O QUE SÃO OS TRANSTORNOS GLOBAIS DO DESENVOLVIMENTO (TGD)?
Os Transtornos Globais do Desenvolvimento (TGD) são distúrbios nas interações sociais recíprocas que costumam manifestar-se nos primeiros cinco anos de vida. Caracterizam-se pelos padrões de comunicação estereotipados e repetitivos, assim como pelo estreitamento nos interesses e nas atividades.
Os TGD englobam os diferentes transtornos do espectro autista, as psicoses infantis, a Síndrome de Asperger, a Síndrome de Kanner e a Síndrome de Rett.
Com relação à interação social, crianças com TGD apresentam dificuldades em iniciar e manter uma conversa. Algumas evitam o contato visual e demonstram aversão ao toque do outro, mantendo-se isoladas. Podem estabelecer contato por meio de comportamentos não-verbais e, ao brincar, preferem ater-se a objetos no lugar de movimentar-se junto das demais crianças. Ações repetitivas são bastante comuns.
Os Transtornos Globais do Desenvolvimento também causam variações na atenção, na concentração e, eventualmente, na coordenação motora. Mudanças de humor sem causa aparente e acessos de agressividade são comuns em alguns casos. As crianças apresentam seus interesses de maneira diferenciada e podem fixar sua atenção em uma só atividade, como observar determinados objetos, por exemplo.
Com relação à comunicação verbal, essas crianças podem repetir as falas dos outros - fenômeno conhecido como ecolalia - ou, ainda, comunicar-se por meio de gestos ou com uma entonação mecânica, fazendo uso de jargões.
Como lidar com o "TGD" na escola?
Crianças com transtornos de desenvolvimento apresentam diferenças e merecem atenção com relação às áreas de interação social, comunicação e comportamento. Na escola, mesmo com tempos diferentes de aprendizagem, esses alunos devem ser incluídos em classes com os pares da mesma faixa etária.
Estabelecer rotinas em grupo e ajudar o aluno a incorporar regras de convívio social são atitudes de extrema importância para garantir o desenvolvimento na escola. Boa parte dessas crianças precisa de ajuda na aprendizagem da autorregulação.
Apresentar as atividades do currículo visualmente é outra ação que ajuda no processo de aprendizagem desses alunos. Faça ajustes nas atividades sempre que necessário e conte com a ajuda do profissional responsável pelo Atendimento Educacional Especializado (AEE).
Também cabe ao professor identificar as potências dos alunos. Invista em ações positivas, estimule a autonomia e faça o possível para conquistar a confiança da criança. Os alunos com TGD costumam procurar pessoas que sirvam como 'porto seguro' e encontrar essas pessoas na escola é fundamental para o desenvolvimento.
TRANSTORNO BIPOLAR
No passado, o transtorno bipolar era conhecido pelo nome de psicose maníaco-depressiva, uma doença psiquiátrica caracterizada por alternância de períodos de depressão e de hiperexcitabilidade ou mania. Nesta fase, a pessoa apresenta modificações na forma de pensar, agir e sentir e vive num ritmo acelerado, assumindo comportamentos extravagantes como sair comprando compulsivamente tudo o que vê pela frente, ou então investindo em empreendimentos acreditando que renderão lucros vertiginosos, ou envolvendo-se em experiências perigosas sem levar em conta o mal que podem causar.
Sabe-se que os transtornos bipolares estão associados a algumas alterações funcionais do cérebro, que possui áreas fundamentais para o processamento de emoções, motivação e recompensas. É o caso do lobo pré-frontal e da amígdala, uma estrutura central que possibilita o reconhecimento das expressões fisionômicas e das tonalidades da voz. Junto dela, está o hipocampo que é de vital importância para a memória. A proximidade dessas duas áreas explica por que não se perdem as lembranças de grande conteúdo emocional. Por isso, jamais nos esquecemos de acontecimentos que marcaram nossas vidas, como o dia do casamento, do nascimento dos filhos ou do lugar onde estávamos quando o Brasil ganhou o campeonato mundial de futebol.
Outro componente envolvido com os transtornos bipolares é a produção de serotonina no tronco-cerebral (o cérebro arcaico), uma substância imprescindível para o funcionamento harmonioso do cérebro.
O que é Transtorno bipolar?
Sabe-se que os transtornos bipolares estão associados a algumas alterações funcionais do cérebro, que possui áreas fundamentais para o processamento de emoções, motivação e recompensas. É o caso do lobo pré-frontal e da amígdala, uma estrutura central que possibilita o reconhecimento das expressões fisionômicas e das tonalidades da voz. Junto dela, está o hipocampo que é de vital importância para a memória. A proximidade dessas duas áreas explica por que não se perdem as lembranças de grande conteúdo emocional. Por isso, jamais nos esquecemos de acontecimentos que marcaram nossas vidas, como o dia do casamento, do nascimento dos filhos ou do lugar onde estávamos quando o Brasil ganhou o campeonato mundial de futebol.
Outro componente envolvido com os transtornos bipolares é a produção de serotonina no tronco-cerebral (o cérebro arcaico), uma substância imprescindível para o funcionamento harmonioso do cérebro.
O que é Transtorno bipolar?
Sinônimos: Depressão maníaca, transtorno afetivo bipolar
O transtorno bipolar é um problema em que as pessoas alternam entre períodos de muito bom humor ou irritação e depressão. As "oscilações de humor" entre a mania e a depressão podem ser muito rápidas.
Causas
O transtorno bipolar afeta homens e mulheres igualmente. O transtorno bipolar geralmente tem início entre os 15 e 25 anos. A causa exata do transtorno bipolar ainda é desconhecida, mas ocorre com mais frequência em familiares de pessoas com transtorno bipolar.
Tipos de transtorno bipolar:
- As pessoas com transtorno bipolar do tipo I apresentam pelo menos um episódio maníaco e períodos de depressão profunda. Antigamente, o transtorno bipolar do tipo I era chamado de depressão maníaca.
- As pessoas com transtorno bipolar do tipo II nunca apresentaram episódios maníacos completos. Em vez disso, elas apresentam períodos de níveis elevados de energia e impulsividade que não são tão intensos como os da mania (chamado de hipomania). Esses episódios se alternam com episódios de depressão.
- Uma forma leve de transtorno bipolar chamada ciclotimia envolve oscilações de humor menos graves. Pessoas com essa forma alternam entre hipomania e depressão leve. As pessoas com transtorno bipolar do tipo II ou ciclotimia podem ser diagnosticadas incorretamente como tendo apenas depressão.
Para a maioria das pessoas com transtorno bipolar, não existe uma causa evidente para os episódios maníacos ou depressivos. A seguir estão os possíveis desencadeadores de um episódio de mania em pessoas com transtorno bipolar:
- Mudanças na vida, como o nascimento de um bebê
- Medicamentos, como antidepressivos ou esteroides
- Períodos de insônia
- Uso de drogas recreativas
Exames
Vários fatores estão envolvidos no diagnóstico do transtorno bipolar. O médico pode usar todas ou algumas das opções abaixo:
- Perguntar sobre seu histórico médico familiar, se alguém na família tem ou já teve transtorno bipolar
- Perguntar sobre suas oscilações de humor recentes e há quanto tempo você apresenta esse tipo de alteração
- Realizar um exame completo para identificar doenças que podem estar causando os sintomas
- Solicitar exames laboratoriais para verificar a ocorrência ou problema de tireoide ou níveis toxicológicos
- Conversar com os familiares sobre o seu comportamento
- Fazer um histórico médico, incluindo todos os seus problemas médicos e os medicamentos usados
- Observar seu comportamento e humor
Observação: o uso de drogas pode causar alguns dos sintomas. Entretanto, isso não descarta o transtorno bipolar. O próprio abuso de drogas pode ser um sintoma do transtorno bipolar
NEUROCIÊNCIA E EDUCAÇÃO
O neurocientista brasileiro Miguel Nicolelis ganhou notoriedade no mundo inteiro ao fazer macacos comandarem computadores usando apenas o que vulgarmente se conhece como “força do pensamento”. Nicolelis fez a seguinte previsão para Gilberto Dimenstein (Folha de S. Paulo, 02/05/10): “as novas descobertas sobre como funciona a mente vão virar de cabeça para baixo o modo como se transmite conhecimento. Isso afetará do jornalista ao professor”.
Experimentos com ressonância magnética mostram que as emoções são fundamentais para fixar as informações, o que explica por que esquecemos tão rapidamente o que somos obrigados apenas a decorar, sem que pareça ter qualquer utilidade. Explica também por que não esquecemos detalhes de momentos fortes: as primeiras experiências.
Educadores que usam arte, esporte e comunicação para estimular o aprendizado obtêm ótimos resultados. “As emoções são a cola das informações”, afirma Nicolelis, que desenvolve projetos curriculares para o ensino de ciências para crianças e adolescentes pobres. Por estudar o funcionamento do cérebro, Nicolelis faz com que as aulas sejam uma sucessão de experimentações e associações. “Aprender é associar.”
Neurocientistas investigam como as novas tecnologias acabam moldando o funcionamento do cérebro. Por exemplo, está sendo realizada série de testes empregando sensores vem sendo realizada com jovens acessando a internet ou lendo livro. Daí se tira a suspeita de que as novas tecnologias sejam ótimas para agilizar a cabeça, mas ruins para estimular a profundidade do pensamento. Entendem-se, assim, o crescimento vertiginoso do Twitter e a expansão do comércio, na internet, de trabalhos escolares, até de dissertações de mestrado e de teses de doutorado!
Essas modificações estão associadas ao fato de que o estudante quer recompensa mental imediata, não está disposto a elaborações mais complexas. Avolumam-se estudos indicando que esse imediatismo é um dos ingredientes por trás do aumento de dependência de drogas legalizadas do tipo ansiolíticos. Afinal, elaborar a dor dá trabalho.
Foi divulgada experiência da Universidade de Maryland com 200 estudantes americanos, convidados a ficar desligados por 24 horas. Não poderiam usar celular nem computador, nada de Facebook ou SMS. Depois desse exílio tecnológico, parte das cobaias demonstrou sinais semelhantes aos de abstinência dos viciados em álcool e drogas. Apesar do tempo de sobra nessas 24 horas, a maioria daqueles estudantes não quis ler algum livro, assistir a algum noticiário da TV ou folhear algum jornal.
Ainda estamos nos acostumando a avaliar as escolas no Brasil com base no desempenho dos alunos em português e matemática. Mas já está na hora de nos prepararmos para usar as descobertas da neurociência, evitando graduar gente obsoleta que tiveram apenas professores com métodos didáticos desatualizados, defasados ou ultrapassados.
TIPOS DE PERCEPÇÃO
A presença e a condição do indivíduo são extremamente importantes para a percepção do estímulo, dado que o indivíduo possui diferentes tipos de percepção que lhe permitem adequar-se à informação recebida e, assim, organizar as representações do mundo.
৹Percepção Visual – percepção de raios luminosos pelo sistema visual. Caracteriza-se pela percepção das formas, relações espaciais, cores, intensidade luminosa e movimentos.
৹Percepção Gustativa – percepção de sabores pela língua, geralmente associada ao prazer. Tal como o olfacto, representa um dos sentidos menos desenvolvidos nos seres humanos.
৹Percepção Táctil – percepção de objectos e sensações pela pele. Este tipo de percepção permite reconhecer a presença, forma, tamanho e temperatura dos objetos em contacto com o corpo. Além disso, é extremamente importante para o ser humano ao permitir o adequado posicionamento do seu corpo como a protecção física do mesmo. Este tipo de percepção não é uniforme, dado que as mãos, a língua e os lábios apresentam uma maior sensibilidade, pelo que é mais acessível para os mesmos a identificação dos estímulos.
NEUROCIÊNCIA E EDUCAÇÃO
De que maneira os estudos neurológicos podem contribuir no trabalho do professor para ajudar o aluno na aprendizagem?
A Neurociência é e será um poderoso auxiliar na compreensão do que é comum a todos os cérebros e poderá nos próximos anos dar respostas confiáveis a importantes questões sobre a aprendizagem humana, pode-se através do conhecimento de novas descobertas da Neurociência, utilizá-la na nossa prática educativa. A imaginação, os sentidos, o humor, a emoção, o medo, o sono, a memória são alguns dos temas abordados e relacionados com o aprendizado e a motivação. A aproximação entre as neurociências e a pedagogia é uma contribuição valiosa para o professor.
O foco da educação tem sido o conhecimento a ser ensinado de maneira mecânica e igual a todos os alunos, sem a devida atenção à individualidade, numa demonstração de total falta de consciência da força que possuem os modelos mentais e da influência que eles exercem sobre o comportamento. Por sua vez os alunos, acostumados a perceber o mundo a partir da visão do docente, aceitam passivamente essa proposta pedagógica, desempenhando um papel de receptor de informações, as quais nem sempre são compreendidas e geram conhecimento. Muitas pesquisas no campo educativo apontam o professor como um dos principais protagonistas da educação (DEMO, 2001; ASSMANN, 2001; MORIN, 2002).
Entretanto, proporcionar uma boa aprendizagem para o aluno não depende só do professor, pois é fundamental para uma educação que pretende ajudar o aluno a perceber sua individualidade, tornando-o também responsável pelo ato de aprender, proporcionar a otimização de suas habilidades, facilitar o processo de aprendizagem e criar condições de aprender como aprender. Nesse contexto conhecer o seu padrão de pensamento pessoal e saber como usá-lo é o primeiro passo para ser um participante ativo no processo de aprender. A compreensão de como podemos lidar com certas características pessoais ajudará o aluno a identificar, mobilizar e utilizar suas características criativas e intuitivas, pois cada um aprende no seu próprio ritmo e à sua maneira.
É fundamental que professores estimulem individualmente a inteligência das crianças, empregando técnicas que permitam a cada aluno aprender da maneira que é melhor para ele, aumentando sua motivação para o aprendizado, pois cada pessoa tem de encontrar seu próprio caminho, já que não existe um único para todos (STERNBERG & GRIGORENKO, 2003). Considerando que alunos diferentes lembram e integram informações com diferentes modalidades sensoriais, analisar como as pessoas se relacionam, atuam e solucionam problemas, identificar os estilos específicos da aprendizagem, torna-se bastante útil (WILLIAMS, apudMARKOVA, 2000).
Partindo desse pressuposto, ao professor cabe oferecer, através de sua prática, um ambiente que respeite as diferenças individuais permitindo que os aprendizes se sintam estimulados do ponto de vista intelectual e emocional. Daí a necessidade do educador, consciente de seu papel de interventor responsável pela mediação da informação, buscar estruturar o ensino de modo que os alunos possam construir adequadamente os conhecimentos a partir de suas habilidades mentais. E para isso, é imprescindível que conheçam os significativos estudos da neurociência, uma vez que esses, sem dúvida, influenciam na compreensão dos processos de ensino e de aprendizagem.
No cérebro humano existem aproximadamente cem bilhões de neurônios (unidade básica que processa a informação no cérebro) e, cada um destes pode se conectar a milhares de outros, fazendo com que os sinais de informação fluam maciçamente em várias direções simultaneamente, as chamadas conexões neurais ou sinapses (BEAR, CONNORS, PARADISO, 2002, p. 704).
Se os estados mentais são provenientes de padrões de atividade neural, então a aprendizagem é alcançada através da estimulação das conexões neurais, podendo ser fortalecida ou não, dependendo da qualidade da intervenção pedagógica.
O estudo dos processos de aprendizagem e de todos os fatores que os influenciam, constitui um dos maiores desafios para a educação, pois ao entendê-lo e explicitá-lo, ocorre o desenvolvimento do sujeito dentro do contexto sócio-histórico, e é através dele que se forja a personalidade e a racionalidade humana para que o indivíduo esteja apto a exercer sua função social.
Durante todo ensino fundamental , o professor é visto pelo aluno como um exemplo a ser seguindo e sua opinião é de extrema consideração para o aprendiz. Assim, todo e qualquer parecer do professor em relação ao aluno, torna proporções determinantes para a formação da auto-estima do estudante.
Para a sala de aula, para a educação a Neurociência é e será uma grande aliada para identificar cada ser humano, como único e para descobrirmos a regularidade, o desenvolvimento, o tempo de cada um.
A Neurociência traz para a sala de aula o conhecimento sobre a memória, o esquecimento, o tempo, o sono, a atenção, o medo, o humor, a afetividade, o movimento, os sentidos, a linguagem, as interpretações das imagens que fazemos mentalmente, o "como" o conhecimento é incorporado em representações dispositivas, as imagens que formam o pensamento, o próprio desenvolvimento infantil e diferenças básicas nos processos cerebrais da infância, e tudo isto se torna subsídio interessante e imprescindível para nossa compreensão e ação pedagógica. Os neurônios espelho, que possibilitam a espécie humana progressos na comunicação, compreensão e no aprendizado. A plasticidade cerebral, ou seja, o conhecimento de que o cérebro continua a desenvolver-se, a aprender e a mudar, até à senilidade ou à morte também altera nossa visão de aprendizagem e educação. Ela nos faz rever o fracasso e as dificuldades de aprendizagem, pois existem inúmeras possibilidades de aprendizagem para o ser humano, do nascimento até a morte.
O cérebro realiza várias tarefas incríveis:
· controla a temperatura corpórea, a pressão arterial, a freqüência cardíaca e a respiração;
· aceita milhares de informações vindas de teus vários sentidos (visão, audição, olfato);
· controla o movimento físico ao andar, falar, ficar em pé ou sentar;
· deixa você pensar, sonhar, raciocinar e sentir emoções.
A RELAÇÃO ENTRE O CÉREBRO E A APRENDIZAGEM
Segundo Johnson & Myklebust (1983) o cérebro funciona de forma semi – autônoma, ou seja, um sistema pode funcionar sozinho; pode funcionar com dois ou mais sistemas; ou pode funcionar de forma integrada (todos os sistemas funcionando ao mesmo tempo).
Os sistemas mais presentes no nível de distúrbios neurogênicos são: auditivo, visual e tátil.
Se o professor toma conhecimento deste funcionamento cerebral, pode ressignificar sua prática docente adotando uma didática que caminhe na forma sensório-motora ao funcionamento operatório formal (SOARES, 2003).
Existem três formas de aprendizagem:
1) aprendizagem Intra – Neurosensorial;
2) aprendizagem Inter- Neurosensorial;
3) aprendizagem Integrativa.
Vale ressaltar que um tipo ou forma de aprendizagem não é exclusivamente intra-neurosensorial, o que precisa ser pontuado é que se, um sistema estiver comprometido, não necessariamente irá comprometer outros. É neste sentido que uma aprendizagem pode ser estudada como intra – neurosensorial. Já a aprendizagem inter- neurosensorial é o tipo que mais nos interessa (educadores), quando se estabelece uma atuação preventiva.
Estudos mostram que certa aprendizagem ocorre quando dois ou mais sistemas funcionam de forma inter – relacionada. Fazer uso da música em atividades escolares é um recurso valioso, pois há a possibilidade de trabalhar simultaneamente os sistemas auditivos, visuais e até mesmo o sistema tátil (caso a música desencadeie uma dramatização).
A proposta é dar uma aula que 'facilite' o funcionamento inter desses sistemas, sem necessariamente o professor ter que saber, se a melhor forma daquele sujeito em lidar com os objetos externos é: auditiva, visual ou tátil. Montar um planejamento com esses pré- requisitos é uma forma de atuação saudável, onde Educação e Saúde possam caminhar lado a lado.
Conseqüentemente, esta atuação sob este ponto de vista, facilitará outro tipo de aprendizagem – Integrativa.
Se o professor tiver conhecimento da modalidade de aprendizagem do seu aluno, poderá transformar- se em um facilitador do processo ensino – aprendizagem.
DOPAMINA ESTÁ RELACIONADA A COMPORTAMENTO AGRESSIVO
Estudo mostra que pessoas que têm menor nível dessa substância química no cérebro tendem a ser mais agressivas em situações de competição
A agressividade descontrolada pode ser causada pela baixa concentração de dopamina no cérebro. A relação entre o comportamento agressivo e essa substância química foi levantada em trabalho apresentado na edição de 2012 da Reunião Anual da Sociedade de Medicina Nuclear, realizada no último sábado em Miami.
Um grupo de pesquisadores da Universidade de Aachen, na Alemanha, monitorou o cérebro de pessoas enquanto elas jogavam videogame contra um possível trapaceador para relacionar a concentração de dopamina com reações agressivas durante o jogo.
O funcionamento neurobiológico da agressão não é bem entendido, mas cientistas sabem que existe uma relação entre a serotonina e certos comportamentos agressivos.
Com esse estudo, os pesquisadores queriam descobrir se níveis mais altos de um outro composto químico do cérebro, a dopamina, aumenta a agressividade nas pessoas. Para a surpresa dos cientistas, eles descobriram exatamente o contrário.
"Pessoas com sistemas dopaminérgicos mais funcionais não são mais agressivas em situações competitivas e podem se concentrar ainda mais no jogo. Sujeitos com baixa concentração de dopamina têm maior probabilidade de se distrair do jogo e ter reações intempestivas", diz Ingo Vernaleken, autor principal do estudo e pesquisador da Universidade de Aachen, na Alemanha.
Adversário inexistente — "A agressão e seus mecanismos neurobiológicos em humanos foi pouco estudada no passado. Além disso, a maioria dos estudos anteriores se concentrou na parte mais reativa da agressão, que meramente reflete o comportamento impulsivo e aparenta estar associada ao sistema de serotonina. Essa pesquisa se concentra na associação do sistema dopaminérgico, que reflete a agressão direcionada", diz o estudo.
"Pessoas com sistemas dopaminérgicos mais funcionais não são mais agressivas em situações competitivas e podem se concentrar ainda mais no jogo. Sujeitos com baixa concentração de dopamina têm maior probabilidade de se distrair do jogo e ter reações intempestivas", diz Ingo Vernaleken, autor principal do estudo e pesquisador da Universidade de Aachen, na Alemanha.
Adversário inexistente — "A agressão e seus mecanismos neurobiológicos em humanos foi pouco estudada no passado. Além disso, a maioria dos estudos anteriores se concentrou na parte mais reativa da agressão, que meramente reflete o comportamento impulsivo e aparenta estar associada ao sistema de serotonina. Essa pesquisa se concentra na associação do sistema dopaminérgico, que reflete a agressão direcionada", diz o estudo.
As pessoas com maior capacidade de síntese de dopamina se aplicaram mais no aspecto de recompensa, ao invés de agir em defesa ou com agressividade contra seus adversários imaginários — já que a dopamina está relacionada a mecanismos de recompensa do cérebro. Enquanto aqueles com baixa capacidade de sintetizar esse neurotransmissor tiveram uma vulnerabilidade de agir de forma agressiva ou defensiva.
"Nós concluímos que um sistema de recompensa em bom funcionamento causa mais resistência contra provocações", diz Vernaleken. "Embora nós não possamos excluir que, em uma situação na qual o sujeito vá se beneficiar diretamente do comportamento agressivo, na falta de alternativas, essa correlação pode ser inversa."
Os pesquisadores explicam que são necessárias pesquisas adicionais para explorar a ligação entre a dopamina e a diversidade de comportamentos agressivos. Eles acreditam que um maior conhecimento sobre estas relações poderia levar a novos tratamentos psicológicos e ao uso de medicamentos para moderar ou impedir um comportamento agressivo.
"Nós concluímos que um sistema de recompensa em bom funcionamento causa mais resistência contra provocações", diz Vernaleken. "Embora nós não possamos excluir que, em uma situação na qual o sujeito vá se beneficiar diretamente do comportamento agressivo, na falta de alternativas, essa correlação pode ser inversa."
Os pesquisadores explicam que são necessárias pesquisas adicionais para explorar a ligação entre a dopamina e a diversidade de comportamentos agressivos. Eles acreditam que um maior conhecimento sobre estas relações poderia levar a novos tratamentos psicológicos e ao uso de medicamentos para moderar ou impedir um comportamento agressivo.
Saiba mais
DOPAMINA
É um neurotransmissor (substância química que realiza a comunicação entre os neurônios) principalmente associado aos mecanismos de recompensa do cérebro. Alterações da dopamina estão relacionadas a várias doenças, inclusive o Parkinson. A deficiência pode causar tremor, rigidez e lentidão dos movimentos dos pacientes.
É um neurotransmissor (substância química que realiza a comunicação entre os neurônios) principalmente associado aos mecanismos de recompensa do cérebro. Alterações da dopamina estão relacionadas a várias doenças, inclusive o Parkinson. A deficiência pode causar tremor, rigidez e lentidão dos movimentos dos pacientes.
SEROTONINA
Serotonina é uma substância química produzida no cérebro que auxilia a regulação do humor, do sono e da capacidade de atenção.
Serotonina é uma substância química produzida no cérebro que auxilia a regulação do humor, do sono e da capacidade de atenção.
ESTUDO MAPEIA ÁREA DO CÉREBRO RELACIONADA A INTELIGÊNCIA
Imagens de ressonância magnética revelam correspondência entre conexões do córtex pré-frontal e desempenho intelectual
Por meio de imagens de ressonância magnética, pesquisadores americanos e eslovenos identificaram a correspondência entre a atividade de uma área específica do cérebro, o córtex pré-frontal, e a inteligência de uma pessoa. De acordo com o estudo, publicado no periódicoNeuroscience, o número e a frequência de conexões cerebrais nessa região é maior em pessoas com melhor desempenho intelectual.
Cientistas já haviam relacionado uma variação de até 6,7% na inteligência de uma pessoa ao tamanho de seu cérebro e de até 5% às atividades neurais no córtex pré-frontal. A nova pesquisa foi mais longe e identificou que a frequência da atividade no lado esquerdo do córtex pré-frontal (atrás da testa) responde por uma variação de até 10% do desempenho intelectual.
Para desenvolver a pesquisa, o neurocientistas Michael W. Cole, da universidade de Washington, tomou por inteligência a capacidade de uma pessoa resolver problemas de lógica em situações inusitadas, independentemente do conhecimento adquirido. “A inteligência depende de dois fatores: ter um córtex pré-frontal que faça bem o seu trabalho e fazer com que ele se comunique bem com o resto do cérebro”, diz Todd Braver, da universidade de Washington, coautor do estudo, feito em parceria com cientistas das universidades americanas de Colorado, Yale e de Liubliana, na Eslovênia
Central de distribuição - De acordo com os cientistas, uma possível explicação é que o córtex pré-frontal atua como se fosse uma central de distribuição de dados, monitorando e influenciando outras regiões do cérebro. “Há evidências de que a parte esquerda do córtex pré-frontal é a responsável por nos ajudar a manter o foco”, diz Cole.
Para chegar a estas conclusões, os pesquisadores realizaram vários testes com voluntários. Primeiro, fizeram a ressonância magnética do cérebro enquanto eles descansavam. Depois, fizeram mais uma captação de imagens das atividades neurais enquanto eles eram submetidos a diversos desafios mentais, como os testes de lógica. Depois, compararam os dados a testes adicionais de inteligência e controle cognitivo. Os resultados mostraram elevadas taxas de conexão entre o córtex pré-frontal esquerdo e o restante do cérebro quando os voluntários foram submetidos aos testes de inteligência. Assim, concluíram que atividades neurais intensas nesta região são um indício de maior capacidade para detectar e resolver problemas.
Segundo Cole, a descoberta pode oferecer novos caminhos para compreender como as interferências nessas conexões cerebrais contribuem para o déficit de controle cognitivo em casos de doenças mentais, como a esquizofrenia.