"A educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo. (Nelson Mandela) "

segunda-feira, 7 de setembro de 2015

História

Desde os tempos mais remotos e com a finalidade de representar objetos inanimados ou em movimento, o homem vem desenhando nas superfícies dos mais diferentes materiais. Nesta atividade, tão intimamente ligada ao raciocínio, utilizou, inicialmente, as superfícies daqueles materiais que a natureza oferecia praticamente prontos para seu uso, tais como paredes rochosas, pedras, ossos, folhas de certas plantas, etc. Acompanhando o desenvolvimento da inteligência humana, as representações gráficas foram se tornando cada vez mais complexas, passando desse modo a significar ideias. Este desenvolvimento, ao permitir, também, um crescente domínio das circunstâncias através de utensílios por eles criados, levou o homem a desenvolver suportes mais adequados para as representações gráficas. Com esta finalidade, a história registra o uso de tabletes de barro cozido, tecidos de fibras diversas, papiros, pergaminhos e, finalmente, papel.
A maioria dos historiadores concorda em atribuir a Cai Lun (ou Ts’ai Lun) da China a primazia de ter feito papel por meio da polpação de redes de pesca e trapos, e mais tarde usando fibras vegetais. Este processo consistia em um cozimento forte de fibras, após o que eram batidas e esmagadas. A pasta obtida pela dispersão das fibras era depurada e a folha, formada sobre uma peneira feita de juncos delgados unidos entre si por seda ou crina, era fixada sobre uma armação de madeira. Conseguia-se formar a folha celulósica sobre este molde, mediante uma submersão do mesmo na tinta contendo a dispersão das fibras ou mediante o despejo da certa quantidade da dispersão sobre o molde ou peneira. Precedia-se a secagem da folha, comprimindo-a sobre a placa de material poroso ou deixando-a pendurada ao ar. Os espécimes que chegaram até os nossos dias provam que o papel feito pelos antigos chineses era de alta qualidade, que permite, até mesmo, compará-los ao papel feito atualmente.

Matéria-prima

As fibras para sua fabricação requerem algumas propriedades especiais, como alto conteúdo de celulose, baixo custo e fácil obtenção — razões pelas quais as mais usadas são as vegetais. O material mais usado é a polpa de madeira de árvores, principalmente pinheiros (pelo preço e resistência devido ao maior comprimento da fibra) e eucaliptos (pelo crescimento acelerado da árvore). Antes da utilização da celulose em 1840, por um alemão chamado Keller, outros materiais como o algodão, o linho e ocânhamo eram utilizados na confecção do papel.
Atualmente, os papéis feitos de fibras de algodão são usados em trabalhos de restauração, de arte e artes gráficas, tal como odesenho e a gravura, que exigem um suporte de alta qualidade.
Nos últimos 20 anos, a indústria papeleira, com base na utilização da celulose como matéria-prima para o papel, teve notáveis avanços, no entanto as cinco etapas básicas de fabricação do papel se mantêm: (1) estoque de cavacos, (2) fabricação da polpa, (3) branqueamento, (4) formação da folha, (5) acabamento.
No início da chamada “era dos computadores“, previa-se que o consumo de papel diminuiria bastante, pois ele teria ficado obsoleto. No entanto, esta previsão foi desmentida na prática: a cada ano, o consumo de papel tem sido maior.
É fato que os escritórios têm consumido muito mais papel após a introdução de computadores. Isso pode ter ocorrido tanto porque, com os computadores, o acesso à informação aumentou muito (aumentando a oferta de informações, aumenta também a demanda), quanto pela facilidade do uso de computadores e impressoras, o que permite que o uso do papel seja menos racional que outrora (escrever à mão, ou à máquina datilográfica, exigia muito mais esforço, diminuindo o ímpeto de gastar papel com materiais inúteis). De fato, a porcentagem de papéis impressos que nunca serão lidos é bastante alta na maior parte dos escritórios (especialmente os que dispõem de impressoras a laser (as quais imprimem numerosas páginas por minuto).

Resumo do processo produtivo

  • Floresta – local onde são plantadas espécies mais apropriadas para a o tipo de celulose ou papel a ser produzido – a maioria das empresas usa áreas reflorestadas e tem seu próprio viveiro onde fazem melhorias na espécie cultivada fazendo a clonagem das plantas com as melhores características;
  • Captação da madeira — A árvore é cortada e descascada, transportada, lavada e picada em cavacos de tamanhos pré-determinados;
  • Cozimento: no digestor os cavacos são misturados ao licor branco e cozidos a temperaturas de 160 C;
– Nessa etapa tem-se a pasta marrom que pode ser usada para fabricar papéis não branqueados.
  • Branqueamento – a pasta marrom passa por reações com peróxido, dióxido de sódio, dióxido de cloro, ozônio e ácido e é lavada a cada etapa transformando-se em polpa branqueada;
  • Secagem: a polpa branqueada é seca e enfardada para transporte caso a fábrica não possua maquina de papel;
  • Máquina de papel – a celulose é seca e prensada até atingir a gramatura desejada para o papel a ser produzido.
  • Tratamento da lixívia e rejeitos da água — o licor negro resultante do cozimento é tratado e os químicos são recuperados para serem usado como licor branco. Esse tratamento ameniza os impactos ambientais causados pela fabrica de papel;
  • Produção de energia — A produção de energia vem de Turbos geradores que são movidos por vapor proveniente da caldeira.

“O papel é um afeltrado de fibras unidas tanto fisicamente (por estarem entrelaçadas a modo de malha) como quimicamente por ligações de hidrogênio.”

Tipos de papel

Entre os muitos conhecidos podem-se citar:
  • Papel ácido;
  • Papel alcalino;
  • Papel artesanal;
  • Papel autocopiativo;
  • Papel bíblia;
  • Papel-cartão;
  • Papel couché;
  • Papel dobradura
  • Papel de seda
  • Glinter – Uma espécie de papel termossensível;
  • Papel higiênico;
  • Papel jornal;
  • Papel foto copiador;
  • Papel fotográfico;
  • Papel offset;
  • Papel termossensível;
  • Papelão;
  • Papel reciclado;
  • Papel presente;
  • Papel vegetal;
  • Papel vergé;
  • Papel sulfite;
  • Papel de arroz;
  • Papel de westimentor;
  • Papel de folha de bananeira;
  • Pergaminho
  • Imprensa
  • Reciclagem de papel
  • Papiro
  • Papelão
  • Tamanho de papel
  • Papel de parede
  • Polpa de celulose

Escultores do papel

Ferry Staverman

O artista holandês Ferry Staverman cria esculturas de papel / cartão recortado em formato circular, que adquirem um efeito surpreendente de organismos vivos!
Ele começou trabalhar com pequenos objetos de forma circular. Posteriormente passou ao cartão e descobriu as potencialidades resistentes desse material, com o qual chegou a executar esculturas com mais de três metros de altura…Suas peças são feitas a partir de uma reciclagem de papelão.
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Allen e Patty Eckman

Os artistas Allen e Patty Eckman fazem incríveis esculturas de papel. O método “Eckmans” de criação é uma técnica semelhante ao do papel machê – ele utiliza papel, cola em um molde para obter formas e texturas – mas, a maneira de produção e confecção das obras fica mais resistente devido a alguns processos que eles realizam , prolongando a duração dos objetos de arte. O resultado deste trabalho pode ser visto nas imagens abaixo.
Eckman Allen nasceu na Califórnia em 1946 e Patty Tenneboe Eckman em Dakota do sul, em 1950. Cursaram juntos o Art Center College of Design em Los Angeles e após a faculdade casaram-se e montaram uma pequena empresa de publicidade . 12 anos depois Allen e Patty viram-se fartos da vida estressante de publicidade e em 1988, criaram um mundo diferente e excitante para ambos, a arte da escultura em papel.
Algumas obras são tão minuciosamente detalhadas e podem levar vários meses para serem concluídas.
Desde 1988 Patty e Allen desenvolveram e aperfeiçoaram o método e conseguem, hoje, ir muito além de qualquer outro artista do mundo. Seu trabalho é considerado o principal da indústria por muitos críticos.
Allen tem um grande interesse nos índios americanos e a expansão territorial que se deu através da Guerra Civil. Já Patty, além da cultura nativa, tem um grande interesse na vida selvagem, pássaros e flores, etc. Residem atualmente em Rapid City, Dakota do Sul.
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Su Blackwell.

Impressionante como pessoas têm habilidades artísticas como deSu Blackwell. As suas imagens são obras da criatura e sim, são esculturas feitas de páginas de livros e apesar do nome ser um mistério, a pessoa que criou a escultura é uma mulher e as esculturas são vendidas por ela através do site.
Um belo trabalho, porém com matéria prima no mínimo controversa, num mundo onde a habilidade está cada vez mais em produzir obras não palpáveis através de ferramentas digitais como Photoshop e ferramentas similares para produção de imagens e vídeos são certamente notáveis que alguém consiga ainda fazer arte “analógica”.
Su Blackwell consegue capturar a essência dos livros infantis com uma delicadeza e beleza que fica até difícil de explicar.
Na verdade, alguns meses atrás a biblioteca local estava dando vários livros (o lixo de uns é o tesouro de outros), então ela escolheu alguns antigos livros Kafka e Sartre. Sabia que queria fazer algo legal com eles (alem de ler, é claro) mas até ver isso não tinha certeza. É a delicadeza, o leve sentimento de claustrofobia, como se esses personagens, as paisagens, estivessem presas dentro dos livros e agora estivessem sendo liberadas, soltas.
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Jen Stark

O que este talento faz com cartolinas coloridas é de uma beleza esplendorosa! A Jen utiliza o x-acto para cortar cada uma das folhas com que vai construindo a escultura!!!! Precisão ao máximo!  Encantem-se com os trabalhos!
A artista faz milagre com papel! São diversas esculturas feitas com folhas de papel colorido que são sobrepostas uma a uma e o resultado é surpreendente.
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Kirsten Hassenfeld

papel é, sem dúvida, um material pleno de potencialidades, simultaneamente delicado e robusto. À variedade de usos que se conhece vão juntando novas e inusitadas aplicações sempre surpreendentes ora exclusivamente em papel, ora combinado com outros materiais, seja no campo utilitário ou no campo artístico. Inclui-se neste último caso a artista americana Kirsten Hassenfeld, autora de originais esculturas de papel e luz.
Não se trata de candeeiros, lustres, balões festivos ou qualquer outro artefacto de iluminação, como pode aparentar à primeira vista. As peças de Hassenfeld são combinações escultóricas de vários materiais para além do papel, tais como cartões, tubos, plástico, etc. O resultado final é interessante do ponto de vista estético, conferindo à grande escala uma graça e imponderabilidade inusitadas. Alguns trabalhos da artista podem ser vistos na galeriaBellwether, situada em Nova Iorque.
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Sher Christopher

É preciso olhar mais de uma vez para acreditar que a escultura é mesmo feita de papel. E realmente é. Papéis de diferentes gramaturas, texturas, cores e origem são o material de trabalho da designer inglesa Sher Christopher.
Com o objetivo de desenhar móveis, Sher Christopher estudou Designer Tridimensional na Universidade de Wolverhampton, na Inglaterra. Depois de criar máscaras gigantescas de papel machê para o trabalho de conclusão de curso, a designer se apaixonou pelo papel e os móveis ficaram para trás.
“Amo os desafios que o papel me proporciona na hora de criar figuras tridimensionais. É um material muito versátil para trabalhar e é impressionante o quão durável e forte ele pode ser”, disse Sher.
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Peter Callesen

O artista dinamarquês Peter Callesen , cria lindíssimas esculturasrecortando folhas de papel. As criações são diversas, desde esculturas gigantes à miniaturas, seus trabalhos são bem variados e pintura, desenho e dobradura também fazem parte de suas performances. As esculturas abordam os temas de contos de fadas, lembranças da infância, e se situam entre o sonho e realidade, mostrando com humor e às vezes até com ironia, o puro e o irreal do branco imaculado e da fragilidade do papel. Belíssima arte!
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Anastassia Elias

Cada vez mais os artistas estão procurando novas formas de expressar  a sua arte. O artista francês Anastassia Elias pega o rolo vazio de papel higiênico e cria dentro do cilindro imagens com o próprio papelão da peça. São imagens de zoológico, criançasbrincando com a neve, dona de casa fazendo serviços domésticos, alunos em uma sala de aula, uma pessoa de mais idade descansando em uma cadeira de balanço, entre outros.
O trabalho de Anastassia Elias é muito valorizado nos dias de hoje, já que tudo está sendo reutilizado.
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Origani

Origami (do japonês折り紙, de oru, “dobrar”, e kami, “papel“) é aarte tradicional e secular japonesa de dobrar o papel, criando representações de determinados seres ou objetos com as dobras geométricas de uma peça de papel, sem cortá-la ou colá-la.
O origami usa apenas um pequeno número de dobras diferentes, que no entanto podem ser combinadas de diversas maneiras, para formar desenhos complexos. Geralmente parte-se de um pedaço de papel quadrado, cujas faces podem ser de cores ou estampas diferentes, prosseguindo-se sem cortar o papel. Ao contrário da crença popular, o origami tradicional japonês, que é praticado desde o Período Edo (1603-1897), frequentemente foi menos rígido com essas convenções, permitindo até mesmo o corte do papel durante a criação do desenho, ou o uso de outras formas de papel que não a quadrada (retangularcircular, etc.).
Segundo a cultura japonesa, aquele que fizer mil origamis da garça de papel japonesa (Tsuru, “garça“) teria um pedido realizado – crença esta popularizada pela história de Sadako Sasaki, vítima dabomba atômica.
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Kako Ueda

Kako Ueda é um artista japonês que usa o papel para expressar sua arte. Trabalha com corte desse material há sete anos e se interessou pelo meio por ser uma forma de construir imagens em “2.5 D”, como ele mesmo diz.
Suas obras abordam seres orgânicos como insetos, animais e o corpo humano. E o trabalho do artista é focado em como estes seres saem da natureza e são modificados pela cultura.
As imagens falam por si, impressionante!
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Reciclagem

reciclagem de papel é o reaproveitamento do papel não funcional para produzir papel reciclado.
Há duas grandes fontes de papel a se reciclar: as para pré-consumo (recolhidas pelas próprias fábricas antes que o material passe ao mercado consumidor) e as para pós-consumo (geralmente recolhidas por catadores de ruas). De um modo geral, o papel reciclado utiliza os dois tipos na sua composição, e tem a cor creme.
A aceitação do papel reciclado é crescente, especialmente no mercado corporativo. O papel reciclado tem um apelo ecológico, o que faz com que alcance um preço até maior que o material virgem. No Brasil, os papéis reciclados chegavam a custar 40% a mais que o papel virgem em 2001. Em 2004, os preços estavam quase equivalentes, e o material reciclado custava de 3% a 5% a mais. A redução dos preços foi possibilitada por ganhos de escala, e pela diminuição da margem média de lucro.
Na Europa, o papel reciclado em escala industrial chega a custar mais barato que o virgem, graças à eficiência na coleta seletiva e ao acesso mais difícil à celulose, comparado ao do Brasil
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“O papel é usado para a comunicação desde a sua invenção, entre humanos ou ainda em tentativas de comunicação com o mundo espiritual. Eu gosto desse delicado, acessível e irreversível meio.”

“Tudo está intimamente ligado. Cada mínimo elemento carrega em si um relevante e decisivo papel para que o extraordinário aconteça; num espetáculo de infinitas possibilidades”.

Mauricio A Costa em ‘O Mentor Virtual’ – Pág. 21 – Ed. Komedi – Campinas-SP -2008