"A educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo. (Nelson Mandela) "

domingo, 28 de agosto de 2016

sexta-feira, 25 de setembro de 2015

MEU PRIMEIRO ROTEIRO PARA TEATRO...














“Roteiro é uma história contada em imagens, diálogo e descrição, dentro do contexto de uma estrutura dramática”. (Syd Field)

“Escrever um Roteiro é muito mais do que escrever, é escrever de outra maneira: Com olhares e silêncios, com movimentos e imobilidades, com conjuntos complexos de imagens e de sons que podem possuir mil relações entre si…” (Jean-Claude Carrière)

Seis Passos para o Roteiro
Primeiro Passo: Desenvolver uma Idéia
Todo roteiro – assim como toda obra literária e toda obra de arte – começa sempre a partir de uma Idéia. Idéias valem ouro! A criatividade pode ser alimentada pela observação e interpretação da realidade, muita leitura, pesquisa, vivências do autor,brainstorms com amigos e parceiros, etc. O importante é que cada um desenvolva seu próprio processo criativo, como por exemplo, métodos de relaxamento ou rituais simples para instigar a imaginação e despertar a intuição. No entanto, a transpiração é tão importante quanto a inspiração.
Segundo Passo: Determinar uma Story Line
Definir o Conflito (O que). Traduzir a Idéia em um Conflito essencial e condensar este Conflito em palavras. O Conflito é a matéria prima da dramaturgia e pode confrontar diversas forças. Por exemplo: O ser humano contra outros seres humanos, o ser humano contra as forças da natureza, o ser humano contra ele mesmo, etc. Todo o bom roteiro tem um conflito essencial e pode ser resumido em uma única frase.
Terceiro Passo: Criar uma Sinopse (ou Argumento)
Definir as Personagens (Quem). Determinar quem viverá o Conflito básico e definir o Perfil das Personagens. Uma ferramenta interessante para a criação de personagens consistentes é criar uma ficha, contendo informações diversas sobre cada uma delas, como por exemplo, seus dados, seus hábitos e costumes, religião, situação financeira, dados biográficos, perfil psicológico, crenças religiosas, filosóficas, etc. Além das personagens, a Sinopse deve definir a localização da ação, em que época ela acontece e descrever o decurso da Ação Dramática, a estrutura da ação, descrita no próximo passo.
Quarto Passo: Elaborar uma Estrutura (ou Escaleta)
Organizar uma Ação Dramática (Como) definindo de que maneira as personagens viverão o Conflito, ou seja, de que forma a história será contada. Para isso é importante definir o Plot da ação, ou seja, a parte central da Ação Dramática, a espinha dorsal do roteiro. A Estrutura é a divisão da Sinopse em partes e a forma, ou seja, como a trama vai evoluir até o desfecho. Uma estrutura clássica é conhecida como Ternário (divide-se em três partes). Na Estrutura é preciso definir também o Formato do audiovisual. Para tanto, o primeiro passo é determinar a mídia ou o veículo para o qual se destina o roteiro e depois, fixar o Formato de acordo com a mídia alvo.
Quinto Passo: Elaborar o Pré-Roteiro (ou Roteiro Literário)
Incluir os Diálogos (falas ou locução) que são o fator determinante do Tempo Dramático das cenas ou seqüências. Definir as palavras que serão usadas pelas personagens que viverão o Conflito. As Rubricas (ou indicações) devem acompanhar as falas descrevendo o estado de ânimo ou atitudes das personagens para orientar o diretor e os atores com relação ao clima de cada fala e de cada cena. Os principais aspectos para a criação dos diálogos são a coerência e o conteúdo das falas, e a maneira como se fala. No pré-roteiro, a narrativa, que até aqui é vista como um todo, será dividida em cenas, ou seqüências. Cada cena deve estar integrada ao todo e o desenrolar das cenas deve ter um Ritmo que resulte num tempo ideal. A harmonia do Ritmo determinará a harmonia do conjunto da obra. O Pré-roteiro é também a fase de fazer Leituras Dramáticas do texto, fazer revisões, ouvir feedbacks, refletir sobre o texto e reescrever as cenas e seqüências quantas vezes isso for preciso.
Sexto Passo: Participar do Roteiro Final (ou Roteiro Técnico)
Manejar as cenas e criar uma Unidade Dramática para o audiovisual. O roteiro final é um trabalho de equipe que requer a interação do roteirista com o diretor, a equipe de produção e até com o elenco. É hora de corrigir imperfeições e trabalhar as imagens mais a fundo, incluindo os Movimentos de Câmera e Planos de Filmagem. Aqui também serão incluídos a Iluminação, a Trilha Sonora, o Elenco e outros detalhes de produção. Ao final deste trabalho o roteiro deve estar pronto para ser gravado. Doc Comparato acredita que “Compete ao diretor e à sua equipe, converter o roteiro literário em roteiro técnico… Elaborar o roteiro final significa converter o Primeiro Roteiro – um texto – em uma ferramenta de trabalho que será entregue à equipe de produção para ser traduzida em imagens e sons“.
Escrevendo Roteiros
Considerações Gerais sobre o Roteiro:
1. Mídias e Veículos: Para determinar o formato do audiovisual e do roteiro, é preciso definir para qual mídia ou veículo o projeto se destina: Teatro, Cinema, Televisão, Vídeo, CD ROM, DVD, Internet, Eventos, etc.
2. Teatro: Para escrever roteiros para qualquer mídia é preciso conhecer os fundamentos do Teatro que é o pai das artes cênicas. Há três aspectos fundamentais na arte do Teatro:
Conflito – Não há ação dramática sem conflito, mesmo que seja a total ausência de conflitos.
Sonoridade – A força de uma narrativa dramática está na sonoridade do texto expressa nas falas, nos diálogos, na locução, etc.
Estética – As imagens precisam ser criadas e visualizadas através de um conceito estético que harmonize formas, cores e movimentos, causando impacto visual no espectador.
3. Diferenças de Linguagem: O Teatro é a arte do Diálogo. O Cinema é a arte da Imagem. A Televisão é um misto entre os dois. Novelas e seriados pendem mais para o teatro (diálogos) e as minisséries, para o cinema (imagens). Já a Internet é a arte da Interatividade.  
4. Formatos do Roteiro: O modelo e a diagramação do roteiro variam conforme a mídia a que ele se destina. Existem padrões para cada tipo de roteiro. Cada mídia exige informações preliminares adequadas à sua linguagem:
Teatro – Época, Local, Cenário, Personagens, Observações. Eventualmente pode-se incluir a Story Line e a Sinopse da peça.
Cinema – Época, Local, Locações, Personagens (principais, secundários, periféricos, extras e figurantes), Apresentador, Locutor ou Narrador. Pode-se incluir observações sobre a Trilha Sonora, Iluminação, dados referentes à produção, a story line e a sinopse do filme.
Televisão – Época, Local, Ambientação, Personagens (principais, secundários, periféricos, extras e figurantes), Escaletas.
Empresariais: Cliente, Formato, Duração, Público-alvo, Cenário, Personagens, apresentador ou locutor; Trilha, Observações, etc.
5. Ferramentas do Roteiro: Teatro – O roteiro de teatro é composto por Diálogos, que são as falas das personagens, ao vivo ou em off e por Rubricas [vide tópico 13] que descrevem o que acontece em cena e os estados emocionais das personagens. Há ainda as indicações de sons, efeitos, trilha sonora, e efeitos de iluminação, que podem ocorrer em ocasiões específicas.
Cinema – O roteiro de Cinema é formado pela descrição das Imagens, ou seja, tudo aquilo que se vê na tela, inclusive letreiros; e Áudio, tudo aquilo que se ouve no filme, as falas das personagens, apresentador ou locutor, efeitos de som e trilha.
Televisão – O roteiro de Televisão também é composto por descrição de Imagens e de Áudio.
Internet – Em um roteiro interativo, além da descrição de Imagem e Áudio, há a Programação, que descreve as possibilidades de navegação dentro do programa.
6. Divisão do Roteiro: Toda a ação dramática se divide em Cenas, no entanto um roteiro não precisa ser dividido cena a cena. O roteiro para teatro é dividido em Atos. Em cinema, o formato mais comum é o Sequenciado (dividido em sequências). Em televisão, o roteiro divide-se em blocos por causa dos intervalos comerciais, que se subdividem em sequências. Em vídeo, normalmente, o roteiro é dividido em Blocos por assunto, que se subdividem em sequências. Em roteiros para mídia digital, a divisão ocorre através de um menu com assuntos opcionais.
Em cinema e televisão, a forma mais usada para dividir as sequências é a mudança de ambientação, ou seja, muda a locação da filmagem, muda a cena. No teatro, as cenas mudam com a entrada e saída de personagens.
7. Formato do Audiovisual: O programa pode ser Ficcional ou Não-Ficcional e os formatos variam de acordo com a mídia a que se destina o projeto. 
Cinema – Documentário, Longa-metragem, Curta-metragem, etc.
Televisão – Telenovela, Seriado, Minissérie, Documentário, etc.
Vídeos Empresariais – Comerciais, Institucionais, Treinamento e Produtos.
Eventos – Shows, Convenções, Inaugurações, etc.
Mídia Interativa – Comerciais, Informativos, etc. 
8. Gêneros do Roteiro: Além de do formato (Ficcional ou Não-Ficcional ) o roteiro pode ser classificado quanto ao gênero:
Aventura – Western, Ação, Mistério, Policial, Guerra, Musical.
Comédia – Romântica, Musical, Infanto-Juvenil.
Crime – Psicológico, Ação, Social, Policial.
Suspense – Terror, Mistério.
Romance – Amor, Melodrama.
Drama – Romântico, Biográfico, Social, Musical, Comédia, Ação, Religioso, Psicológico, Histórico.
Ficção Científica – Futurista, Imaginário.
Outros – Tragédia, Farsa, Animação, Histórico, Séries, Mudo, Erótico, Documentário, Semidocumentário, Infanto-Juvenil, Educativo, Eventos, Empresarial ; etc,
 9. Localização no Tempo e no Espaço: Logo no início do roteiro deve-se definir onde e quando a ação transcorre.
Época – Localizar a história no Tempo – Quando.
Local – Localizar a história no Espaço – Onde.
 10. Perfil das Personagens: A personagem é um ser humano imaginário. Para compor personalidades consistentes, vivas e interessantes é preciso refletir sobre seu caráter e formação. O autor pode valer-se de suas próprias vivências e lembranças, e pesquisar sobre os dados atribuídos à personagem. Uma ferramenta para dar corpo a elas é elaborar uma ficha contendo alguns dados como: Sexo, Tipo físico, Idade, Nacionalidade, Quando e Onde vive ou viveu, Classe Social, Raça, Saúde, Escolaridade e nível cultural, Profissão, Família, Hobbies, Hábitos, Fatos do Passado, Relacionamentos afetivos, Sexualidade, Religião, Filosofia e ideologia política, Situação financeira e patrimônio, Aspectos psicológicos, Vícios e desvios de conduta, etc.
11. Estrutura Clássica: Embora existam diversas variáveis, a Estrutura clássica de fragmentação de um roteiro é conhecida como Ternário:
Preparação – Surge o conflito
Desenvolvimento – Crise
Desenlace – Resolução 
12. Rubricas e Indicações: As Rubricas e Indicações podem aparecer na área destinada ao áudio e entre as Imagens também. Elas devem ser claras, diretas e objetivas para que todos os profissionais da equipe de produção possam entender aquilo que o autor quer dizer. E devem ser criativas também, para que o diretor e os atores captem o clima e a densidade da ação. Há dois tipos de Rubrica:
Rubricas de Ação – descrevem o que acontece em cena.
Rubricas de Tonalidade – descrevem os estados emocionais das personagens e o tom dos diálogos e falas.
As rubricas devem ser usadas com parcimônia com o objetivo exclusivo de descrever, de forma sucinta, o que acontece em cena e em que tom as personagens expressam suas falas. Ao exagerar no uso de indicações, o roteirista estará invadindo o espaço criativo do diretor e do elenco.  
13. Movimentos de Câmera: Para escrever para Cinema, Televisão e Vídeo, o roteirista deve conhecer os Planos de Filmagem e os Movimentos de Câmera, mas não cabe a ele definir os planos de cada cena. No primeiro roteiro ou roteiro literário, alguns movimentos poderão ser sugeridos ou descritos nas cenas-chave da ação ou para dar ideia do clima de uma seqüência. Mas caberá ao diretor e à equipe de produção, definir cada Movimento de Câmera no Roteiro Final ou Roteiro Técnico. Ao se exceder na descrição dos planos de cada seqüência, o roteirista estará invadindo o campo de ação do diretor e da equipe de produção.
Por Hernany Lisardo
Fontes:
– Doc Comparato – “Da Criação ao Roteiro” – Editora Rocco – 486 págs. – 1995
– Murilo Dias César – “Curso de roteiro – Teatro, televisão e cinema” – 2000
– Walter Webb – “Cinema Total – Roteiro, direção e produção” – 2002

LINHAS E ENTRELINHAS DE UMA HISTÓRIA - COMO TRABALHAR REESCRITA COM CRIANÇAS DE 6 ANOS

As histórias são fonte para inúmeras aprendizagens que colaboram para a construção do sujeito, para a compreensão das questões afetivas, para o desenvolvimento da imaginação, do pensamento. São também recursos inestimáveis para conhecer a linguagem com a qual se escreve. A reescrita do conto oriental “O Quebrador de Pedras” surpreende e encanta, pois as crianças aprendem muito sobre o que envolve a escrita e a produção de texto


No primeiro semestre as crianças tiveram a oportunidade de ouvir vários contos e se encantaram com alguns deles, pedindo que eu os recontasse mais de uma vez. Quando propus que, em duplas, elas reescrevessem o conto preferido, a turma realizou uma votação e escolheu “O Quebrador de Pedras”1.
Antes de relatar as etapas mais importantes de todo o processo que se seguiu, é fundamental compreender dois aspectos essenciais que justificam uma proposta de reescrita de um conto conhecido.

Em primeiro lugar, a partir do contato com bons textos a criança tem a possibilidade de compreender características da linguagem que se escreve, muito diferentes da linguagem coloquial. Isto é, se a criança vai escrever uma história inventada, por exemplo, é natural que faça uso de expressões que costuma falar em seu dia-a-dia.
Em contrapartida, se vai reescrever uma história que conhece bem, pois já ouviu e contou várias vezes, terá a possibilidade de fazer uso de expressões que aparecem no texto, aproximando-se da linguagem que se escreve.
Em segundo lugar, a criança pode ter a chance de desenvolver competências como leitora, pois o fato de reescrever uma história já conhecida possibilita criar novos instrumentos de análise do que, de fato, constitui um bom texto.
Maria Fernanda e Bárbara, 6 anos
Isto é, a proposta de reescrita permite que a criança reflita sobre questões que se referem a alguns aspectos do gênero que não são percebidos enquanto se lê e, ao colocar-se tais questões, é possível que se dê conta de tais aspectos como leitora.
Por exemplo, buscar maneiras de enriquecer a descrição de onde se passa uma história na hora de iniciar um conto permite que a criança possa, ao ler vários outros contos, analisar se o que está lendo é ou não um texto de qualidade em termos descritivos.
Portanto, foi importante esclarecer para as crianças que elas não iriam copiar a história, mas sim criar uma mesma história a partir do texto fonte, buscando recursos próprios para contar o que achavam mais importante.
O início do trabalho 
Relemos o texto mais de uma vez, as crianças recontaram a história oralmente em diferentes situações e tivemos várias conversas sobre como imaginavam Shao Lee, personagem principal, e sobre o significado daquela história:
– Eu acho que o Shao Lee tinha uma barbichinha porque morava no Oriente – começou Luís Felipe.
– Acho que ele tinha os dentes amarelos e era muito pobre! Coitado, ficava muito no sol… O dia inteiro! – continuou Bárbara.
– Deve ter bigode porque aí o sol não queima o rosto dele – disse Maria Fernanda.
– Então ele era moreno e tinha os olhos escuros – concluiu Beatriz.
– E era bem magro, eu acho! – completou Patrícia.
– Por quê? – perguntei.
– Ué, ele não tinha dinheiro para comprar comida; era quebrador de pedras, era pobre! – respondeu Maria Fernanda.
– Mas ele era superforte, quebrava pedras o dia inteiro! – lembrou Gabriel Ghion.
– E a roupa que ele usava tinha que ser escura, por causa do pó das pedras…devia ser toda empoeirada – falou Camila.
– Ele queria ser sempre mais poderoso! – disse Léo.
– Ele nunca ficava contente! – afirmou Bárbara.
– E por que será? – perguntei novamente.
– Sei lá… tem gente que é assim! – respondeu Maria Fernanda.
–Tem gente assim? – insisti – Não é só na história que isso acontece?
– Não aparece nenhum gênio de verdade na vida da gente, mas tem gente que não consegue ser feliz porque não tem o que quer… – comentou Beatriz.
O resultado das primeiras intervenções
No fim de agosto partiram para a reescrita propriamente dita. Dividi as crianças em duplas pensando em alguns critérios como possibilidade de troca de conhecimentos, de colaboração, e pedi que recontassem a história da maneira que quisessem, como fizeram Maria Fernanda e Camila.

A partir da primeira produção de cada dupla, fui realizando intervenções coletivas que dessem subsídios às crianças para enriquecer o início de cada conto. Trouxe, primeiramente, alguns trechos iniciais de diferentes histórias e de descrição de personagens de alguns contos, como esse, por exemplo:
“Há muito tempo não chovia naquela terra. Estava tão quente e seco que as flores ficaram murchas, o capim tornara-se marrom e até mesmo as árvores grandes estavam morrendo. A água evaporou nos rios e nos córregos, os poços estavam secos e as fontes pararam de jorrar. As vacas, os cães, os cavalos, os pássaros e todas as pessoas tinham muita sede. Todos se sentiam incomodados e doentes.”
Propus que, à medida que eu fosse lendo, fechassem os olhos e tentassem imaginar como era o lugar ou o personagem apresentado no texto. A partir desse trecho, as crianças puderam perceber quais as inúmeras características de um lugar que é realmente muito seco.
Além disso, registraram as características do início de um conto:
  • o lugar em que acontece a história;
  • o tempo em que a história acontece;
  • o lugar em que a história acontece.
E, ainda, como deveriam começar as histórias que estão no passado:
  • Era uma vez…
  • Há muito tempo…
  • Nas antigas terras…
  • Há muitos e muitos séculos…
Depois de toda essa discussão propus que começassem a escrever novamente o conto. Podemos observar, na produção de Maria Fernanda e Camila, a mudança significativa no texto, que, dessa vez, traz muitos detalhes.
HÁ MUITO TEMPO HATRÁS NAS ANTIGAS TERRAS DO ORIENTE NÃO XOVIA. HAVIA UMA MONTANHA QUE ERA MUITO GRANDE. NELA, UM SINPRI QUEBRADOR DE PERAS XAMADO SHAO LEE VIVIHA LÁ QUEBANDO PEDRAS ENORMES E BEI GIGATES. DITANTOQUEBRAR PEDRAS FICOU COM AS MÃOS ROXAS SHAO LEETINHA BARBA, OLIOS PUXADOS E ERA MUITO CORAJOSO MAS ERA POBRE E ERA TRISTE
A descoberta de um novo procedimento
Uma vez por semana, as crianças passaram a escrever um pedaço da história. Recebiam já digitada a parte que fora escrita e continuavam a escrever do ponto em que haviam parado. As duplas reliam o que já estava escrito e Bete, professora auxiliar, e eu fazíamos perguntas sobre alguma informação que não estivesse clara ou que estivesse faltando.
A princípio as crianças se mostraram muito resistentes em complementar algumas informações: é que elas não queriam copiar ou escrever tudo novamente. Então ensinamos o recurso do uso de asteriscos numerados (*1) para indicar onde deveria ser acrescentado um novo trecho. Cada dupla poderia escrever em outra folha o que seria complementado durante as revisões e a nova digitação. Observe como Lucas e Luiz Otávio complementaram algumas informações:
Para nossa surpresa, esse recurso passou a ser utilizado até mesmo em outras situações, durante a produção dos textos para a Feira de Ciências, por exemplo.
As produções revelam as aprendizagens das crianças A descrição do “novo Shao Lee” cada vez que era transformado pelo gênio também passou a ser explorada, dando ao leitor uma idéia muito completa de sua nova personalidade, como mostra o exemplo da Claudia e da Juliana:
NO MESMO TEMPO SHAO LEE SE VIU DENTO DE UM PALÁCIO QUE ERA SEU VIU QUE ESTAVA COM UMA ROUPA DE UMA COROA DE OURO E MUITOS COSTUREIROS FAZENDOS MUITAS ROUPAS BONITAS PARA ELEL MAIS NÃO FICOU FELIZ POR MUITO TEMPO UM DIA NOM DOS SEOS PASEIOS ESTAVA NUMA LITEIRA O SOL SE DEPARAVA NA COROA DE SHAO LEE SEMPRE QUE ELE IA PASIAR NA RUA O SOL BRILHAVA EM SUA COROUA E ELE FICAVA MUITO IRITADO: – GÊNIO EU QUERO SER SOL
Também foi possível, durante a reescrita de cada trecho, acompanhar o uso freqüente que as duplas faziam de expressões que, sem dúvida nenhuma, caracterizam um bom texto literário. A qualidade de um trecho do texto de Bárbara e Gabriel Silveira confirmam isso:
Quando e como faz sentido aprender pontuação
Fui procurando pontuar e socializar descobertas que algumas duplas fizeram, a partir da observação do texto fonte, sobre o uso de “dois pontos” e “travessão” indicando a fala de personagens.
– “Olha, aqui no livro sempre que o gênio e o Shao Lee vão falar tem esses dois pontinhos e esse tracinho…” – disse Beatriz.
Depois de sua descoberta, as produções escritas passaram a trazer essa pontuação, como no exemplo de Patrícia e Gabriel Ghion:
EQUANTO MAIS OSHAOLE RECLAMAVA QUEOGENIO APARESEU O GENIO DISEASIM:
– O QUE VOCE QUER
EU QUERO CER UM SOL, O GENIO EXCLAMOU:
– CEU DESEJO É UMA ORDEI
Acabei informando também sobre o uso dos pontos de exclamação e interrogação, a partir da análise de um trecho do texto fonte, pois, a exemplo de André Parise e Léo, as crianças se apropriaram do uso de palavras como “exclamou” e “perguntou”:
A investigação de novos recursos discursivos
Um outro aspecto bastante discutido na exploração desse conto diz respeito à repetição de alguns trechos. Fiquei surpresa com a ligação que as crianças conseguiram estabelecer entre o recurso da repetição e o efeito que se quer causar no leitor:
– Eu acho que o gênio aparece e responde sempre do mesmo jeito pra gente saber que ele está aparecendo muito – disse Claudia.
– É pra gente que está lendo saber que o gênio sempre faz a mesma coisa!
– corrigiu Camila.
– E que o Shao Lee nunca fica satisfeito – completou Lucas.
– É pra gente que está lendo ir se cansando de ouvir, igual como o gênio estava se cansando de receber tantos pedidos! – disse Luiz Gustavo, indo ainda mais longe.
Um bom exemplo de que as crianças compreenderam muito bem que uma reescrita não é uma cópia foi observar que cada uma encontrou uma maneira diferente de repetir alguma passagem ou de utilizar uma mesma palavra, escrevendo-a mais de uma vez, a cada pedido do gênio, como fizeram Henrique e Luís Felipe:
Aprender a revisar textos
Depois que as crianças concluíram suas histórias, iniciamos um processo de revisão dos textos, considerando aspectos de coerência, pontuação e ortografia. Um dos recursos utilizados para a revisão foi oferecer já digitados os textos corrigidos por elas anteriormente, acompanhados de bilhetes que apontavam às duplas o que precisaria ser alterado:

Para revisar algumas questões ortográficas, xeroquei histórias escritas pelas crianças e coloquei-as em transparência, utilizando o retroprojetor para uma análise coletiva. Assim, elas foram relendo e alterando algumas palavras.
Vale ressaltar que as reescritas foram “corrigidas” e “melhoradas” a partir das possibilidades do grupo e, por isso, ainda há algumas escritas ortograficamente incorretas. Mas acredito que, já que esse produto final representa toda a evolução conquistada em termos de escrita, é importante respeitar o que pôde ser revisto até o final do grupo 6, o que não é pouca coisa!
Um fechamento com final muito feliz
Após todas as revisões as crianças confeccionaram a capa do livro e ilustraram seus contos: o resultado pôde ser apreciado no dia da formatura da turma que estava passando para a primeira série do ensino fundamental. Elas estavam sabendo tantas coisas!

Todas as reescritas ficaram encantadoras! Esta foi, sem dúvida nenhuma, uma excelente oportunidade que as crianças tiveram de perceber, já nas primeiras produções de texto de suas vidas, que por trás das linhas de qualquer texto bem escrito há muitas entrelinhas: versões diferentes, rascunhos, palavras substituídas, omitidas, acrescentadas, interrupções para se olhar para o vazio na procura de uma palavra mais bonita, deslocamentos do autor, colocando-se no lugar do leitor para pensar se vai entender ou não o que se procura dizer, pedidos para que o outro leia e nos diga o que achou, se algo pode ou deve ser melhorado etc.
Enfim, saber desde cedo que a escrita é sempre um processo que precisa contar com a disponibilidade e com o compromisso de escrever, ler, reescrever, para melhorar o próprio texto e ficar satisfeito com sua própria produção. Isso fará, com certeza, com que essas crianças tenham maiores chances de serem verdadeiros usuários da escrita, aqueles que encaram o papel em branco como um convite para a criação, vendo-o como uma grande aventura e não como um espaço que amedronta e paralisa.
1 “O Quebrador de Pedras”, in Novas Histórias Antigas – Rosane Pamplona & Dino Bernardi Junior – Brinque Book Editora de Livros Ltda

Bibliografia

  • Aprender a escrever, ensinar a escrever. Magda Becker Soares, do livro A Magia da Linguagem. Org. Edwiges Zaccur. DP&A Ed.Tel.: (21) 233-2518
  • O quebrador de pedras. Coleção Novas Histórias Antigas. Rosane Pamplona & Dino Bernardi Junior. Ed. Brinque Book.Tel.: (11) 3742-8142

Este conteúdo faz parte da Revista Avisa lá edição #10 de abril de 2002. Caso queira acessar o conteúdo completo, compre a edição em PDF ou impressa através de nossa loja virtual – http://loja.avisala.org.br

terça-feira, 3 de novembro de 2015

SUGESTÕES DE ATIVIDADES - SEMANA DA CONSCIÊNCIA NEGRA

Menina Bonita do Laço de Fita - Trabalhando as diferenças na Educação Infantil
O que o aluno poderá aprender com esta aula
  • Perceber-se e perceber o outro como diferente;
  • Respeitar as diferenças;
  • Desenvolver e potencializar a criatividade.
Duração das atividades
5 horas aulas
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno
      O/a  professor/a deve observar a turma em suas relações pensando nas seguintes questões: há crianças que não conseguem interagir com o grupo? Há crianças que expressam verbalmente sua dificuldade em aceitar o outro. Como se dão as interações nos momentos de brincadeiras livres? Como são feitas as escolhas dos parceiros de brincadeiras e de atividades em grupo? Todas essas e outras questões possibilitam ao professor, perceber os preconceitos velados entre nossas crianças
Estratégias e recursos da aula
Primeiro Momento
 Leve para a sala de aula uma história para contar às crianças que contemple ou mencione “diferenças”. No caso dessa aula a sugestão é a história “Menina Bonita do laço de fita” da autora Ana Maria Machado.
 
 
A história pode ser contada com diferentes estratégias: fantoches de uma boneca negra com as características da Menina Bonita e com um coelhinho branco, apenas lendo o livro e mostrando as gravuras ou de acordo com a criatividade do professor. No caso dessa aula, a história foi contada por meio de uma caixa construída só para essa história:   
 
 
Veja os detalhes de confecção da caixa em Recursos complementares. 

Segundo Momento 
Faça uma rodinha e converse com as crianças sobre a história. Levante algumas questões para que as crianças possam pensar e verbalizar suas opiniões. Reler o trecho da história   “O coelho achava a menina a pessoa mais linda que ele já tinha visto toda a vida! E pensava: _ Ah, quando eu casar quero ter uma filhinha pretinha e linda que nem ela!”.   
Questione as crianças: O que é ser bonito? Como uma pessoa deve ser para ser bonita? Na medida em que as crianças forem colocando suas opiniões ir enfatizando a importância da diferença de cada um. Destacar para o grupo que o importante é ser diferente, indagando: Já pensaram se todos nós fôssemos iguais?     
Terceiro Momento
Aproveitar a descoberta do coelho de que “a gente se parece sempre é com os pais, os tios, os avós e até com os parentes tortos” e perguntar às crianças com quem elas acham que se parecem. Para complementar essa discussão, pode-se enviar uma atividade para casa em que as crianças perguntarão aos pais com quem eles acham que elas se parecem. Assim com certeza aparecerão muitas respostas interessantes: olho da avó, cabelo do pai, boca da mãe, etc. Os pais podem enviar fotos de seus filhos junto com as pessoas com quem acham que o filho se parece.
Assim que o material chegar em sala o professor deve socializar as descobertas na rodinha ajudando na verbalização das crianças com uma frase do tipo : minha mãe acha que os meus olhos são do ... meu cabelo é parecido com ..., minha boca se parece com ...
Quarto Momento 
Proponha também outros registros da história para que as crianças possam brincar:   
1) Para estimular a oralidade e expressão das crianças proponha que confeccionem dedoches para brincarem de teatrinho: Modelo:
 
As crianças deverão colorir os dedoches e depois você professor, recorta o espaço dos dedinhos. As crianças poderão brincar com eles construindo os diálogos dos dois personagens.
2) Construir de papel machê, ou de outros materiais (pano, garrafinhas, etc.) a  bonequinha – “menina bonita do laço de fita”   Colocar roupas, cabelos, olhos, boca, etc.
 
 
 
 
 
 


3) Fazer uma exposição com os trabalhos das crianças

 
Recursos Complementares
Caixa de história construída pelo professor:
 Materiais: caixa de sapato, jornal, grude feito com polvilho (ingredientes: água, polvilho. Misture a água com o polvilho leve ao fogo e deixe cozinhar mexendo sempre. Ao se formar a consistência de um mingau, desligue o fogo e deixe esfriar),
 tinta branca para fazer o fundo e tinta da cor principal da história para fazer a base da caixa.  
 Modo de construir a caixa:
Quando a caixa de sapato já estiver pronta, xeroque em tamanho maior a história e colora todas as páginas de acordo com as cores originais. Faça uma capa com papel duro (cartão ou panamá), encaderne e coloque em cima da caixa de sapato – não precisa colar o livro à caixa. Coloque dentro da caixinha alguns objetos marcantes da história – no caso da história dessa aula colocamos a bonequinha, um coelhinho, uma xícara com um pires, um potinho escrito tinta preta, um porta retrato com a foto da avó da menina.   A partir daí é só contar a história de um jeito bem gostoso!   
Receita de papel machê:  
 Massa de Papel –   Você vai precisar de:
- 01 rolo de papel higiênico (prefira os brancos)
- 03 colheres (sopa) de farinha de trigo (ou mais)
- 03 colheres (sopa) de cola branca
- 01 colher (sopa) de água sanitária ou cloro
- 01 bacia e 01 peneira
Modo de fazer: 1- Pique o papel higiênico bem miudinho e coloque numa bacia com água. 2- Junte a água sanitária e deixe de molho por 24 horas, para amolecer. 3- Escorra a água com a ajuda de uma peneira mas não esprema o papel. 4- Junte a farinha de trigo aos poucos. Mexa até ficar uma massa lisa e firme. Se a massa ficar quebradiça ou dura, acrescente mais água. 5- Junte a cola e mexa com as mãos até a textura ficar parecida com uma massa de modelar. 6- Modele o que quiser, lembrando sempre que o fundo dos objetos e as bordas não podem ser muito finos para que não quebrem ao secar. Deixe secar na sombra, em cima de um plástico. 7- Depois que o objeto estiver totalmente seco, pinte com guache. Se as bordas estiverem muito irregulares, antes de pintar, use uma lixa fininha para consertá-las. Se fôr um pequeno detalhe, serve lixa de unha. 8- Para pintar as áreas maiores, use um pincel grosso. Para pintar pequenos detalhes, use um pincel fino. Quando a tinta secar, aplique uma camada de cola branca ou verniz sobre o objeto.
Avaliação
Professor, para avaliar é importante se fazer perguntas do tipo        
  • A criança passou a se perceber como diferente em atitudes e relações com os colegas e com você?
  •  A criança trata os colegas com respeito e valoriza as características que são diferentes das suas próprias?
  •  A criança demonstrou habilidades na expressão oral ao brincar com os dedoches?
  •  Participou de forma criativa da construção de sua própria bonequinha?  


fonte:  http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=18588

EQUÊNCIA DIDÁTICA A CASA DE VINÍCIUS DE MORAES

A CASA

Vinicius de Moraes
Era uma casa muito engraçada
Não tinha teto, não tinha nada
Ninguém podia entrar nela, não
Porque na casa não tinha chão
Ninguém podia dormir na rede
Porque na casa não tinha parede
Ninguém podia fazer pipi
Porque penico não tinha ali
Mas era feita com muito esmero
Na rua dos bobos, número zero
1º Dia – SENSIBILIZAÇÃO E INTRODUÇÃO
1º momento:
  • Exibir o vídeo do poema cantando com as crianças;
  • Conversa na rodinha – Perguntar às crianças se eles já ouviram o poema antes? se gostaram? Se sabem quem o escreveu? Se já ouviram falar de Vinícius de Moraes? Conversar com elas sobre que foi Vinícius de Moraes (Bibliografia), apresentar uma fotografia do escritor; e dizer a elas que por um período estaremos trabalhando com alguns poemas escritos por ele e que muitas coisas irão aprender ao estudar estes poemas.
  • Escrever o poema com letras garrafais (na classe, junto com as crianças) A casa – em papel metro com o formato de casa;
  • Pedir para que as crianças ilustrem o cartaz pintando com: tinta guache, ou giz de cera – afixá-lo na classe;
  • Exibir o vídeo ou música do poema novamente, cantando com as crianças – apontando as palavras no cartaz (fazer isso algumas vezes);
2º Dia: CÃNTICO, INTERPRETAÇÃO E CRIAÇÃO
  • De posse do cartaz; colocar a música para as crianças ouvirem, primeiro ler, depois cantar com elas várias vezes – apontando as palavras no cartaz;
  • Interpretando oralmente o poema: Questionar às crianças quanto:
– Qual é o título do poema?
– Quem é o seu autor?
– Sobre o que fala o poema?
– A casa da qual o poema fala é igual ou diferente da que a gente mora? Por quê?
– Por que a casa do poema pode ser considerada engraçada?
  • Fazendo arte: dar às crianças uma folha de papel com apenas dois riscos e pedir para que elas, usando tinta guache e o dedo, completem o desenho da casa colocando as partes que faltam nela de acordo com o poema: teto, chão, paredes, o pinico, o número da casa e o nome da rua;
– Escreva na lousa o numero: 0 e o nome da rua: RUA DOS BOBOS para as crianças se apoiarem;
– Questionar o que é o número ZERO = 0? Representa alguma coisa?
– Por que Rua do BOBOS?
3º Dia – Natureza e sociedade:
1º momento:
  • Contação de história – os três porquinhos (com exibição de vídeohttps://www.youtube.com/watch?v=yF3ofalvlAo);
  • Ao assistirem ao vídeo – em relação às casas dos Três Porquinhos, os que puderam perceber? São iguais? São feitas dos mesmos materiais?
  • Na rodinha – conversar com as crianças sobre que materiais são necessários para a construção de uma casa onde se compra esses
  • Construindo coletivamente uma lista de materiais que usamos para construir uma casa;“Para construir uma casa eu necessito de alguns materiais”:
– Na medida em que as crianças forem falando os materiais a professora deverá listá-los na lousa, lê-los com as crianças e depois escrever no papel metro para afixá-lo na classe;
2º momento: Passeio pela comunidade para que as crianças observem os diferentes tipos de casa ali existentes – se possível fotografá-las;
4º Dia: Retomando e relembrando o passeio pela comunidade:
Conversar na rodinha:
  • Ao observar as casas durante o passeio o que elas puderam perceber?
  • As casas são todas iguais? Por quê?
  • Todas são feitas com os mesmos materiais?
  • Será que todas as pessoas vivem em casas? Ou existem outros tipos de moradias?
  • Trabalhar com as crianças sobre os diferentes tipos de moradias: casas, apartamentos, barracos, palafitas, ocas indígenas, casas de pau a pique, e outras.
Para casa: Com a ajuda do pessoal de casa pesquise em livros e revistas diferentes tipos de moradias e cole nesta folha.
5º Dia:
1º momento: Reflexão sobre a escrita das palavras do poema: CASA
Colocar novamente a música e cantar com as crianças apontando as palavras com o dedo no cartaz;
  • Escrever a palavra CASA – em tiras de papel usando diferentes tipos de letras: cursiva e de imprensa e apresentá-lo para as crianças e pedir para que elas observem;
  • Entregar a letra do poema impressa para as crianças e pedir para que elas localizem no poema a palavra casa, circulem e pintem;
  • Escrever a palavra CASA na lousa e pedir para que as crianças leiam primeiro rapidamente, depois pausadamente: CA – SA batendo palmas;
– QUESTIONAR:
  • Quantas letras? Quantas sílabas?
  • Qual a primeira letra? Qual a última letra? Quais as letras intermediárias?
2º momento: escrita espontânea de palavras e letras
  • Pedir para que as crianças escrevam a palavra CASA na mesa usando o dedo;
  • Escrever a palavra casa no papel usando o dedo e tinta;
  • Pedir para que tentem escrevê-la na lousa da forma que souberem;
  • Traçar a 1ª letra da palavra CASA na caixa de areia; sobre a mesa; na folha de papel usando tinta guache;
  • Colar barbante sobre a letra: C
  • Modelar a letras da palavra CASA (com massinha);
  • Montar a palavra CASA usando letras móveis
  • Fazer bolinhas de papel crepom e ilustrar a letra: C;
Para casa: Entregar uma folha impressa para as crianças pedindo que elas procurem em livros ou revistas palavras e figuras que comecem com a mesma letra inicial da palavra CASA.
  • Na classe – retomar a atividade que passou para casa e
  • – Contextualizando – escrita das letras da palavra casa: C; A; S; A. (de vez e uma de cada vez;
  • Ensaio coreográfico do poema a CASA para no final ser apresentado no SARAU dos pequenos poetasFonte: Gil Nunes Maia