreveu uma carta perguntando se a sua filha empática – mas muito imatura  socialmente – poderia ser Asperger.
“Se tem uma coisa com a qual eu luto é por ter excesso de empatia” uma pessoa comentou. “Se alguém está chateado, eu fico chateada. Houve vezes na escola em que outras pessoas estavam se comportando mal e, se a professora as repreendesse, eu sentia como se ela estivesse repreendendo a mim.”
Outra disse, “Eu sou totalmente perdida no que diz respeito a pistas sociais sutis, mas sou *muito* empática. Eu posso entrar num ambiente e sentir o que todo mundo está sentindo, e eu acho que isso é bem comum em TEA. O problema é que isso tudo vem mais rápido do que eu consigo processar.”
Estudos mostraram que, quando as pessoas estão sobrecarregadas por sentimentos de empatia, elas tendem a se retrair. Quando a dor de alguém te afeta profundamente, pode ser mais fácil se retirar do que se aproximar. Para pessoas autistas, esses sentimentos de empatia podem ser tão intensos que elas se retiram ou afastam de uma forma que parece fria e desapegada.
“Essas crianças são realmente cheias de emoção, elas querem interagir, é simplesmente difícil para elas,” diz Markram, “É bem triste, porque essas são pessoas realmente capazes, mas o mundo é simplesmente muito intenso, então elas têm que se recolher.”

Fonte: http://www.thedailybeast.com/articles/2009/05/11/a-radical-new-autism-theory.html


ESCOLA QUE SE RECUSAR A MATRICULAR AUTISTA SERÁ PUNIDA

Instituições estarão sujeitas a multa e gestores podem perder o cargo em caso de reincidência, segundo nova lei


Gestores de escolas que se recusarem a matricular alunos com transtorno de espectro autista serão punidos com multa e, em caso de reincidência, poderão perder o cargo. A regra integra aPolítica de Proteção dos Direitos de Pessoa com Transtorno do Espectro Autista, sancionada semana passada pela presidenta Dilma Rousseff.
"A lei representa um passo importante, mas, agora, tem de ser colocada em prática", afirmou a presidente da Associação Brasileira de Autismo, Marisa Furia Silva. O texto prevê a participação da sociedade em todas as etapas da política: desde a implantação até o controle da execução das ações.
Para Marisa, um dos maiores avanços do texto é deixar claro que o autista deve ser considerado como deficiente. "Até hoje, pessoas com transtorno estavam à margem do sistema de atenção", avaliou. Ela conta que em muitos casos havia dúvida se o tratamento deveria ser feito na área de saúde mental, se o autista deveria ter assegurada todas as garantias previstas na política de pessoas deficientes. "Isso agora está resolvido." O mesmo ocorre com o acesso à educação. "Como todo cidadão, o autista deveria ter assegurado todo atendimento e assistência. Mas isso, muitas vezes, ficava apenas no papel: incluindo as vagas nas escolas."
A lei assegura a participação da comunidade na elaboração e controle da política. As ações deverão ser feitas de forma intersetorial. "A ideia é criar estratégias dentro de várias áreas: saúde, educação, previdência", completa a presidente da associação.
A lei foi batizada de Berenice Piana, em homenagem à autora do projeto apresentado no Congresso, também mãe de autista. A ideia é assegurar, com a norma, acesso a ações e serviços de saúde, educação, ensino profissionalizante, à moradia, ao mercado de trabalho e à previdência e assistência social.
Marisa considera essencial garantir o diagnóstico precoce da doença. "Há ainda muito o que se melhorar", avalia. Ela observa, no entanto, que quanto melhor a qualidade da assistência, menor o gasto, tanto do governo quanto das famílias de autistas.
Outro ponto importante, completa, é a formulação de um sistema de tratamento para pacientes em todas as fases da vida: desde a infância até a terceira idade. "Quem vai cuidar do idoso autista? Os pais morrem, os irmãos possivelmente também já estarão na terceira idade."Ações para crianças, para estudantes, jovens e idosos".
De acordo com o governo, para cumprimento das diretrizes de saúde, educação e ensino profissionalizante, o poder público poderá firmar contrato de direito público ou convênio com pessoas jurídicas de direito privado.

Fonte: http://ultimosegundo.ig.com.br/educacao/2013-01-03/escola-que-se-recusar-a-matricular-autista-sera-punida.html

    egunda-feira, 4 de novembro de 2013

    ZIRALDO CRIA CARTILHA PARA EXPLICAR O AUTISMO

    VEJA A CARTILHA ILUSTRADA

    "AUTISMO UMA REALIDADE"

     
    QUE O CARTONISTA ZIRALDO ELABOROU PARA AS ESCOLAS COM O OBJETIVO DEESCLARECER AOS ALUNOS E PROFESSORES,
     O PASSO A PASSO DO DESENVOLVIMENTO DAS CRIANÇAS PORTADORAS DO 
    ESPECTO AUTISTA.














    SUGESTÃO DE DINÂMICAS PARA O PROFESSOR USAR COM OS ALUNOS



    O primeiro dia de aula é fundamental para o entrosamento entre aluno e professor, seja de qualquer nível, ensino fundamental, ensino médio ou ensino superior, da rede pública ou privada, o relacionamento entre professor e aluno está diretamente relacionado com o aproveitamento e aprendizado da turma.

    Dinâmicas para o primeiro dia de aula
     vem se tornando quase que rotina nas escolas, pois, os educadores podem comprovar sua eficiência na apresentação da classe como do professor.


    Dinâmicas para Início das Aulas,
     para o iníco do ano letivo, 
    dinâmicas para o primeiro dia de aula,
     tudo o que o professor ou educador precisa saber para integrar e apresentar aos seus alunos e iniciar um excelente trabalho com a classe.



    A seguir, sugestões de atividades educativas para professores no início do ano letivo e dinâmicas de grupo para o início das aulas em grande estilo. Veja:




    Dinâmica para o Primeiro dia de Aula


    "Tudo sobre mim"


    Objetivos dessa dinâmica para primeiro dia de aulas é conhecer o participante, promover o auto-conhecimento e conhecimento do outro além de promover o relacionamento interpessoal e a autoconfiança.
    .
    Materiais: Uma folha contendo o formulário abaixo: 

    a. O que eu mais gosto de fazer?

    b. O que menos gosto de fazer?

    c. Uma qualidade minha é:

    d. Um defeito meu é:


    e. Pretendo chegar a ser:


    Procedimento: Cada participante receberá uma folha contendo o "formulário".

    Os participantes terão 15 minutos para responder.

    Depois dos 15 minutos cada um se apresentará ao grupo, lendo o que escreveu.

    Dica: Promover um ambiente agradável e descontraído para que todos possam se apresentar.

    Observar se o participante tem um bom auto-conhecimento, como reage as respostas de seus colegas.


    Dinâmicas para Inicio das aulas do Ensino Fundamental



    O Comprimento

    O objetivo dessa dinâmica para o ensino fundamental é desenvolver a noção de estimativa, equivalência e medida por meio de comparações.



    dinâmica desse exercício estimula o raciocínio e a percepção das crianças em relação às medidas-padrão.


    Tempo: 1 aula. Grupo: crianças a partir de cinco anos. 

    Local: sala de aula ou uma sala grande.

    Material: Esta é uma brincadeira que basta usar o material dos próprios alunos para começar a brincar: caneta, uma borracha, um livro, ou até o próprio palmo das crianças, uma régua, uma trena ou uma fita métrica.

    Desenvolvimento: Para começar a brincadeira, divida a turma em quatro grupos. Escolha para cada um deles um objeto que deve substituir a régua como unidade de medida.

    Esse objeto pode ser uma caneta, uma borracha, um livro, ou até o próprio palmo das crianças.

    Em seguida, defina os objetos que cada grupo deve medir - por exemplo, a carteira, a porta, a lousa ou a altura da parede onde começa a janela.

    Antes que a turma comece a realizar as medições, estimule as crianças a fazer estimativas: quantas borrachas elas acham que seriam necessárias para determinar o comprimento da mesa? 

    E a largura?

    Como seriam os resultados se, em vez desses objetos, a classe usasse um livro e um caderno para fazer as medidas?


     E assim por diante.


    Dinâmicas para Memorização de Nomes




    As dinâmicas de integração para o primeiro dia de aula têm como objetivo que os participantes se apresentem, que memorizem os respectivos nomes, que iniciem um relacionamento amistoso e que se desfaçam as inibições que falem de suas expectativas para o início do ano letivo ou do curso.


    O professor ou educador começa com a apresentação e depois pede que os alunos se apresentem da seguinte maneira:


    DINÂMICA 1 - Eu sou... e você, quem é?

    Formar uma roda, tomando o cuidado de verificar se todas as pessoas estão sendo vistas pelos demais colegas.

    Combinar com o grupo para que lado a roda irá girar.


    O educador inicia a atividade se apresentando e passa para outro. Por exemplo: "Eu sou João, e você, quem é?" "Eu sou Márcia, e você, quem é?" "Eu sou Lívia, e você quem é"?


    A dinâmica de integração pode ser feita com o grupo de alunos ou estudantes sentados sem a roda girar.



    DINÂMICA 2 - Apresentarte:


    Material Necessário: Objetos diversos (xale, óculos, chapéu, colares etc.)


    Propor aos participantes apresentarem-se, individualmente, de forma criativa.


    Deverá ser oferecido todo tipo de objetos para que eles possam criar dentro da vontade de cada um.



    DINÂMICA 3 - Alô, alô!


    Formar uma grande roda com todos os participantes e pedir que cada um se apresente de forma cantada com a seguinte frase: "Sou eu fulano, que vim para ficar; sou eu, fulano, que vim participar." É importante que cada um fale o seu nome, pois este simples exercício trabalha a auto estima.



    DINÂMICA 4 - Procurando um coração...


    Material Necessário: Corações de cartolina cortados em duas partes de forma que uma delas se encaixe na outra. Cada coração só poderá encaixar em uma única metade.


    Distribuir os corações já divididos de forma aleatória. Informar que ao ouvirem uma música caminharão pela sala em busca de seu par. Quando todos encontrarem seus pares, o educador irá parar a música e orientar para que os participantes conversem.



    DINÂMICA 5 - Abraçando amigos


    Formar uma grande roda. Colocar bem baixinho uma música agradável.
    Informar que o grupo deverá estar atento à ordem dada para executá-la atentamente.

    Exemplo: "Abraço de três" e todos começam a se abraçar em grupo de três; "abraço de cinco", "abraço de um", "abraço de todo mundo".


    É importante que o educador esteja atento para que todos participem.



    DINÂMICA 6 - Quando estiver...


    Com o grupo em círculo, o primeiro a participar começa com uma frase.

    Exemplo: "Durante minhas férias irei para a praia..". O segundo continua: "Quando estiver na praia farei um passeio de barco". O seguinte dirá: "Quando estiver no barco, irei..."



    DINÂMICA 7 - Apresentação


    Propor a criação coletiva de uma história incluindo o nome de todos os participantes do grupo. Durante a narrativa, quando o nome de um participante for pronunciado, ele deve levantar-se, fazer um gesto e sentar-se de novo.


    Adivinhe quem é?


    UMA MENSAGEM: 




    "O aluno é como uma pequena semente que deve ser plantada e cuidada para germinar e dar bons frutos.
     O professor é como o agricultor que vê na semente a esperança que proverá as necessidades da sociedade."
     (Luis Alves)




    Feliz volta as aulas!



    Extraido de http://esoterikha.com/coaching-pnl/dinamicas-de-integracao-para-primeiro-dia-de-aula-memorizacao-