"A educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo. (Nelson Mandela) "

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

inta-feira, 5 de janeiro de 2012

PLANEJAMENTO ANUAL - 1º ANO





PLANEJAMENTO ANUAL - 1º ANO


OBJETIVOS GERAIS:


Conduzir e orientar o educando para que, até o final do Estágio 3, atinja os seguintes objetivos:

- Letramento (através do trabalho com os quatro papéis lingüísticos: ler, escrever, ouvir e falar)
- Prazer pela leitura através do contato com textos de diferentes portadores
- Desenvolvimento do vocabulário e seu uso em atividades orais e escritas; percebendo, valorizando e identificando as funções sociais da língua. 
- Aquisição da base alfabética (silabação simples)
- Desenvolvimento do raciocínio lógico-matemático e construção do conceito de número
- Consciência de seu papel de estudante e de agente transformador do meio ambiente
- Desenvolvimento de uma imagem positiva de si, da autonomia e da responsabilidade por seus atos, respeitando o próximo, adquirindo confiança em suas capacidades e percepção de suas limitações.
- Situar-se no espaço/tempo através de interação física e social
- Descobrir e conhecer progressivamente seu próprio corpo, suas potencialidades e seus limites, desenvolvendo e valorizando hábitos de cuidado com a própria saúde e bem-estar.
- Estabelecer vínculos afetivos de trocas com adultos e crianças fortalecendo sua auto-estima e ampliando gradativamente suas possibilidades de comunicação e interação social, aprendendo aos poucos a articular seus interesses e pontos de vista com os demais, respeitando a diversidade e desenvolvendo atitudes de ajuda e colaboração. 
- Brincar, expressando emoções, sentimentos, pensamentos, desejos e necessidades.
- Conhecer algumas manifestações culturais, demonstrando atitudes de interesse, respeito e participação frente a elas e valorizando a diversidade.
- Observar e explorar o ambiente com atitude de curiosidade, percebendo-se cada vez mais como integrante, 
dependente e agente transformador do meio ambiente e valorizando atitudes que contribuam para sua conser –
vação.
- Utilizar as diferentes linguagens (corporal,musical,plástica, oral e escrita) ajustadas às diferentes intenções e
situações de comunicação, de forma a compreender e ser compreendido, expressar suas idéias, sentimentos ,
necessidades e desejos, avançar no seu processo de construção de significados, enriquecendo cada vez mais sua
capacidade expressiva.

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

FORMAÇÃO SOCIAL E PESSOAL
Identidade e Autonomia

1º trimestre

- Roda de conversa
- Dramatizações
- Situações-problema a partir da realidade
- Identificação de singularidades próprias e das pessoas com as quais convive (auto-imagem - espelho)
- Brincadeiras diversificadas (utilização – confecção de cantinhos específicos)
- Higiene pessoal e do ambiente
- Elaboração em conjunto dos limites da sala de aula
- Rotina diária e/ou semanal
- Escrita do nome (Bingo de nomes, jogo da memória, dominó)
- Jogos e brincadeiras
- Respeito e valorização da cultura de seu grupo de origem e de outros grupos (índios, negros, orientais)

2° trimestre

- Roda de conversa
- Dramatizações
- Situações-problema a partir de situações imaginárias do cotidiano
- Identificação de singularidades próprias e das pessoas com as quais convive (auto-imagem, espelho)
- Brincadeiras diversificadas (utilização de cantinhos específicos)
- Higiene pessoal e do ambiente
- Rotina diária e/ou semanal
- Identificação da história do nome
- Jogos e brincadeiras
- Realização de trabalhos em grupo

3° trimestre

- Roda de conversa
- Dramatizações
- Situações-problema a partir de situações imaginárias do cotidiano
- Identificação de singularidades próprias e das pessoas com as quais convive (auto-imagem - espelho)
- Brincadeiras diversificadas (utilização de cantinhos específicos)
- Higiene pessoal e do ambiente
- Rotina diária e/ou semanal
- Jogos e brincadeiras
- Realização de trabalhos em grupo




LINGUA PORTUGUESA
(Linguagem oral e escrita)
Livro: Aprender Juntos - vol. 1

1º trimestre:

- Escrita do nome, nome dos colegas e familiares.
- Listas
- Palavras estáveis trabalhadas através da apresentação de objetos ou personagens
- Famílias silábicas: P, S, L, M, T
- Histórias em quadrinhos
- Títulos (dar títulos) 
- Alfabeto
- Ordem alfabética
- Escrita espontânea
- Roda de conversas
- Recados (falados)
- Ditado de palavras
- Exposição oral sobre os trabalhos (explicar, argumentar)
- Ordenar figuras numa seqüência (oral e escrita)
- Reconto de histórias
- Pseudo-leitura
- Produção coletiva de texto oral e escrita
- Rotina do dia (escrita na lousa)
- Chamada (todos os dias)
- Coordenação motora
- Palavras estáveis trabalhadas através de textos
- História em quadrinhos ( 3 quadrinhos)
- Caça - palavras; palavras cruzadas
- Textos instrucionais
- Listas e títulos
- Reconto e reescrita de textos narrativos
- Expressão Oral – (descrição)
- Escrita de nomes de personagens
- Cartaz
- Uso da agenda todos os dias (feito pelos alunos)
- Data Comemorativa - Páscoa
- Livro: Unidades 1 e 2 – Álbum de família

2° trimestre

- Famílias silábicas: N, B, D, J, C, F 
- Coordenação motora
- Uso da agenda (todos os dias, feito pelos alunos)
- Leitura de livros em capítulos
- Roda de conversas
- Recados (falados e escritos)
- Entrevistas (deixar as crianças formularem algumas perguntas)
- Número de Sílabas
- Dar um fim para a história (oral e escrita)
- Exposição oral sobre os trabalhos ( explicar, argumentar)
- Ordenar figuras em seqüência( oral e escrita)
- Reconto de história
- Ditado de palavras
- Pseudo - leitura
- Produção coletiva de texto oral e escrita
- Escrita espontânea
- Ditado entre pares
- Utilização do computador (escrita do nome, palavras...).
- Datas comemorativas: Dia do Trabalho, Dia das Mães, Festas Juninas, Inverno, Folclore e Dias dos Pais.
- Rotina do dia
- Chamada
- Palavras estáveis trabalhadas através de textos
- Carta, recado, bilhete (escritos e falados)
- Confecção de cartazes
- História em quadrinhos (4 quadrinhos)
- Adivinhas, lendas, trava-línguas, parlendas, quadrinhas, poemas e canções.
- Palavras cruzadas
- Nome completo em letra cursiva
- Listas
- Uso da letra maiúscula e minúscula
- Coordenação motora (letra cursiva)
- Frases
- Escrita de Palavras
- Falas e diálogos
- Poemas
- Significado das palavras
- Segmentação de palavras na língua
- Narrativa
- Descrição de personagens
- Identificação de características de tipo textual
- Livro: Unidades 2 e 3

3° trimestre

- Roda de jornal (reescrever, desenhar, opinar, lição de casa, pesquisar, colar no caderno, pintar a inicial do nome...).
- Dar um começo para a história (oral e escrita)
- Produção coletiva de texto oral e escrito ( a criança fala escreve)
- Textos instrucionais (receitas, regras de jogos, rotina, normas da classe... ).
- Comentários sobre pontuação
- Ditado mudo
- Datas comemorativas: Independência, Dia da Árvore, Primavera.
- Famílias silábicas: R, V, G, X, Z e H.
- Nome completo em letra cursiva
- História em quadrinhos (livro)
- Reescrita e todos os tipos de textos
- Leitura de livros em capítulos
- Palavras-cruzadas
- Escrita espontânea
- Listas 
- Coordenação motora
- Comentários sobre parágrafos
- Recados escritos e falados
- Rotina do dia (escrita na lousa)
- Uso da agenda (todos os dias,feito pelo aluno)
- Exposição oral sobre os trabalhos
- Ordenar figuras numa seqüência
- Reconto de histórias
- Ditado de frases
- Produção coletiva de textos oral e escrita
- Ditado entre pares
- Utilização do computador
- Datas Comemorativas: São Francisco, Dia da Criança, Primavera, Dia do Professor, Verão e Natal
- Carta Enigmática 
- Entrevista
- Pontuação
- Ordenação de texto
- Escrita de frases com letra manuscrita
- Escrita espontânea de palavras
- Anúncios e classificados
- Mensagens em códigos
- Comentários sobre acentos
- Carta e e-mail
- Linguagem figurada
- Livro: Unidade 4


ESTRATÉGIAS

Filmes
Livros infantis
Gibis
Revistas
Músicas
Poesias
Parlendas
Trava-línguas
Caça-palavras 
Cruzadinhas
Crachás
Cartazes
Jornal
Histórias
Regras de jogos
Receitas
Listas
Material da sala de aula
Alfabeto móvel
Trabalhos individuais e em agrupamentos, conforme a fase de produção de escrita da criança.

Avaliação:

Avaliação diagnóstica, contínua e paralela baseada nas dificuldades do aluno
Verificação das atividades diárias



MATEMÁTICA 


1° trimestre:

- Atividades de culinária
- Identificação de números nos diferentes contextos ( agenda, datas, calendário, peso, idade, número de roupa)
- Espessuras (grosso/fino)
- Cálculo mental com somas e diferenças (só oralidade)
- Cálculo mental com somas e diferenças
- Cores
- Seqüência numérica ( 1 até 10 )
- Estabelecer relações
- Tamanho
- Conservação de quantidades
- Situação – problema 
- Figuras geométricas
- Ordem temporal
- Jogos de contagem
- Caminhos
- Características quantitativas e qualitativas
- Contagem oral
- Perto/longe
- Jogos de dominó, baralho e dado.
- Curto/comprido 
- Seriação
- Caminhos / comprimentos

2° trimestre 


- Classificação
- Alto/Baixo
- Mais/Menos
- Maior/Menor 
- Problemas
- Dobraduras com formas geométricas
- Tangran
- Características qualitativas e quantitativas
- Mosaicos
- Medidas
- Identificar mudanças de direção
- Atividades de culinária
- Identificação de números em diferentes contextos
- Cálculo mental com divisões e multiplicações ( só oralidade )
- Relação de pertinência
- Seriação
- Copiar modelos
- Seqüência numérica ( 1 até 20)
- Estabelecer relações
- Curvas
- Situação-problema
- Agrupamento de 2 em 2
- Espaço e Forma
- Sucessor e antecessor
- Problemas que envolvem divisões

3° trimestre

- Registrar problemas no caderno
- Seqüência numérica
- Tabela
- Gráficos
- Conjuntos
- Medidas
- Atividades de culinária
- Identificação de números em diferentes contextos
- Cálculo mental com divisões e multiplicações
- Situação-problema
- Agrupamento de 5 e 10 unidades
- Problemas
- Números/Contagem 
- Seqüência numérica (1 até 30)
- Desafios

Estratégias:

Jogos
Brincadeiras
Material pedagógico
Carimbos
Dominó
Palitos de sorvete
Jogos
Baralho 
Recorte de encartes de supermercados
Culinária
Jogo da velha
Xadrez
Jogo da memória
Botões
Mini-mercado

Avaliação:

· Avaliação contínua, observando e considerando seus avanços obtidos nas resoluções de raciocínio em situações que lhe serão apresentadas.


CIÊNCIAS, HISTÓRIA E GEOGRAFIA 
1° trimestre - Os seres vivos
- Reciclagem
- Classificação das diferentes espécies de acordo com o local onde vivem
- Percepção tátil
- Percepção óptica
- Os cinco sentidos
- Experiências
- Conhecimento dos cuidados básicos de animais domésticos (pedir para a mamãe trazer um animal e a criança fará uma entrevista sobre os cuidados, marcar um horário)

2° trimestre – Os lugares e as paisagens

- Meios de Transporte
- Meios de Comunicação
- Fenômenos físicos: mudanças de estado da água
- Trazer fotos de passeios e ou paisagens
- Observação do ambientes das fotos
- Painel de fotos e/ou passeios
- Através do painel de fotos escolher a paisagem preferida e desenhar no sulfite
- Elaboração de mapas ( sala, rua, tesouro, quarto...)
- Estações do Ano
- Experiências


3° trimestre – Fenômenos da Natureza

- Sol, lua e estrelas.
- Cultivo e Germinação de sementes
- Água, ar e solo.
- Organização dos grupos e seu modo de ser, viver e trabalhar.
- Conhecimentos de modos de ser, viver e trabalhar de alguns grupos sociais.
- Identificar diferentes papéis sociais ( dentistas, médicos...)

Estratégias:

· Vivências dos alunos
· Vídeos
· Pesquisas
· Exposições
· Jogos e brincadeiras
· Passeio pela escola
· Conversas
· Pesquisas e trabalhos em grupos
· Visitas em loco 
· Revistas e filmes.
· Atividades sócio-culturais
· Feira de Ciências
· Passeios
· Cartazes e desenhos


Avaliação:


· Avaliação contínua por meio da observação diária e participação oral e escrita

ARTES VISUAIS

Fazer artístico

1° trimestre

- Recorte a dedo e com tesoura
- Mosaico
- Desenho livre e dirigido
- Pintura livre com tinta
- Colagem de diversos materiais e dobradura
- Pintura a dedo
- Uso do pincel, giz e cola
- Modelagem com massinha 
- Pontilhismo (cotonete/tinta)
- Projeto : pintor Picasso

2° trimestre
- Exposição de trabalhos
- Pintura livre com pincel
- Modelagem com massinha 
- Desenho livre e dirigido
- Dobradura e recorte
- Colagem de diversos materiais
- Perfuração e alinhavo
- Trabalhos com sucata 

3° trimestre

- Desenhos livres
- Trabalhos com sucatas
- Confecção de cartazes e maquetes
- Pintura com tinta
- Dobradura
- Modelagem
- Pintura com cola e anilina
- Pintura a sopro
- Montagem – ficha 26/5
- Alongamento de gravuras


APRECIAÇÃO DE ARTES VISUAIS

Música 

1° trimestre

- Discriminar sons do ambiente
- Analisar sons diferentes a partir de instrumentos musicais
- Canções com expressão corporal
- Escuta de obras musicais clássicas - apreciar ( discriminar instrumentos e realizar movimentos )

2° trimestre

- Escuta (de obras musicais da MPB – apreciar e discriminar instrumentos e realizar movimentos )
- Analisar sons diferentes a partir de instrumentos musicais – ficha 02/8
- Canções com expressões corporais
- Montagem de uma bandinha

3° trimestre

- Assistir filmes com narração musical e conversar sobre os mesmos
- Canções com expressões corporais
- Sonorização de histórias

MOVIMENTO 

1° trimestre

- Familiarizar-se com a imagem do próprio corpo (espelho)
- Jogos de imitar
- Brincadeiras de roda
- Danças, ritmos
- Pular corda
- Atividades que envolvam força
- Mudanças corporais ( de cada criança - características - espelho )
- Atividades para desenvolver a lateralidade

2° trimestre

- Pular corda
- Atividades que envolvam força
- Jogos de imitar
- Brincadeiras de roda
- Danças, ritmos
- Imitação de arranjos feitos (Maria da Glória) com o objetivo de desenvolver habilidades manuais
- Expressões faciais ( no espelho)

3° trimestre

- Jogos de imitar
- Atividades de relaxamento (exercícios imaginários – percepção dos sinais vitais)
- Brincadeiras de roda
- Danças, ritmos
- Atividades para desenvolver a lateralidade
- Pular corda
- Atividades que envolvam força
- Imitar o outro (movimentos, atitudes espelhadas – sombra).


A auto-satisfação é inimiga do estudo. Se queremos realmente aprender alguma coisa, devemos começar por libertar-nos disso. Em relação a nós próprios devemos ser 'insaciáveis na aprendizagem' e em relação aos outros, 'insaciáveis no ensino'.
Autor: Mao Tse-Tung.



Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela, tampouco, a sociedade muda. 
Autor: Paulo Freire.

CRIANÇAS SUPERDOTADAS: IMPORTÂNCIA DA IGUALDADE




Matéria publicada em 01/04/2013

No contexto atual, em que produzir com excelência é cada vez mais valorizado por todos, ter umfilho superdotado a priori pode ser associado como a resolução para muitos problemas. Entretanto, é fundamental que pais e professores possam considerá-la uma criança como todas as outras, mas que também consigam percebê-la além da sua habilidade bem desenvolvida. 

A criança superdotada não é um gênio, ou uma máquina de pensar, mas sim, um ser humano, repleto de sentimentos e vontades próprias e que apresenta um desempenho exemplar em uma ou algumas áreas do conhecimento.


Ter um filho superdotado pode significar algo inédito para os pais, e estes podem muitas vezes colocar todas as suas esperanças e expectativas nesta criança. Nestes casos, precisa-se ter uma atenção redobrada, para que a criança não venha a desenvolver dificuldades emocionais devido à excessiva atenção e provável pressão dispensada por eles.

A criança dotada de altas habilidades não escolhe ter esta característica. Por esta razão, é possível que ela também precise lidar com os desafios que possam aparecer ao longo do seu desenvolvimento. Estes desafios podem englobar dificuldades de relacionamento, problemas para ter paciência em precisar aprender conteúdos que ela já sabe, dificuldades para querer corresponder às expectativas dos pais e muitas outras que muitas vezes acabam afastando a criança do ambiente social esperado para a sua faixa etária.


Geralmente não é levado em conta o que a criança quer para si própria.

Se destacar perante determinado aspecto significa muitas vezes status, poder e quem acompanha a criança diariamente normalmente quer que a habilidade bem desenvolvida seja reconhecida pela sociedade. Entretanto, muitas vezes esquece-se de reconhecer o todo que a criança possui, podendo ocasionar fragilidade na personalidade dela.

Atualmente, o, na qual o aluno deve aprender a realizar uma determinada tarefa em um período específico de tempo. A criança dotada de altas habilidades identifica a sua facilidade em realizar as tarefas e pode com isso se tornar extrovertida ou introvertida diante do seu destaque perante os colegas. 

Problemas de autoestima podem estar relacionados com a não aceitação dos colegas de classe devido à característica de superdotação e, portanto, socialmente considerado como “melhor que muitos”.

criança superdotada precisa de estímulos e atenção diferenciada, pois o “ser diferente” causa muitas dúvidas e medos. E ao contrário do que muitos pensam, ela não deve ser matriculada em colégio especial, ou colocada para fora da sala de aula por terminar as tarefas antes. Ela precisa de atenção, apoio e alguém que a ajude a enfrentar os desafios, facilidades e dificuldades que ela está sujeita a vivenciar ao longo da sua vida.

Por todas estas questões, é importante enfatizar cada vez mais a atenção que pais e professores devem ter para com a criança superdotada. Esta atenção deve ser global, ou seja, não se dirige apenas para as habilidades bem desenvolvidas, mas também para o queesta criança quer e o que ela precisa para ser um ser humano bem desenvolvido.




UM OLHAR PSICOPEDAGÓGICO AOS ALUNOS COM ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO



Por Pollyana Zavitoski


 A nossa sociedade é formada por indivíduos com uma vasta diversidade no que se refere às características individuais.

 É fato, todos os seres humanos são diferentes, e assim como existem pessoas com deficiências, com dificuldades para aprender, também há na população uma porcentagem de pessoas com Altas Habilidades/Superdotação (AH/SD)

Esses sujeitos que se destacam por inteligência superior ou talento especialdevem ser educados primeiramente como pessoas e não apenas superdotados.

 É de extrema importância que as pessoas com AH/SD sejam identificadas para que a partir disso, suas necessidades educacionais especiais sejam atendidas.

 Neste sentido, o objetivo desse estudo foi de verificar a contribuição dapsicopedagogia frente ao aluno com Altas Habilidades/Superdotação.



 INTRODUÇÃO

Um dos temas bastante discutido no âmbito educacional atualmente é a educação inclusiva e a educação especial, sobretudo, de como atender bem os alunos com necessidades educacionais especiais dentro da diversidade da sala de aula

Em meio a toda essa discussão se esquece uma classe de alunos que necessita da mesma atenção a suas peculiaridades e que nem sempre é tido como um aluno especial: os alunos com altas habilidades/superdotação[1]. 

De acordo com Goulart (2011), o termo superdotado surgiu na Legislação Brasileira em 1971, e atualmente na Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (BRASIL 2008) usa-se altas habilidades/superdotação, que faz referência a uma pessoa que possui capacidade mental significativamente acima da média. Já Guenther (2006), refere-se à tais alunos pelo termo dotado.

De modo geral, a superdotação se caracteriza pela elevada potencialidade de aptidões, talentos e habilidades, evidenciada no alto desempenho nas diversas áreas de atividade do educando e/ou a ser evidenciada no desenvolvimento da criança (BRASIL, 1995). É diferente de uma habilidade, em que as competências são aprendidas ou comportamentos que são adquiridos. 

Como um talento, a superdotação intelectual é a aptidão inata para atividades intelectuais que não podem ser adquiridos por meio de esforço pessoal. Pela estimativa da OMS (Organização Mundial da Saúde) no Brasil de 3,5% até 5% das pessoas são superdotadas.

superdotação pode ser geral ou específica. Por exemplo, uma pessoa bem dotada intelectualmente poderia ter um talento impressionante em somente uma determinada área do conhecimento, que envolva a capacidade mental de raciocinar, planejar, resolver problemas, abstrair e compreender ideias, linguagens e aprender.

De acordo com Fleith (2007), os alunos com superdotação apresentam características quanto à habilidade intelectual, criatividade, motivação e liderança. 
 
Quando combinado com um desafio curricular adequado, apoio e estímulo necessário para adquirir e executar as habilidades aprendidas e desenvolver suas potencialidades, a superdotação intelectual muitas vezes produz sucesso acadêmico excepcional. Para isso, é fundamental que tal aluno seja identificado e atendido corretamente para que não perca suas habilidades e potencialidades, pois muitas vezes a superdotação não é reconhecida já que os professores costumam considerar estes alunos como desatentos, agitados e desinteressados, e estes alunos acabam sendo diagnosticados como tendo transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH), transtorno desafiador e de oposição, depressão, ansiedade, transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) ou outros problemas.

Segundo Guenther (2006), é preciso evitar que o aluno perca o interesse, o estímulo e buscar estratégias didáticas como aceleração, enriquecimento, sofisticação e novidade, cabendo ao professor identificar as possibilidades e dificuldades de cada um propondo ações pedagógicas direcionadas às necessidades e especificidades de cada um (GOULART, 2011). 

Os alunos com AH/SD devem ter uma educação que respeite e valorize suas capacidades, por isso, existem várias modalidades de atendimento e cada alternativa atende a diferentes necessidades. A legislação brasileira prevê programas de enriquecimento curricular, agrupamentos diferenciados e aceleração nos anos. 

O aluno com AH/SD deve ser indicado como tal para que tenha atendimento adequado, não perca interesse pela escola e se desenvolva de acordo com suas necessidades. Partindo dessa ótica, é possível perceber então a importância em fazer o levantamento de crianças com indicadores de altas habilidades e que este seja realizado pelos próprios professores (com o auxílio do psicopedagogo), que são aqueles que convivem diretamente com a diversidade da sala de aula e que, a partir disso, e posteriormente por meio da aplicação de testes nos alunos indicados, seja possível o reconhecimento de alunos que realmente têm AH/SD, para que de fato possam ter uma educação adequada às suas necessidades.

Existem muitas teorias e muitos mitos sobre quem são os indivíduos com AH/SD. Cada teórico define a superdotação de uma forma, assim como a própria sociedade, em sua maioria leiga no assunto, possui ideias equivocadas sobre essas pessoas. Alencar (2001, p.119,120) traz as diferentes conotações que o termo superdotado sugere: Quando se fala, porém em superdotados, muitas são as ideias que esse termo sugere para distintas pessoas: para algumas, o superdotado seria o gênio, aquele indivíduo que realmente apresenta um desempenho extraordinário e ímpar em uma determinada área do saber e do conhecimento; para outros seria um jovem inventor que surpreende pelo registro de uma nova patente; para outros ainda, seria aquele aluno que sistematicamente se situa entre os primeiros da classe durante toda a sua formação acadêmica, ou a criança precoce, que aprende a ler sem ajuda e que surpreende seus pais por seus interesses e indagações próprias de uma criança mais velha. O termo superdotado sugere ainda, a presença de um talento, seja na área musical, literária ou de artes plásticas. O denominador comum em todas as diversas conotações do termo é a presença, pois, de um notável desempenho ou de habilidades ou aptidões superiores.  
Faz-se necessário que os mitos sejam esclarecidos e que principalmente os profissionais da educação tenham claros os saberes necessários sobre os indivíduos com AH/SD e assim tenham clareza de quem verdadeiramente são os alunos que apresentam indicadores de altas habilidades. 

São diversos os autores que tratam sobre o assunto e cada um traz uma definição distinta do que um indivíduo deve apresentar para ser considerado um indivíduo com altas habilidades. Para Sabatella (2005) existem três traços recorrentes encontrados em crianças com altas habilidades: um vocabulário estruturado não usual no meio em que vive; alto nível de pensamento, ou seja, habilidade de raciocínio com a utilização da lógica pura e por fim uma memória diferenciada com componentes mnemônicos em idade precoce.

Segundo Piirto (1999, apud ALMEIDA E CAPELLINI, 2005), estes indivíduos apresentam elevada capacidade de criar, observar e aprender com grande rapidez e exatidão. Essa capacidade pode se manifestar em várias direções da cultura humana.

O documento de Diretrizes Gerais para o atendimento educacional aos alunos portadores de AH/SD e talentos (Brasil, 1995, p.13) conceitua altas habilidades como: 
 Comportamentos observados e ou relatados que confirmam a expressão de “traços consistentemente superiores” em relação a uma média (por exemplo: idade, produção ou série escolar) em qualquer campo do saber ou fazer. Deve-se entender por “traços” as formas consistentes, ser ou fazer, aquelas que permanecem com frequência e duração no repertório dos comportamentos da pessoa, de forma a poderem ser registradas em épocas diferentes e situações semelhantes.  
De acordo com o Ministério da Educação e Cultura do Brasil (1995) os tipos de superdotação são divididos por áreas de abrangência e capacidades distintas como: intelectual, social, acadêmico, criativo, psicomotor e talentoso especial.

Na maioria das teorias fica claro basicamente que o indivíduo com AH/SD é aquele que tem desempenho superior a de seus pares em uma ou mais áreas. 

O indivíduo com altas habilidades não é necessariamente aquele que tem êxito em todas as áreas do conhecimento, ele pode apenas ter grande destaque em uma delas ou em algumas combinadas.

Alguns autores argumentam que superdotação é habilidade inata, enquanto outros defendem a teoria de que a influência do meio é que gera indivíduos superdotados, todavia a maioria dos autores, como Gagné (2009), Renzulli (2004), Sternberg (1985) e Landau (1990), defende a teoria de existir uma habilidade inata que é aprimorada com o meio, assim o fato de haver uma motivação por parte do indivíduo ocorre por ele possuir uma habilidade inata e dessa forma ele vai se aprimorando e obtém melhores resultados.  
 A INTERFERÊNCIA DAS EMOÇÕES NO TALENTO DO ALUNO SUPERDOTADO

Importante ressaltar que não só se deve canalizar esforços para a estimulação intelectual, uma vez que o aluno com superdotação é um todo e não só intelecto. Nesse sentido, entende-se que o aluno, como todo ser humano, precisa de afeto para se sentir valorizado por meio de pequenos gestos de atenção, o que pode contribuir favoravelmente ao seu processo de aprendizagem e desenvolvimento, já que as emoções são manifestações da afetividade e a expressão dos sentimentos e é por meio dessas emoções que ocorre a aprendizagem (WALLON, 1971).  

Neste sentido, Morin (2003) e Bock (2008) afirmam que o desenvolvimento da inteligência é inseparável do mundo da afetividade, não existe pensamento sem afeto

Entende-se que as ocorrências emocionais podem oprimir o aprendizado, mas podem também fortalecê-lo. Cunha (2008) também concorda que o desenvolvimento afetivo é a base para os demais desenvolvimentos da pessoa, onde afetividade é vivenciada e se manifesta por meio das emoções.

A dimensão afetiva não apenas afeta o processo educativo, mas é um sustentáculo desse processo, sendo que o alimento ideal para o desenvolvimento humano é o afeto. 

O aspecto afetivo tem profunda influência sobre o desenvolvimento intelectual, podendoacelerar, bloquear ou diminuir o ritmo do desenvolvimento.

A emoção é um elemento constitutivo da cognição, age como um poder dominador, pois é inseparável das atividades humanas.  Durante o processo de aprendizagem, quando o aluno já tem um objetivo e uma necessidade para realizar determinada atividade, ou seja, tem um motivo, ele percebe-se capaz ou não de realizar a ação. Portanto, a representação que tem de si, seu autoconceito, vai ser determinante nesta atividade. Um autoconceito negativo é bloqueador da atividade, por não conter as condições emocionais necessárias à sua realização. para se mover, mobilizar-se para a ação, o indivíduo precisa ter um autoconceito positivo em relação a esta atividade (CAMARGO, 2004, p. 120). 
Cunha (2008) acredita que o que vai dar qualidade ou modificar a qualidade do aprendizado será o afeto, já que a emoção não substitui a razão, mas a complementa e equilibra, uma vez que a afetividade faz parte da constituição psíquica do ser humano.

Nesta perspectiva, temos importantes contribuições de Piaget, Vygotsky, Wallon para a compreensão das emoções no desenvolvimento infantil e de seu relacionamento com a aprendizagem.

Para Vygotsky (2001) o momento da emoção e do interesse deve necessariamente servir de ponto de partida a qualquer trabalho educativo. As reações emocionais têm papel importante ao exercer grande influência sobre todas as formas do nosso comportamento e do processo de ensino e aprendizagem. As emoções são vistas como um organizador interno das nossas reações, que retesam, excitam, estimulam ou inibem essas ou aquelas reações. 

Wadsworth (2003) cita que para Piaget o desenvolvimento intelectual é considerado como tendo dois componentes: um cognitivo e outro afetivo. O desenvolvimento afetivo ocorre paralelamente ao desenvolvimento cognitivo, sendo que a afetividade é o combustível que move a cognição.

Wallon citado por Dantas (1992), enfatiza que a emoção é o ponto de partida do psiquismo, onde a emoção é capaz de trazer consigo a tendência para reduzir a eficácia do funcionamento cognitivo. 

No âmbito da psicopedagogia, valoriza-se muito o componente afetivo para a aprendizagem. Sánchez e Costa (2000), consideram que ao psicopedagogo cabe à tarefa de avaliar, reconhecer, identificar, assessorar e orientar os alunos (neste caso, os superdotados) identificando e avaliando de forma precisa suas necessidades.

Tais alunos requerem um desenvolvimento de suas capacidades atendendo suas especificidades. Ainda de acordo com os referidos autores, a competência do psicopedagogo na identificação, avaliação e assessoramento dos superdotados refere-se la evaluación psicopedagógica de los alumnos excepcionales (superdotados, deficientes y con dificultades e aprendizaje) con el fin de porponer la modalidad de escolarización más adecuada para ellos; el asesoramiento al profesorado para la atención flexible y diferenciada de la diversidad de estos alumnos; la orientación escolar y vocacional al propio alumno para ayurdale a canalizar sus intereses; y asesoriamento a la familia para que coopere con el centro en el desarrollo integral del alumno(SÁNCHEZ E COSTA, 2000, p. 147).
 
Entende-se que caso o aluno superdotado não seja identificado e não tenha suas habilidades estimuladas, estas podem ser inibidas pelas emoções. Por isso, a extrema importância do psicopedagogo atender estes alunos. 

 

IDENTIFICAÇÃO E TRATAMENTO - CONTRIBUIÇÃO DO PSICOPEDAGOGO


A escola é a área da vida onde o superdotado pode apresentar o melhor ajuste ou o pior desajuste. 

Sua capacidade superior pode tanto o ajudar nos estudos e contribuir para um desempenho excepcionalmente bom, como o pode levar ao tédio, aborrecimento ou rebeldia capazes de provocar um desempenho insatisfatório podendo inibir seu talento.

Isso faz com que as aulas, para os alunos superdotados, tornem-se chatas, maçantes, criando desinteresse. Os alunos superdotados necessitam de um atendimento educacional diferenciado, nem que seja fora da sala de aula, por meio de programas de enriquecimento, realizado por professores preparados, criativos, que se disponibilizem a desenvolver e a estimular o aluno em suas áreas de interesse.

O atendimento especializado nas escolas cumpre uma função extremamente importante:o de conscientizar os alunos com altas habilidades do valor de seus traços e peculiaridades.

Recomenda-se que a identificação seja feita o mais precocemente possível, pois dessa forma o aluno tem melhores possibilidades de desenvolver seu talento. Essa identificação não se apoia em regras fixas e deve acontecer de forma dinâmica. A identificação adequada deve utilizar-se de mais de um dos seguintes meios realizados na parceria entre professor e psicopedagogo: observação, avaliação do desempenho, escalas de características, questionários, entrevistas (família, professores e o próprio aluno) e testes.

Nesta perspectiva então, para que o talento se desenvolva é necessário que este seja identificado, estimulado, acompanhado e orientado.

Após a identificação é necessário que ocorra um profundo conhecimento sobre essa criança (áreas menos e mais desenvolvidas e necessidades), para que então seja possível propor um atendimento adequado. A partir disso, esse aluno deve beneficiar-se de ideias e situações que desenvolvam altos níveis de desempenho, situações essas que o estimulem na habilidade de pensar e elaborar.

Entende-se como necessário mais pesquisas que invistam nesta área contribuindo com subsídios para melhor identificação e tratamento dos alunos com superdotação. 

Não podemos esquecer, é claro, que um programa de atendimento ao superdotado pressupõe a necessidade de pessoal devidamente preparado para organizar e coordenar tal trabalho, neste caso, um psicopedagogo, que irá auxiliar o professor em sala de aula na identificação e características desses alunos e sobre as alternativas de atendimento viáveis.

Segundo Delou (2001), acima de tudo, espera-se que esse professor tenha sensibilidade para promover a estimulação do aluno para as suas áreas de interesse, e para favorecer o ajustamento desse aluno em sala de aula.

Faz-se pertinente valorizar e incentivar as habilidades dessas crianças superdotadas, priorizando o desenvolvimento pleno do seu potencial. 

CONCLUSÃO

A produção científica relativa à área de superdotação ainda é bastante incipiente no contexto brasileiro, embora os precursores da área tenham pesquisado e divulgado seus trabalhos a partir da década de 1920-1930. Há várias razões que podem ser associadas a este fato, dentre elas os mitos e crenças populares a respeito, que não raramente impedem a identificação e mesmo o atendimento a estas pessoas; a falta de informação, de recursos financeiros para a Educação e, conseqüentemente, para a Educação Especial e para a formação dos professores, que se sentem incapazes de identificar e/ou atender estes alunos e a falta de estatísticas oficiais fidedignas nesta área. 

Em muitas escolas não há acompanhamento necessário, não há salas especiais, o currículo é estático e o mesmo para todos, o que muitas vezes resulta na alienação, desinteresse e inquietação por parte do aluno que está em uma escola que não o assiste adequadamente e lheproporciona um ambiente inadequado para o desenvolvimento de suas potencialidades.

Dessa forma, tendo como respaldo os estudos de Almeida & Capellini (2005), Marques (2010) e Rodrigues (2012), é evidente a falta de conhecimento e formação dos professores para identificar e lidar com alunos com superdotação de forma que não bloqueie seu desenvolvimento. 

Desta forma, embora no exterior o tema superdotação já seja pesquisado desde os finais do século XIX e, no Brasil, já tenham se passado mais de 75 anos desde sua primeira abordagem pelos pesquisadores, as investigações neste campo ainda são bastante escassas. 

Entendemos que a superdotação é um campo recente de estudo, mas durante todo esse tempo de descobertas muitos talentos foram perdidos, desestimulados e encobertos. Torna-se então, pertinente novos estudos como forma de contribuir para um correto atendimento à tais alunos.

Os objetivos desse trabalho foram realizar uma pesquisa bibliográfica sobre o tema, bem como verificar a contribuição da psicopedagogia aos alunos com AH/SD.

Guenther (2006) e Virgolim (2007) deixaram clara a grande importância do professor como a pessoa mais provável de realizar a detecção de indicadores de AH/SD. Sabemos o quanto a temática ainda é desconhecida por muitos professores, cabendo ao psicopedagogo o papel de auxiliar este professor na identificação e atendimento a estes alunos. 

É importante destacar que o ensino deve se atentar para a necessidade de todos os alunos, incluindo daquele que aprende mais facilmente em uma área ou em todas. 

O aluno com altas habilidades tem direito ao apoio da educação especial, ainda que este seja um mito que ainda persiste, pois existe um equívoco de que aluno com direito ao apoio da educação especial, seja apenas aquele que apresenta deficiências, o que não é verdade.

O aluno com AH/SD também precisa ter suas necessidades especiais atendidas para desenvolver ao máximo suas potencialidades. Talento que não é identificado e nem estimulado, se perde. 

É necessário pensar que para desenvolver um trabalho pedagógico com estes alunos visando prover as potencialidades, estimulando e orientando os talentos, é preciso captar o que elas diferenciam como estimulante, ouvir atentamente o que elas expressam como interesse, inclinação e gosto, e encaminhar energia nessa direção.

A partir do estudo realizado, considera-se que o professor para reconhecer a capacidade em uma criança, deve ter o auxílio de um psicopedagogo para começar a perceber alguma área em que ela se sai bem, que tem boas ideias, boa produção, faz comentários interessantes e oportunos, observa com detalhes, chega a conclusões seguras, produz bem em alguma área. Neste sentido, em qualquer situação, o foco é no que o aluno consistentemente faz bem, notavelmente melhor que a maioria dos pares de idade com o mesmo tipo de experiência de vida.

Pensar a educação pelo viés da diversidade, da diferença e da inclusão a partir do projeto pedagógico da escola e do currículo proposto em sala de aula. Ao longo de todo processo de escolarização, esse atendimento deve estar articulado com a proposta pedagógica da escola.



Bibliografia
ALENCAR, E. S. Criatividade e educação de superdotados. Petrópolis: Vozes, 2001.

ALMEIDA, M. A.; CAPELLINI, V. L. M. F. Alunos talentosos: possíveis superdotados não notados. Revista Educação, ano XXVIII, n 1 (55), Porto Alegre, 2005.

BOCK, A. M. B. (et al). Psicologias: uma introdução ao estudo de Psicologia. SP: Saraiva, 2008.

BRASIL. Secretaria de Educação Especial. Diretrizes gerais para atendimento educacional aos alunos portadores de altas habilidades/superdotação e talentos. Série Diretrizes; Brasília: Ministério da Educação- MEC/ SEESP, 1995.

_______. Secretaria de Educação Especial. Política nacional de educação especial na perspectiva da educação inclusiva. Brasília: MEC/SEESP, 2008.

CAMARGO, D. As emoções & a escola. Curitiba: Travessa dos Editores, 2004.
CUNHA, A. E. Afeto e aprendizagem: amorosidade e saber na prática pedagógica. RJ: Wak Ed., 2008.