"A educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo. (Nelson Mandela) "

sábado, 20 de abril de 2013



















VOLTA AO LAR

Parábola do Filho Pródigo – Lucas 15.11-24


Personagens:

1ª parte: Narrador

Voz oculta (do filho mais moço)

Voz oculta (do pai)

2ª parte: Filho mais velho

1º servo

2º servo

Pai


Veja também

(todos usam trajes da época)
 
Cenário- cozinha de uma casa antiga. Mesa rústica, vasilhas de barro, facas decozinha e outros utensílios. A um canto, algo que possa sugerir um forno antigo.
 
1ª Parte
 
(O narrador vai à frente, filho e pai estão ocultos)
 
Narrador- certo homem tinha dois filhos e o mais moço disse ao pai:
Voz do filho- Pai, dá-me a parte que me cabe dos bens.
Narrador- E ele repartiu os haveres. Passados não muitos dias, o filho mais moço, ajuntando tudo o que era seu, partiu para uma terra distante, e lá dissipou todos os seus bens, vivendo dissolutamente. Depois de ter consumido tudo, sobreveio àquele país uma grande fome e ele começou a passar necessidade. Então ele foi e se agregou a um daqueles cidadãos daquela terra, e este o mandou para os seus campos a guardar porcos. Ali ele desejava fartar-se das alfarrobas que os porcos comiam, mas ninguém lhe dava nada. Então, caindo em si, disse:
Voz do filho- Quantos trabalhadores de meu pai têm pão com fartura, e eu aqui morro de fome! Levantar-me-ei e irei ter com meu pai e direi: Pai, pequei contra o céu e diante de ti, já não sou digno de ser chamado teu filho; trata-me como um dos teus trabalhadores.
Narrador- E, levantando-se, foi para seu pai. Vinha ele ainda longe, quando seu pai o avistou e, compadecido dele, correndo, o abraçou e beijou. E o filho lhe disse:
Voz do filho- Pai, pequei contra o céu e diante de ti; já não sou digno de ser chamado teu filho.
Narrador- O pai, porém, disse aos seus servos:
Voz do pai- Trazei depressa a melhor roupa, vesti-o, ponde-lhe um anel no dedo e sandálias nos pés; trazei também e matai o novilho cevado. Comamos e regozijemo-nos, porque este meu filho estava morto e reviveu, estava perdido e foi achado.
Narrador- E começaram a regozijar-se. Ora, o filho mais velho estivera no campo; e, quando voltava...
 
2ª Parte
 
(Dois servos entram carregando vasilhas de barro e utensílios de cozinha. Começam a preparar o banquete. Manejam grandes facões como se estivessem tratando a carne do bezerro cevado, dentro das vasilhas de barro. Um jovem entra, com roupa de trabalho, para um pouco, escuta, admirado, as músicas vindas do interior da casa.)
 
Filho (surpreso)- Por que esta música? Estão preparando um banquete? (olha asatividades dos servos) Que está acontecendo aqui? Que festa é esta?
1º servo (abaixando-se junto ao forno para observar a bandeja que está a assar)- Seu irmão voltou.
2º servo (sempre tratando a carne)- Seu pai mandou matar o bezerro que estávamos cevando e preparou uma grande festa para comemorar a volta dele.
Filho (visivelmente contrariado)- Ah! Então ele voltou? E meu pai vai dar uma grande festa! Mas não há razão para isto...
2º servo- Ora, patrãozinho, tanto tempo que o menino estava fora! Não fica alegre?
1º servo- Seu pai está muito feliz e deu ao seu irmão um rico manto, um anel e sandálias novas.
Filho (com muita rispidez)- Ah! Então meu pai vai comemorar o desperdício que meu irmão fez com sua fortuna?
1º servo- Não, não é isso! Seu pai quer comemorar a volta dele. O patrãozinho não está contente?
Filho (ainda mais zangado) – Eu, contente? (vira as costas) . Não participarei desta festa! (muito revoltado) E sabem? Não entro mais nesta casa! (ao sair, encontra-se com o pai que vai entrando).
Pai ( encaminha-se para o filho, sorridente, esperando que ele compartilhe de sua alegria) – Meu filho, você já soube da novidade? Não? Seu irmão voltou!
Filho – Já soube, sim...
Pai- Você não imagina como estou feliz!
Filho (cada vez mais irritado)- Imagino, sim...Pelos preparativos para a festa, que estou vendo...
Pai- Meu filho! É esta a sua reação diante de uma notícia tão maravilhosa? Você não acha que eu tenho razão para fazer esta festa? Você se esquece dos dias de angústia que passamos, sem saber do paradeiro do seu irmão?
Filho- Justamente por isto é que eu estou aborrecido, pai. Ele, por acaso, pensou no nosso sofrimento? Na certa, voltou porque não tem mais dinheiro para gastar...
Pai- Quanto pedi a Deus por este momento, meu filho! E você não entende a minha alegria...
Filho (contrafeito)- Entendo até certo ponto...mas, e eu, pai? Estive todo o tempo com o senhor, trabalhando, nunca lhe dei um desgosto...e quando foi que o senhor fez uma festa para mim? Nunca tive uma festa para alegrar-me com os meus amigos! Nunca, nunca, não foi?
Pai (conciliador)- Meu filho querido! Eu e você sempre nos entendemos. Trabalhamos juntos com os mesmos propósitos e você sabe que tudo o que é meu é seu também! Nunca soube que você desejava uma festa... e você acha que eu não faria uma se tivesse pedido?
Filho- Eu sei, pai, mas...
Pai (interrompendo)- Considere o significado da volta do seu irmão. Pensávamos que ele havia morrido e...de repente, ele voltou ao lar! Ele se arrependeu dos seus pecados e eu o perdoei. Ó, meu filho, seu irmão ESTAVA PERDIDO, e FOI ACHADO! Pense nisto: ele ESTAVA PERDIDO E FOI ACHADO! (Dá ênfase à frase final)
 
 


 
VIANA, Juracy F. A igreja em festa. 2.ed. São Paulo: Casa Editora Presbiteriana, 1990.

A HISTÓRIA DE ESTER



    No momento que a TV RECORD está apresentando A HISTÓRIA DE ESTER, temos no site duas versões, esta, mais curta, uma esquete. A outra é dividida em 15 cenas, com ênfase naSENTENÇA DE MORTE, decretada aos Judeus, a intervenção de Ester e a vitória dos Judeus

    Esquete, baseada na bíblia, no livro de Ester
    TEMA:
    Deus prepara nossas vidas "para este tempo."
    Versículo Chave:
    "e quem sabe se para um tempo como este, chegaste a este reino?" (Ester 4:14)

    PERSONAGENS
    Concorrentes em um concurso de beleza, para ser Rainha;
    Miss Etiópia,
    Miss Pérsia,
    Miss Babilônia,
    Miss Susã, também conhecida como Ester
    Mestre de cerimônias
    Guardas de Reino (2)
    Adereços:
    Microfone Portátil, Fichas, Microfone no tripé, Envelope, Coroa, Bouquet de rosas
    SOM
    A gravação de "interlúdio orquestral" e um rufar de tambores. Ou, convidar um pianista e baterista para fazer a trilha na hora.
    Figurinos:
    As misses vestidos de noite, com uma faixa de miss identificando a sua terra natal.
    Mestre de cerimônias de smoking.
    Guardas do reino de uniformes.
    LOCAL:
    A final de um concurso de beleza, no palco as candidatas alinhadas e um microfone em um estande na direita do palco.
    DRAMA
    Quatro mulheres de frente a plateia, alinharam-se para um concurso de beleza. A mestre de cerimônias está próximo, segurando um microfone.
    MESTRE DE CERIMÔNIA: (ao público) Bem vindos, senhoras e senhores! A tensão é crescente pois entramos na fase final da competição.
    Uma das quatro beldades encantadoras, hoje vai ser coroada rainha da Pérsia, além de tudo e vai se casar com o rei Assuero.
    Agora vamos para a última pergunta.(para as candidatas.)
    Vocês estão prontas, senhoritas?
    (Todas as quatro candidatas concordam com a cabeça, olhando nervosas e animadas.)
    MESTRE DE CERIMÔNIA: Tudo bem, aqui vai. Miss Etiópia, é a primeira a responder.(Lendo numa ficha) Quais as duas primeiras coisas, que você vai fazer, se você é for a rainha?
    Miss Etiópia aproxima-se do microfone.
    MISS ETIÓPIA: Oh, Bob caramba, essa é uma pergunta realmente difícil. Quer dizer, acho que são tantas possibilidades!
    MESTRE DE CERIMÔNIA: Sim, sim, Miss Etiópia, mas estamos correndo contra o tempo. Sua resposta, por favor.
    MISS ETIÓPIA:(rindo)Oh, eu sei. Em primeiro lugar, gostaria de comprar um manto real - você sabe, vermelho com detalhes branco, um luxo. E segundo, eu empenharia minha vida, para promover a paz mundial.
    MESTRE DE CERIMÔNIA: (ao público)Senhoras e senhores, não é fantástico? Muito obrigado, Miss Etiópia.(MISS Etiópia passos para trás em linha.)
    Agora, Miss Pérsia, é você? Quais as duas primeiras coisas que você vai fazer, se você for escolhida para ser rainha?
    Miss Pérsia caminha até o Mestre de Cerimônia, agarra o microfone longe dele, e começa seu discurso.
    MISS PÉRSIA:(militante)Em primeiro lugar, eu gostaria de abolir esses concursos estúpidos. Quero dizer, realmente, é humilhante e degradante. Além disso, esses vestidos são desconfortáveis. E então eu vou criar uma lei para abolir ...
    (Antes que ela possa terminar seu discurso, Miss Pérsia é removida à força por dois seguranças, que entram no palco e a arrastam pra fora.)
    MESTRE DE CERIMÔNIA: (enxugando a testa com um lenço, limpando a garganta, constrangido)Bem, uma atitude dessas diminui a competição, vocês não acham, senhoritas?
    (Os candidatas remanescentes dão uma risadinha nervosas.)
    MESTRE DE CERIMÔNIA: Isso nos traz para você, Miss Babilônia. O que você vai fazer em primeiro lugar se você for escolhida para ser rainha?
    MISS Babilônia:(falando no microfone)Bom, primeiro eu contrataria uma empregada doméstica, para dar uma boa limpeza no palácio. Eu ouvi dizer que há bolas de poeira na cozinha, que estavam lá quando Matusalém era um menino.
    MESTRE DE CERIMÔNIA: Obrigado, Miss Babilônia. Ela não é simplesmente adorável, Senhoras e Senhores Deputados?
    Miss Babilônia retorna pra juto das outras.
    MESTRE DE CERIMÔNIA: Miss Susã, você é nossa última candidata. Qual é a sua resposta? Quais as duas coisas que você vai fazer se você for escolhida para ser rainha?
    MISS SUSÃ / ESTHER: Bem, Bob, eu gostaria primeiramente de agradecer ao verdadeiro Deus único por esta oportunidade de representar e glorificá-Lo.
    MESTRE DE CERIMÔNIA: Isso é muito doce, Miss Susa.
    SUSA MISS ESTHER /: Obrigado. Agora, para responder à sua pergunta. Se eu fosse rainha, a primeira coisa que eu faria é mudar meu nome de Hadassah para Ester. Eu gosto de Ester muito melhor, não é?
    MESTRE DE CERIMÔNIA: Rainha Ester ". Hmmmmm. Ela é autêntica, e entende o assunto.
    ESTER: A segunda coisa que eu faria como a rainha seria arriscar a minha vida, para salvar o meu povo da trama do mal, de um homem enlouquecido. Muito obrigado.
    MESTRE DE CERIMÔNIA: (confuso)Você é bem-vinda, Miss Susã.(Para a platéia).Senhoras e senhores, haverá um curto intervalo, enquanto os juízes tabular os seus votos.
    Um interlúdio da música gravada ou execuções, por um momento. Em seguida, um guarda de segurança entrega nas mãos do Mestre de Cerimônias um envelope.
    MESTRE DE CERIMÔNIA: Bem, pessoal, parece que os juízes têm a sua decisão.(Quando ele abre o envelope, um rufar de tambor é ouvido fora do palco.) (pausa, reage ao que está escrito no cartão)Senhoras e Senhores, eu tenho o grande prazer de apresentar-lhes a nova RAINHA, Miss Susã!
    Ester exulta de alegria, as outras concorrentes a felicitam.
    O Mestre de Cerimônias coloca a coroa em Ester, e lhe entrega um buquê.
    Copyright 2001 by Nina F. Wallestad. All rights reserved.
     

    Fonte WEB


    DIA DA BÍBLIA-EM BUSCA DE UM TESOURO

    EM BUSCA DO TESOURO - Teatro Cristão

    Uma Criança que conhece a Cristo encontra um Pirata infeliz, chorando.
    Papo vai, papo vem... A Criança fala de um tesouro, deixado por Deus para nós. A Arca onde este tesouro está é a Bíblia... Já sabe né, o tesouro referido é a palavra de Salvação.
    Em busca de um tesouro! Dia da bíblia


    PIRATA- Buá! Buá!Ááááá! Há como sou infeliz! Ninguém gosta de mim!Que vida triste! Buáááá! Eu queria tanto ser feliz!...
     
    CRIANÇA-Um pirata chorando?...
    -Oi seu pirata! Por que você está chorando?
     
    PIRATA- Porque não sou feliz...
     
    CRIANÇA- Sabe pirata triste não fique assim! A vida é tão linda! Como é que você é infeliz se é dono de tesouros e mais tesouros preciosos?
     
    PIRATA-È verdade! Tenho muito tesouro, muito ouro, muita prata, muita pedras preciosas joias mil... Mas não sou feliz! Tenho um vazio tão grande dentro de mim. Sinto-me triste, vazio e mau!
    Sinto raiva, ódio, brigo, xingo... Falo mil mentiras. Há! Como sou infeliz!
     
    CRIANÇA-Xi!... Você está mal mesmo! Você tem muitos tesouros, mas não tem o maior tesouro do mundo. O maior e mais precioso! Precioso porque este tesouro preenche o vazio do nosso coração, enche nossa vida de alegria e paz; afastando assim toda maldade!
     
    PIRATA- É mesmo? mas que tesouro é este? onde posso encontra-lo? Seja onde for em alto mar nos confins da terra, buscarei este tesouro para mim. Nem que seja preciso cavar muitos dias. Eu quero este tesouro! Quero ser feliz! Quero acabar com esse vazio do meu coração! Eu não quero ser mau! Onde está o mapa?
     
    CRIANÇA- Ora! Pirata chorão! Não precisa viajar e nem ter mapa algum! Não é preciso nem navio. nem pá e nem muito esforço.
    Este tesouro é Deus! A fonte da vida e do amor! e da paz! Ele ama você e quer faze-lo feliz! E o caminho até a Ele é Jesus seu filho!
    Ele mostrou com seus passos como devemos caminhar. E morreu numa cruz concedendo-nos o perdão de Deus. Nossos pecados, nossas maldades entristecem a Deus e nos afasta Dele.
    PIRATA- Você falou em pecado? O que é pecado?
     
    CRIANÇA- Pecado é tudo aquilo que deixa Deus triste! Matar a alegria de um sorriso, roubar a esperança de um sonho, brigar por causa de um doce... Também usar nossas mãos para machucar e ferir os outros... Deus é Santo! E o sangue de Jesus nos limpa de toda maldade e pecado! Sabe pirata chorão; é como se o pecado fosse uma doença!
    Essa doença destrói nossa vida. E jesus é o medico que cura essa doença. Ele nos salva e nos cura, nos liberta. Você precisa ir ao encontro de Deus. Jesus é a ponte que nos leva a Deus. Ele disse:
    "Eu sou o caminho a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai se não for por mim". Você precisa conhecer Jesus!
     
    PIRATA- Mas como posso conhece-lo? Eu quero conhecer Jesus!
     
    CRIANÇA- Você está vendo a arca de tesouro de Deus? (Mostrar a Bíblia)
     
    PIRATA- Arca de tesouro de Deus?
     
    CRIANÇA-(Mostrar a Bíblia) Aqui estão todas as joias de Deus!
     
    PIRATA-Joias de Deus?
     
    CRIANÇA- Isto mesmo! Este livro aqui é a palavra de Deus! Leia e ouça a voz de Deus falar em seu coração, e creia Naquele que está falando com você!
     
    PIRATA-(Pega a Bíblia) Obrigada amiguinha! Achei o maior tesouro do mundo. Hó que bom! (abre a bíblia e lê) "Lampada para os meus pés é a Tua palavra e luz para o meu caminho".
     
    CRIANÇA- Ei! pirata! Você precisa aceitar Jesus em seu coração. Deus está pedindo o seu coração! Na Bíblia está escrito: "Filho meu da-me o teu coração". Ele quer transformar sua vida!
     
    PIRATA-Hó! Eu quero sim! Deus eu aceito Jesus em meu coração. Aceito Jesus como meu Salvador e Rei! Amém!
    Que alegria! Que Paz! Agora eu vou cavar esse tesouro e descobrir suas preciosidades para minha vida! Até logo amiguinha!
     
    CRIANÇA- Tchau! Pirata! Nova vida!
    Que bacana! Ele encontrou o maior tesouro do mundo! Ele encontrou a palavra de Deus! A Bíblia!
     
    (Extraído da revista: Luz Missionária )

    Fonte WEB Criança Evangélica




    A HISTÓRIA DA FÉ

    Peça baseada na história de Jó, adaptada para efeito de encenação, mais de 20 personagens.

    Há no site + duas peças retratando a vida de Jó, as homônimas:

    A VIDA DE JÓ   e  A VIDA DE JÓ



    Personagens:
    Narrador;
    Jó;
    Deus;
    Satanás;
    Elifaz;
    Bildade;
    Zofar;
    Eliú;
    Baraquel (pai de Eliú);
    Mulher de Baraquel;
    Irmão de Eliú;
    Irmão de Jó;
    Irmã de Jó;
    1º Mensageiro;
    2º Mensageiro;
    3º Mensageiro;
    4º Mensageiro;
    Mulher de Jó;
    Anjos de Deus (três anjos que tem falas);
    Sete Filhos e 3 filhas (um filho e 1 filha têm falas);
    Crianças (três crianças que tem falas);
     
     
    1ª CENA – INTRODUÇÃO NARRATIVA SOBRE A VIDA DE JÓ.
    (Narrador enquanto Jô, seus filhos e filhas, crianças, atuam em cena).
    Narrador : Há muitos anos atrás, antes mesmo de Jesus Cristo, existia na Terra de Uz, localizada no oriente da Palestina, um homem chamado Jó.     Jó era integro e muito fiel a Deus e por este motivo era muito abençoado sendo o homem mais rico e poderoso da época. Pra se ter uma idéia, Jó seria comparado a Bill Gates nos dias de hoje. Jó tinha sete filhos e 3 lindas filhas, estes viviam vidas de muitas regalias e divertiam-se e comemorando suas riquezas dadas pelo pai. Passando o turno de dias Jó oferecia sacrifícios a Deus pela vida de cada um de seus filhos total de 10, para que Deus o perdoassem caso tivessem cometido algum pecado. Embora fosse um homem rico, Jó possuía uma humildade incomparável, gostava muito de brincar com as crianças e todos o respeitavam não pelo dinheiro, mas pela vida integra que ele possuía e sua fidelidade a Deus.
     
    Iluminação : Palco se ascende com as primeiras palavras do narrador mostrando Jó com foco principal e os outros figurantes no decorrer da fala do narrador. Som: Música Suave e ritmada.
    2ª CENA - REUNIÃO DOS FILHOS DE DEUS, DEUS E SATANÁS.
    (Narrador depois dialogo entre Deus e Satanás)
    Narrador: Um dia quando os filhos de Deus vieram apresentar-se perante Ele, veio também Satanás entre eles...
    Anjos: Seja Louvado Santíssimo e Adorado Deus. (três anjos se referindo a Deus em uma única voz).
    Deus: Sejam bem-vindos meus filhos entrem no meu reino... Ora. Ora. Ora! Vejam quem está aqui, se não é o Ex-arcanjo de Luz! De onde você vem, Satanás?
    Satanás: De rodear a Terra e passear por ela, observando as atitudes dos homens (fala com respeito, pois teme a Deus).
    Deus: Então observas também meu servo Jó? Porque ninguém há na Terra que seja como ele, homem temente e integro, reto aos meus olhos e que se desvia do mal...
    Satanás: Por acaso Jó serve a ti de graça? Não o cercaste de sabedoria e vigor? A obra das suas mãos abençoou e os seus bens multiplicam-te na Terra? Estende porem as mãos e toca em tudo o que ele tem, aí verás se ele não irá te negar na sua face!
    Deus: Veremos! Entrego tudo o que Jó tem nas tuas mãos, faça o que bem entenderes somente não toque em sua vida... Vá de Dante de mim nos veremos em breve se tiver coragem de vir até mim mais uma vez fracassado.
    Satanás: Isso é o que iremos ver... Há! (sai de cena apressado e Deus lhe virá às costas)
    Deus: Permitirei isso a Jó, pois sei que ele nunca me decepcionaria!
    Iluminação: no palco se ascende com as palavras do narrador mostrando os figurantes em uma cor Azul, Deus com uma forte Luz branca, e Satanás com uma luz vermelha.
    Som: Música Suave depois tenebrosa com a presença de Satanás.
     
    3ª CENA – AS PRIMEIRAS DESGRAÇAS DE JÓ.
    (Os filhos de Jó, Jó e sua mulher. A chegada das noticias ruins).
    (Jó, sua esposa e seus filhos estão na casa).
    Filho de Jó: Meus irmãos! Vão lá pra casa festejar tenho um grande banquete preparado para nós!
    Filha de Jó: Nós também queremos ir nesta festa...
    Filho de Jó: Vamos então minhas irmãs, não percamos nosso tempo, temos muito pra nos divertirmos por lá!
    Filho de Jó: Vamos Pai? Vamos mãe?
    Jó: Não podem ir meus filhos eu e sua mãe temos muitas coisas pra fazer.
    Mulher: É seu pai tem que acertar os salários de nossos criados tomem cuidado!
    (os filhos e filhas saem de cena entrando Jó em seguida)
    Jó: Te agradeço muito Senhor por tudo o que tenho nesta vida... (fala olhando para seus filhos indo embora, sentasse-se à mesa e começa a ler alguns papeis).
    Narrador: Após algumas horas Jó está tranqüilo em sua casa quando...
    1º Servo: Seu Jó, Seu Jó! (como se estivesse vindo correndo)
    Jó: Fale logo homem, o que aconteceu?
    1º Servo: Eu e meus amigos estávamos cuidando dos seus bois e as jumentas quando de repente vieram os Sabeus e os levaram, matando todos os seus servos que estavam comigo a fio de espada somente eu escapei para te dar a noticia...
    Jó: Mas como... (antes de questionar o servo surge outro como se viesse correndo).
    2º Servo: Jó! Seu Jó! (respirando apressadamente) Caiu fogo do céu e consumiu todas suas ovelhas e meus amigos servos teu que estavam comigo, eu escapei por pouco pra te dar esta triste noticia...
    Jó: Meu Deus o que está acontecendo?...
    3º Servo: Meu senhor Jó...
    Jó: Mais noticias? Espero que sejam boas desta vez!
    3º Servo: Infelizmente não são meu senhor Jó, Dividiram os Caldeus e roubaram em três bandos os seus camelos matando os servos que cuidavam deles a fio de espada, eu escapei pra te dar esta noticia...(esbaforido)
    Jó: Estou perplexo... (antes que diga mais vem outro servo)
    4º Servo: Senhor, tenho uma noticia muito triste para lhe dar (esbaforido).
    Jó: O que pode ser de mais do que já me aconteceu até agora?
     4º Servo: Jó, foram teus filhos...
     Jó: O que eles fizeram? (preocupado)
     4º Servo: Eles estavam na casa do seu filho mais velho, eu e mais outros servos fazíamos a segurança do local, quando veio um furacão e derrubou a casa sobre eles e meus amigos teus servos eu escapei por um milagre e vim correndo dar-te esta triste noticia... Sinto muito meu senhor.
     Jó: Senhor! (rasgando suas vestes e se atirando ao solo) Nu saí do ventre de minha mãe e nu voltarei! O senhor me deu, o Senhor tirou (olhando pra cima) Bendito seja o Teu Grandioso Nome! (chorando, porem confiante).
     Narrador: Jó ficou muito triste e amargurado, mas mesmo com toda esta tragédia, não pecou contra o Senhor, antes continuou mais confiante do que nunca!  
    ILUMINAÇÃO: Luzes de palco foco sempre em Jó.
    SOM: Ambiente
    4ª CENA – A 1ª VITÓRIA DE DEUS SOBRE SATANÁS NO CASO JÓ.
    (Narrador, Anjos de Deus, Deus e Satanás).
    Narrador: Um dia quando os filhos de Deus vieram apresentar-se perante Ele, veio também Satanás entre eles...
    Anjos: Seja Louvado Santíssimo e Adorado Deus. (três anjos se referindo a Deus em uma única voz).
    Deus: Sejam bem-vindos meus filhos entrem no meu reino... Satanás? Venha até a mim agora! (com autoridade)
    Satanás: Estou aqui!
    Deus: De onde tu vens filho das trevas?
    Satanás: Estava, como de costume, rodeando a Terra e passeando por ela vendo as desgraças dos homens! Há Há Há!!!
    Deus: Eu sei, permiti que você incitasse contra o meu Servo Jó, mas para a tua vergonhosa derrota, mais uma vez, ele continua Integro, Reto aos meus olhos e em nada peca contra mim... (vitorioso).
    Satanás: É mesmo? Pele por pele e tudo quanto ele tem dará pela sua vida, até mesmo a fé que dizes ter ele por ti!
    Deus: Pois bem, permito-lhe tocar na sua carne, mas poupa-lhe a vida!
    Satanás: Era tudo o que eu queria para te mostrar que homem nenhum nesta Terra tem tanta Fé e Jó é um deles, pois é mortal e vai te amaldiçoar na primeira prova contra sua saúde que eu colocar! Há há há!!!
    Deus: Agora saia da minha presença te chamarei de volta quando achar necessário!
    (Luzes iguais da 2ª cena, com acréscimo de outra vermelha no meio do corredor do teatro focando Satanás).
    Satanás: Há Há Há!!! Agora estou muito perto de derrotar Deus pela primeira vez! Nada poderá me impedir, pois Ele mesmo me deu autoridade pra fazê-lo envergonhar... Vou me vingar de todas as vezes que ele riu de mim Há Há Há!!! Jó sinta agora a dor na sua pela Há Há Há!!!
    ILUMINAÇÃO: Foco branco forte em Deus e Vermelho em Satanás Máquina de Fumaça.
    SOM: mesclado.  
    5ª CENA – JÓ EM SUA TRISTE TORMENTA.
    (Crianças, Jó, sua mulher).
    Jó: Mas o que esta acontecendo comigo, minha pela esta horrível, sinto dores por todo o corpo, mal consigo respirar, meus ossos doem muito... Crianças! Talvez elas possam me consolar um pouco! (choroso e se raspando com um caco de telha)
    1ª Criança: Tio Jó, o que aconteceu com o senhor?
    2ª Criança: Que cheiro horrível, vamos sair daqui...
    3ª Criança: É vamos embora pode ser contagioso...
    Jó: Pronto nem mesmo minhas crianças querem ficar comigo, estou abandonado, pareço um trapo meu cheiro é terrível nem eu estou suportando... (choroso).
    Mulher: Olhe pra você agora, perdeu tudo o que tinha, e agora vai perder a vida, vai agradecer a Deus por isso. Porque você não morre logo amaldiçoando seu Deus de uma vez por todas?
    Jó: Você está doida mulher? Daria Deus a nós somente o Bem e não o Mal? Ainda que Ele me mate eu esperarei nEle. (olhando para cima).
    (apagam-se as luzes entra a voz do narrador)
    ILUMINAÇÃO: Foco em Jó.
    SOM: orquestrado.
    6ª CENA – OS AMIGOS DE JÓ.
    (Narrador enquanto Jô é observado por seus amigos)
    Narrador: Jó não pecou mesmo com toda adversidade vinda sobre ele, continuou confiante em Deus, seus três mais próximos amigos vem visitar a Jó são eles: Elifaz o temanita, Bildade o suíta e Zofar o naamita (chegando um por vez enquanto o narrador os anuncia reunidos no lado oposto do palco com uma iluminação neles e outra em Jó).
    Elifaz: Veja só, Jó esta pior do que me disseram coitado...
    Bildade: É isto pode ter sido conseqüência de um grave pecado não é possível isso ter acontecido a ele...
    Zofar: É difícil de acreditar, Jó me parecia tão temente a Deus... Como são as coisas vamos até lá?
    Elifaz: Não, vamos esperar um pouco o sofrimento dele deve estar muito grande devemos ter cuidado para não machucá-lo mais!
    Zofar: Tem razão vamos ficar aqui.
    Bildade: Vamos pra perto dele para pelo menos ele se sentir acompanhado.
    Elifaz: Bem me parece uma boa idéia.
    Zofar: A mim também... Mas não vamos comentar nada ainda.
    Narrador: Os três amigos estão perplexos com o sofrimento de Jó que nem mesmo tem coragem de dirigir-lhe alguma palavra... Sentaram com ele em silencio ficaram por sete dias e sete noites...
    ILUMINAÇÃO: Luzes de palco foco sempre em Jó.
    SOM: ambiente.
    7ª CENA – JÓ ROMPE O SILENCIO E AMALDIÇOA SEU NASCIMENTO.
    (Jó se levanta e vai para o meio do palco)
    Jó: Quero que seja amaldiçoado o dia em que eu nasci que aquele dia se transforme em trevas e Deus lá de cima o ignore para sempre, que as estrelas se escureçam no crepúsculo da manha, pois não fechou as portas do ventre de minha mãe e eu nasci para ver o sofrimento...
    Elifaz: O que é isto Jó? Você um homem que em tuas palavras fortaleceu a muitos agora que chega tua vez você se cobre de depressão? Será que o seu Temor a Deus não está a tua esperança e a retidão dos teus caminhos? Agora Deus lhe cobra as tuas iniqüidades e tu desejas morrer?
    Jó: Por que se concede luz ao miserável e vida aos amargurados de animo que esperam a morte e ela não vem? Não tenho descanso a perturbação está vindo sobre mim, Deus me cerca de todos os lados, mas em que errei eu para que isto me acontecesse?
    Elifaz: Ora Jó! Lembra-te por acaso de algum homem inocente que pereceu? E onde na história foram os retos destruídos? Seja sensato não sabe que os que lavram iniqüidades semeiam o mal? Uma palavra escutei em segredo entre pensamento de visões noturnas e fiquei com medo e tremor...
    Jó: Não sei por que isto sobrevêm sobre mim!(interrompendo Elifaz).
    Elifaz: Continuando (olhando desaprovando Jó) Vi o Espírito passar sobre mim e arrepiar os cabelos do meu corpo parou ele, mas não lhe discerni a aparência, um vulto estava diante dos meus olhos, ai ouvi uma voz: Seria o mortal justo diante de Deus?
    Jó: Sei que não sou perfeito, mas que mal eu fiz?
    Elifaz: Jó, seria por acaso o homem puro diante do seu Criador? Deus não confia nos teus servos e aos seus anjos atribui imperfeições, quanto mais àqueles que habitam casas de barro como você!
    Jó: Perdi tudo o que tinha, por que então não morro logo, por que não passa de mim a vida, como gostaria eu de ir para onde está o meu Deus e presenciar a sua face ao invés de tanto sofrimento aqui.
    Elifaz: Chama agora, haverá alguém que te atenda? E para qual dos santos anjos te virarás? Quanto a Mim, eu buscaria a Deus e a Ele entregaria minha causa.
    Jó: Certo, mas se minha queixa realmente pesasse e se numa balança pusesse minha miséria esta pesaria mais que a areia dos mares por isso é que vejo que minhas palavras foram precipitadas, As flechas do Todo-Poderoso estão cravadas em mim os terrores de Deus vem diretamente ao meu encontro como se eu fosse o alvo da Sua ira!
    Elifaz: Bem aventurado é o homem a quem Deus corrige, não despreze, pois a disciplina do Todo-Poderoso! Por que é Ele quem sarará tuas feridas, de seis angustias te livrarás e na sétima o mal te não tocará!
    Jó: Quem dera se cumprisse o meu pedido e que Deus concedesse o que eu peço! Que fosse do agrado de Deus esmagar-me, que soltasse sua mão e acabasse comigo!
    Elifaz: Não Jó, você terá o perdão do seu pecado, a sua descendência se multiplicará e a tua posteridade como a erva do campo! Em robusta velhice entrarás para sepultura. Eis que isso já o há inquirido e assim é! Ouve - me e medita nisso para o teu bem.
    Jó: Ah Deus, ensinai-me e eu me calarei daí me a entender em que tenho errado. Tornai a julgar peço-te, tornai a julgar e a causa da minha justiça e triunfará. Há iniqüidade em minha língua?
    Bildade: Até quando falarás tais coisas? Até quando as palavras da tua boca serão como um vento impetuoso? Perverteria Deus o direito ou perverteria o Todo-Poderoso a justiça? Se teus filhos pecaram contra Ele, também ele os lançou no poder da sua transgressão.
    Jó: Pode ser, ao deitar-me digo, quando me levantarei? Mas a noite é tão comprida fico me revolvendo em minha cama até o amanhecer, minha carne está vestida de vermes a minha pele cria cascas que de novo se abrem Deus lembra-te da minha vida que é um sopro e os meus olhos não tornarão a ver o bem.
    Bildade: Não Jó, se tu buscares a Deus e lhe pedir misericórdia se você se tornar puro e reto, Ele sem demora despertará em seu favor e restaura’ra a Justiça da tua moradia.
    Jó: Ainda que eu o chamasse e Ele me respondesse, nem por isso creria eu que desse ouvidos a minha voz... Se pequei que mal fiz a Ti Deus? Porque não perdoas as minhas transgressões e não tiras a minha iniqüidade? Pois agora me deitarei no pó e se me buscas já não serei mais eu!
    Bildade: Eis que Deus não rejeita ao integro nem toma pela mão os malfeitores, Ele te encherá a boca de riso e os teus lábios de júbilo, seus aborrecedores se encherão de vergonha e a tenda dos perversos não subsistirá!
    Jó: Na verdade sei que assim é. Pois como pode o homem ser justo para com Deus? Ainda que eu seja justo a minha boca me condenará embora seja eu integro, Ele me terá por culpado. Os meus dias foram mais velozes do que uns corredores, fugiram e não viram a felicidade.
    Zofar: mas o que é isso? Será que não vai ser dada resposta a todo esse palavrório Jó? Acaso tem razão o tagarela? (olhando para os dois amigos).
    Bildade: Jó, pior te será se não deixares de se queixar e não assumir de vez a culpa pelo que fez!
    Zofar: Oh! Eu queria mesmo que Deus falasse e abrisse os lábios contra ti e te revelasse os segredos da sabedoria da verdadeira sabedoria que é multiforme!
    Jó: Deus, bem sabes tu que não sou culpado, porque permites tudo isso a mim! Sabes que sempre te busquei, de madrugada estava eu contigo e hoje meus amigos apelam contra mim como se eu fosse o mais pecador dos homens desta Terra! Porque então me tiraste da madre de minha mãe? Porque eu já não nasci morto para não passar por tudo isso?
    Zofar: Jó, por ventura queres descobrir os segredos de Deus ou penetrar até a perfeição do Todo-Poderoso?
    Elifaz: Deus é integro, ele corrige a quem ama tenho certeza que esta prova logo se acabará e tu iras voltar fortalecido a vida...
    Bildade: Você quer morrer? Logo tu que encorajava os fracos e oprimidos...
    ILUMINAÇÃO: Luzes de palco foco sempre em Jó.
    SOM: ambiente.
    8ª CENA – ELIÚ E SUA FAMÍLIA
    (Eliú esta com sua família em casa e recebe as noticias de Jó através de seu pai)  
    Narrador: Os três amigos continuavam a tentar convencer a Jó de que ele estava em pecado, mas Jó sabia que estava passando por uma provação embora não tivesse muita certeza disso estava cansado cheio de dores, mas mesmo assim era acusado e maltratado com palavras caluniosas não tinha ninguém que o defendesse e desse um parecer mais justo sobre sua situação... Enquanto isso na casa de Eliú o Buzita da família de Rão...
    Baraquel: (sentado com sua mulher e seu filho mais) Difícil de entender como um homem tão integro pode estar passando por estas coisas...  
    Mulher: Esposo, sabe muito bem que Jó é um dos homens mais ricos desta terra, isto se não for o mais rico de todos...
    Baraquel: Era minha esposa, era... Hoje Jó não passa de um pedaço de trapo velho...
    Eliú: (entrando pelo lado do palco) Pai desculpe interrompê-lo, mas o que o senhor disse sobre Jó?
    Baraquel: Ora meu filho todos menos você nesta cidade já sabe do que aconteceu a Jó.
    Mulher: Meu filho, Jó perdeu tudo o que ele tinha, e o que é ainda pior perdeu também seus filhos que estavam em uma festa...
    Irmão: Agora ele esta lá do lado de fora da cidade cheio de feridas, chega até a cheirar mal, ele se coça com um pedaço de telha.
    Eliú: Ele esta lá sozinho?
    Baraquel: Não meu filho, Elifaz, Bildade e Zofar estão lá com ele.
    Eliú: Eles são mais velhos que eu, mas eu preciso ir até lá e falar com Jó ele é meu amigo também.
    Mulher: Meu filho tenha cuidado, sabes que os homens que estão com ele são de muito respeito na região, então não lhes falte com a educação!
    Eliú: Pode deixar mãe, eu sei muito bem ouvir.
    Narrador: Eliú queria saber sobre Jó e ver se tudo que seus pais e seu irmão disseram era verdade, então ele vai até Jó e apenas observa toda a conversa...
    ILUMINAÇÃO: Luzes de palco foco em Eliú.
    SOM: Ambiente.
    9ª CENA – JÓ E SEUS TRÊS AMIGOS.
    (Continuação dos diálogos)  
    Zofar: Se dispuseres o coração e estenderes as mãos para Deus, se lançares para longe a iniqüidade de tuas mãos e não deixares habitar na tua tenda a injustiça... Então levantarás o rosto sem maculas estará seguro e não temerás.
    Jó: Na verdade vós sois o povo e convosco morrerá a sabedoria, mas eu também tenho entendimento como vós e não sou inferior a nenhum de vocês, quem não sabe coisas como estas? Agora pra os três eu sou irrisão eu que invocava a Deus e Ele me respondia!
    Elifaz: A tua própria boca te condena e não eu, os teus lábios testificam contra ti! És tu porventura o primeiro homem que nasceu? Para saberes mais que nós?
    Bildade: Até quando andarás a caça de palavras? Por que somos reputados como animais irracionais aos teus olhos Jó? Você esta sendo lançado na rede por seus próprios pés será pego por armadilhas em seu calcanhar...
    Jó: Onde me viram pecar contra Deus? Por acaso não viam a minha integridade para com ele, por que me julgam dessa maneira? Já não basta as minhas dores e os meus pesadelos noturnos? Se estivessem sentindo isso tudo já teriam blasfemado contra Deus... Mas Ele sabe que em nada tenho blasfemado nem me iro contra ele, mas pelas minhas dores quero eu ser tirado da terra dos viventes.
    Elifaz: por que te arrebata o teu coração? Por que flamejam os teus olhos para voltares contra Deus o teu furor deixando sair tais palavras de sua boca? Deus não confia nem em seus santos nem os céus são puros aos teus olhos... Quanto menos o homem que é abominável e corrupto!
    Bildade: Na verdade a luz desse perverso se apagará e para o seu fogo não resplandecerá a faísca a luz se apagara na sua tenda e a sua lâmpada jamais se ascenderá!
    Jó: Tenho ouvido muitas coisas como estas, todos vocês sois consoladores que molestam mais ainda minha aflição deveriam estar pedindo a Deus a meu favor não me afligindo mais ainda... Se eu falar minha dor não cessa, mas se eu me calar qual será o meu alivio?
    Zofar: Pensas que estamos do lado de malfeitores? Queres que compadeçamos de ti para agradar-te, melhor é dizer a verdade do que encobrir iniqüidades com mentiras quero que saiba que nós falamos o que entendemos por correto e jamais iríamos dizer tais coisas se não tivéssemos certeza que você esta em pecado!
    Jó: Até quando afligireis minha alma e me quebrantareis com palavras? Já dez vezes me vituperastes e não me envergonhais de injuriar-me. Se eu estou na verdade errado comigo ficará o meu erro...
    Zofar: Jó pensas estar certo ainda? Não vês que realmente estas em iniqüidades tremendas?
    Jó: Sabei agora que Deus é que me oprimiu e com sua rede me cercou. Eu clamo violência! Mas não sou ouvido, grito socorro! Porem não há justiça. O meu caminho Deus fechou e não posso passar e nas minhas veredas, pois trevas...
    Zofar: Entendo suas desculpas que me envergonha, mas meu espírito me obriga a responder segundo o meu entendimento. Porventura não sabes tu que o júbilo dos perversos é breve? E a alegria dos ímpios momentânea?
    Jó: A minha situação fez com que meus parentes me abandonassem, meu hálito possui um mau cheiro que nem minha mulher fica perto de mim, até as crianças que eu tanto amava me abandonaram, chamo o meu criado e ele não responde. Todos os meus amigos íntimos me abominam e até vocês que eu amava tornaram-se contra mim. Compadecei-vos de mim amigos meus, compadecei-vos, pois a mão de Deus me atingiu... (choroso).
    Elifaz: Ora Jó bem sei que você tomaste penhores a teu irmão, e aos seminus despojaste de suas roupas, não deste água de beber ao cansado e ao faminto não lhe deu pão, as viúvas despedistes de mãos vazias, pensava que iria ficar impune? Por isso está cercado de laços e o contínuo pavor te perturba e estas agora coberto de trevas.
    Jó: Mas eu sei que o meu redentor Vive, Elifaz, e por fim se levantará sobre a Terra. Pois sabe que eu nunca fiz tais coisas das quais você disse contra mim... Ah quem dera pudesse eu estar perante Ele agora me achegaria ao seu tribunal exporia a Ele a minha causa encheria minha boca de argumentos...
    Elifaz: Claro, Deus iria te inocentar, pois é grande em misericórdia Ele livra até o que não é inocente graças a pureza de Suas mãos...
    Zofar: Nisso concordo plenamente... As misericórdias do senhor são eternas... Mas pensa bem, até quando se acharas como inocente perante Ele?
    Bildade: Será que o castigo que esta sobre ti não diz mesmo respeito ao que Elifaz disse? Zofar meu amigo estaria enganado? Três amigos estariam incertos de que estas mesmo em pecado Jó?
    Jó: Deus conhece os meus caminhos se ele me provasse sairia eu como o ouro, pois não estou passando por tudo isso por minhas iniqüidades e se estou, quais iniqüidades serão estas? Mas se Ele quis alguma coisa quem poderá impedir de fazer? Não estou desfalecido por causa das trevas e nem porque a escuridão cobre o meu rosto... Deus agira por mim.
    ILUMINAÇÃO: Luzes de palco foco sempre em Jó.
    SOM: orquestrado.
    10º CENA - CONCLUSÃO A RESPEITO DE JÓ.
    Narrador – continuando depois os diálogos entre os amigos e o surgimento de Eliú. 
    Narrador: Vemos que os três amigos, Elifaz, Bildade e Zofar, acreditam piamente que Jó esta recebendo toda esta desgraça devido ao seu pecado, Jó queria receber amigos que o fizessem amenizar a dor, mas parece que quanto mais seus amigos falam mais terrível se torna às agonias de Jó, vemos aqui como as pessoas julgam sem realmente saber... Mas como Jó sabia que não tinha pecado declara que o Seu Redentor vive e a conversa começa a tomar outro rumo, pois ele agora esta mais confiante de que esta mesmo recebendo uma forte prova.
    Bildade: A Deus pertence todo o domínio e o poder Ele faz reinar a paz nas alturas celestes, como, pois seria justo o homem a Deus e como seria puro aquele que nasce de mulher? Nem a lua tem brilho, nem as estrelas têm brilho aos olhos dele.
    Jó: Bildade, como sabes ajudar ao que não tem força e prestar socorro ao braço que não tem vigor! Com a ajuda de quem profere tais palavras? E de quem é o espírito que fala em ti?
    Bildade: Ora! Está louco? Seria eu usado por algum espírito maligno a te aconselhar e ater contigo amigo Jó?
    Elifaz: Será que as tuas chagas estão te alucinando, não sabes o que dizes...
    Zofar: Seu pecado é duvidoso de se merecer perdão, veja as tuas calamidades, onde estão os seus bens, e teus filhos onde foram?
    Jó: Ah quem me dera ser como fui nos meses passados como nos dias em que Deus me guardava. Os que me ouviam esperavam o meu conselho e guardavam silencio para ouvi-lo, mas agora riem de mim os que têm menos idade do que eu cujo os pais eu poria do lado dos cães em meu rebanho.
    Elifaz: isto é verdade Jó, tu eras respeitado por todos, todos lhe obedeciam e ouviam a sua voz, mas hoje seu estado é lastimável e ninguém mais quer ter contigo por causa do seu mau cheiro.
    Jó: Deus tu me lançaste na lama, sou semelhante ao pó e a cinza, clamo a ti e tu não respondes mais, apenas olhas para mim sei que me levarás a morte à morada de todo o vivente. (vai para longe dos amigos e chora).
    Bildade: Amigos, talvez estamos sendo muito cruéis em nossos julgamentos a respeito de Jó...
    Zofar: Para mim ele esta em grande agonia por culpa própria não consigo me deter de lhe dizer boas verdades...
    Elifaz: Ora Zofar, mas me diga Jó esta em desgraça e você o repugna ainda mais vamos ser menos ásperos com ele...
    Zofar: Eliú, não foi você que revelou os pecados dele? Não me venha com palavras a por em prova a minha autenticidade...
    Jó: Deus bem sabe que nunca deixei de comer ao pobre, atendi as petições das viúvas, sempre fui generoso para com todos que batiam a minha porta, a quem deixei nu? Quem deixei passar sede? Sempre andei nos teus caminhos... Embora possa ter me deixado pecar pedindo a minha morte, mas sei que sabes o que estou passando qualquer um seria como eu nesse estado... (coça-se com cacos).
    Narrador: O silencio pairou sobre eles, Elifaz, Zofar e Bildade sabiam que Jó era mesmo integro, então surge Eliú um jovem que começa a falar contra Jó e seus amigos.
    Eliú: Eu estava quieto ate agora, respeito vocês por terem mais idade que eu, mas tenho minhas considerações a fazer...
    Bildade: Garoto que queres agora volta para casa não vê que estamos aconselhando nosso amigo Jó?
    Zofar: Deixe-o falar Bildade, já não temos mais palavras a dizer mesmo, o garoto tem a vez diga logo Eliú!
    Eliú: Jó quem pensa que es para se comparar a Deus? Porventura pode ser melhor a criação que o criador? E vocês três? Ficam inventando acusações contra o próprio amigo a fim de agonizá-lo ainda mais?
    Jó: Eliú menino não se ires comigo e com teus amigos, sei que o Deus que sirvo não me deixará mal aos seus olhos, ainda tenho esperanças mesmo que sinta o cheiro da morte chegar e o que me faria bem melhor se realmente esta morte chegasse logo, porem estou aqui pela vontade de Deus.
    Eliú: Pode ser, lembro-me de quando me falavas eu ouvia as tuas palavras “Estou limpo, não tenho iniqüidades, mas Deus busca pretextos contra mim e me considera como um inimigo...” Jó sabes que tenho ouvido tantas coisas, a cidade inteira fala de ti e do que lhe aconteceu não posso deixar de acreditar que podes ter cometido pecados para estar passando por isso, mas quem sou para julgar um homem como você Jó? Logo você que foi meu mestre me ensinou muitas coisas e de como Deus é justo perante os homens... Tanto que se achar apenas um que lhe peça socorro manda o seu anjo imediatamente livrá-lo da morte.
    Elifaz: Usas minhas palavras garoto? Tudo isto temos dito a Jó desde o inicio de sua perturbação (irônico).
    Eliú: Desculpe senhor Elifaz, talvez seja de ouvi-lo que peguei alguns de seus argumentos... (irônico).
    Jó: O que teria Deus para mim lá do céu? Não é a perdição para o iníquo e infortúnio e os que praticam a maldade? Deus não pode deixar de ver os meus caminhos nunca andei em falsidade com ele...
    Eliú: Jó, Deus não responde suas orações então se você fosse mesmo integro não receberia tal castigo dele, agora não me venha dizer que es justo; concordo com Elifaz, Bildade e Zofar, incline seus olhos a Deus enquanto está vivo...
    Jó: Por favor, vão para suas casas quero ficar sozinho por alguns momentos me deixem sós com meu Deus...
    ILUMINAÇÃO: Luzes de palco foco sempre em Jó.
    SOM: orquestrado.
    11ª CENA – DEUS CONVERSA COM JÓ
    (Deus aparece ao som de um redemoinho. Maquina de fumaça e luzes no palco Elifaz, Bildade e Zofar estão do lado oposto do palco enquanto Deus Falava com Jó). 
    Jó: Estou sem futuro certo, Deus não responde minhas suplicas, não se importa com meu estado parece que me abandonou de vez, meus amigos me cobrem de calunias eu estou vendo minha vida na desgraça se firmando e nada posso fazer nem sequer entendo o que se passa comigo, queria estar morto longe de tudo isto, porque não morri junto com meus filhos?
    Deus: Quem é este que escurece os meus desígnios com palavras sem conhecimento? Cinge, pois os lombos como homem, pois eu te perguntarei e tu me farás saber. Onde estava tu quando eu lançava os fundamentos da Terra? Diz-me se tens entendimento.
    Jó: (humilde) Sou indigno, que te responderia eu? Ponho a mão na minha boca já falei uma vez não vou falar novamente...
    Deus:   Cinge agora os teus lombos como homem e te perguntarei e tu me responderás. Acaso anulará tu o meu juízo? Ou me condenaras para te justificares? Podes derramar sua ira aos perversos? Podes humilhar os soberbos e fazer descer a sepultura os que te caluniam?
    Jó: Sou incapaz meu Deus, nada posso fazer por mim mesmo sem tua mão vitoriosa sobre mim... Nada! Quero apenas aprender contigo meu Senhor.
    Deus: Podes tu com um anzol apanhar o crocodilo ou lhe travar a língua com uma corda? Brincarás com ele como se fosse um passarinho? Ninguém seria capaz disso e quem então pode se erguer diante de mim? Quem me fez para que eu pudesse retribuir? Tudo o que está debaixo de todos os céus é meu!
    Jó: Quem sou eu para reclamar ou exigir alguma coisa de ti Senhor? Quem sou eu para com palavras querer me gloriar e queixar-me de sua ira? Bem sei que tudo pode e nenhum de seus planos pode ser frustrado! Eu te conhecia só de ouvir falar, mas agora os meus olhos te vêem! Por isso me abomino e me arrependo no pó e na cinza! (ajoelha-se perante Deus e cai com rosto no chão).
    Iluminação: As luzes se enfraquecem até apagar e Jó sai de cena em meio a fumaças.
    Som: Musica suave
     
    11ª CENA – A VERDADE SOBRE JÓ E SEUS AMIGOS
    (Deus chega no centro do palco e repreende os três amigos de Jó)
    Deus: Elifaz, Bildade, e Zofar; A minha ira se acendeu contra vocês porque na dissestes de mim o que era reto como o meu servo Jó, tomai, pois sete novilhos e sete carneiros e ide ao meu servo Jó, e oferecei holocaustos por vós. O meu servo Jó orará por vocês, pois dele aceitarei a oração e não irei tratar-vos segundo vossas loucuras. Aprendei com Jó para se tornarem retos e íntegros como ele.
    Bildade: Vamos meus amigos Jó orará por nós...
    Zofar: Acredito que exageremos em nossos comentários e julgamentos sobre nosso amigo Jó.
    Elifaz: Deus mandou ir até Jó, iremos, pois agora para não sentirmos a ira de Deus sobre nossas vidas, Deus se compadeceu de nós agora aprendemos uma grande lição.
    Narrador: Quando tudo parecia ser o fim para Jó Deus mostra a ele sua fidelidade, faz justiça e coloca Jó por cima de seus amigos impiedosos que o caluniavam o tempo todo fazendo-os pedir perdão pelos males que cometeram.
    ILUMINAÇÃO: Luzes sobre os três amigos de Jó, Luzes e maquina de fumaça em Deus.
    SOM: Musica suave
    12ª CENA – A VITÓRIA DE JÓ
    (Deus restaura a sorte de Jó) 
    Narrador: (Com Jó orando no centro do palco pelos amigos) Deus mudou a sorte de Jó e restituiu em dobro tudo o que ele possuía, então vieram a ele todos os teus irmãos, irmãs e amigos e festejaram com ele e o consolaram de todo o Mau que o senhor lhe havia enviado.
    (Irmãos de Jó entram em cena o abraçam, crianças passeiam no cenário).
    Irmão de Jó: Meu irmão Jó, que Deus continue te abençoando muitíssimo agora tudo esta como era antes...
    Irmã de Jó: Alegre-se Jó, Deus está com você Ele é fiel e vai restaurar toda sua casa e família.
    Mulher de Jó: Meu esposo Perdoe-me por ter falado palavras que te abateram ainda mais, sou tua esposa quero te dar outros filhos e filhas...
    Jó: Mulher, sempre orei a Deus a seu favor mesmo na minha aflição sempre te amei e sempre estarás comigo.
    Crianças: (Gritam por todo lado andando em cena).
    Todos: Viva! Deus seja louvado! Nosso Jó esta de volta! Viva!
    ILUMINAÇÃO: Luzes de palco.
    SOM: Musica de festa
    13ª CENA - A DERROTA FINAL DE SATANÁS
    (Satanás a sós em cena fala para o publico depois o final com o narrador) 
    Satanás: Maldição! Mais uma vez meu plano fracassou... Mas não importa sabe por que? Sei que existem muitos Cristãos como Elifaz, Bildade e Zofar que vivem de teorias e não praticam a palavra de Deus, com estes eu poderei mexer... Aqui mesmo vejo muitos cristãos fieis, mas alguns daqui cairiam na primeira seta que eu enviasse... Sorte deles, Deus ser grande e rico em misericórdia se não acabariam pior do que Jó! (gargalhadas).
    ILUMINAÇÃO: Luzes vermelhas fortes que se apagam no final do monólogo.
    SOM: tenebroso.
    Narrador: É o diabo esta andando ao nosso derredor, rugindo como leão, buscando a quem possa tragar, será que seremos capazes de estar sempre na presença de Deus? Será que mesmo em meio a provocações e perseguições de nossos queridos, amigos e pessoas conseguiremos nos manter firmes nas promessas do Senhor? Fica no ar essa questão, examine sua vida para não acabar como os três amigos de Jó humilhados e derrotados... Lembre-se Vivamos o dia de hoje como se Cristo voltasse amanha!
    SOM: Musica Michael Smith Aleluia
















    FILHO PRÓDIGO  






    A história do Filho pródigo dispensa sinopse... O filho mais novo vai... gasta... percebe, volta... O pai não desiste(como o papai do céu, não desiste de ti e de mim)...

    Veja também

    A DESOBEDIÊNCIA
    A FILHA PRÓDIGA
    FILHO PRÓDIGO - em Versão Moderna  



    Cena 1 (casa)
    Aparece a mãe no interior da casa, arrumando as coisas para o inicio do dia.
    O empregado aparece em seguida, também no início das lides diárias.
    Entra o pai, com os filhos, lhe seguindo.
    PAI: Vejam, meus filhos, que lindo dia o SENHOR nos proporciona. Poderemos trabalhar muito neste dia!
    FILHO MAIS NOVO: Pô, lindo dia pode ser, mas trabalhar hoje... pra que? (todo insatisfeito)
    FILHO MAIS VELHO: Pare de reclamar.
    Passam pelo o empregado os filhos seguem adiante, o pai pára para conversar.
    EMPREGADO: Bom dia, patrão! Lindo dia!
    PAI: Olá, lindo dia sim, DEUS nos proporcionou um dia maravilhoso para adiantarmos nossas tarefas.
    PAI: Até mais...
    (E segue caminho para a casa. Os filhos entram e beijam a Mãe, depois o Pai também beija a mãe. Os filhos já estão sentados. O pai, senta e a mãe serve-lhes o café. )
    PAI: Então, minha querida, acordou cedinho também?
    MÃE: Com um dia maravilhoso deste, devemos aproveitar cada minutinho.
    PAI: Vamos agradecer por este dia e pelo alimento, que o SENHOR nos proporciona.
    (O Filho mais novo senta desleixadamente. O pai e os demais inclinam a cabeça para agradecer pelo alimento. O Filho mais novo vai comendo enquanto os outros oram. O pai termina de agradecer, abre os olhos e o censura, com o olhar. Sem palavras. )
    PAI: (pacientemente) Meu filho, devemos agradecer pelo alimento.
    FILHO MAIS NOVO: Não começa pai, se não trabalharmos, não temos comida... não me vem esta história de DEUS.
    PAI: (tentando explicar) filho, o SENHOR nos dá a terra, a semente, a saúde para trabalharmos, a vida... tudo vem dele, para nosso proveito.
    FILHO MAIS NOVO: (com um acesso de indignação) – O SENHOR, O SENHOR.... (pausa) Pai, isto era em mil novecentos e antigamente... cai na real!
    MÃE: Menino, veja como fala com seu pai!
    PAI: (pacientemente) O que tu queres, meu filho? (O Filho mais novo fica pensativo, olha para o chão. Depois fala; )
    FILHO MAIS NOVO: Eu sei o que não quero!
    PAI: E o que tu não queres, podemos saber?
    FILHO MAIS NOVO: Eu não quero mais viver aqui, bitolado (levanta), eu quero o mundo!
    MÃE: E a família, meu filho?
    FILHO MAIS NOVO: Que família, mãe... isto aqui é uma prisão – o SENHOR isto, o SENHOR aquilo... por favor.... eu já sou um homem. (pausa)
    PAI: (pacientemente) Meu filho, o que tu queres de fato, que podemos fazer por ti?
    FILHO MAIS NOVO: Pai, me dá minha parte da herança, eu quero administrar a minha parte... mas longe daqui...
    PAI: (se levanta)...tudo bem, faremos como tu pedes. Acabamos com esta discussão.
    (o pai sai)
    Cena 2
    (Ficam os três na mesa. O Filho mais velho tenta falar com o Filho mais novo)
    FILHO MAIS VELHO: meu irmão...
    FILHO MAIS NOVO: Me larga! Me deixa! Eu sou um homem, e não um frouxo que nem tu...
    MÃE: não precisa ofender tua família, meu filho!
    FILHO MAIS NOVO: Mãe, não me entenda mal, mas o pai me trata como uma criança... eu preciso crescer, e ele me sufoca, assim eu nunca vou amadurecer.... ele já tem a história dele, eu quero fazer a minha história. (pausa) Ele é muito exigente...
    MÃE: Não meu filho, ele não é exigente, ele quer que vocês cresçam e estejam preparados para assumiram a fazenda e os negócios da família...
    FILHO MAIS NOVO: Mãe, eu não quero ser fazendeiro, eu quero escrever a minha história (enfatizar o final)
    Sai o Filho mais novo, ficam a mãe e o Filho mais velho. Volta o Pai, com um maço de dinheiro. Volta também o mais novo. Pára em frente ao pai.
    FILHO MAIS NOVO: E então?
    PAI: Vamos resolver esta questão. Faremos como você quer.
    (Pai coloca o dinheiro sobre a mesa, e o Filho mais novo pega apressadamente. Confere o maço e coloca ligeiro dentro da mochila. O pai estende a mão com uma bíblia.)
    PAI: Meu filho, queria que levasse esta bíblia também...
    FILHO MAIS NOVO: Pai, eu acho que tu não ta entendendo... eu to cansado de fazer o que tu manda eu fazer, o que tu manda eu pensar, o que tu manda eu ler...
    PAI: Meu filho,...
    FILHO MAIS NOVO: Pai, fica com ela, pra onde eu vou, não precisarei de bíblia...
    (O Filho mais novo vai saindo, a mãe ainda tenta abraça-lo.. )
    FILHO MAIS NOVO: Por favor, mãe sem despedidas...
    (Ele sai. Os pais se abraçam, desconsolados. )
    MUSICA E COREOGRAFIA -FILHO PRÓDIGO – SHIRLEY CARVALHAES
    Cena 3
    (O amigo e as amigas no bar. Chega o Filho mais novo , olhando para a cidade, deslumbrado. Depois que ele entra em cena, ouve-se os risos da mesa. Ele se aproxima do grupo. )
    FILHO MAIS NOVO: Com licença...
    O grupo pára com os risos e olha para ele.
    FILHO MAIS NOVO: vocês sabem de algum hotel... recém cheguei nesta cidade, e não tenho onde passar a noite...
    AMIGO: Cara, tu ta vindo de onde?
    FILHO MAIS NOVO: De longe, bem longe, mesmo
    AMIGO: Senta aí, depois nós te ajudamos a achar um lugar para passar a noite.
    FILHO MAIS NOVO(Tira o maço de dinheiro da mochila, e pergunta:): Quanto é um refrigerante?
    (O amigo arregala os olhos, junto com as meninas. )
    AMIGO: Cara, tu não vai ficar em hotel, coisa nenhuma, vai ficar lá em casa.... temos lugar para você.
    FILHO MAIS NOVO: Obrigado, não conheço ninguém nesta cidade, e que sorte, encontrar vocês logo de início.
    AMIGO: Sorte nossa, não é meninas?
    (E todos se olham cúmplices. )
    Cena 4 (Na casa)
    (O pai sai, anda, passa pelo empregado, mas mal cumprimenta, cabisbaixo. Entra na casa, senta. Desanimado. Entra a mãe. )
    MÃE: Bom dia, querido! Acordaste cedo, hein?
    (A Mãe percebe o ar de desanimo do pai. Para seus afazeres. )
    MÃE: Não estás bem?
    PAI: Nada, mulher, estou bem, sim... (silêncio)
    MÃE: Estás com saudade, não é?
    (O pai acena positivo. A mãe se senta. )
    MÃE: Eu também. Também ando preocupada. Onde estará nosso menino?
    Cena 5 (no bar)
    (O Filho mais novo e as garotas estão sentados, gargalhando. Quando chega o amigo. )
    AMIGO: Nossa, cara, pelo visto tu já ta bem enturmado.
    OS TRÊS RESPONDEM: E aís????!!!
    AMIGO: Nossa, qual motivo desta festa?
    AMIGA 1: olha que eu ganhei!
    (E mostra um relógio. )
    AMIGO: Nossa, que barato...
    AMIGA 1: Barato, nada, caríssimo...
    (Risos. )
    AMIGA 2: Eu também ganhei um presente.... e mostra um celular.
    AMIGO: Cara, eu não sabia que tu era o papai Noel?
    FILHO MAIS NOVO: Senta aí, vamos tomar alguma coisa...
    AMIGO: Cara, será que tu poderia me emprestar uma grana, semana que vem, eu te pago...
    FILHO MAIS NOVO: (meio tonto já com a bebida) pode pegar, meu amigo....
    (O amigo pega da mochila uma maço de dinheiro. E põe nos bolsos. )
    FILHO MAIS NOVO: (não se sentindo bem)
    AMIGO: Cara, deixa que a gente de ajuda... amigos é para isso....
    (E saem com o Filho mais novo. )
    NARRADOR
    HÁ GRANDE DIFICULDADE NAQUELE LUGAR
    CENA 6
    FILHO MAIS NOVO: Nossa, que dificuldade.... meu dinheiro acabou.... preciso arranjar alguma coisa para fazer...
    O amigo vai passando, e vê o Filho mais novo , e desvia para outro lado. O Filho mais novo vê, e vai ao encontro dele.
    FILHO MAIS NOVO: Cara, que bom que te encontrei. ( amigo com cara de contrariado)... cara, eu to falido... sabe, aquele dinheiro que te emprestei.... não podia me adiantar uma parte dele..
    AMIGO: Não me fale em dinheiro.... meu pai e minha mãe vivem brigando por causa do dinheiro.... cara, não tenho um centavo....
    FILHO MAIS NOVO: Cara, precisa me ajudar... quem sabe se eu ficasse na tua casa?
    AMIGO: Ta louco, lá em casa está o maior banzé... não tem jeito, lá em casa de maneira alguma.
    FILHO MAIS NOVO: Mas eu estou precisando da tua ajuda....
    AMIGO: Cara, eu tenho meus problemas, que já são bastante... não posso te ajudar...
    (E sai rispidamente. As garotas vão passando, do outro lado... O Filho mais novo se aproxima, afoito, das garotas.... )
    FILHO MAIS NOVO: Garotas, garotas... (Pausa... elas se olham... )
    FILHO MAIS NOVO: Preciso da ajuda de vocês... estou com sérios problemas...
    AMIGA 1: Que houve?
    FILHO MAIS NOVO: Estou falido.
    AMIGA 2: Obrigado por nos avisar.
    (E saem rapidamente as duas. O Filho mais novo fica desolado. Procura a simpatia da platéia. )
    FILHO MAIS NOVO: - Estou falido... abandonado... que será de mim? Os amigos, que amigos, nada, eram uns aproveitadores. (Pausa )
    FILHO MAIS NOVO: E agora?
    CENA 7
    (Entra a Granfina, e o Filho mais novo se aproximam dela. )
    GRANFINA: Que significa isso? Não se aproxime de mim... (Com desdém. Nisso vem o Granfino)
    GRANFINO: Que foi, mulher? por que este escândalo todo?
    GRANFINA: Esta criatura... desprezível se aproximou de mim!
    FILHO MAIS NOVO: Senhor, Senhor, por favor, não me entenda mau... estou com fome
    GRANFINA: Fome, fome, é só isso que pobre sabe dizer.
    GRANFINO: Se eu for ajudar todo mundo que tem fome, eu vou acabar pedindo esmola na rua, também.
    GRANFINA: Vai trabalhar, vagabundo...
    FILHO MAIS NOVO: Senhor, por favor, me ajude... eu posso trabalhar pela minha comida...
    GRANFINO: Olha, eu sei que vou me arrepender... mas posso tentar arrumar alguma coisa para tu fazeres na minha fazenda.
    GRANFINA: Nossa, vai levar isso para nossa casa?
    GRANFINO: Mão de obra barata, mulher, deixa que eu administro as coisas...
    GRANFINO: Vem, vou te arranjar algo para fazer
    FILHO MAIS NOVO: Obrigado, Senhor!
    (Saem os dois orgulhosos, e o FILHO MAIS NOVO: atrás, em posição de consternação. )
    NARRADOR : A SITUAÇÃO SE AGRAVA NA FAZENDA , FOME E EXPLORAÇÃO
    CENA 8
    FILHO MAIS NOVO: Estou com fome, meu patrão não me paga...
    (Nisso chegam o Granfino e a Granfina)
    FILHO MAIS NOVO: Senhor, Senhor, por favor... podes me pagar... estou com fome...
    GRANFINA: Fome, fome... pobre vive para comer...
    GRANFINO: Cara, eu paguei as contas da madame.... to sem dinheiro... tu não sabe como é caro manter a madame....
    FILHO MAIS NOVO: Mas, senhor, eu trabalhei... todos estes dias sem receber nada...
    GRANFINO: Vamos ver o que me sobrou... mas te aviso, não é muito não...
    (Granfino procura nos bolsos, há um clima de expectativa no ar... e tira umas moedas dos bolsos e joga no chão... o Filho mais novo cata as moedas... humilhado... junta as moedas, de joelho... )
    FILHO MAIS NOVO: Senhor, isso não dá um almoço...
    GRANFINA: Seu ingrato, eu te avisei que esta gente é ingrata... (diz pro marido )
    (E saem o Granfino - e Granfina. o filho mais novo pega o balde da comida dos porcos, olha, olha...
    FILHO MAIS NOVO: Estou com fome, fui enganado e explorado, só me resta acabar com minha fome comendo esta ração dos porcos.
    (Olha para o balde, nisso chegam os assaltantes. O Filho mais novo se levanta para conversar com eles... mostrando as moedas... )
    FILHO MAIS NOVO: Por favor, não podem me ajudar, a completar para um almoço?
    (O Assaltante 2 agarra-o pelas costas e o Assaltante1 chega pela frente Assaltante1 - Vamos te livrar deste peso. Roubam e o jogam no chão. Saem correndo, mas voltam, e o Assaltante 2 o segura de novo e o Assaltante1 lhe arranca os tênis. )
    ASSALTANTE 1: Vamos ver se conseguimos alguma coisa por este teu “chulé”.
    E saem correndo. O Filho mais novo fica no chão. Pausa. Permanece caído. Fala,
    mirando a platéia.
    FILHO MAIS NOVO(falar pausadamente): Eu aqui, em dificuldades, rejeitado, explorado, com fome, na casa de meu pai, até os empregados tem o que comer, e eu aqui... neste estado (pausa )
    FILHO MAIS NOVO: Mas, me levantarei, e irei ao meu pai e direi ; Pai, pequei contra DEUS e contra Ti, não sou digno de ser chamado teu filho,
    mas me trata apenas como um dos teus empregados...
    (Se levanta e sai.... )
    CENA 9
    O Pai entra em cena. Senta à mesa. Aparece a MÃE: . Passa as mãos pelas costas do Pai. Silêncio.
    MÃE: Estás com saudade?
    (Pai em silêncio, acena positivo. )
    MÃE: Ele voltará, confie em DEUS.
    PAI: É só isso que tenho feito... mas tem sido difícil
    (Pausa. )
    PAI: Tenho orado, tenho pedido, mas DEUS está em silêncio... e eu me desespero com o silêncio de DEUS...
    MÃE: DEUS vai agir...
    PAI: Tenho medo quando ele se cala... (Sai a mãe )
    COREOGRAFIA , QUANDO DEUS SE CALA
    CENA 10
    (Pai se levanta, sai da casa. Chega perto do empregado. )
    EMPREGADO: Bom dia, patrão.
    PAI: Bom dia...
    (O Filho mais novo aparece ao longe, cambaleando e cai. )
    PAI: Quem vem lá, meu empregado?
    EMPREGADO: Não é ninguém, não meu patrão, um mendigo, vou expulsá-lo de suas terras...
    O Empregado sai para expulsar, mas o pai interrompe..
    PAI: Espere, eu reconheço aquele jeito de caminhar...
    (O filho vem se aproximando...)
    PAI (gritando ): É meu filho, É meu filho
    (Pai sai ao encontro do filho. Se encontram com o filho ajoelhado. Esperar o pai se afastar um pouco, para a falar)
    FILHO MAIS NOVO: Pai,... (pausa) pequei contra DEUS e contra Ti... não sou digno de ser teu filho...
    PAI: rápido (para o empregado) rápido... traga roupas para meu filho e mande preparar a mesa.... rápido
    (Se levantam e vão para a casa. Chega a mãe e se abraçam. O Filho mais novo senta.
    O Empregado sai e vem nisso o Filho mais velho. )
    FILHO MAIS VELHO: Que motivo desta agitação toda?
    EMPREGADO: Teu irmão voltou e teu pai está feliz.
    FILHO MAIS VELHO: Meu irmão voltou e meu pai o recebe com alegria... aquele esbanjador... aquele... aquele (com fúria) nisso chega o pai
    PAI: Meu filho, vem, se alegre conosco...
    FILHO MAIS VELHO: Mas, pai...
    PAI: Meu filho, nos alegremos, este teu irmão estava morto e reviveu, estava perdido , e foi encontrado... venha, meu filho.
    E ambos entram, os irmãos se abraçam. Todos se abraçam.
    Fim.
    Texto: Jeferson Silva jeff@sinos.net 

    História de Chapeuzinho Vermelho

    Chapeuzinho Vermelho
    Era uma vez uma menina chamada Chapeuzinho Vermelho, que tinha esse apelido pois desde pequenina gostava de usar chapéus e capas desta cor.
    Um dia, sua mãe pediu:
    - Querida, sua avó está doente, por isso preparei aqueles doces, biscoitos, pãezinhos e frutas que estão na cestinha. Você poderia levar à casa dela?
    cestinha na mesa
    - Claro, mamãe. A casa da vovó é bem pertinho!
    - Mas, tome muito cuidado. Não converse com estranhos, não diga para onde vai, nem pare para nada. Vá pela estrada do rio, pois ouvi dizer que tem um lobo muito mau na estrada da floresta, devorando quem passa por lá.
    - Está bem, mamãe, vou pela estrada do rio, e faço tudo direitinho!
    E assim foi. Ou quase, pois a menina foi juntando flores no cesto para a vovó, e se distraiu com as borboletas, saindo do caminho do rio, sem perceber.
    Cantando e juntando flores, Chapeuzinho Vermelho nem reparou como o lobo estava perto...
    lobo escondido atr·s da ·rvore
    Ela nunca tinha visto um lobo antes, menos ainda um lobo mau. Levou um susto quando ouviu:
    - Onde vai, linda menina?
    lobo rindo
    - Vou à casa da vovó, que mora na primeira casa bem depois da curva do rio. E você, quem é?
    O lobo respondeu:
    - Sou um anjo da floresta, e estou aqui para preteger criancinhas como você.
    - Ah! Que bom! Minha mãe disse para não conversar com estranhos, e também disse que tem um lobo mau andando por aqui.
    - Que nada - respondeu o lobo - pode seguir tranqüila, que vou na frente retirando todo perigo que houver no caminho. Sempre ajuda conversar com o anjo da floresta.
    - Muito obrigada, seu anjo. Assim, mamãe nem precisa saber que errei o caminho, sem querer.
    E o lobo respondeu:
    - Este será nosso segredo para sempre...
    E saiu correndo na frente, rindo e pensando:
    lobo correndo
    (Aquela idiota não sabe de nada: vou jantar a vovozinha dela e ter a netinha de sobremesa ... Uhmmm! Que delícia!)
    Chegando à casa da vovó, Chapeuzinho bateu na porta:
    - Vovó, sou eu, Chapeuzinho Vermelho!
    - Pode entrar, minha netinha. Puxe o trinco, que a porta abre.
    A menina pensou que a avó estivesse muito doente mesmo, para nem se levantar e abrir a porta. E falando com aquela voz tão estranha...
    lobo disfarçado de vovó
    Chegou até a cama e viu que a vovó estava mesmo muito doente. Se não fosse a touquinha da vovó, os óculos da vovó, a colcha e a cama da vovó, ela pensaria que nem era a avó dela.
    - Eu trouxe estas flores e os docinhos que a mamãe preparou. Quero que fique boa logo, vovó, e volte a ter sua voz de sempre.
    - Obridada, minha netinha (disse o lobo, disfarçando a voz de trovão).
    Chapeuzinho não se conteve de curiosidade, e perguntou:
    - Vovó, a senhora está tão diferente: por que esses olhos tão grandes?
    - É prá te olhar melhor, minha netinha.
    - Mas, vovó, por que esse nariz tão grande?
    - É prá te cheirar melhor, minha netinha.
    - Mas, vovó, por que essas mãos tão grandes?
    - São para te acariciar melhor, minha netinha.
    (A essa altura, o lobo já estava achando a brincadeira sem graça, querendo comer logo sua sobremesa. Aquela menina não parava de perguntar...)
    - Mas, vovó, por que essa boca tão grande?
    - Quer mesmo saber? É prá te comer!!!!
    lobo comilão
    - Uai! Socorro! É o lobo!
    A menina saiu correndo e gritando, com o lobo correndo bem atrás dela, pertinho, quase conseguindo pegar.
    Por sorte, um grupo de caçadores ia passando por ali bem na hora, e seus gritos chamaram sua atenção.
    Ouviu-se um tiro, e o lobo caiu no chão, a um palmo da menina.
    Todos já iam comemorar, quando Chapeuzinho falou:
    - Acho que o lobo devorou minha avozinha.
    caçador- Não se desespere, pequenina. Alguns lobos desta espécie engolem seu jantar inteirinho, sem ao menos mastigar. Acho que estou vendo movimento em sua barriga, vamos ver...
    Com um enorme facão, o caçador abriu a barriga do lobo de cima abaixo, e de lá tirou a vovó inteirinha, vivinha.
    - Viva! Vovó!
    E todos comemoraram a liberdade conquistada, até mesmo a vovó, que já não se lembrava mais de estar doente, caiu na farra.
    vovó de skateChapeuzinho dançando
    "O lobo mau já morreu. Agora tudo tem festa: posso caçar borboletas, posso brincar na floresta."
    FIM








    CHAPEUZINHO VERMELHO E O CAMPO MISSIONÁRIO 




    O conto do Chapeuzinho Vermelho, que já tem muitas versões ganhou mais uma. Pra dar água na boca, eis o sabor dos doces;brigadeiros de amor ao próximo, beijinho de louvor a Deus, bolo de milho com recheio de oração...

    Leia a história vale a pena!

    PERSONAGENS:
    CHAPEUZINHO-VERMELHO
    LOBO-MAU
    VOVÓ


    ATO I

    CENÁRIO: Floresta: árvores, flores, animais, etc. Uma das árvores deverá ser grande o suficiente para que o Lobo-Mau possa se esconder atrás dela.
    (Entra em cena Chapeuzinho-Vermelho. Feliz, ela pula amarelinha. Ela pode estar entoando uma canção infantil.)
    (Lobo-Mau espia-a por detrás de uma árvore.)

    SONOPLASTIA: Suspense.
    (Chapeuzinho continua se divertindo com brincadeira infantil.)
    LOBO-MAU: (Com voz infantil) Oi, Chapeuzinho.
    CHAPEUZINHO-VERMELHO: (Parando subitamente) Quem é?
    LOBO-MAU: (Idem) Sou um menino frágil.
    CHAPEUZINHO-VERMELHO: Como é teu nome?
    LOBO-MAU: (Distraído, solta uma voz grossa) Lobo Ma... (Dá uma tossida para disfarçar. Volta a falar com voz infantil) Bentinho. Eu só tenho seis anos.
    CHAPEUZINHO-VERMELHO: Mas o que você está fazendo sozinho na floresta?
    LOBO-MAU: (Voz infantil) Eu estou perdido.
    CHAPEUZINHO-VERMELHO: Apareça. Eu quero te ver.
    LOBO-MAU: (Idem) Eu não posso.
    CHAPEUZINHO-VERMELHO: Por que não pode?
    LOBO-MAU: (Voz grossa) Meu nariz é muito grande... é... é... (Voz infantil) eu estou com o pezinho machucado. Mas o que você tem nessa cesta?
    CHAPEUZINHO-VERMELHO: Na minha cesta? Mamãe me deu uns doces para levar para a minha vovozinha. Aqui eu tenho: brigadeiros de amor ao próximo, beijinho de louvor a Deus, bolo de milho com recheio de oração, torta de maçã com cobertura de desvio do mal e muitos outros.
    LOBO-MAU: (Saindo do esconderijo) Hum! Que delícia, Chapeuzinho!
    CHAPEUZINHO-VERMELHO: Quem é você?
    LOBO-MAU: Você é Chapeuzinho-Vermelho. Em toda história da Chapeuzinho há um lobo.
    CHAPEUZINHO-VERMELHO: (Com medo) Lobo?
    LOBO-MAU: É, e esse lobo é sempre mau.
    CHAPEUZINHO-VERMELHO: (Ingênua) Se eu sou a Chapeuzinho...
    LOBO-MAU: Eu sou o Lobo-Mau. Mas me diga uma coisa: Nessa história vai haver caçador?
    CHAPEUZINHO-VERMELHO: Acho que não. Mas cadê o Bentinho?
    LOBO-MAU: (Voz de Bentinho) Que Bentinho?
    CHAPEUZINHO-VERMELHO: (Com ingenuidade) Você comeu o Bentinho? Você é mau. Muito mau.
    LOBO-MAU: (Voz de Bentinho) Não comi. E ele também não estava com o pezinho machucado.
    CHAPEUZINHO-VERMELHO: Me enganou. Vou embora. Afinal, mamãe disse para eu não conversar com estranhos.
    LOBO-MAU: O que você leva aí, Chapeuzinho?
    CHAPEUZINHO-VERMELHO: (Escondendo a cesta) Eu não posso dizer.
    LOBO-MAU: Eu já sei. Você já falou.
    CHAPEUZINHO-VERMELHO: É da minha vovozinha. Ela vai distribuir para todos aqueles que se sentem sozinhos, desamparados, precisando de um grande amigo. Esses docinhos foram retirados da Bíblia. É mensagem de salvação. E é isso que eu e vovó vamos fazer: levar as Boas Novas a aqueles que ainda não a conhecem.
    LOBO-MAU: E vocês acham que isso vai ser fácil? Estou aqui para impedir. Há! Há! Há!
    CHAPEUZINHO-VERMELHO: Você tem mau hálito. E eu não gosto de tua risada.
    LOBO-MAU: Vocês são evangelistas. Eu não vou deixar barato. Sou a pedra no caminho de vocês.
    CHAPEUZINHO-VERMELHO: Nós temos conosco a Pedra Angular.
    LOBO-MAU: Essas Boas Novas jamais vão chegar aos destinatários.
    CHAPEUZINHO-VERMELHO: Posso saber por que não?
    LOBO-MAU: (Preparando suas garras para pegar Chapeuzinho) Porque eu vou te pegar!
    CHAPEUZINHO-VERMELHO: Não vai, não!
    (Chapeuzinho dá um pisão no pé de Lobo-Mau. Ela sai correndo para fora de cena.)
    LOBO-MAU: (Segurando seu pé) Aí meu pé! Meu pé! Meu pé! (Recuperando-se) Eu não posso deixar esses docinhos chegar às pessoas. Eu sou mau, não quero o bem delas. Elas devem ser tristes como eu sou triste. Vou impedir Chapeuzinho de chegar à vovozinha. Eu conheço um atalho até a casa da velhinha. Jamais permitirei que essa mensagem chegue aos ouvidos das pessoas que sofrem, das pessoas abandonadas. Essa mensagem pode mudar a vida delas. E eu não vou deixar, ou eu não me chamo Lobo-Mau. (Uivando) Auuuu! Auhuhu! Há! Há! Há!

    (Cortina).

    ATO II

    CENÁRIO: Casa da vovó.
    (Em cena vovó. Ela está arrumando a casa quando ouve um barulho na porta.)
    VOVÓ: Quem está aí?
    LOBO-MAU: (Imitando voz infantil) (De fora) É a Chapeuzinho-Vermelho, vovó.
    VOVÓ: O que ouve com sua voz? Parece que esta meio rouca hoje.
    LOBO-MAU: (Imitando voz infantil) Está muito frio aqui fora. (Falha a voz) Deixe-me... (Dá uma tossida) Deixe-me entrar, vovó.
    VOVÓ: (Abrindo a porta) Mas você não é a minha Chapeuzinho.
    LOBO-MAU: (Entrando) Como adivinhou?
    VOVÓ: Quem é você?
    LOBO-MAU: (Armando suas garras) Eu sou o Lobo-Mau. Vou te pegar! E acabar com seus docinhos.
    VOVÓ: (Armando-se com uma vassoura) Não se aproxime.
    LOBO-MAU: (Referindo-se a vassoura) Vai me dizer que vai sair voando? Onde está seu caldeirão?
    VOVÓ: Seu engraçadinho. Agora estou te reconhecendo. Você é o Lobo-Mau. Vive na floresta tentando impedir aqueles que querem levar o evangelho as pessoas que sofrem.
    LOBO-MAU: Como adivinhou? Pensou que gostasse de docinhos.
    VOVÓ: Mas por que você faz isso?
    LOBO-MAU: Porque sou mau. Não quero o bem de ninguém. E essa conversa já está ficando muito chata. E eu conheço essa história. O Lobo-Mau vai a casa da vovó e deita-se na cama dela. (Aproximando-se dela) Mas primeiro...
    VOVÓ: (Tremendo de medo) Primeiro... (Ela mexe na boca como se estivesse com dentadura) Ai, seu Lobo! Você quase me fez engolir a dentadura.
    LOBO-MAU: Por falar em engolir, você me deu uma boa ideia. O Lobo-Mau engole a vovó. Pode ser até sem (fazendo cara de nojo) dentadura. Ai! Isso me causa náuseas.
    VOVÓ: Seu Lobo, você não passa de um bobo.
    LOBO-MAU: Acho que a senhora está em desvantagem para poder me provocar.
    VOVÓ: Você não lembra do desfecho da história? O Lobo-Mau engole a vovó...
    LOBO-MAU: Disso eu me lembro.
    VOVÓ: Aí vem o caçador e abre a barriga do lobo.
    LOBO-MAU: (Engolindo seco) Sem anestesia?
    VOVÓ: Sem anestesia... pior, com facão nada esterilizado. Se ele não morrer esvaído, com certeza morrerá de tétano.
    LOBO-MAU: E agora? O que que eu faço?
    VOVÓ: Vá embora!
    LOBO-MAU: Não posso.
    VOVÓ: Por que?
    LOBO-MAU: Acaba a peça. (Pequena pausa) Eu sou mau. Como vai ficar minha reputação?
    (Pensativo, Lobo-Mau dá as costas para a vovó. Ela se aproveita disso e vai atrás dele para lhe dar uma pancada com a vassoura. Repentinamente ele volta-se para a vovó. Ela disfarça.)
    LOBO-MAU: (Como se lhe surgisse uma grande ideia) Talvez? (Desanimado) Mas talvez não dê certo. Acho que melhor não.
    (Lobo-Mau dá as costas novamente para a vovó. Ela se prepara-se novamente para colocar em ação seu intento. O Lobo-Mau novamente se vira, e ela novamente disfarça.)
    LOBO-MAU: Já sei!
    VOVÓ: O que vai fazer, seu Lobo?
    LOBO-MAU: A senhora já vai ver. Tem uma corda?
    VOVÓ: Tenho, sim. (Entregando-lhe a vassoura) Segura para mim.
    (Vovó sai de cena)
    LOBO-MAU: (Pensativo) Esta vassoura está me dando uma ideia Anestesia. Uma pancada e é tiro e queda.
    VOVÓ: (Voltando) Aqui está, seu Lobo. (Entrega-lhe a corda) O que vai fazer? Pular corda?
    LOBO-MAU: Lamento, vovó.
    (Lobo-Mau ameaça vovó com a corda. Ela foge pela casa. A cada parada um diálogo.)
    VOVÓ: Por que você faz isso, seu Lobo?
    LOBO-MAU: Eu já falei. Eu sou mau. Faz parte de minha natureza agir como ajo.
    VOVÓ: Se você comesse um dos meus docinhos do amor, duvido continuaria o mesmo.
    LOBO-MAU: Quem disse que eu não gosto disso?
    VOVÓ: Jesus pode mudar teu coração.
    LOBO-MAU: Eu nem sei se tenho coração.
    VOVÓ: As pessoas tem medo de mudar.
    LOBO-MAU: Vovó, eu não tenho medo de nada. Exceto do caçador.
    (Vovó foge, saindo de cena. Lobo-Mau vai atrás dela. Lá ele consegue encurralá-la.)
    VOVÓ: (Aflita) Não, seu Lobo.
    LOBO-MAU: Não quero machucá-la. Só quero amarrá-la.
    VOVÓ: Não... não... não... (Som de alguém amordaçado) Hum! Hum!
    LOBO-MAU: Pronto! Fique aí quietinha. (Pausa) Agora é a vez da Chapeuzinho.
    (Cortina.)

    ATO III

    CENÁRIO: Casa da vovó.
    (Em cena Lobo-Mau disfarçado de vovó)
    LOBO-MAU: As vezes até fico pensando: Por que ser mau? O que eu ganho com isso? Não tenho amigos. Meus parentes nem dão bola para mim. Vivo sozinho. As pessoas que tem Jesus são alegres, mesmo na tristeza. Gostam de se ajudarem. Isso parece um estilo de vida interessante. (Noutro tom) O que estou dizendo? Eu sou um lobo, e os lobos são maus. (Alguém bate na porta) Deve ser a Chapeuzinho.
    CHAPEUZINHO-VERMELHO: Abre, vovó. É a Chapeuzinho.
    (Lobo-Mau pula na cama e se cobre. A partir de agora, até indicação, ele tentará disfarçar a voz como se fosse a da vovó.)
    LOBO-MAU: Entre, Chapeuzinho. A porta está aberta.
    (Entra em cena Chapeuzinho-Vermelho.)
    CHAPEUZINHO-VERMELHO: Vovó, cadê você?
    LOBO-MAU: Estou aqui, Chapeuzinho.
    CHAPEUZINHO-VERMELHO: Tudo bem, Vovó? Ainda está deitada.
    LOBO-MAU: Está tudo bem, minha netinha.
    CHAPEUZINHO-VERMELHO: Mas que voz grossa você tem, Vovó.
    LOBO-MAU: É para proclamar as Boas Novas.
    CHAPEUZINHO-VERMELHO: Mas que olhos grandes, Vovó!
    LOBO-MAU: São para te vigiar melhor. Sempre a observo evangelizando as pessoas. Levando alegria aos corações. Você me enche de orgulho.
    CHAPEUZINHO-VERMELHO: Mas que nariz grande você tem!
    LOBO-MAU: São para cheirar melhor o perfume de Cristo em você.
    CHAPEUZINHO-VERMELHO: Mas que boca grande você tem!
    LOBO-MAU: São para melhor proclamar o evangelho aos quatro ventos.
    CHAPEUZINHO-VERMELHO: Mas que mãos grandes você tem!
    LOBO-MAU: (Com voz normal) Já chega! (Pulando da cama) São para te pegar.
    CHAPEUZINHO-VERMELHO: Você não é a Vovó. Você é o Lobo-Mau. E que mau hálito!
    LOBO-MAU: Parabéns, Sherlock!
    CHAPEUZINHO-VERMELHO: O que você quer?
    LOBO-MAU: A sua cesta.
    CHAPEUZINHO-VERMELHO: Não dou.
    LOBO-MAU: Se não der, eu tomo de você.
    CHAPEUZINHO-VERMELHO: Por que você quer os meus doces?
    LOBO-MAU: Por que eu quero?
    CHAPEUZINHO-VERMELHO: E por que você quer?
    LOBO-MAU: Hum! Para jogá-los fora.
    CHAPEUZINHO-VERMELHO: Mas o que você ganha com isso?
    LOBO-MAU: Eu? Nada. Mas as pessoas também deixarão de ganhar. Eu não suporto ver as pessoas felizes. Cada pessoa que recebe essas doces mensagens fica alegre. Muda de vida.
    CHAPEUZINHO-VERMELHO: Mas por que você não experimenta dos meus doces?
    LOBO-MAU: Você tem certeza que desperdiçaria a mensagem com um lobo.
    CHAPEUZINHO-VERMELHO: (Tirando um doce e oferecendo-lhe) Eu daria para você. Este é especial.
    LOBO-MAU: (Dando-lhe as costas) Não. Eu não quero.
    CHAPEUZINHO-VERMELHO: Tem certeza?
    LOBO-MAU: Não, eu não posso.
    CHAPEUZINHO-VERMELHO: Por quê?
    LOBO-MAU: Eu sempre atrapalhei aqueles que queriam ajudar aqueles que sofrem. Eu sei que o evangelismo é uma floresta cheia de perigos. Aqueles que escolhem essa tarefa enfrentam um árduo trabalho.
    CHAPEUZINHO-VERMELHO: (Oferecendo-lhe novamente a guloseima) E por que não experimenta esse? É João 3:16. Com certeza você vai gostar.
    LOBO-MAU: (Apanhando o doce) (Lendo) “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.”
    CHAPEUZINHO-VERMELHO: O que achou?
    LOBO-MAU: (Ainda degustando o doce) Nunca pensei que houvesse algo tão delicioso como esse... esse...
    CHAPEUZINHO-VERMELHO: Amor de Deus.
    LOBO-MAU: É, eu nunca havia provado do “amor de Deus”.
    CHAPEUZINHO-VERMELHO: (Entregando-lhe outro) Agora experimenta este. Ele é João 1:12.
    LOBO-MAU: (Lendo) “Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no seu nome;” Mas será que essa mensagem é para mim? Eu sou um caso perdido.
    CHAPEUZINHO-VERMELHO: Para Jesus não existe esse negócio de caso perdido. Pode ser o pior dos pecadores, Jesus aceita da mesma maneira. Você não é mau. (Tirando-lhe a máscara de lobo) Nem é lobo.
    LOBO-MAU: Tem razão, meu nome é Jorge. Sempre me escondi atrás de uma fantasia. Queria ser algo que não era. Acho que realmente sou um caso perdido. Esses doces não são para mim.
    CHAPEUZINHO-VERMELHO: Você é alguém por quem Jesus morreu. Muitas pessoas acham que o caso delas é perdido, porque são más. Fazem coisas más. Esse é um engano que pode custar muito caro.
    LOBO-MAU: Acho que vou experimentar este doce. (Degustando) Você tinha razão. Essas promessas são também para mim. (Olhando para o céu) Jesus, eu te convido a entrar no meu coração. Eu sei que errei. Que atrapalhei a Tua obra. Sei que sou uma vergonha. Mas aceita o meu coração. Não quero mais ser lobo, quero ser ovelha do teu pasto. Este coração agora te pertence. Minha vida eu entrego a ti para sempre. Amém.
    (Lobo-Mau Vai em direção a saída.)
    CHAPEUZINHO-VERMELHO: Onde vai?
    LOBO-MAU: Preciso resolver uma pendência. Volto já.
    (Sai de cena. Volta logo em seguida acompanhado da vovó.)
    VOVÓ: Foi ele, Chapeuzinho. (Observando-o melhor) Mas ele tinha cara de lobo antes.
    CHAPEUZINHO-VERMELHO: Vovó, ele é uma nova pessoa.
    VOVÓ: Hã?
    LOBO-MAU: Decidi que não quero mais ser lobo. Serei ovelha. O Senhor será o meu pastor. Eu serei bom daqui para frente.
    VOVÓ: Você aceitou Jesus?
    LOBO-MAU: (Dando um abraço na vovó) Agora faço parte da família. Sua neta me apresentou Jesus.
    VOVÓ: Por isso que eu me orgulho de você, Chapeuzinho.
    CHAPEUZINHO-VERMELHO: (Tirando um doce) Olha só o que eu achei aqui. (Lendo:) É Jeremias 15:16 “Achando-se as tuas palavras, logo as comi, e a tua palavra foi para mim o gozo e alegria do meu coração; porque pelo teu nome sou chamado, ó Senhor Deus dos Exércitos.”
    VOVÓ: Eu também quero provar.
    LOBO-MAU: Só uma coisa me deixa preocupado.
    CHAPEUZINHO-VERMELHO: O que foi?
    LOBO-MAU: E se o caçador aparecer?
    VOVÓ: Esperamos ele com a minha garrucha.
    CHAPEUZINHO-VERMELHO: (Repreendendo-a) Vovó.
    VOVÓ: (Meio sem jeito) Você não precisa mais temer. Você não é mais lobo. Qualquer coisa pregamos a Palavra também para o caçador.
    LOBO-MAU: Chapeuzinho, eu também quero provar de Jeremias 15:16. Eu também quero ser ousado na Palavra. E quero provar também tudo...
    (A Voz do Lobo-Mau é abafada pelo fechamento da cortina)
    (Cortina)

    FIM

     

    Autor da peça = Silvio K. Nakano


    Sugestões de atividades da historia de D.Baratinha













    Este pode ser um momento adequado para trabalhar com este tipo de texto: Receita culinária. É importante mostrar para eles que a estrutura do texto é diferente dos outros e que a sua utilidade também. É preciso trabalhar com a receita antes de trabalhar com a próxima atividade, a de classificação dos ingrdientes do caldo de feijão. 


    Atividade de classificação e também para trabalhar os alimentos saudáveis.
    As cruzadinhas são ótimas para as crianças silábicas perceberem as "outras letrinhas", ou seja, mudar sua hipótese de escrita. Nas cruzadinhas que não trazem os nomes, eu passo no quadro, trabalho letra inicial, final e quantidade de letras, mas sem o desenho. Depois eles precisam achar o "nome" do desenho no quadro e encaixar na cruzadinha com os dados que ele tem. É muito legal, eles gostam muito!


    A 1ª atividade desta folha é muito boa para trabalhar com os alunos.Inicialmente eu leio o texto com eles no quadro, depois em duplas eles recortam os versos e tentam identificar a sequência pela letra inicial e final, cantando a música. Quando realizam este tipo de atividade pela primeira vez, eles acham difícil, mas depois nas próximas eles fazem com mais facilidade, pois pegaram as "dicas" de como descobrir a sequência das frases.




    dona baratinha!!!!!!!!!! mascaras









     FIZ A PEÇA TEATRAL  DA HISTÓRIA  DE DONA BARATINHA


    NARRADOR- Um dia varrendo o sótão, encontrou três moedas de ouro. Naquele tempo, esta quantia valia muito e Dona Baratinha ficou muito feliz 
    DONA BARATINHA  Com este dinheiro, poderei reformar minha casa e comprar roupas novas. O resto do dinheiro vou guardar dentro de uma caixinha. 
    NARRADOR- Agora que estava rica e elegante, com a casa reformada e um bonito enxoval a Baratinha falou,
    DONA BARATINHA achou que estava na hora de se casar.
    NARRADOR-  Então, a tardinha, vestiu uma roupa bem bonita, fez um belo penteado e foi para a janela esperar os pretendentes.O primeiro a aparecer foi o cavalo, o jovem mais fino da cidade. O cavalo achou Dona Baratinha muito graciosa,Dona baratinha então perguntou.
    DONA BARATINHA - Quer casar com Dona Baratinha tão bonitinha e com dinheiro na caixinha? CAVALO -   Eu quero 
    NARRADOR - Disse o cavalo. Mas Dona Baratinha tinha um sono muito leve e queria saber se o cavalo roncava alto .
    DONA BARATINHA Como é que você faz de noite? 
    NARRADOR-  perguntou Dona Baratinha. O cavalo relinchou tão forte que Dona Baratinha o recusou.
    DONA BARATINHA -Não, não você não serve
    NARRADOR - Então outra vez, a tardinha, vestiu uma roupa bem bonita, fez um belo penteado e foi para a janela esperar os pretendentes cantando assim:
    DONA BARATINHA -Quem quer casar com Dona Baratinha que tem fita no cabelo e dinheiro na caixinha,
    NARRADOR - Ia passando o boi,e falou 
    BOI -Eu quero
    DONA BARATINHA Como é que você faz de noite? 
    NARRADOR-  perguntou Dona Baratinha. O Boi mugiu  tão forte que Dona Baratinha o recusou.
    DONA BARATINHA -Não, não você não serve.
    NARRADOR - Então outra vez, a tardinha, vestiu uma roupa bem bonita, fez um belo penteado e foi para a janela esperar os pretendentes cantando assim:
    DONA BARATINHA - Quem quer casar com Dona Baratinha que tem fita no cabelo e dinheiro na caixinha,
    CACHORROEu quero
     NARRADOR-  perguntou Dona Baratinha. Ao cachorro como é o seu latido, au,au fez o cachorro , ele latiu  tão forte que Dona Baratinha o recusou.
    DONA BARATINHA -Não, não você não serve.
    NARRADOR - Então outra vez, a tardinha, vestiu uma roupa bem bonita, fez um belo penteado e foi para a janela esperar os pretendentes cantando assim:
    DONA BARATINHA -Quem quer casar com Dona Baratinha que tem fita no cabelo e dinheiro na caixinha,
    NARRADOR - Ia passando o gato ,e falou :
     GATO- Eu quero
     NARRADOR-  perguntou Dona Baratinha. Ao  como é o seu miado , 
    GATO=  miau,miau
     NARRADOR - ele miou   tão forte que Dona Baratinha o recusou. Infelizmente todos eram muito barulhentos e não iam deixar D. Baratinha dormir. Já estava desistindo, quando apareceu D. Ratão muito elegante e charmoso.
    DONA BARATINHA -Quer casar com Dona Baratinha que tem fita no cabelo e dinheiro na caixinha,
    D.RATÃO -EU QUERO ,EU QUERO.
    NARRADOR -  Ela então, resolveu tentar mais uma vez. Felizmente, D. Ratão tinha uma voz suave e a noite seu ronco era fraquinho :Qui, Qui, Qui... Dona Baratinha ficou muito satisfeita com o pretendente e ficaram noivos.Começaram os preparativos para o casamento.Dona Baratinha toda agitada preparava um delicioso banquete para a festa do casamento e D. Ratão ajudava nos convites. Porém D. Ratão era muito guloso e pediu a noiva que fizesse para a festa seu prato favorito, feijão com toucinho. O feijão com toucinho que Dona Baratinha preparava estava muito cheiroso e D. Ratão ia toda hora na cozinha tentar provar um pouquinho, mas sempre tinha alguém perto. Tudo já estava pronto, banquete, igreja e os convidados chegando.Dona Baratinha e D. Ratão muito elegantes e felizes estavam a caminho da Igreja, porém o noivo só pensava na feijoada. Então disse para Dona Baratinha que tinha esquecido as alianças em casa, e que assim que as pegasse a encontraria na igreja.D. Ratão voltou para casa e correu até a cozinha para comer um pouco do toucinho. Mas na afobação, escorregou e caiu dentro da panela do feijão morrendo afogado. Dona Baratinha ansiosa esperava na igreja o noivo que não retornava. Horas mais tarde, muito triste Dona Baratinha e alguns convidados decidiram voltar para casa e comer o banquete. Logo descobriram o fim trágico do seu noivo e todos lamentaram muito. A pobre Dona Baratinha chorou a noite inteira e desde aquele dia nunca mais preparou feijão com toucinho!
    * Atividades retiradas da Coleção Baú do Professor- Histórias e Oficinas Pegagógicas vol.4 Ed. FAPI