A avaliação na Educação Infantil passo a passo - Como avaliar na Educação infantil?
A avaliação na Educação Infantil passo a passo
fundamental para redimensionar o fazer pedagógico. Essa compreensão
influenciará diretamente na qualidade da interação dos professores com a infância.
• O conhecimento de uma criança é construído em movimento de idas e vindas, portanto, é fundamental que os professores assumam seu papel de mediadores na ação educativa; mediadores que realizam intervenções pedagógicas no
acompanhamento da ação e do pensamento individualizado infantil.
• Ainda hoje, na prática cotidiana, é comum, não só na Educação Infantil,
como nos demais níveis de ensino, os avaliados serem só os alunos. É
necessário que a clássica forma de avaliar, buscando “erros” e “culpados",
seja substituída por uma dinâmica capaz de trazer elementos de crítica e
transformação para o trabalho.
• Nesse processo, todos – professores/recreadores, coordenação pedagógica, direção, equipe de apoio e administrativa, crianças e responsáveis – devem, sentir-se comprometidos com o ato avaliativo.
• Para focar o olhar em como se avalia, sugere-se atenção aos pontos abaixo,
nos espaços de educação infantil:
Análises e discussões periódicas sobre o trabalho pedagógico.
Estas ações são realizadas nos encontros periódicos. Elas fornecem elementos
importantes para a elaboração e reelaboração do planejamento. Igualmente
importante é dar voz à criança. Nesse sentido, a prática de avaliar
coletivamente o dia-a-dia escolar, segundo o olhar infantil, traz
contribuições fundamentais e surpreendentes para o adulto educador, ao mesmo tempo que sedimenta a crença na concepção de criança cidadã.
Observações e registros sistemáticos.
Os registros podem ser feitos no caderno de planejamento, onde cada professor/ recreador registra acontecimentos novos, conquistas e/ou mudanças de seu grupo e de determinadas crianças; dados e situações significativos acerca do trabalho realizado e interpretações sobre as próprias atitudes e sentimentos.
É real que, no dia-a-dia, o professor/ recreador não consiga registrar
informações sobre todas as crianças do seu grupo, mas é possível que venha a
privilegiar três ou quatro crianças de cada vez e, assim, ao final do período, terá observado e feito registro sobre todas as crianças.
Utilização de diversos instrumentos de registro.
Para darmos espaço à variada expressão infantil, podem-se utilizados como
instrumentos de registro de desenvolvimento arquivos contendo planos e materiais referentes aos temas trabalhados, relatórios das crianças e
portfólios.
O professor/recreador deve organizar um dossiê de cada criança, guardando aí
seus materiais mais significativos e capazes de exemplificar seu
desenvolvimento.
Também durante a vivência de um projeto de trabalho, cada grupo deve ter
como meta a produção de um ou mais materiais que organize o conhecimento
constituído acerca do assunto explorado. Assim sendo, o arquivo de temas é o
dossiê do projeto realizado pelos grupos de uma mesma instituição.
Construção de um olhar global sobre a criança
A fim de evitar um ponto de vista unilateral sobre cada aluno, é fundamental
buscar novos olhares:
- Recolhendo outras visões sobre ela.
- Contrastando a visão dos responsáveis com o que se observa na escola/ creche.
- Conhecendo o que os responsáveis pensam sobre o que a escola/creche diz.
- Refletindo sobre o que a família pensa em relação aos motivos de a criança
comportar-se de determinada forma na escola/creche.
- Ouvindo a família sobre como pensa que poderia auxiliar a criança a avançar em seu desenvolvimento.
Hábitos e Atitudes:
Está sempre atento na sala de aula
Relaciona-se bem com os colegas e professores.
Ouve com atenção e espera a sua vez de falar.
Faz a tarefa com capricho e é pontual na sua entrega
Porta-se no momento da merenda e higiene.
Colabora com a limpeza da sala de aula.
É cuidadoso com o material escolar.
Confia nas tarefas que realiza.
Comporta-se bem nas atividades desenvolvidas.
A conversa está interferindo no rendimento.
Reparte os brinquedos com os colegas
Linguagem:
Entende bem o que lhe é falado.
Expressa-se com clareza.
Articula bem as palavras.
É desinibido e gosta de participar das atividades musicais e teatrais.
Dialoga sobre suas vivências espontaneamente.
Na hora da história, está disposto a ouvir e participar.
Desenvolvimento Cognitivo:
Apresenta bom raciocínio matemático.
Tem facilidade em compreender as noções matemáticas.
Compõe quebra-cabeça.
Consegue concentrar-se na realização das atividades.
Demonstra interesse e criatividade na execução dos trabalhos.
É responsável na execução das atividades.
Desenvolvimento Psicomotor:
Consegue movimentar-se bem (pular, correr, saltar, arrastar...).
Quando modela cria formas diferentes.
Apresenta boa motricidade fina (recortar, pintar, colar...).
Tem consciência do seu corpo e consegue expressar-se graficamente.
Orienta-se bem no espaço e tempo.
Orienta-se bem no espaço e tempo.
Sobre o Autor
Nome Completo: Samuel de Sousa Santos
Formação: Contabilidade
Especialização: Administração de Empresas Atividades realizadas: 6 anos como Gerente do antigo Banco Bemge, 3 anos como Gerente do Banco Itaú. Gerente de Vendas do Grupo Martins, e atualmente Diretor da Escola Inglês Curso Escola de Idiomas Ltda. Conhecimentos: Conhecimentos avançados de técnicas de SEO, conhecimento avançado em redes, internet, Criação e gerenciamento de sites com Joomla, e oscommerce.
Como corrigir os erros dos alunos com o objetivo de ajudá-los a avançar
Meus errinhos
A poesia Os meus errinhos de Pedro Bandeira nos faz refletir
sobre nossa postura diante de nossas crianças.
|
Está bem, eu confesso que errei.
Eu errei, está bem, me dê zero!
Me dê bronca, castigo, conselho.
Mas eu tenho o direito de errar.
Só o que eu peço é que saibam que eu necessito errar.
Se eu não errar vez por outra,
como é que eu vou aprender.
Como se faz pra acertar?
Pais, professores, adultos
também já erraram à vontade,
já fizeram sujeira e borrão.
Ou vai dizer que a borracha
surgiu só nesta geração?
Vocês, que errando aprenderam,
ouçam o que eu tenho a falar:
Se até hoje cometem seus erros,
só as crianças não podem errar?
Concordem, eu estou aprendendo.
Comparem meus erros com os seus.
Se já cometeram os seus erros,
deixem-me agora com os meus!
Mais respeito, Eu sou criança!
Os meus errinhos Pedro Bandeira Ed. Moderna p. 17
***
A reportagem abaixo foi retirada da Revista Nova Escola,
pois a achei interessantíssima ao abordar o tema. Por Beatriz Santomauro
Você aplica uma prova, estabelece critérios para a correção,
soma o valor de cada questão, atribui uma nota final, comunica o resultado à turma e... O que vem depois? Se a opção for seguir adiante com novos conteúdos, a avaliação não terá cumprido boa parte de seu papel. A riqueza de informações obtidas com base nas provas permite ao professor entender em que estágio de desenvolvimento o grupo se encontra. Para os estudantes, é um bom momento para rever os erros e avançar naquilo que ainda não foi, de fato, aprendido. "Faz toda a diferença analisar as dimensões dos equívocos. Isso auxilia na indicação daquilo em que cada um precisa evoluir e como trabalhar para alcançar melhoras", explica Jussara Hoffmann, consultora de avaliação e professora aposentada da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
Para aproveitar essa oportunidade ao máximo,
o primeiro passo é organizar as informações a serem interpretadas. Anote num diário os dados sobre o desempenho de cada aluno, tomando o cuidado de dividir os erros por categorias. Ao fazer isso, você conseguirá um panorama dos problemas mais recorrentes. Já é possível começar a planejar a ação.
Alguns erros, mesmo que sejam individuais,
interessam a todos
A forma de atuar depende do número de estudantes com dificuldade
e do tipo de equívoco. Se 90% da sala não conseguir resolver uma das questões, por exemplo, você provavelmente vai precisar retomá-la com toda a turma. Algumas vezes, entretanto, mesmo um deslize cometido só por um aluno também pode ser debatido. Levá-lo ao quadro é a chance de trocar opiniões não apenas para mostrar onde ele ocorre mas também para iluminar alguns aspectos do conteúdo que, no momento da explicação original, podem não ter sido mencionados. Essa abordagem costuma ser muito produtiva quando se consideram os chamados "erros construtivos", aqueles que revelam hipóteses de resolução. É o que ocorre, por exemplo, quando os pequenos escrevem 1004 para registrar o número 104 (o que indica que se apoiam na fala - "cento e quatro" - para cumprir a tarefa) ou colocam na sequência os números 1, 2, 3 e 4 para mostrar que possuem quatro objetos (o que aponta a necessidade de recorrer a uma marca para cada objeto).
Atenção aos erros genericamente designados como de desinteresse:
eles podem indicar que o aluno não sabe o que fazer diante das tarefas apresentadas. Uma prova em branco, por exemplo, pode tanto significar que o estudante "não está nem aí" para o que foi tratado como indicar a incompreensão da proposta feita. Para diferenciar um do outro, o caminho é uma conversa direta sobre as razões que levaram àquela situação. Entendê-las norteia o encaminhamento que deve ser realizado: debater estratégias para que o aluno não se desconcentre ou propor novos exercícios e situações-problema para reforçar a compreensão.
O que os erros revelam
Três respostas para a mesma questão, o que elas mostram
sobre o raciocínio do aluno e como avançar
Resolva o seguinte problema:
Um artesão consegue produzir 15 ovos de Páscoa de 1 quilo e
20 ovos de 500 gramas por dia. Ele recebeu a encomenda de uma loja e vai ter que fazer 1.620 ovos de 1 quilo. Em quantos dias ele consegue fazer essa entrega?
Resolução 1
Tipo de erro
Interpretação do enunciado O problema tem muitos dados
e o aluno consegue selecionar quais deve usar e quais deve descartar. A dificuldade ocorre na hora de traduzir o que pede o problema para a linguagem própria da Matemática: ele usa a multiplicação em vez da divisão.
Encaminhamento
Analise o contexto do enunciado: o que o artesão deve fazer? Se
produzir um pouco a cada dia, como saber o total? E, se souber o total e a produção diária, como descobrir o número de dias necessários para atender ao pedido?
Resolução 2
Tipo de erro
Desconhecimento do conteúdo A criança não seleciona os
dados que levam à resposta nem utiliza a operação correta. Em vez disso, relaciona todas as informações numéricas do enunciado com o procedimento que, provavelmente, lhe parece mais familiar (a soma).
Encaminhamento
Proponha que a classe explique onde está o erro - dividir partes
do dividendo (16 por 15, 12 por 15 etc.) e não ele todo. Quando se tenta dividir 16 por 15, a multiplicação por 100 fica escondida (pois 1.600 = 16 X 100) e não pode ser desconsiderada no resultado.
BIBLIOGRAFIA
Jogo do Contrário em Avaliação, Jussara Hoffmann, 192 págs., Ed. Mediação,
tel. (51) 3330-8105 SUGESTÕES DE ATIVIDADES A PARTIR
DO TEXTO "MEUS ERRINHOS",
DE PEDRO BANDEIRA:
(Clique para ampliar as imagens)
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Modelo de Relatório Final de avaliação da turma
Este modelo de relatório final de avaliação do grupo foi escrito pela querida professora Sonia Ubeda. Como sempre, ela partilha o que tem de melhor, com o intuito de auxiliar aqueles que ainda possuem dúvidas. É claro que a intenção aqui não é um modelo pronto e acabado de relatório final de avaliação, mas sim uma indicação de caminho possível, dentre tantas existentes. Se você tiver relatórios de avaliação e desejar compartilhar, não hesite em enviar por email ao Espaço Educar, pois há professores precisando de seu auxílio! Muito obrigada! Elizabeth,
RELATÓRIO FINAL
2° ANO A-2009
Chegamos ao final de mais um ano. Como passou rápido!
Quantas descobertas, novidades e, principalmente quanto crescimento adquirimos.
Nossa turminha desde os primeiros dias se mostrou bastante unida, construímos grandes vínculos afetivos que marcam espaço na história de vida do grupo. O carinho, o amor e a preocupação com cada um são uma das principais características da turma.
Durante esse ano procurei a melhor forma de elaborar, propor e realizar diversas atividades que pudessem atrair a concentração das crianças, para que elas pudessem aprender e desenvolver de acordo com seu ritmo, todas as formas de linguagem corporal, musical, oral e visual. O desenvolvimento da escrita e da leitura foi acontecendo respeitando o tempo de cada um. Ao final do ano todas as crianças estão no nível de escrita alfabética, alguns ainda apresentam dificuldade na produção individual de escrita porque têm seus ritmos próprios, suas dificuldades específicas e também histórias de vida e contato com o mundo letrado diferentes, o que é normal visto que somos seres únicos e devemos valorizar e respeitar essas especificidades.
Em toda atividade de leitura e escrita proposta, procurei respeitar a função social dessas práticas. Dessa forma as crianças puderam perceber que tudo que escrevemos será lido por alguém e que, dessa forma, é fundamental que usemos linguagem própria para a escrita, que prestemos atenção à pontuação e a ortografia correta das palavras.
A leitura diária feita pelo professor e a leitura compartilhada (feita de duas a três vezes durante a semana) de textos de diferentes gêneros e seus diferentes portadores foi fundamental para o enriquecimento do vocabulário dos alunos, para que tivessem a oportunidade de contato com textos bem escritos, para que pudessem perceber as diferentes formatações e elementos estruturais, além é claro, de fornecer elementos para que pudessem elaborar seus próprios textos de forma clara, coesa, respeitando a ordem cronológica dos fatos, fornecendo detalhes sobre cenários, personagens e acontecimentos usando criatividade.
Tive uma atenção especial para a produção textual, procurei orientá-los na escrita de diferentes gêneros textuais sempre motivando os mesmos para romperem com as dificuldades que se iam apresentando. A troca de experiência ocorreu durante os desenvolvimentos de todas atividades. A socialização do conhecimento sempre foi muito incentivada e tornou-se uma prática constante e natural. Os alunos puderam comparar a escrita e a leitura com as dos amigos e isso gerou muitos avanços.
A amizade, o companheirismo, a solidariedade e o carinho foram pontos positivos importantes para o crescimento pessoal e cognitivo. Quando um aluno notava que o outro estava com dificuldade sempre se oferecia para auxiliá-lo.
Os trabalhos em duplas e grupos sempre ocorreram de forma harmoniosa e sempre foram ferramentas importantes para a superação dos obstáculos.
No 4ª bimestre ocorreu o fechamento do projeto meio ambiente com a exposição dos livrões confeccionados por todas as 1ª séries e expostos na biblioteca. Ao longo do ano discutimos sobre consumo consciente, uso racional das reservas naturais, o problema do lixo, a poluição etc. Essa conscientização torna-se cada vez mais importante e, nos educadores precisamos nos engajar e engajar nossos alunos nessa luta.
A recuperação contínua realizada com duplas produtivas e mesmo auxilio individual do professor foi constante e, com esse trabalho muitos alunos conseguiram progredir no nível de escrita. A cada semana destinava momentos específicos para lançar desafios para uma dupla produtiva, levá-los a refletir sobre a escrita e leitura com atividades significativas, desafiadoras e de agrado dos mesmos. Assim que um obstáculo era superado passava para um novo desafio. Assim, as crianças tiveram oportunidade de usar o que já sabiam para aprender o que ainda precisavam e iam vencendo, pouco a pouco, seus temores, suas inseguranças e se lançavam ao novo com vontade e confiança.
ALUNOS QUE APRESENTARAM MAIOR DIFICULDADE
Três alunos tiveram mais dificuldades para entender o processo de escrita: O Pedro, o Gabriel e o Nicolas. Já relatei os problemas dos mesmos em meus registros anteriores. Os três estão alfabéticos na lista de palavras (sondagem de escrita), porém, ainda apresentam muita dificuldade na produção de diferentes tipos de textos (mesmo na reescrita de textos que se sabe de memória). Com auxilio individual conseguem redigir pequenos textos, mas, ainda estão inseguros e necessitam de muito estímulo e apoio no desenvolvimento desse tipo de atividade. Apesar dessas dificuldades relatadas, posso afirmar que o progresso dos mesmos no último bimestre foi grande. Ainda não lêem com autonomia.
Em matemática, Nicolas, Pedro, Gabriel e Aline são os alunos que apresentam mais dificuldades tanto no sistema de numeração decimal quanto na resolução de problemas e/ou operações adição e subtração simples necessitando de maior apoio e orientações na execução das tarefas.
AVALIAÇÃO
A avaliação foi constante procurando detectar os avanços de cada aluno, respeitando sua individualidade e ritmo, analisando os resultados e procurando novas formas de ensinar levando o aluno a superar os desafios.
MAPA DA SALA
HIPÓTESE
|
1ª
SONDAGEM
|
2ª
SONDAGEM
|
3ª
SONDAGEM
|
4ª
SONDAGEM
|
5ª
SONDAGEM
|
PRÉ-SILÁBICA
|
22
|
3
|
1
|
0
|
0
|
SILÁBICA SEM VALOR
|
0
|
1
|
0
|
1
|
0
|
SILÁBICA COM VALOR
|
4
|
16
|
1
|
2
|
0
|
SILÁBICA ALFABÉTICA
|
3
|
3
|
2
|
1
|
0
|
ALFABÉTICA
|
1
|
7
|
25
|
27
|
31
|
TOTAL DE ALUNOS
SONDADOS
|
30
|
30
|
29
|
31
|
31
|