As crianças precisam ter a psicomotricidade estimulada (Imagem: Shutterstock)
A importância da estimulação precoce
Você já experimentou rastejar como se fosse um jacaré? Bem, primeiro você tem que observar como o jacaré rasteja! Pata dianteira direita para frente, acompanhada da esquerda traseira para frente. Pata dianteira esquerda para frente, pata traseira direita para frente, e assim por diante. Esta é a forma correta do rastejar. Experimente! Você vai ver que não é tão fácil assim. É um movimento cruzado.
Você já experimentou rastejar como se fosse um jacaré? Bem, primeiro você tem que observar como o jacaré rasteja! Pata dianteira direita para frente, acompanhada da esquerda traseira para frente. Pata dianteira esquerda para frente, pata traseira direita para frente, e assim por diante. Esta é a forma correta do rastejar. Experimente! Você vai ver que não é tão fácil assim. É um movimento cruzado.
Filogênese
Muitas crianças não são suficientemente estimuladas a desenvolver o que o psicomotricista chama de trabalho filogenético. A Filogênese estuda o desenvolvimento da constituição do homem como sujeito cognitivo (inteligente). A palavra deriva do grego phylon, que quer dizer: tribo, raça; e genetikos, que está relacionada com gênese ou origem. O processo do desenvolvimento filogenético normal começa no ventre materno, a partir da formação do sistema nervoso central (é chamado de ontogênese).
Note a sequência do desenvolvimento na ilustração, como ele parte da cabeça à cauda (céfalo-caudal).
Muitas crianças não são suficientemente estimuladas a desenvolver o que o psicomotricista chama de trabalho filogenético. A Filogênese estuda o desenvolvimento da constituição do homem como sujeito cognitivo (inteligente). A palavra deriva do grego phylon, que quer dizer: tribo, raça; e genetikos, que está relacionada com gênese ou origem. O processo do desenvolvimento filogenético normal começa no ventre materno, a partir da formação do sistema nervoso central (é chamado de ontogênese).
Note a sequência do desenvolvimento na ilustração, como ele parte da cabeça à cauda (céfalo-caudal).
(Imagem: Shutterstock)
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Os evolucionistas relacionam este fato com a evolução das espécies, mas nós sabemos, pelo relato bíblico, que Deus, em Sua sabedoria, criou os seres sob leis pré-estabelecidas que servissem de base para a continuação do desenvolvimento pós-natal.
1. Da cabeça à cauda
2. Do coração às extremidades
Por que esta ênfase no desenvolvimento céfalo-caudal e próximo-distal? Ao observarem-se os primeiros movimentos voluntários do bebê no berço, nota-se que ele segue a mesma sequência do desenvolvimento no útero. O que ele faz primeiro? Ele rola sobre o próprio eixo. Logo chega o tempo quando a mãe já não pode deixá-lo sozinho na cama, porque pode cair. E o que faz depois? Ele não se mexe só de um lado para outro, mas para frente e para trás, não só de bruço, como de costas. Logo começa a erguer a cabeça para ver o mundo. Algum tempo depois, percebe que tem braços e que pode erguer o tronco com eles. Aí ele já está brincando com os pezinhos, pondo-os na boca, e percebe que pode girar o corpo com auxílio de braços e pernas e começa a sentar (ele sai do próprio eixo e parte para as extremidades)! Daí para o engatinhar, o quadrupejar (locomover-se com mãos e pés no chão, como o macaquinho) e o andar é só um "pulinho".
Crianças que, por alguma razão, não passaram por todas estas fases podem ter seu aprendizado e comportamento comprometidos na escola. Sua visão de mundo e de si mesmas fica prejudicada.
Há pais que têm muita pressa que a criança aprenda a ler e escrever. Mas é bom entender que ela precisa, antes de manusear um lápis e um papel, saber explorar seu espaço com o próprio corpo, para depois explorar o espaço na folha de papel com o lápis.
Todo o processo da aprendizagem, tanto corporal, quanto intelectual parte da mesma lei céfalo-caudal/próximo-distal. Ou seja:
- Do global para o específico;
- Do simples para o complexo;
- Do grande para o pequeno.
Estas leis regem todo o processo de maturação física e cognitiva do indivíduo. Em cada fase do desenvolvimento a criança passa por determinados processos de maturação e em cada uma delas precisa de três tipos de ações:
- Querer Fazer - a necessidade desperta o desejo;
- Poder fazer - é preciso que tenha aptidões físicas e psíquicas para realizar o que quer;
- Saber fazer - é preciso que tenha as capacidades cognitivas adequadamente desenvolvidas para aquela fase.
Qualquer impedimento em qualquer uma destas ações comprometerá todo o seu desempenho.
Corpo sentido - Corpo vivido - Corpo representado
Corpo sentido - Corpo vivido - Corpo representado
- Do nascimento aos dois anos (período sensório motor) a criança aprende a sentir seu corpo. Ela não compreende a relação que estas partes têm entre si.
- Dos dois aos sete anos (período pré-operatório) a criança passa a vivenciar seu corpo. Ela começa a perceber que o outro tem as mesmas partes do corpo que ela tem.
- Dos sete anos em diante (período operatório formal) a criança passa a representar seu corpo. O desenho da figura humana é a expressão de uma representação mental e não a tradução de uma percepção direta. Isto é, a criança não desenha o que vê, mas o quesabe.
Por esta razão é tão importante que a criança vivencie todas as fases do seu desenvolvimento, apreendendo a organização do corpo, "descobrindo-o por si mesma para que realmente a noção do corpo e suas partes residam nela e para que ela possa expressar-se através de todos os meio possíveis: verbais, dinâmicos, corporais, de linguagem, etc." (Roseli Lepique, em apostila do curso de extensão ministrado na ASSETA - Faculdades de Tatuí - Interdisciplinaridade na Educação Infantil: a Psicomotricidade Como Alicerce (2002).
Como já dissemos, muitas dificuldades de aprendizagem têm sua origem num esquema corporal mal elaborado devido à falta de estimulação e envolvimento da família. Damos, então, algumas sugestões de exercícios e atividades que poderão ajudar seu aluno a conhecer melhor seu corpo e seus movimentos facilitando, assim, seu desempenho acadêmico. Estas atividades devem estar intimamente relacionadas à vivência psicomotora da criança na escola. Tiradas da apostila de Roseli Lepique.
Atividades de Tonicidade:
1. Começar e terminar a aula sempre com esta atividade da música folclórica Tindolelê.
Tindolelê
Oi, fecha a roda tindolelê
Oi, abre a roda tindolalá
Oi, fecha a roda tindolelê
Oi, abre a roda tindolalá
Batendo palmas, tindolelê
Batendo os pés, tindolalá
Dou uns pulinhos, tindolelê
Tindolelê, tindolalá
Uma gargalhada, tindolelê
Uma palhaçada, tindolalá
E muito bravo!
Com o corpo duro!
Mole!
Duro...
2. Reorganização neurológica
- Como um bastão, um lápis que rola no chão.
- Como uma minhoca que se arrasta, se arrasta pela terra.
- Como um gato que engatinha pela casa, sem fazer ruído na casa pintada.
- Como um macaco, pé e mão no chão, levanta o bumbum, não vá soltar um...
- Marchando, marchando, batendo os pés, para frente para trás, é assim que se faz.
- Saltitando, saltitando, como a Chapeuzinho. Saltitando e cantando, tralalalalalá.
- Galopando como um cavalo, força na perna, reforça o ritmo...
- E... cai no chão, ouvindo a respiração, o barulho do coração, silêncio, silêncio, vamos descansar...
3. Expressão corporal
Sementinha
Como uma semente pequenininha
Debaixo da terra cai uma chuvinha
....................
Brilha o Sol
....................
E a sementinha vai crescendo (bem devagar)
Crescendo,
Crescendo,
Crescendo.
E balança para um lado,
Balança para o outro
Balança para frente
Balança para trás.
Cuidado com o macha-do-do-do! (todos caem)
4. Marcha Soldado - canção
Marchar pela sala marcando o ritmo com o pé. O corpo muito ereto (os soldados têm uma ótima postura). Quando a música para, todos paramos e não nos mexemos. Escutamos os ruídos da sala e sentimos nosso corpo. Todas as partes estão bem duras? Continuemos. Parar a música e pedir que os soldados mexam apenas uma parte do corpo, começando pela cabeça (lei céfalo-caudal/próximo-distal).
Sementinha
Como uma semente pequenininha
Debaixo da terra cai uma chuvinha
....................
Brilha o Sol
....................
E a sementinha vai crescendo (bem devagar)
Crescendo,
Crescendo,
Crescendo.
E balança para um lado,
Balança para o outro
Balança para frente
Balança para trás.
Cuidado com o macha-do-do-do! (todos caem)
4. Marcha Soldado - canção
Marchar pela sala marcando o ritmo com o pé. O corpo muito ereto (os soldados têm uma ótima postura). Quando a música para, todos paramos e não nos mexemos. Escutamos os ruídos da sala e sentimos nosso corpo. Todas as partes estão bem duras? Continuemos. Parar a música e pedir que os soldados mexam apenas uma parte do corpo, começando pela cabeça (lei céfalo-caudal/próximo-distal).
Queridos pais, é importante que vocês saibam como é essencial a brincadeira e o lúdico dentro da educação infantil. Aqui eu apresento a vocês alguns trechos importantes do artigo científico que encontrei nas minhas andanças pelas bases de dados online da Unisul. Escrito por Norma Lucia Neris de Queiroz, Diva Albuquerque Maciel e Angela Uchôa Branco da Universidade de Brasília. Este artigo entitula-se Brincadeira e desenvolvimento infantil: um olhar sociocultural e construtivista, ele foi publicado na revista Paidéia (Ribeirão Preto) v.16 n.34 Ribeirão Preto maio/ago. 2006.
A seguir trechos importantes retirados desse artigo:
Conceito da Atividade de Brincar
"A brincadeira é uma atividade que a criança começa desde seu nascimento no âmbito familiar" (Kishimoto, 2002, p. 139) e continua com seus pares. Inicialmente, ela não tem objetivo educativo ou de aprendizagem pré-definido. A maioria dos autores afirma que ela é desenvolvida pela criança para seu prazer e recreação, mas também permite a ela interagir com pais, adultos e coetâneos, bem como explorar o meio ambiente.
Como a criança é um ser em desenvolvimento, sua brincadeira vai se estruturando com base no que é capaz de fazer em cada momento. Isto é, ela aos seis meses e aos três anos de idade tem possibilidades diferentes de expressão, comunicação e relacionamento com o ambiente sociocultural no qual se encontra inserida. Ao longo do desenvolvimento, portanto, as crianças vão construindo novas e diferentes competências, no contexto das práticas sociais, que irão lhes permitir compreender e atuar de forma mais ampla no mundo.
Vygotsky (1998), um dos representantes mais importantes da psicologia histórico-cultural, apresenta o brincar como uma atividade em que, tanto os significados social e historicamente produzidos são construídos, quanto novos podem ali emergir. A brincadeira e o jogo de faz-de-conta seriam considerados como espaços de construção de conhecimentos pelas crianças, na medida em que os significados que ali transitam são apropriados por elas de forma específica.
Desta maneira, os objetos com os quais a criança se relaciona são significados em sua cultura e a relação estabelecida com eles se modifica à medida em que a ela se desenvolve. Em um primeiro momento esta relação é marcada pela predominância de sentidos convencionais, característicos da cultura em que está inserida; o objeto, de certa forma, diz para a criança como deve agir. Com o passar do tempo, de modo gradativo, a relação entre objeto significado e ação se altera, tendo a brincadeira um lugar de destaque nessa mudança.
A importância do brincar para o desenvolvimento infantil reside no fato de esta atividade contribuir para a mudança na relação da criança com os objetos, pois estes perdem sua força determinadora na brincadeira. "A criança vê um objeto, mas age de maneira diferente em relação ao que vê. Assim, é alcançada uma condição que começa a agir independentemente daquilo que vê." (Vygotsky, 1998, p. 127).
Na brincadeira, a criança pode dar outros sentidos aos objetos e jogos, seja a partir de sua própria ação ou imaginação, seja na trama de relações que estabelece com os amigos com os quais produz novos sentidos e os compartilha (Cerisara, 2002).
(Só abrindo um parenteses no artigo, é por isso que muitas vezes a vassoura, que em nosso mundo real tem um significado e é usada especificamente para limpar, torna-se um cavalo na brincadeira da criança.)
A brincadeira é de fundamental importância para o desenvolvimento infantil na medida em que a criança pode transformar e produzir novos significados. Em situações dela bem pequena, bastante estimulada, é possível observar que rompe com a relação de subordinação ao objeto, atribuindo-lhe um novo significado, o que expressa seu caráter ativo, no curso de seu próprio desenvolvimento.
Para Vygotsky (1998), a criação de situações imaginárias na brincadeira surge da tensão entre o indivíduo e a sociedade e a brincadeira libera a criança das amarras da realidade imediata, dando-lhe oportunidade para controlar uma situação existente (Cerisara, 2002). As crianças usam objetos para representar coisas diferentes do que realmente são: pedrinhas de vários tamanhos podem ser alimentos diversos na brincadeira de casinha, pedaços de madeira de tamanhos variados podem representar diferentes veículos na estrada. Na brincadeira, os significados e as ações relacionadas aos objetos convencionalmente podem ser libertados. As crianças utilizam processos de pensamento de ordem superior como no jogo de faz-de-conta, que assume um papel central no desenvolvimento da aquisição da linguagem e das habilidades de solução de problemas por elas (Meira, 2003).
A criança é capaz de entender o faz-de-conta e usar processos mentais de forma representacional a partir dos três anos de idade (Andrensen, 2005; Branco, 2005). E é nessa faixa etária que ela passa a dar maior importância ao grupo de pares (Eckerman & Peterman, 2001). O faz-de-conta social implica em negociação; para brincar com outra sobre um mesmo tema, a criança precisa de um acordo quanto aos significados implícitos nos papéis e ações, caso contrário, a brincadeira não ocorrerá em grupo. Sendo assim, as transformações realizadas sobre os objetos precisam ser acompanhadas pelos parceiros e, para fazer parte da brincadeira, deve haver a aceitação dos papéis e/ou formas de negociação.
( é o que acontece em nossa turminha, temos uma amiga que coordena toda a brincadeira de faz de conta, ela assume o papel de mamãe ou professora e distribui os papéis da brincadeira para os demais. Essa brincadeira de faz de conta as permite vivenciar situações que na vida real não é possível que elas façam. Portanto, mamães e papais, elas brincam aquilo que vivenciam ou veêm, SEJA EM CASA OU NA RUA. Por isso, QUANDO UM MENINO BRINCA DE FAZER COMIDINHA OU DE BONECA É PORQUE GERALMENTE ELE AJUDA A MAMÃE EM CASA AO FAZER COMIDA OU CUIDAR DO IRMÃOZINHO. SE QUEREMOS QUE ELES BRINQUEM DE CARRINHO OU DE BOLA, VOCÊS PAPAIS DEVEM VIVENCIAR ESSAS BRINCADEIRAS COM ELES EM CASA. MAS ESSE JÁ É UM OUTRO ASSUNTO QUE EU ESTAREI TRAZENDO PRA VOCÊS TAMBÉM. ESSA ´É UMA QUESTÃO QUE GERALMENTE TRAZ DISCUSSÕES INTERESSANTES, MAS IREMOS FALAR DISSO MAIS NA FRENTE, OK?)
O Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (MEC, 1998) estabeleceu a brincadeira como um de seus princípios norteadores, que a define como um direito da criança para desenvolver seu pensamento e capacidade de expressão, além de situá-la em sua cultura. Atividades de brincadeira na educação infantil são praticadas há muitos anos, entretanto, torna-se imprescindível que o professor distinga o que é brincadeira livre e o que é atividade pedagógica que envolve brincadeira. Se quiser fazer brincadeiras com a turma, deve considerar que o mais importante é o interesse da criança por ela; se seu objetivo for a aprendizagem de conceitos, habilidades motoras, pode trabalhar com atividades lúdicas, só que aí não está promovendo a brincadeira, mas atividades pedagógicas de natureza lúdica.
Quando é mantida a especificidade da brincadeira livre, têm-se elementos fundamentais que devem ser considerados: a incerteza, a ausência de conseqüência necessária e a tomada de decisão pela criança; ela emerge como possibilidade de experimentação, na qual o adulto propõe, mas não impõe, convida, mas não obriga, e mantém a liberdade dando alternativas (Dantas, 2002).
QUERIDAS PROFESSORAS, ESSE É UM ASSUNTO MUITO IMPORTANTE PARA TRABALHAR COM OS PAIS EM REUNIÕES, OU ENCONTROS POSSÍVEIS... ESPERO TER AJUDADO!!!
ME AGUARDEM TRAREI MAIS NVIDADES PARA VOCÊS!!
ABRAÇOS!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
PROF° THAINARA
Nos movimentos da criança se articula toda sua afetividade, desejos e suas possibilidades de comunicação. O que é psicomotricidade? Sua definição ainda está em formação, já que à medida que avança e é aplicada, vai-se estendendo a distintos e variados campos. No princípio, a psicomotricidade era utilizada apenas na correção de alguma debilidade, dificuldade, ou deficiência.
Hoje, vai mais longe: a psicomotricidade ocupa um lugar importante na educação infantil, sobretudo na primeira infância, em razão de que se reconhece que existe uma grande interdependência entre os desenvolvimentos motores, afetivos e intelectuais. A psicomotricidade é a ação do sistema nervoso central que cria uma consciência no ser humano sobre os movimentos que realiza através dos padrões motores, como a velocidade, o espaço e o tempo.
Movimento e atividade psíquica
O termo psicomotricidade se divide em duas partes: a motriz e o psiquismo, que constituem o processo de desenvolvimento integral da pessoa. A palavra motriz se refere ao movimento, enquanto o psico, determina a atividade psíquica em duas fases: a sócio-afetiva e cognitiva. Em outras palavras, o que se quer dizer é que na ação da criança se articula toda sua afetividade, todos seus desejos, mas também todas suas possibilidades de comunicação e conceituação.
Princípios e metas da psicomotricidade infantil
A psicomotricidade, como estimulação aos movimentos da criança, tem como meta:
- Motivar a capacidade sensitiva através das sensações e relações entre o corpo e o exterior (o outro e as coisas).
- Cultivar a capacidade perceptiva através do conhecimento dos movimentos e da resposta corporal.
- Organizar a capacidade dos movimentos representados ou expressos através de sinais, símbolos, e da utilização de objetos reais e imaginários.
- Fazer com que as crianças possam descobrir e expressar suas capacidades, através da ação criativa e da expressão da emoção.
- Ampliar e valorizar a identidade própria e a auto-estima dentro da pluralidade grupal.
- Criar segurança e expressar-se através de diversas formas como um ser valioso, único e exclusivo.
- Criar uma consciência e um respeito à presença e ao espaço dos demais.
- Cultivar a capacidade perceptiva através do conhecimento dos movimentos e da resposta corporal.
- Organizar a capacidade dos movimentos representados ou expressos através de sinais, símbolos, e da utilização de objetos reais e imaginários.
- Fazer com que as crianças possam descobrir e expressar suas capacidades, através da ação criativa e da expressão da emoção.
- Ampliar e valorizar a identidade própria e a auto-estima dentro da pluralidade grupal.
- Criar segurança e expressar-se através de diversas formas como um ser valioso, único e exclusivo.
- Criar uma consciência e um respeito à presença e ao espaço dos demais.
1. AS CRIANÇAS PRECISAM DE UM SENTIDO, DE SIGNIFICADO:
Os seres humanos necessitam ser notados, apreciados e amados como são, caso devam ter um sentido de significado. Não conseguiremos viver conosco mesmos se sentirmos que não temos valor ou se gostamos de nós mesmos.
De que forma podemos desenvolver este senso de significado?
1. Investir no relacionamento conjugal, demonstrando amor um pelo outro diante dos filhos.
2. As crianças não devem ser o centro de nossas atenções.
3. As crianças devem ser respeitadas em seu processo de maturação, não podem ser forçadas a alcançar posições superiores às suas possibilidades.
Atitudes dos pais que podem gerar complexo de inferioridade nos filhos:
*elogios freqüentes a um dos irmãos;
* ferir o auto-respeito;
* exposição da criança ao ridículo, sarcasmo, zombaria, desprezo.
Como construir um sentido de significado?
* Elogiar a criança pelos seus pequenos serviços e atitudes. Como diz Bruno Bettelleim : "A convicção sobre o próprio valor sópode resultar do sentimento que a pessoa tem de que seu trabalho é importante e que ela se desempenha bem dele."
* Apresentar a criança a outros pelo nome.
* Permitir que a criança fale por si mesma quando alguém lhe faz perguntas.
* Respeitar as opiniões e sentimentos da criança.
* Passar mais tempo com a criança, dando a devida atenção.
* Confiar nelas para que desenvolvam um senso de dignidade.
2. AS CRIANÇAS PRECISAM DE SEGURANÇA
Condições que criam insegurança:
1. Conflitos mal-resolvidos entre os pais que não sabem lidar com as diferenças de opinião.
2. Mobilidade constante traz dificuldades de ajustamento aos novos locais e pessoas.
3. Falta de disciplina, de limites estabelecidos.
4. Ausência dos pais em casa.
5. Críticas freqüentes provocam sentimento de fracasso e incompetência.
6. Pais que dão presentes e dinheiro, mas não dispõem de tempo, nem demonstram amor pelos filhos.
7. Insegurança e ansiedade dos pais.
Condições que criam segurança:
1. Harmonia, lealdade e comprometimento dos pais em seu casamento.
2. Certeza do amor dos pais que se concretiza em gestos de afeto.
3. União na família, para o alcance de metas, gera o senso de estabilidade.
4. Manutenção da rotina, horário habitual para as refeições e sono.
5. Disciplina administrada de forma amorosa.
6. Administração de toque (abraços, colo, carícias, beijos etc.)
7. Sensação de pertencimento para sentir-se aceita, valorizada e digna de valor.
4. AS CRIANÇAS PRECISAM DE ACEITAÇÃO
Assim como a saúde do corpo depende da alimentação e de exercícios físicos adequados, a saúde emocional depende da auto-estima, senso de utilidade, aceitação e valorização.
Por que as crianças sentem falta de aceitação?
* Críticas constantes que geram sentimentos de fracasso, rejeição e desajustes.
* Comparar a criança com outros, em nível de desempenho e competências.
* Querer que as crianças atendam às expectativas da juventude dos pais.
* Superproteger a criança faz com que se sinta incapaz de realizar tarefas.
desenvolvam. Manter expectativas frustradas, revelando-as aos seus filhos.
O que dá lugar ao sentimento de aceitação?
* A criança deve ser tratada e apreciada como única, ter certeza de que é amada do jeito que é.
* Auxiliar a criança a descobrir o prazer de realizar algumas atividades.
* Permitir que a criança descubra que é amada, desejada e apreciada.
* Aceitar as amizades do filho.
* Manter a sinceridade e não ter receio de revelar suas fraquezas.
* Ouvir os filhos com o coração.
* Valorizar o filho, tratando-o como uma pessoa de valor.
* Contribuir
4. AS CRIANÇAS PRECISAM AMAR E SER AMADAS
"A suprema felicidade da vida está na convicção de que somos amados." (Victor Hugo)
A forma como estendemos amor a nossos filhos afetará profundamente a nossa forma de nos relacionarmos com os outros. Amar e ser amado produz a sensação de pertencimento que produz a segurança necessária para enfrentar a vida.
Seus filhos sabem que são amados?
* Aprendemos a amar, pois nascemos com capacidade para isto. Correspondemos ao amor que nos é demonstrado.
* Ensinamos o nosso filho acerca do amor de Deus e da beleza do sexo quando expressamos, diante dEle, o amor pelo cônjuge.
* Demonstramos o amor quando o comunicamos através de palavras e de gestos.
* Amamos quando revelamos o prazer que sentimos na companhia do outro.
* O amor é demonstrado quando demonstramos que confiamos nos nossos filhos.
* Ouvir os filhos é uma das melhores formas de amá-los e termos a certeza de que seremos ouvidos no futuro.
* Este nobre sentimento contribui para compartilharmos experiências, as quais promovem a união, compreensão e comunicação.
* Quem ama, constrói relacionamentos francos e confortáveis, atentando para a verdadeira identidade da criança.
* As pessoas amadas sabem que são mais importantes que as coisas.
5. AS CRIANÇAS PRECISAM DE ELOGIOS
Tornamos as pessoas belas quando as louvamos e encorajamos com sinceridade. Precisamos de calor e ternura para mudar para melhor. Os nossos problemas de identidade são causados pelas críticas. O elogio não estraga a criança. Mas, se ela não o receber, passará a buscá-lo de forma errônea.
* Deve-se elogiar o desempenho da criança e não a sua personalidade, sempre apontando para o progresso e evolução da criança.
* O louvor deve ser dado pelas pessoas que ocupam uma posição privilegiada no cotidiano da criança. Dessa forma, se promoverá a generosidade, iniciativa e cooperação.
* O elogio deve ser sincero.
* A criança deve ser elogiada pelas ações de iniciativa própria.
* As atitudes dos pais são tão importantes quanto as palavras de ânimo.
6. AS CRIANÇAS PRECISAM DE DISCIPLINA
Disciplinar a criança exige sabedoria, paciência e persistência. Não basta haver amor por parte dos pais. Os sentimentos de cordialidade, afeição e amor devem ser temperados com conhecimento, compreensão e auto-controle. Se a criança tiver liberdade ilimitada, certamente se assustará e se tornará insegura. A verdadeira liberdade será alcançada quando houver limites. Estes limites devem ser bem compreendidos e colocados em prática.
"1. Definição de disciplina. A disciplina é no geral definida como castigo que produz obediência. Este conceito é muito limitado. A palavra disciplina deriva de discípulo. Tantodisciplina como discípulo têm origem no termo latino para pupilo, significando instruir, educar e treinar. A disciplina envolve a modelagem total do caráter da criança, encorajando o bom comportamento e corrigindo aquele que é inaceitável. O castigo é a parte da disciplina que fornece uma restrição curta e temporária.
O castigo do mau comportamento não produz automaticamente o bom comportamento. A disciplina inclui também a responsabilidade dos pais em obter, encorajar, construir o bom comportamento em substituição ao mau. A disciplina inclui tanto o cultivo como a restrição - dois elementos necessários para a vida. Um bom jardineiro cultiva e poda suas plantas a fim de obter bons frutos. As ervas daninhas florescem naturalmente sem cuidado especial. Treinamento é o que devemos fornecer a nossos filhos. Ao encarar a disciplina nesses termos mais amplos, compreendemos que os métodos a serem aplicados podem variar muito mais do que pensamos geralmente. A disciplina inclui tudo que um pai faz ou diz para ajudar seu filho a aprender e desenvolver-se na direção da maturidade.
2. Propósitos da disciplina. Os pais devem perguntar continuamente a si mesmos:'Qual o objetivo final que desejo alcançar no treinamento de meus filhos?'
3. Métodos de disciplina. A reação da criança à disciplina dos pais tem muito mais significado do que o método usado."
Os métodos de disciplina podem ser resumidos em três categorias:
a) Regulamento - estabelecimento de regras.
b) Imitação - o modelo da criança está nas ações dos pais, do que são, fazem e dizem.
c) Inspiração - resultante da felicidade e satisfação dos pais.
A disciplina e o controle só vão funcionar quando há estrutura de bons sentimentos, afeição e alegria.
Os cinco princípios de disciplina do Dr. James Dobson:
1. Desenvolver respeito pelos pais, atentando para os seus princípios religiosos.
2. Reconhecer que a comunicação no geral melhora depois do castigo.
3. Controle sem implicância.
4. Não saturar o filho com excessivo materialismo.
5. Evitar extremos no controle e no amor.
7. AS CRIANÇAS PRECISAM DE DEUS
As primeiras orientações bíblicas para os pais estão em Dt 6. 6-8.
- Os pais devem ter, em primeiro lugar, comunhão com Deus: conhecer o caminho, mostrá-lo eseguir através dele. A compreensão do amor de Deus, misericórdia, perdão, aceitação e a verdade da Palavra de Deus resultarão do relacionamento familiar.
- O treinamento religioso é responsabilidade direta dos pais. A colaboração e encorajamento dos pais são os pré-requisitos para o desenvolvimento espiritual da criança na igreja.
Observando o texto bíblico de Sl 78. 1-8, verificamos os três propósitos da instrução:
1. depositar fé em Deus;
2. lembrar-se das obras divinas, guardando os seus mandamentos;
3. impedir o descontrole, teimosia e rebeldia.
- A instrução deve ser constante, contínua. Até os quinze anos, a criança normal pode fazer até 500.000 perguntas. A ausência de ensino sobre Deus pode expor a criança a toda sorte de falsos deuses e filosofia.
- A maior parte da orientação é comunicada através do exemplo.
Este texto é uma síntese do livro:
DRESCHER, John, M. Sete necessidades básicas da criança. Trad. Neyd Siqueira. 12. ed. São Paulo: Mundo Cristão, 1999.
Colaboração para o Portal EscolaDominical : Profa. Amélia Lemos Oliveira.
Bibliografia
John M. DRESCHER, Sete necessidades básicas da criança, p.82-3