"A educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo. (Nelson Mandela) "

terça-feira, 12 de abril de 2016

teatro - a coruja e a águia

(Fábula de Monteiro Lobato)
Adaptação: Prof. Terezinha Bordignon

PERSONAGENS:Um Narrador
Coruja mãe
Águia Real
Urubu rei
Filhote Nº1
Filhote Nº2
Filhote Nº3

(Escolher alunos menores para este papel. Maquiagem ou máscara bem feias. Colocar uma plaquinha nas camisetas, identificando os filhotes com plaquinhas. Também podem ser substituídas por nomes

CENÁRIO: A gosto da equipe
SONOPLASTIA: Música alegre e triste, conforme o momento.
FIGURINO: Roupas comuns
PERSONAGENS: Caracterizados com pinturas no rosto, máscaras ou óculos.

CONFECCIONAR:
Uma maletinha. Dentro dela uma caneta e um papel escrito com letras bem grandes: “CONTRATO DE PAZ”
Um ninho para os filhotes da coruja, pode ser uma caixa grande de papelão, um amontoado de pano no chão, uma bacia ou tacho grande com pano velho ou palha de bananeira seca no fundo.



INÍCIO

NARRADOR:
Vamos conhecer um pouco sobre esta peça teatral. Ela é uma adaptação da fábula “A Coruja e a Águia, do escritor brasileiro Monteiro Lobato. Está dividida em quatro atos. Será encenada por seis personagens. Vejamos as características de cada um deles.
ÁGUIA REAL – (Aquela, que foi criada por uma galinha, tem medo de altura) É insegura, um tanto insensível, mas quando é provocada não tem medo de briga.
CORUJA – Alegre, cheia de vida. Mãe amorosa. Faz o que pode para defender seus filhos, que nunca sobrevivem.
URUBU – Aventureiro. Gosta de viajar à procura de novas carniças. Não é muito pacífico, gosta mesmo é de morte. Mas nesse peça vai dar uma ajudazinha para construir a paz.
OS TRÊS FILHOTES DA CORUJA – Bebezinhos Indefesos, famintos ao extremo.




1º ATO
NARRADOR:
Num reino bem distante do mundo em que vivemos havia uma linda floresta que ainda não tinha sido devasta por homens gananciosos. Era habitada por milhares de animais de todas as espécies. Dentre esses, moravam lá também os personagens de nossa história: a Coruja e a Águia.
Mas o reino já não andava lá essas coisas. Era conversa pra lá, conversa pra cá, conversa pra todo lado. As duas não estavam se entendendo. Viviam em pé de guerra. Tudo porque, sempre que chocavam uma ninhada, sumiam os filhotes. Que mistério era esse? Preste atenção que você vai entender.

CORUJA: (Aos gritos) Chegaaaa! Eu não agüento mais. Sua águia medrosa.

ÁGUIA: (Insegura) Eu? Medrosa, eu? Pois fique sabendo que sou uma águia real. Não tenho medo de nada!

CORUJA: (Rindo) Ah, ah, ah, há. Não me faça rir! Você uma águia real? È isso mesmo. Águia real: real-mente medrosa!

ÁGUIA: (nervosa) É tudo mentira!

CORUJA: (ironicamente) Pensa que eu não sei que você tem medo da altura dos penhascos? Por isso vive nessa floresta. Seu lugar é lá, naquela montanha.

ÁGUIA: ( com o dedo levantado) Como cidadã, eu tenho o direito de morar onde eu quiser. ( apontando o dedo para o nariz da coruja) Entendeu?

CORUJA: Mas que é medrosa, é.

ÁGUIA: Eu sou apenas insegura. Fui criada por uma galinha. Ela me fez Ter medo de altura. Dizia que eu era galinha também. Que eu nunca iria voar. Ainda bem que não acreditei.

CORUJA: Sua devoradora de anjinhos. Sua galinha!

ÁGUIA: Mas do que você está me acusando? Fique sabendo que sou uma águia muito boazinha!

CORUJA: Boazinha? Com esse bico e com essas garras. Pensa que eu não sei que é você que sempre come os meus filhotinhos.

ÁGUIA: A culpa é do seu marido, que não cuida deles quando você sai de casa!

CORUJA: Fique sabendo que eu não tenho marido!

ÁGUIA: E depois, eu é que sou galinha, né? Corujosa!

CORUJA: Epa! Alto lá! Não fale assim comigo não!

ÁGUIA: Falo sim, pois eu também sou mãe. Eu também sofro. Meus filhotinhos também somem todas as vezes que eu choco. Eu sei que foi você.

CORUJA: (gritando) Nunca! Nunquinha! Isso é fruto da sua imaginação!

ÁGUIA: Eu ainda te pego! Você não perde por esperar!
(Entra voando o Urubu, carregando uma maletinha )

URUBU: (Muito animado) Boa tarde, belas jovens

ÁGUIA: (Triste) Boa tarde Urubu Rei.

CORUJA: (Triste) Boa tarde Urubu Rei.

URUBU: Mas o que é isso? Morreu alguém?
(Águia e coruja falam juntas)
ÁGUIA: Morreu.
CORUJA: Morreu.

URUBU: ( Animado) Quem morreu? Quem morreu? Me fala logo que eu adoro velório.
(Águia e coruja falam juntas outra vez, apontando uma para a outra:)

ÁGUIA: Foi você!

CORUJA: Foi você!

(As duas abando as mãos dando a entender o mau cheiro)
ÁGUIA: Eu! ? Você é que está podre!

CORUJA: Foi você! Sua fedida!

URUBU: Não estou entendo nada. Vocês podem me explicar o que está acontecendo?

ÁGUIA: (Apontando para a coruja) Foi ela que soltou esse pum insuportável! Que carniça!

CORUJA: Eco, que nojo!

URUBU: (Falando com autoridade) Calma! Não briguem! Não foi nenhuma das duas. Fui eu.
(Águia e coruja falam juntas, admiradas:)

ÁGUIA: Foi você? Seu urubu podre!

CORUJA: Foi você? Seu urubu podre!

URUBU: (Falando devagar) Vocês estão muito estressadas! Esse cheiro é do perfume francês “urubuzê carinicê” . Esse é meu perfume predileto.

CORUJA: Ah é? E quando você volta pra França.

URUBU: Eu vim para ficar. Vou morar nesta floresta também. Eu Gosto de ordem.. Quando eu cheguei vocês estavam discutindo.

CORUJA: (lamentando-se) Sabe o que é, Seu Urubu Rei? È que todas as vezes que eu choco uma ninhada, a Águia come os meus bebezinhos. Tenho três bebezinhos novos. Aposto que ela deve estar de olho neles para devorá-los na primeira oportunidade!

ÁGUIA: Ela também devora os meus!

(Águia e coruja se xingam, apontando o dedo uma para a outra:)
CORUJA: Sua comilona!

ÁGUIA: Sua gulosa!

CORUJA: Sua pecadora!

ÁGUIA: Sua criminosa!

CORUJA: Sua filha de uma coruja!

ÁGUIA: (Mais nervosa ainda) Não fale mal de minha mãe que eu fico macha!

URUBU: Parem com isso! Chega! Era só o que faltava, guerra ! Que belo exemplo para seus filhos!

ÁGUIA: Não é isso que desejo para minhas aguiazinhas reais!

CORUJA: Não quero que meus filhos cresçam neste clima de guerra! O mundo é tão grande. Tem tanta caça por aí. Que tolice nós duas comermos os filhos uma da outra!

ÁGUIA: Perfeitamente. Eu também não quero outra coisa. Só quero paz.

CORUJA: Então façamos um trato:

ÁGUIA: Um trato? Que trato? Olha lá heim? Você não tem cara de quem cumpre trato. Com esses olhos enormes, não sei não, não sei não!

URUBU: (alterando a voz) Calma gente! Vocês vão começar tudo outra vez!

ÁGUIA: Vamos fazer esse trato logo! (interrompe a respiração) Ô carniça fedorenta!

CORUJA: Vamos sim. Então fica combinado. Desse momento em diante não vamos mais comer os filhotes uma da outra. Certo?

ÁGUIA: Certo! Senhor Urubu Rei, poderia ser testemunha deste ato de paz?

URUBU: Com todo o prazer. (abre a malinha e tira um papel e uma caneta) Assinem aqui.

ÁGUIA: (faz um risco rapidinho) Pronto! Assinei.

URUBU: Agora a senhora, dona coruja.

CORUJA: (faz um risco rapidinho) Eu também já assinei

URUBU: (Guardando o papel na malinha, diz bem alto:) finalmente, Paz!

ÁGUIA: É isso aí, dona coruja. Mas me diga uma coisa: Como é que eu vou saber se são os seus filhos ou não?

CORUJA: Isso é moleza. Sabe como? Quando você encontrar um ninho com filhotes feios, pode comer, porque não são os meus filhos. ( animada, falando alto) Os meus amados filhotes sãos os mais alegres, mais cheios de graça, os mais lindos da face da terra.

ÁGUIA: Nossa, Dona coruja! São tão lindos assim?

CORUJA: Claro. Eu nunca vi bebês tão maravilhosos!

ÁGUIA: Nesse caso, fique tranqüila. Seus filhos não correm o menor perigo. Vou observar bem antes de papar uma ninhada!

CORUJA: Você merece um beijo.
(As duas se abraçam e se beijam)

(Final do Primeiro ato. Todos
 saem do palco.)


2º ATO

NARRADOR
E, neste reino distante do mundo dos homens a vida continuava. Os filhinhos da coruja cresciam, já tinham nascidos suas primeiras peninhas. Haviam abrido os olhos e balbuciavam alguns pios, principalmente na hora que estavam com fome. Mamãe coruja estava orgulhosa de seus rebentos. A paz reinava, até que numa linda tarde aconteceu o seguinte...

(No palco, o ninho com três filhotes dentro, todos dormindo. A coruja se aproxima e eles imediatamente começam a piar)

FILHOTE Nº 1: (Abre a boca e faz sinal para a mãe colocar comida, bem alto)
Piu, piu, piu, piu! Comidinha pro bebê!

FILHOTE Nº 2(Abre a boca e faz sinal para a mãe colocar comida, bem alto)
Piu, piu, piu, piu! Papinha no meu biquinho, mamãe!

FILHOTE Nº 3(Abre a boca e faz sinal para a mãe colocar comida, bem alto)
Piu, piu, piu, piu! Nenê quer comer ranguinho!

CORUJA: (Olhando para os filhotes) calma, meus amores! A mamãe vai providenciar o jantar. Só estou terminando de me arrumar. Não sair daqui neste estado. (Molha as pontas dos dedos e passa nas sobrancelhas e atrás das orelhas. Molha outra vez e passa nas axilas.) Tchau queridinhos. Mamãe não vai demorar

(Os Filhotes piam todos ao mesmo tempo:)
Piu, piu, piu, piu! Piu, piu, piu, piu! Piu, piu, piu, piu!

CORUJANão se preocupem. A águia não vai lhes fazer nenhum mal. Nós temos um tratado de paz!

FILHOTE Nº 1: Então vai logo, que eu estou varado de fome!

FILHOTE Nº 2: Buáaaaaa, Buáaaaaa, Buáaaaaa!

FILHOTE Nº 3: Buáaaaaa, Buáaaaaa, Buáaaaaa!

CORUJA: (Carinhosa) Não chorem meus bebezinhos lindos, a mamãe volta num instante com ovinhos frescos para o jantar! (a coruja sai do palco dizendo) Meus filhos são os mais lindos do mundo!

(Os filhotes se encolhem e adormecem)

(Final do segundo ato. Os bebês ficam no ninho)



3º ATO

NARRADOR:
Pois é meus amigos, vocês nem imaginam o que aconteceu. Os filhos da coruja já espertinhos, ficaram sozinhos enquanto a mãe providenciava o jantar. Mas, eis que acontece um imprevisto. Enquanto eles dormiam, silenciosamente chega a águia. Ela também providenciava seu jantar. Estava faminta. Muito faminta! Precisava de comida com urgência. De muita comida. E comida da boa, suculenta! Vejam só o que aconteceu...

(Os filhotes estão dormindo no ninho. Entra no palco a Águia)

ÁGUIA(Fazendo sinal psiu, silêncio, pé ante pé. Fala alto, olhando para o relógio.) Seis horas? Que tarde. Tenho que ser rápida. (Com admiração) Oh! Um ninho de filhotinhos!

( Os filhotes acordam assustados e falam todos ao mesmo tempo:)

FILHOTE Nº 1: É a águia! E agora? O que será de nós?

FILHOTE Nº 2: É a águia! E agora? O que será de nós?

FILHOTE Nº 3: É a águia! E agora? O que será de nós?

ÁGUIA: Que horrorosos! Esses não podem ser os filhos da Coruja! Ela me garantiu que os filhos dela são lindos. Vocês são muito feios!

FILHOTE Nº 1: Somos filhos da coruja sim! Pelo amor de Deus, piedade!

FILHOTE Nº 2: Eu tenho gosto de cobra!

ÁGUIA: eu adoro cobra.

FILHOTE Nº 3: Socorro!

ÁGUIA: Não adianta reclamar não. Vocês parecem que saíram do inferno!

( Todos os filhotes gritam ao mesmo tempo:)

FILHOTE Nº 1: Socorro! Socorro! Socorro! Socorro!

FILHOTE Nº 2: Socorro! Socorro! Socorro! Socorro!

FILHOTE Nº 3: Socorro! Socorro! Socorro! Socorro!

(A águia bica todos eles. Eles deitam. Estão mortos) (Marcha fúnebre como som de fundo)

(Final do terceiro ato. A águia e os bebês saem e o ninho fica vazio.)




4º ATO

NARRADOR:
É pessoal, esta é uma história muito triste. Imaginem vocês que tragédia para aquela mãe. Dá até vontade de chorar quando me lembro do final da história. Vamos ver o que aconteceu:

(Ninho vazio. Águia com a barriga grande, entra e fica ao lado do ninho)

ÁGUIA: (Com a mão na barriga) Ah! Que delicia! Aqueles filhotes estavam bem suculentos!

(A coruja entra aos berros)

CORUJAOh, não! Meu Deus, os meus filhinhos! Todos mortos! Por quê, meus Deus, eu tenho que passar por isso toda vez? Por quê? 

ÁGUIA: Filhos? Que filhos?

CORUJAAqueles que estavam nesse ninho. Sua tratante!

ÁGUIA: Aqueles bichinhos horrorosos eram seus filhos? Eu sinto muito, mas você me garantiu que eram bonitos.

CORUJA: Mas eram bonitos. Quem ama não vê defeito. Para mim eles eram os filhos mais lindos do mundo! Quem ama o feio, bonito lhe parece.

ÁGUIAAgora, não adianta se lamentar! Da próxima vez, prometo que não farei mais isso. Perdão.

CORUJA: Está bem. Eu te perdôo

(Coruja e águia saem do palco abraçadas.)

(Todos os atores voltam ao palco para os aplausos)



Vídeo-sugestão:



A formiguinha e a neve - Teatro


NARRADOR: Certa manhã de inverno uma formiguinha saiu para seu trabalho diário. Já ia muito longe a procura de alimento, quando de repente um floco de neve caiu e prendeu seu pezinho. Aflita vendo que não podia se livrar da neve, e iria assim morrer de fome e frio, voltou-se para o sol e disse:

FORMIGA: Hó sol, tu que és tão forte, derrete a neve que prendeu o meu pezinho.

NARRADOR: E o sol indiferente nas alturas falou:

SOL: Mais forte do que eu é o muro que me tapa.

NARRADOR: Olhando então para o muro a formiguinha pediu:

FORMIGA: Hó muro tu que és tão forte que tapas o sol que derrete a neve, desprende o meu pezinho?

NARRADOR: E o muro que nada vê e muito pouco fala, respondeu apenas:

MURO: Mais forte do que eu é o rato que me rói.

NARRADOR: Voltando-se então para o ratinho que passava apressado, a formiguinha suplicou:

FORMIGA: Hó rato, tu que és tão forte, que rói o muro que tapa o sol que derrete a neve, desprende o meu pezinho?

NARRADOR: Mas o rato que também ia fugindo do frio gritou de longe:

RATO: Mais forte do que eu é o gato que me come!

NARRADOR: Já cansada a formiguinha pediu ao gato:

FORMIGA: Hó gato, tu que és tão forte, que comes o rato, que rói o muro que tapa o sol que derrete a neve, desprende o meu pezinho?

NARRADOR: E o gato sempre preguiçoso disse bocejando:

GATO: Mais forte do que eu é cão que me persegue...

NARRADOR: Aflita e chorosa a pobre formiguinha pediu ao cão:




FORMIGA: Hó cão tu que és tão forte que persegues o gato come o rato, que rói o muro que tapa o sol que derrete a neve, desprende o meu pezinho?

NARRADOR: E o cão que corria atrás de uma raposa, respondeu sem parar:

CÃO: Mais forte do que eu é o homem que me bate.

NARRADOR: Já quase sem força, sentindo o coração gelado de frio a formiguinha implorou ao homem:

FORMIGA: Hó homem, tu que és tão forte que bate no cão que persegue o gato que come o rato que rói o muro que tapa o sol que derrete a neve, desprende o meu pezinho?

NARRADOR: E o homem sempre preocupado com o seu trabalho respondeu apenas:

HOMEM: Mais forte do que eu é a morte que me mata.

NARRADOR: Trêmula de medo, olhando para a morte que se aproximava a pobre formiguinha suplicou:

FORMIGA: Hó morte, tu que és tão forte que mata o homem que bate no cão que persegue o gato que come o rato, que rói o muro que tapa o sol que derrete a neve, desprende o meu pezinho?

NARRADOR: E a morte que nada fala impassível respondeu...

MORTE: ................

NARRADOR: Quase morrendo, então a formiguinha rezou baixinho...

FORMIGA: Meu Deus, o senhor, que é tão forte, que governas a morte, que mata o homem, que bate no cão, que persegue o gato, que come o rato, que rói o muro, que tapa o sol, que derrete a neve, desprende o meu pezinho?

NARRADOR: E então, Deus que ouve todas as preces sorriu, estendeu a mão por cima das montanhas, e ordenou que viesse a primavera.
No mesmo instante no seu carro de ouro a primavera desceu por sobre a terra,
enchendo de flores os campos, enchendo de luz os caminhos.
E vendo a formiguinha quase morta gelada pelo frio, tomou-a carinhosamente entre as mãos e levou-a para seu reino encantado, onde não há inverno, onde o sol brilha sempre e onde os campos estão sempre cobertos de flores.



SOL: Mais forte do que eu é o muro que me tapa.
MURO: Mais forte do que eu é o rato que me rói.
RATO: Mais forte do que eu é o gato que me come!
GATO: Mais forte do que eu é cão que me persegue...
CÃO: Mais forte do que eu é o homem que me bate.
HOMEM: Mais forte do que eu é a morte que me mata.



O livro "A FORMIGUINHA E A NEVE" de autoria de "João de Barro" foi adaptado para o teatro. Fonte: Teatro Cristão.



Esta postagem pertence ao Espaço Educar.

MENTIROSO

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MENTIROSO - Teatro CristãoHistória que ensina as crianças a se defenderem de pessoas mal intecionadas e ensina também o quanto é legal sermos diferentes uns dos outros.

Um "Homem Estranho" aborda uma criança e quer que ela brinque com ele fazendo coisas escondidas de seus pais. Mente pra ela...

Chega uma Velha śabia, prova para a menina que o homem havia mentido. A velha ainda orienta a criança a orar e contar tudo para os pais...


Cenário: mesa e cadeira escolar.
Figurino: Homem estranho, vestido como um mágico levemente macabro (sugestão: Willy Wonka do Fábrica de Chocolate). Menina com um vestidinho, bem delicada.
A peça começa com uma criança sentada na cadeira escolar (sugestão). A criança está dormindo, com corpo bem mole, como se fosse uma boneca. Entra em cena um homem estranho, de jeito de andar gozado, ele fala com a plateia:
HOMEM ESTRANHO: Bom dia a todos!!
Bom dia!!! Sabem o que eu vim fazer aqui hoje? [Vocês não sabem o que eu vim fazer aqui?] Eu vim procurar uma criança para brincar comigo!!!
Quem quer brincar comigo?
Mas olha... eu gosto de umas brincadeirinhas que a mamãe, o papai e a titia não podem ficar sabendo.
Eles dizem que é errado, mas eu acho divertido!
Por exemplo. Quem aqui já grudou chiclete no cabelo do amiguinho?
Quem já rabiscou a parede com giz de cera azul? A mamãe não deixa! É errado, mas eu acho legal... Eu gosto dessas brincadeirinhas que a titia da escola não pode ficar sabendo.
Humm... Deixa que eu ver quem vou chamar pra brincar comigo... Alguém quer tocar o terror comigo?
[* Começa a escolher alguém. “Mas eu to procurando uma criança massa, ela é assim, duas cabeça, três pernas, que tenha pele verde....*]
Brinca com as crianças da plateia, (não pode ser assustador, senão a criançada vai chorar) mas decide levar nenhuma. Até que repara que tem uma criança sentada no palco dormindo.
HOMEM ESTRANHO: Olha só o que temos aqui!! Uma criança !!! Do jeitinho que eu estava procurando.
Eu vou chamá-la pra brincar comigo... Mas a mãe dela não pode ficar sabendo.
Quem será a mãe dela? Cadê o pai dessa menina? Será que a mãe dela está por perto? (brinca novamente com a plateia, inclusive com os adultos)
Quem será a mãe dela? Você é a mãe dela? Eu acho que você parece com aquela criança, ou será você?
Ah desisto!!! Eu não sei quem é a mãe dessa menina não!!! Eu não sei quem é, não quero saber e tenho raiva de quem sabe!!!
HOMEM ESTRANHO: Ai que legal achei uma criança. Vou acordar. ACORDA!!!
Após várias tentativas gritando para acordar, o homem estranho decide usar uma nova tática.
HOMEM ESTRANHO: Olha a barata menininha!!!!!!
CRIANÇA:  (criança acorda assustada e sobe na cadeira) Ai meu Deus uma barata!!! Que nojo!! Que nojo!! Onde está barata? Cadê a barata? (desce da cadeira ainda assustada mas percebe que não há nenhuma barata)
Ué, não estou vendo nenhuma barata aqui... Eu acho que você é um mentiroso.
HOMEM ESTRANHO: Eu? Mentiroso? Jamais... Eu não sou mentiroso. Sabe quem sou eu? Eu sou amigo da sua mãe. Eu sou amigo da mãe dela não sou? Sou assim... com os pais dela! Não sou galera?
CRIANÇA:  Você é amigo da minha mãezinha? Ele é amigo da minha mãe? Eu heim... minha mãe não tem amigo feio que nem você... Por que eu não lembro de você?
HOMEM ESTRANHO: Porque eu sempre vou na sua casa quando você já está dormindo...
CRIANÇA:  Então tá então... E o que você veio fazer aqui na minha escolinha?
HOMEM ESTRANHO: Sua mãe me ligou e disse que vem mais tarde. Aí eu tava pensando em te ensinar umas brincadeirinhas... Mas você não vai poder contar pra sua mãe. Porque é brincadeira, né? Ela não precisa de ficar sabendo. Então... bora ali?
CRIANÇA:  Ali? Ali onde?
HOMEM ESTRANHO: Ali...
CRIANÇA:  Brincar... Não sei não... Mas eu não quero brincar hoje! Eu tô cansadinha...
HOMEM ESTRANHO: (gritando) Por que você não quer brincar comigo? Eu tenho um monte de brinquedos e eu sou super legal! (nervoso) Todas as criancinhas gostam de brincar comigo!
CRIANÇA:  (criança começa a choramingar) Você está gritando comigo, eu não quero brincar com você! Seu feioso!!!
HOMEM ESTRANHO: Feia é você que tem o nariz verde! Ninguém nunca vai gostar de você porque você tem o nariz verde. É melhor você brincar comigo, porque eu não me importo com seu nariz verde horroroso!
(na verdade o nariz da criança é vermelho)
CRIANÇA:  Meu nariz é verde? Eu nunca tinha reparado que meu nariz fosse verde. Eu sempre achei ele tão vermelhinho!!! Verde é feio né? Crianças, meu nariz é realmente verde? Ele é verde? (sai pedindo a opinião das crianças, mas não volta convencida que o seu nariz é vermelho)
CRIANÇA:  Meu nariz é verde!!!!!! E é horroroso!!! Ninguém nunca vai gostar de mim porque meu nariz é verde!!!! Buááááá´ Eu quero um nariz igual ao dele ali, ou então igual ao dela...
HOMEM ESTRANHO: Tá vendo como eu sou legal com você. Não me importo com seu nariz verde e ainda tô te chamando pra brincar comigo bem ali...
CRIANÇA:  Buáááá´!!! Meu nariz é verde!!!!!!!!! Não é bonitinho que nem o dela...
( A criança faz um escândalo chorando. E homem estranho começa a ficar impaciente porque ela não para de chorar. [*Engole o choro...*] Quando criança se acalma um pouco homem estranho fala:)
HOMEM ESTRANHO: Não chora... Olha.. seu nariz é verde seu cabelo é azul cor de abóbora, mas eu não me importo... Vamos brincar ali comigo... Te ensinar uma brincadeirinha...
CRIANÇA:  Eu não quero brincar com você, você disse que meu cabelo é abóbora cor de azul...
HOMEM ESTRANHO: Não vai brincar comigo não? Você vai ver só!!! Eu vou contar tudo pra sua mãe! Eu sou muito amigo da sua mãe!!! Ela vai te mandar embora! Você vai morar lá na Lua sozinha!!! Você vai morar na Lua! Vai morar na Lua!!! Eu vou ali, mas daqui há pouquinho eu volto! E você vai ter que brincar comigo! Senão eu vou contar tudo pra sua mãe e sua mãe vai chorar muito e vai te mandar pra Lua porque você não quis brincar comigo!!! Deixa eu voltar pra você ver...
(Homem estranho sai de cena. Menina fica chorando e vai conversar com a plateia.)
CRIANÇA:  Ele disse que meu nariz é verde!!! Buááá´!!! E me mandou brincar com ele!! Se eu não brincar, minha mãe vai chorar e vai me mandar pra Lua! Será que ele é amigo da minha mãe mesmo?
Crianças será que ele conhece a minha mãe?
O que vocês acham? Ele disse que meu nariz é verde e horroroso! Puxa vida! Alguém já falou mal de você? Alguém já falou alguma coisa pra você e você ficou triste que nem eu? E você acreditou?
(Criança pergunta primeiramente para todo mundo e depois chega perto de alguns e faz essas perguntas acima individualmente.)
(Criança senta na cadeira chorando. Abre a mochilinha e começa a se fantasiar. Põe um boné pra trás, uma gravata, óculos gigantes e engraçados. Entra uma velhinha, bem velhinha, de bengala e vê a criança chorando)
VELHA:  Mas menininha porque você está chorando. Você não tinha que estar lá fora no parquinho brincando com seus amiguinhos.
CRIANÇA:  (choramingando) Não me chama de menininha não. Meu nome agora é Pedrão!
VELHA:  Pedrão? Ai ai ai.... então tá então Pedrão... o que está acontecendo? Porque você está chorando.
(Criança chorando explica de forma incompreensível por causa do choro. A velha pede para alguma criança explicar.)
VELHA:  Ah ta... Acho que eu to entendendo... Você já se acalmou? Quer me contar porque você não está lá fora brincando com seus amigos?
CRIANÇA:  Ah... Eu não quero ir para o parquinho brincar com eles não... Chegando lá ninguém vai querer brincar comigo mesmo! Afinal eu sou uma menina má do nariz verde! Eu queria ser outra pessoa. Eu queria ter um narizinho igual ao daquela menininha ali... Ou então que nem daquela outra... O nariz de todo mundo é mais bonito que o meu... Só eu tenho o nariz verde tá vendo? Quem vai querer brincar comigo?
VELHA:  Mas princesinha... Por que você acha que é feio ter um nariz verde?
VELHA:  Olha aqui menininha... Ainda que seu nariz fosse verde você seria linda mesmo assim! Papai do Céu foi quem criou todos os tipos, tamanhos e cores de nariz. Você sabiam disso crianças? Que foi Deus inventou o seu nariz? Deus que inventou tudo! Deus é muito criativo! Olhem só.
(A velha pega a caixa com os bichos de pelúcia.)
VELHA:  Ó, eu vou explicar.
Papai do Céu criou as plantinhas. E nenhuma plantinha é igual a outra. Você já viu duas árvores iguaizinhas?
Papai do Céu criou os animais. E olha como eles são diferentes. Tem o macaco com braço grande, o tucano com bico colorido, e até as tartarugas que parecem ser todas iguais na verdade são bem diferentes uma da outra.
E o Papai do Céu criou a gente também. Olha para o amiguinho do lado. Ele é igual a você? Igualzinho? Não né? Que graça teria se todo mundo fosse igual?... Ainda que o seu nariz fosse verde, ele seria um nariz lindo! Entendeu?
CRIANÇA:  Entendi.
VELHA:  E seu nariz não é verde, é vermelho. Vermelho cor de morango.
CRIANÇA:  Morango não!
VELHA:  Então ta! Da cor de maçã!
CRIANÇA:  Só se for maçã-verde!
VELHA:  Não.... Olha aqui no espelho.
Velha dá um espelho para criança que se surpreende com nariz vermelho.
CRIANÇA:  Me convenci. Realmente meu nariz tem cor de tomate.
Criança volta a chorar.
VELHA:  Mas por que você está chorando de novo?
CRIANÇA:  Porque eu sou uma garota má.
VELHA:  Como assim garota má?
CRIANÇA:  Porque todo mundo me chama pra fazer umas brincadeiras que meus pais não podem ficar sabendo. Eu não aguento mais essas brincadeirinhas. Eu sinto que elas não são legais.
Eu já fiz tanta coisa errada que menininhas boazinhas não fazem que eu decidi não ser mais menininha então! Agora eu sou Pedrão!
VELHA:  Pedrão, né? Mas por que exatamente você está chorando?
CRIANÇA:  Porque tem um homem bobo e chato que ele quer que eu brinque com ele.
Se eu não brincar ele vai contar pra minha mãe e ela vai me mandar pra lua. Ah.. de repente eu tenho brincar mesmo... afinal eu sou garota má.
Papai do Céu não deve gostar de mim, eu já fiz tanta coisa errada! Por isso agora eu sou o Pedrão. Quem sabe Papai do Céu gosta mais do Pedrão...
VELHA:  Não importa o que te mandaram fazer que te deixou tristinha. Ou o que falaram pra você. Você não precisa tentar ser outra pessoa. Ser um Pedrão. Ainda que você ponha um boné, uma gravata, Deus vai continuar te vendo como uma princesa. E nada vai fazer Deus te achar menos valorosa e menos especial.
CRIANÇA:  Tá bom, eu entendi que eu sou princesinha, mas eu vou continuar de Pedrão para me disfarçar.
VELHA:  Disfarçar por quê?
VELHA:  Eu já te falei do amigo da minha mãe que vai chegar daqui a pouco. E se eu não brincar com ele, minha mãe vai me mandar para a lua. Aí quando ele chegar ele não vai me reconhecer.
VELHA:  Duvido que ela faria isso! Você precisa ter coragem e contar pra sua mãe. Não dá para ficar acreditando num mentiroso que fica mandando você fazer o que você não quer né?
Vamos fazer assim... Vamos falar com o Papai do Céu, pra todas as vezes que alguém te pedir pra fazer uma coisa que você não acha legal, ou não tem certeza se é legal pra você ter coragem para contar para seu papai ou mamãe, ok?
CRIANÇA:  Tá bom.
VELHA:  Crianças vamos todo mundo fechar os olhinhos para falar com Deus. Tudo o que eu falar vocês repetem, tá?
Papai do Céu, me ajuda a contar pra mamãe e pro papai tudo o que deixa meu coração triste. E que eles acreditem em mim. Perdoa quem deixou meu coração triste e me traz sempre alegria no meu coração. Amém!
CRIANÇA:  Amém!!! Estou me sentindo mais alegre!!! Vou até tirar essa roupa de Pedrão.... Pronto!!! Agora eu estou com coragem de contar tudo pra minha mãe. Manhêê...
A mãe entra em cena.
CRIANÇA:  Mãe tem um homem que disse que é seu amigo que quer brincar umas brincadeiras estranhas comigo, mas eu não quero! E falou que meu nariz é verde e feio!
MÃE – Ele falou isso? Que absurdo!! Cadê esse homem?
CRIANÇA:  Ali ele vindo!
MÃE – Quer dizer que você falou que eu ia mandar a minha filha pra Lua? Sei... Você que vai pra lua, bem longe da minha filhinhaaaaaaaaaaaa!!!!!!!
(Mãe sai correndo atrás do homem estranho.)
CRIANÇA:  Urrruuuu!! Ele foi embora!!!! Urruuu!!!!
VELHA:  Agora você vai lá brincar com seus amiguinhos não vai?
CRIANÇA:  Vou sim!!! Tchau criançaaaaaass!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
VELHA:  Não se esqueçam, se alguém pedir para vocês fazerem algo que vocês sentem que não é muito legal contem tudo para a mamãe ou pro papai antes de qualquer coisa!!! Tchau crianças!!!!!!!!!
FIM
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O AVENTAL

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O AVENTAL Uma comédia curta, mas com uma reflexão que é uma lição para as nossas vidas.

Esta peça nasceu em um evento em que fizemos para as Mães, o nome do evento era Chá-do-Avental, então surgiu a ideia de criarmos um teatro.

O resultado foi maravilhoso, pois foi uma comédia, mas com uma reflexão que é uma lição para as nossas vidas.

O avental ganha vida, nesta, que é uma das peças mais acessadas do site.

3 personagens

Maria terminando de limpar a casa com o avental surrado.
MARIA: Ai, ai que coisa boa, já fiz toda faxina, a gente limpa, limpa, e amanhã começa tudo de novo... mas eu mereço um descanso, esperei tanto por este momento, vou cochilar só um pouquinho...
(campainha toca)
MARIA: Ah, claro, tava bom demais pra ser verdade. Quem será estas horas, deve ser a vizinha querendo açúcar...
FERNANDA: Olá Maria tudo bem ??
MARIA: Tudo e você ?
FERNANDA: Eu vou bem, sabe o que é ....
MARIA: Eu sei sim, você quer um pouco de açúcar, porque quer fazer um bolo, porque você está com visita e tá com pressa... é isso não é ?
FERNANDA: Não, na verdade não
Maria falando pra si: Ah, que pena, eu queria tirar uma soneca.
FERNANDA: Sabe eu vim te fazer um convite...
MARIA: Um convite, que maravilha, então entre, entre
FERNANDA: Até que enfim em vizinha...
MARIA: Sente-se
FERNANDA: Amanhã, haverá a tarde do Chá do Avental em minha igreja, é uma forma de homenagearem as mães, vamos ?
MARIA: Puxa vida, que legal, eu vou sim, na minha igreja a homenagem será no Domingo, então dá sim para eu ir com você.
FERNANDA: Que bom irmã, eu passo aqui pra te buscar, ah... precisa levar um avental tá ?? (e 2 reais)
MARIA: Ah tudo bem, até amanhã então... tchau
Fernanda sai
MARIA: Legal, acho que será bem divertido este Chá do Avental... (tira o avental e o pendura) hiiii eu tenho que levar um avental, pra que será ? Tadinho deste aqui, sujo, feio, vou ter que ir com outro, imagine, se eu vou te levar, eu passaria vergonha... (começa a bochechar e vai fechando os olhos)
AVENTAL: Ei ! Psiu acorda
MARIA: Ãh, quem ?
AVENTAL: Vamos acorda, preciso Ter uma conversa séria com você.
MARIA: Ah, querido deixa eu tirar um cochilo, já vou fazer a sua janta.
AVENTAL: (gritando) Maria acorda !!!!
MARIA: (levando um susto) Calma! Calma, fala meu bem, não precisa ficar bravo.
AVENTAL: Há-Há, meu bem..agora você chama de meu bem.
MARIA: Cadê você ?
AVENTAL: Hei sou eu, o seu Avental que vos fala.
MARIA: Meu avental falando comigo ?? Eu cochilei, mas estou acordada agora, não pode ser.
AVENTAL: Pode sim, sou sim de pano e fio vivinho da silva....É o seguinte, amanhã terá um Chá do Avental não é ??
MARIA: Sim, e daí ?
AVENTAL: Como e daí... você vai ou não vai me levar ?
MARIA: Claro que não, você está sujo e velho, não serve pra nada, não posso passar uma vergonha dessa. Levarei o meu novo, ele é branquinho e bordado à mão, lindo!
AVENTAL: Tudo bem ! Pode levar, mas você é uma ingrata, por tantos anos, eu te ajudei nesta casa... fiz todos os almoços para seu marido e para as crianças... e os jantares ? Você sabe quantos foram?
(entra uma música melancólica no fundo) Não, aposto que não, te ajudei a limpar o seu lar todos estes dias... até na igreja você me levava pra te ajudar a fazer as festas de lá, claro que era pra ficar na cozinha lá trás nos fundos, e não para me desfilar como amanhã você vai fazer com o "branquinho".... tudo bem, acho que meus dias estão no fim mesmo, ninguém me quer, ninguém me ama, acho que meu destino é o lixo, lá será meu novo lar...
MARIA: Não, avental ! me perdoe
AVENTAL: Não sei se você me merece !
MARIA: Por favor, eu vou te levar amanhã comigo, meu companheiro de todos os suores, me perdoe, volte pra mim!
AVENTAL: Você tá quase me convencendo...
MARIA: Ah, amigão, eu prometo dar banho em você um vez por mês !
AVENTAL: E as férias ?
MARIA: Férias ? Como assim ? Você já quer demais.
AVENTAL: Eu vou para o lixo
MARIA: Não, não, férias sim, te darei os sábados e domingos tudo bem?
AVENTAL: Ah, melhorou, tudo bem, e vê se usa aquele branquelo então nestes dias.
MARIA: Sim senhor !
AVENTAL: Amigos de novo ?
MARIA: Amigos sim, ou melhor, companheiros, óh meu amigão (o beija)
AVENTAL: Ai, não me lambe ! ...Vou passear amanhã, oba, oba.
MARIA: Vamos sim, vou voltar ao meu cochilo que você interrompeu.
Maria senta de novo, e logo abre os olhos se espreguiçando
MARIA: Ai como é bom um soninho.... (olha para o avental) Que sonho maluco eu tive, e foi com você, sonhei que você falava... (vai e se aproxima do avental) Alô !!! tem alguém aí???... psiu (encostando o dedo) credo! Pareço uma boba, vamos à luta aventalzinho querido....hum pensando bem, vou pegar o que tenho guardado, porque você, eu vou te lavar para ir comigo amanhã ao Chá do Avental.
Fim
REFLEXÃO : Como este avental velho, muitas vezes olhamos assim para as nossas Mães. Elas vão ganhando mais idade, já trabalharam bastante por nós, e não tem mais utilidade, já não são tão novas para mostrarmos aos outros, muitas vezes sentimos vergonha delas por causa da sua aparência. Filhos, daqui alguns anos você será um avental velho e aí ? Qual será o exemplo que você deu ao seu filho? Esse será o tratamento dele para com vocês.

ECLESIA é o site da Daniela Leon Vieira

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A FÁBULA DAS TRÊS ÁRVORES

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A tradicional fábula das três árvores é recontada, na forma de esquete teatral. Falando de sonhos e frustrações.

As três árvores ganham sentimentos, vozes e expõem seus sentimentos, um narrador faz as ligações...


NARRADOR: Havia, no alto de uma montanha, três pequenas árvores que brincavam de sonhar o que seriam quando fossem grandes. A primeira arvorezinha, olhando para as estrelas que brilhavam sobre ela como diamantes, disse:
PRIMEIRA ÁRVORE: - Eu quero guardar em mim um tesouro. Quero ser revestida de ouro e ficar cheinha de pedras preciosas. Quero ser o baú mais lindo do mundo.
NARRADOR:A segunda arvorezinha olhou para frente e, vendo um córrego que deslizava para o oceano, desejou coisas grandiosas:
SEGUNDA ÁRVORE: - Quero navegar por mares imensos e transportar reis e rainhas. Quero ser o navio mais forte do mundo!
NARRADOR: A terceira arvorezinha olhou para baixo, para um vale, onde homens e mulheres trabalhavam atarefadamente e disse:
TERCEIRA ÁRVORE: - Eu quero ficar no alto desta montanha. Quero ser a árvore mais alta do mundo! Quero crescer tanto que todas as pessoas, que olharem para mim, levantarão os olhos para o céu e pensarão em Deus.
NARRADOR: Passaram-se anos. Entre chuvas, ventos e muito sol, as arvorezinhas ficaram grandes. Certo dia, três lenhadores, com olhos nada ecológicos, subiram a montanha com seus machados.
O primeiro lenhador olhou para a primeira árvore e exclamou:
1. LENHADOR: - Que linda árvore!
NARRADOR: Com um golpe de seu machado reluzente derrubou a árvore mais linda da montanha.
1 - ÁRVORE: - Agora vou realizar meu sonho. Serei transformada num lindo baú e guardarei, em mim, maravilhoso tesouro.
NARRADOR: O segundo lenhador olhou para a segunda árvore e disse:
2. LENHADOR: - Esta árvore é forte. É perfeita para os meus planos.
NARRADOR: Com um golpe de seu reluzente machado, derrubou a árvore mais forte da montanha.
2. ÁRVORE: - Agora vou navegar por imensas águas, transformada num luxuoso navio, para transportar reis e rainhas.
NARRADOR: A terceira, agora sozinha, sentiu um aperto no coração quando o último lenhador                olhou para ela. Estava em pé e apontava para o céu. Mas o lenhador nem olhou para cima.
3. LENHADOR: - Qualquer tipo de árvore serve para mim!
NARRADOR: Com um golpe de seu reluzente machado, derrubou a árvore mais alta da montanha.
A primeira árvore pulou de alegria quando o carpinteiro a arrastou para a oficina. Estava pronta para ser aquilo que sempre sonhou ser. Mas o rude carpinteiro rapidamente a transformou em cocho para animais. A árvore, que sonhava-se revestida  de ouro e repleta de tesouros, ficou coberta de serragem e cheia de feno.
A segunda árvore sorriu quando o lenhador a levou para o estaleiro. Esperou, mas nenhum veleiro foi construído naquele dia. Para sua tristeza, foi serrada em tábuas e virou um simples barco de pesca. Fraco e pequeno demais para navegar em mares, o barco foi levado para um pequeno lago. Todo santo dia voltava trazendo cargas de peixe cheirando à maresia.
A terceira árvore ficou confusa quando o lenhador a cortou em grossas vigas e a colocou num depósito.
3. ÁRVORE: - O que aconteceu? Tudo o que sempre quis foi ficar no alto da montanha e apontar para Deus. Por que, agora, esse depósito escuro?
NARRADOR: Dias e noites sem conta se passaram. As três árvores esqueceram completamente    seus sonhos. Mas, certa noite, uma estrela derramou sua luz sobre a primeira árvore quando   uma jovem mulher colocou seu bebê no cocho.
JOSÉ: - Gostaria de poder fazer um berço para ele.
NARRADOR: A mãe apertou a mão dele e sorriu, enquanto a luz da estrela brilhava sobre a madeira lisa e robusta.
MARIA: - Essa manjedoura é linda!
NARRADOR: E, de repente, a primeira árvore se apercebeu de que estava contendo o maior tesouro do mundo.
Num fim de tarde, um viajante cansado e seus amigos entraram no barco de pesca. O viajante adormeceu, enquanto a segunda árvore navegava silenciosamente lago adentro.
Sobreveio uma tempestade com trovões e relâmpagos. O pequeno barco estremeceu. Ele sabia que não teria forças para transportar, com segurança, tantos passageiros vencendo a fúria do vento e da chuva.
O homem cansado acordou. Levantou-se, ergueu sua mão e disse “Paz!” A tempestade parou tão rapidamente como começou.
E, de repente, a segunda árvore se apercebeu de que estava transportando o rei do céu e da terra.
Na manhã de uma sexta-feira, a terceira árvore espantou-se quando suas vigas foram puxadas da esquecida pilha de lenha. Assustou-se quando foi carregada através de uma multidão enfurecida e gozadora. Estremeceu quando soldados pregaram as mãos de um homem em seu lenho. Neste momento sentiu-se feia, agressiva e cruel.
Mas, na manhã de domingo, quando o sol nascia e a terra vibrava com tanta luz, a terceira árvore percebeu que o amor de Deus havia mudado as coisas.
A primeira árvore ficou ainda mais linda.
A segunda árvore ficou ainda mais forte.
A terceira árvore ficou ainda mais contente, porque todas as pessoas que se lembrassem dela pensariam em Deus. Esta mudança, sem dúvida, foi mil vezes melhor do que ser apenas a árvore mais alta do mundo.
Idades: 

A FÁBULA DAS TRÊS ÁRVORES

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A tradicional fábula das três árvores é recontada, na forma de esquete teatral. Falando de sonhos e frustrações.

As três árvores ganham sentimentos, vozes e expõem seus sentimentos, um narrador faz as ligações...


NARRADOR: Havia, no alto de uma montanha, três pequenas árvores que brincavam de sonhar o que seriam quando fossem grandes. A primeira arvorezinha, olhando para as estrelas que brilhavam sobre ela como diamantes, disse:
PRIMEIRA ÁRVORE: - Eu quero guardar em mim um tesouro. Quero ser revestida de ouro e ficar cheinha de pedras preciosas. Quero ser o baú mais lindo do mundo.
NARRADOR:A segunda arvorezinha olhou para frente e, vendo um córrego que deslizava para o oceano, desejou coisas grandiosas:
SEGUNDA ÁRVORE: - Quero navegar por mares imensos e transportar reis e rainhas. Quero ser o navio mais forte do mundo!
NARRADOR: A terceira arvorezinha olhou para baixo, para um vale, onde homens e mulheres trabalhavam atarefadamente e disse:
TERCEIRA ÁRVORE: - Eu quero ficar no alto desta montanha. Quero ser a árvore mais alta do mundo! Quero crescer tanto que todas as pessoas, que olharem para mim, levantarão os olhos para o céu e pensarão em Deus.
NARRADOR: Passaram-se anos. Entre chuvas, ventos e muito sol, as arvorezinhas ficaram grandes. Certo dia, três lenhadores, com olhos nada ecológicos, subiram a montanha com seus machados.
O primeiro lenhador olhou para a primeira árvore e exclamou:
1. LENHADOR: - Que linda árvore!
NARRADOR: Com um golpe de seu machado reluzente derrubou a árvore mais linda da montanha.
1 - ÁRVORE: - Agora vou realizar meu sonho. Serei transformada num lindo baú e guardarei, em mim, maravilhoso tesouro.
NARRADOR: O segundo lenhador olhou para a segunda árvore e disse:
2. LENHADOR: - Esta árvore é forte. É perfeita para os meus planos.
NARRADOR: Com um golpe de seu reluzente machado, derrubou a árvore mais forte da montanha.
2. ÁRVORE: - Agora vou navegar por imensas águas, transformada num luxuoso navio, para transportar reis e rainhas.
NARRADOR: A terceira, agora sozinha, sentiu um aperto no coração quando o último lenhador                olhou para ela. Estava em pé e apontava para o céu. Mas o lenhador nem olhou para cima.
3. LENHADOR: - Qualquer tipo de árvore serve para mim!
NARRADOR: Com um golpe de seu reluzente machado, derrubou a árvore mais alta da montanha.
A primeira árvore pulou de alegria quando o carpinteiro a arrastou para a oficina. Estava pronta para ser aquilo que sempre sonhou ser. Mas o rude carpinteiro rapidamente a transformou em cocho para animais. A árvore, que sonhava-se revestida  de ouro e repleta de tesouros, ficou coberta de serragem e cheia de feno.
A segunda árvore sorriu quando o lenhador a levou para o estaleiro. Esperou, mas nenhum veleiro foi construído naquele dia. Para sua tristeza, foi serrada em tábuas e virou um simples barco de pesca. Fraco e pequeno demais para navegar em mares, o barco foi levado para um pequeno lago. Todo santo dia voltava trazendo cargas de peixe cheirando à maresia.
A terceira árvore ficou confusa quando o lenhador a cortou em grossas vigas e a colocou num depósito.
3. ÁRVORE: - O que aconteceu? Tudo o que sempre quis foi ficar no alto da montanha e apontar para Deus. Por que, agora, esse depósito escuro?
NARRADOR: Dias e noites sem conta se passaram. As três árvores esqueceram completamente    seus sonhos. Mas, certa noite, uma estrela derramou sua luz sobre a primeira árvore quando   uma jovem mulher colocou seu bebê no cocho.
JOSÉ: - Gostaria de poder fazer um berço para ele.
NARRADOR: A mãe apertou a mão dele e sorriu, enquanto a luz da estrela brilhava sobre a madeira lisa e robusta.
MARIA: - Essa manjedoura é linda!
NARRADOR: E, de repente, a primeira árvore se apercebeu de que estava contendo o maior tesouro do mundo.
Num fim de tarde, um viajante cansado e seus amigos entraram no barco de pesca. O viajante adormeceu, enquanto a segunda árvore navegava silenciosamente lago adentro.
Sobreveio uma tempestade com trovões e relâmpagos. O pequeno barco estremeceu. Ele sabia que não teria forças para transportar, com segurança, tantos passageiros vencendo a fúria do vento e da chuva.
O homem cansado acordou. Levantou-se, ergueu sua mão e disse “Paz!” A tempestade parou tão rapidamente como começou.
E, de repente, a segunda árvore se apercebeu de que estava transportando o rei do céu e da terra.
Na manhã de uma sexta-feira, a terceira árvore espantou-se quando suas vigas foram puxadas da esquecida pilha de lenha. Assustou-se quando foi carregada através de uma multidão enfurecida e gozadora. Estremeceu quando soldados pregaram as mãos de um homem em seu lenho. Neste momento sentiu-se feia, agressiva e cruel.
Mas, na manhã de domingo, quando o sol nascia e a terra vibrava com tanta luz, a terceira árvore percebeu que o amor de Deus havia mudado as coisas.
A primeira árvore ficou ainda mais linda.
A segunda árvore ficou ainda mais forte.
A terceira árvore ficou ainda mais contente, porque todas as pessoas que se lembrassem dela pensariam em Deus. Esta mudança, sem dúvida, foi mil vezes melhor do que ser apenas a árvore mais alta do mundo.