UM CONTO, EU RECONTO.
PROJETO DE INTERVENÇÃO - LÍNGUA PORTUGUESA: UM CONTO EU RECONTO.
UM CONTO, EU RECONTO.
Problema
Um dos grandes desafios do docente na escola é o despertar para a prática da leitura. É por isso que a questão do ato da leitura está dia-a-dia no centro das propostas escolares.
Hoje o eixo do ensino-aprendizagem para os educadores de Língua Portuguesa é a diversidade das informações e a contextualização. Com a contextualização a leitura é possível para quem ainda não sabe ler e também para quem ainda precisa despertar o gosto pela prática da leitura.
A realidade está cercada de palavra. Os alunos vivem o seu dia-a-dia cercados de textos e informações. É na utilização destes que os educandos tornam-se capazes de utilizar o que aprendem em situações reais, pois, só quando o aluno é capaz de ler e compreender os textos do mundo em que ele está inserido, é que o mesmo se tona um verdadeiro usuário da leitura (ele conta e reconta).
PÚBLICO ALVO:
O projeto será direcionado a educadores, equipe técnica e educandos do 4º ciclo (7ª série) do ensino fundamental de uma escola pública Estadual da cidade de Canavieiras-B A.
JUSTIFICATIVA:
O Projeto surgiu a partir de uma observação realizada em uma escola da rede Estadual de ensino com alunos do 4º ciclo do ensino fundamental (7ª Série), com o ensejo de contribuir com o desenvolvimento dos mesmos. O Projeto mostra algumas oportunidades no contato do educando com a leitura do mundo que o rodeia; textos, placas (informativas), livros, revistas, jornais etc.Em vez capacitar os alunos para repetir palavras, textos e decorar regras; é preciso trazer para a sala de aula o conhecimento do mundo.
A leitura do mundo precede a leitura da palavra, a releitura é a compreensão crítica da importância do ato de ler. É necessário trabalhar pedagogicamente com as particularidades da releitura utilizando-se do contexto social e cultural em que o educando está inserido para que ocorra a linguagem.
A realidade escolar está vinculada a repetições literárias, o que traz resistência no educando quanto á prática da leitura. Na maioria das vezes nas escolas o ato da leitura não é associado ao prazer de ler; faz-se necessário o resgate da leitura como criação de vínculo entre o aluno e o que ele lê.
OBJETIVOS
OBJETIVO GERAL
Proporcionar ao educando a compreensão do ato da leitura, para que o mesmo possa repeti-la, recriá-la e reinventá-la em seu contexto social e cultural, desenvolvendo nos alunos a criatividade e o gosto pelo ato de ler e suas habilidades como leitores através de atividades variadas.
OBJETIVOS ESPECÌFICOS
- Refletir sobre o ato da leitura e os seus fenômenos, principalmente na questão da
variedade lingüística.
- Promover a releitura como interação entre o aluno e mundo, ampliando assim a interpretação do educando.
- Contribuir com a diminuição da evasão, da repetência e com o rendimento do aluno.
- Ampliar o desenvolvimento dos professores em sala de aula, bem como a criação de vínculos entre os mesmos e alunos.
REVISÃO DE LITERATURA
É cada vez mais necessário que a escola trabalhe tendo como função a transformação do mundo e suas realidades. É preciso que esteja contida nessa função a ênfase da criação e da recriação do conhecimento, dentro do cotidiano a oralidade ocupa sem dúvida lugar de destaque, pois, a Língua Portuguesa é constituída de variedades as quais determinam as situações de comunicação.
Segundo Paulo Freire (1995) o fato de necessitar da ajuda do educador, como ocorre em qualquer relação pedagógica, não significa anular a criatividade na construção da linguagem, especialmente na leitura desta linguagem, Na verdade tanto o educando quanto o educador é capaz de expressar oralmente seus conhecimentos, sem ser necessário que seja feito uma leitura rigorosa do mundo, mas que essa leitura possibilite a releitura de mundo e de palavras.
A biblioteca, por exemplo, não precisa ser vista como um depósito silencioso de livros, mas tem que, ser vista como fator fundamental para o aperfeiçoamento da prática da leitura. Os objetos e palavras que nos rodeiam também não precisam perder sua significação, mas é preciso anexá-los em nossa contextualização oral.
Pode-se considerar que é preciso que exista uma leitura que não só produza palavras, mas que propicie compreensão de idéias, para que ocorra uma leitura constante em todos os níveis escolares.
Ajudar aos educandos a perceberem o valor da leitura não é tão difícil; se esse processo for bem desenvolvido pelo educador, basta que este permita o pensar para que ocorra o repensar, desta maneira ocorrerá a real compreensão da leitura. Na nossa sociedade é inegável a necessidade de se formar leitores ao invés de ledores.
Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais (1988), formar leitores é algo possível; para isso, a escola deverá organizar um conjunto de atividades que, progressivamente,
possibilite ao aluno:utilizar a linguagem na escuta e produção de textos orais e na leitura e produção de textos escritos de modo a atender a múltiplas demandas sociais, responder a diferentes propósitos comunicativos e expressivos, e considerar as diferentes condições de produção do discurso; utilizar a linguagem para estruturar a experiência e explicar a realidade, operando sobre as representações construídas em várias áreas do conhecimento; sabendo como proceder para ter acesso, compreender e fazer uso de informações contidas nos textos, reconstruindo o modo pelo qual se organizam em sistemas coerentes. Pois, a leitura é o processo no qual o leitor realiza um trabalho ativo de compreensão e interpretação do texto, a partir de seus objetivos, de seu conhecimento sobre o assunto, sobre o autor, de tudo o que sabe sobre a linguagem etc. Não se trata de extrair informação, decodificando letra por letra, palavra por palavra. Trata-se de uma atividade que implica estratégias de seleção, antecipação, inferência e verificação, sem as quais não é possível proficiência. É o uso desses procedimentos que possibilita controlar o que vai sendo lido, permitindo tomar decisões diante de dificuldades de compreensão, avançar na busca de esclarecimentos, validar no texto suposições feitas.
Um leitor competente sabe selecionar, dentre os textos que circulam socialmente, aqueles que podem atender a suas necessidades de leitor, conseguindo estabelecer as estratégias adequadas para abordar tais textos. O leitor competente é capaz de ler as entrelinhas, identificando, a partir do que está escrito, elementos implícitos, estabelecendo relações entre o texto e seus conhecimentos prévios ou entre o texto e outros textos já lidos.
O terceiro e quarto ciclos têm papel decisivo na formação de leitores, pois é no interior destes que muitos alunos ou desistem de ler por não conseguirem responder às demandas de leitura colocadas pela escola, ou passam a utilizar os procedimentos construídos nos ciclos anteriores para lidar com os desafios postos pela leitura, com autonomia cada vez maior.
Assumir a tarefa de formar leitores impõe à escola a responsabilidade de organizar-se em torno de um projeto educativo comprometido com a intermediação da passagem do
leitor de textos facilitados (infantis ou infanto-juvenis) para o leitor de textos de complexidade real, tal como circulam socialmente na literatura e nos jornais; do leitor de adaptações ou de fragmentos para o leitor de textos originais e integrais.
De certa forma, é preciso agir como se o aluno já soubesse aquilo que deve aprender, o professor deve preocupar-se com a diversidade das práticas de recepção dos textos: não se lê uma notícia da mesma forma que se consulta um dicionário; não se lê um romance da mesma forma que se estuda. Boa parte dos materiais didáticos disponíveis no mercado, ainda que venham incluindo textos de diversos gêneros, ignoram a diversidade e submetem todos os textos a um tratamento uniforme.
Para considerar a diversidade dos gêneros, não ignorando a diversidade de recepção que supõem as atividades organizadas para a prática de leitura devem ser diversificadas. Produzir esquemas e resumos pode ajudar a apreensão dos tópicos mais importantes quando se trata de textos de divulgação científica; no entanto, aplicar tal procedimento a um texto literário é desastroso, pois apagaria o essencial. Também não se formará um leitor de textos de imprensa, do qual se espera, senão uma leitura diária, ao menos uma leitura regular dos jornais, lendo-se notícias apenas no primeiro bimestre.
Além disso, se os sentidos construídos são resultados da articulação entre as informações do texto e os conhecimentos ativados pelo leitor no processo de leitura, o texto não está pronto quando escrito: o modo de ler é também um modo de produzir sentidos. Formar leitores é algo que requer condições favoráveis, não só em relação aos recursos materiais disponíveis, mas, principalmente, em relação ao uso que se faz deles nas práticas de leitura.
METODOLOGIA
*Proporcionar condições para uma leitura eficaz, desenvolvendo a releitura, com o intuito de favorecer uma reflexão crítica e sugestiva. Despertando o interesse de formar leitores aptos em releituras.
*Confeccionar textos, para que seja feito um registro destes; posteriormente será feita uma seleção para o conteúdo do diário de leitura, o qual será composto por: textos informativos, poemas, poesias, versos, anúncios, etc.
*Desenvolver grupos de leitura, para que sejam compreendidas as propostas que serão desenvolvidas pelo professor, (organizar rodas de leitura pos exemplo).
*Durante a realização do projeto serão realizadas visitas às salas de aula para a observação do desenvolvimento das atividades, e visitas extra-classe para a observação do meio. Serão feitas entrevistas com os alunos e professores que estarão envolvidas no projeto, para que sejam verificados os resultados das atividades.
RECURSOS
HUMANOS
• Alunos do 4º ciclo do ensino fundamental;
• Professores;
• Equipe técnica e gestores da escola;
MATERIAIS
• Livros diversos de leitura infanto juvenil, revistas, jornais, cadernos;
• Computador;
• Retro projetor;
• Lousa e giz;
• Aparelho de som.
• Mídias de CD, DVD,
• Pendrive
• Internet
CRONOGRAMA
Atividades para desenvolver
MARÇO -Apresentar o programa a Secretaria de Educação.
-Fazer a seleção das turmas na escola que participará do projeto.
- Apresentar o projeto para diretoria e coordenação da escola selecionada.
-fechar parceria com a escola.
ABRIL -Fazer coleta de materiais (livros variados, revistas cadernos,etc.) e selecioná-los para a realização das atividades.
-Definir as turmas que participarão do projeto.
-Capacitar professores e equipe técnica que desenvolverão as atividades.
MAIO -Aplicar oficinas nas aulas de Língua Portuguesa para que os professores possam ir desenvolvendo as novas técnicas.
JUNHO - Iniciar a avaliação mensal dos alunos e consecutivamente registrar as oficinas realizadas com seus respectivos resultados.
JULHO -Produzir relatório de atividades para avaliação.
AGOSTO -Entregar os livros para os professores, e pedir para que o mesmo crie uma oficina literária individual.
- Aplicar a oficina criada pelo professor nas salas, as quais estarão subdivididas em grupo.
SETEMBRO -Observar os professores durante as aulas.
-Estimular os professores para que eles criem novas tecnologias para serem utilizadas durante prática da leitura.
OUTUBRO Estimular os professores para que ocorra a aplicação de atividades lúdicas nos horários das aulas de Língua Portuguesa e extra-classe.
NOVEMBRO -Produção de relatório final.
-Revisão de relatório final.
DEZEMBRO -Apresentação de relatório final.
- Entrega de relatório final.
RESULTADOS ESPERADOS
*Formar professores aptos para o exercício da prática de leituras e releituras.
*Contribuir para o desempenho dos professores em sala de aula.
*Contribuir com o rendimento dos alunos, e consequentemente com a diminuição do alto índice da evasão escolar.
*Aumento do repertório do aluno, levando-o a ser não só um leitor, mas também, um contador de histórias e suas releituras de mundo.
*Confecção de um Diário de textos (poemas, poesias, versos, etc.) para serem apresentados aos participantes do projeto.
* Que todos os objetivos sejam alcançados com grande êxito.
REFERÊNCIAS:
Brasil. Parâmetros Curriculares Nacionais:5ª a 8ª Série.Brasília,1998.
Brasil.Revista da TV escola.Nº. 10 Março / Abril, 1998.
FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler.31 ed.São Paulo:Autores associados Cortez,1995.
Encontrei esse projeto no BLOGGER DA PROFESSORA MERY
Encontrei esse projeto no BLOGGER DA PROFESSORA MERY
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