"A educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo. (Nelson Mandela) "

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Os desenhos das crianças: análise e interpretação

Autora: Georgette Silene Aparecida de SouzaOficina Caçapava - SP


Os desenhos das crianças: análise e interpretação


O relato que vou apresentar é sobre o trabalho realizado junto a educadores numa oficina livre de artes visuais sobre a observação e análise de desenhos infantis. Com a utilização de textos e artigos de renomados educadores da área a proposta era a de observar os desenhos e através de debates e discussões em grupo, seguindo a orientação dos textos, procurar entender mensagens e códigos implícitos nos desenhos infantis.


Sem perceber, no momento de desenhar a criança transporta para o papel seu estado anímico, em todos os detalhes. Refletem seu mundo físico e psíquico, suas relações mais fortes, desejadas e indesejadas, fatos do passado e do presente e podem nos apontar direções futuras. É por isso que os desenhos das crianças permitem-nos incrementar consideravelmente nossos dados sobre seu temperamento, caráter, personalidade e necessidades.


Os desenhos ajudam-nos também a descobrir (e por que não re-descobrir?) e reconhecer as diferentes etapas pelas quais a criança está atravessando, os seus problemas e dificuldades, assim como seus pontos fortes. Como introdução ao trabalho deve-se explicar os principais tópicos das artes visuais relacionadas com o desenho: o ponto, o traço, a linha, a textura, a forma, as cores, entre outros.


Analisar um desenho não é o mesmo que interpreta-lo, pois existe uma diferença real e concreta em ambos os conceitos:



  • A análise responde a um enfoque técnico e racional.


  • A interpretação dos desenhos é o resultado ou a síntese da análise.

Assim que esses pontos foram expostos aos participantes os exercícios da primeira parte tinham como objetivo trabalhar a questão da análise. Havia sido pedido aos professores que trouxessem desenhos produzidos por seus alunos e que passaram a ser observados primeiramente sobre um enfoque mais técnico, seguindo os dados fornecidos anteriormente.

Nessa análise é importante que o educador faça um reconhecimento exaustivo dos elementos mais e menos presentes nos desenhos de seus alunos, compare-os com outros desenhos da mesma criança em produções anteriores para verificar se houve ou não uma evolução de linguagem e reconheça símbolos e sinais repetitivos. Todos os detalhes importam: a utilização das cores preferidas pelas crianças, o posicionamento desses desenhos dentro do perímetro da folha, sua divisão nos quatro planos, quais as personagens mais freqüentes em seus desenhos e a importância dada a cada um deles. Uma criança tímida e retraída costuma utilizar menos espaço para desenhar em uma folha, uma criança mais "agitada" tende a não observar os limites do papel e a não concluir o que inicia, forçando demais o lápis ou utilizando mais as cores quentes do espectro. Tudo pode ser utilizado e trabalhado dentro de sala de aula. Pedir aos alunos que desenhem escolhendo apenas uma cor ou o lado direito ou esquerdo da folha é um bom início de análise de um desenho.

É um trabalho rigoroso e difícil, pois nem sempre estamos abertos a conhecer ou respeitar esse universo, pensamos no desenho como uma atividade “livre” e que não tem a mesma importância da escrita. Entretanto, a escrita pictórica é a primeira forma de comunicação do ser humano com o mundo. Foi assim com nossos antepassados e suas pinturas e desenhos rupestres, foram assim com antigas civilizações que fizeram dos desenhos uma forma de comunicação que, com a evolução, adquiriu sons e fonemas, tornando-se o que hoje conhecemos como a escrita e a oralidade desses alfabetos.

Ainda hoje nosso primeiro contato com o mundo da escrita se dá através dos traços ingênuos e desprentesiosos que realizamos desajeitadamente em folhas de papel, quando um lápis é colocado em nossa mão, e percebemos que rola-lo por essa superfície provoca algo: uma apropriação de nossas idéias, uma maneira de expressa-las do nosso modo e a compreensão dela por parte de “outros” que estão ao nosso redor. É nesse momento que o desenho deixa de ser uma mera distração para tornar-se um poderoso meio de comunicação e interação entre crianças e adultos, educandos e educadores, pais e filhos.

Após a fase exaustiva de análise, que pode durar pouco ou muito tempo dependendo do público alvo, o educador terá em mãos materiais suficientes para realizar as primeiras interpretações dos desenhos de seus alunos. Primeiras porque durante a infância a criança cresce, seus modelos mudam, sua convivência se altera, sua consciência se expande, a visão de mundo se amplia e tudo isso se refletirá naquilo que ela representar. O que a princípio pode ser uma liberação espontânea de idéias irá se revelar como algo prazeroso ampliando os potenciais artísticos e de aprendizagem nas artes visuais. Para ilustrar melhor esse é o momento do trabalho em que os educadores são estimulados a produzirem desenhos. Após essa produção os desenhos são trocados entre os grupos e todos fazem a síntese dos elementos presentes e discutem qual as fases pelas quais os participantes estão passando em relação ao seu trabalho. Vale lembrar que o desenho adulto é bem diferente do da criança e que nesse caso essa parte do exercìcio é ilustrativo para que o participante compreenda como se dá o processo e incremente-o com seus próprios saberes.

Por esse motivo é importante que o educador tenha sempre várias produções da mesma criança, que as compare, que ofereça materiais diferentes para novas experiências que estimulem o desejo da criança em expor as idéias que estão na cabeça. Uma folha de formato diferente, um lápis que tem uma cor nova, uma história contada, tudo isso pode gerar o insight que vai liberar a criança em sua produção, e com isso gerarem mais dados analíticos para o educador.

Para os educadores o momento do “desenho livre”, tão criticado como sendo uma desculpa para não fazer nada, deve ser aproveitado como um momento de pesquisa e compreensão. O educador deve saber, através de sua prática e formação, quando o desenho livre é uma arma a seu favor e quando ele deve interferir com o desenho mais direcionado, no sentido de obter o maior número de dados possível de seu público alvo e também de incrementar a aprendizagem dessa criança no campo das artes visuais.

Quando se pensa em educação, principalmente a educação no Brasil, com todos os problemas que ela enfrenta, os educadores devem aproveitar todo o conhecimento adquirido para ampliar sua prática de forma positiva. Para isso, entretanto é necessário o compromisso de todos os envolvidos no processo educativo: o compromisso do educador em ensinar, o compromisso do aluno em aprender, o compromisso do poder público em fornecer recursos necessários, o compromisso da sociedade (pais, famílias, entidades, etc.) em acompanhar e apoiar iniciativas que venham a favorecer a educação.

Analisando o desenho de uma criança podemos ver nele suas necessidades, sonhos, problemas, vínculos, seu universo íntimo e periférico. O desenho de uma criança reflete a sociedade. Por que então não analisar e interpretar essa sociedade, no sentido de conhecê-la melhor, para se traçar as estratégias que possam ampliar e melhorar sua condição enquanto grupo de indivíduos que convivem juntos?

Bibliografia de referência:

A imagem no ensino da Arte, Ana Mae Barbosa, editora Perspectiva.

Formas de Pensar o desenho, Edith Derdyk, editora Scipione.

Como Interpretar os Desenhos das Crianças, Nicole Bédard, editora Isis.

INTELIGÊNCIAS MÚLTIPLAS


Segundo Howard Gardner(Margens da Mente: A Teoria de inteligências Múltiplas, em 1983) "a inteligência é a capacidade de resolver problemas cotidianos, para gerar novos problemas, para criar produtos ou para oferecer serviços dentro do próprio ambito cultural".
Existem pessoas com uma grande capacidade intelectual, porém incapaz de fazer muitos amigos. Ao contrário existem pessoas bem secedidas nos negócios, mas na vida acadêmica não se sai muito bem. Se sair bem em cada uma dessas áres exige inteligência, mas em cada área utiliamos um tipo de inteligência diferente. Para entender melhor por que seu aluno se sai bem em determinado conhecimento, mas não em outros. E para aprender como traçar caminhos para fezê-lo se sair melhor em uma área onde possui maoir dificuldade, leia com atenção algumas dos tipos de inteligências e veja qual a melhor forma de trabalhar para que esse aluno aprenda melhor:
  • Área Linguístico-verbal
SE DESTACA EM: Leitura, escrita, narração de histórias, memorização de datas, pensar em palavras.
GOSTA DE:Ler, escrever, contar histórias, falar, memorizar, montar quebra-cabeças.
APRENDE MELHOR:Lendo, escutando e vendo palavras, falando, escrevendo, discutindo e debatendo.
  • Lógico-matemática
SE DESTACA EM: Matemática, raciocínio, lógica, solução de problemas, pautas
GOSTA DE: resolver problemas, questionar, trabalhar com números, experimentar.
APRENDE MELHOR: Usando pautas e relações, classificando, trabalhando com o abstrato.
  • Espacial
SE DESTACA EM:Leitura de mapas, gráficos, desenho, labirintos, quebra-cabeças, imaginação de coisas, visualização.
GOSTA DE : desenhar, construir, criar, sonhar acordado, olhar desenhos.
APRENDE MELHOR:trabalhando com desenhos e cores, visualizando, usando seu olho mental, desenhando.
  • Corporal-cinéstésica
SE DESTACA EM: atletismo, dança, arte dramática, trabalhos manuais, utilização de ferramentas.
GOSTA DE : Mover-se, tocar e falar, linguagem corporal.
APRENDE MELHOR: Tocando, movendo-se, processando informações por meio das sensações corporais.
  • Musical
SE DESTACA EM: cantar, reconhecer sons, recordar melodias, ritmos;
GOSTA DE : Cantar, cantarolar, tocar um instrumento, escutar música,
APRENDE MELHOR: pelo ritmo, pela melodia,cantando, ecutando músicas e melodias.
  • Interpessoal
SE DESTACA EM:Enteder as pessoas, liderando, organizando, comunicando, resolvendo onflitos, vendendo.
GOSTA DE: Ter amifos, falar com pessoas, juntar-se com pessoas.
APRENDE MELHOR: Compartilhando, comparando, relacionando, entrevistando, cooperando.
  • Intrapessoal
SE DESTACA EM: Enteder a si mesmo, reconhecer seus pontos fortes e fracos, estabelecendo objetivos.
GOSTA DE: Trabalhos sozinhos, refletir, seguir seus interesses.
APRENDE MELHOR: Trabalhando sozinho, fazendo projetos no seu próprio rítmo, tendo espaço e refletindo. 
  • Naturalista
SE DESTACA EM: Entender a natureza, fazendo distinções, identificando fauna e a flora.
GOSTA DE : Participar com a natureza, fazendo distinções
APRENDE MELHOR: Trabalhar no meio natural, explorar os seres vivos, aprende sobre plantas e temas relacionados com a natureza.

MORA, Estela. Psicopedagogia infanto-adolescente: guia de orientações para pais e ducadores. Grupo Cultural.

Atividades de Língua Portuguesa - leitura, interpretação, ortografia e gramática - 1º ao 5 º ano










Fontes:
 rangelnovellino.blogspot.com.br
http://escolaheridantas.blogspot.com.br
atividadestododia.blogspot.com.br
http://www.atividadesescolaresprontas.com.br
http://aducarinho.blogspot.com.br
Distração, Desatenção e Falta de Concentração - O que isto tem a ver com TDAH?


Distração tem dois significados principais. O primeiro é diversão, lazer. O segundo é falta de atenção, pouca concentração. Distração, como diversão e lazer, tem sempre espaço em nossas vidas – ou é ao menos desejada. Já distração com sentido de pouca atenção ou concentração insuficiente é uma das queixas mais freqüentes, tanto em pais, crianças e jovens estudantes ou adultos. Neste caso, é comum pensar em TDAH - Transtorno de Déficit de Atenção, com ou sem hiperatividade.
Distração, desatenção e falta de concentração - O que isto tem a ver com TDAH?
Se distração / desatenção é dificuldade de concentração ou falta de atenção, quais seriam as causas? A capacidade de prestar atenção / concentração depende diretamente do funcionamento adequado e integrado de diversas áreas cerebrais. O cérebro está constantemente sujeito a um bombardeio de informações, provenientes tanto dos órgãos sensoriais (as origens mais conhecidas) quanto de sistemas internos de regulação orgânica (como sistemas de controle da postura corporal ou funcionamento metabólico).
Sabe-se também que a quantidade de informação que o cérebro recebe é muito superior à sua capacidade de lidar com ela – processá-la. Alguns especialistas estimam que o cérebro receba cerca de 40 bilhões de bits de informação por segundo, enquanto sua capacidade de processamento é limitada, cerca de 2 bilhões. Assim, é fácil concluir pela necessidade de filtrar ou bloquear boa parte destas informações.
Prestar atenção, essencialmente, significa inibir distrações, de forma flexível e de acordo com as necessidades de cada instante. No TDAH, estas capacidades estão prejudicadas.
Os quatro tipos de capacidades atencionais:
1.    Atenção Seletiva - É diretamente relacionada à inibição de distrações, representa a capacidade de focar em algum estímulo, ao mesmo tempo permanecendo insensível a outros – ou seja, concentrando-se em algum aspecto e, ao mesmo tempo, distraindo-se de outros.
2.    Atenção Sustentada - Refere-se à capacidade de sustentação do esforço atencional, mantendo o foco em uma mesma atividade ou estímulo por um período mais extenso. Concentração significa sustentação da atenção seletiva, inibindo distrações, por tempo prolongado.
3.    Atenção Alternada - Corresponde à capacidade de alternar o foco da atenção, a depender das necessidades do contexto, bem como retomar o foco da atenção após alguma interferência. Um bom exemplo é alguém trabalhando, que é interrompido por um telefonema e, ao seu final, retoma seu trabalho.
4.    Atenção Dividida - Corresponde à capacidade de focar simultaneamente dois ou mais contextos.
Todos os problemas com concentração / distração são TDAH?
Problemas com pouca concentração ou excesso de distração podem ser muito prejudiciais. Podem ser causados por transtornos específicos, como o TDAH – Transtorno de Déficit de Atenção / Hiperatividade. Contudo, o inverso não é verdadeiro - nem todas as queixas de distração ou pouca concentração são causados pelo TDAH / déficit de atenção.
Um dos grandes responsáveis pela atribuição dos problemas de pouca concentração / distração ao TDAH – déficit de atenção é o próprio nome deste transtorno. Para alguém que sofre com distração, é fácil concluir que seu problema seja "O" déficit de atenção. Esta simplificação pode ser prejudicial, se levar a um diagnóstico incorreto, impedir buscar ajuda ou encontrar o tratamento adequado. Leia mais sobre diagnóstico diferencial de TDAH, distração e dificuldades de concentração.
É incorreto dizer que pessoas que sofram de TDAH não tenham capacidade de prestar atenção ou de concentração. Pelo contrário, algumas delas podem se concentrar muito além do que é comum (boa atenção seletiva e sustentada), porém apenas diante de alguns tipos de estímulo – isto é chamado de hiperfoco. O fato de apenas alguns poucos estímulos e circunstâncias serem capazes de capturar o foco da atenção é que torna o hiperfoco problemático. Em outros casos, as maiores dificuldades podem estar na atenção flexível, que dificulta retomar o foco após interrupções.
As capacidades de atenção e memória de curto prazo estão entre as funções cognitivas mais suscetíveis à influência prejudicial de fatores internos ou externos. Isto torna ainda mais complexo buscar explicações para os problemas de atenção, em todas as suas formas: distração, dificuldades em sustentar o esforço, flexibilidade. Sabe-se que dificuldades são encontradas não apenas no TDAH – Déficit de Atenção, mas também em vários problemas e transtornos. É fundamental saber que há diagnóstico e tratamento para TDAH.
Concentração insuficiente e incapacidade em sustentar o esforço podem, por exemplo, serem causados por problemas / transtornos de aprendizagem (linguagem, leitura, escrita, matemática, etc.). A criança ou jovem pode sentir-se ansioso, estressado ou deprimido quando solicitado a fazer tarefas difíceis e desenvolver uma rota-de-fuga, desligando-se daquele mundo. O mesmo pode ocorrer em situações de forte pressão emocional. Alguns autores chegam a considerar o TDAH como derivado primariamente de comportamentos de esquiva de situações aversivas.
Preocupação excessiva, baixa auto-estima, ansiedade, perfeccionismo, medos em geral podem funcionar como atratores para a atenção e, portanto, prejudicar o controle voluntário e a inibição destes pensamentos negativos. Em menor grau, acontece a todas as pessoas. Porém, naqueles que já apresentam transtornos de ansiedade, depressão ou outros transtornos, ocorre com maior severidade.
Outros aspectos cotidianos também devem ser levados em conta, como cansaço, stress crônico, descanso insuficiente, sono de má qualidade, abuso de álcool, drogas ou outras substancias. Neste caso, dizemos que o problema de atenção é secundário (há outro problema anterior que pode explicar o comprometimento da atenção).
Pessoas com queixas significativas com concentração, pouca sustentação do esforço, dificuldades com memória e esquecimento freqüentes devem procurar avaliação de um especialista, para diagnóstico diferencial e posterior encaminhamento para um tratamento adequado.
Link para o artigo original: www.dda-deficitdeatencao.com.br/tdah/distracao-desatencao-concentracao.html - Escrito por Cacilda Amorim, Diretora Clínica do IPDA. Se copiar ou citar este artigo, mantenha esta nota e o link original.

Postado por Silvana Lima

Reabilitação: A avaliação neuropsicológica

 
 Daniela Tsubota Roque
daniela.tsubota@gmail.com 

Rosani Ap. Antunes Teixeira
psic_rosani@yahoo.com.br 

A avaliação neuropsicológica é um processo complexo que integra diversas informações a fim de desenvolver uma compreensão sobre as habilidades cognitivas, relações cérebro-comportamento, habilidades sociais e funcionamento da personalidade de um indivíduo.
A entrevista clínica é o primeiro passo e fornece uma visão geral sobre o indivíduo e o seu contexto de vida. São colhidos dados referentes à história pessoal e familiar, informações relacionadas ao desenvolvimento acadêmico e profissional, além de informações sobre o desenvolvimento psicomotor, desenvolvimento da fala, problemas com a puberdade, problemas associados ao envelhecimento e o histórico médico.

A partir dessas informações, o neuropsicólogo monta uma bateria de testes específica para cada pessoa. Em conjunto, os dados da entrevista e os resultados dos testes neuropsicológicos fornecem subsídios para a compreensão da dinâmica cognitiva do indivíduo, revelando as potencialidades e os potenciais a serem desenvolvidos, permitindo ao neuropsicólogo traçar um programa de reabilitação cognitiva / neuropsicológica.

Avaliação neuropsicológica é indicada quando se suspeita de:
  • Condição neurológica (autismo, hidrocefalia, meningite, tumores cerebrais, paralisia cerebral, TDAH, Síndrome de Down etc);
  • Sequela cognitiva decorrente de traumas, acidente vascular cerebral, infecção etc;
  • Dificuldades de aprendizagem e escolares;
  • Dificuldades de memória e atenção;
A avaliação neuropsicológica permite um diagnóstico detalhado das funções cognitvas e é o ponto de partida para o planejamento de intervenções psicológicas, neurológicas e acadêmicas.

A Reabilitação Congitiva / Neuropsicológica é um processo terapêutico que visa estimular, recuperar ou melhorar as funções cognitivas de crianças, adolescentes, adultos e idosos que apresentam déficits cognitivos. Na reabilitação, as sessões são estruturadas atráves de um plano de tratamento com atividades personalizadas, as funções com prejuízo serão estimuladas, compensadas ou adequadas.

A partir dos dados da avaliação neuropsicológica, será desenvolvido umPrograma de Reabilitação que consiste em uma série de prática de intervenções terapêuticas e envolvem:
  • Treinamento de tarefas;
  • Treinamento direto com técnicas e exercícios específicos;
  • Orientação familiar e escolar (caso necessário);
  • Manipulação ambiental e/ou escolar;
  • Psicoterapia.
O objetivo principal da reabilitação não é somente melhorar e compensar habilidades cognitivas visando um ganho funcional, mas também minimizar o impacto pessoal, emocional e social da lesão cerebral / alteração cognitiva garantindo assim melhor qualidade de vida para o paciente e seus familiares.
Reabilitação Cognitiva / Neuropsicológica

A Reabilitação Congitiva / Neuropsicológica é um processo terapêutico que visa estimular, recuperar ou melhorar as funções cognitivas de crianças, adolescentes, adultos e idosos que apresentam déficits cognitivos. Na reabilitação, as sessões são estruturadas atráves de um plano de tratamento com atividades personalizadas, as funções com prejuízo serão estimuladas, compensadas ou adequadas.

A partir dos dados da avaliação neuropsicológica, será desenvolvido umPrograma de Reabilitação que consiste em uma série de prática de intervenções terapêuticas e envolvem:
  • Treinamento de tarefas;
  • Treinamento direto com técnicas e exercícios específicos;
  • Orientação familiar e escolar (caso necessário);
  • Manipulação ambiental e/ou escolar;
  • Psicoterapia.
O objetivo principal da reabilitação não é somente melhorar e compensar habilidades cognitivas visando um ganho funcional, mas também minimizar o impacto pessoal, emocional e social da lesão cerebral / alteração cognitiva garantindo assim melhor qualidade de vida para o paciente e seus familiares.

O trabalho de Reabilitação Cognitiva / Neuropsicológica deve ser conduzido  por um psicólogo especializado em neuropsicologia, que irá compreender o paciente como um indivíduo, em seus aspectos cognitivos, emocional e social.

Com isso, a Reabilitação também tem como objetivo a compreensão da nova realidade funcional do indivíduo por ele mesmo, pela família e pela sociedade; auxiliando-o a lidar com as mudanças em seu cérebro e comportamento em diversos contextos sociais. Além de estabelecer compromissos de mudanças e trabalho realistas, promovendo um ambiente de esperança, com metas que possam ser alcançadas.
Reabilitação da Atenção 

Existem diversos modelos para explicar a atenção, mas aqui descreveremos apenas o modelo clínico, que é mais utilizado para a reabilitação.

Temos basicamente cinco componentes da atenção:
  • Atenção focada – resposta a um estímulo (ex: girar a cabeça  quando ouvimos nosso nome);
  • Atenção mantida ou sustentada –  habilidade de manter a atenção continuamente durante toda a duração de uma atividade (ficar focado até o termino da tarefa);
  •  Atenção seletiva – habilidade de manter a atenção fixa, ignorando outros estímulos (ex: ficar atento a uma conversa mesmo que a TV esteja ligada);
  •  Atenção alternada – habilidade de mudar o foco da atenção e fazer duas coisas praticamente ao mesmo tempo (ex: prestar atenção ao professor e tomar nota dos pontos principais);
  • Atenção dividida – habilidade de responder simultaneamente a duas tarefas (ex: falar ao telefone e digitar no computador ao mesmo tempo).
Obviamente, a reabilitação vai passar pela avaliação neuropsicológica da atenção, que irá identificar qual componente da atenção está alterado e qual o nível. A partir desses resultados, vamos eleger a melhor técnica para reabilitar o componente atencional, que podem ser: treinamento da sustentação da atenção, treino com estímulos distratores, etc. Contudo a escolha da técnica depende do componente atencional que se quer reabilitar.

Alguns exemplos de técnicas:
  • Prejuízo na atenção mantida ou sustentada – podemos utilizar a técnica do treinamento da atenção: exercícios onde o paciente ouça determinados parágrafos e depois diga o que entendeu.
  • Prejuízo na atenção seletiva – podemos utilizar a técnica de dispositivos externos: exercícios onde o paciente faça uma redação e tenha que ignorar um ruído externo ou a TV.
  • Prejuízo na atenção alternada – podemos utilizar a técnica do treinamento da atenção: exercícios onde o paciente começe a escrever os números na ordem crescente e depois na ordem decrescente.
  • Prejuízo na atenção dividida – podemos utilizar a técnica de treinamento da atenção: com exercícios onde o paciente começe a fazer uma leitura e ao mesmo tempo procure palavras relacionadas com “café da manhã”.
O trabalho de reabilitação também incluí a utilização de estratégias e suportes ambientais, ou ainda, dispositivos externo (bips, pagers ou celular). Essas estratégias envolvem manipulação do ambiente do indivíduo de modo a facilitar ou promover as metas estabelecidas. Uma estratégia fundamental, por exemplo, para ajudar as crianças a prestar atenção na lição é modificar seu ambiente de estudos para diminuir as distrações, tirar brinquedos da mesa de estudo e diminuir o número objetos restringindo-os aos necessários à lição. Essa estratégia também é muito útil com os adultos.
Apostila com exemplos de exercícios para estimular a atenção.

Link para apostila: Clique Aqui 

Fonte: http://neuroniosnodiva.blogspot.com.br/

Avaliação Neuropsicológica



Muitos pais me perguntam o que é uma Avaliação Neuropsicológica, existem dúvidas e até mesmo resistência de levar suas crianças para profissionais como Neurologista e/ou Psicólogo. Na maioria dos casos, nós Psicopedagogos necessitamos de um parecer desses profissionais para darmos andamento na interveção psicopedagógica.

 
Por Dra Cleonice Medeiros - Psicóloga e Neuropsicologa

A neuropsicologia estuda as relações entre o cérebro/comportamento, dedicando-se a investigar diversas áreas cognitivas do individuo. Tem como objetivo a investigação do papel de sistemas cerebrais individuais em formas complexas de atividades mentais.

Como é feita a avaliação neuropsicológica?

A avaliação neuropsicológica busca investigar quais as funções cognitivas que estão preservadas e as que estão comprometidas. Através do uso de instrumentos (testes, baterias, escalas) padronizados para avaliação das funções cognitivas, o neuropsicólogo irá pesquisar o desempenho de habilidades como atenção, percepção, linguagem, raciocínio, abstração, memória, aprendizagem, processamento da informação, visuoconstrução, afeto, habilidades motoras e executivas. A avaliação neuropsicologica  tem por objetivo poder coletar os dados clínicos para auxiliar na compreensão da extensão das perdas e explorar os pontos intactos que cada patologia provoca no sistema nervoso central de cada paciente. A partir desta avaliação neuropsicológica é possível estabelecer tipos de intervenção, de reabilitação particular e específica para indivíduos e/ou grupos de pacientes com disfunções adquiridas, genéticas, primariamente neurológicas ou secundariamente a outros distúrbios.
O que é neuropsicologia?
Conforme definição de Luria (1981), Neuropsicologia é a ciência que estuda a relação entre o cérebro e o comportamento humano.

Em que consiste a Avaliação Neuropsicológica?

A Avaliação Neuropsicológica consiste em uma investigação minuciosa das funções cognitivas, sensoriais, motoras, emocionais e sociais da pessoa, com o intuito de se identificar algum comprometimento funcional neurológico, bem como as áreas preservadas.
Utilizando-se uma bateria de testes e procedimentos padronizados, analisa-se detalhadamente a relação entre o comportamento do indivíduo e o funcionamento de seu cérebro, a fim de auxiliar no diagnóstico, na compreensão da extensão das perdas funcionais, estabelecer tipos de intervenção específica e adequada, e desenvolver um plano de reabilitação. Sua atuação, portanto, é voltada para a avaliação e reabilitação de pessoas que apresentem alguma alteração cognitiva e/ou comportamental, associada às diversas patologias que afetam o sistema nervoso central. Aplica-se em crianças, adultos e idosos.
As principais funções cognitivas são: inteligência, atenção, memória, percepção, linguagem, raciocínio, aprendizagem, velocidade de processamento, flexibilidade mental, habilidades visuo-construtiva, habilidades visuo-espacial, funções motoras e executivas.
Em crianças, identifica-se, com certa frequência, alterações comportamentais e dificuldades na aprendizagem escolar, devido a vários fatores, como problemas de atenção, concentração, compreensão, memória, incapacidade para ler, para fazer cálculos etc. Também são comuns, em todas as idades, traumas, epilepsia, depressão, demência, doença de Parkinson, esquizofrenia, alteração de conduta, transtorno do desenvolvimento, déficit cognitivo pós lesões cerebrais decorrentes de traumatismos, déficit cognitivo pós Acidente Vascular Cerebral (AVC), déficit cognitivo pós tumores, déficit cognitivo pós meningo-encefalites, déficit associado ao alcoolismo e/ou às drogas, entre outras doenças neurodegenerativas. Nesses casos, é indicada a Avaliação Neuropsicológica.
A importância da Avaliação Neuropsicológica reside no fato de se procurar identificar precocemente a presença de algum distúrbio, bem como o grau de sua evolução. Uma vez identificado algum prejuízo funcional, pode-se contribuir para a inclusão social da pessoa, por exemplo, desenvolvendo-se novas estratégias para lidar com as limitações apresentadas, minimizando-as.