Pauta, Agenda para Reunião de Pais
O Colégio _____________________________ sente-se honrado em assumir a co-responsabilidade na educação do(a) seu(sua) filho(a). Temos consciência da grande missão que é educar e vivenciar princípios sólidos que norteiam a vida de nossos alunos, desenvolvendo uma educação de qualidade. Para obtermos sucesso, contamos com a participação efetiva dos pais no processo educativo, colaborando com os professores, enriquecendo ainda mais o currículo escolar, cujo objetivo principal é a formação de cidadãos conscientes e capazes de atuarem na sociedade de forma eficiente e eficaz.
“Valores não constroem apenas uma escola...
Valores constroem grandes pessoas”
Este informativo contêm as principais informações e regulamentos do colégio.
- Horários:
Devem ser rigorosamente observados, para que o aluno adquira hábitos de
pontualidade, assiduidade e responsabilidade evitando que seja prejudicado no seu
aproveitamento escolar.
Em caso de falta, por motivo de saúde, trazer o atestado médico, ocorrendo falta por
motivo de força maior, justificar na agenda.
Saídas fora do horário e encaminhamento de outro responsável para retirada do
aluno:
Os pais devem comunicar pela agenda o horário. Caso haja necessidade de outra
pessoa vir pegar o aluno, solicitamos que sempre comuniquem ao colégio através da
agenda. Não será permitido liberação por telefone.
Entrada:
Chegar pontualmente no horário de entrada, evitando desta forma, que o aluno não
esteja presente na abordagem inicial das atividades propostas e para evitar transtornos
na rotina da professora e sala de aula.
Uniforme:
De acordo com o Regimento interno do Colégio, o uso do uniforme e tênis é
obrigatório.
Solicitamos que os alunos tenham seus nomes identificados no uniforme.
Tarefas / Trabalhos:
Visam o reforço da aprendizagem, bem como ao desenvolvimento do hábito do
estudo. O aluno deverá entregar na data determinada pelo professor(ra).
Remédios:
A Secretaria Estadual da Saúde proíbe o uso de medicação na instituição escolar. O
aluno que necessite tomar algum medicamento no horário de aula, deverá trazer a
receita médica juntamente com a autorização dos pais.
Em caso de emergência, o colégio conta com o serviço Eco-Salva.
Aniversários:
Podem ser comemorados no colégio desde que marcados com antecedência,
observando os seguintes itens:
agendar com o professor;
somente os pais participam da festa;
a comemoração será feita no horário do lanche ou após o mesmo,de acordo
com a orientação da professora;
deve ser respeitado o horário de entrega dos doces e salgados. (combinar
com a professora);
os convites devem ser entregues preenchidos com 3 (três) dias de
antecedência;
não será comemorado o aniversariante do mês. Cada aluno, caso os pais
queiram, terá a sua festa na sala de aula para que a professora ensine hábitos
de organização e cortesia;
Agenda:
É um meio de comunicação entre a família e a escola, por este motivo, é importante
que os pais ou responsáveis assinem diariamente.
O uso da agenda é obrigatório para anotações de tarefas, trabalhos, pesquisas,
provas, informativos e comunicados dos pais e/ou responsáveis e professores.
Obs: é importante que os pais preencham os dados pessoais da primeira página da
agenda e caso ocorra alteração de endereço e/ou telefone comuniquem via agenda e
também na secretaria do colégio.
Objetos perdidos:
Os alunos devem evitar deixar celulares, calculadoras, vale transporte, dinheiro,
brinquedo eletrônico etc... nas salas nos horários que antecedem o início das aulas e
nos intervalos. A instituição não se responsabilizará pela perda destes e outros objetos
de valor.
Dia do Brinquedo para os alunos da Educação infantil e fundamental do 1º ao
3º anos:
O aluno neste dia poderá trazer o seu próprio brinquedo, desde que não seja
sofisticado, caro e grande, para que o mesmo possa ser guardado na mochila e
compartilhado com os amigos. É importante identificar o brinquedo com o nome do
aluno.Também não serão permitidos brinquedos que incentivam a violência como:
armas,espadas,etc.
Dia da fruta Educação Infantil e Fundamental 1º ano:
Para incentivar os alunos na importância dos hábitos saudáveis, todas as quartasfeiras
as professoras promoverão o Dia da Fruta.
Dia da Guloseima Educação Infantil e Fundamental: 1º e 2º ano:
Todas as sextas-feiras, o aluno poderá trazer o que desejar para o seu lanche.
Obs: o dia da guloseima para os alunos do Pré II será em datas comemorativas
especiais, de acordo com a atividade que a professora desenvolverá.
Aulas de Campo e Passeios Educativos:
Com o objetivo de enriquecer as propostas de trabalho de sala de aula o colégio
promove aulas de campo e passeios, que são agendados com antecedência através de
bilhetes para que os pais e/ou responsáveis assinem a autorização e envie o referido
valor na data determinada. Não será permitido efetuar o pagamento no dia do passeio.
O aluno, nestas ocasiões, deverá estar uniformizado e levar lanche em uma
lancheira ou mochila adequada para o transporte.
Informática Educativa:
Será desenvolvida quinzenalmente de acordo com a proposta de trabalho da
professora.
Biblioteca:
Tem por objetivo relacionar e disponibilizar informações, incentivar o prazer pela leitura
e auxiliar na pesquisa e trabalhos escolares.
Todas as sextas-feiras, os alunos da Educação Infantil, Pré II e Ensino Fundamental I
farão empréstimo de obras literárias para desenvolverem no final de semana a
produção textual.
Regulamento da Biblioteca para empréstimo:
Será permitida somente a retirada de um livro por vez;
Para os livros infantis,o prazo de devolução é de uma semana,sendo que o trabalho de
leitura no final de semana para a produção de texto,a devolução deverá ser na segunda
feira.
O leitor assume toda responsabilidade pelas obras
A não devolução na data marcada,implicará em cobrança na agenda escolar com multa
de R$ 1,00 (um real) por atraso.Perda ou danificação do livro resultará na reposição de
um mesmo exemplar.
Os alunos com pendências não poderão realizar novos empréstimos depois da
regularização de sua situação.
Aulas Específicas da Educação Infantil e fundamental I:
Educação Física,Eco-Ciências,Língua Estrangeira Moderna,Musicalização e Arte.
As aulas específicas do Maternal I são: Arte e Musicalização e o Maternal II: Arte,
Musicalização,Língua Estrangeira Moderna e Educação Física.
Obs: para as aulas de Eco – Ciências (Fundamental I), em algumas atividades, a
professora enviará bilhete antecipadamente fazendo solicitação de materiais para as
aulas práticas.
Avaliação:
A Educação Infantil e Fundamental I (1º ano), tem como finalidade o desenvolvimento
integral da criança nos seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social. A
avaliação será mediante acompanhamento e registro do desenvolvimento do aluno, do
seu processo de construção de conhecimentos e das relações intra e interpessoais,
sem o objetivo de promoção.
Obs: no final de cada bimestre na Educação Infantil e Fundamental I será realizada
reunião com os pais e/ou responsáveis para a entrega dos boletins e parecer descritivo.
Para os alunos que apresentarem dificuldades no processo de ensino–aprendizagem a
professora agendará reunião nos horários de aulas específicas.
Disciplina :
O controle disciplinar da turma é responsabilidade do professor(ra). Normalmente, as
situações devem ser resolvidas na própria sala de aula. Entretanto, quando o aluno
extrapola em atitude indisciplinar, será registrado no livro de ocorrências e
encaminhado à Coordenação Pedagógica e comunicado aos pais na agenda ou reunião
(dependendo da situação).
Educação Integral:
As orientações Filosóficas e Pedagógicas, objetivos norteadores, práticas e dinâmicas
desenvolvidas,organização funcional,modalidades proporcionadas e cronograma estão
à disposição no site do colégio no link Ensino.
Modelos de pauta ou agenda para Reunião de Pais - Cuidados com o material escolar
Cuidados com o material escolar
As crianças podem e devem aprender a cuidar de seus objetos e daqueles que são dos outros desde pequenas. Inicialmente, precisarão da orientação dos adultos, que não deverão medir esforços para explicar, quantas vezes forem necessárias, que é preciso ter cuidado com tudo aquilo que é nosso e, também, do próximo. Mas, aos poucos, elas vão assumindo pequenas responsabilidades e ações mais zelosas tornam-se um costume.
No ambiente escolar, os alunos precisam aprender a diferenciar um material seu e um de uso coletivo. Os dois merecem cuidados, mas talvez o segundo precise de atenção redobrada.
Os livros que são levados pelo aluno para a casa, por exemplo, devem voltar para a sala de aula ou biblioteca da mesma maneira que foram encontrados: sem rabiscos, sem amassados ou sujeiras. É essencial lembrar a criança que o mesmo material será levado por outro coleguinha no dia seguinte.
O mesmo zelo vale para os materiais de uso particular. Afinal, nenhum aluno gosta de chegar na escola sem o material que será usado naquele dia. Ou ainda, de não poder usar seu lápis para fazer a lição de casa porque o mesmo está sem ponta ou perdido. Esses pequenos detalhes fazem com que ele se atente mais e vá assumindo responsabilidades.
Nas séries iniciais, a mochila escolar é preparada pelos pais, mas os filhos vão aos poucos entendendo e lembrando o que precisam levar para a escola, qual a importância de um material e de outro e porque eles devem ser sempre bem cuidados. Esse tipo de aprendizado, se continuar sendo cultivado, certamente prevalecerá por toda a vida.
DICAS PARA SE FAZER UM PLANO DE AULA
DICAS PARA SE FAZER UM PLANO DE AULA
POR JOJOMARAVILHA
Os OBJETIVOS abrangem seis grandes áreas do conhecer:
• Conhecimento – Conhecer, apontar, criar, identificar, descrever, classificar, definir, reconhecer e relatar no final, pois, se trata de RE.
• Compreensão – Compreender, concluir, demonstrar, determinar, diferenciar, discutir, deduzir, localizar, reafirmar no final por causa do RE.
• Aplicação – Aplicar, desenvolver, empregar, estruturar, operar, organizar, praticar, selecionar, traçar. Não tem RE.
• Análise – Analisar, comparar, criticar, debater, diferenciar, discriminar, investigar, provar. Não tem RE.
• Síntese – Sintetizar, compor, construir, documentar, especificar, esquematizar, formular, propor, reunir, voltar. Não tem RE.
• Avaliação – Avaliar, argumentar, contratar, decidir, escolher, estimar, julgar, medir, selecionar. Não tem RE.
• Compreensão – Compreender, concluir, demonstrar, determinar, diferenciar, discutir, deduzir, localizar, reafirmar no final por causa do RE.
• Aplicação – Aplicar, desenvolver, empregar, estruturar, operar, organizar, praticar, selecionar, traçar. Não tem RE.
• Análise – Analisar, comparar, criticar, debater, diferenciar, discriminar, investigar, provar. Não tem RE.
• Síntese – Sintetizar, compor, construir, documentar, especificar, esquematizar, formular, propor, reunir, voltar. Não tem RE.
• Avaliação – Avaliar, argumentar, contratar, decidir, escolher, estimar, julgar, medir, selecionar. Não tem RE.
Todo OBJETIVO tem que ter um verbo do CONHECIMENTO e outro da AVALIAÇÃO. Objetivo não se repete verbo. (+ ou – 5)
COMPETÊNCIAS – Tem que ter verbos da COMPREENSÃO e da APLICAÇÃO. (+ ou – 3)
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO OU EIXO TEMÁTICO – CONTEÚDO PROGRAMÁTICO quando for sobre a apostila/livro na sua totalidade e EIXO TEMÁTICO quando for apenas de uma parte/capítulo.
METODOLOGIA – Aula expositiva dialógica (Vice-Versa), exposição via televisão ou via televisão/DVD de filme, documentário, clipe e etc. Exposição de transparências via retro projetor, elaboração de fichamentos, resumos de textos pré-selecionados, mapeamentos, resolução de exercícios, aplicação de mini aulas, utilização de recursos instrucionais (giz, quadro, apostila, TV, dvd).
AÇÃO DIDÁTICA – Separada por momentos, descreve de maneiro breve o que se vai trabalhar na sala de aula, só pode ter verbos terminados em MENTO e AÇÃO. (+ ou – 3) Exemplo:
Primeiro Momento
Segundo Momento
Terceiro Momento
HABILIDADES – O que o aluno deverá desenvolver/adquirir durante as aulas, usando os verbos no substantivo, terminado em MENTO ou AÇÃO.
AVALIAÇÃO – Forma com que o aluno será avaliado pelo professor. Pode usar verbos sem o R, como por exemplo: CANTAR – CANTA. (+ ou – 3)
BIBLIOGRAFIA - Apostila ou livro onde se teve o embasamento para a aula.
retirado
Texto sobre alfabetização para reunião de pais
Quando meu filho vai ler e escrever?"
“A alfabetização é como começar a andar: quando vemos um grupo de crianças andando, você não sabe quem andou primeiro. Ler é o mesmo: uns começaram em março, outros em outubro, outros em novembro. Mas quando todos leem, você não sabe quem leu primeiro!”, diz a psicopedagoga Renata Aguillar.
Quando lemos a frase da psicopedagoga, parece simples compreender o processo de alfabetização.
Sabemos que a aprendizagem é diferente para cada criança e o tempo para aquisição da leitura e da escrita não é o mesmo para todos, mas recorrentemente a angústia e/ou ansiedade dos pais se traduz na seguinte pergunta: “quando o meu filho vai ler?” Às vezes, a pergunta transforma-se em um pedido de socorro: “quero que me ajude, pois meu filho não lê e conheço alunos da sala dele que já estão lendo há dois meses! Preocupações compreensíveis e muito comuns.”
É importante que compreendam que existem cinco níveis de alfabetização e a criança está em constante evolução. Quando introduzido no mundo das letras, o aluno não estabelece vínculo entre fala e escrita. Ele usa números e letras na mesma palavra e/ou a representa através de desenhos. Posteriormente, a criança percebe que existe alguma relação entre pronúncia e a escrita, desvinculando a escrita das imagens e os números das letras. Supõe que a escrita representa a fala e, aos poucos, começa a combinar vogais e consoantes na mesma palavra, tornando a leitura sociável, como no exemplo a seguir:
CAL que corresponde a CAVALO.
Um dos objetivos do 1º ano é que a criança aprenda a ler e escrever, ou seja, que alcance o nível alfabético e isso acontece quando há a compreensão do modo da construção do código da escrita. O aluno entende que existem letras e que estas representam palavras... Há as consoantes, as vogais e, quando combinadas, se transformam em palavras diferentes e as uniões dessas palavras formam uma frase.
Portanto, no 1º ano, o aluno lê e consegue representar o que leu através da escrita, mas vale ressaltar que esse é um processo construído durante todo o ano letivo.
A escrita, por sua vez, é acompanhada de omissão de vogais ou consoantes, principalmente em palavras mais complexas, como na seguinte frase:
“O MENINO VIROL UM LOBO E SEUS AMIGOS SAIU CORREDO”. Percebam que a criança troca o “U” pelo “L”, não escreve o “N” na palavra correNdo e não consegue conjugar o verbo “sair” de forma correta.
A troca de letras também é comum em palavras que possuem sons parecidos, como “CAZA” (casa) e “REZOLVEU” (resolveu).
Todas as trocas e omissões de palavras são normais nessa fase e não caracterizam problema de aprendizagem. Comumente, é no 2º ano que os erros ortográficos diminuem. Diminuirão, o que não significa que desaparecerão!
Com relação ao tempo de aprendizagem de cada criança, a escola está preparada para intervir nos diferentes níveis de alfabetização. Caso seja diagnosticada alguma situação que caracterize déficit ou que precise de mais atenção, os responsáveis serão orientados.
Espero que o texto tenha esclarecido alguns pontos do processo de alfabetização.
Exponham suas dúvidas! Quanto menos ansiosos estiverem com relação ao momento em que seu (sua) filho (a) irá ler e escrever, maior será a possibilidade de serem facilitadores do processo ensino-aprendizagem.
Professora Samara Moraes
Turma: 1º ano B
Traumas: teias ou trampolins
Traumas: teias ou trampolins
| Por Lilian Larroca
(Imagem: Contrastwerkstatt/Fotolia)
Não é o objetivo deste artigo discutir a propriedade do uso da palavra trauma, mesmo porque esse é um termo da Psicologia, e não da Pedagogia, minha área de atuação. A discussão, nesse momento, refere-se à atitude de pais e educadores quanto à solução dessas dificuldades.
Frequentemente, em sala de aula, deparamo-nos com alunos que apresentam alguma dificuldade na aprendizagem ou problemas comportamentais. Embora seja papel da escola acolher os alunos em suas diferentes necessidades e promover seu desenvolvimento apesar dessas circunstâncias, não é papel da escola ou da família determinar, sozinhos, suas razões. Cabe ao educador ficar atento para que, sob a alegação de trauma, outros problemas não sejam negligenciados.
Para algumas famílias, que consideram a possibilidade de ocorrência de transtornos de aprendizagem muito dolorosa, ou para aquelas que apresentam resistência em se engajar em um projeto familiar para desenvolver a disciplina na criança, pode ser mais fácil explicar as dificuldades através de alguma situação ocorrida em outros momentos da vida pessoal ou escolar do que encarar um diagnóstico ou a reformulação da rotina, nos casos de indisciplina. Diante das alegações de traumas, é importante que a escola e o professor verifiquem algumas questões importantes:
Respaldo profissional: Apenas uma explicação da família não é suficiente para respaldar a alegação de trauma. O problema deve ser detectado e atestado pelo profissional devidamente qualificado - o psicólogo. Apenas ele pode definir se a dificuldade apresentada tem, de fato, origem em bloqueios de ordem emocional, ou se há necessidade de ampliar a investigação sobre a causa do problema, realizando uma avaliação multiprofissional.
Acompanhamento terapêutico: A criança, após detectado o trauma, necessita do acompanhamento profissional devido, enquanto o psicólogo determinar que há necessidade. Pais que alegam traumas, mas não buscam tratamento para a criança, não podem exigir que a escola contorne problemas que precisam ser solucionados. A mera tolerância dos resultados desse trauma (ou de qualquer outra dificuldade escolar), sem o devido cuidado e esforços pela restauração, não é uma prova de amor e aceitação da criança, mas uma perigosa conivência que, por não impelir ao tratamento necessário, não proporciona a cura emocional e aprisiona a criança nesse limbo que a impede de viver uma vida normal. Muitas vezes, a terapia exige a participação e uma reestruturação dos hábitos da família, e isso é doloroso, porém é o único caminho para que a criança de desenvolva de maneira plena.
Parceria entre a escola, a família e os profissionais: A criança, devidamente acompanhada, precisa ser aceita e acolhida pela escola. Adaptações precisam ser feitas para atender às suas necessidades. No entanto, diferentemente da tolerância passiva, essas adaptações devem ser discutidas, periodicamente, junto com a família e o psicólogo que acompanha a criança. Essa parceria permitirá que esses três agentes cooperadores trabalhem numa mesma direção e apresentem ações coerentes com o alvo comum estabelecido: desenvolver, de forma plena, todos os aspectos do indivíduo.
Ressalta-se que o artigo não pretende questionar a ocorrência ou não de traumas, e nem desvalorizar o efeito que ele pode provocar em uma criança, mas alertar para o perigo de, em atitude de irrefletida tolerância, “incorporá-los” à criança, como se fossem algo do qual ela não pudesse se livrar (ou minimizar), carregando esse fator limitador pelo resto de sua vida e esperando que o mundo se adapte à sua situação.
Quando uma criança apresenta determinados comportamentos ou dificuldades realmente causados por traumas, cabe à escola compreender essa situação, porém permitir que uma criança traumatizada permaneça neste estado sem o tratamento correspondente, é rotulá-la e condená-la a viver sob o peso das limitações a ela impostas por um acontecimento passado, sem a chance de cura emocional. É aprisioná-la a uma teia que interfere em sua funcionalidade, em sua autoestima e priva-a da oportunidade de desenvolvimento pleno ao invés de ensiná-la a lidar com as situações e transformar esses obstáculos em trampolins para a superação e vitória.
Por esse motivo, não cabe à escola minimizar os efeitos de um trauma na vida da criança, mas reconhecer que sua importância é tão grande que não deve ser ignorada através da omissão. É seu dever orientar a família a buscar a avaliação psicológica e o tratamento necessário, para que, a partir dessa oportunidade de superação e crescimento, o passado seja um trampolim capaz de alçar a pessoa a níveis mais elevados de desenvolvimento e realização.
Mensagem, Reflexão para reunião de pais
COSNTRUINDO LIMITES
Somos as primeiras gerações de pais decididos a não repetir com os filhos os erros de nossos progenitores. E com o esforço de abolir os abusos do passado, somos os pais mais dedicados e compreensivos, mas, por outro lado, os mais bobos e inseguros que já houve na história.
O grave é que estamos lidando com crianças mais "espertas", ousadas, agressivas e poderosas do que nunca. Parece que, em nossa tentativa de sermos os pais que queríamos ter, passamos de um extremo ao outro. Assim, SOMOS A ÚLTIMA GERAÇÃO DE FILHOS QUE OBEDECERAM A SEUS PAIS E A PRIMEIRA GERAÇÃO DE PAIS QUE OBEDECEM A SEUS FILHOS. Os últimos que tiveram medo dos pais e os primeiros que temem os filhos. Os últimos que cresceram sob o mando dos pais e os primeiros que vivem sob o julgo dos filhos. E O QUE É PIOR, OS ÚLTIMOS QUE RESPEITARAM OS PAIS E OS PRIMEIROS QUE ACEITAM QUE OS FILHOS LHES FALTEM COM O RESPEITO.
Na medida em que o permissível substituiu o autoritarismo, os termos das relações familiares mudaram de forma radical, para o bem e para o mal. Com efeito, antes se consideravam bons pais aqueles cujos filhos se comportavam bem, obedeciam as suas ordens e os tratavam com o devido respeito. E bons filhos, as crianças que eram formais e veneravam seus pais. Mas, a medida em que as fronteiras hierárquicas entre nós e nossos filhos foram-se desvanecendo, hoje, os bons pais são aqueles que conseguem que seus filhos os amem, e, ainda que pouco, os respeitem. E são os filhos quem, agora, esperam respeito de seus pais, pretendendo de tal maneira que respeitem as suas idéias, seus gostos, suas preferências e sua forma de agir e viver. Os papéis se inverteram, e agora são os pais quem têm de agradar a seus filhos para ganhá-los e não o inverso, como no passado. Isto explica o esforço que fazem hoje tantos pais e mães para serem os melhores amigos e "tudo dar" a seus filhos.
Se o autoritarismo do passado encheu os filhos de medo de seus pais, a debilidade do presente os preenche de medo e menosprezo ao nos ver tão débeis e perdidos como eles.
Os filhos precisam perceber que, durante a infância, estamos à frente de suas vidas, como LÍDERES capazes de sujeitá-los quando não os podemos conter e de guiá-los enquanto não sabem para onde vão. Se o autoritarismo suplanta, a permissividade sufoca. Apenas uma atitude FIRME E RESPEITOSA lhes permitirá confiar em nossa idoneidade para governar suas vidas enquanto forem menores, porque vamos à frente LIDERANDO-OS e não atrás, carregando-os e rendidos à sua vontade.
Temos que saber que SER FIRME É COMPLETAMENTE DIFERENTE DE SER AUTORITÁRIO OU ESTÚPIDO. Quando repreendermos uma criança, temos que fazê-lo com serenidade, sem descontrole emocional. E NÃO SE DEVE JAMAIS DIZER A UMA CRIANÇA: "VOCÊ É UM MENINO INSUPORTÁVEL" OU "VOCÊ É UM MENINO BURRO!" Isso pode ficar gravado no subconsciente da criança e causar problemas futuros. Deve-se dizer: "VOCÊ É UM MENINO MUITO BOM E INTELIGENTE, MAS ESTÁ FAZENDO UMA COISA ERRADA, QUE EU NÃO VOU PERMITIR". FAZER ISSO É ERRADO POR TAIS E TAIS RAZÕES .
Tem que ficar claro que o motivo do castigo foi a ATITUDE da criança, não o que ela É.
BATER NOS FILHOS ESTÁ FORA DE COGITAÇÃO. ISSO PODE DESTRUIR PARA SEMPRE A AUTO-ESTIMA DE UMA CRIANÇA E CRIAR UM SENTIMENTO DE INFERIORIDADE, QUE SE TRADUZ POR UMA FALTA DE PERSISTÊNCIA NOS ESTUDOS, NA BUSCA DE UM TRABALHO OU INCAPACIDADE PARA TOMAR DECISÕES E PLANEJAR A PRÓPRIA VIDA, QUANDO SE TORNAM ADULTOS .
É assim que evitaremos o afogamento das novas gerações no descontrole e tédio no qual está afundando uma sociedade que parece ir à deriva, sem parâmetros nem destino.
OS LIMITES ABRIGAM O INDIVÍDUO, COM AMOR ILIMITADO E PROFUNDO RESPEITO.
Somos as primeiras gerações de pais decididos a não repetir com os filhos os erros de nossos progenitores. E com o esforço de abolir os abusos do passado, somos os pais mais dedicados e compreensivos, mas, por outro lado, os mais bobos e inseguros que já houve na história.
O grave é que estamos lidando com crianças mais "espertas", ousadas, agressivas e poderosas do que nunca. Parece que, em nossa tentativa de sermos os pais que queríamos ter, passamos de um extremo ao outro. Assim, SOMOS A ÚLTIMA GERAÇÃO DE FILHOS QUE OBEDECERAM A SEUS PAIS E A PRIMEIRA GERAÇÃO DE PAIS QUE OBEDECEM A SEUS FILHOS. Os últimos que tiveram medo dos pais e os primeiros que temem os filhos. Os últimos que cresceram sob o mando dos pais e os primeiros que vivem sob o julgo dos filhos. E O QUE É PIOR, OS ÚLTIMOS QUE RESPEITARAM OS PAIS E OS PRIMEIROS QUE ACEITAM QUE OS FILHOS LHES FALTEM COM O RESPEITO.
Na medida em que o permissível substituiu o autoritarismo, os termos das relações familiares mudaram de forma radical, para o bem e para o mal. Com efeito, antes se consideravam bons pais aqueles cujos filhos se comportavam bem, obedeciam as suas ordens e os tratavam com o devido respeito. E bons filhos, as crianças que eram formais e veneravam seus pais. Mas, a medida em que as fronteiras hierárquicas entre nós e nossos filhos foram-se desvanecendo, hoje, os bons pais são aqueles que conseguem que seus filhos os amem, e, ainda que pouco, os respeitem. E são os filhos quem, agora, esperam respeito de seus pais, pretendendo de tal maneira que respeitem as suas idéias, seus gostos, suas preferências e sua forma de agir e viver. Os papéis se inverteram, e agora são os pais quem têm de agradar a seus filhos para ganhá-los e não o inverso, como no passado. Isto explica o esforço que fazem hoje tantos pais e mães para serem os melhores amigos e "tudo dar" a seus filhos.
Se o autoritarismo do passado encheu os filhos de medo de seus pais, a debilidade do presente os preenche de medo e menosprezo ao nos ver tão débeis e perdidos como eles.
Os filhos precisam perceber que, durante a infância, estamos à frente de suas vidas, como LÍDERES capazes de sujeitá-los quando não os podemos conter e de guiá-los enquanto não sabem para onde vão. Se o autoritarismo suplanta, a permissividade sufoca. Apenas uma atitude FIRME E RESPEITOSA lhes permitirá confiar em nossa idoneidade para governar suas vidas enquanto forem menores, porque vamos à frente LIDERANDO-OS e não atrás, carregando-os e rendidos à sua vontade.
Temos que saber que SER FIRME É COMPLETAMENTE DIFERENTE DE SER AUTORITÁRIO OU ESTÚPIDO. Quando repreendermos uma criança, temos que fazê-lo com serenidade, sem descontrole emocional. E NÃO SE DEVE JAMAIS DIZER A UMA CRIANÇA: "VOCÊ É UM MENINO INSUPORTÁVEL" OU "VOCÊ É UM MENINO BURRO!" Isso pode ficar gravado no subconsciente da criança e causar problemas futuros. Deve-se dizer: "VOCÊ É UM MENINO MUITO BOM E INTELIGENTE, MAS ESTÁ FAZENDO UMA COISA ERRADA, QUE EU NÃO VOU PERMITIR". FAZER ISSO É ERRADO POR TAIS E TAIS RAZÕES .
Tem que ficar claro que o motivo do castigo foi a ATITUDE da criança, não o que ela É.
BATER NOS FILHOS ESTÁ FORA DE COGITAÇÃO. ISSO PODE DESTRUIR PARA SEMPRE A AUTO-ESTIMA DE UMA CRIANÇA E CRIAR UM SENTIMENTO DE INFERIORIDADE, QUE SE TRADUZ POR UMA FALTA DE PERSISTÊNCIA NOS ESTUDOS, NA BUSCA DE UM TRABALHO OU INCAPACIDADE PARA TOMAR DECISÕES E PLANEJAR A PRÓPRIA VIDA, QUANDO SE TORNAM ADULTOS .
É assim que evitaremos o afogamento das novas gerações no descontrole e tédio no qual está afundando uma sociedade que parece ir à deriva, sem parâmetros nem destino.
OS LIMITES ABRIGAM O INDIVÍDUO, COM AMOR ILIMITADO E PROFUNDO RESPEITO.
Tudo sobre a adaptação dos alunos e da equipe
Tudo sobre a adaptação dos alunos e da equipe
Ajustar-se a diferentes espaços, pessoas e relações faz parte da vida escolar. E você pode ajudar seus alunos nas transições entre séries e a equipe na adaptação às rotinas de trabalho. Confira 14 reportagens sobre como receber todos de forma adequada.
Ilustração: Guazzelli
Adaptação bem feita
Bebês e crianças pequenas se sentem à vontade quando a creche acolhe as famílias e os objetos pessoais de todos
Como fazer uma boa adaptação no berçário?
Preparar os espaços e manter uma boa parceria com as famílias garantem uma adaptação tranquila aos bebês que vão à creche pela primeira vez
Processo de acolhimento de bebêsSequência para incluir as famílias no processo de adaptação e oferecer aos pequenos segurança e cuidado, sem deixar de estimular o desenvolvimento da autonomia.
Processo de acolhimento das crianças e das famílias
Sequência ajuda a envolver as famílias e as crianças que chegam à creche pela primeira vez em um clima de segurança, cuidado e afeto
Como ajudar as crianças a controlar as emoções
Sentir medo em situações novas faz parte da natureza humana e cabe a todos na creche saber como lidar com isso e evitar dificuldades no futuro
Vídeo: Ateliês de entrada
Sugestões de atividades para recepção diária dos alunos feitas na Creche e Pré-escola da USP, em São Paulo
Adaptação e acolhimento
Artigo de Cisele Ortiz, do Instituto Avisa Lá, em São Paulo, sobre o processo de entrada da criança na escola de Educação Infantil
Pequenos, sim, mas independentes
Como a escola é o primeiro espaço de socialização que crianças conhecem depois de sua casa, está em suas mãos deixá-las mais seguras para realizar tarefas com autonomia
Ensino Fundamental
Da Pré-escola ao 1º ano: novidade sem susto
A integração com alunos mais velhos colabora para uma transição suave da Educação Infantil ao Ensino Fundamental
Iniciação escolar: um bom começo é fundamental
Um começo saudável na escola depende da capacidade que o professor polivalente tem de enxergar o conjunto das disciplinas e a relação entre elas
A transição do 5º para o 6º ano
A passagem entre os anos pode ser bem tranquila. Para fazer isso sem contratempos, vale agendar bate-papos entre alunos e professores e adotar hábitos de organização
Gestão Escolar
Adaptação: o fim de cinco mitos
Acabe de vez com velhas crenças sobre os primeiros dias dos pequenos na escola
Professor, seja bem-vindo
No início do ano letivo, estabelecer uma rotina de colaboração e entrosamento é fundamental para adaptar e integrar tanto alunos como professores novos
Mudança de série
Juntos, orientador e professores devem planejar ações para auxiliar as adaptações dos alunos
Fonte: http://revistaescola.abril.com.br/gestao-escolar/diretor/tudo-adaptacao-537148.shtml
terça-feira, 10 de janeiro de 2012
A CENTOPEIA QUE SONHAVA...
Lá ia a centopéia pensando com seus botões.
“Mas que vontade de voar”, pensou, ao ver a andorinha lá no alto.
“Mas que vontade de nadar”, pensou ela, quando viu o peixinho
vermelho fazer maravilhas dentro da água. “E cantar como o curió, que
dobra suas notas que é uma beleza!”
“É, mas centopéia não voa, não nada e nem canta”, concluiu com
tristeza. “Tenho que me conformar e ficar andando com minhas cem
perninhas e ainda achar bom”.
Aí ouviu uma vozinha que chegava do alto de uma árvore. Era a
andorinha que lhe disse:
– Dona Centopéia, estou vendo que a senhora tem vontade de voar.
– É verdade — respondeu –, mas não posso, não tenho asas, só
tenho
perninhas, que servem para andar mas não para voar.
– Mas a senhora pode voar comigo, nas minhas costas!
– Será mesmo que posso realizar esse sonho, ir lá em cima, nas
nuvens, ver tudo do alto?
– É claro que pode, venha!
Mais que depressa a centopéia subiu nas costas da andorinha, que
saiu voando. Em poucos instantes já estava lá no alto. Era uma
maravilha ver tudo ficar pequeno ali embaixo. Como o mundo era grande
lá de cima, e bonito, azul, e que ventinho gostoso ela sentia. Nem teve
medo, de tão animada que estava com a experiência.
“Devo ser a primeira centopéia do mundo a voar”, pensou ela com suas
perninhas.
– Vamos descer, dona Andorinha, é emoção demais. E desceram.
– Quando quiser voar de novo é só falar — disse a andorinha, e
sumiu no céu como um raio.
“Voar foi possível”, pensou a centopéia. “Mas nadar não tem jeito,
aí só sendo peixe mesmo.” Ela, então, ouviu outra vozinha que vinha da
água.
– Ei, dona Centopéia, a senhora tem vontade de nadar? Ir lá no
fundo e descobrir um outro mundo colorido?
– Mas como, seu Peixinho? Será possível? Não vou morrer afogada?
– Não — disse o peixinho –, a senhora sobe nas minhas costas, se
agarra direitinho e prende a respiração por uns minutos. Boca fechada e
olhos bem abertos. Vai dar certo. — E deu mesmo.
A centopéia subiu nas costas do peixinho, prendeu a respiração
e… foi outra maravilha! Como era bonita a água azul, limpa, cheia de
outros peixinhos coloridos.
A centopéia levou um susto enorme quando apareceu um peixão.
“E se ele pensar que sou uma minhoca?” Mas não pensou. Nadar era uma
maravilha. A vida debaixo da água é outra coisa. Mas só para quem
consegue prender a respiração por bastante tempo, e ela já estava aflita
para subir. E subiram.
– Obrigada, seu Peixinho, foi uma beleza!
– Obrigada, seu Peixinho, foi uma beleza!
– Quando quiser nadar de novo é só falar — disse o peixinho. –
Mas tenho outra surpresa para a senhora.
O peixinho pegou uma conchinha, amarrou num barbante fino e disse:
– Suba, dona Centopéia, vamos correr por cima da água! — E saiu
nadando, puxando a centopéia a uma velocidade incrível. Foi o máximo!
É, a coisa estava ficando boa. Ela, uma simples centopéia, já havia
voado e nadado, e não tinha asas nem era peixe!
Mas cantar como o curió, isso sim que não podia nem deveria haver
jeito. Não tinha voz, não sabia produzir uma melodia. Mas de novo a
centopéia ouviu uma voz, que desta vez vinha lá do alto de uma
laranjeira. Era o curió, que dizia:
– Olha, dona Centopéia, cantar a gente aprende. Tem gente que sabe
educar a voz e canta que é uma beleza. Mas eu tenho uma coisa melhor
que cantar: é tocar uma flautinha.
– Como pode ser isso, seu Curió?
– Eu faço uma flauta de bambu bem feitinha, ensino as notas para a
senhora e aí podemos tocar e cantar juntos.
– Essa eu nem acredito.
– Mas vai acreditar.
E o curió fez uma flautinha com um som muito doce e bonito. A
centopéia ficou tão entusiasmada com as aulas que aprendeu logo. Ela
tocava bonito, e todos os bichos da floresta iam ouvir a centopéia
flautista.
A centopéia agora tinha um último desejo: pular de galho em galho
lá no alto das árvores da floresta. Mas como, se não conseguia nem dar
uns saltinhos aqui na terra? Foi quando chegou o macaco, com um riso
bem esperto nos lábios.
– Se a senhora quiser saltar, é só subir aqui nas minhas costas e
se segurar bem.
– Claro que quero! Vai ser muito divertido ir saltando por aí de
galho em galho!
E foi uma algazarra. O macaco pulando, gritando e rindo, com a
centopéia agarradinha nas suas costas. Parecia um circo, o macaco era
mestre no salto.
A noite foi chegando e a centopéia estava muito feliz com todas as
aventuras daquele dia. De repente se deu conta do que havia acontecido:
ela não sabia que tinha tantos amigos na floresta e que tudo o que ela
não conseguia fazer sozinha ela podia fazer com a ajuda dos outros
bichos. Podia voar sem ser pássaro, nadar sem ser peixe, cantar sem ter
voz e pular sem ter pernas e braços de macaco.
– Quem tem esses amigos pode tudo — concluiu ela. — Juntos vamos
muito longe!
“Mas que vontade de voar”, pensou, ao ver a andorinha lá no alto.
“Mas que vontade de nadar”, pensou ela, quando viu o peixinho
vermelho fazer maravilhas dentro da água. “E cantar como o curió, que
dobra suas notas que é uma beleza!”
“É, mas centopéia não voa, não nada e nem canta”, concluiu com
tristeza. “Tenho que me conformar e ficar andando com minhas cem
perninhas e ainda achar bom”.
Aí ouviu uma vozinha que chegava do alto de uma árvore. Era a
andorinha que lhe disse:
– Dona Centopéia, estou vendo que a senhora tem vontade de voar.
– É verdade — respondeu –, mas não posso, não tenho asas, só
tenho
perninhas, que servem para andar mas não para voar.
– Mas a senhora pode voar comigo, nas minhas costas!
– Será mesmo que posso realizar esse sonho, ir lá em cima, nas
nuvens, ver tudo do alto?
– É claro que pode, venha!
Mais que depressa a centopéia subiu nas costas da andorinha, que
saiu voando. Em poucos instantes já estava lá no alto. Era uma
maravilha ver tudo ficar pequeno ali embaixo. Como o mundo era grande
lá de cima, e bonito, azul, e que ventinho gostoso ela sentia. Nem teve
medo, de tão animada que estava com a experiência.
“Devo ser a primeira centopéia do mundo a voar”, pensou ela com suas
perninhas.
– Vamos descer, dona Andorinha, é emoção demais. E desceram.
– Quando quiser voar de novo é só falar — disse a andorinha, e
sumiu no céu como um raio.
“Voar foi possível”, pensou a centopéia. “Mas nadar não tem jeito,
aí só sendo peixe mesmo.” Ela, então, ouviu outra vozinha que vinha da
água.
– Ei, dona Centopéia, a senhora tem vontade de nadar? Ir lá no
fundo e descobrir um outro mundo colorido?
– Mas como, seu Peixinho? Será possível? Não vou morrer afogada?
– Não — disse o peixinho –, a senhora sobe nas minhas costas, se
agarra direitinho e prende a respiração por uns minutos. Boca fechada e
olhos bem abertos. Vai dar certo. — E deu mesmo.
A centopéia subiu nas costas do peixinho, prendeu a respiração
e… foi outra maravilha! Como era bonita a água azul, limpa, cheia de
outros peixinhos coloridos.
A centopéia levou um susto enorme quando apareceu um peixão.
“E se ele pensar que sou uma minhoca?” Mas não pensou. Nadar era uma
maravilha. A vida debaixo da água é outra coisa. Mas só para quem
consegue prender a respiração por bastante tempo, e ela já estava aflita
para subir. E subiram.
– Obrigada, seu Peixinho, foi uma beleza!
– Obrigada, seu Peixinho, foi uma beleza!
– Quando quiser nadar de novo é só falar — disse o peixinho. –
Mas tenho outra surpresa para a senhora.
O peixinho pegou uma conchinha, amarrou num barbante fino e disse:
– Suba, dona Centopéia, vamos correr por cima da água! — E saiu
nadando, puxando a centopéia a uma velocidade incrível. Foi o máximo!
É, a coisa estava ficando boa. Ela, uma simples centopéia, já havia
voado e nadado, e não tinha asas nem era peixe!
Mas cantar como o curió, isso sim que não podia nem deveria haver
jeito. Não tinha voz, não sabia produzir uma melodia. Mas de novo a
centopéia ouviu uma voz, que desta vez vinha lá do alto de uma
laranjeira. Era o curió, que dizia:
– Olha, dona Centopéia, cantar a gente aprende. Tem gente que sabe
educar a voz e canta que é uma beleza. Mas eu tenho uma coisa melhor
que cantar: é tocar uma flautinha.
– Como pode ser isso, seu Curió?
– Eu faço uma flauta de bambu bem feitinha, ensino as notas para a
senhora e aí podemos tocar e cantar juntos.
– Essa eu nem acredito.
– Mas vai acreditar.
E o curió fez uma flautinha com um som muito doce e bonito. A
centopéia ficou tão entusiasmada com as aulas que aprendeu logo. Ela
tocava bonito, e todos os bichos da floresta iam ouvir a centopéia
flautista.
A centopéia agora tinha um último desejo: pular de galho em galho
lá no alto das árvores da floresta. Mas como, se não conseguia nem dar
uns saltinhos aqui na terra? Foi quando chegou o macaco, com um riso
bem esperto nos lábios.
– Se a senhora quiser saltar, é só subir aqui nas minhas costas e
se segurar bem.
– Claro que quero! Vai ser muito divertido ir saltando por aí de
galho em galho!
E foi uma algazarra. O macaco pulando, gritando e rindo, com a
centopéia agarradinha nas suas costas. Parecia um circo, o macaco era
mestre no salto.
A noite foi chegando e a centopéia estava muito feliz com todas as
aventuras daquele dia. De repente se deu conta do que havia acontecido:
ela não sabia que tinha tantos amigos na floresta e que tudo o que ela
não conseguia fazer sozinha ela podia fazer com a ajuda dos outros
bichos. Podia voar sem ser pássaro, nadar sem ser peixe, cantar sem ter
voz e pular sem ter pernas e braços de macaco.
– Quem tem esses amigos pode tudo — concluiu ela. — Juntos vamos
muito longe!
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