"A educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo. (Nelson Mandela) "

terça-feira, 23 de janeiro de 2018

Chuchu (Manuel Bandeira)

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Joanita,em sua última carta escrita de Haia: "Mas que saudades de chuchu com molho branco". 

Eu sei que toda gente despreza o chuchu, a coisa mais bestinha que Deus pôs no mundo, “Cucurbitácea” reles que medra em qualquer beirada de quintal. Não tenho também nenhuma ternura especial pelo chuchu, mas já reparei que há uma certa injustiça em considerar insípido um prato que é insípido só porque raras são as cozinheiras que sabem prepará-lo. 

Sei ainda que os médicos nutricionistas banem o chuchu de todas as suas dietas, dizem que o chuchu não vale nada, é uma mistura de água e celulose, desprovida de qualquer vitamina ou sal. O chuchu é meu eterno pomo da discórdia com meu querido amigo Dr. Rui Coutinho. Quando ele desfaz do chuchu em minha presença, salto logo em defesa do humilde caxixe. Argumento assim: "Antigamente, antes da descoberta das vitaminas, se dizia o mesmo da alface. Mas o sabor da planta, a boniteza de sua folha verdinha, ou talvez o instinto secreto da espécie sempre levaram o homem a comer a aristocrá- tica Lactuca sativa. Um dia se descobriu que a alface é rica em vitamina A, cálcio e ferro. Então a alface deixou de ser água e celulose, e entrou nos menus autorizados e recomendados pelos nutricionistas. 

Quem me dirá que um dia, próximo ou distante, não se descobrirá no chuchu um elemento novo, indispensável à economia orgânica? O que me parece inexplicável é que nós brasileiros persistamos em comer sem quase nenhum deleite essa coisinha verde e mole que se derrete na boca sem deixar vontade de repetir a dose.” 

Rui Coutinho sorri cético. 

Enquanto isso, na Holanda, Joanita, podendo comer os pratos mais saborosos do mundo, tem saudade é de chuchu com molho branco. Que desforra para o chuchu! 

(Manuel Bandeira)

01) A passagem destacada no início do texto pode ser considerada uma frase? Justifique sua resposta:

02) Ainda com relação à passagem que abre o texto, nela há dois segmentos. O segundo, sozinho, pode ser considerado uma frase? Por que ele vem isolado por aspas? 

03) Exlique por que "Lactucasativa" e "menus" aparecem destacados no texto: 

04) Quanto ao gênero, como você classificaria o texto? Que fato serviu de motivo para o autor escrevê-lo? 

05) No texto, há um trecho dissertativo. Que palavra introduz a dissertação? 

06) Qual é o principal argumento utilizado na defesa do chuchu? O que você pensa a respeito dele? Convenceu? 

07) Encerrado o texto, o autor afirma: "Que desforra para o chuchu!". Esse enunciado constitui uma frase? Justifique: 

08) Qual é o significado do adjetivo "insípida" em cada uma das frases seguintes: "O chuchu é uma comida insípida" e "Era uma insípida noite de verão"? 

09) Na linguagem coloquial, a expressão "pra chuchu" tem sentido de abundância. Que expressão do texto comprova esse sentido dessa expressão popular? 

10) Na frase "O chuchu é meu pomo da discórdia com meu querido amigo Dr. Rui Coutinho", qual é o sentido da expressão destacada?

11) O autor usa vários termos para se referir ao chuchu, mas a expressão a qual ele faz referência à alface é:

 (A) caxixe  (B) coisinha verde. (C) coisa bestinha. (D) Cucurbitácea reles. (E) Lactuca sativa.

12) “Eu sei que toda gente despreza o chuchu, a coisa mais bestinha que Deus pôs no mundo, "Cucurbitácea" reles que medra em qualquer beirada de quintal.” No trecho anterior, as ASPAS foram usadas na expressão grifada para informar que se trata de:

(A) ironia.  (B) populismo.  (C) estrangeirismo. (D) termo científico.  (E) ênfase na expressão.

13) Identifique a opinião do autor sobre o chuchu (transcreva): 

segunda-feira, 10 de julho de 2017

Um homem de consciência (Monteiro Lobato)

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Chamava-se João Teodoro, . O mais pacato e modesto dos homens. Honestíssimo e lealíssimo, com um defeito apenas: não dar o mínimo valor a si próprio. Para João Teodoro, a coisa de menos importância no mundo era João Teodoro. 

Nunca fora nada na vida, nem admitia a hipótese de vir a ser alguma coisa. E por muito tempo não quis nem sequer o que todos ali queriam: mudar-se para terra melhor. 

Mas João Teodoro acompanhava com aperto do coração o deperecimento visível de sua Itaoca. 

"Isto já foi muito melhor", dizia consigo. "Já teve três médicos bem bons -- agora um e bem ruinzote. Já teve seis advogados e hoje maldá serviço para um rábula ordinário como o Tenório. Nem circo de cavalinhos bate mais por aqui. A gente que presta se muda. Fica o restolho. Decididamente, a minha Itaoca está se acabando..."

João Teodoro entrou a incubar a ideia de também mudar-se, mas para isso necessitava dum fato qualquer que o convencesse de maneira absoluta de que Itaoca não tinha mesmo conserto ou arranjo possível. 

"É isso", deliberou lá por dentro. "Quando eu verificar que tudo está perdido, que Itaoca não vale mais nada de nada, então arrumo a TROUXA e boto-me fora daqui." 

Um dia aconteceu a grande novidade: a nomeação de João Teodoro para delegado. Nosso homem recebeu a notícia como se fosse uma porretada no crânio. Delegado ele! Ele que não era nada, nunca fora nada, não queria ser nada, se julgava capaz de nada... 

Ser delegado numa cidadezinha daquelas é coisa seriíssima. Não há cargo mais importante. É o homem que prende os outros, que solta, que manda dar sovas, que cai à capital falar com o governo. Uma coisa colossal ser delegado -- e estava ele, João Teodoro, de-le-ga-dode Itaoca!...

João Teodoro caiu em meditação profunda. Passou a noite em claro, pensando e arrumando as malas. Pela madrugada botou-as num burro, montou seu cavalo magro e partiu.

-- Que é isso, João? Para onde se atira tão cedo, assim de armas e bagagens? 

-- Vou-me embora -- respondeu o retirante. -- Verifiquei que Itaoca chegou mesmo ao fim. 

-- Mas, como? Agora que você está delegado?

-- Justamente por isso. Terra em que João Teodoro chega a delegado eu não moro. Adeus. E sumiu. 

(Monteiro Lobato)

01) O que significa o "só", presente na primeira frase do texto? 

02) Que outras palavras poderiam substituir, mantendo o mesmo sentido, honestíssimolealíssimo e seriíssimo, respectivamente? 

03) Quantas vezes aparece, no texto, o nome "João Teodoro"? O que isso significa?

04) Reescreva a passagem destacada no primeiro parágrafo do texto, a fim de evitar repetições do nome próprio: 

05) O que diferenciava o protagonista das outras pessoas? 

06) Copie do texto dois numerais, classificando-os:

07) Qual o tipo de narrador presente no texto lido? Comprove com uma passagem dele: 

08) O que as aspas sinalizam no texto em questão? 

09) Transcreva do texto três substantivos próprios:

10) O que a palavra sublinhada no texto significa? Elabore uma frase em que ela apareça com um outro significado (dizendo qual): 

11) Qual a intenção de se repetir o vocábulo NADA no trecho destacado no sétimo parágrafo? 

12) Explique o valor semântico do diminutivo em "ser delegado numa cidadezinha daquelas...":

13) Por que a palavra DELEGADO apareceu escrita da forma "de-le-ga-do", no texto?

14) Na passagem "Pela madrugada botou-as num burro", situada no final do texto, a palavra destacada substitui que outra? 

15) Circule no texto um exemplo de vocativo, explicando seu raciocínio: 

16) Como é caracterizada a cidade de Itaoca no texto?

17) O que significa, no contexto do conto, ser "um homem de consciência"? 

18) Que outro título você daria ao texto?

19) Que mensagem ele lhe transmitiu? Comente: 

20) Ilustre a passagem do conto de que você mais gostou: 

quinta-feira, 27 de outubro de 2016

"Você é um número" (Clarice Lispector)

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Você é um número

Se você não tomar cuidado vira número até para si mesmo. Porque a partir do instante em que você nasce classificam-no com um número. Sua identidade no Félix Pacheco é um número. O registro civil é um número. Seu título de eleitor é um número. Profissionalmente falando você também é. Para ser motorista tem carteira com número, e chapa de carro. No Imposto de Renda, o contribuinte é identificado com um número. Seu prédio, seu telefone, seu número de apartamento -- tudo é número. 

Se é dos que abrem crediário, para eles você é um número. Se tem propriedade, também. Se é sócio de um clube tem um número. Se é imortal da Academia Brasileira de Letras tem o número da cadeira. 

É por isso que vou tomar aulas particulares de Matemática. Preciso saver coisas. Ou aulas de Física. Não estou brincando: vou mesmo tomar aulas de Matemática, preciso saber alguma coisa sobre cálculo integral. 

Se você é comerciante, seu alvará de localização o classifica também.

Se é contribuinte de qualquer obra de beneficência também é solicitado por um número. Se faz viagem de passeio ou de turismo ou de negócio também recebe um número. Para tomar um avião, dão-lhe um número. Se possui ações também recebe um, como acionista de uma companhia. É claro que você é um número de recenseamento. Se é católico recebe número de batismo. No registro civil ou religioso você é numerado. Se possui personalidade jurídica tem. E quando morre, no jazigo, tem um número. E a certidão de óbito também. 

Nós não somos ninguém? Protesto. Aliás, é inútil o protesto. E vai ver meu protesto também é número.

Uma amiga minha contou que no Alto Sertão de Pernambuco uma mulher estava com o filho doente, desidratado, foi ao Posto de Saúde. E recebeu a ficha número 10. Mas dentro do horário previsto pelo médico a criança não pôde ser atendida porque só atenderam até o número 9. A criança morreu por causa de um número. Nós somos culpados. 

Se há uma guerra, você é classificado por um número. Numa pulseira com placa metálica, se não me engano. Ou numa corrente de pescoço, metálica. 

Nós vamos lutar contra isso. Cada um é um, sem número. O si-mesmo é apenas o si-mesmo. 

E Deus não é número. 

Vamos ser gente, por favor. Nossa sociedade está nos deixando secos como um número sexo, como um osso branco seco exposto ao sol. Meu número íntimo é 9. Só. 8. Só. 7. Só. Sem somá-los nem transformá-los em novecentos e oitenta e sete. Estou me classificando como um número? Não, a intimidade não deixa. Veja, tentei várias vezes na vida não ter número e não escapei. O que faz com que precisemos de muito carinho, de nome próprio, de genuidade. Vamos amar que amor não tem número. Ou tem? 

(Clarice Lispector)

01) Podemos afirmar que o texto acima é uma crônica? Justifique sua resposta:

02) Qual o assunto do texto abordado?

03) A autora já começa com uma advertência. Qual?

04) Qual a importância dessa advertência para o texto de um modo geral?

05) O texto todo gira em torno de uma enorme crítica ao ser humano em sociedade, mas em um dos parágrafos há uma crítica bem mais acentuada. Qual é esta crítica e a quem é dirigida? Você concorda? Por quê? 

06) Na sua opinião sincera, o protesto da autora é inútil? Justifique sua resposta:

07) Há diferença entre ser tratado pelo nome ou por um número? Explique seu ponto de vista:

08) Durante toda a exposição de seus pensamentos acerca dos números que rodeiam nossa vida, a autora confirma a todo instante que tudo é numerado. Apenas o que escapa de ser numerado, segundo ela? Ela tem certeza disso? 

09) Que mensagem o texto lhe transmitiu? Comente:

10) O texto encerra-se com uma indagação. Reflita e tente escrever um pequeno texto, posicionando-se a respeito dessa questão. 

segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Saudades do Ensino Fundamental...

Já perdi a conta de quantos anos não trabalho mais com o Fundamental! Confesso que às vezes sinto falta! A garotada era inquieta, elétrica, mas como a energia era boa! Aí hoje fiz uma atividade bem simples, voltada para esse segmento, para quem ainda com ele trabalha! Espero que seja útil! 

Conversa fiada
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Era uma vez um homem muito velho que, por não ter muito o que fazer, ficava pescandonum lago. Era uma vez um menino muito novo que também não tinha muito o que fazer e ficava pescando no mesmo lago.

Um dia, os dois se encontraram, lado a lado na pescariae no mesmo momento, exatamente no mesmo instante, sentiram aquela puxadinha que indica que o peixe mordeu a isca. O menino puxou com força e precisão. O velho usou mais precisão e menos força. Quando apareceram os respectivos peixes, porém, que decepção: o peixe domenino era muito velho e o peixe do velho era muito novo! O velho disse para o menino:

-- Você não pode pescar esse peixe tão velho! Deixe que ele viva o pouco de vida que lheresta.

O menino respondeu:

-- E o que você vai fazer com este peixe tão novo? Ele é tão pequeno... deixe que ele viva mais um pouco! 

O velho e o menino olharam um para o outro e, sem perder tempojogaram os peixes no lago. Ficaram amigos e agora, quando não têm muito o que fazer, vão até o lago, cumprimentam os peixes e matam o tempo jogando conversa fora. 

(Diléa Frate)

01) As personagens foram apresentadas logo no primeiro parágrafo. O que eles tinham em comum? O que tinham de diferente? 

02) Ao sentir o peixe morder a isca, por que o menino puxou com força e precisão e o velho usou mais precisão e menos força? 

03) Por que o velho pediu mais vida para o peixe velho? E por que o menino pediu mais vida para o peixe novo? 

04) Para você, quem tem mais direito à vida: os novos ou os velhos? Explique seu ponto de vista:

05) Na sua opinião, quem pesca contribui com o extermínio dos peixes? Justifique sua resposta:

06) Sobre o que você acha que os dois tanto conversavam? Comente: 

07) Por que o texto traz dois "era uma vez"? Qual o objetivo da autora ao recorrer a isso? 

08) Que mensagem o texto lhe transmitiu?

09) Diga a que classe gramatical cada palavra destacada pertence: 

terça-feira, 30 de agosto de 2016

Trabalhando com a INTERTEXTUALIDADE

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Texto 01:
 Os primeiros milagres de Eliseu

Os cidadãos disseram a Eliseu: "A posição desta cidade é boa, como meu senhor vê, mas as águas são ruins e esterilizam o país." Disse el: "Trazei-me uma tigela nova e ponde sal nela". Trouxeram-na; e ele foi à fonte da água, e atirou lá o sal, dizendo: "Assim diz o Senhor: -- Eu saneio estas águas; doravante não produzirão mais nem monte nem esterilidade". E as águas ficaram sadias até ao dia de hoje, conforme a palavra que Eliseu tinha proferido. 

Dali subiu a Betel; e quando subia pelo caminho, uns rapazinhos que tinham saído da cidade começaram a zobar dele, dizendo: "Sobe, ó calvo! Sobe, ó calvo!". Ele, voltando-se para trás, olhou-os e amaldiçoou-os em nome do Senhor. Então, saíram da floresta duas ursas e dilaceraram quarenta e dois daqueles rapazinhos. Dali foi para o monte Carmelo, donde voltou para a Samaria. 

(2 Reis, 2, 19)

Texto 02: Eliseu

Apenas Elias foi arrebatado pelo redemoinho à sua vista. Eliseu ficou cheio de seu espírito; fez muitos milagres, em dupla medida, e prodígio era tudo o que da boca lhe saía. Durante a vida não tremeu diante de ninhguém, nem mortal algum teve poder sobre seu espírito. 

(Eclesiástico, 48, 12)

Texto 03: As ursas

O profeta Eliseu está a caminho de Betel. O dia é quente. 

Insetos zumbem, no mato. O profeta marcha em passo acelerado. Tem missão importante em Betel. 

De repente, muitos rapazinhos correm-lhe no encalço, gritando:

-- Sobe, calvo! Sobe, calvo! 

Volta-se Eliseu e amaldiçoa-os em nome do Senhor; pouco depois, saem do mato duas grandes ursas e devoram quarenta e dois eninos: doze a menor, trinta a maior. 

A ursa menor tem digestão ativa; os meninos que caem em seu estômago são atacados por fortes ácidos, solubilizados, reduzidos a partículas menores. Somem-se. 

O mesmo não acontece aos trinta meninos restantes. Descendo pelo esôfago da grande ursa, caem no enorme estômago. Ali ficam. A princípio, transidos de medo, abraçados uns aos outros, mal conseguem respirar; depois, os menores começam a chorar e a se lamentar, e seus gritos ecoam lugubremente no amplo recinto. "Ai de nós! Ai de nós!"

Finalmente, o mais velho acende uma luz e eles se veem num lugar semelhante a uma caverna, de cujas paredes anfractuosas escorrem gotas de um suco viscoso. O chão está juncado de resíduos semi-apodrecidos de antigas presas: crânios de bebês, pernas de menins. "Ai de nós" -- gemem. -- "Vamos morrer!"

Passa o tempo e, como não morrem, se animam. Conversam, riem: fazem brincadeiras, pulam, correm, jogam-se detritos e restos de alimentos. 

Quando cansam, sentam e falam sério. Organizam-se, traçam planos. 

O tempo passa. Crescem, mas não muito; o espaço confinado não permite. Tornam-se curiosa raça de anões, de membros curtos e grandes cabeças, onde brilham olhos semelhantes a faróis, sempre a perscrutar a escuridão das entranhas. E ali fazem a sua cidadezinha, com casinhas muito bonitinhas, pintadas de branco. A escolinha. 

A prefeiturazinha. O hospitalzinho. E são felizes. 

Esquecem o passado. Restam vagas lembranças. que com o tempo adquirem contornos místicos. 

Rezam: "Grandes Ursas, que estais no firmamento..."

Escolhem um sacerdote -- o Grande Profeta, homem de cabeça raspada e olhar terrível; uma vez por ano flagela os habitantes com o Chicote Sagrado. Fé e trabalho, exige. O povo, laborioso, corresponde. Os celeirozinhos transbordam de comidinhas, as fabricazinhas produzem milhares de belas coisinhas. 

Passa o tempo. Surge uma nova geração. Depois de anos de felicidade, os habitantes se inquietam: por um estranho atavismo, as crianças nascem com longos braços e pernas, cabeça nem proporcionada e meigos olhos castanhos. A cada parto, intranquilidade. Murmura-se: "Se eles crescerem demais, não haverá lugar para nós". Cogita-se de planificar os nascimentos. O Governinho pensa em consultar o Grande Profeta sobre a conveniência de executar os bebês tão logo nsçam. Discussões infinitas se sucedem. 

Passa o tempo. As crianças crescem e se tornam um bando de poderosos rapazes. Muito maiores que os pais, ninguém os contém. Invadem os cineminhas, as igrejinhas, os clubinhos. Não respeitam a polícia. Vagueiam pelas estradinhas. 

Um dia, o Grande Profeta está a caminho de sua mansãozinha, quando os rapazes o avistam. Imediatamente, correm atrás dele, gritando: 

-- Sobe, calvo! Sobe, calvo! 

Volta-se o profeta e os amaldiçoa em nome do Senhor. 

Pouco depois, surgem duas ursas e devoram os meninos: quarenta e dois. 

Doze são engolidos pela ursa menor e destruídos. Mas trinta descem pelo esôfago da ursa maior e chegam ao estômago -- grande cavidade, onde reina a mais negra escuridão. E ali ficam chorando e se lamentando: "Ai de nós! Ai de nós!"

Finalmente, acendem uma luz. 
(Moacyr Scliar)

01) Os dois primeiros textos foram retirados de livros da Bíblia. O fato de um remeter a outro caracteriza um tipo de intertextualidade: quando se lê um, automaticamente lembra-se do outro porque tratam da mesma personagem, dos mesmos fatos protagonizados por ela. 

a) Releia-os e aponte as características textuais que os diferenciam:

b) Que recursos são utilizados em cada um para atestar os fatos milagrosos?

c) É possível dizer que um texto "lança luz sobre o outro", ou seja, esclarece o outro? Justifique sua resposta:

02) A partir de uma passagem bíblica, o autor cria uma história que, na verdade, é muito semelhante a um mito de criação. É possível encontrar muitos mitos que explicam a criação do universo ou do homem nas religiões ou na cultura popular. Pesquise alguns e compare-os com o texto 03. Há semelhanças entre eles? Comente:

03) Apesar das características do conto, a narrativa do texto 03 é pontuada de descrições realistas das cenas, que ressaltam o aspecto  científico dos fatos. Aponte algumas passagens em que isso ocorre:

04) Note que as personagens, com exceção de Eliseu, não têm nome nem agem individualmente, mas em grupos. Na sua opinião, qual é o significado dessa escolha, no conto?

05) Quando a sociedade se organiza finalmente, o autor passa a utilizar o diminutivo para denominar seus produtos. Há um duplo significado para esse fato. Indique-os:

06) O diminutivo, nesses casos, indicam carinho (afetividade) ou tamanho? Comente:

07) Explique por que a palavra destacada no texto é grafada com S e não com Z:

08) Como você interpreta a estrutura circular desse conto? 

quarta-feira, 27 de julho de 2016

"Renúncia", de Manuel Bandeira

Renúncia

Chora de manso e no íntimo... Procura
curtir sem queixa o mal que te crucia:
O mundo é sem piedade e até riria
da tua inconsolável amargura. 

Só a dor enobrece e é grande e é pura. 
Aprende a amá-la que a amarás um dia.
Então ela será tua alegria,
E será, ela só, tua ventura... 

A vida é vã como a sombra que passa...
Sofre sereno e de alma sobranceira,
Sem um grito sequer, tua desgraça.

Encerra em ti tua tristeza inteira,
e pede humildemente a Deus que a faça
tua doce e constante companheira...

(Manuel Bandeira) 

01) Em "Procura curtir sem queixa o mal que te crucia", qual é o significado do verbo em destaque? Empregue-o num sentido diferente do texto:

02) Há alguma relação entre o título e a ideia central do poema? Justifique:

03) Comprove por que o texto é um soneto:

04) Como o poeta conceitua a dor? 

05) Por que é um poema de exortação?

06) Qual a função de linguagem predominante no poema? Justifique sua resposta:

07) Nos versos "Só a dor enobrece e é grande e é pura", que figura de linguagem foi empregada e qual seu efeito no texto?

08) Na comparação "A vida é vã como a sombra que passa...", que imagem o autor nos transmite sobre a vida?

09) Releia os dois últimos versos do poema e identifique a alternativa correta:

(A) O poeta crê ser preferível a tristeza à alegria.
(B) Só Deus nos dá forças para suportar a tristeza.
(C) O poeta exorta que se peça a Deus, com humildade, alívio para os males.
(D) O poeta transmite uma mensagem de conformismo.

10) Que mensagem o texto lhe transmitiu? 

sábado, 23 de julho de 2016

Escola sem partido ou a lei da mordaça?!?

Escola sem partidos, eu apoio!

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-- Não fale nada. Não se misture. Tome cuidado.

Era época do AI5. O medo rondava. Pensar era perigoso. Falar o que pensava, então, saía caro. Custava a vida. Pessoas sumiam. Umas por dias. Outras para sempre. Não voltavam. Ou voltavam torturadas. Aos pedaços. Coração em farrapos.

Nas escolas, a matéria era decoreba. Folhinhas e mais folhinhas de nomes e datas. Só. Sem grandes questionamentos ou discussões. O receio se espalhava nas almas como triste erva-daninha em jardim abandonado. Política? A prudência aconselhava: melhor largar de mão.

De temor em temor, a gente se encolheu. Se afastou do contexto político. Não se envolvia, não questionava. Assim a gente chegou ao fundo do poço. Com uma coleção vergonhosa de políticos corruptos que, impunes, fazem o que bem entendem.

As falcatruas são tantas que daria um álbum. Aliás um álbum bem grosso e com direito a muitas figurinhas repetidas. Inclusive várias da mesma família.

O povo virou herança. Passa de pai para filho. Herança que ninguém cuida. Políticos se espalham como mato. Sugam, matam, como parasitas. Dilapidaram nossas riquezas, e o que havia de condições de vida. Da gente, só querem o voto. Depois descartam. Até as eleições seguintes.

A gente permitiu. Se omitiu. Omissão também é escolha. Não ter partido já é tomar partido. A falta de escolha já é escolha.

Agora, como reedição do AI5, surge essa proposta da “escola sem partido”. Um projeto de lei que visa, resumidamente, murchar a capacidade de questionamento dos alunos. Cercear a colocação crítica dos professores. Um “projeto mordaça”.

O que está por trás desse projeto de lei? A proposta verdadeira não é a de uma escola neutra. Não se iluda. Nada é neutro e apartidário. O real objetivo é excluir a liberdade de ensinar. Empobrecer ainda mais a escola que temos. Um crime.

Quem elabora um projeto desses não tem ideia do que seja Educação. Mas tem a exata ideia do que é pressão, repressão, perseguição e ameaça. Voltamos à ditadura. E estupramos a constituição que assegura o pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas.

Estamos abrindo a temporada de caça às bruxas. As bruxas? Os professores, essas criaturas perigosas que pensam e ensinam a pensar.

A escola que questiona, pondera, critica, incomoda. A escola que te leva a sonhar com uma sociedade minimamente justa, é perigosa. Final de linha para os corruptos que precisam e contam com os votos dos incautos abobalhados. Melhor garantir que não se saia da decoreba boba e básica, não é?

Professores não incitam. Alunos não são seres manipuláveis. Entre numa sala de aula. Assista o que se passa. Os alunos de hoje são super bem informados. Antenados, têm as próprias ideias.

Ao contrário, manipulados, alienados é o que eles querem que a gente construa. Alunos apáticos. Que não pensem. Não participem da dinâmica social. Não se coloquem, não enxerguem os absurdos, não reivindiquem o justo. Robôs eleitores são o sonho dourado para candidatos manipuladores e corruptos.

Reparem os alunos que fizeram o lindo movimento de ocupação das escolas. Eles incomodam. Eles põem poderes em risco. Meninos não manipuláveis? Que vão às ruas? Que ocupam suas escolas e brigam pelos seus direitos? Meninos que se envolvem em manifestações, atos públicos e passeatas? Claro que não pode. Cortem suas asas. São muito perigosos. Não se pode permitir esse abuso!

Por isso é preciso calar a educação o quanto antes. Já se perguntou porque as greves de professores duram tanto? Porque escola fechada dá lucro. O interesse é esse mesmo. Escolas falidas. Professores sem aula. Mal remunerados. Insatisfeitos. Fracos. Professores que não ensinem. É o que eles precisam criar.

Professores são como a onça Juma, morta no desfile da tocha olímpica. Você finge que trata bem. Finge que tem consideração. Sempre mantendo cuidadosamente atrás das grades. No máximo , se andar livre, de coleira. Ao menor ataque, nem pestaneje: tiro, porrada e bomba. Acabe com ele.

Essa é a “lei coleira”. Vamos aceitar? Abaixar as cabeças para facilitar a colocação? Você que está dentro da escola, me diga. Como não falar do dia-a-dia? Do contexto histórico? Das barbaridades que acontecem? Do desrespeito ao povo?

Como não abordar a realidade crua e pobre dos alunos, se é o que eles vivem? Como estar ali e não levantar questionamentos? Não se preocupar em apontar saídas? Não dar voz às revoltas?

Disputas políticas fazem parte da escola viva. Acontecem a todo momento. No embate pelo respeito, pela hierarquia, nos limites, nas regras de convivência. Na compreensão de que não vivo sozinho.

Diferenças partidárias são apenas mais uma ponta de um todo muito maior. Professores são diferentes. Alunos são diferentes. Faz parte. É preciso que se pense:

-- A quem serve a escola partida, rachada, sucateada que os governos têm se empenhado em perpetuar?

-- A quem serve o fechamento progressivo de escolas?

-- A quem serve um ensino que não ensina? E que, mesmo não ensinando, é obrigado a aprovar?

-- A quem vai servir essa pretensa “escola sem partido”?

-- Quem propõe esse projeto de lei? Quem lucra com ele?

-- Quem vai se servir do seu desserviço?

-- A pedido de quem ela está sendo criada? (vou dar uma cola: procure por família Bolsonaro...)

Pensei muito. Medi prós e contras e aqui me posiciono. Sou a favor da escola sem partido. Isso mesmo. Ao contrário do que você imaginou, sou a favor. Estou aberta a mudanças. Quero uma escola melhor. Diferente da que temos hoje.

Há muito tempo que estamos partidos. Estamos partidos nos direitos de avaliar o aluno corretamente. Partidos de medo com o portão aberto, por falta de porteiro. Partidos, no coração, ao ver que faltou merenda e o menino, que só contava com aquela refeição, se encolhe de fome.

Partidos em nossa consideração como profissionais. Desrespeitados. Somos partidos à força em nossas greves. Partidos ao meio, profundamente, quando apanhamos da polícia no meio da rua.

Partidos e segregados na hora de pagamentos e reajustes que surgem como regalias só para categorias específicas. Partidos e parcelados em salários e descontos inadequados e ilegais. Partidos e deixados de lado, como comida ruim, pelo Ministério Público que insiste em não nos enxergar, nem ouvir nossos apelos.

Estou farta! Quero escola inteira, sem partidos! Tenho sede é de escola inteira. Uma escola de discursos múltiplos. De debate e criação de conhecimento. Uma escola crítica, como críticos já são as crianças e os adolescentes.

Uma escola de qualidade. Boa. Suculenta em conhecimento e cidadania. Plural e linda. Um inteiro de diversidades. De diferenças. De cabeças pensantes. De cores e brigas, discussões e acertos.

Sem pedaços e destroços. Sem rachaduras, nem maquiagem. Inteira em teto, chão, paredes. Inteira em almas diversas e unidas no mesmo objetivo.

Uma escola empenhada em problematizar. Em desconstruir e refazer. Onde, cada um com suas características, se exponha, sem medo. E todos juntos sejam ponte, laço, futuro. Um futuro que nos redima de um passado tão triste. E de um presente tão duro.

Escola inteira. Formadora de cidadãos inteiros e conscientes. Capazes de modificar o mundo. Porque o que está aí, sinceramente, não está servindo mais.

Existe uma consulta pública. Entre, vote. Dê seu voto. Proteste, enquanto ainda é possível. Pelo jeito que as coisas andam, a gente não sabe até quando ainda vai poder falar o que pensa.

(Mônica Raouf El Bayeh)
01) O título parece indicar que a autora é a favor do projeto de lei "Escola sem partidos". No decorrer do texto isso se confirma? Justifique sua resposta:

02) Como as matérias eram ensinadas no tempo da ditadura? Voltar a isso seria um avanço ou um retrocesso, na sua opinião? Comente:

03) Por que a gente chegou ao fundo do poço, segundo a autora? Você concorda ou não com ela? 

04) Quando a autora menciona que há algumas figurinhas repetidas, tal expressão encontra-se no sentido denotativo ou conotativo? Explique: 

05) Ao dizer que existem várias figurinhas "da mesma família", que problema a autora denuncia? Isso é comum de acontecer? Se é proibido, por que então nada acontece? 

06) A que a autora compara os políticos? Tais comparações são, de fato, válidas? Comente: 

07) Posicione-se sobre a passagem destacada no texto, explicando: 

08) Por que tal projeto de lei também pode ser chamado de "lei da mordaça"? Qual o REAL objetivo dele? 

09) O que é uma "caça às bruxas"? 

10) Por que o professor tem sempre sido alvo desse tipo de ameaça, de castração? 

11) Por que a escola, dependendo do que ela ensina, pode ser perigosa? Perigosa para quem? 

12) Além dos professores, a autora cita outros seres "perigosos". Quem? Por quê? O que você pensa a respeito disso?

13) Por que a greve, segundo a autora, dura tanto? Você concorda com isso? Justifique sua resposta:

14) Retire do texto um exemplo de intertexualidade, explicando: 

15) A que a autora compara os professores? Por quê? 

16) Transcreva do texto uma passagem extremamente irônica, explicando a sua escolha:

17) Quando a autora fala que é a favor da escola sem partidos, o termo em destaque tem o mesmo sentido do usado no projeto de lei? Explique: 

18) O que a autora disse com a passagem "Eu tenho sede é de escola inteira"? 

19) Que mensagem o texto lhe transmitiu? Comente:

20) Afinal, você é contra ou a favor do projeto de lei "Escola sem partido"? Por quê? Já votou na consulta pública indicada pela autora? 

21) Observe a imagem abaixo e as sugestões de "propostas". Qual delas você acha mais importante do que a que está sendo proposta? Quem mais tem destruído o nosso país? É mesmo o "perigoso" professor? 

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgkwQjbQK5LkOBt5nG_vnHsC6wWFe-uz4XnLK1nun6TSdmkkIcQnxPKfJl-wm4nuL5DIg__szEFfmfptKbYdVhqLv6HSkAwgbX4EgGW2aE8i2c-i5wAHXtivwuLYPEaLDyR-pqT_Q-H3AE/s400/13754443_1054023367968999_7947366863028392363_n.jpg

22) O que a charge abaixo denuncia? Comente: 

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEib4usx_rGUcPiZu076uZeBrXbn7Y9kUw7BX9wS6PPewfDMONpBTUY3ZZGjSFwWKcdNjBVNqdmPBmv3r0SsKtYpsM8GgMxjJ1db743QHtPd739amQ5ZofEhTb0LBeeYka_3j2mHcJIvVTs/s400/13729057_871580369653354_3939377111494307103_n.jpg


segunda-feira, 4 de julho de 2016

Mais um texto ma-ra-vi-lho-so!

Uma vergonha de proporções olímpicas

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Jhonata, por um saco de pipoca. Gisele, por ter ido trabalhar. Ana Beatriz, indo buscar a mãe no aeroporto. Isso sem falar nas mortes por falta de hospitais. Por falta de leitos, de medicamentos. Na falta que o dinheiro evaporado não paga, nem compra.

Nossa lista diária de mortes é de cortar o coração. Não tem hora. Não tem cor. Idade, classe social, nem lugar. Reze ao sair de casa. Agradeça, se voltar.

A Educação vai muito mal. A Saúde agoniza. Segurança já não aparece há muito tempo. Até quando?

UERJ de portas fechadas. Hospital Pedro Ernesto também fechando as portas. Os funcionários sem salários ou com salários atrasados. Professores em greve há meses sem que haja real interesse do governante em negociação. Falta verba. Como, se todo mundo continua pagando os impostos?

O dinheiro some de onde devia estar. Evapora. Como mágica. Aposentados com salários atrasados passam fome. Enquanto isso, cargos comissionados são criados com salários de até vinte e cinco mil reais. Fomos todos abandonados. Largados ao Deus dará. Sem saúde, educação, segurança, salários. Não tem dinheiro para quem? Essa é a pergunta correta, não?

Nossa situação por aqui já não era boa, há muito tempo. Mas, sem dúvida, piorou muito com as somas vultuosas das obras feitas para a Olimpíada. Cidade maquiada. Obras que caem e se desfazem dias depois de inauguradas. Para inglês ver.

Conheço pessoas ótimas que carregaram a tocha. Pessoas que eu admiro. Fiquei feliz de ver o brilho nos olhos, o sorriso vitorioso. Mereceram. Foi bonito. Não estou aqui julgando as pessoas que têm participado da passagem da tocha.

Só acho que é preciso compreender de forma mais ampla as tentativas das pessoas de apagar a tocha. Apagar tocha é crime?

Crime é deixar criança com frio de noite na rua. Crime é sumir com o dinheiro da saúde. Crime é precisar do básico e não ter. Crime é ver civis e policiais morrendo como moscas todos os dias sem que uma política adequada seja providenciada.

Crime é não cuidar das escolas. Crime é mandar bater em professor. Crime é ter permitido durante tantos anos que as águas da Baía de Guanabara e da Lagoa Rodrigo de Freitas ficassem imundas. Crime é a cara de pau de quem acha que trabalhador não merece salário digno e no dia correto.

Por trás de cada balde e extintor que se ergue, é a nossa revolta que se ergue junto. O povo não é burro! O famoso e antigo "Pão e Circo" não funciona mais. Sabe por quê? Porque o pão acabou. O povo já não consegue comprar. O Pão e Circo virou um pobre Circo. E o circo não sustenta quem tem fome. Temos fome. De pão, sim. E de Educação, Saúde, Segurança e, sobretudo, Justiça.

Uma Justiça que, tristemente, não tira a venda. E uma balança que está bem tendenciosa. Nunca para o lado dos pobres. Esses, abandonados, cada dia mais.

Somos onça Juma. Não importa se o que acontece nos agride os ouvidos. Se não nos é confortável. A gente que se dane. Na menor ameaça de revolta, somos recebidos a tiro, bomba, bala de borracha, sumiço.

Nos querem de coleiras, mordaças, para irmos mansos para onde eles quiserem nos levar. Povo acovardado. Adestrado. Obediente. Um povo sem cultura, doente, inseguro vira fácil massa de manobra. Esse é o que interessa.

Por isso nos tiram escolas. Para que a gente não questione, não levante hipóteses, não aprenda a ler de outra forma os dados que se apresentam. Professores incomodam. Por isso nos tiram as universidades. Os hospitais, os bandejões. Por isso não há segurança. E nunca vai haver. O que dá segurança é a escola. A instrução. Para cada escola fechada, um presídio aberto amanhã.

Pagamos uma fortuna por uma festa de gosto duvidoso, a começar pelo uniforme esquisito e cafona. A lista de falhas e vergonhas só faz crescer. Brasil virou chacota nos jornais do mundo todo. Muitos dos escolhidos para carregar a tocha são ex-BBB e atores. Qual sentido?

Somos piada pronta. Isso a preço de ouro. Superfaturado. Ainda querem aplausos e claque? Para! Pode parar! Essa tocha que atocha o povo, a gente não quer, não. Queremos apagar essa tocha de direitos para sempre e só para os mesmos.

A tocha arruma a cidade para gringo ver. Nos abandona miseráveis num canto. Essa tocha, dessa forma, não nos interessa. Precisamos de tocha, sim. De outro tipo. Uma que traga luz, que ilumine os tão abandonados caminhos da retidão. Basta de circo. O povo quer seus direitos. O retorno de seu dinheiro de impostos. Sobretudo, respeito e dignidade.

(Mônica Raouf El Bayerh)

01) No primeiro parágrafo, embora deixe claro que existem muitos casos "anônimos", a autora cita três nomes. Explique o que aconteceu com cada um deles:

02) Ela também cita três áreas bem problemáticas no nosso país. Quais são elas? O que você pensa a respeito disso? Concorda com ela? Citaria mais alguma? Comente:

03) Quais os principais sintomas do caos citados por ela no quarto parágrafo? 

04) Tente responder à pergunta (retórica) feita pela autora nesse mesmo parágrafo:

05) Você concorda com ela que as coisas pioraram por conta da Olimpíada? E na época da Copa do Mundo, aqui sediada? Justifique sua resposta:

06) O que significa a expressão "para inglês ver"? A que ela é relacionada no texto? Explique: 

07) A autora parece ter alguma coisa contra as pessoas que carregaram ou carregarão a tocha? Comprove sua resposta com uma passagem do texto:

08) Recentemente vimos a notícia de que um jovem de Manaus resolveu apagar a tocha, quando a mesma passava por lá. Foi preso. O que você pensa a respeito disso? E qual parece ser a postura da autora com relação a isso? Comente:

09) Justifique o emprego dos dois porquês destacados no texto, situados no décimo primeiro parágrafo: 

10) Explique o que é a famosa política de "Pão e circo", dizendo porque, segundo a autora, ela não funciona mais:

11) Qual dos "crimes" citados pela autora que mais chamou a sua atenção? Por quê?

12) Que crítica a autora faz, dentre outras coisas, à Justiça? O que você pensa com relação a isso?

13) Qual o interesse dos nossos governantes? Como eles querem que seja o povo e por quê?

14) Qual a intenção da autora ao citar a onça Juma? Você sabe o que aconteceu com ela? O que então a metáfora utilizada pela autora quer dizer? 

15) Posicione-se sobre a afirmação que se encontra em destaque no texto, justificando sua resposta:

16) Que crítica a autora faz a determinadas pessoas que levarão a tocha? Por quê? Com que intenção provavelmente foram escolhidas? Quem apenas deveria conduzir a tocha? 

17) Você acha que o Brasil está virando chacota nos jornais do mundo todo? Merecidamente ou não? Justifique sua resposta:

18) Que expectativa você tem com relação à Olimpíada em si? Comente:

19) Por que a autora diz que a piada é a preço de ouro e superfaturado? Explique: 

20) Que mensagem o texto lhe transmitiu? 

domingo, 3 de julho de 2016

Muuuuuuuuuuito bom texto!

Grevistas não são safados que não querem trabalhar

Voto é como compra na internet. Às vezes dá certo. Às vezes não dá, aí é um caos: vem, mas não é seu número, é muito grande, muito pequeno, a cor não é bem o que mostrava, vem, mas não funciona. No caso do Rio de Janeiro, parece que foi bem assim. Votamos buscando parceria. A propaganda era enganosa e o que veio mesmo foi um senhor de engenho.

Temos senhores de engenho. Os escravos, muitos de nós. No caso de hoje, os professores. Os professores fazem greve e são tratados como escravos fujões. Claro, como todo escravo atrevido, amarrados ao tronco para aprender a lição.

Vimos cenas de embrulhar o estômago de revolta. Nossos professores apanhando nas ruas como cão ladrão. Ninguém se revolta? Cães maltratados dão muito mais ibope no Facebook do que professores? Não é de se estranhar?

Os feitores, a PM, não percebem que são tão escravos quanto os professores. Também não têm suas necessidades básicas atendidas. Uns poucos já se revoltam com as péssimas condições de trabalho que lhe foram oferecidas na Copa.

Barão de Montesquieu dizia: "a injustiça que se faz a um é uma ameaça que se faz a todos". Entenderam ou querem que eu desenhe? A PM sem alimentação e sem acomodação adequada se queixou. Não sei se chegaram a perceber o quanto são próximos dos professores. Em termos funcionais, quase irmãos. Mas ainda não conseguem a empatia necessária para se irmanar com grevistas.

Os escravos tinham quilombos, os professores não querem se esconder, querem denunciar. Porque é preciso denunciar o massacre que está sendo feito na Educação pública. Os desmandos sem noção que eles são obrigados a obedecer.

Professores estão sendo demitidos, considerados INAPTOS a exercer a função porque fizeram greve. Inaptos a quê? A fingir que está tudo bem? A se calar frente à pouca importância que os educadores têm nesse governo? Então INAPTIDÃO é a saúde de diagnosticar a doença! Inaptidão é vida e esperança de dias melhores. Educadores não podem ser vaquinhas de presépio. Há crianças sendo prejudicadas. Como se calar frente a isso?

As nossas crianças sem seus direitos mais básicos atendidos. Eles não precisam de crianças, precisam de números camuflados. Números que mostrem só felicidade. Povo burro, desinformado fica feliz mais facilmente. Professores só atrapalham esse processo de desinformação.

A chibata agora é no salário. Os contracheques dos professores vieram zerados. Numa clara falta de ordem, justiça ou critérios. Professores que exercem a mesma função receberam valores que oscilam de 123,00 a zero. Com base em que mesmo?

Nossa primeira reação é pensar:

- Bem feito. Não trabalharam. Querem receber pelo quê? Trabalho zero, salário zero.

É com esse tipo de apoio que o senhor de engenho conta. Só que não. Os professores grevistas nunca se negaram a trabalhar. Trabalharam nas ruas divulgando a educação doente, sendo depenada, silenciada, aviltada. Isso é trabalho.

Professor grevista não é um sem-vergonha que faz greve para fugir da escola prejudicando as criancinhas. Professores estão angustiados porque são eles que estão vivendo esse massacre dentro e fora da escola. A educação, não se enganem, dentro das escolas também está sendo tratada a balas de borracha. Alguém tem que denunciar.

Professor descontado não repõe aula. Que fique claro isso! Ele não vai trabalhar pelo que não recebeu. Você trabalharia pelo que não recebeu? Mais uma vez, os alunos estão sendo prejudicados. Não pela greve, mas pelo governo que parece estar se lixando para tudo isso.

Os professores grevistas não são safados que não querem trabalhar. São pessoas que querem trabalhar com condições adequadas de trabalho. Sem aquela máxima de fazem de conta que me pagam e faço de conta que ensino. Não tem faz de conta. O que tem que ter é: faz as contas.

Faz as contas de quantas crianças estão se perdendo, faz as contas de quantos analfabetos funcionais estão saindo da escola com diploma, faz as contas do que vocês governantes estão roubando dessa juventude.

(Mônica Raouf El Bayeh)
01) A que a autora compara o voto? Que argumentos ela usa para nos convencer? Você concorda com ela? Justifique sua resposta:

02) Quem são os senhores de engenho? E os escravos? E os feitores? Quem é o "escravo da vez"? Por quê?

03) A que fato a autora se refere e que a deixou revoltada? Isso foi claramente mostrado nas mídias? Por quê? 

04) Quem você acha que é pior: os senhores de engenho ou os feitores? Justifique sua resposta: 

05) Posicione-se sobre a afirmação do Barão de Montesquieu, tão bem utilizada pela autora: 

06) Por que será que PM, assim como carteiros e bancários, ou qualquer outra categoria, quando fazem greve, não sofrem tanta pressão quanto os professores? 

07) Transcreva do quinto parágrafo uma passagem em que a autora é irônica, explicando: 

08) Qual a diferença que a autora aponta entre os escravos e os professores? O que você pensa a respeito disso? 

09) Em que parágrafo a autora sinaliza que tudo anda meio invertido hoje em dia? Comente:

10) Na visão da autora, os professores grevistas estão sendo "vaquinhas de presépio" ou não? Quem, então, estaria sendo? Por quê?

11) Quando a autora fala que "Há crianças sendo prejudicadas", quem seria o sujeito dessa ação? De quem você já ouviu tanto falar que é a culpa? Por quê?

12) Que mensagem o texto lhe transmitiu? De que lado dessa guerra você, afinal, está? 

Aproveito o momento também para AGRADECER à já tão querida Mônica (me tornei FÃ!) por ser esse oásis em meio a taaaaaaaaaaaaaaaaaanto deserto! Se as porradas (literais da PMerda, e não literais -- mas que doem tanto quanto -- das mídias, de diretores, do (des)governo, de alguns pais desinformados, de alguns alunos preocupados...) doem, esse abraço dela foi SALVADOR, tão necessário! Obrigada, de coração. 

"Da utilidade dos animais", de Carlos Drummond de Andrade

Da utilidade dos animais

Terceiro dia de aula. A professora é um amor. Na sala, estampas coloridas mostram ani­mais de todos os feitios. É preciso querer bem a eles, diz a professora, com um sorriso que envol­ve toda a fauna, protegendo-a. Eles tem direito à vida, como nós, e além disso são muito úteis. Quem não sabe que o cachorro é o maior amigo da gente? Cachorro faz muita falta. Mas não é só ele não. A galinha, o peixe, a vaca... Todos ajudam.
― Aquele cabeludo ali, professora, tam­bém ajuda?
 Aquele? É o iaque, um boi da Ásia Cen­tral. Aquele serve de montaria e de burro de car­ga. Do pêlo se fazem perucas bacaninhas. E a carne, dizem que é gostosa.
― Mas se serve de montaria, como é que a gente vai comer ele?
― Bem, primeiro serve para uma coisa, de­pois para outra. Vamos adiante. Este é o texugo. Se vocês quiserem pintar a parede do quarto, es­colham pincel de texugo. Parece que é ótimo.
― Ele faz pincel, professora?
― Quem, o texugo? Não, só fornece o pêlo. Para pincel de barba também, que o Arturzinho vai usar quando crescer.
Arturzinho objetou que pretende usar bar­beador elétrico. Além do mais, não gostaria de pelar o texugo, uma vez que devemos gostar de­le, mas a professora já explicava a utilidade do canguru :
― Bolsas, malas, maletas, tudo isso o couro do canguru dá pra gente. Não falando na carne. Canguru é utilíssimo.
― Vivo, fessora?
― A vicunha, que vocês estão vendo aí, produz... produz é maneira de dizer, ela forne­ce, ou por outra, com o pêlo dela nós prepara­mos ponchos, mantas, cobertores, etc.
― Depois a gente come a vicunha, né fessora?    
― Daniel, não é preciso comer todos os ani­mais. Basta retirar a lã da vicunha, que torna a crescer...
― E a gente torna a cortar? Ela não tem sossego, tadinha.
― Vejam agora como a zebra é camarada. Trabalha no circo, e seu couro listrado serve pa­ra forro de cadeira, de almofada e para tapete. Também se aproveita a carne, sabem?
― A carne também é listrada? - pergunta que desencadeia riso geral.
― Não riam da Betty, ela é uma garota que quer saber direito as coisas. Querida, eu nunca vi carne de zebra no açougue, mas posso garan­tir que não é listrada. Se fosse, não deixaria de ser comestível por causa disto. Ah, o pingüim? Este vocês já conhecem da praia do Leblon, on­de costuma aparecer, trazido pela correnteza. Pensam que só serve para brincar? Estão enga­nados. Vocês devem respeitar o bichinho. O ex­cremento - não sabem o que é? O cocô do pin­güim é um adubo maravilhoso: guano, rico em nitrato. O óleo feito com a gordura do       pingüim. . .
― A senhora disse que a gente deve respeitar. - Claro. Mas o óleo é bom.
― Do javali, professora, duvido que a gen­te lucre alguma coisa.
 Pois lucra. O pêlo dá escovas de ótima qualidade.
― E o castor?
― Pois quando voltar a moda do chapéu para homens, o castor vai prestar muito serviço. Aliás, já presta, com a pele usada para agasa­lhos. É o que se pode chamar um bom exemplo.
― Eu, hem?
― Dos chifres do rinoceronte, Belá, você pode encomendar um vaso raro para o living de sua casa. Do couro da girafa, Luís Gabriel pode tirar um escudo de verdade, deixando os pêlos da cauda para Teresa fazer um bracelete genial. A tartaruga-marinha, meu Deus, é de uma utili­dade que vocês não calculam. Comem-se os ovos e toma-se a sopa: uma de-lí-cia. O casco serve para fabricar pentes, cigarreiras, tanta coisa... O biguá é engraçado.
― Engraçado, como?
― Apanha peixe pra gente.
― Apanha e entrega, professora?
― Não é bem assim. Você bota um anel no pescoço dele, e o biguá pega o peixe, mas não pode engolir. Então você tira o peixe da goela do biguá. - Bobo que ele é.
 Não. É útil. Ai de nós se não fossem os animais que nos ajudam de todas as maneiras. Por isso que eu digo: devemos amar os animais, e não maltratá-los de jeito nenhum. Entendeu; Ricardo?
 Entendi. A gente deve amar, respeitar, pelar e comer os animais, e aproveitar bem o pê­lo, o couro e os ossos.

 (Carlos Drummond de Andrade)


01) O texto apresenta uma aula em andamento, caracterizando uma situação bastante dinâmica. Na apresentação da fala das personagens, predomina o discurso direto ou indireto? Por quê?

02) A utilização predominante no tipo de discurso acima colabora para o dinamismo, para a vivacidade do texto? Por quê?

03) “É preciso querer bem a eles, diz a professora, com um sorriso que envolve toda a fauna, protegendo-a.” Existe uma grande contradição entre esse trecho inicial e o que se mostra no restante do texto. Explique essa contradição:

04) Alguns trechos revelam que as crianças estavam achando incoerente a ideia de amar e respeitar os animais e, ao mesmo tempo, retirar coisas deles, como o pêlo ou mesmo a vida. Retire do texto dois trechos que comprovem essa afirmação:

05) Quem foi o primeiro a perceber o discurso contraditório da professora? Comprove com uma passagem do texto:

06) Procure outras falas dos alunos que demonstram perceber a incoerência da professora: 


07) 
Como a professora reage a esse tipo de intervenção das crianças?

08) O que mostra a conclusão a que chegou Ricardo no final da aula? 

09) O texto apresenta um humor que não é puro entretenimento: ele tem uma intenção crítica. O que o texto critica?

10) De acordo com o texto, o que o homem tem em vista na sua relação com os animais?

BADO, JULHO 01, 2017

Três formigas amigas>Formiga amiga> Estímulos literários e audiovisuais>Lucas um intruso no formigueiro>01/06/2017

Resultado de imagem para livro tres formigas amigas atividades
Marcelo Xavier

Três formigas resolveram abandonar a vida monótona e ditatorial do formigueiro para buscar novas emoções. Depois de uma longa viagem, divertida e perigosa, chegaram a uma praia. 
E aí começaram uma nova vida, acreditando na amizade, no sonho e na coragem para recomeçar.

Atividades
-Interpretar com os alunos a primeira página do livro, analisando a situação das formigas.
-Debater:
 -A presença do humor na narrativa e nas ilustrações;
 -Opressão e trabalho;
 -A chegada do progresso: prós e contras.
-Produção de texto:
 -Acabou-se o que era doce;
 -Três ursos na Lagoa do Mel.

Fonte



Vejam algumas fotos das amigas


A formiga amiga passeia pela pedra fria da pia. Aos poucos ela vai se tornando dona da cozinha e passa a dormir no açucareiro.
Quatro livros fazem parte da Série 'Eu sei de Cor', escritos para as crianças iniciantes na leitura. Os textos buscam elementos existentes no universo infantil - humor, rima, fantasia e o inusitado. Por meio dos livros, os jovens leitores vão se encantar com as possibilidades das palavras e seus sentidos. Assim, ler e escrever passam a ser um prazer.

Proposta de trabalho
As formigas como foco de aprendizagem/Aula
AQUI


A FORMIGA AMIGA

Neide Escada da Rosa
Esta é a história de uma formiga

Tudo o que ela queria na vida
Era ter uma verdadeira amiga!
Ela inventava brincadeiras
E era até muito atrevida
Perto das outras, tão ordeiras!
As formigas de seu formigueiro
Não achavam a vida divertida
Elas só trabalhavam o dia inteiro!
Mas a formiga sempre insistia
Não se dava por vencida
Sempre chamava e repetia...
Até que algumas formigas
Resolveram mudar de vida
E da formiga ficaram amigas!
Elas inventavam brincadeiras
E aquela formiga atrevida
Conquistou as outras tão ordeiras!
Agora as formigas de seu formigueiro
Acham a vida divertida
Elas trabalham e brincam o dia inteiro!

Música formiguinha da roça
AQUI

Lucas um intruso no formigueiro
Desenho animado
AQUI
Atividades
AQUI
Aula/Companheirismo e organização
Fazendo um formigueiro


O filme "LUCAS, UM INTRUSO NO FORMIGUEIRO" serviu para facilitar o entendimento dos alunos acerca da vida da formiga, da sua estrutura física, da colônia etc., fazendo-os compreender que uma colônia de formigas é formada por diferentes indivíduos adultos e que cada um desses indivíduos constitui um grupo social, com membros da mesma etnia, o que podemos chamar de castas. Dessa maneira, eles aprendem

que uma colônia de formigas consta das seguintes castas: rainha (fêmea), operárias (fêmeas), soldados (fêmeas) e alados (machos e fêmeas com asas, sexualmente ativos).
AQUI
MARIANE ELLEN DA SILVA, Ana Maria Ferola da Silva Nunes, Denize Donizete Campos Rizzotto, Eliana Aparecida Carleto e Luciana Soares Muniz
 
Ana Maria Ferola da Silva Nunes, Eliana Aparecida Carleto, Luciana Soares Muniz e Priscila Gervásio Teixeira
Estrutura Curricular
MODALIDADE / NÍVEL DE ENSINOCOMPONENTE CURRICULARTEMA
Ensino Fundamental InicialAlfabetizaçãoFormas de organização dos conteúdos
Ensino Fundamental InicialCiências NaturaisAmbiente
Ensino Fundamental InicialAlfabetizaçãoProcessos de leitura
Ensino Fundamental InicialAlfabetizaçãoConcepção de ensino e aprendizagem
Ensino Fundamental InicialAlfabetizaçãoOrientações didáticas para alfabetização
Ensino Fundamental InicialAlfabetizaçãoPapel da interação entre alunos
Ensino Fundamental InicialMeio AmbienteSociedade e meio ambiente
Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula
  •          Conhecer as características das formigas;
  •          Descobrir a importância das formigas para o meio ambiente;
  •          Confeccionar trabalhos artísticos e artesanais sobre o tema formigas;
  •          Assistir filme sobre o tema, interpretando-o;
  •          Fazer dobraduras;
  •          Ouvir histórias infantis sobre formigas.
  •          Perceber o modo de organização das formigas;
  •          Construir um formigueiro;
  •          Explorar a linguagem da fábula;
  •          Trabalhar com texto de instrução;
  •          Utilizar os recursos existentes no laptop do Projeto UCA, visando construir conhecimentos novos relativos ao tema da aula.
Duração das atividades
Aproximadamente 300 minutos – Cinco (5) atividades de sessenta (60) minutos cada uma.
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno
Professor, é necessário que o aluno tenha habilidades básicas de leitura e de escrita. Deverá também ser capaz de expor seu pensamento através da linguagem oral.  Os alunos também precisam ter desenvolvido noções sobre a utilização de recursos do laptop Classmate como:  navegar com o programa Mozilla Firefox e utilizar  os programas: Tux Paint, KolouPaint e Webcam.
Estratégias e recursos da aula

uca todos

1ª Atividade:


Professor, as formigas são conhecidas pelas sociedades complexas nas quais a maioria delas vivem, por isso, são consideradas insetos sociais. São muitas vezes mencionadas como símbolo de paciência, perseverança e esforço, porque muitas espécies parecem exercer atividade incansável, como por exemplo, armazenam grande volume de comida.
A partir dessas informações proponha a contação de uma fábula que se chama “A cigarra e a formiga”. Essa história também está disponível no sítio: http://www.clickriomafra.com.br/canais/crianca/fab_cigarra.gif
Se preferir, solicite que os alunos acessem a internet a partir do programa Mozila Firefox (Área de Trabalho > Navegador de Internet) do laptop Classmate e digitem o sítio acima, para acompanharem a leitura.

   

Logo após a contação, converse com os alunos sobre o que eles acharam da história. As fábulas sempre trazem uma lição de moral, nosso papel enquanto professores mediadores não é aplicar essas lições, mas trabalhar com elas formulando algumas questões que podem auxiliar na compreensão das mesmas.

  • O que acharam do  final da história?
  • Concordam?  
  • Por quê?
  • Se vocês fossem dar um final diferente qual seria? Por quê?

Solicite que os alunos façam um desenho em uma folha branca de papel representando a história e em seguida proponha uma dobradura de uma folha de árvore para os alunos anexarem ao desenho, acessando o sítio abaixo:

 Professor, se preferir solicite que os alunos façam um desenho representando a história utilizando o programa Tux Paint do laptop. Para acessar, oriente os alunos a seguirem esses passos: (Metasys > Edusyst > Arte e Música > Pintura Digital).
A pintura digital oferece vários recursos, como: imagens prontas, linhas, formas, carimbos, dentre outros, para os alunos desenvolverem a criatividade.

tux painta
Fonte: Acervo da autora


 Em seguida, exponha-os no mural da sala de aula.

  •  Outra opção seria apresentar  filmes para a turma, que abordam as temáticas: companherismo e  trabalho. Logo em seguida, estimule-os a fazerem desenhos e as dobraduras representando os filmes. 

  • Vida de Inseto 1 e 2;
vida  de inseto

  •        Lucas, um intruso no formigueiro.

lucas



2ª Atividade:


Professor, nesse momento, proponha um trabalho sobre as características das formigas.
Explique que como são insetos, seu corpo é dividido em 3 partes: cabeça, tórax e abdome, possuem 1 par de antenas, 3 pares de pernas ligadas ao tórax, mandíbula e olhos.  
atividades
Proponha a seguinte atividade no caderno de Ciências:

  •        Entregue uma folha de papel para cada aluno fazer a montagem do corpo da formiga. Ele deverá recortar e colar.   
Fonte: Acervo da autora

3ª atividade:


 Professor, outra etapa importante para a compreensão das formigas é o ciclo de vida delas. Para uma formiga chegar à forma adulta, passa pelos seguintes estágios sucessivos: ovo, larva, pupa, adulto. Explique para a turma cada uma delas:

  •         OVO – Os ovos são pequenos e geralmente alongados.  

  •          LARVA – Depois da eclosão dos ovos, a próxima fase de desenvolvimento é a larva. Nas formigas existem 4 fases de larva. Elas possuem cabeça e peças bucais que as tornam capazes de se alimentar.     

  •         PUPA – Depois de alimentada, a larva sofre mudança e passa à fase de pupa. Nesta fase se inicia a caracterização da forma adulta (com as patas, antenas e órgãos), encerrada dentro de um casulo. A pupa permanece imóvel e não se alimenta.   

  •        ADULTO - Depois de algumas modificações o adulto emerge da pupa e já vai trabalhar.    


A seguir, proponha a seguinte atividade:

1 - Observe os desenhos abaixo e os relacione-os às respectivas etapas de desenvolvimento da formiga:

Fonte: Acervo da autora




Em seguida, explique que as formigas são divididas em 3 tipos:

  •         Formigas rainhas - Possuem asas e são responsáveis pela reprodução. Após o voo nupcial elas perdem as asas antes de colocar os ovos na terra.  

  •         Formigas machos - Possuem asas e vivem algumas semanas com o intuito de acasalar. Após o acasalamento (voo nupcial) elas morrem.   

  •        Formigas fêmeas estéreis - São as formigas operárias, que se dividem em obreiras e soldados. As obreiras cuidam dos ovos, das larvas, das pupas, cortam folhas, cuidam da alimentação e as soldados vigiam o formigueiro e quando a rainha sai do formigueiro elas escoltam a rainha.  

Convide os alunos que conhecem algum tipo das formigas referidas acima, para falarem  o que sabem sobre as mesmas.

Fonte: Acervo da autora

 Para diferenciar os tipos de formiga, peça para os alunos desenharem no programa KolourPaint. Oriente os alunos a clicarem com o mouse em: (Metasys > Aplicativos > Aplicações Gráficas > Ferramentas de Pinturas).
Exponha os desenhos no mural da sala de aula ou cole no caderno.

4ª Atividade:


Professor, as formigas podem viver por toda parte, nas ruas, nos jardins, aparelhos eletrônicos, azulejos e nos formigueiros. Existem formigueiros nas árvores, nos troncos e na terra, neste são formados túneis ou galerias que são buracos onde as formigas se movimentam debaixo da terra. O formigueiro é totalmente organizado: tem a galeria dos ovos e larvas, das pupas, da rainha e até do lixo.  
Providencie uma imagem de um formigueiro e apresente para a turma ou se preferir, utilize o laptop Classmate com os alunos, acessando a internet a partir do programa Mozilla Firefox (Área de Trabalho >  Navegador de Internet ). Em seguida, digite o endereço:





Professor, existe um material , no qual os alunos poderão obter várias informações sobre as formigas. Leve os alunos ao Laboratório de Informática  ou oriente-os para utilizarem o laptop Classmate  e acessarem na internet no programa Mozilla Firefox  (Área de Trabalho > Navegador de Internet ) os sítios a seguir:

O Brasil é o bicho: Saiba mais sobre as formigas

o brasil é o bicho for

O Mundo Secreto das Formigas - Parte 1,2,3,4 e 5


http://www.youtube.com/watch?v=nxj3aYZqscA&feature=related
 http://www.youtube.com/watch?v=JKVZvNOun40&feature=related 
http://www.youtube.com/watch?v=PW0bdaJe4DM&feature=related 
http://www.youtube.com/watch?v=cu3E5yO2Wq0&feature=related 
http://www.youtube.com/watch?v=DZqFvx5FZfc&feature=related

Professor, providencie uma folha de papel branco para os alunos construírem um formigueiro a partir de todos os conhecimentos adquiridos sobre as formigas. Relembre-os que os formigueiros são diferentes entre si, dessa forma, existem formigueiros mais complexos (com muitas galerias) e formigueiros simples.

Professor, solicite que os alunos registrem a atividade no caderno de Ciências e pergunte se gostaram de realizar esse trabalho e peça para justificarem a resposta.

5ª Atividade:


Professor,  construa um formigueiro com os alunos. Para tanto, precisa seguir algumas orientações e instruções para dar tudo certo. Diga aos alunos da turma que vão trabalhar com texto instrucional para aprenderem a construir o formigueiro.

 Veja:

 Precisamos de:  

  •         Um vidro médio sem tampa;
  •         Um rolo de papel higiênico;
  •         Terra;
  •         Tecido e barbante.

Para construir o formigueiro siga essas instruções:  

1-     Coloque o tubo de papelão dentro do vidro. A ponta do tubo não pode ficar de fora.
2-     Coloque a terra em volta do tubo, até encher o vidro.
3-     Use um papel ou folha para atrair as formigas. Depois coloque-as dentro do vidro.
4-     Amarre o tecido na boca do vidro com um pedaço de barbante.
5-     Cubra o vidro com um saco por um dia e uma noite.
6-     As formigas deverão construir os primeiros túneis.
7-     Coloque pedacinhos de verduras ou frutas uma vez por semana.
8-     Não se esqueça de colocar umas gotinhas de água.


Alunas do 2º ano "A" da Escola de Educação Básica da UFU construindo o formigueiro.
Fonte: Acervo da autora


Aluna do 2º ano "A" da Escola de Educação Básica da UFU com o seu formigueiro.
Fonte: Acervo da autora

Professor, como registro e arquivo, os alunos poderão fotografar esse momento ou filmar, uma vez que, o laptop Classmate os acompanha em diferentes espaços, por exemplo, em casa. É uma forma de lembrança e registro da vivência realizada por eles.
Para fotografar utilize a Câmera do laptop ( Metasys > Aba Aplicativos > Multimídia > WxCam ) ou ( Área de Trabalho > Câmera). O botão “máquina de retrato” tira uma foto através da Webcam, oriente os alunos a tirarem uma foto de cada vez e em momentos diversos: na hora de jogar a argola, na hora em que estiver falando as palavras, dentre outros.

VIDEO UCA

Se preferir, registre em forma de vídeo(Metasys > Aba Aplicativos > Multimídia > WxCam ) ou ( Área de Trabalho > Câmera). O “botão vermelho” inicia a gravação de um arquivo no formato de vídeo, através da Webcam. Quando quiser parar de gravar é só apertar novamente o botão vermelho.
Para visualizar fotos ou vídeos, clique no ícone Visualizador de Imagens (Área de Trabalho > Visualizador de Imagens).

ATENÇÃO: o laptop deverá ficar em um lugar seguro e sem sujeira, pois não pode ter contato com a terra, uma vez que poderá estragar. Nesse sentido, é preciso ter um pouco de prudência ao registrar esse momento.


PC UCA
Recursos Complementares
Avaliação
 Professor, é de suma importância observar se os alunos estão participando e realizando as atividades propostas. Nesse sentido, você deverá destacar por meio de registros individuais as facilidades e as dificuldades da turma com relação ao entendimento sobre a anatomia dos insetos e o uso dos programas de laptop. Verifique se os objetivos estabelecidos foram alcançados e principalmente, se os alunos entenderam as características das formigas, o ciclo de desenvolvimento, os tipos de formigas e se compreenderam a estrutura do formigueiro. 

ERÇA-FEIRA, JANEIRO 08, 2013

Camila e a volta às aulas > Estímulos literários > Volta às aulas > Dinâmicas > 08/01/13


Que comece o ano letivo!
Como lidar com as expectativas de pais, alunos e mesmo do corpo docente nos primeiros dias de aula
Objetivos:
★ Propiciar um momento de maior descontração e interação entre as crianças, seus novos colegas e professora, por meio do lúdico;
★ Trabalhar o sentimento de insegurança;
★ Recepcionar os pequenos nos primeiros dias de aula;
★ Adaptar os alunos ao ambiente escolar;
★ Planejar a volta às aulas.
Os primeiros dias de aula na Educação Infantil é algo que fica marcado na vida da maioria das pessoas. É um momento de descoberta, de torna-se um pouco mais autônomo em relação aos pais e conhecer novos amigos e aprendizados.
Os pais, também sentem esse momento, já que temem por deixarem seus filhos em um ambiente novo e pela reação dos pequenos a essa novidade.
Por outro lado, os professores, mesmo com toda experiência também tentam se planejar para que esse dia seja realmente especial e um começo positivo para todos.
Segundo a coordenadora do Colégio Mary Ward, Véra Carayol, essa entrada na escola é o ficar longe da mamãe, da casa, dos brinquedos preferidos.
É o estar "sozinho" com outras crianças e com uma pessoa adulta diferente da mamãe, a professora.
Para muitos, uma experiência boa, mas, para outros, ruim.
"Para que não seja ruim, é necessário que a criança seja preparada antecipadamente para a entrada na escola, embora muitos comecem logo cedo, quando bebês; para os que começam mais tarde, é importante que tenham sido preparados para essa nova situação, assim como, aqueles que mudam de escola”, explica.
Por isso, como fazer dos primeiros dias na escola um momento em que as boas expectativas sejam alcançadas e laços positivos sejam construídos?
Véra acredita que é interessante que os pais se sintam apoiados na instituição que escolheram, isso só dará maior segurança a seus filhos.
Além disso, é positivo que nos primeiros dias de aula os pequenos passem por uma diversidade de atividades tudo de maneira lúdica e atraente: oficinas com pincel e tinta, rodas de conversa (para um melhor entrosamento), passeio pela escola para conhecerem todos os ambientes etc.

Dica esperta!
E a professora como se apresenta para os alunos?
Ela pode participar das brincadeiras e se apresentar como eles, ou seja, quando a sua bexiga estourar ou quando a bola ficar com ela.



Dinâmicas descontraídas e divertidas
Primeiro momento
Chuvinha de papéis
Em roda, ao som de músicas calmas, a professora coloca papéis de diversas cores e texturas ao centro (jornal, revista, E.V.A., crepom, cartolina, entre outros).
Ela também estimula os pequenos a manipularem e a rasgarem livremente os papéis.
Em seguida, junta-se todos os papéis e joga-se para o alto, fazendo a chuvinha!

Dica esperta!
Nos primeiros dias de aula é interessante que os pais permaneçam na escola junto com os filhos para que a adaptação seja mais tranquila e não seja uma fase traumática para a criança.

Segundo momento
Após esse momento de diversão, no qual os pequenos expressam-se e sentem-se acolhidos na brincadeira, faz-se uma obra de arte utilizando os papéis.
Podem ser feitas colagens diversas e também papel machê para fazer modelagens.
Além dos papéis, a professora utiliza também tintas guache, plástica, pincéis e outros.

Receber com carinho 
É importante que o professor e a escola demonstrem para pais e alunos que eles preparam com carinho a escola e a sala para recebê-los.
E o que é possível fazer?
Que tal deixar a sala de aula bem bonita para os pequenos e quem sabe preparar um pequeno presente que será bem útil durante o período escolar?
Veja como fazer um estojo para guardar canetinhas, lápis de cor, giz de cera etc.
Dica esperta!
A escola também pode promover nas primeiras duas semanas de aulas atividades diferentes que atraiam as crianças pela escola.
Que tal contratar palhaços para fazerem apresentações aos pequenos?
E por que não fazer uma seção de cinema com um filme divertido e dar saquinhos de pipoca para eles?

Você sabia?
A intervenção amistosa e segura de uma professora bem preparada costuma atenuar o impacto da separação, quando a criança agora tem de frequentar a escola.
Isso ameniza as expectativas negativas desta vivência, na medida em que ela vai conversando com os pais e com a criança, esclarecendo dúvidas e transmitindo carinho e amizade à criança.

Para a apresentação dos alunos
Procurem formas divertidas e diferentes de promover a apresentação dos nomes no primeiro dia de aula. Uma ideia é pedir para que os pequenos peguem bexigas e as manipulem, quando a bexiga de um deles estourar, este tem que falar seu nome.
Um por vez, então, vai se apresentando, sem aquela insegurança comum dos primeiros dias.
Esse animal sou eu
A professora Viviane Patrice, em seu blog  www. educacao-ale.blogspot.com.br ( vejam mais sugestões abaixo ), recomenda pedir aos alunos que sentem em círculo e cada um escolha o nome de um animal.
Depois, a professora vai contar uma história em que cada um dos animais são citados e, quando isso acontecer, o aluno que escolheu aquele animal deve levantar e imitá-lo.
Outra sugestão, é que em vez de usar bexigas, que pode assustar as crianças, trabalhar com uma bola e, ao som de uma música, ir passando-a para os pequenos que estarão em roda.
Quando a música parar, o aluno que estiver com a bola fala seu nome.

http://revistaguiainfantil.uol.com.br/professores-atividades/116/imprime274936.asp

Mais sugestões
Dinâmicas
Primeiras aulas...


AULA 1
1) Acolhida:
Mensagem de boas-vindas:



"Fazer o melhor significa esforçar-se para, por onde se passa,deixar marcas de alegria e de otimismo sempre com o espírito de solidariedade e de compreensão."



2) Integração:
Entregar um balão para cada aluno e colocar dentro um papel com o seu nome.
Solicitar que o encham pensando nos seus desejos para 2008.
Ao som de uma música animada, brincar com os balões descontraidamente.
Todos devem trocar de balão, jogando-o para cima.
Parar a música diversas vezes e dar uma ordem para ser executada em cada pausa:
a) Balão em cima da cabeça
b) No meio das pernas
c) Na mão direita/esquerda
d) Nas costas
e) Ombro com ombro (em duplas)
f) Joelho com joelho etc...
No final da brincadeira, estourar o balão e ler no papelzinho o nome do colega em voz alta, dizendo uma palavra que comece com a mesma letra. Por exemplo:
"Eu peguei a Ana e ela é Alegre.
O Beto é bonito."
Depois que todos leram, pegar o papel com o seu nome, identificar a letra inicial e o número de letras. Formar grupos de crianças que tenham:
a) A mesma letra inicial
b) O mesmo número de letras
c) Mesmo número de sílabas
d) Mesma letra no final do nome etc...
Fazer o cartaz da turma, colando os nomes em ordem alfabética.
Fazer a identificação do caderno e registrar o cartaz, destacando a letra inicial e o número de letras.
Organizar o Bingo do Nome.
 Cada um escreve seu nome em uma cartela de papel.
 A professora sorteia as letras e os alunos identificam, pintando as que estão em seus nomes.
Quem completar ganha uma bala.
Prosseguir até que todos completem suas cartelas.
3) Artes:
Desenho livre (para a professora fazer a avaliação).
4) Hora da leitura:
Apresentar o Cantinho da Leitura e entregar uma cópia da seguinte poesia para cada um:



NOME DE GENTE
Pedro Bandeira



Por que é que eu me chamo isso
e não me chamo aquilo?
Por que é que o jacaré
não se chama crocodilo?
Eu não gosto do meu nome,
não fui eu quem escolheu.
Porque se metem
com um nome que é só meu!
O nenê que vai nascer
vai chamar como o padrinho
vai chamar como o vovô,
mas ninguém vai perguntar
o que pensa o coitadinho.
Foi meu pai quem decidiu
que o meu nome fosse aquele.
Isso só seria justo
se eu escolhesse o nome dele!
Quando eu tiver um filho
não vou por nome nenhum!
Quando ele for grande
ele que procure um!
Do livro Cavalgando o arco-íris, Ed. Moderna.

Fazer a leitura e localizar o título, autor e o livro de onde a poesia foi retirada (se a Biblioteca da escola tiver um exemplar, apresentá-lo aos alunos).
 Conversar sobre o que acharam, o que ele fala, e se concordam ou não com as idéias.
Colar no Caderno de Leituras que será montado durante a Escola de Férias.
5) Atividade operatória:
Realizar a seguinte atividade para verificar o nível de escrita dos alunos:
6) Para casa:
Perguntar para a família qual é a origem do seu nome.
1. Meu nome é...
Faça crachás com o nome das crianças e coloque no chão da sala, no meio de uma roda.
Peça que cada uma identifique seu nome.
Incentive o reconhecimento das letras iniciais, conte quantas letras compõem cada nome e faça com que elas percebam letras iguais em nomes diferentes.
Quando todas já estiverem com crachá, comece um gostoso bate-papo sobre as preferências de cada um quanto a um tema predeterminado (como alimentos, brincadeiras, objetos ou lugares).
Agrupe as crianças de acordo com as afinidades.
Na etapa seguinte, peça aos alunos que desenhem aquilo de que gostam em uma folha e coloquem o nome.
Quem não souber escrever sozinho pode copiar do crachá.
Depois de prontos, os desenhos são mostrados aos colegas e, em seguida, expostos no mural.
Com os alfabetizados, a dinâmica é a mesma, mas, além de desenhar, eles podem fazer uma lista de suas preferências.

2. Da confusão à ordem
Estas atividades são ideais para que a criança perceba a necessidade da organização para o bom desempenho das atividades.
O professor pode, a partir da fala das crianças, levantar algumas regras para a organização em sala de aula.
Pedir para que as crianças, todas ao mesmo tempo, cantarem uma música para o seu companheiro do lado (esta atividade gerará um caos); depois pedir a um aluno que cante a música dela para a classe. As crianças perceberão como o caos é desagradável e como a ordem tem um sentido. O professor poderá levantar com as crianças outras situações vividas onde a organização é essencial.
3. Brincadeira das bexigas
(Para animar os alunos e também para transmitir a eles a importância do trabalho em grupo)
Leve um rádio ou qualquer outro aparelho no qual possa tocar música, escolha uma que eles gostem.
Leve também um saco de bexigas de forma que possa entregar uma a cada aluno, e peça a eles que cada um encha a sua.
Quando todos já tiverem enchido explique que terão que ficar jogando as bexigas para cima como se fosse uma peteca (mas de forma suave) de forma a que não caiam no chão e que irá fazendo sinal aos alunos que deverão ir saindo da brincadeira.
Os alunos que ficarem não podem deixar as bexigas caírem, os alunos vão saindo mas as bexigas que eles estavam jogando continuam no jogo.
No início será fácil mas à medida que você for acenando aos alunos para saírem os outros vão tendo cada vez mais trabalho para equilibrar as bexigas, cada vez em número maior que o de alunos.
Termine a brincadeira quando tiver apenas um aluno sozinho tentando manter todas as bexigas no ar.
Pergunte a eles o que acharam da brincadeira, se foi fácil ou difícil.
Eles certamente lhe dirão que no início foi fácil, mas à medida que os alunos foram saindo foi ficando cada vez mais difícil.
 É hora então de você conduzir para a idéia que você quer (se algum aluno já não tiver feito isso) de que o trabalho em grupo também é assim, quanto mais elementos do grupo ficarem de fora na hora da execução, mais trabalho e menos chance de sucesso terão os elementos que estiverem executando o mesmo.
4. Inventar Expressões Faciais
Faixa etária: de Ensino fundamental e secundário
Apresentar às crianças uma situação para pô-las alegres.
Por exemplo: Estamos na escola e de repente recebemos a notícia que naquele dia iremos todos juntos ao parque. Como manifestaremos nossa alegria?
As crianças tem que nomear o maior número de expressões alegres( saltar, levantar os braços, aplaudir, sorrir.) Faça o mesmo com a tristeza ou outros sentimentos.

5. Espelho (para integração dos alunos)
Faixa etária: ensino fundamental e secundário.
 Forma-se um círculo.
Um aluno deverá se mover livremente, movimentando os braços, as pernas, fazendo caretas,etc., adotando posturas e atitudes que os demais possam imitar.
Os outros alunos tem que seguir-lhe ao som de uma música.
Quando este parar, os demais também devem parar.
Se ele correr os outros também devem correr.
A pessoa que devemos imitar também pode ficar girando devagar no centro do circulo para que todos os participantes possam ver.
O jogo para quando se perceber que o interesse da turma diminuiu.
Créditos : Associação Brasileira de Educação e Cultura

6. A Caixa Mágica
Definição: Trata-se de ir tirando diversas coisas de uma caixa, de forma imaginária.
Objetivos: Estimular a imaginação e a capacidade gestual.
Consignas de partida: De uma caixa mágica nós podemos tirar qualquer coisa.
Desenvolvimento:
1. As pessoas ficam ajoelhadas e colocam o rosto entre as pernas.
O animador diz: "se abre a caixa e dela saem ... (por exemplo: motos).
Todos os participantes imitam o objeto mencionado e faz o som e gestos correspondentes.
Quando se diz: "fecha a caixa", todos voltam à posição inicial.
A caixa abre de novo e sairá outros objetos: cachorro, borboletas, etc.
Créditos : Associação Brasileira de Educação e Cultura.

6. ISSO É UM ABRAÇO
Faixa etária: de Ensino Infantil, fundamental e secundário
Formamos um círculo fechado, bem sentados ou de pé.
Se trata de repetir um movimento e uma frase, que propiciem a afetividade e o contato físico.
O jogo inicia quando um dos participantes se acerca ao que está à sua esquerda e o abraça dizendo: _"Isto é um abraço".
O que o houver recebido o devolve, dizendo:_"Um abraço".
De novo inicia o jogo e o primeiro participante, repetindo o abraço diz:_"Isto é um abraço. E o segundo passa o o abraço ao que está à sua esquerda e repete:_ "Isto é um abraço". O terceiro, que o recebe pela primeira vez, deve devolve-lo dizendo: _"Um abraço".
E o segundo se o devolve ao primeiro, repetindo:_"Um abraço".
Assim, se repete em cada vez: o abraço vai passando desde o primeiro dos participantes com a frase _"Isto é um abraço", e como uma onda. E volta para trás, até que alguém o receba pela primeira vez, e o devolve com a frase_ "Um abraço", até alcançar de novo o primeiro participante.
Essa ação se repete cada vez até chegar ao último participante e voltar até o primeiro participante.
Fonte: ABEC

7. OS ANIMAIS NA CLASSE
Faixa etária: de Ensino Infantil, fundamental
As crianças sentam-se em círculo na sala.
Cada uma tem que escolher um nome de um animal.
O professor narra uma história, que com frequência apareça o nome desses animais.
Cada vez que se pronuncie um deles, o aluno que o haja escolhido tem que levantar-se e emitir o som que faz o seu animal. Por ex._ se o professor disser:"galo", o aluno que o tenha escolhido deverá imitá-lo: "Kikirikiki!" e assim por diante.
Fonte: ABEC

8. PINTINHOS
Faixa etária: de Ensino Infantil, fundamental e secundário (propicia desinibição, porque exige contato físico e confiança no grupo)
O grupo deve situar-se em círculo e fechar os olhos ( se quiser, a professora pode providenciar vendas paraos alunos, para facilitar, principalmente se os alunos forem pequenos ou imaturos), Não poderão abrí-los até que termine o jogo.
A partir desse momento, todos os jogadores são pintinhos recém saídos do ovo e não podem ver , buscando a sua mamãe galinha.
O professor fará saber a um deles que é a galinha, de forma que os demais não se inteirem disso.
Todos os pintinhos devem caminhar às cegas, imitando o andar dos pintinhos até tocar outro pintinho.
Quando os jogadores se encontrarem devem piar para comprovar se encontraram com a galinha.
Os pintinhos devem responder.
A galinha se diferencia porque não pia. Portanto, quando alguém não lhes responder, deve abraçar com força a galinha e seguir andando unidos, e a partir desse momento permanecem calados. No final, todos os pintinhos podem abrir os olhos: como é de se esperar terminam abraçados e em silêncio.
Fonte: ABEC

9. "Abraços Musicais Cooperativos" 
Definição: Trata-se de saltar no ritmo da música, abraçando-se a um número progressivamente maior de companheiros até chegar a um grande abraço final.
Objetivos: Favorecer o sentimento de grupo desde a chegada positiva de todos.
Material: Um aparelho de música ou um instrumento musical.
Ordem de partida: Ninguém deve ficar sem ser abraçado.
Desenvolvimento:
1. Uma música soa, os participantes começam a dançar; quando a música para, cada pessoa abraça a outra.
A música continua, os participantes começam a dançar, se querem, podem dançar com o companheiro.
Na seguinte vez que a música parar, se abraçam três pessoas.
O abraço vai ficando cada vez maior até chegar a um grande abraço final.
Avaliação: O jogo tenta romper o possível ambiente de tensão que pode haver no princípio de uma sessão ou um primeiro encontro.
Cada participante expressará como se sente e como viveu o jogo.
Fonte: ABEC

10. CORRENDO ATÉ O MURO
Faixa etária: para Ensino fundamental e secundário
Para se correr até um muro com os olhos vendados deve-se ter muita confiança em não chocar-se nele.
E se trata disso. O grupo se fica situado a uns passos adiante de um muro ou parede da classe ou de um ginásio.
De um a um, cada jogador dever correr até o muro, com os olhos vendados, confiando em que o grupo e o professor ou professora detê-lo-ão antes de chocar-se com ele.
As reações de cada participante são muito divertidas.
O objetivo é do grupo impedir proteger o indivíduo, impedindo que ele se machuque.
Fonte: ABEC

11. Esconderijo Inglês
Faixa etária: para Ensino Fundamental e Secundário
Um dos jogadores fica virado para uma parede, escondendo sua cara e os demais jogadores a uns 20 metros de distância dele.
Aquele que estiver com a cara virada para a parede grita: _" Um, dois, três, ao esconderijo inglês, sem mover as mãos, nem os pés" e se vira.
Enquanto diz a frase, os demais jogadores devem avançar rapidamente, mas com cuidado, já que quando seu companheiro terminar de dizer "Um, dois, três, ao esconderijo inglês, sem mover as mãos, nem os pés" deverão ficar totalmente quietos.
Se algum deles não o fizer e o companheiro perceber que se moveu este deverá retroceder e voltar até o início.
O que conseguir chegar à meta será quem dirá agora : "Um, dois, três, ao esconderijo inglês, sem mover as mãos, nem os pés".
Fonte: ABEC

12. Estimulando a A Pensar e se Comunicar
Faixa etária: para Ensino Infantil
O professor diz uma palavra, qualquer coisa, melhor relacionada com as férias, e os alunos tem que dizer a primeira coisa que lhes vier na memória.
Deixar correr a imaginação.
Fonte: ABEC

13. O que Fez?
Faixa etária: para Ensino Infantil e Fundamental
Na escola, um dos grandes temas para redação é: " O que você fez nas férias?".
Seu valor para conseguir que o(a) aluno(a) escreva sobre suas experiências pessoais é evidente.
Deve-se incentivar para que os alunos falem de suas coisas mais pessoais.
As crianças sentam-se em círculo na classe e têm que recordar coisas sobre as férias, preferivelmente seguindo a ordem dos acontecimentos reais.
Isso estimula a memória da criança, ajuda com que possa recordar os acontecimentos do passado.
Também faz com que deva buscar e encontrar as palavras para descrever o que se passou naquele período.
Fonte: ABEC

14. De Havana Veio um Barco Carregado De...
Faixa etária: Educação Infantil, Fundamental e Secundário
O professor pensa em uma família de animais, pessoas, comidas ou objetos. E diz aos seus alunos:" De Havana veio um barco carregado de... animais de quatro patas."
os alunos deverão ir dizendo, um por um, animais de quatro patas."
Se algum aluno não souber dizer nenhum, perde a vez ou é eliminado do jogo, como queira.
O nível de dificuldade pode variar dependendo da família. Por exemplo: no INFANTIL bastaria dizer:"de Havana veio um barco carregado de... animais.", no PRIMARIO: "de Havana veio um barco carregado de... verduras", e no SECUNDÃRIO:"De Havana veio um barco carregado de …personagens históricos."

http://www.educacao-ale.blogspot.com.br/search/label/1%C2%BA%20DIA%20DE%20AULA.

Livro:AQUI





Começa um novo ano na escola.
Camila está ansiosa para rever seus amiguinhos e conhecer a nova professora.
Miguel, primo de Camila, estudará na mesma escola e está com um pouco de medo, mas Camila vai ajudá-lo.
Autor: Nancy Delvaux
Ilustração: Aline de Pétigny
Editora: Larousse Júnior
O desconhecido é sempre assustador para as crianças.
Para o priminho de Camila, o primeiro dia de aula poderia ter sido muito difícil se não fosse a ajuda de sua prima.
Esta história mostra que o apoio dos amigos é de extrema importância em muitas situações da vida.