DIA DOS NAMORADOS (monólogo)
Simone - Enloucrescida
Ah!
Como é bom acordar! BOM DIA NATUREZA...
(cantando)...
Bom dia? Ah.ah ah
ah! O que tem de bom no dia pra você começar assim, cantando?
Sabe que dia é hoje minha amiga? Dia dos namorados...E
você so-zi-nha!!!!! Tem certeza que é mesmo um bom dia?
Ah
não!...Hoje não...Por favor, Não me encha o saco! Entendeu?
Ah coitada...kkkkkkk Se liga...Não foi você mesmo que
escolheu isso? Sempre se disse auto-suficiente...Então...Agora enfrenta!
Mas
quem te disse que eu to preocupada com esse dia dos namorados? É um dia como
outro qualquer! Essa comemoração é mesmo pro comércio faturar...Recuperar as
vendas?
Ah jura? Então porque esse debate? Afinal se você não tem
drama de consciência, por que debater com a própria?????
Olha...Prestenção...Eu
vou é ter um dia comum...Sair...Ver gente...Almoçar fora...Divertir-me como
sempre fiz...E você...Vê se me esquece tá?
Tudo bem... Já ouvi esse papo ano passado...Rs Lembra?
Os shoppings cheios de casais apaixonados...Se
beijando...As floriculturas movimentadas, entregando lindos arranjos
florais...Crianças todas arrumadinhas, de mãos dadas com os pais...Carinha
rosada...E todos te olhando como se você fosse uma E.T...Olha lá a
solteirona...Ih...Ficou pra titia...Sua chorona lembra? Olhos cheios de
lagrimas...Oh dor! Kkkkkkk Vai lá vai...Tudo de novo...Tem peito pra isso tem?
(o telefone toca)
Ta
escutando sua boçal? Talvez seja "ele"...Aii não vou atender logo de
prima neh? Deixa tocar mais um pouco...
Alo?
Não...Não...ok nada!
Drooogggggaaaa......Era engano!
Não
Acredito!!!!
Boçal eu neh? E agora...Vai chorar? Kkkkkk
Não
vou não...Sabe o que vou fazer? Me arrumar...Ficar bonita...Cheirosa gostosa!
Colocar
minha melhor lingerie...Aquela vermelha...Pra combinar com meu apetite
sexual...Banho de sais...Creme no corpo...Maquiagem...Ai você volta a conversar
comigo tá? ME ESQUECE!!!!
Nossa...Quanto trabalho...E tudo isso pra ficar
ai...Jogada no sofá...heim covarde!
Ou vai se esconder no mundo virtual...Lá na net?
Isso
mesmo!!! Grande idéia...Até que você não é tão inimiga assim...É. Vou lá bater
um papo com meus amigos...Porque eles são mais interessantes que você e me
tratam bem melhor tá?
Vai...Vai lá...Ou vão zoar um bocado da tiazona...Porque
ate pra tiazinha já passou seu tempo neh (e o dela também... rs)...Ou quem sabe
escutar mais lamúrias ainda... Grande programa amiga!
Lá
pelo menos eu escuto musica...Bato papo com gente diferente interessante...Ouço
piadas, fofoca, espio os outros na CAM... Eu tenho amigo lá, sabia?
Sim...Eu sei! Mas tem também as invasões...Aqueles
babacas que entram pra zoar e te estressam... Depois, você vive tanto nesse
mundo virtual, que acaba nem tendo tempo de curtir o real...E é por isso que ta
aqui sozinha hoje...Feito boba...
Ah...Você
ta certa...Então vou pegar algo pra comer...Bem leve...Abrir uma garrafa de
vinho e ficar escutando musica...Quem sabe eu esqueça esse dia!
(ligando o radio pra ouvir musica... toca malandragem..
Abrindo o vinho).
Quem
sabe ainda sou uma garotinha...Esperando o ônibus da escola...SOZINHA...
Ah ah ah
ah.....ta vendo? Até
quando era garotinha estava sozinha...Se liga mulher...
Ta
bom...Eu desisto de escutar a musica...Mas com uma condição...Vamos conversar
na boa?
(desligando o som).
Mas você é fraquinha heim? Esqueceu ate de que quem manda
nos pensamentos é você?
Você gosta de se judiar...De parecer mártir!
(tomando vinho)
Prestenção!...Se olha no espelho...Você é
bonita...Charmosa...Inteligente! Devia agradecer por ter um corpo e mente em
perfeito funcionamento, sem doenças...Você é privilegiada mulher! Neste Pais de
pobres e analfabetos, você tem nível superior...
AH...Me
deixa! Eu já to meio bêbada...Não da mais pra pensar!
Ta vendo? Já está ai se depreciando!!! Olhe ao seu
redor...Você tem tudo o que quer!...Quantas pessoas neste pais têm a internet à
disposição? As roupas que você tem? O luxo de almoçar e jantar fora?
E
que adianta tudo isso se eu estou sozinha aqui?
Por opção sua! Quantos homens você já dispensou? E aquele
cara que você vive dando um chega pra lá nele?
Ah
é diferente...Ele é muito melado...Vive se declarando...Dizendo que me precisa!
Então...Não é isso que ta faltando exatamente hoje pra
você? Viu...Você é que não se da a chance de ser feliz!
Ah...Chega...Eu
bebi demais...Quero dormir...Só dormir!!!!!
Ta vendo? Já vai você se entregar!!!!! Não vai crescer
não?
Mas......mas......
Sem esse mas... Isso é fuga mulher! Enfrente a vida...
Você
está certa.... Preciso mesmo viver... Encarar a vida...
Vou
me aprontar...Ficar bem bonita...
Colocar
o meu melhor...Em sentimento e energia!
VIDA....PREPARE-SE!!!!
AQUI VOU EU!!!!!!!!!
COM AMOR E COM PULGAS
Teatro Infantil
Por: Alex Nascimento
Personagens:
Preto
(cachorro)
Chico
(gato)
Suzy
(gato)
Rambo
(cão de guarda)
Cenário
único: O Beco: um muro ao fundo e uma lata de lixo.
CENA
UM:
Ação: Preto entra por um lado do muro, Chico sai de dentro
da lata de lixo, os dois preparam-se para atacar ao se encontrarem
cumprimentam-se e ficam brincando.
PRETO:
Chicão, meu brother! Que bom teencontrar!
CHICO:
Preto seu cachorro! O que você anda aprontando que sumiu do beco?
PRETO:
Ah! Tava por ai ...
CHICO:
Ih cara! Você perdeu, ontem rolou o maior peixe assado no restaurante do seu
Manoel, o velho descuidou e eu peguei um peixe inteiro. Trouxe pra cá e te
procurei, mas você andava sumido... se você quiser , eu guardei um pedaço...(
tira uma espinha da lata de lixo)
PRETO:
Argh! Seu gatuno! Eu não tô afim...
CHICO:
Ô Preto, você tá muito esquisito! Diz aí, o que tá havendo? Andou uivando pra
lua? Já sei, tá apaixonado! É a Pupy? Einh? Seu malandro!
PRETO:
Não é isso...(disfarçando)
CHICO:
Qualé? Vai querer enganar o super Chico? Eu sei que você tem coração mole...e
esse sorisso bobo?
Esse
olhar de peixe morto? Isso é mal de amor!
PRETO:
É, mais ou menos...
CHICO:
Mais ou menos o quê? Fala logo! É a linguiçinha da outra rua?
PRETO:
Não,é...a Suzy.
CHICO:
Suzy? Quem é Suzy?
PRETO:
É a garota mais linda do mundo! Tem uma voz suave, caminha macio... quando ela
passa eu me derreto todo. Suas patinhas cinzas, seu pelo fofinho, seu
miado...eu adoro tudo nela!
CHICO:
(assustado) Peraí, peraí, peraí! Deixa eu juntar as peças...patinha cinza, pêlo
macio, Suzy, miado... Você tá maluco?
PRETO:
É, acho que sim.
CHICO:
Essa Suzy não é aquela gatinha que se mudou para a casa amarela?
PRETO:
Ela mesmo.
CHICO:
Ih! Você andou tomando água da privada de novo? Meu São Bernardo, agora o bicho
vai pegar! Você esqueceu que você é um cachorro e ela é uma gata?! Assim, ó:
cachorro, au, au! Dá a patinha, corre, faz xixi no poste e ela é uma gata,
Gata! Leitinho, dengo, preguiça, percebeu que é diferente?
PRETO:
Eu sei disso, mas não se escolhe quem se ama, além do mais o meu coração pula
no peito quando ela passa.
CHICO:
Pula no peito? Você lá é canguru? Ô meu irmãozinho, esquece essa garota, vai!
Vamos dar umas voltas, pela noite,
arrumar uma confusão! Já sei, vamos cantar pra lua? Lembra como a nossa dupla
fazia sucesso? Esquece essa gata amigão!
PRETO:
Não dá Chico. Qual é o problema em ela ser uma gata e eu um cachorro? Você
também é um gato e é o meu melhor amigo.
CHICO:
Tá, mas veja bem a cãonfuzão que você está fazendo, mesmo que você fosse um
gato você é vira-latas, um vagabundo, ela é uma gatinha rica de madame, aquela
frescura toda, almofada de cetim, laço no pescoço, talco... argh! Você não meu
velho, até pulgas você tem!
PRETO:
Eu não tenho pulgas.
CHICO:
Ora não tem...
PRETO:
Não tenho!
CHICO:
Tem sim!
PRETO:
Não tenho!
CHICO:
Ah é!(se esfrega no outro) agora tem!
PRETO:
Ô Chico, não é brincadeira! Eu tô no mato sem cachorro!
CHICO:
Sem cachorro não, você tá é sem gata e o pior, com pulgas!
PRETO:
Pôxa cara! Pensei que você ia me ajudar!
CHICO:
Sei lá, amigo. Eu queria te dar uma força, mas eu não sei o que fazer.
PRETO:
E se você falasse com ela?
CHICO:
Tá! Mas eu vou falar o quê?
PRETO:
Ah! Que eu sou um cara legal, companheiro, fiel e estou apaixonado por ela.
CHICO:
Mas é um cachorro!
PRETO:
Não força!
CHICO:
Mas é verdade, uma gata nunca vai se interessar por um cachorro.
PRETO:
É meu amigo, meu problema é difícil!
CHICO:
Bota difícil nisso.
PRETO:
Sem solução.
CHICO:
Bota sem solução nisso!
PRETO:
É...
CHICO:
Bota é nisso!
PRETO:
Já sei!
CHICO:
Não me assusta loco!
PRETO:
Ela não vai se aproximar de um cachorro, mas de um gato sim.
CHICO:
Einh?
PRETO:
Mas não pode ser qualquer gato, tem que ser um gatão, que ela se apaixone.
CHICO:
Obrigado! (...) Ei? Eu não vou fazer ela se apaixonar por mim, quem quer ela é
você, eu não quero nada sério, meu negócio é só ficar.
PRETO:
Quem disse que eu estou falando de você? Eu é que vou me transformar num gato.
CHICO:
Agora enlouqueceu de vez!
PRETO:
Isso mesmo, eu vou ser um gato e você vai me ajudar.
CHICO:
Ah! Não vou mesmo!
PRETO:
Vai sim, vem comigo!
(saem
os dois)
CENA
DOIS:
Chico
e Preto
CHICO:
Pronto, tá tudo aqui, primeiro vamos arrumar essas orelhas. (prende as orelhas
com um prendedor de roupa)
PRETO:
Ai!
CHICO:
Agora o rabo.
PRETO:
O quê tem o rabo?
CHICO:
Você tem que entender que o rabo não foi feito pra você correr atrás.
PRETO:
Mas é divertido.
CHICO:
O rabo tem que ser usado com charme...
PRETO:
Assim?
CHICO:
Mais ou menos, agora o caminhar.
PRETO:
Mas eu já sei caminhar.
CHICO:
Você quer aprender ou não?
PRETO:
O que a gente não faz por amor.
CHICO:
Tem que ter gingado, swing...
PRETO:
Mas isso é ridículo! Eu não vou conseguir.
CHICO: Vai sim rapaz, presta atenção os braços pra
trás, agora vai, no charme.
(música,
pode ser “Morto muito louco”)
PRETO:
E ai?
CHICO:
Beleza! Agora o olhar de gato.
PRETO:
Como é?
CHICO:
Assim: um olhar fatal.(vesgo)
PRETO:
Assim?
CHICO:
Isso, e o toque final. ( coloca um óculos em Preto)
PRETO:
Legal!
CHICO:
Vamos nessa!
(música,
pode ser “I fell good”)
CHICO:
Para ai! Vamos nada! Você esqueceu que naquela casa tem um pit-cão policial? O
Rambo?
PRETO:
Tá, e aí?
CHICO:
E aí? Ela não vai deixar você chegar perto dela, não sem pelo menos arrancar a
tua cabeça, ou a minha, o que é bem pior.
PRETO:
Eu achei que você tinha pensado nisso.
CHICO:
Eu não, você tá louco?
PRETO:
E se você distraísse ele?
CHICO:
Eu? De quê jeito? Ah! Não. Nem pensar, eu não vou arriscar meu lindo courinho.
Não!
PRETO:
Pensei que podia contar contigo.
CHICO:
Mas você pode, quer ver? 1, 2 3,4...
PRETO:
Ah, o quê custa me ajudar?
CHICO:
Custa o meu pescoço, e ruim einh?
PRETO:
Tudo bem, eu vou Ter que arrumar outro amigo que faça isso por mim.
CHICO:
Outro amigo? Como outro amigo?
PRETO:
Sei lá, alguém que seja esperto e corajoso para me ajudar.
CHICO:
Não existe ninguém mais esperto e corajoso do que eu. Além disso sou seu melhor
amigo, eu vou dar um jeito nisso.
PRETO:
Ótimo, então vamos nessa!
CHICO:
Você fica aqui, eu falo pra ela vir te encontarar e distraio aquele
brutamontes.
PRETO:
E se ele te pegar?
CHICO:
Aí eu viro chiclete de cachorro.
PRETO:
Tem certeza que você consegue?
CHICO:
Sinceramente?
PRETO:
Ah-hã!
CHICO:
Não.
PRETO:
Boa sorte amigão.
CENA
TRÊS
Preto
sentado, só aparecem a cabeça de Chico e Rambo, durante a perseguição por trás
do muro. Vozes de Rambo e Chico durante a perseguição. Entra Suzy.
SUZY:
Oi você conhece aquele gato maluco? Ele disse que alguém queria falar comigo
aqui.
PRETO:
Ah o Chico? Ele é meu amig...(fica parado bobo)
SUZY:
Alô-ô! Meu nome é Suzy, e você quem é?
PRETO:
Eu? Um gato, quer dizer...meu nome é gato eu sou um Preto...não é nada disso,
meu nome é Preto, eu sou um gato, é.
SUZY:
Um gato é? Hum(desconfiada), vi sim, você quer falar comigo?
PRETO:
Quero sim, ah! Só um pouquinho(caminha todo desengonçado em direção a Suzy)
SUZY:
O que é isso?
PRETO:
Meu andar de gato, cheio de swing, gostou?
SUZY:
(rindo) É realmente impressionante! Mas o quê você queria falar comigo mesmo?
PRETO:
É...na...sei lá, te convidar para cavar uns buracos, uivar pra lua, o quê você
quiser.
SUZY:
Eu não costumo uivar pra lua, muito menos cavar buracos, porque você não tira
os óculos um pouco.
PRETO:
Claro (faz o olhar de gato)
SUZY:
Tem certeza que você está passando bem?
PRETO:
Tenho, quer dizer, acho que sim.
SUZY:
Sabe do que eu gosto mesmo? De brincar.
PRETO:
É mesmo? Do quê?
SUZY:
De pegar, de novelos de lã, de amarelinha, bolinhas de papel...o cachorro que
mora lá em casa, o Rambo nunca quer brincar e os gatos só querem farra.
PRETO:
Eu gosto de brincar.
SUZY:
Mesmo? Brinca comigo?
PRETO:
Claro, você começa.
(música
enquanto os dois brincam)
PRETO:
Suzy, você tem namorado?
SUZY:
Não, todos os gatos que eu conheço são metidos a malandro e estão sempre
querendo me enganar.
PRETO:
( A Parte) Pôxa, ela é tão legal, eu não posso continuar mentindo pra
ela...isso! Eu vou contar a verdade seja como for.
SUZY:
O quê você disse?
PRETO:
Sabe o que é...eu tenho que te contar...é que... eu...eu gosto de você, pronto
falei. Mas eu não sou o que pensa...
(Rambo
chega interrompendo)
RAMBO:
Suzy! Esse cara tá te incomodando? Sai pra lá rapaz!
SUZY:
Nada disso Rambo, esse é o meu amigo Preto.
PRETO:
Prazer, sr Rambo eu sou um gato amigo dela.
RAMBO:
Um gato é? Deixa eu ver...tá certo(tira uma bolinha do bolso e atira) vai rapaz
pega!(Preto busca a bolinha e fica em posição de cão)
RAMBO:
Gato nada, esse é um cachorro muito do safado!
PRETO:
Ai meu São Bernardo, agora eu dancei!
RAMBO:
Eu vou te ensinar a não enganar gatinhas indefesas se vira latas!!(segura-o)
SUZY:
Ele não me enganou nada, eu sabia que ele era um cachorro. Larga ele.
PRETO:
Sabia?
SUZY:
Claro, eu estava achando até engraçado. Eu não sou boba.
PRETO:
Desculpa Suzy.
RAMBO:
Desculpa nada, agora você vai ver.
SUZY:
Pára com isso Rambo, larga o Preto, ele é meu amigo.
RAMBO:
Mas ele te enganou e além disso, vocês não podem ser amigos, você é uma gata de
raça e ele não passa de um cachorro pulguento!
PRETO:
Não ofende que eu não sou pulguento.
RAMBO:
É sim!
PRETO:
Tá bom, se o sr. tá dizendo.
SUZY:
Você também é cachorro e é meu amigo.
RAMBO:
Mas nós temos o mesmo dono.
SUZY:
Não importa se somos diferentes, podemos ser sempre amigos. Você tem que deixar
de ser tão durão Rambo, quem sabe assim as pessoas iriam gostar mais de você.
RAMBO:
Será? Mas quando me olham todos tem medo.
SUZY:
É isso, se você deixar as pessoas te conhecerem
melhor elas vão gostar, no fundo você é bem legal.
RAMBO:
Você acha mesmo?
SUZY:
Tenho certeza, o que importa não é como os ourtos se parecem e sim como são realmente.
PRETO:
Será que dá pra soltar meu pescoço? Tá sufocando.
RAMBO:
Desculpe amigo.
PRETO:
Tudo bem, eu também estava errado.
(entra
chico)
CHICO:
(cantando) Só as gatinhas! Miau!Miau!...E aí Preto? Pegou a gatinha?(vê Rambo e
Preto dando as mãos) Há! Solta meu amigo seu brutamontes.
RAMBO:
Um gato!(posição de ataque)
CHICO:
Seu monstro querendo pegar meu amigo, você vai ver, só por que ele não é de
briga!
RAMBO:
Quer braga é? Eu sou lutador de judô!
CHICO:
Se provalecendo do Preto só por quê ele é fraquinho!
PRETO:
Chico!
CHICO:
Deixa comigo Preto, ele quer brigar contigo só porque você é um molenga.
PRETO:
Ô Chico, menos né?
RAMBO:
Olha que eu sou campeão de Kung-Fú!
CHICO:
Grande coisa, eu também sou campeão!
PRETO:
Campeão?
CHICO:
É, eu sou campeão é de corrida!(corre) sai da frente que tem um gato em perigo!
(perseguição)
SUZY:
Dá pra parar os dois!
CHICO:
Diz isso pras minhas pernas!
RAMBO:
Eu vou fazer tamborim de você!
SUZY:
Chega!(segura o Rambo enquanto Preto segura o Chico)
CHICO:
Me solta que eu vou pegar! Não me segura!
PRETO:
Vai pegar o quê? Ele tá do outro lado.
CHICO:
Vou pegar uma moto e sumir daqui!
SUZY:
Que feio, cachorro mau! Eu não acabei de dizer pra você parar de ficar brigando
com todo mundo.
RAMBO:
Mas foi ele que começou.
SUZY:
Não importa quem começou, você tem que tentar fazer amigos.
RAMBO:
Tudo bem, desculpa amigo.
CHICO:
Amigo eu? É ruim einh?
PRETO:
Deixa de ser bobo Chico, oRambo é um cara legal, só não consegue fazer amigos.
CHICO:
Também com essa cara!
SUZY:
A aparência não importa
(música-
“É tão lindo”- Balão Mágico e Roberto Carlos, preferencialmente cantada pela
SUZY)
CHICO:
Legal....amigos?
RAMBO:
Claro, dá um abraço aqui.
CHICO:
Não força!
PRETO:
(p/ Chico) você pode ensinar o Rambo a dançar.
RAMBO:
Sério? Eu sempre quis dançar, me ensina vai?
CHICO:
Tudo bem, primeiro vou te dar umas dicas sobre charme, vamos começar pelo rabo.
RAMBO:
O quê tem meu rabo?
(saem juntos)
PRETO:
Você está chateada comigo?
SUZY:
Não, mas você não precisava mentir.
PRETO:
Desculpa é que eu pensei que você não ia querer falar com um cachorro.
SUZY:
Se for um cachorro legal como você.
PRETO:
Eu fiz papel de bobo né?
SUZY:
Pra dizer a verdade fez, aquelas suas imitações de gato estavam horríveis.
PRETO:
Foi o Chico que me disse que era assim.
SUZY:
Eu imaginei.
PRETO:
Eu paguei o maior mico.
SUZY:
Quer saber? Eu até gostei de você fazendo tudo auilo só pra me agradar, além do
mais você ia me contar a verdade mesmo.
PRETO:
Quer dizer que você vai aceitar namorar comigo?
SUZY:
Não sei, primeiro nós temos que nos conhecer melhor, e você prometer que não
vai mais mentir.
PRETO:
Prometo.
SUZY:
Na verdade eu sempre quis ter um cachorrinho.
PRETO:
Agora você tem.
SUZY:
Que tal você me ensinar aquele negócio de uivar pra lua?
PRETO:
Ensino sim, você vai gostar, é o maior barato.
(enquanto
conversam eles vão saindo e uma música começa a tocar)
FIM
Teatro:
“As aparências não
enganam;nós nos enganamos com as aparências!”
Cenário:a
escola.
Luíza:Falô
mãe,já é sete horas.
Elisângela:Toma
cuidado filha,e boa sorte na sua escola nova.
Luíza:valeu mãe
fui!
Elisângela:espera
querida,dá-me um beijo.
Luíza:que mico
mãe,ninguém mais dá beijo ne?
Luíza entra na
sala de aula.
Jacky:e ae
aluna nova?
Luíza:é entrei
hoje.
Daline:meu,que
ce ta ouvindo aí?
Luíza:cpm 22
Daline:eles são
o caralho.
Jacky:porra,já
vi que você é das nossas.
Luíza: (olha de
cima em baixo)é pode ser.
Jacky:meu só te
dou um aviso,não se mete com certos tipos que tem aqui.
Daline: (olha
para frente)porra meu,lá vem as galinhas adestradas.
Aline,Gi,Sté
entram na sala.
Gi: (empurrando
Jacky)to sentindo cheiro de esgoto?
Aline: o que
vocês estão fazendo aqui?
Sté:na nossa
parte da sala?
Jacky:qual é a
tua pontinho rosa ambulante?
Aline:ai como
você é sem classe.
Daline:
(empurrando Sté)vê ce sai da frente ae.
Gi:ai miga
desinfeta!
Jacky:ii,qual
é?Acordou e encontrou a chapinha quebrada?
Gi,Aline,Sté fazem pose e olham com cara de nojo.
A professora
entra:bom dia turma!
Aline,Gi,Sté:
(sentam juntas) bom dia professora Maria Regina!
Jacky: (joga
papel na cara da professora)fala ai truta.
Professora:queira
se sentar por favor.
Jacky:pó,pago essa
porra pra isso...
Daline:pó truta
a coroa é nossa chegada.
Toca o sino...
As patis se
aproximan de Luíza.
Gi:você é aluna
nova né?
Luíza:entrei
hoje.
Aline:simpatizamos
com seu tipinho.
Sté:nada que
não possa ser mudado.
Sté,Gi,conversam
com Luíza.
O celular de
Aline toca.
Aline:oi
papi!Jura,que pena,tudo bem,a Gi e a Sté dormem lá emk casa.
Aline: (vira-se
para as outras)meninas,babado!Papito vai viajar,então festinha la em casa hoje.
Gi:surgiu a
opurtunidade que faltava.
Sté:nada como
uma festa para ver se você pode fazer parte do nosso grupo.
Gi:você passa
lê em casa antes,para fazer-mos alguns “ajustes”;aqui está o meu endereço.
Luíza:legal,eu
vou estar lá.
As meninas
saem.
Luíza fala
sozinha:será que eu um dia serei tão popular quanto elas?(sai sorrindo)
Jacky e Daline
chegam e falam com Luíza.
Jacky:diz aí
tem algum agito pra hoje?
Luíza: (sem
olhar) já vou sair com as meninas.
Daline:e meu
toma cuidado.
Luíza:quando eu
for popular vocês nem existirão.
Saem do
primeiro plano.
Á noite:festa!!!!
Os meninos
entram:Aryel,Renan,Rômulo.
Sté e
Aline:cadê as meninas?
Gi e Luíza
entram...
Gi:olha a
trasnformação que eu fiz na Luíza!!!!!!!!!!!
Aline:ficou
linda!!!
Sté:miga você
está um arraso!!!
Gi:cadê os
meninos.
Aline:estão
ali.
Gi:Aryel,esta é
a Luíza...Luíza..Maurício.
(cumprimentam-se)
Aline sai.
Aline volta com
uma bolsa e diz:”atenção eu trouxe a alegria da festa.
Todos curtem.
Luíza:gente
isso é droga...
Sté:que isso
,isso é liberdade.
Aline :se
liberta...
Gi:bebe isso
para se sentir melhor...(com um copo na mão)
Luíza bebe e se
sente alegre..sobem em cima da mesa e começa a dançar...
Gi:Maurício vai
lá e faz sua parte.
No outro
dia....
Gi:migas,estou
cansada...
Sté:nem me
fale,ainda temos q nos arrumar para a escola.
Aline:preciso
faer compras.
Luíza entra..
Luíza:o que
aconteceu?
Gi:vai dizer
que você não lembra?
Sté: de um deus
como o Maurício?
Aline:impossível,você
dormiu com ele...
Luíza:o que?Eu
sou muito virgem!!
Aline:só se for
no seu sonho..
Gi:ta a gente
acredita..
Sté:já está na
hora de ir para a escola ...
As três:bom dia
cinderela,te esperamos na escola.
1 mês depois...
Gi,Sté,Aline
sentadas na sala....
Gi:meninas,tem
festa hoje hein..
Sté:podíamos ir
ao shopping.
Aline:combinado
estou precisando renovar meu guarda roupa.
Luíza entra
desesperada...
Luíza:amigas
vocês viram o Maurício?
Gi:hum,gostou
é?
Sté:quer mais?
Aline:nós damos
um jeito.
Luíza:que mais
o que,eu estou grávida!!!
Gi:grávida?
Sté:barriga?
Aline:estria?
As
três:celulite?
Luíza:é isso
aí,sabem onde ele está?
Gi:ali com os
meninos.
Luíza vai ao
encontro de Maurício
Luíza:preciso
falar com você...
Maurício:anda
logo,estou ocupado...
Luíza:estou
grávida...
Maurício:e eu
com isso?
Luíza:como
assim,o filho é seu...
Maurício;(rindo)meu?!Você
deu pra todo mundo naquela noite,e agora diz que esse filho é meu?
Luíza:eu só
transei com você naquela noite,eu era virgem..
Maurício:
(rindo)por isso,nem chupar direito você sabe..foi com muita sede ao pote
cinderela..
Luíza:e o que
eu faço?
Maurício:te dou
dinheiro para um aborto..é o melhor que posso fazer...
Luíza:isso é
assassinato!!
Maurício:então
se vira vadia,larga do meu pé...
Maurício sai..
Fim do segundo
plano...
Gi:e aí,como
foi?
Luíza:foi
horrível,ele me pediu para fazer um aborto...
Aline:e qual o
problema?
Luíza:gente
isso é assassinato....
Sté:deixa de
caretice,nós já fizemos...
Gi:conheço uma
clínica ótima..
Saem..
Na casa de
Luíza...
Elisângela:meu
Deus,será que eu olho,eu sou mãe,não uma detetive.(pega a bolsa)mas o que é
isso?meu Deus isso é droga!!!
Luíza chega...o
que é isso coroa,ta mexendo nas minhas coisas??
Elisângela:filha,o
que está acontecendo?
Luíza:já que
você é tão,eu vou te contar,estou grávida,uso drogas,e estou super mal na
escola...
Elisângela:como
isso aconteceu?
Luíza:você quer
saber então?Eu abri as pernas e ele foi lá e me comeu..está satisfeita?
Elisângela:você
também se viciou em cocaína?
Luíza:em tudo
mais que você pensar...vou sair de casa fui!!
Elisângela:calma
filha,volta...
Fim do terceiro
plano..
Gi,Aline e Sté
estão retocando a maquiagem...
Luíza:oi
amigas..
Três:oi!!
Luíza:meninas
sai de casa..estou com problema..e não tenho onde ficar...
Gi:que
pena,minha casa está cheia de parentes...
Sté:e a minha
está na reforma...
Aline:meu
namorado vai lá hoje..sem condições..
Luíza sai
chorando...
Jacky a
encontra..
Jacky:e aí
meu?qual é?
Daline:porra tu
ta ruim hein..
Luíza:estou
grávida,saí de casa,estou na pior..
Jacky:eu te
avisei cara sobre “as super amigas”...
Daline:sem
stress vai lá pra casa...
Luíza:não tem
problema...
Daline:di
boa,depois nóis bate um fio pa tua coroa..
Jacky:agora
nóis vai bate um papinho com as galinhas adestradas...
Saem e luíza
fica aos prantos...
Fim do quarto
plano...
Quinto e último
plano..
Gi:parece que a
periferia está chegando...
Aline:deveia
ser proibido esse tipo de gente...
Jacky:chega
aí,suas escravas do secador!!!
Daline:que
vocês fizeram com a luíza?
Sté:nós?nada!!
Jacky:olha a
situação dela...
Daline:porra,larga
de ser falsa.Iludiram a cabeça da guria,e agora deixaram a mina assim.
Jacky:é
meu,cadê as super amigas?
Gi:mas nunca
dissemos que ela era nossa amiga..
Aline:fizemos
um teste no qual ela não passou..
Daline:meu que
merda é essa?agora nós vamos ajuda-la...
Sté:com
licença,este papo cansa.
Gi:meninas
vamos retocar a maquiagem!!
As três saem..
Jacky:liga aí
pa tua coroa..
Daline:fala com
ela meu!!
Luíza (ao
celular)mãe,vamos conversar,você me perdoa?tudo bem eu te espero aqui Todas saem...
Todos entram e
agradecem....
Charlise
de Orleans
O ENSAIO
AUTOR: M.
A. Q. CAVALCANTE
Personagens:
Teca
Sapeca
Leleco
Maneco
A
história:
CENA DE
ABERTURA
(Música
de abertura de suspense)
(Luzes
fracas. Teca, Sapeca e Leleco entram pelo lado esquerdo, com medo de escuro,
chegam no teatro).
Sapeca: Será que é aqui, Teca?
Teca: Não sei, Sapeca.
Leleco: Também, que lugar o Maneco escolheu
pra brincar hein?
Sapeca: Mas onde é que está o Maneco? Ele não
disse que iria esperar aqui?
Leleco: (grita) Maneco, onde está você seu imbecileco?
Teca: Silêncio! Você nunca ouviu histórias
desse teatro mal assombrado?
Sapeca: (grita) O que? Mal assombrado? Ninguém me
contou nada! Onde fica a saída? Cadê?
Leleco: Não fuja não! Temos que achar o
Maneco!
Sapeca: O Maneco que se vire, eu vou salvar a
minha vida!
Teca: Ai, por que eu fui abrir essa minha
boca?
(Começam
a brigar. Um fantasma começa a entrar pelo lado esquerdo e vê os três e tenta
compreender o que está se passando ali. Aproxima-se e tenta entender a briga.
Até um momento em que o fantasma toca no ombro de um deles e não dá bola. Faz o
mesmo com os outros dois e ninguém dá bola. O fantasma então resolver se meter
no meio e imediatamente param de brigar. Começam a ficar com medo, tremer).
Leleco: Ai minha Nossa Senhora.
Teca: Ai minha Nossa Senhora das Pernas
Bambas.
Sapeca: O que é isso?
Fantasma:
Buh?
(Os três
gritam e fogem para qualquer lado. O fantasma começa a dar risadas e começa a
rolar no chão. Tira o lençol e é o Maneco).
Maneco: (gargalhadas) Sou eu, pessoal. Voltem aqui seus
covardes!
Teca,
Sapeca e Leleco: (juntos)
Maneco?
Maneco: Eu mesmo, amigos!
Leleco: (brabo) Ah foi bom você chegar agora, Maneco,
porque eu vou te dar um peteleco!
Maneco: Calma Leleco. Foi só uma
brincadeirinha.
Leleco: Brincadeira de mau gosto.
Teca: Então, Maneco? Você pode nos explicar
o que nós viemos fazer aqui?
Maneco: Ora! Brincar!
Sapeca: Brincar? Com tanto campinho e
parquinho lá fora, ideal para brincar, você quer brincar aqui?
Maneco: Ah pessoal! Brincar de teatrinho é
super divertido! Ah esperem aí! (sai pelo lado direito e acendem as luzes do
palco) Prontinho. Viu só que teatro legal?
Leleco: Legal? Pelo visto, você não conhece a
fama desse teatro mal assombrado!
Maneco: Que mal assombrado o que? Estou aqui
há horas e não vi nenhum fantasma!
Leleco: Claro que não! Os fantasmas só
aparecem quando tem crianças levadas da breca azucrinando no palco. E sabe o
que eles fazem? Eles devoram as criancinhas. (gargalhadas).
Maneco: Bobagem! Fantasmas não existem! E eles
nem poderiam devorar as criancinhas!
Leleco: E como você tem certeza?
Maneco: Ora, como que os fantasmas comem
crianças se elas passam direto do ectoplasma?
(Leleco
abre a boca pra falar, mas fica quieto dando vitória para o Maneco).
Teca: Tá legal! Então vamos brincar logo!
Sapeca: É! E quanto antes sairmos, melhor!
Maneco: Tá legal. Então vamos ver o que cada
um vai fazer então!
Leleco: Eu vou ser o Ator!
Teca: Eu vou ser a iluminadora!
Sapeca: E eu vou ser a ditadora!
Maneco: Não é ditadora. É diretora!
Sapeca: Ditadora, diretora é tudo igual.
Qualquer cargo serve pra mandar mesmo.
Maneco: O pior é que faz sentido. Mas eu é que
vou ser diretor!
Sapeca: Não vai não! Eu é que vou ser
diretora!
Maneco: A idéia foi minha, portanto eu sou
diretor!
Sapeca: Mas fui eu quem convenceu eles a virem
aqui, então eu vou ser diretora!
Maneco: Diretor!
Sapeca: Diretora!
Maneco: Diretor!
Sapeca: Diretora!
Leleco: Chega! Tive uma idéia melhor!
Maneco e
Sapeca: (brabos,
gritam) Qual?
Leleco: Vamos todos ser atores!
Sapeca: Ah, então eu vou ser atora!
Teca: É atriz!
Sapeca: Minha mãe me disse que eu vou ser
atriz! Meu sonho é ser atriz! Vou ser uma famosa atriz!
Leleco: Chega!
Maneco: Muito bem! Então vamos todos ser
atores e atrizes.
Teca: E o que nós faremos primeiro?
Maneco: Tive uma idéia! Vamos nos juntar aqui!
(Fazem
uma roda e começam a cochichar. Um deles levanta a cabeça e dá risadas e outro
faz abaixar a cabeça dele. Alguns mexem o traseiro até que se separam).
Maneco: Então?
Leleco,
Teca e Sapeca: Genial!
Maneco: Então, vamos botar pra quebrar!
(Todos
saem de cena)
1ª CENA:
A REVISTA
Uma
cadeira é colocada no centro do palco. Teca entra com uma revista enorme e
começa a ler de cabeça pra baixo. Maneco entra e começa a se interessar pela
revista e tenta ler de qualquer jeito. Teca percebe a presença e faz de tudo
pra o Maneco não ler. Após o Maneco desistir, pensando ali ao lado, entra
Leleco que tenta da mesma forma que o Maneco e nada de conseguir ler. Por fim,
entra a Sapeca que também faz a mesma coisa e percebe que alguma coisa está
errada. Ela então pede licença para a Teca e vira a revista do jeito certo e
todos começam a acompanhar a leitura, saindo de cena.
2ª CENA:
O CHICLETE
Maneco
entra mascando um chiclete e senta em uma cadeira, todo entediado até que
resolve parar de mascar o chiclete e como não vê nenhuma lixeira, ele tenta
jogar o chiclete que fica grudando na sua mão até que consegue jogar o chiclete
no chão e vai embora.
Sapeca
entra e passa em cima do chiclete grudando a sola do tênis e tenta de tudo para
desgrudar o chiclete trabalhando com o corpo até grudar ela na cadeira e sai
Depois
entra o Leleco que resolve sentar na cadeira, descansa e resolve se levantar,
mas está grudado. Tenta de tudo pra desgrudar o chiclete trabalhando com a
cadeira e sai.
Por fim,
entra a Teca que vê o chiclete e olha ao redor se não tem ninguém vendo alguém
e pega o chiclete, observando ele atentamente e então coloca na boca,
mastigando e saindo de cena.
3ª CENA:
O DENTISTA
A
cadeira ainda em cena, Leleco faz o papel de um odontológico acena para o
próximo paciente entra em cena. Entra Teca como uma criança com dor de dente.
Ela senta na cadeira para começar a operação, mas ela recusa a abrir a boca.
Leleco tenta de todo os modos fazer com que a criança abra a boca até conseguir
extrair o dente de leite.
Depois
entra Maneco com dor de dente também e senta na cadeira do doutor. Maneco
aponta o dor de dente e começa a tentar arrancar o dente dele e não consegue. Leleco
então chama a Sapeca, uma outra doutora e juntos tenta extrair o dente de todas
as formas que imaginar. Até o momento que chega a conseguir extrair o dente
fazendo o Maneco gritar de dor. Os doutores ficam satisfeitos com o dente
arrancado e Maneco fica furioso e demonstra que arrancaram o dente no lado
errado. Os doutores então convidam a sentar novamente na cadeira, mas Maneco se
recusa e vai embora com os dois doutores atrás dele.
4ª CENA:
DISPUTA PELA CADEIRA
Ainda
com a mesma cadeira no mesmo lugar, os quatro personagens entram e vê uma
cadeira vazia e todos correm para ocupar o lugar. E percebem que todos querem o
mesmo lugar. Resolvem desistir, cada um voltando ao lugar que estava antes. Até
que Sapeca consegue sentar.
Os três
então começam a pensar em uma idéia. Teca tem uma idéia e resolvem atiçar a
curiosidade com uma revista de piadas. Maneco e Leleco estão com a revista
lendo e dando gargalhadas. Teca está ali perto esperando. Até que Sapeca com
grande curiosidade resolve sair do lugar, deixando livre para a Teca.
Brigam
de novo e começa a bolar idéia. Leleco teve a idéia agora e os dois Sapeca e
Maneco trazem um sanduíche enorme e começa a dividir com os outros, provocando
a gulodice da Teca. Dessa vez, é o Leleco quem senta na cadeira já que Sapeca e
Maneco estão ocupados com o sanduíche oferecendo um pedaço para a Teca.
Percebem
que a cadeira está ocupada novamente. Os três matutam e Maneco agora tem idéia.
Cochicham entre eles e as duas, Sapeca e Teca vão buscar lá dentro e mostram um
vidro de pó de mico e elas jogam para cima do Leleco que começa a coçar,
enquanto que o Maneco está ali perto pra roubar a cadeira e levar longe deles.
Leleco se levanta e Maneco rouba a cadeira, conseguindo sentar. Os outros ficam
furiosos.
Os três
sem lugares, ficam olhando com raiva para o Maneco até que Sapeca repara em uma
coisa embaixo da cadeira. Cochicham e ficam esperando até que Maneco começa a
sentir picadas. Sapeca vai até ele e cochicha no ouvido dele e Maneco grita:
FORMIGAS? Começa a levantar da cadeira se afastando da cadeira.
O grupo
observa a cadeira e alguém ameaça sentar de novo na cadeira, mas de repente, a
cadeira se mexe.
Maneco: A... A... Ca... Dei... Ra... Se...
Se... Mexeu!
Todos
fogem de medo por todo os lados.
7ª CENA:
ESTÁTUA
Sapeca
entra correndo, procurando pelos amigos que fugiram de medo por causa da
cadeira que se mexeu. Entra Teça que vê ela correndo pra lá e pra cá.
Teca: Como está fica! Fica quietinha aí que
eu já volto, viu?
Sapeca
fica imóvel, nada dela se mexer, completamente imóvel, olhando para o fundo da
platéia. Teca sai de cena. Então entra em cena o Leleco que vê ela
completamente paralisada e tenta descobrir o que aconteceu. Não entende e
começa a mexer com a Sapeca que não pode se mexer de forma alguma. Faz
brincadeiras com a Sapeca e nada de ela se mexer.
Então,
entra Maneco e faz a mesma coisa que o Leleco. Tenta descobrir e nada da Sapeca
se mexer. Começa a brincar com ela de outras formas e nada de se mexer. Os dois
ficam dando risadas, achando que ela pirou, ou algo assim, quando entra a Teca
que vai até a Sapeca e diz:
Teca: Pode sair, Sapeca. Essa brincadeira de
Estátua é muito legal.
Sapeca: É, mas agora tenho umas contas a
acertar com esses moleques que caçoaram de mim!
Maneco: Hi, hi, hi. Foi mau...
Leleco: É, não sabíamos que era a brincadeira
de Estátua.
E
ameaçando começar a correr, as duas se olham e tem uma idéia e gritam:
Sapeca e
Teca: Como está fica!
Maneco e
Leleco: Não!
As duas
então saem de cena dando risadas, modificam as posses dos dois e deixam-nos em
maus lençóis pra quem quiser ver.
Sapeca: Não podem sair dessa posse, senão
levam castigo hein?
As duas
saem dando risadas, deixando eles pra trás em má situação; apagando as luzes em
seguida.
6ª CENA:
O MOSQUITO
Leleco e
Sapeca entram em cena demonstrando companheiros ou casados e estão juntos. Em
um determinado momento, um mosquito, invisível claro, começa a incomodar a
dupla.
Leleco
começa a tentar matar o mosquito que tá atrapalhando, e em um determinado
momento, o mosquito pousa no rosto da Sapeca dando um tapa sem perceber onde
pousou. E por aí vai, até que um deles chama um dedetizador de mosquitos,
entrando outros dois personagens, Maneco e Teca.
Os dois
atrapalhados tentam a todo custo aniquilar o mosquito inconveniente. Diversas
situações acontecerão, tais como:
O
mosquito fica no meio de um deles, quase encostando um no outro e dá uma picada
nos dois. Um pega uma cadeira pra tentar alcançar o mosquito que está lá em
cima e até ele chegar o mosquito já voou para baixo, pousando no traseiro e
dando uma chinelada. Outro é utilizar o balde pra tentar prender o mosquito que
pousou na cabeça do personagem e acaba entalado, ele tenta comunicar com o
amigo e acaba tirando o balde e fala: É
para você ajudar a tirar o balde da minha cabeça e coloca o balde de volta.
Até que
chega um momento em que os dois, senão os quatro personagens conseguem pegar o mosquito.
O Mosquito brabo por ter sido capturado vai embora e volta com uma multidão,
uma névoa de mosquitos pra cima deles, saindo de cena.
7ª CENA:
CHAPEUZINHO VERMELHO
(Entra
Maneco no lado esquerdo, no canto do palco. Entra Teca de chapeuzinho vermelho
com sua cestinha de doces, cantando lá, lá, lá).
Maneco: Era uma vez, uma menininha chamado Chapeuzinho
Vermelho.
Teca: Hei, peraí. Por que Chapeuzinho
Vermelho?
Maneco: Porque a história original é assim.
Teca: Ah, não! Eu não gosto de vermelho.
Prefiro azul. Azul bebê! É uma cor linda!
Maneco: Onde já se viu um conto de fadas se
chamar Chapeuzinho Azul?
Teca: Se você não mudar, eu não brinco mais!
Maneco: Tá bem, tá bem. Vamos de novo. Era uma
vez, uma menininha chamada Chapeuzinho Azul Bebê. Ela estava indo para a casa
da sua vovó que estava doente. Chapeuzinho Azul Bebê levava uma cestinha de
doces para a sua vó e...
Teca: Espera aí! Doces? (faz uma careta
de nojo) Prefiro salgados! Coxinha, quibe, pastel...
Maneco: Mas, Teca! A história original conta
que ela levava doces!
Teca: Pode mudar! Senão, já sabe!
Maneco: Tá bom! Chapeuzinho Azul Bebê levava
uma cestinha de salgados! Melhorou?
Teca: Agora sim!
Maneco: Para poder chegar na casa de sua vovó,
ela resolveu pegar um atalho para dentro de uma floresta e...
Teca: Cidade!
Maneco: O que?
Teca: O atalho leva para dentro de uma
grande cidade, uma metrópole!
Maneco: E o que você tem contra a Floresta,
pode saber?
Teca: Nada. Mas tem muitos perigos lá né?
Cobras, onças e plantas venenosas. Além do mais, dessa maneira, podemos
preservar a Natureza sem passar por lá dentro.
Maneco: (suspira) Um atalho para dentro de uma cidade.
Então, encontra um Lobo Mau!
(Entra
Leleco com um pulo de surpresa)
Teca: Lobo bonzinho!
Maneco: Chega! Não existe essa de Lobo Bom!
Teca: Como não. Existe um lobo bonzinho sim!
Maneco: Ah é? E quem é?
Teca: O Lobinho, filho do Lobo Mau, da
Disney!
Maneco: (quebra a cara) Volta para o seu lugar, Leleco. (Leleco
volta para seu lugar) Então, encontra com o Lobinho Bonzinho...
(Leleco
entra todo feliz, como um filhotinho e brinca com a Teca).
Teca: Ai, que guti, guti! Que lobinho
bonitinho. Fofinho. Tão pequenininho! Lindinho!
Leleco: Chega de inhos pra lá, inhos pra cá!
Teca: Ui, você fala?
Leleco: Falo e falo muito bem a sua língua
humana.
Teca: Ah, que ótimo! Então você pode me
acompanhar e me mostrar como faço pra chegar na casa da minha vovó.
Leleco: Não! Não vou fazer isso! Eu me recuso!
Estou fazendo papel de mico!
Teca: Nem por um desses salgadinhos?
(Leleco
começa a cheirar os salgadinhos e então topa ajudar)
Maneco: Hei? Vai subornar agora o Lobinho
Bonzinho? Assim, ele deixa de ser Lobo Bom pra virar o Lobo Corrupto, igual aos
políticos da cidade que você está atravessando.
Teca: Boa idéia! Gostei! Continua com a
história!
Maneco: Ai! Eu e minha grande boca! Então, o
Lobo Corrupto aceitou a propina e foi subornado. Até que chegaram na casa da
vovó doente!
(Entra a
Sapeca como vovó doente)
Teca: Doente não, credo! Vai ser vovó
roqueira!
Sapeca: Ah, eu adoro rock. Espera aí então! (sai,
espera alguns instantes até que ouve a voz dela, fora de cena) Som na
caixa! (começa a tocar rock pauleira e a Vovó Roqueira entra fingindo tocar
uma guitarra e todos começam a dançar)
Maneco: (brabo) Posso continuar com a história?
(Pára a
música e olham para o Maneco. Ele fica sem graça e esboça um sorriso amarelo e
fica amável).
Maneco: Posso continuar com a história, por
favor?
Sapeca,
Teca e Leleco: Pode!
Maneco: Obrigado! E então...
Teca: E aí? O que acontece?
Maneco: Não sei!
Sapeca: O que? Como você não sabe?
Maneco: A culpa não é minha!
Leleco: E por que não seria sua culpa?
Maneco: Porque na história original, o Lobo
Mau come a Vovó doente e o Chapeuzinho Vermelho. Aí depois o Caçador que seria
eu entra pra salvar as duas, abrindo a barriga do Lobo Mau colocando pedras no
lugar. E por culpa da Teca, ela mudou toda a história! Chapeuzinho Azul Bebê,
cesta de salgados, atalho na cidade, Lobinho Bonzinho que virou Lobo Corrupto e
Vovó Roqueira!
Teca: Então, eu conto pra você como vai ser
a final! (cochicha no ouvido do Maneco) E então?
Maneco: Tá bom! Eu falo!
(Os três
então começam a simular um piquenique)
Maneco: Então, Chapeuzinho Azul Bebê, Lobo
Corrupto e Vovó Roqueira resolvem fazer um belo de um piquenique ali mesmo. (Faz
uma careta e olham para os personagens. E tem uma idéia de diabo) Teca?
Posso acrescentar um toque final nessa história sem pé nem cabeça?
Teca: Pode. Qual seria esse toque final?
Sapeca: Mas não vale inventar uma chuva para estragar
o piquenique!
Leleco: É! Esse final tá muito batido demais!
Maneco: (um sorriso de orelha a orelha) Então, enquanto eles estavam fazendo
um piquenique, uma legião de formigas começa a atacar, picando eles e
espantando os personagens. E as formigas então começam a comer todo o
piquenique, sozinhos.
(Todos
saem de cena menos o Maneco)
Maneco: Moral da história: Não se meta com o
Narrador da história.
(Maneco
começa a sentir picadas e vê o chão. Sai de cena sendo atacado pelas formigas).
8ª CENA:
FINAL DA BRINCADEIRA
(Todos
entram gargalhando, cansados).
Maneco: Adorei brincar de teatrinho!
Teca: É devo admitir que foi muito
divertido!
Sapeca: Foi genial! Você teve uma boa idéia,
Maneco!
Maneco: Obrigado!
Leleco: É, mas agora temos que sair daqui,
pois daqui a pouco vai anoitecer. E não quero estar aqui quando os fantasmas
aparecerem!
Teca: Ah não! Você ainda está com isso na
cabeça?
Sapeca: Nós ficamos o todo esse tempo aqui e
nenhum fantasma apareceu!
Maneco: Você está com medo! Você está com
medo!
Leleco: Eu não tenho medo de nada!
Maneco: Então, fica quieto aí!
(Leleco
fica quieto em um canto, chateado e brabo, olha para a platéia. Tenta enxergar
e vê algo ali, enquanto os amigos conversam).
Teca: Podemos continuar a brinca de
teatrinho depois do almoço amanhã.
Sapeca: Sim, e até a gente se reunir, podemos
pensar no que apresentaremos.
Teca: Eu tenho um monte de idéias para
amanhã.
Leleco: (medroso) Ai, mamãe! Quero minha mãe!
Maneco: Leleco! Quer ficar quieto que estamos
em uma discussão importante aqui!
Teca: Pára de tremer, Leleco!
(Teca e
Maneco voltam a conversar)
Sapeca: (vai até o Leleco) O que você tem, Leleco? Você está bem?
Leleco: Ai! Sapeca! Você está vendo o que eu
estou vendo ali na platéia?
(Sapeca
vê onde ele aponta e começa a tremer de medo, chorando).
Teca: E então? Que você achou, Maneco?
Maneco: Eu acho uma boa idéia, Teca. Conta
para a Sapeca e o Leleco. Eles vão gostar da idéia também!
Teca: Sapeca? Você também está tremendo que
nem uma gelatina. O que tá acontecendo com vocês?
(Sapeca
aponta para a platéia. Teca olha e fica espantada, começando a tremer também).
Maneco: Hei? Que está havendo aqui? Epidemia
de tremeliques?
(Sapeca
pega a cabeça do Maneco e vira para a platéia)
Maneco: Hei! Tem alguma coisa ali na platéia.
Vários vultos nos escuro. Peraí... (se aproxima mais na frente do palco) São...
(um passo pra trás) São... (um passo pra trás) São...
Todos: Fantasmas!
(Todos
começam a correr em vários sentidos, espalhando pelo palco e saem de cena).
FIM.
O prisioneiro de Zeda
Personagens:
# Zeda,
a bruxa – chefe;
# Zezinho, o prisioneiro
(criança);
# Micuinha, bruxa
experiente (ajudante de Zeda)
# Zigora, bruxa
inexperiente (ajudante de Zeda);
# Cecília, irmã de
Zezinho;
# Zeca e Talita (amigos
de Zezinho e Cecília).
Narrador: Zezinho e seus amigos foram dar uma
volta na floresta sombria, pois este passeio foi combinado há muitos dias. Mas
só vieram cumprir hoje. Veja só o que aconteceu com eles nesse dia.
(Entra
Zeca, Zezinho, Cecília e Talita no cenário de uma floresta) (cenário único)
Zeca: Ó
meu Deus! O quanto esperei por este passeio, aqui nessa floresta!
Cecília: Eu
ajudei organizar este passeio e agora estou amargamente arrependida.
Talita: Aaaah!
O que isso Cecília! Pois eu adorei!
Cecília: Você
adorou Talita, porque não é você que vai ficar olhando essa coisa o tempo todo.
(aponta para o personagem Zezinho, a criança da peça)
Talita: Acho que Zezinho é um irmão tão bom
pra você, Cecília. Pode ver que ele nunca ti deu trabalho, não é mesmo,
Zezinho?!
Zezinho: É... É... Sim... Sim!!! (passa a
mão na barriga).
Cecília: Aaaah, ta bom! Quem bem sabe se ele
vai dar trabalho ou não, sou eu que sou irmã dele.
Zeca: Pára gente com essa discussão! Vocês
nunca brigam e vão discutir logo agora nesse maravilhoso passeio!? Vai acabar
estragando-o!
Talita: Vamos, Cecília! Se seu irmão te der
algum trabalho, eu te ajudo, boba... pois nós duas não somos amigas!?
Cecília: Somos sim!
Talita: Então?!
Zeca: É galera, vamos acampar aqui! (no
meio do cenário, próximos de algumas árvores).
Cecília: É um bom lugar!
Zezinho: Também acho.
Talita: Não há outro lugar melhor. Já vou me
sentando. (Talita senta primeiro e logo depois seus amigos a acompanha.
Assim, eles abrem as cestas de comida e começam a merendar).
Zezinho: Que sanduíche maravilhoso! Uhm! Uhm!
Talita: Deve estar igual o meu, Zezinho! Que
delícia!
(Alguns minutos depois da merenda, eles descansam
contando histórias de terror uns pra os outros e ao mesmo tempo sorrindo. Só
que Zezinho sente-se mau e fala com sua irmã).
Zezinho: Ceci!
Ceci!
Cecília: O que é,
Zezinho?
Zezinho: Estou com
aquele probleminha, na barriga. (passando a mão na barriga)
Talita: Cecilia,
acho que teu irmão está querendo fazer as necessidades.
Zeca: Também acho!
Cecília: É isso
mesmo, Zezinho?! Fala que não! Por favor!
Zezinho: O pior que
é, Ceci!
Cecília: Não
acredito!
Zeca: Vai, Zezinho
atrás daquele mato ali. (aponta pra o lado esquerdo do palco)
Cecília: Tome isto.
Não demore, rapazinho, por favor. (Zezinho pega o papel higiênico da mão
de Cecília, tomando direção para o lado esquerdo do palco. Então, Zezinho sai
de cena por um momento).
Cecília: Estava
demorando! Eu sabia que ele ainda ia aprontar!
Talita: Deixa o
menino fazer o que quer, Cecília.
Zeca: Mesmo,
Cecília.
Cecília: Zezinho
faz as besteiras dele e quem sofre as conseqüências lá em casa sou eu, ta?! Já
sabe, se acontecer alguma coisa com ele, me mãe vai me bater tanto que vou
fazer xixi nas pernas até o dia amanhecer.
Talita: Você acha
que vai acontecer alguma coisa com ele indo até ali naquele matinho! Calma,
Cecília!
Zeca: Olha, meninas
eu não quero saber de nada! Quero mais é aproveitar este passeio, aqui nessa
floresta. Igual a este não haverá outro, entende?!
Talita: É isso
mesmo, Zeca! Vamos aproveitar o que podemos, enquanto permitiram a nossa vinda
aqui, neste lugar sombrio.
Cecília: Sabe de
uma... É mesmo! Eu tenho mais é que aproveitar... E ai Talita, você trouxe
aquelas pedrinhas pra agente brincar de tico-tico?
Talita: Aaah!!!
Trouxe sim! Como eu iria esquecer delas. Estão aqui na cesta.
Zeca: Aaah!!! Não
gosto de brincar disso. Isso é coisa de menina! Mas eu fico observando.
(Depois de
alguns minutos de brincadeiras, perceberam a demora absurda de Zezinho)
Cecília: Ehhh!!!
Zezinho está demorando.
Talita: Qual é,
minha amiguinha! Deixa o menino!
Zeca: O pior que
ele está demorando mesmo, Cecília.
Cecília: Ajude-me a
procurá-lo, gente.
Zeca: Pode deixar
que eu te ajudo. (levantando).
Talita: Eu não vou.
Prefiro ficar aqui esperando a sair por ai.
Cecília: Vamos
Zeca! Deixa ela aqui sozinha! (levantando e pegando no braço de Zeca).
Talita: Prefiro
ficar só mesmo.
Zeca: Vamos logo,
Cecília. (olhando para todos os lados da floresta, saindo de cena, pelo
lado esquerdo)
(Talita fica
sozinha. Só que ela ouve um lobo uivar)
Talita: (levanta e sai correndo, também saindo de
cena, em direção aos seus amigos). Espera
gente! Ui, que medo! Espera ai, Cecília, que eu também vou.
(Nesse momento, os meninos saem pela esquerda,
entram pelo lado direito as ajudantes da bruxa:
Micuinha e Zigora)
Micuinha: Vamos,
Zigora. Traz logo esses ingredientes! (Entra com o caldeirão de
bruxaria)
Zigora: Calma,
Micuinha! Não vê que este saco está muito pesado! (Entra com o saco
cheio de mocofaias).
Micuinha: Pesado
está é esse caldeirão com água. (Depois de um minuto de silêncio... ). Esse lugar ta muito bom para as bruxarias de Zeda.
Não acha, Zigora?
Zigora: (colocando
o saco no chão, demonstrando cansaço). Também
acho. Ela vai adorar fazer a sua bruxaria no meio dessa floresta sombria.
Micuinha: Olha...
olha... Será alguma macumba?! (Aponta o dedo indicador, com uma unha
enorme, para as cestas de comida e brinquedos que as crianças deixaram ali,
para procurar Zezinho).
Zigora: Mesmo...
Que macumba, hem! (admirada). É macumba
de encruzilhada, ainda!
Micuinha: Mesmo... (olhando
pra todos os lados da floresta) ...que macumba
de encruzilhada, o quê? (descordando). Onde
já se viu encruzilhada numa floresta dessa? Ta besta é?
Zigora: O que isto,
então?
Micuinha: Isso
aqui, é aquilo que os humanos chamam de piquenique.
Zigora: (rodando envolta das coisas e coçando a
cabeça) É... É... mesmo!
Micuinha: Agora
como já sabemos o que é! Vamos preparar o feitiço. Porque Zeda deve estar para
chegar com algum prisioneiro pra esta noite.
(Micuinha e
Zigora começam a arrumar a feitiçaria)
Micuinha: Zigora!
Pega aqueles ingredientes que mandei você trazer.
Zigora: Ta bom! É
pra já! (dá uma risada e engasgando em seguida) (Pega as mocofaias no
saco e leva para perto do caldeirão)
Micuinha: Isso,
Zigora! Já aprendeu muita coisa com agente, hem!
Zigora: Ainda bem!
Micuinha: Vamos
começar... passa a asa de morcego!
Zigora: É pra já!
Micuinha: Ovos de
urubu preto!
Zigora: (coça
a cabeça devido a dúvida que tinha) Aaah!!!
Está aqui!
Micuinha: Me dê...
Não, Zigora! Isso são ovos de macaco branco. Mente fraca. Agora... cabelos de cobra verde!
Zigora: Toma...
Mas... Mas... pra que serve essa receita de hoje?
Micuinha: (risada)
Essa receita serve para o novo prisioneiro de
Zeda, esta noite.
Zigora: Isto eu
sei!
Micuinha: (risada
sem graça) Então, porque pergunta sua besta?
Zigora: Eu... Eu
quero saber o efeito que isso faz? (Olhando para o líquido dentro do
caldeirão, tomando a colher da mão de Micuinha e mexendo a feitiçaria)
Micuinha: (inspirando a fumaça que sai do caldeirão)
O prisioneiro deve desta noite deve ter 7 anos
de idade. E ao beber este líquido, o seu sangue vai ficar preto. E minutos
depois nossa querida chefe, Zeda, vai tirar todo seu sangue e vai beber,
fornecendo para muitas outras bruxas espalhadas pelo mundo.
Zigora: Que gosto
tem este sangue?
Micuinha: É
valorizado não é por causa do gosto, não! É por causa do seu poder!
Zigora: Que poder é
este?
Micuinha: Aaah!!! (risada
maléfica) Esse sangue fortalece as bruxas,
podendo fazer bruxaria até durante o dia, é mole? (risada)
Zigora: É duro! (fala
tristemente)
Micuinha: (toda sem graça) É duro... por quê?
Zigora: (descontente) É
duro arranjar um menino de 7 anos de idade.
Micuinha: Aaaah!!!
Bom... você sabe que pra Zeda nada é impossível!
Zigora: Isso é
verdade.
Micuinha: Vamos
continuar com a preparação da bruxaria. Passa... Passa o pó-de-esqueleto de
professora burra em Matemática.
Zigora: Toma, acho
que é este...
(Nesse
momento aparece a bruxa-chefe, Zeda)
Zeda: Ahh!!! Aaaah!!! (risada
maléfica) Meninas! Meninas!
Zigora e
Micuinha: Oiiii!!! Aaah!!! (risadas)
Zeda: Vocês parecem estar mais malvadas esta noite?!
Parabéns!
Micuinha: E parece
que a senhora suprema está mais alegre esta noite?! Matou alguém com seu
terrível amargo cuspe?!
Zeda: Não, infelizmente não! Foi melhor!
Zigora: Por que melhor?! Qual o motivo da felicidade?!
Zeda: Arranjei um prisioneiro para esta noite!
Micuinha: Não acredito!
Zeda: E foi uma criança de 7 anos.
Zigora: Essa mulher é o símbolo de todas as mulheres!
Zeda:
(nervosa) Eu... Eu... sou o quê?
Zigora:
(desculpando-se) Nada, não!
Micuinha: Ela quis dizer... “As bruxas de todas as bruxas”.
Zeda: Assim, sim... Já preparam o que mandei fazer?
Zigora: Já, e como!
Micuinha: Já mesmo!
Só falta colocar um fio de cabelo de bruxa malvada. (Vai e tira um fio
de cabelo da cabeça de Zeda)
Zeda: Aaah!!!
Aaaah!!! (grita de dor, depois, colocando a mão na boca por ter ficado
envergonha com sua covardia)
Micuinha: (coloca
o fio no caldeirão e menciona algumas palavras) Agora
está pronto. (Bate uma mão na outra)
Zeda: Ainda bem! Vou buscar o prisioneiro!
Zigora: Somos as melhores ajudantes de bruxa do mundo!
Micuinha: Disso eu
já sei! Vamos fazer aquele ritual de sempre. (Elas começam a rodar
envolta do caldeirão e logo em seguida são interrompidas por Zeda)
Zeda: Olha... Olha... Olha, Meninas! Uma surpresa! Esse é
o nosso prisioneiro desta noite!
(Zigora e Micuinha para de fazer o ritual e olham de
boca aberta para o prisioneiro que Zeda tinha trazido)
Zigora e
Micuinha: Olha que beleza de criança! (encostando-se
à criança)
(A criança tenta sair das cordas e começar a chorar
quando as ajudantes da bruxa encostam. A criança prisioneira, em questão, é
Zezinho, irmão de Cecília)
Zezinho: Solte-me
coisa feia.
Zeda: Coloca o
líquido do caldeirão no copo, enquanto faço aquele feitiço para adormecer
crianças à noite.
Zezinho: Solte-me
rosto de cobra verde! (chorando)
Zeda: (fala
palavras esquisitas) Ticabim – ticabum,
ticabum – ticabim... faz essa criança adormecer como um cupim.
Zezinho: (fala
adormecendo) Solte-me... Solte-me... (Zeda
pega Zezinho e o coloca amarrado próximo a uma das árvores)
Zeda: Já está
pronta o líquido, Micuinha?!
Micuinha: Já e
como! Toma...
(Nesse
momento, chega Zeca e Cecília)
Cecília: Deixa o
meu irmão, sua bruxa!
Zeda: Obrigado pelo
elogio!
Zeca: Meu Deus! É a
bruxa Zeda!
Cecília: Que Zeda é
essa?
Zeca: Aquela que
pega um menino toda noite, para servir de cobaia para os seus feitiços.
Cecília: Por que
você não me disse isso antes?! Não teria vindo para esse lugar sombrio.
Zigora: Esse foi
seu destino, queridinha!
Cecília: (nervosa) Cala
sua boca feiúra! (Zigora fica com medo da grosseria de Cecília e se
esconde atrás de Micuinha)
Zeda: (começa
falar palavras estranhas) Batatum...
Zeca: Meu Deus! É
bruxaria pra nos adormecer!
Cecília: Que
adormecer... qual é nada! (Zeda continua)
Zeca: Feche os
ouvidos, Cecília.
Cecília: Eu não.
Não tenho um pingo de medo disso!
(Zeca e
Cecília ficam paralisados devido a bruxaria de Zeda)
Zigora: Está forte,
hem, Zeda?!
Zeda: Como sempre!
Micuinha: Senhora –
chefe – suprema Zeda, dá esse líquido logo esse pestinha.
Zeda: Chegou sua
vez, filho de serpente!
Zezinho: (já acordando) Larga-me. Por favor! (chorando) Alguém
me saaaalva! (gritando)
(Nesse mesmo
instante, chega Talita)
Talita: O que é
Zezinho?
Zezinho: Essa bruxa
quer me matar!
Talita: É a bruxa
Zeda!
Zeda: (levanta
e desfila rebolando) Isso mesmo, em pessoa! (dá
uma risada maléfica e toma sua posição anterior)
Micuinha: Zeda,
deixa que eu pego com muito cuidado essa bonequinha de louça, pra senhora! (fala
ironicamente)
Talita: Sai de
perto de mim, feiúra! (cruzando os braços)
(Zigora
interrompe o serviço de Micuinha)
Zigora: Eu que vou
acabar com essa “bonequinha” . Deixa comigo, Micuinha!
(Então, Talita dá uma volta correndo no palco e sai
de cena correndo. E as bruxinhas
atrás).
Zeda: Não me deixa
sozinha! Suas incompetentes.
Zezinho: Larga-me!
Zeda: Beba...
Beba... Anda, porque senão não vai ganhar bala-doce!
Zezinho: Não, não,
não... ! (chorando e acaba bebendo o líquido, adormecendo em seguida)
(Cecília e Zeca sai da posição em que se
encontravam, pois tinha passado o efeito do feitiço. Cecília encosta no seu
irmão juntamente com Zeca. Nisso, Zeda afasta)
Cecília: (chorando) Zezinho!
Zezinho!
Zeda: (dá uma risada) Dê
adeus ao seu irmão, queridinha. Ele não pertence a esse mundo mais!
Cecília: O que está
dizendo sua cobra assassina?!
Zeda: Ele morreu (risada). Não toque muito nele, o sangue dele é muito
precioso para mim. O sangue dele é meu.
Cecília: Sua...
sua... sua... (soluçando)
(Zezinho
acorda e menciona algumas palavras ainda meio sonolentas)
Zezinho: Sua cobra!
Você ia nascer cobra, mas como criou perna...
virou bruxa.
Cecília e Zeca: (juntos)
Zezinho?!
Zeda: Como pode!
Porque não morreu? Bicho atrevido!
Zezinho: Senão
morri é porque estou vivo. (ironicamente)
Zeda: (começar a dizer algumas palavras estranhas)
Cecília: Quem vai
morrer agora é você, sua bruxa. (pega um pouco do líquido no caldeirão
de bruxaria)
Zeda: (pára de dizer as palavras estranhas) Não, não ,não faça isso!
Cecília: Fala pra
mim o que isso faz com as bruxas? Senão eu jogo isso em você!
Zeda: Só dá
resultado em meninos de 7 anos. (fala com medo)
Zeca: Então, por
que não deu certo essa bruxaria em Zezinho?!
Zeda: Porque o
feitiço ficou fraco! Aquelas minhas ajudantes não sabem fazer nada mesmo!
Cecília: (risada) Simplesmente,
Zeca! Não deu certo isso em Zezinho, poque o meu irmão não tem 7 anos e sim 9
anos de idade!
Zeda: Senti em sua
pele o cheiro dos 7 anos de idade!
Cecília: Pois seu narigão
está mau, queridinha! Continua monstrenga... o que isso faz com as bruxas? (Olhando
para o copo que está em sua mão)
Zeda: Não...
nada... (interrompida por Zigora, a bruxa inexperiente, que entra em
cena com Talita amarrada numa corda sendo segura por Micuinha)
Zigora: As bruxas,
ou as pessoas que fazem o mal, ficam paralisados como pedras ao beberem este
líquido... (encosta em Zeda falando isso. Só que Zeda fica nervosa e
tapa a boca de Zigora)
Zeda: Feche essa
matraca, mula!
Cecília: Então,
tome isto!
Zeda e Zigora: Não.
Não faça isso. Por favor. (Cecília joga o líquido e elas ficam
paralisadas. Então, Micuinha encosta em Zeda e Zigora)
Zeca: Vou fazer
isso com você agora também! Vai virar pedra! (pega um pouco de líquido
no caldeirão e ameaça Micuinha. Só que elas sai correndo, saindo de cena)
Zezinho: (grita) Não
deixa ela escapar. Corre, pega!
Cecília: Não! Deixa
ela, coitada! Sozinha não fazer nenhuma maldade. Pode deixar.
Talita: É mesmo...
Agora me solta, não é gente?!
Zeca: Desculpe-me
Talita!
(Tira as
cordas de Talita e por um instante riem, enquanto uma música animada passa)
Cecília: É gente!
Vamos embora! Meu coração já sofreu por demais, hoje!
Zezinho: Mesmo
Ceci!
Zeca: Eu sei disso!
Talita: (arrumando
as coisas) Meu coração quase derrete quando
aquelas bruxinhas malvadas correram atrás de mim!
Zeca: (ajudando Talita arrumar as coisas) Nunca mais vou programar um passeio assim. Só depois
de pensar três vezes antes de cumpri-lo. (todos saindo de cena)
Talita, Ccecilia e Zezinho: (juntos) Eu também!
(PanoAutor: Ediênio V. Farias.
Ibiassucê/BA
Professor
edibce@hotmail.com
MARIA NO MUNDO DA
FANTASIA
Maria
entra em cena com o livro na mão e deita próximo ao cenário e começa a ler
NARRADOR: Maria é uma menina muito sonhadora, que adora
ler... E quando lê, se transporta para o mundo da imaginação.
Entra
chapeuzinho vermelho muito exasperada dizendo:
CHAPEUZINHO: - não posso
acreditar, não pode ser, pra que eu fui dar ouvidos aquele príncipe maluco?
Maria
surpresa com o que via pergunta:
MARIA: - como você veio parar
aqui? O que aconteceu?
CHAPEUZINHO: - ola Maria, o que
aconteceu? (indignada) Eu lhe conto, e perdi por
causa do príncipe que me indicou o atalho errado
MARIA: - como você sabe meu
nome??? E para onde você está indo?
CHAPEUZINHO: - ora Maria todos te
conhece, e você não sabe? To indo para casa da vovozinha.. e já estou atrasada.
Tchau
E foi saindo. Maria encantada com
o mundo novo em que se encontra se distrai olhando tudo em volta, quando ouve
farfalhar de folhas. (fazer barulho com papel
amassado).
Entra
branca de neve meio assustada
BRANCA DE NEVE: -ai Maria. Que
susto...pensei que era a minha madrasta... você não a viu por ai?
MARIA: - não. Ta fugindo dela?
porque?
BRANCA DE NEVE: - sim estou. Ela
é uma bruxa. Quer me mata... tenho que me esconder, se você a vê, não diga para
onde eu fui. (E sai. )
NARRADOR: Mais uma vez Maria
ficou só. Resolve aventurar e conhecer mais de tudo por ali.
Entra o
príncipe com um sapato na mão
PRINCIPE: - Maria me dá aqui seu
pezinho
MARIA: -porque? O que você quer
com meu pé?
PRINCIPE: - to procurando a dona
desse sapatinho... (segurando o pé da menina numa mão e
o sapato na outra) - quando a encontrar com ela vou casar. (rimando)
MARIA: -mais sou apenas uma
menina, e não sou princesa.
PRINCIPE: - e você viu alguma
princesa por aqui?
MARIA: - vi sim. ela foi por ali.
PRINCIPE: - então vou procurá-la,
obrigado.
E sai
apressado, mas logo adiante, encontra a bruxa com uma cesta na mão, pede para
calçar o sapato, ao que ela nega. Ele então pega pelo pé dela a força e tenta
meter o sapato. Como não dá no pé dela o príncipe segue seu caminho. A bruxa
agora se aproxima de Maria e põem o cesto no chão.
BRUXA: -hei Maria você viu a
Branca de Neve por ai?
Maria
fica pensativa se deve falar a verdade ou mentir. Nisso a chapeuzinho se
aproxima das duas e baixa seu cesto ao lado da bruxa, e responde por Maria.
CHAPEUZINHO:- eu acho que a vi
por ali, ou foi por ali? (duvida) nem sei, já
andei por tantos lugares hoje...
BRUXA:- ora menina ta com a
cabeça onde (brava) deixa que eu procuro (pega o cesto da chapeuzinho e sai)
Chapeuzinho
se prepara para sair também pega o cesto da bruxa e pergunta para Maria.
CHAPEUZINHO: - você não sabe para
onde é a casa da vovozinha?
MARIA: - Não
CHAPEUZINHO: -então eu já vou...
preciso encontrar a casa da vovó (e sai)
NARRADOR: já ao longe
CHAPEUZINHO: - Maria....cuidado
com o lobo mau
Do outro lado surge a Cinderela (calçando pantufas e com um lado do sapato na mão) e o
lobo conversando
CINDERELA:- O seu Lobo Mau,
obrigado por emprestar esses lindos sapatos.
LOBO:- por nada, mais me chame
apenas de lobo. Não sei porque todo mundo insiste em me chamar de lobo mau se
eu sou tão bonzinho (faz uma cara de cínico)
Ambos vêm Maria e cumprimentam-na
LOBO: - ola Maria
CINDERELA:- oi Maria, por acaso
você não encontrou por ai o outro lado do meu sapato, eu não sei onde deixei.
Essa esclerose ta me deixando cada vez mais esquecida.
A menina
meio desconfiada e com medo do lobo responde.
MARIA: - Vi.. vi sim. ta com o
príncipe
CINDERELA: - príncipe, que
príncipe? Será que sou casada e me esqueci? Para onde ele foi?
MARIA: - foi por ali
se dirigindo ao lobo diz
CINDERELA: - você me acompanha seu lobo?
LOBO: - oh.. sim com prazer (e se volta pra Maria que treme) Obrigado menina. (saem os dois conversando)
a menina
então pensa
MARIA: - eu hein que coisa
estranha um lobo bom... mas também ta tudo as avesar...
Entra a
BELA por trás de Maria forçando a vista e fala com ela
BELA: -ei Maria ta falando
sozinha?
MARIA: -não tava pensando alto
BELA:-você viu a fera por ai
MARIA: - não. Vi só (a medida que ela fala o nome dos personagens eles aparecem)
a chapeuzinho, a bruxa, o príncipe, a Cinderela, a branca de neve e o lobo.
BELA: - onde será que ele se
meteu (pensativa) ta na hora de cuidar do jardim
Então passa por elas a Cinderela e
o lobo e
NARRADOR: a bela... meio cega
confunde o lobo com a fera.
BELA: (falando
com o lobo, que fica assustado) -
ah! Então ta a... ta pensando que vai fugir de mim? Vamos já pro jardim... ( sai arrastando o lobo)
Nisso
surge o príncipe com o sapato na mão, vê a Cinderela e fica encantado.
PRINCIPE: - oh! Linda princesa
pode calçar esse sapato?
CINDERELA: (alegre e surpresa) – oh o meu sapato onde os
encontrou? (E calça os sapatos)
PRINCIPE: - case-se comigo linda
princesa e terá todo meu amor... (de joelhos)
Entra
então a Rapunzel
RAPUNZEL: - o que é isso? O que
ta acontecendo aqui príncipe? Você me salva da torre, me promete casamento, me
abandona para fazer declarações a outra?
CINDERELA: -oh Rapunzel,
Rapunzel, com suas tranças cor de mel, não fique brava assim, ele as duas pode
servir.
E saem os
três felizes o príncipe no meio das duas
A branca
de neve então se aproxima mais uma vez de Maria.
BRANCA DE NEVE: - oi Maria você
viu minha madrasta bruxa?
Enquanto falava a bruxa chega.
BRUXA:- estou aqui. E trouxe
maças para você. (E abre a cesta só então percebe a
troca ) cadê as maçãs? Não pode ser? Chapeuzinho!!!!! (brava sai a procura de chapeuzinho)
Branca de
neve aproveita para fugir....
Por outro
lado aparece chapeuzinho
CHAPEUZINHO: - Maria você nem
imagina... Quando enfim encontro a casa da vovó, vejo que a bruxa pegou minha
cesta e eu fiquei com a dela de maçã?
MARIA: - ai com tanta gente
falando em comida me deu ate fome....
CHAPEUZINHO: - tome coma uma
maçã, ela não vai se importar. Você não sabe para onde ela foi?
Maria
pega a maçã e come... fica sonolenta... e bocejando deita no chão e responde
para chapeuzinho
MARIA: - Ela foi por ali...
Chapeuzinho
sai e entra a mãe de Maria
MÃE: - Maria... mariaaa....oh
Maria acorda.
NARRADOR: Maria então se assusta
e desperta do mundo da imaginação.
BRANCA DE NEVE - FRANCISCA
CHAPEUZINHO - OBEDE
LOBO - IZAIAS
PRINCIPE - GILTON
MARIA - MIDIAN
CINDERELA – ANA PAULA
BELA- IRANI
RAPUNZEL - LEGIANE
BRUXA - SILVIA
MÃE -
NARRADOR - SILVIA
MATERIAL:
cenario/ balão verde / papel / tnt verde / barbante / cestas / bombons / maça /
microfone / fantasias / livro de historias
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