Desenvolver sentimentos de amizade, bondade, solidariedade.
Incentivar a prática de leitura de livros de literatura infantil.
Desenvolver a coordenação motora fina, através de atividades de colagem.
Estar inserido no processo de alfabetização e letramento.
Momento 1
Brincadeira: Caminhando como a centopéia. De preferência no pátio da escola, formar várias filas com 4 ou 5 alunos cada. Comentar que cada aluno da fila deve segurar na cintura do colega da frente sendo o primeiro que conduzirá os demais. Ao sinal do professor eles devem realizar os movimentos das pernas todos juntos, de acordo com o comando.
Exemplo: andando depressa, bem devagar, dando pulinhos...
O grupo que realizar a atividade com maior desenvoltura e sem se soltar de seus companheiros, vence a brincadeira. Pode ser feito também uma disputa entre as filas para ver quem chega primeiro.
Após a atividade deixar que verbalizem como se sentiram tendo de coordenar vários passos juntos. Após os comentários ressaltar que o personagem da história que irão ouvir caminha com inúmeras pernas de forma harmoniosa. Quem adivinha quem é? Ouvir sugestões e, caso não consigam adivinhar, a professora apresentará a capa do livro com a personagem centopéia.
Momento 2
A professora apresentará o livro para as crianças: “A centopéia que sonhava”. Explorar a capa, autor. Perguntar como é essa centopéia, como ela está se sentindo, com o que será que ela sonha? Após a apresentação do livro a professora poderá ler o livro para as crianças ou colocar o áudio da história para ouvirem.
Imagem disponível em:
http://literatura.moderna.com.br/catalogo/capas_alta/85-281-0318-8.jpg
Disponível para ouvir em:
http://www.podcast1.com.br/programas.php?codigo_canal=989&numero_programa=2
A centopéia que sonhava
Lá ia a centopéia pensando com seus botões.
“Mas que vontade de voar”, pensou, ao ver a andorinha lá no alto.
“Mas que vontade de nadar”, pensou ela, quando viu o peixinho
vermelho fazer maravilhas dentro da água. “E cantar como o curió, que
dobra suas notas que é uma beleza!”
“É, mas centopéia não voa, não nada e nem canta”, concluiu com
tristeza. “Tenho que me conformar e ficar andando com minhas cem
perninhas e ainda achar bom”.
Aí ouviu uma vozinha que chegava do alto de uma árvore. Era a
andorinha que lhe disse:
– Dona Centopéia, estou vendo que a senhora tem vontade de voar.
– É verdade — respondeu –, mas não posso, não tenho asas, só
tenho
perninhas, que servem para andar mas não para voar.
– Mas a senhora pode voar comigo, nas minhas costas!
– Será mesmo que posso realizar esse sonho, ir lá em cima, nas
nuvens, ver tudo do alto?
– É claro que pode, venha!
Mais que depressa a centopéia subiu nas costas da andorinha, que
saiu voando. E m poucos instantes j á estava lá no alto. Era uma
maravilha ver tudo ficar pequeno ali embaixo. Como o mundo era grande
lá de cima, e bonito, azul, e que ventinho gostoso ela sentia. Nem teve
medo, de tão animada que estava com a experiência.
“Devo ser a primeira centopéia do mundo a voar”, pensou ela com suas
perninhas.
– Vamos descer, dona Andorinha, é emoção demais. E desceram.
– Quando quiser voar de novo é só falar — disse a andorinha, e
sumiu no céu como um raio.
“Voar foi possível”, pensou a centopéia. “Mas nadar não tem jeito,
aí só sendo peixe mesmo.” Ela, então, ouviu outra vozinha que vinha da
água.
– Ei, dona Centopéia, a senhora tem vontade de nadar? Ir lá no
fundo e descobrir um outro mundo colorido?
– Mas como, seu Peixinho? Será possível? Não vou morrer afogada?
– Não — disse o peixinho –, a senhora sobe nas minhas costas, se
agarra direitinho e prende a respiração por uns minutos. Boca fechada e
olhos bem a bertos. Vai dar certo. — E deu mesmo.
A centopéia subiu nas costas do p eixinho, prendeu a res piração
e… foi ou tra maravilha! Como e ra bonita a água azul, limpa, cheia de
outros peixinhos coloridos.
A centopéia levou um susto enorme quando apareceu um peixão.
“E se ele pensar que sou uma minhoca?” Mas não pensou. Nadar era uma
maravilha. A vida debaixo da água é outra coisa. Mas só para quem
consegue prender a respiração por bastante tempo, e ela já estava aflita
para subir. E subiram.
– Obrigada, seu Peixinho, foi uma beleza!
– Obrigada, seu Peixinho, foi uma beleza!
– Quando quiser nadar de novo é só falar — disse o peixinho. –
Mas tenho outra surpresa para a senhora.
O peixinho pegou uma conchinha, amarrou num barbante fino e disse:
– Suba, dona Centopéia, vamos correr por cima da água! — E saiu
nadando, puxando a centopéia a uma velocidade incrível. Foi o máximo!
É, a coisa estava ficando boa. Ela, uma simples centopéia, já havia
voado e nadado, e não tinha asas nem era peixe!
Mas cantar como o curió, isso sim que não podia nem deveria haver
jeito. Não tinha voz, não sabia produzir uma melodia. Mas de novo a
centopéia ouviu uma voz, que desta vez vinha lá do alto de uma
laranjeira. Era o curió, que dizia:
– Olha, dona Centopéia, cantar a gente aprende. Tem gente que sabe
educar a voz e canta que é uma beleza. Mas eu tenho uma coisa melhor
que cantar: é tocar uma flautinha.
– Como pode ser isso, seu Curió?
– Eu faço uma flauta de bambu bem feitinha, ensino as notas para a
senhora e aí podemos tocar e cantar juntos.
– Essa eu nem acredito.
– Mas vai acreditar.
E o curió fez uma flautinha com um som muito doce e bonito. A
centopéia ficou tão entusiasmada com as a ulas que aprendeu lo go. Ela
tocava bonito, e todos os bichos da floresta iam ouvir a centopéia
flautista.
A centopéia agora tinha um último desejo: pular de galho em galho
lá no alto das árvores da floresta. Mas como, se não conseguia nem dar
uns saltinhos aqui na terra? Foi quando chegou o macaco, com um riso
bem esperto nos lábios.
– Se a senhora quiser saltar, é só subir aqui nas minhas costas e
se segurar bem.
– Claro que quero! Vai ser muito divertido ir saltando por aí de
galho em galho!
E foi uma algazarra. O macaco pulando, gritando e rindo, com a
centopéia agarradinha nas suas costas. Parecia um circo, o macaco era
mestre no salto.
A noite foi chegando e a centopéia estava muito feliz com todas as
aventuras daquele dia. De repente se deu conta do que havia acontecido:
ela não sabia que tinha tantos amigos na floresta e que tudo o que ela
não conseguia fazer sozinha ela podia fazer com a ajuda dos outros
bichos. Podia voar sem ser pássaro, nadar sem ser peixe, cantar sem ter
voz e pular sem ter pernas e br aços de macaco.
– Quem tem esses amigos pode tudo — concluiu ela. — Juntos vamos
muito longe!
Texto disponível em:
http://historiasinfantis.eu/a-centopeia-que-sonhava/
Momento 3
Fazer uma interpretação oral com as crianças. A professora deverá ouvir as falas dos alunos certificando se, de fato, entenderam o objetivo da mensagem do livro. Enfatizar que é muito importante ter amigos, que ninguém pode viver sozinho e que sempre precisamos de alguém para nos ajudar. Perguntar quais eram os personagens dessa história, como cada um ajudou a centopéia. Distribuir a folha xerocada abaixo para cada criança e pedir que recontem a história produzindo um pequeno texto, contando o que cada personagem fez com a centopéia. Após a escrita podem fazer o desenho de cada personagem no espaço adequado.
Momento 4
Novamente mostrar a capa do livro e perguntar com qual forma geométrica o corpo da centopéia é formado ou se parece. Distribuir uma folha de papel ofício A4 para cada criança e pedir que copiem do quadro o título do livro: LIVRO: A CENTOPÉIA QUE SONHAVA
Distribuir círculos para que as crianças montem na folha uma centopéia. Essa centopéia pode ser enfeitada com colagem de bolinhas de papel ou paetês. Essa atividade pode compor um painel na sala de aula.
Avaliar a capacidade de se envolver com outros colegas em atividades de grupo.
Através do momento três a professora deve estar atenta se a mensagem do livro foi bem compreendida pelos alunos.
Analisar a coerência, coesão e evolução da escrita do aluno ao reproduzir a história, bem como suas dificuldades ortográficas.
Analisar a coordenação motorados alunos durante a atividade de colagem.