"A educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo. (Nelson Mandela) "

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

Oficina de Psicomotricidade para Professores–Sugestões Psicomotricidade

(veja neste link: http://impactodapedagogiamoderna.blogspot.com.br/2012/06/dificuldades-escolares-e.html  quais as dificuldades que os alunos apresentaram por possíveis falhas na psicomotricidade – na escrita, leitura e raciocínio lógico matemático, que necessitarão destas estimulações apresentadas nesta Oficina
Oficina de Psicomotricidade
SEAA – Serviço Especializado de Apoio à Aprendizagem
Pedagogas-Julia Virginia e Sandra Dantas
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ATIVIDADES DE ESTIMULAÇÃO - PSICOMOTRICIDADE
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Atividades de estimulação – Esquema Corporal
Esquema Corporal: A criança localiza coisas, seres e acontecimentos a partir do conhecimento que tem do seu corpo e de se situar no tempo e no espaço.
Brincadeiras como: carrinho de mão, pedalar, andar descalço sobre areia, no tapete, em cascas de ovo cobrindo-as com um plástico fino para não machucar os pés, andar de joelhos, apanhar com a boca uma bala dependurada, fazer bolinhas com massa de modelar, parar de correr ao toque do apito; Exercícios de coordenação dinâmica como: levantar os braços e junto o joelho direito, depois trocar. Pular de um pé só, imitar um ritmo pré-estabelecido pelo professor, jogos cantados onde as crianças de duas em duas batem as mãos, (escravos de Jó), abotoar e desabotoar, enfiar miçangas. Pular de um pé só, colocar um objeto que não role(uma batata, por exemplo) em um pé da criança e pedir para andar sem deixar cair, jogar amarelinha;
2-Siga o Metre

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Movimentação sob a forma de jogo- as ordens são mais ou menos complexas de acordo com o nível de conhecimento dos alunos e idade.
(as crianças em círculo, em pé).
O Mestre (no primeiro momento é o professor, depois um aluno) – pedes movimentos, pedindo que o imitem.
· “Estou com frio nos braços” - abraçar a si mesmo
· “Ai que dor!” (mãos na cabeça).
· “ Que coceira” (na perna)
4- “Abaixar a cabeça”, “levantar um braço”, “inclinar para frente”, “arraste os pés”, “tossir”, “espirrar”, “piscar os olhos”, “bater palmas” “pular com um pé só”,” pular com o outro”, “sorrir”, “dar gargalhadas” “fazer silêncio” (dedo indicador sobre os lábios"); a competição funciona assim: ganha pontos que fizer os movimentos (anotar na lousa) perde pontos quem perder algum movimento) isso vai exigir Atenção e concentração.
5-Ciências – trabalhar as partes do corpo e suas funções. Atividade escrita: desenhar o próprio corpo (se a criança já escreve – descrever a localização de cada parte: a cabeça fica em cima do pescoço, é redonda e tem cabelos...).
6- Trabalho em grupos: desfile de trajes típicos de cada região brasileira – após pesquisar os grupos escolhem o representante e este vai desfilar: usar chapéus, vestidos, botas, meias, adornos no cabelo, calças etc.. (esta atividade se adequa também aos 4º e 5º Anos)
(são várias atividades – use quantas puder e bastante variadas, para expressão corporal).

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Uso dos Bambolês
Os bambolês são usados em várias atividades e estimulam várias falhas da psicomotricidade além do Esquema Corporal.
Bambolês –  montar  percurso em sequência ou na forma de labirinto. Crie passagens secretas, trechos com larguras e alturas limitadas; estruturação espacial, limites, equilíbrio, atenção, concentração, domínio do esquema corporal, lateralidade, coordenação motora, domínio das relações espaciais, orientação, para frente, para trás, à esquerda, à direita, e a inclusão de pontos de referência.
Variações:
· Colocar bambolês no chão e colocar o número máximo de alunos dentro de cada espaço do bambolê. Ao comando “Coelhinho sai da Toca” todos mudam de bambolê; no segundo comando retira um bambolê, a criança que ficar de fora, sai do jogo e assim sucessivamente até fica um só bambolê e o que ficar dentro é o grupo ganhador.
· Deixar que os alunos façam movimentos giratórios nos braços, pernas, mãos, pescoço e cintura com os bambolês.
· Lançar a bola, de uma distância determinada, para que caia dentro do bambolê, e peça para que lance a bola novamente;
· Na frente da criança: dois bambolês (um mais perto dela e outro mais longe) e, em suas mãos, dois saquinhos de areia. Explique que cada um deve ser lançado dentro de um bambolê. Diga para não jogar os dois ao mesmo tempo. Aqui, o aluno vai perceber que poderá executar ações com um lado e o outro do corpo simultaneamente.
· - Deitar os bambolês presos em duas cadeiras grandes:((presos em uma cadeira) passar por baixo, por cima, pular… Lançar a bola, de uma distância determinada, para que caia dentro do bambolê. Afaste o bambolê e peça para que lance a bola novamente um lado e o outro do corpo.
2- Coordenações Motoras Amplas
Movimentos gerais de todo o corpo: correr, andar, abraçar, ajoelhar, dançar, bater palmas, pular, chutar, verbalizar...

Coordenação Motora Fina
Atividades:
Jogo “Pego Varetas”, “quebra-cabeças” com encaixe; enfiagem: colocar o cadarço no tênis, dar o laço;
colocar palitos no paliteiro pelos orifícios;
separar grãos diversos (macarrão, feijão...) fazer colares e pulseiras de grãos ou de papeizinhos enrolados (canudinhos), colares de havaianas (com flores e missangas
ou grãos, com asclip_image008 flores, já recortadas, em e.v.aclip_image010 bem fino, ou plástico colorido. clip_image012
Coordenação Viso-Motora
Bola ao Cesto  - Bola na Boca do Palhaço – Boliche
Improvise um cesto preso á janela: meninos contra meninas: coordenação visomotora (visomotora têm como finalidade o domínio de campo visual, associado à motricidade fina das mãos, dois elementos básicos para o grafismo, concentração, atenção, lateralidade, estruturação espacial, (em cima/ embaixo, dentro/fora, perto, longe, do lado…).
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Lateralidade – Atividade
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Andar sobre uma fita crepe colada no chão em linha reta equilibrando um objeto na cabeça: um livre uma bola de pano, uma fruta: desenvolvimento não somente do equilíbrio, mas da atenção e da concentraçã0.
Uma estratégia para a criança trabalhar a consciência de seu predomínio lateral para a direita e esquerda (lateralidade) e estabelecer as relações projetivas é através da estimulação tátil. Para tanto, sugere-se desenvolver as seguintes atividades lúdicas:
ESTA ATIVIDADE É ACONSELHÁVEL AOS ALUNOS MENORES – 1º e 2º Anos
O professor coordena a atividade levando os estudantes a dramatizarem um banho, lavando sua cabeça. Terão que fazer movimentos mímicos de passar o sabonete ou xampu com a ajuda da bucha, esfregando o couro cabeludo
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· O professor deverá solicitar ações como:
· esfregar o lado de cima da cabeça;
· esfregar a parte de trás da cabeça;
· esfregar o lado direito da cabeça;
· esfregar o lado esquerdo da cabeça;
Depois de esfregar com gestos mímicos a cabeça toda, devem se enxaguar e enxugar (previamente combinado todos levarão a toalha), podendo ser feita da seguinte maneira:
· enxugar todo o lado direito da cabeça;
· enxugar todo o lado esquerdo da cabeça;
· enxugar toda a parte da frente da cabeça;
· enxugar toda a parte de trás da cabeça.
Com a brincadeira do banho, é possível que os alunos iniciem o processo de construção da própria percepção corporal. O referencial inicial da criança é o próprio corpo, onde ela começa a construir o conceito de lateralidade.
Jogo Twister – divertido, competitivo, regras, limites, desafio, raciocínio lógico, atenção, concentração, tonicidade, esquema corporal e lateralidade:
Jogam os pares quem errar sai.
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Localização e Orientação Espacial
Movimentações no Espaço
1.      Todos iniciam o jogo andando livres pela quadra, ao sinal do apito do professor formam, rapidamente, uma coluna com um aluno em  pé e outro agachado e assim sucessivamente até  final da coluna.
2.     As crianças voltam a andar livremente e ao sinal do apito do professor, formam uma grande roda, de forma que um fique com o corpo  virado para fora  da roda e o outro com o corpo virado para dentro, intercalando as posições.
3.     Enquanto os alunos andam, desenhe um quadrado no chão, e ao sinal do apito peça que todos entrem dentro dele. (Desenhe um quadrado menor do que o número de alunos da sua turma, para que eles precisem se “espremer” para entrar nele.
VARIAÇÕES:
1. Peça ás crianças que entrem no quadrado pulando com o pé direito, segurando o esquerdo  com a mão (tipo Saci-Pererê);
2. Faça vários desenhos no chão. Divida o grupo em pares. Distribua bolas para cada dupla. Ao sinal do apito cada criança joga a bola para o seu par, andando e jogando sem pisar nos desenhos e sem deixar a bola cair.
Raciocínio Lógico Matemático
Jogo da Velha Quebra Cabeças, Palavras Cruzadas, Dama, Dominó, Jogos de Dados, Bingos, (jogos de estratégias)... como, também, os jogos que vão exigir um raciocínio mais elaborado como o Xadrez.
Através de ábaco, tangram, sudoku e tantos outros jogos, crianças a partir dos seis anos, adolescentes e adultos podem estimular o funcionamento do cérebro e melhorar o rendimento na realização das suas atividades.
Passa-passa – jogo com toda a turma (4º e 5º anos)
O grupo é dividido em subgrupos de até oito alunos. O primeiro aluno recebe papel e lápis. Colocados preferencialmente em fila, o primeiro escreve uma sentença curta - de até sete palavras - na folha de papel e passa para o seguinte, dobrando a parte alta da folha, de maneira a não permitir que se possa ver o que está escrito. A folha é passada ao seguinte que deve, evidentemente sem ver a sentença escrita, imaginar a sua continuidade, escrevendo para isso outra sentença na mesma folha.
O processo é mantido até que todos os participantes do subgrupo tenham apresentado sua contribuição, sendo que a folha de papel se torna em uma sanfona.
As folhas de papel são desdobradas e cabe a cada subgrupo redigir um texto, e no máximo com até 10 palavras suplementares, procurando dar certo sentido às diferentes frases apresentadas. Será vencedor o subgrupo que apresentar maior lógica em sua história.
Questões para discussão:
Como foi realizar a atividade em sala de aula?
Quais as dificuldades encontradas pelos alunos?
O que auxiliou o trabalho dos grupos de alunos?
Como aconteceu a comunicação entre os grupos?
Como você avalia o trabalho em equipe da classe?
Observar se os alunos estão se integrando, se são criativos e como ocorre o trabalho em grupo.Tempo de aplicação: 30 minutos número máximo de pessoas: 32 clip_image022 clip_image023
Número mínimo de pessoas: 8
v Alunos Especiais. Quem são? Pela professora Marilene Francisco
clip_image008Tema apresentado por Marilene Francisco, onde foram abordadas as questões.
Como:
1. Um olhar voltado para sua individualidade, necessidades sociais e cognitivas.
2. A importância de conhecer toda sua história de vida familiar, social, suas
3. preferências, sua bagagem de conhecimentos e relações com o meio em que vive.
4. O diagnóstico, o CID, quais necessidades específicas estão contidas neste diagnóstico e suas condições de saúde.
5. A conscientização de não existe receita pronta ou um manual de atendimento para ANEEs, até porque é inerente ao ser humano, cada um ter suas próprias peculiaridades: habilidades, competências e potencial.
6. Criar, experimentar e, sobretudo deixar que o próprio aluno sinalize por quais caminhos vai seguir seu processo de aprendizagem.
7. Acreditar que ele tem um potencial como todos os outros e planejar suas ações pedagógicas de acordo com seu potencial.
8. A importância do vínculo afetivo foi apontada pela professora Marilene como imprescindível tanto quanto aos alunos não portadores de necessidades educacionais.
9. Recursos como:
Materiais adequados para serem usados nas flexibilizações dos conteúdos programáticos da série cursada, de acordo com a adaptação curricular. Construir uma rotina diária para sala de aula (para todos e principalmente para seu aluno especial). Incluir o aluno na rotina da sala, como por exemplo, “ajudante do dia” em dupla com um colega com quem tenha afinidade... impor, como aos outros, regras e limites. Estabelecer vínculo com a família. Interagir com a Sala de Recursos, trocando informações, experiências. Estimular a autonomia e independência. Aproveitar momentos da recreação para trabalhar com toda turma, visando à estimulação dos seus alunos, jogos de psicomotricidade adequados às suas necessidades. Fazer uso de alfabeto móvel (de acordo com a necessidade para construção da escrita e avanço nas hipóteses psicogenéticas da escrita). Usar muito material concreto e imagens para que o aluno possa relacionar conteúdos e facilita sua memorização.
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SUGESTÕES DE MATERIAIS PARA USO DIDÁTICO EM SALA DE AULA
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“Literatura Infantil” no cantinho da leitura, para os momentos de conteúdos planejados e para os momentos de uma atividade alternativa para aluno.
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Estimulação do desenvolvimento da Psicomotricidade: coordenação motora, viso-motora, raciocínio lógico matemático.
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Alfabeto Móvel, Atividades lúdicas para estimulação do domínio do esquema corporal – leia neste link > Aqui sobre atividades de estimulação psicomotora (fundamental para aquisição da escrita e leitura), material dourado – conteúdos matemáticos...
O Tema: Adaptação Curricular foi apresentado pela professora Maria das Dores Moreira, que reforçou a importância de conhecer bem o aluno e de uma avaliação muito peculiar para que se possa realizar uma adaptação curricular dentro das reais necessidades do aluno, citou Luckesi quando diz:
“Defino a avaliação como um ato amoroso, no sentido de que avaliação, por si, é um ato acolhedor, integrativo, inclusivo.” (Cipriano C. Luckesi.).
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Lembrou que em função de a avaliação estar presente em todas as etapas da construção do currículo adaptado para o aluno com deficiência e por estar intimamente vinculados aos conteúdos, objetivos, algumas orientações devem ser consideradas:
ü Analise a situação sociocultural de cada criança.
ü O aluno pode estar passando por outras dificuldades, que prejudicam o seu processo de aprendizagem, como por exemplo, estar sendo vítima de violência doméstica.
ü A avaliação não como prova de conteúdos, mas como resultados dos conhecimentos demonstrados formalmente e informalmente, desde a oralidade, verbalização, expressão através da arte de conhecimentos gerais e específicos curriculares(teste na psicogênese – veja neste link como adaptar um teste significativo para o aluno ANAEE – clicando > Aqui, de acordo com as suas limitações e condições de expressividade.
ü E que é muito importante, neste processo de construção da Adaptação Curricular, após uma avaliação processual não esquecer todo o resultado do que for avaliado deverá estar contemplado em seu planejamento, considerando para tal a idade, características e condições da faixa etária dos alunos.
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Em resumo as Adaptações Curriculares são recursos para que o sistema educacional favoreça a todos os alunos, e dentre estes, os que apresentam necessidades educacionais especiais, que deverá fornecer respostas educativas que tanto facilitem o acesso ao currículo, à participação integral, efetiva e bem sucedida em um programa da escola regular quanto leve em consideração as peculiaridades e necessidades especiais dos alunos no processo de elaboração do planejamento escolar.
Muitas são as modalidades de adaptações curriculares:
De grande e pequeno porte nas quais se inserem:
  1. Adaptação de Objetivos.
  2. Adaptação de Conteúdos.
  3. Adaptações do Método de Ensino e da Organização Didática.
  4. Adaptação do Espaço e da Temporalidade.
  5. Adaptação do Processo de Avaliação.
(sobre as especificidades das adaptações leiam mais no link: http://www.cinfop.ufpr.br/pdf/colecao_1/educ_esp_7.pdf)
Em seguida as professoras apresentaram os portfólios dos alunos já atendidos na Sala de Recursos para que os professores pudessem analisar as atividades desenvolvidas pela sala de recursos: clip_image026
No final os professores receberam uma caixa personalizada com um kit de materiais para serem usados pelos professores com os seus alunos ANAEEs:
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Cada Kit personalizado com o nome do aluno contendo:
  • Palitos
  • Boliche
  • Candinho
  • Livros – Literatura
  • Jogo da Memória
  • Alfabeto Móvel
  • Quebra-Cabeça
  • Revistas para recorte
  • Bolinhas coloridas
  • Massa para modelar
  • Brinquedos de montagem: Lego
ESCOLA CLASSE 02 DO ARAPOANGA – SALA DE RECURSOS – PLANALTINA – DF/2013
Veja mais:
Sugestões de Atividades para Sala de Recursos e Salas Especiais no blog: Impacto da Pedagogia Moderna – Clicando > Aqui

REFERÊNCIAS
AMARAL, L. A. Pensar a Diferença/Deficiência. Brasília:
Coordenadoria para Integração da Pessoa Portadora de
Deficiência, 1994.
BAUTISTA, R. (Org.) Necessidades Educativas Especiales. Aljibe: Málaga, Espanha, 2003
Educação Especial na Educação Básica. Secretaria de Educação
Especial MEC; SEESP, 2001.
BRASIL. Ministério da Educação. Projeto Escola Viva. Garantindo
o acesso e permanência de todos os alunos na escola alunos
com necessidades especiais. Adaptações Curriculares de Grande
Porte, cartilha 5. MEC; SEESP, 2000
Educação psicomotor





Atribui-se à educação psicomotora uma formação de base, indispensável a toda criança (normal ou com problemas), que responde a uma dupla finalidade: assegurar o desenvolvimento funcional, tendo em conta as possibilidades da criança, e ajudar sua afetividade a se expandir e equilibrar-se através do intercâmbio com o ambiente humano.
Seriam tantos os conceitos ligados a esta área do conhecimento quantas são as correntes teórico-práticas existentes. Tais conceitos, contudo, deixam-se enfeixar pela ênfase dada ao corpo lugar do ato voluntário ou, se quisermos, do agir intencional. É possível, através de uma ação educativa a partir dos movimentos espontâneos da criança e das atitudes corporais, favorecer o início da formação de sua imagem corporal, o núcleo da personalidade.
Segundo Le Boulch, a educação psicomotora é um meio prático de ajudar a criança a dispor de uma imagem do “corpo operatório”, a partir da qual poderá exercer sua disponibilidade. Esta conquista passa por vários estágios de equilíbrio, que correspondem aos estágios da evolução psicomotora.
Segundo Quirós, motricidade é a faculdade de realizar movimentos, e psicomotricidade , a educação de movimentos ou através de movimentos que procura melhor utilização das capacidades psíquicas.
Desta forma, podemos definir psicomotricidade como a educação do movimento com atuação sobre o intelecto*, numa relação entre pensamento e ação, englobando funções neurofisiológicas e psíquicas.
Como o comportamento físico da criança expressa, uma a uma, sua dificuldades intelectuais e emocionais, pode-se dizer que a psicomotricidade é a ciência do corpo e da mente. Ao vermos o corpo em movimento, percebemos a ação dos braços, pernas e músculos gerada pela ação da mente. É necessário, portanto, educar o movimento pela mente.
A psicomotricidade integra várias técnicas com as quais se pode trabalhar o corpo (todas as suas partes), relacionando-o com afetividade, o pensamento e o nível de inteligência. Ela enfoca a unidade da educação dos movimentos, ao mesmo tempo que põe em jogo as funções intelectuais. As primeiras evidências de um desenvolvimento mental normal são manifestações puramente motoras.
A psicomotricidade vai permitir que se estabeleça a noção de vazio ou ocupado. São os gestos do corpo que vão levar o indivíduo à consciência de seus limites e possibilidades. A coordenação psicomotora é uma qualidade diretamente ligada à expressão do corpo, porque todo movimento tem uma conotação psicológica de sensações. Nos movimentos, serão expressos sentimentos de prazer, frustração, desagrado, euforia, como dimensão de um estado emocional, reconstruindo, assim, uma memória afetiva desde os gestos iniciais da criança.
COORDENAÇÃO GLOBAL (GROSSA)
Realização de grandes movimentos com todo o corpo, envolvendo as grandes massas musculares, havendo harmonia nos deslocamentos. Não a precisão nos movimentos, embora seja importante a coordenação perfeita dos movimentos.
Exemplo: marchar, batendo palmas, correr, saltar, etc.
COORDENAÇÃO MOTORA FINA
É a capacidade para realizar movimentos específicos, usando os pequenos músculos, afim de atingir a execução bem sucedida da habilidade. Requer um ato de grande precisão no movimento. Movimentos manuais em que coordenação e a precisão são essenciais.
Exemplo: tocar piano, escrever, modelagem com massinhas, recortar, colar, trabalhos com objetos pequenos como pinças, alicates de unha.
(Texto de: Lindací A. de S. Scagnolato)
Exemplos de Atividades: