"A educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo. (Nelson Mandela) "

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

OS NÚMEROS NAS FÉRIAS

Mostre aos alunos que a Matemática está ao nosso redor: nas receitas de culinária, nas viagens, nos cartazes e até na lanchonete

Fazendo gelatina

Objetivos:
* Identificar a unidade de medida adequada para cada ocasião
* Trabalhar com unidades de medida de capacidade
* Desenvolver a noção de proporcionalidade
* Converter medidas em mililitro para litro

Faixa Etária: 
4º ano

Materiais:
★ Gelatinas

★ Água
★ Panela
★ Taças para servir

1. Reúna os alunos em grupos de três e distribua os materiais necessários.
2. Em seguida, oriente-os na preparação da gelatina. Com os ingredientes em mãos, realize a preparação da gelatina como descrito no verso das caixas:
* Despeje o conteúdo do pacote em um recipiente contendo 250 ml de água fervente.
* Mexa bem até dissolver o conteúdo do pacote por completo.
* Adicione mais 250 ml de água fria ou gelada.
* Despeje a gelatina em um recipiente e leve à geladeira até endurecer.
3. Após as crianças terminarem de preparar a gelatina, faça as seguintes perguntas: quantos mililitros de água são necessários para preparar uma caixa de gelatina? Quantos mililitros de água serão necessários para preparar três caixas de gelatina? Utilizando 2 copos (500 ml) de água, quantas caixas de gelatina seria possível preparar? 


Interpretando cardápios em uma lanchonete

Objetivos:* Trabalhar operações com números decimais
* Trabalhar com possibilidades
* Desenvolver a noção de proporcionalidade
* Trabalhar operações de sistema monetário

Faixa Etária: 5º ano

Materiais:
★ Lápis
★ Folhas de caderno 


1. Reúna os alunos em grupos de três.
2. Em seguida, apresente a eles um cardápio semelhante ao sugerido abaixo:
3. Depois, de acordo com o cardápio, peça a eles que simulem uma situação e anotem em uma folha de papel três exemplos de pedidos que poderiam ser feitos nessa lanchonete. Veja um exemplo:
3. Após as crianças terminarem de anotar os pedidos, faça perguntas como estas:
* Quantos reais cada pedido custou?
* Quantas são as possibilidades de um cliente, nesta lanchonete, escolher um lanche e uma bebida?
* Supondo que a mesa que fez o pedido 1 pagasse com uma cédula de R$ 50,00, quantos reais iria receber de troco? 

Dica esperta!
Você pode transformar esse mapa em um jogo de tabuleiro fazendo regras próprias, ou pode também fazer uma simulação com a turma, como se estivessem fugindo do fogo e procurando as saídas já encontradas, para sentirem as dificuldades reais do espaço planejado.


segunda-feira, 16 de abril de 2012

BRECHÓ ESCOLAR

Objetivo: Desenvolver estratégias de cálculo.

Conteúdos: Adição e subtração.


Ano: 1º ao 3º.

Tempo estimado: Dez aulas.


Material necessário: Objetos usados de diferentes tipos (como brinquedos, gibis e roupas), cédulas que imitem dinheiro de verdade, papel, canetas, lápis e etiquetas.

Flexibilização: Para alunos com deficiência intelectual.
A cada etapa, faça uma explicação antecipada para que o aluno com deficiência intelectual tenha mais segurança e autonomia para participar da atividade com descontração. Faça a mediação individual e dê tarefas mais específicas, que estimulem sua concentração para o raciocínio matemático. Valorize suas hipóteses e procure estimular avanços. É importante conversar com os alunos sobre os diferentes conhecimentos que cada um pode ter quanto ao uso e cálculos com o dinheiro e argumentar que isso pode depender da vivência social de cada um. Deve-se enfatizar que essa proposta amplia o conhecimento e que todos podem colaborar com a aprendizagem dos outros colegas, respeitando as diferentes estratégias.



Desenvolvimento: Faça um bilhete aos pais dos alunos informando os objetivos da atividade, e que os produtos trazidos à escola não serão devolvidos. Inicie, então, o trabalho com os pequenos. Organize-os em roda e explique o que é um brechó - uma loja que vende objetos usados -  e proponha que reproduzam esse espaço na sala de aula. Peça que tragam dois itens de casa que queiram compartilhar com os colegas.


2ª etapa: Oriente os alunos a separar os artigos em grupos: brinquedos, gibis, roupas etc. Diga que se reúnam em grupos para decidir quanto cada produto vai custar. Nesse momento, observe as discussões e argumentos apresentados pelos estudantes. As crianças podem atribuir preços diferentes a produtos iguais. Se isso ocorrer, problematize esta questão: "Produtos iguais costumam ter preços diferentes?". Pode ser que elas respondam "sim" ( e a resposta não está errada, pelo menos quando se trata de lojas diferentes). Então, pergunte: "E na mesma loja, produtos iguais podem ter preços diferentes?". Aproveite para fazer uma pesquisa em alguma loja próxima. Em seguida, escreva os valores em etiquetas e peça às crianças que coloquem nas peças. Os valores definidos devem favorecer boas problematizações. Por exemplo: sugira alguns valores exatos, isto é, que possam ser comprados com uma nota sem troco ou que as crianças se apoiem nas contagens de 2 em 2. 5 em 5 ou 10 em 10. Em outros casos, oriente para que fiquem os números "quebrados", em que seja necessário compor o valor ou dar o troco. Observe se as crianças se apoiam no cálculo dos números redondos para resolver esses cálculos. 

3ª etapa: Feito isso, é o momento de fazer a atividade de compra e venda. Oriente sobre como deve ser a organização da sala: as mesas podem ser colocadas lado a lado e, sobre elas, distribuídos os artigos. Os vendedores ficam atrás desse balcão e os compradores, em frente, para que possam escolher o que querem comprar - como aconteceria em uma loja. Divida os pequenos em dois grupos: em um primeiro momento, coloque como vendedores as crianças que utilizam estratégias de cálculo mais elaboradas para que interajam com os compradores e realizem conjuntamente alguns cálculos. Para os vendedores, entregue notas de 1 real e 2 reais para que possam fazer o troco nas negociações, e para os compradores distribua o mesmo valor total para cada um, variando a combinação de cédulas de 1 real, 2 reais, 5 reais, 10 reais e 20 reais. Diga que os objetos "comprados" serão levados para casa. Ofereça papel e lápis para o caso de alguma criança necessitar. Observe e anote as estratégias usadas por todos.



Avaliação: Analise suas anotações e, com base em algumas situações observadas no brechó, planeje outras "fictícias" para que todas as crianças possam pensar sobre os cálculos que representam desafio na atividade. Proponha que os alunos resolvam individualmente a seguinte questão: "No brechó da turma do 1º ano, Teresa comprou uma boneca por 5 reais e um gibi por 3 reais. Quanto ela gastou?". Depois, organize os estudantes em duplas para que eles comparem suas estratégias e expliquem como resolveram. Tente formar duplas com alunos que tenham utilizado procedimentos parecidos para calcular os valores do brechó, pois isso favorecerá a troca e a colaboração entre elas. Proponha que as duplas respondam às demais perguntas: "Para pagar a conta, deu uma nota de 10 reais. Vai dar para pagar a conta? Ela receberá troco? Quanto?". Para resolver a primeira parte desse problema, basta juntar o valor de cada produto. As resoluções iniciais das crianças costumam se basear na contagem (incluindo contar a partir de um dos valores ou descontar).
À medida que avançam no entendimento do sistema de numeração e na construção de um repertório aditivo, passam a utilizar também estratégias baseadas no cálculo. A segunda pergunta envolve a ideia de uma transformação negativa, isto é, uma mudança em uma sequência temporal: tinha 10 e paguei 8, com quanto fiquei? A complexidade reside na maneira como a pergunta é formulada. Em outro momento, selecione alguns procedimentos para discutir com a turma. Por exemplo, um que desenhou 10 tracinhos e depois riscou 8 e outro que contou de 8 a 10. Proponha que as crianças analisem se os dois procedimentos servem para resolver o problema, as semelhanças e diferenças entre eles e qual é o caminho mais econômico.  


Fonte: Revista Nova Escola

sábado, 7 de abril de 2012

ALFABETIZAÇÃO MATEMÁTICA ESTATÍSTICA

      Quais os animais preferidos das crianças do 1º ano? Quantos alunos comem verdura? Quanto mede a mão de cada um deles? Curiosidades como essas podem acabar com uma simples contagem ou servir de base para um projeto capaz de iniciar seus estudantes no desenvolvimento de diversas competências, como coletar informações, organizá-las e representá-las na forma de gráficos ou tabelas — além de interpretá-las criticamente.

     Para que ler gráficos?

   A esse conjunto de saberes foi dado o nome de Tratamento da Informação, tratado nos Parâmetros Curriculares Nacionais de Matemática como parte da alfabetização. Justifica-se: só está alfabetizado quem sabe ler e interpretar dados numéricos dispostos de forma organizada. "Os meios de comunicação usam essa linguagem diariamente. Por isso, é preciso decodificar essas representações visuais", diz Diva Marília Flemming, da Universidade do Sul de Santa Catarina.

   Maria Sueli Monteiro, consultora do Prêmio Victor Civita, diz que muitas vezes os trabalhos de Tratamento da Informação terminam na produção de gráficos, sem ensinar a relacionar os dados nem a criticá-los. "É essencial propor questões com base nesse tipo de representação visual", avalia.

      Nunca é cedo demais.

     Os conteúdos do Tratamento da Informação podem ser introduzidos nos primeiros ciclos, com questões simples como as lançadas no início desta reportagem. A pesquisa adquire consistência com o uso de alguns procedimentos científicos, como a organização de dados de forma livre, a montagem de tabelas e a escrita de um pequeno relatório como conclusão. A partir da 5ª série é possível produzir representações visuais baseadas em textos jornalísticos ou científicos e iniciar os estudantes no raciocínio combinatório, usando para isso materiais de uso comum — um bom exercício é combinar duas camisetas com três bermudas e calcular a quantidade de pares que podem ser formados.

    Para desenvolver um bom trabalho nessa área, a pesquisadora Clayde Regina Mendes, coordenadora do Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação Matemática da Pontifícia Universidade Católica de Campinas, sugere um roteiro adequado a todos os níveis. A seguir, uma adaptação dos principais conceitos propostos.

1. Definição do tema
    Decida com a turma o assunto a estudar (a votação pode gerar uma tabela). Em caso de questões polêmicas, como sexualidade ou drogas, convoque uma reunião com os pais para explicar o trabalho. Sempre que possível, convoque colegas de outras disciplinas para enriquecer o estudo.

2. Leitura e registro
     Busque junto com os alunos informações sobre o tema e faça os próprios estudos para dirigir o trabalho.

3. Objetivos
    Especifique as metas da pesquisa. Levante as questões que serão respondidas no final do processo. Peça que a turma opine sobre os possíveis resultados (levantamento de hipóteses) e não se esqueça de registrar sempre as hipóteses para, mais tarde, compará-las com as conclusões.

4. Público-alvo
   Defina com os estudantes quem serão os entrevistados. Assim fica mais fácil adequar a linguagem ao público na hora de elaborar as perguntas.

5. Instrumentos de pesquisa
   Elabore com os alunos questões básicas, curtas e objetivas. As respostas dispostas em forma de alternativas vão facilitar a compreensão pelo entrevistado e, sobretudo, a posterior tabulação. Denomina-se formulário quando as anotações são feitas pelo pesquisador mediante as respostas do entrevistado; e questionário quando o entrevistado anota as próprias respostas. Gravador, lápis e papel são os instrumentos mais utilizados para fazer a entrevista.

6. História
    Conte um pouco da história da estatística, se houver interesse da garotada. Com o desenvolvimento das sociedades primitivas, surgiu a necessidade de conhecer numericamente os recursos disponíveis para tomar decisões. A palavra estatística apareceu pela primeira vez no século XVIII, proferida pelo alemão Gottfried Achemmel. Ela vem de statu, que quer dizer estado, em latim. Outras informações podem ser obtidas nos sites listados no Quer saber mais?, ao final desta reportagem.

7. Coleta de dados
    Oriente os alunos a se apresentar ao entrevistado, explicar os objetivos da pesquisa e perguntar se ele concorda em responder às questões. Caso a pessoa se recuse, o grupo não pode desanimar. Deve agradecer a atenção e procurar outro entrevistado.

8. Organização dos dados
     Numere os formulários, para evitar que eles sejam analisados duas vezes. A tabulação pode ser feita em duplas.

9. Conteúdos
    Avance nos conteúdos de Matemática conforme o nível da turma. Intervalo, fração, razão, ângulo, cálculos, proporção e porcentagem são itens que surgem naturalmente. Se os alunos têm condições de explorá-los... Para reforçar, elabore exercícios baseados em notícias de jornal ou revista.

10. Tabelas e gráficos
    Ensine os alunos a organizar os dados. Régua, compasso, lápis, transferidor e papel milimetrado são essenciais. Tabelas organizam informações em linhas e colunas, enquanto gráficos usam imagens (barras, setores, linhas ou elementos pictóricos). Essa fase pode ser feita no computador. Com as turmas mais avançadas, compare as tabelas publicadas na mídia (que têm títulos curtos e muitas cores) com as feitas para trabalhos científicos (que precisam seguir normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas, bem mais formais).

11. Análise dos dados
    Elabore perguntas cujas respostas possam ser deduzidas das representações e relacionadas com o conhecimento adquirido nas leituras iniciais. O ideal é que esse procedimento se repita ao longo de todo o projeto, mas com as tabelas e os gráficos prontos fica mais fácil levar a turma a analisar corretamente os dados. Assim, todos vão reforçar o raciocínio crítico.

12. Relatório
    Mostre como se faz para produzir um relatório. O documento-padrão tem introdução, objetivos, uma descrição de como os dados foram colhidos, o nome dos pesquisadores, os resultados, as tabelas e os gráficos produzidos e uma conclusão final.

13. Avaliação
    Faça anotações durante todo o projeto sobre as observações e o raciocínio dos alunos. Anote tudo para aprimorar o próximo projeto. É fundamental analisar o relatório final para saber se as idéias estão organizadas de forma a confirmar que houve aprendizado.

14. Divulgação
    Envie cópias para os outros professores e organize uma exposição para os alunos explicar os procedimentos e conclusões às outras turmas.
Quer saber mais?
Clayde Regina Mendes, e-mail: clayde@puc-campinas.edu.br


BIBLIOGRAFIA

Entrelaçando Saberes, Miriam Cardoso Utsumi (org.), 200 págs., Ed. Insular, tel. (0_ _48) 223-3428, 25 reais


INTERNET

Descubra mais detalhes sobre a história da Estatística nos siteswww.ine.pt/prodserv/Literacia/lites.html,

sábado, 31 de março de 2012