"A educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo. (Nelson Mandela) "

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Férias Escolares – o que fazer com as crianças?

Este artigo foi escrito por Jussara de Barros da Equipe Brasil Escola.

Com a chegada do período das férias escolares as crianças reclamam que ficam sozinhas em casa, longe dos amigos, porque os pais têm que trabalhar e não dá para viajar durante os dois meses sem aula.
Nessas condições, os pais devem organizar atividades para que as férias se tornem prazerosas para seus filhos, mesmo não tendo viajado.
Para isso, é bom manter os contatos sociais tanto com pessoas da família como avós, primos e tios, para que as crianças possam visitá-los em alguns dias. Na casa dos avós, por exemplo, podem combinar de encontrar os primos da mesma faixa etária, passando o dia todo por lá. Para visitar os primos é necessário deixar uma pessoa para cuidar das crianças, bem como fazer passeios com os mesmos, como: ir a um parque de diversões, ao cinema, a clubes, a zoológicos, dentre outros.
Manter contato com os colegas de escola também é uma forma agradável de divertir as crianças nas férias. Estes podem se distrair pra valer passando um dia na casa do outro e vice-versa. Combinar passeios também será uma forma atrativa de mantê-los unidos durante o período das aulas, pois as amizades tornam-se mais solidificadas.

Livres das tarefas, crianças correm para as diversões
Convidar amigos, sempre fazendo um rodízio dos mesmos, pode manter seus filhos ocupados por todo o período de férias. Quem sabe propor que fiquem para dormir para fazerem uma noite do pijama? Nesta pode-se realizar um desfile de pijamas, concurso de piadas e da brincadeira “o que é, o que é”, além de arrebentar uma baciada de pipocas para assistirem um bom filme.
É bom lembrar que nos finais de semana os passeios e diversões devem ficar por conta dos pais, para que os pequenos não se sintam abandonados e sozinhos. Programem atividades que a família possa interagir junta, como: pic-nic, passeios ao parque de diversão, zoológico, trilhas e caminhadas ecológicas, a praias, clubes, onde possam jogar bola, frescobol e tomar aquele sorvete.
Em dias de chuva os filmes e vídeo games também podem ser aproveitados, para que as crianças não fiquem sem ter o que fazer.
Os shoppings são uma boa forma de se divertir, pois lá é possível fazer um bom lanche, ir ao cinema, brincar em jogos de fliperama e fazer algumas comprinhas. Algumas livrarias agendam momentos de contação de histórias, com fantoches, livros atrativos e até personagens caracterizados. É uma atividade divertida e de muito conteúdo, uma vez que incentiva as crianças a terem interesse pela leitura e sentir atração pelos livros.
Nos jornais de circulação local também são oferecidas atividades como colônia de férias, shows gratuitos, cantatas de natal, que também são consideradas ótimas atividades para as férias.
O importante mesmo é a família se organizar para que tudo corra na mais tranquila ordem, para atender os filhos que merecem um descanso de qualidade.

SEXTA-FEIRA, 11 DE OUTUBRO DE 2013

O jeito nova geração

Nascidos numa época em que a tecnologia já fazia parte do dia a dia, os professores que agora chegam às salas de aula procuram novos modos de ensinar e quando encontram dificuldades seguem um comportamento comum: trocam de escola, sem hesitar




Luciana Alvarez

O mercado de Recursos Humanos, os jovens desta reportagem seriam classificados como a chamada "geração Y" - os nascidos na década de 80 até meados dos anos 90. Essa é a primeira geração que não precisou aprender como lidar com equipamentos eletrônicos e em pouco tempo de vida presenciou os maiores avanços na tecnologia. Ao chegar ao mercado de trabalho, esses profissionais foram considerados inovadores e empreendedores. Mas, o que acontece quando eles escolhem ser professores? Se engana quem pensa que, por terem tanta familiaridade com o uso de recursos tecnológicos, eles sejam seus entusiastas. Muito pelo contrário: consideram a tecnologia algo natural, mas não veem sentido em usá-la em sala de aula sem um claro propósito. Na forma de perceber o processo educacional, entretanto, eles promovem uma revolução silenciosa: são abertos ao diálogo, buscam soluções criativas, gostam de realizar pesquisas e inventam jogos e até novas disciplinas em busca de algo muito simples: o prazer de ensinar e a paixão pelo conhecimento.


"A escola tem mudado. Claro que as instituições têm certa permanência - não só a escola, mas a Justiça, a Igreja, etc. Mas esse discurso muito em voga de que a escola não evolui vem desde a década de 20 do século passado e é falso", afirma Paulo Gileno Cysneiros, professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), que nas últimas três décadas tem se dedicado ao ensino e  pesquisa em tecnologias da informação e comunicação na educação.



Para Paulo, o uso das tecnologias tem o potencial de modificar os modos de pensar, de ensinar e de aprender, e até mesmo de ver o mundo. Mas a verdadeira mudança que vem ocorrendo deve-se sobretudo à capacidade criativa do professor. Ou seja, não é a tecnologia em si que está trazendo as inovações para a sala de aula, mas os jovens professores que entendem como natural o fato de que o conhecimento está disperso, pulverizado no mundo, nas redes sociais, na internet. E assumem sem problemas o papel de guiar e estimular os alunos a encontrarem por eles mesmos o que desejam.



Antropologia urbana


Luís Fernando Massagardi, 31, é de um desses professores que ajudam os alunos a navegar pelo mundo. Mas no caso dele, é pelo mundo real mesmo: ele orienta estudantes do ensino médio a fazerem pesquisas de campo. 



Há cinco anos atuando como professor, ele criou uma nova disciplina, que ministra para os alunos do 2º ano do ensino fundamental no colégio particular Ofélia Fonseca, em São Paulo (SP). Chama-se antropologia urbana. "A proposta é fazer uma discussão sobre os grupos sociais da cidade e como eles atuam no espaço urbano", explica. Para "estudar", os alunos precisam deixar os muros da escola e explorar espaços da cidade que pouco conhecem. 



Luís Fernando, que é formado em história, diz que a ideia de montar a disciplina tem forte relação com sua experiência pessoal. "Comecei trabalhando em museus e com viagens para estudos de meio. Por isso acredito em práticas educativas que extrapolem a escola como um ambiente fechado, não só no plano de discutir o mundo mas também de estar fisicamente fora",  afirma.  



O professor conta que se sente muito próximo de seus alunos, mas acredita que não seja pela idade, e sim pela sua metodologia. "O diálogo é um ponto fundamental na minha prática. Então, estou sempre aberto para as trocas", diz. Por causa dessas "trocas" que promove com seus estudantes, Luís Fernando se tornou um dos idealizadores do Festival de Artes do colégio, aberto para a comunidade e divulgado pelas redes sociais da internet pelos próprios alunos.



Brincar de ensinar


Uma mudança de comportamento entre os jovens que iniciaram suas carreiras profissionais nos últimos anos é a busca de satisfação pessoal no trabalho. Para eles, dever e prazer devem estar associados. Com os professores, a atitude não é diferente. Em uma pesquisa da Fundação Instituto de Administração (FIA/USP) realizada há três anos com 200 jovens de São Paulo nascidos entre 1980 e 1993, 99% dos entrevistados disseram que só se mantêm envolvidos em atividades de que gostam. Além disso, no levantamento feito por Ana Costa, Miriam Korn e Carlos Honorato, 96% afirmaram que consideram que o objetivo do trabalho é a realização pessoal. Para a pergunta "qual pessoa gostariam de ser?", a resposta "equilibrado entre vida profissional e pessoal" alcançou o primeiro lugar, seguida bem de perto por "fazer o que gosta e dá prazer".



O magistério sempre foi uma opção que envolve boas doses de idealismo e paixão, mas cresce a tendência entre os jovens de incluir no "gostar de ensinar" a ideia de diversão propriamente dita. Brincadeiras, jogos, campeonatos cada vez mais entram no rol de atividades propostas mesmo aos alunos do Fundamental 2 e ensino médio. 



Luana Gabriela Marques, 31, inventa de tudo um pouco em suas aulas de português para turmas do 6º ano ao 3º do ensino médio no Colégio Brasil Canadá, em São Paulo (SP). "Faço desafios, campeonatos individuais, entre grupos, jogos de tabuleiro, jogos em que eles formulam as perguntas uns para os outros. Gosto de trabalhar com a criatividade do aluno. No fim do bimestre, dou uns pontinhos a mais na média pelo desempenho nas brincadeiras. Também premio com bombons ou livros", conta a professora. 



Mas tanta "recreação" no meio das aulas não significa que os alunos não levem os estudos a sério. "Uso esses recursos em nome do aprendizado. Sou uma professora exigente. E mesmo com esse perfil de brincar, fazer jogos, não tenho problemas em conseguir silêncio, nem com falta de lição de casa", conta Luana. 



Montar aulas sempre pensando na diversão dos alunos tem como "efeito colateral" fazer a professora também se divertir - e muito. "Estou sempre criando exercícios novos. Não consigo fazer uma aula que não tenha a ver comigo, que fique chata", conta. Esse comportamento faz com que Luana se aproxime dos alunos e também aprenda com eles - até sobre como se divertir. "Ouço algumas músicas, acompanho certas séries de TV que eles me recomendaram", conta.



Alunos protagonistas


Carolina Silveira Leite, 27, leciona para alunos de 4º ano na rede municipal de São Paulo e faz questão de que eles tenham participação ativa nas aulas. Muito de sua prática pedagógica vem como resultado de sua experiência como aluna. Carolina é formada em letras e acaba de concluir sua segunda graduação, em pedagogia, pela Universidade Virtual do Estado de São Paulo (Univesp). Ao estudar por EaD, ela diz ter aprendido também a importância de o aluno estar motivado e ter um papel ativo na construção do conhecimento. "Não adianta substituir a lousa por um computador. O aluno precisa estar produzindo para se interessar", afirma. 



Atualmente, os alunos de sua turma estão montando um blog para publicar as descobertas que fizeram em um projeto sobre insetos. 



Foram os alunos que propuseram questões, pesquisaram na biblioteca e na internet, e agora estão escrevendo textos e indicando links para compartilhar o que aprenderam. "Ainda não conseguimos respostas para algumas das dúvidas. Estamos estudando novas estratégias, como enviar perguntas a revistas especializadas", diz Carolina. 



Claro que a capacidade de inovar ao trazer o aluno para participar da produção do conhecimento não é uma questão meramente de faixa etária. Mas para um professor com certo passado "tecnológico educacional" é mais fácil entender que na sociedade atual a educação não se limita a escutar aulas expositivas, ler textos escolares e realizar provas. "As tecnologias da internet permitem que o aluno tenha outras opções, como, por exemplo, aprender o que queira, quando queira, no lugar que queira, de uma maneira colaborativa", afirma Lucio França Teles, professor da Faculdade de Educação da Universidade de Brasília (UnB). 



Como consequência, diz Lucio, a curiosidade dos alunos acaba aumentando o escopo do currículo, assim como aconteceu com a turma da professora Carolina, pois eles não ficam circunscritos ao que "deve" ser aprendido para serem aprovados. "O acesso a colegas e a informações de várias fontes torna o processo de aprendizagem mais dinâmico e motivante", acredita.


Apoio  na formação


Essa visão ampla e inovadora da educação vale não apenas na hora de ensinar os alunos, mas também quando os próprios professores desejam se manter atualizados. A professora Liliane Rodrigues, 28, da escola bilíngue Cidade Jardim Playpen, São Paulo (SP), também é formada em letras e está fazendo sua segunda graduação, em pedagogia. Mas além de usar as fontes acadêmicas e formais para se aprimorar, ela está constamente aprendendo em espaços informais, como na leitura de blogs de outras professoras. 



Embora essa prática não lhe renda nenhum diploma, nascem dela dezenas de ideias e práticas que melhoram seu trabalho docente. "Uma vez li em um blog de uma professora americana sobre um curso on-line de alfabetização multissensorial. Fiquei interessada e conversei com a coordenadora. A escola acabou pagando para eu fazer o curso", conta ela, para quem o apoio da coordenação para crescer profissionalmente é fundamental. "Hoje mudei minha forma de dar aula, aplico muito do que aprendi. Eles investiram em mim, confiaram", comemora.




Empreendedorismo pedagógico


Para Carlos Seabra, consultor de projetos de tecnologia educacional, a prioridade das instituições de ensino deve realmente ser a formação continuada de seus professores. "Entre inúmeros outros fatores, os gestores e coordenadores podem facilitar condições para o que chamo de "empreendedorismo pedagógico" dos professores, ou seja, incentivo à pesquisa e à criatividade, com estímulos e apoios concretos a essas iniciativas", afirma.



Mesmo que seja difícil conseguir verba para formação, especialmente para cursos não oficiais, é possível criar condições para o empreendedorismo pedagógico, já que não se trata simplesmente de dispor de recursos financeiros, mas de estar aberto às iniciativas sugeridas. "O professor inovador, aquele que tenta novos formatos pedagógicos com suporte da tecnologia da comunicação e aprendizagem, tende a buscar instituições educacionais que deem suporte às suas ideias e práticas", afirma Lucio Teles, da UnB.



Confiar no potencial do professor e dar uma carta branca a ele foi o que fez a escola estadual Olinda Conceição Teixeira Bacha, de Campo Grande (MS), para o projeto idealizado por Alexandre Gonçalves Souza, 28 anos. Por seu perfil, era possível perceber que Alexandre era alguém que gostava de experimentar e aceitava desafios. Sem nunca ter estudado informática formalmente - sempre aprendeu "fuçando" - Alexandre tornou-se professor de tecnologia. Foi então que há três anos ele recebeu da direção o desafio de fazer um projeto que melhorasse o aprendizado em português e matemática daquela que era considerada "a pior turma" do colégio, que fica na periferia da capital. 



"Era uma sala de 8º ano com os piores desempenhos nas avaliações internas. Eles não se respeitavam e não respeitavam os professores, não tinham vontade de aprender. Era um clima de guerra", lembra o professor. Com uma verba de R$ 20 por mês, obtida com a venda de picolés na escola, Souza montou um agência de publicidade experimental com os alunos. "Assim consegui envolver a professora de artes, de que eles gostavam, e também de português, inglês (para ajudar nos textos) e matemática (para fazer os orçamentos)." 



O primeiro trabalho da agência foi desenvolver uma campanha antibullying para a direção da escola. "No começo eles não queriam fazer. Mas ver o resultado espalhado pela escola, compartilhado no Facebook e na página da secretaria de Educação os motivou", conta. Em apenas um semestre, a "turma problema" virou "turma modelo".  No ano seguinte, o projeto ganhou três prêmios: um da Assembleia Legislativa do Estado, outro do Ministério da Educação e o prêmio Professores Inovadores da Microsoft. "Os alunos foram apresentar a agência num seminário estadual de tecnologia e foram aplaudidos por diretores, coordenadores. Eles contaram que nunca imaginaram que isso pudesse acontecer", relata o professor. 



Fator desestabilizante 


Mas é claro que nem tudo são flores. Conhecida pelo seu individualismo, às vezes essa geração encontra resistências e conflitos no ambiente escolar. Entre as características da nova geração de professores está a busca por respostas e mudanças rápidas. Quando isso não acontece, esses profissionais preferem simplesmente ir embora e procurar outro lugar para dar aulas. Uma professora entrevistada pela reportagem, que prefere não se identificar, conta que com dez anos de magistério já tinha passado por oito escolas. "Existem escolas ainda muito tradicionais. Hoje estou feliz porque encontrei uma em que a coordenação é bem aberta", diz.



E ela não é a única a trocar de empregador por não ficar satisfeita com as relações com os superiores. Fábio Pauli conta que desistiu de certa escola por não concordar com a abordagem do diretor. "Eu tinha um aluno com necessidades especiais e sua orientação era clara e não estava aberta a discussão: o aluno não fazia provas e tirava sempre 7.



Mas como ele iria evoluir assim?", questiona. Felizmente, Pauli conseguiu encontrar uma escola em que a visão da direção estivesse de acordo com a sua. 



O professor Leandro de Lima, egresso de escolas públicas, conta que chegou a dar aulas em três escolas da rede pública, mas hoje prefere trabalhar diretamente apenas com estudantes de escolas particulares. "Nosso trabalho era resolver problemas da vida dos alunos, com a família, com drogas, problemas de depredação. Nas reuniões com os coordenadores, não tínhamos tempo para discutir práticas pedagógicas", reclama. 



Para Lucio Teles, da UnB, é normal que a nova geração cause um certo nível de "conflito de gerações" dentro das escolas. "Um professor inovador que cultiva  relações mais horizontais e menos autoritárias pode causar um certo temor junto àqueles professores que se posicionam de maneira mais tradicional. A inovação pedagógica na escola é sempre um fator desestabilizante, pois a maioria dos professores infelizmente ainda se apega à noção tradicional de 'transferência de conhecimentos'."



Além do imediatismo, as tendências ao individualismo e uma dose de arrogância entre os mais novos podem provocar atritos dentro das instituições de ensino. O professor da UFPE Paulo Cysneiros lembra, por exemplo, que mesmo um professor que entenda tudo de tecnologia precisa estar aberto para aprender. "Uma coisa é usar a tecnologia no cotidiano, outra é saber usá-la de forma proveitosa na educação. Para isso, primeiro ele vai ter de estudar, ter orientação de seus coordenadores", afirma. 



Diretor da escola paulistana São Domingos, Silvio Barini Pinto afirma que na hora de contratar professores, jovens ou não, tenta sempre identificar a capacidade de cooperar e a disposição para aprender com os mais experientes. "Parte dos desafios da educação atual é articular o conhecimento de maneira sistêmica. Professores individualistas não combinam com essa necessidade", avalia. 



Por procurar claramente profissionais que gostem de trabalhar em grupo, Silvio garante que nunca teve problemas com os mais jovens. "Algumas vezes já tive candidatos que depois de ouvirem a proposta de educação da escola se disseram não dispostos a trabalhar dessa forma. Por estatística ou por acaso, eram jovens."




Naturalidade tecnológica


Qualquer pessoa que convive desde a infância com diferentes formas de tecnologia tende a desenvolver relações mais naturais com ela, seja na vida pessoal ou profissional. Com o professor não poderia ser diferente. Afinal, a tecnologia é intrínseca à atualidade, e essa geração não costuma considerar que os recursos tecnológicos sejam por si necessariamente positivos ou negativos. Isso não quer dizer que, em sala de aula, a tecnologia deva ser usada de forma acrítica: tudo depende de como usá-las.



"Um professor que é mais conectado tem um potencial para lecionar aulas mais atrativas. Mas pode também ocorrer o contrário: um professor que é mais conectado pode passar a usar a conectividade de uma forma  repetitiva, assumindo que a tecnologia poderá cumprir um papel instrucional", defende Teles. Portanto, a tecnologia deve ser abordada de maneira crítica.



Mesmo os celulares, normalmente tidos como os grandes vilões da dispersão e banidos da maioria das salas de aula, são vistos com mais equilíbrio pelos jovens professores como Leandro de Lima, 26 anos, que leciona química no colégio Albert Sabin, em São Paulo (SP). "Todo mundo nas minhas salas tem um celular com acesso à internet. O que precisamos é pensar esses usos em vez de bater de frente e proibir", afirma o professor que, de certa maneira, é multitarefas. Além de dar aula para turmas regulares, prepara alunos da escola para as olimpíadas de química, participa de um projeto social no qual capacita professores da rede pública para usar tecnologia e ainda atua como consultor de uma editora de livros didáticos. 



Para ele, os aparelhos celulares podem proporcionar situações de aprendizado. "Eu falo para os alunos: dentro de sala vai tuitar o quê? Que está na aula de química? Isso é chato, ninguém quer saber. Mas, do lado construtivo, tem aluno que entra no Google para esclarecer uma dúvida, outro que tem um simulador de experiências instalado. E eles todos usam o celular para marcar compromissos, provas, trabalhos; isso funciona muito bem", conta.



Tudo ao mesmo tempo


Para Paulo Gileno Cysneiros, professor da Universidade Federal de Pernambuco, a visão crítica do uso desses recursos na educação é positiva. "Por não terem, de certo modo, uma história, as novas tecnologias provocam de forma geral um efeito emocional receptivo. Em outras vezes elas provocam medo. Por isso mesmo é preciso olhar com cuidado. O professor deve sempre  experimentar e adaptar a máquina à sua realidade."



Há ainda certas habilidades "naturais" para a nova geração de profissionais que caem como uma luva para o perfil desejável de professores. Uma delas, sem dúvida, é a capacidade de fazer várias coisas ao mesmo tempo. "Quando se trabalha com educação infantil numa turma que pode chegar a 20 crianças é preciso ser multitarefa", afirma Daniele Gazzotti, da escola Stance Dual, São Pauo (SP). 



"Enquanto você está contando uma história tem sempre alguém pedindo para ir ao banheiro, outro que resolve cutucar o amigo e alguns prestando atenção. E a gente tem de dar conta de atender a todos."

DOMINGO, 10 DE MARÇO DE 2013

TUDO NOVO DE NOVO!

Olá a todos e todas,

O blog Educando com Criatividadeestá de volta e com muitas novidades para 2013. Além do novo Layout, elaborado por minha querida irmã (expert), vocês terão postagens novas todas as terças e sextas-feiras, com atividades para educadores e pais ajudarem as crianças do 1° ao 5° ano a expandirem seus conhecimentos. Tudo está sendo feito com muito carinho, espero que gostem. E por favor comentem!



QUARTA-FEIRA, 13 DE ABRIL DE 2011

O processo de alfabetização

Reportagem disponível em: http://revistaescola.abril.com.br

Ana Teberosky: ''Debater e opinar estimulam a leitura e a escrita''

PARA A EDUCADORA ARGENTINA, NAS SOCIEDADES EM QUE SE VALORIZA A INTERAÇÃO ENTRE AS PESSOAS E A CULTURA ESCRITA, O PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO É MAIS EFICIENTE


Ana Teberosky é uma das pesquisadoras mais respeitadas quando o tema é alfabetização. A Psicogênese da Língua Escrita, estudo desenvolvido por ela e por Emilia Ferreiro no final dos anos 1970, trouxe novos elementos para esclarecer o processo vivido pelo aluno que está aprendendo a ler e a escrever. A pesquisa tirou a alfabetização do âmbito exclusivo da pedagogia e a levou para a psicologia. "Mostramos que a aquisição das habilidades de leitura e escrita depende muito menos dos métodos utilizados do que da relação que a criança tem desde pequena com a cultura escrita", afirma. Para ela, os recursos tecnológicos da informática estão proporcionando novos aprendizados para quem inicia a escolarização, mas as práticas sociais, cada vez mais individualistas, não ajudam a formar uma comunidade alfabetizadora.

Doutora em psicologia e docente do Departamento de Psicologia Evolutiva e da Educação da Universidade de Barcelona, ela também atua no Instituto Municipal de Educação dessa cidade, desenvolvendo trabalhos em escolas públicas. Em setembro, quando esteve no Brasil para participar do Congresso Saber 2005, ela deu a seguinte entrevista à ESCOLA.
De quem é a culpa quando uma criança não é alfabetizada?
Ana Teberosky - A responsabilidade é de todo o sistema, não apenas do professor. Quando a escola acredita que a alfabetização se dá em etapas e primeiro ensina as letras e os sons e mais tarde induz à compreensão do texto, faz o processo errado. Se há separação entre ler e dar sentido, fica difícil depois para juntar os dois.

Como deve agir o professor especialista ao deparar com estudantes de 5ª a 8ª série não alfabetizados?
Ana Teberosky - Todo educador precisa saber os motivos pelos quais a alfabetização não ocorre. Sou contra usar rótulos como alfabetizado e não-alfabetizado, leitor e não-leitor. Quando se trata de conhecimento, não existe o "tudo ou nada". Uma criança que tenha acabado as quatro primeiras séries, apesar de dominar os códigos da língua, pode ter dificuldade em compreender um texto e não estar habituada a estudar. Algumas apresentam resistência a tudo o que se refere à escola por motivos vários. Outras têm mesmo dificuldades e, por não saber superá-las ou não contar com alguém para ajudar, evitam contato com textos. Cada caso exige atenção e tratamento diferentes.
A atitude positiva do professor tem impacto na alfabetização da turma?
Ana Teberosky - Acreditar que o aluno pode aprender é a melhor atitude de um professor para chegar a um resultado positivo em termos de alfabetização. A grande vantagem de trabalhar com os pequenos é ter a evolução natural a seu favor. Se não existe patologia, maus-tratos familiares ou algo parecido, eles são máquinas de aprender: processam rapidamente as informações, têm boa memória, estão sempre dispostos a receber novidades e se empolgam com elas. Um professor que não acha que o estudante seja capaz de aprender é semelhante a um pai que não compra uma bicicleta para o filho porque esse não sabe pedalar. Sem a bicicleta, vai ser mais difícil aprender!

Os defensores do método fônico culpam o construtivismo, base dos Parâmetros Curriculares Nacionais, pelos problemas de alfabetização no Brasil. O que a senhora pensa disso?
Ana Teberosky - Para afirmar se a culpa é ou não de determinada maneira de ensinar, seria necessário ter um estudo aprofundado das práticas pedagógicas dos alfabetizadores em todo o país. Uma coisa é o que eles declaram fazer, outra é o que eles executam de fato. Quem afirma que uma forma de alfabetizar é melhor que a outra está apenas dando sua opinião pessoal já que não existe nenhuma pesquisa nessa linha. A dificuldade em alfabetizar no Brasil é histórica e já existia mesmo quando o método fônico estava na moda.

O bom desempenho de alguns países nas avaliações internacionais pode ser atribuído à utilização do método fônico?Ana Teberosky - Não dá para comparar um país com outro, porque não é somente a maneira de ensinar que muda. Outros fatores aliás, importantíssimos influenciam no processo de aquisição da escrita, como as características de cada idioma. É muito mais fácil alfabetizar em uma língua em que há correspondência entre o sistema gráfico e o sonoro ou naquelas em que as construções sintáticas são simples, por exemplo.

O método fônico e a psicogênese da língua escrita são incompatíveis?
Ana Teberosky - A psicogênese não é método, e sim uma teoria que explica o processo de aprendizagem da língua escrita. Nesse contexto, defendemos a integração de várias práticas pedagógicas. Mas o importante é que se leve em conta, além do código específico da escrita, a cultura e o ambiente letrados em que a criança se encontra antes e durante a alfabetização. Não dá para ela adquirir primeiro o código da língua e depois partir para a compreensão de variados textos. Nós acreditamos que ambos têm de ocorrer ao mesmo tempo, e aí está o diferencial da nossa proposta.

Como o processo de alfabetização deve ser avaliado?
Ana Teberosky - O professor deve se basear no momento inicial de aprendizagem de cada aluno, verificando o que ele conquistou em determinado período. Além do mais, a avaliação passa pela análise do próprio trabalho: o professor tem condições materiais e estruturais para ensinar? Ele criou um ambiente alfabetizador favorável à aprendizagem e necessidades de usar a língua escrita?

O que é um ambiente alfabetizador?
Ana Teberosky - É aquele em que há uma cultura letrada, com livros, textos digitais ou em papel , um mundo de escritos que circulam socialmente. A comunidade que usa a todo momento esses escritos, que faz circular as idéias que eles contêm, é chamada alfabetizadora.

Nós vivemos em uma comunidade alfabetizadora?Ana Teberosky - Cada vez menos a sociedade auxilia a alfabetização por não promover situações públicas em que seja possível a circulação de escritos, debates, discussões e reuniões em que todos sintam necessidade e vontade de usar a palavra. O individualismo vai contra a formação de leitores e escritores. Há uma tese brasileira que mostra como os sindicatos, durante sua história, desenvolveram uma cultura alfabetizadora entre seus membros. Como os líderes tinham de convencer os filiados sobre determinadas teses, buscavam informações para embasar seus argumentos, levantavam questões e respondiam às apresentadas. Os sindicalizados, por seu lado, também precisavam ler documentos, participar de reuniões, colocar suas dúvidas e opiniões para decidir.

Quais atividades o professor alfabetizador deve realizar?
Ana Teberosky - Formar grupos menores para as crianças terem mais oportunidade de falar e ler para elas são estratégias fundamentais! É preciso compartilhar com a turma as características dos personagens, comentar e fazer com que todos falem sobre a história, pedir aos pequenos para recordar o enredo, elaborar questões e deixar que eles exponham as dúvidas. Se nos 200 dias letivos o professor das primeiras séries trabalhar um livro por semana, a classe terá tido contato com 35 ou 40 obras ao final de um ano.

É correto o professor escrever para os alunos quando eles ainda não estão alfabetizados?
Ana Teberosky - Sim. A atuação do escriba é um ponto bastante importante no processo de alfabetização. O estudante que dita para o professor já ouviu ou leu o texto, memorizou as principais informações que ele contém e com isso consegue elaborar uma linha de raciocínio. Ao ver o que disse escrito no quadro-negro, ele diferencia a linguagem escrita da falada, seleciona as melhores palavras e expressões, percebe a organização da escrita em linhas, a separação das palavras, o uso de outros símbolos, como os de pontuação. A criança vê o seu texto se concretizar.

O computador pode ajudar na alfabetização?
Ana Teberosky - O micro permite aprendizados interessantes. No teclado, por exemplo, estão todas as letras e símbolos que a língua oferece. Quando se ensina letra por letra, a criança acha que o alfabeto é infinito, porque aprende uma de cada vez. Com o teclado, ela tem noção de que as letras são poucas e finitas. Nas teclas elas são maiúsculas e, no monitor, minúsculas, o que obriga a realização de uma correspondência. Além disso, quando está no computador o estudante escreve com as duas mãos. Os recursos tecnológicos, no entanto, não substituem o texto manuscrito durante o processo de alfabetização, mas com certeza o complementam. Aqueles que acessam a internet lêem instruções ou notícias, escrevem e-mails e usam os mecanismos de busca. Ainda não sabemos quais serão as conseqüências cognitivas do uso do computador, mas com certeza ele exige muito da escrita e da leitura.

É possível alfabetizar em classes numerosas?
Ana Teberosky - Depende da quantidade de alunos. Em quatro horas de aula por dia com 40 crianças, é muito difícil e eu não saberia como fazer... Seria melhor se cada sala tivesse 20, 25. Em Barcelona, estamos experimentando os agrupamentos flexíveis, que misturam grupos de diferentes níveis, com 12 estudantes e com três ou quatro professores à disposição para orientação. Existem algumas possibilidades desde que haja contribuição da gestão pública.
Por Paola Gentile

SEXTA-FEIRA, 31 DE DEZEMBRO DE 2010

Um Feliz Ano Novo!


Depois de algum tempo, você aprende a diferença, a sutil diferença, entre dar a mão e acorrentar uma alma. E você aprende que amar não significa apoiar-se, e que companhia nem sempre significa segurança. E começa a aprender que beijos não são contratos e presentes não são promessas. E começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança.

E aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão. Depois de um tempo você aprende que o sol queima se ficar exposto por muito tempo. E aprende que não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam... E aceita que não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando e você precisa perdoá-la, por isso. Aprende que falar pode aliviar dores emocionais.

Descobre que se levam anos para se construir confiança e apenas segundos para destruí-la, e que você pode fazer coisas em um instante das quais se arrependerá pelo resto da vida. Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias. E o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem na vida. E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher. Aprende que não temos que mudar de amigos se compreendemos que os amigos mudam, percebe que seu melhor amigo e você podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos.

Descobre que as pessoas com quem você mais se importa na vida são tomadas de você muito depressa, por isso sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas, pode ser a última vez que as vejamos. Aprende que as circunstâncias e os ambientes tem influência sobre nós, mas nós somos responsáveis por nós mesmos. Começa a aprender que não se deve comparar com os outros, mas com o melhor que pode ser. Descobre que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que quer ser, e que o tempo é curto. Aprende que não importa onde já chegou, mas onde está indo, mas se você não sabe para onde está indo, qualquer lugar serve. Aprende que, ou você controla seus atos ou eles o controlarão, e que ser flexível não significa ser fraco ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação, sempre existem dois lados.

Aprende que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as conseqüências. Aprende que paciência requer muita prática. Descobre que algumas vezes a pessoa que você espera que o chute quando você cai é uma das poucas que o ajudam a levantar-se.

Aprende que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que se teve e o que você aprendeu com elas do que com quantos aniversários você celebrou. Aprende que há mais dos seus pais em você do que você supunha. Aprende que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são bobagens, poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso.

Aprende que quando está com raiva tem o direito de estar com raiva, mas isso não te dá o direito de ser cruel. Descobre que só porque alguém não o ama do jeito que você quer que ame, não significa que esse alguém não o ama, contudo o que pode, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso.
Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém, algumas vezes você tem que aprender a perdoar-se a si mesmo. Aprende que com a mesma severidade com que julga, você será em algum momento condenado. Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não pára para que você o conserte. Aprende que o tempo não é algo que possa voltar para trás.

Portanto... plante seu jardim e decore sua alma, ao invés de esperar que alguém lhe traga flores. E você aprende que realmente pode suportar... que realmente é forte, e que pode ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais. E que realmente a vida tem valor e que você tem valor diante da vida!"
William Shakespeare
Desejo a todos e todas um 2011 repleto de realizações!

QUINTA-FEIRA, 15 DE OUTUBRO DE 2009

É hoje o nosso dia!

O valor de ser educador



Ser transmissor de verdades,
De inverdades...
Ser cultivador de amor,
De amizades.
Ser convicto de acertos,
De erros.
Ser construtor de seres,
De vidas.
Ser edificador.
Movido por impulsos, por razão, por emoção.
De sentimentos profundos,
Que carrega no peito o orgulho de educar.
Que armazena o conhecer,
Que guarda no coração, o pesar
De valores essenciais
Para a felicidade dos “seus”.
Ser conquistador de almas.
Ser lutador,
Que enfrenta agruras,
Mas prossegue, vai adiante realizando sonhos,
Buscando se auto-realizar,
Atingir sua plenitude humana.
Possuidor de potencialidades.
Da fraqueza, sempre surge a força
Fazendo-o guerreiro.
Ser de incalculável sabedoria,
Pois “o valor da sabedoria é melhor que o de rubis”.
É...
Esse é o valor de ser educador.

SÁBADO, 1 DE AGOSTO DE 2009

Refletindo...


"Há escolas que são gaiolas e há escolas que são asas.Escolas que são gaiolas existem para que os pássaros desaprendam a arte do voo. Pássaros engaiolados são pássaros sob controle. Engaiolados, o seu dono pode levá-los para onde quiser. Pássaros engaiolados sempre têm um dono. Deixaram de ser pássaros. Porque a essência dos pássaros é o voo.Escolas que são asas não amam pássaros engaiolados. O que elas amam são pássaros em voo. Existem para dar aos pássaros coragem para voar. Ensinar o voo, isso elas não podem fazer, porque o voo já nasce dentro dos pássaros. O voo não pode ser ensinado. Só pode ser encorajado."
Rubem Alves

SEGUNDA-FEIRA, 6 DE JULHO DE 2009

MATEMÁTICA = IDEIA E SIMBOLOGIA



Hoje tive a oportunidade de assistir a uma palestra ministrada pelo professor Luiz Roberto Dante, autor de vários livros de matemática, e fiquei maravilhada com tudo que vi. Ele mostrou algumas atividades e curiosidades que ajudam a tornar divertida a aprendizagem dos alunos.
Sabemos que a Matemática se torna muito mais interessante quando o(a) professor(a) utiliza recursos lúdicos. E não estou falando de materiais caros. Trata-se simplesmente de "criatividade pedagógica" como fazer brincadeiras, charadas e criar situações-problema contextualizadas.
Dante falou que as crianças precisam primeiro ter a ideia, depois a simbologia, porque a simbologia é a representação das ideias. Em seu cotidiano, desde cedo, elas já brincam com cálculos sem saber que estão usando matemática. Por isso a necessidade de aproveitar esses momentos de brincadeiras para mostrar essa simbologia, dando assim significado a aprendizagem.
Em lugar de imitar, repetir e seguir o que o(a) professor(a) fez e ensinou, o aluno descobre ou redescobre por si só uma ideia.
Um exemplo interessante utilizado pelo Dante:

Não basta o aluno calcular mecanicamente, por algorítimo, que mmc (4, 6) = 12.
É necessário que antes ele compreenda o que é múltiplo, o que é múltiplo comum e em seguida, apontar o menor entre os mútiplos comuns, exceto o zero. Assim:
múltiplos de 4: 0, 4, 8, 12, 16, 20, 24, ...
múltiplos de 6: 0, 6, 12, 18, 24, ...múltiplos comuns de 4 e 6: 0, 12, 24, ... mc(4, 6)
mínimo (menor) dos mútiplos comuns, exceto zero: 12 mmc(4, 6)
Logo, mmc(4, 6) = 12.

Na coleção "Aprendendo Sempre", Dante coloca a matemática para os cinco primeiros anos do Ensino Fundamental como um estímulo a experimentação para o educando, além de trazer subsídios teóricos como ideias e sugestões de trabalhos que contemplem a interdisciplinaridade para auxiliar o docente, o exemplo citado acima e vários outros estão no manual do professor desta coleção.

Outros livros do Luiz Roberto Dante:
  • Didática da resolução de problemas de Matemática
  • Didática da matemática na pré-escola
  • Tudo é matemática (sexto ao nono ano)
  • Matemática Contexto & Aplicações ( três volumes e volume único)

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