"A educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo. (Nelson Mandela) "

sexta-feira, 5 de abril de 2013


A Pequena Sereia

História Infantil A Pequena Sereia
Pequena Sereia

No seu aniversário de quinze anos, a Pequena Sereia recebeu um presente muito especial: podia subir à superfície do mar. Nadou feliz até a beira da praia.


Por lá passeava um belo príncipe e a Pequena Sereia se apaixonou por ele assim que o viu.

- Deves esquecê-lo, és uma sereia, não uma mulher. Disse seu pai quando soube.

Mas a Pequena Sereia não podia esquecer o príncipe, e foi falar com a bruxa das águas, pedir que lhe desse pernas.

- Se é isso que queres, o terás em troca de tua voz. Mas se não conseguires casar com o príncipe, morrerás.

A sereia aceitou, tomou a poção mágica que a bruxa lhe deu, e caiu desmaiada.

O jovem príncipe encontrou a sereia na praia. Ficou maravilhado com sua beleza e levou-a consigo para o palácio.

A Pequena Sereia e o príncipe tornaram-se amigos. Porém, como ela não tinha voz, não podia contar-lhe a sua história.

O príncipe estava comprometido com uma princesa e eles iriam casar. Quando a sereia soube, sentiu uma profunda dor.

Certa noite, a Pequena Sereia chorava sua triste sorte à beira do mar, quando apareceram as suas amigas para consolá-la.

Ofereceram-lhe um punhal para que matasse o príncipe. Assim, poderia voltar a ser uma sereia. A Pequena Sereia aproximou-se da cama do príncipe com o punhal, mas não teve coragem de matá-lo e jogou a arma no mar.

Chegou o dia do casamento, que foi celebrado num navio. Os convidados dançaram felizes e alheios ao terrível destino de Pequena Sereia.

A pobre sereia, muda e sozinha, jogou-se na água, conformada em transformar-se em espuma do mar.

Ainda que tudo parecesse perdido, a sereia não morreu. Ela tornou-se uma deusa dos mares.

Por ser valente e generosa, a Pequena Sereia foi recompensada. Desde então, passeia pelos mares do mundo protegendo os casais apaixonados.

A lenda do Coelho da Pascoa

A lenda do Coelho da Páscoa



Perto da casa do menino Jesus, um passarinho construiu seu ninho. Todas as manhãs, Jesus era acordado pelo alegre e bom canto da avezinha.
Certa manhã, porém, ele foi acordado pelo piar aflito do passarinho. Jesus espiou e viu que a mamãe passarinho chorava desconsolada, pois a raposa havia roubado os seus ovinhos.
O menino Jesus ficou triste e saiu pelo campo, pedindo aos bichos que passavam que o ajudassem a encontrar os ovinhos roubados.
Gatinho, você quer me ajudar a encontrar os ovos da mãe passarinho?
Não posso Jesus. Minha dona me encarregou de caçar um rato que sempre rouba queijo todas as noites.
Assim Jesus foi se dirigindo aos animais, mas era inútil. Todos estavam ocupados. O cão cuidava da casa. A formiga trabalhava apressadamente. O grilo estava cansado de pular de galho em galho. Nenhum bicho podia ajudar Jesus. Foi então que o coelho colocou as orelhas para fora da toca e disse:
Jesus, se você quiser, eu posso te ajudar.
E saiu correndo até encontrar o esconderijo da raposa. Mas que pena. Ela já havia comido todos os ovinhos. O coelho com pena do passarinho e querendo agradar a Jesus, resolveu pedir um ovinho para cada um dos passarinhos que conhecia e levou a Jesus.
O menino Jesus colocou os ovinhos no ninho da mamãe passarinho, que nem desconfiou de nada. Como recompensa, o coelhinho foi encarregado por Jesus, de todos os anos, na Páscoa, distribuir ovinhos para as crianças.

A Lenda do Bosque Encantado

A Lenda do Bosque Encantado, história infantil para crianças

Dizem que, há muitos anos, num longínquo país, existiu um bosque encantado. A jovem princesa daquele reino, desobedecendo aos conselhos dos mais velhos, decidiu visitá-lo.
Montada em seu cavalo branco, deu de cara com um jovem lenhador, chamado Daniel:
- Não vá mais adiante, princesa, ou nunca mais voltará.
Como era muito audaciosa, ela esporeou seu cavalo e entrou na mata espessa.
Os dias se passaram sem que ninguém soubesse da princesa.
- Darei a mão de minha filha e o governo do reino a quem me devolvê-la sã e salva.   - ofereceu o soberano.
O lenhador Daniel pegou sua flauta e seu machado e embrenhou-se no bosque, chamando pela princesa.
- Estou prisioneira do velho carvalho! - ouviu-a gritar.
O rapaz correu até o local e começou a dar machadadas no tronco, mas seus potentes golpes não serviam para nada.
Uma voz cavernosa, a do carvalho, disse:
- Nunca conseguirá me derrubar. Estava farto de minha solidão e apoderei-me da princesa. Vá embora daqui!
- Velho carvalho, se o que quer é companhia, eu a conseguirei para você.
E começou a tocar em sua flauta uma melodia tão bela,  que os pássaros, que nunca vinham a este lugar tão sombrio, invadiram até mesmo os galhos do carvalho. E todos juntos começaram a cantar.
- Lenhador, você me proporcionou companhia e lhe devolverei a princesa.
Ouviu-se o som de galhos partidos e a princesa, comovida, estendeu a mão a Daniel.

A Festa no Céu conto

A Festa no Céu, lindo conto para as mamães lerem para as crianças.

Entre os bichos da floresta, espalhou-se a notícia de que haveria uma festa no Céu.
Porém, só foram convidados os animais que voam.

As aves ficaram animadíssimas com a notícia, começaram a falar da festa por todos os cantos da floresta. Aproveitavam para provocar inveja nos outros animais, que não podiam voar.



Um sapo muito malandro, que vivia no brejo,lá no meio da floresta, ficou com muita vontade de participar do evento. Resolveu que iria de qualquer jeito, e saiu espalhando para todos, que também fora convidado.
Os animais que ouviam o sapo contar vantagem, que também havia sido convidado para a festa no céu, riam dele.
Imaginem o sapo, pesadão, não aguentava nem correr, que diria voar até a tal festa!
Durante muitos dias, o pobre sapinho, virou motivo de gozação de toda a floresta.


_ Tira essa ideia da cabeça, amigo sapo. – dizia o esquilo, descendo da árvore.- Bichos como nós, que não voam, não têm chances de aparecer na Festa no Céu.
_ Eu vou sim.- dizia o sapo muito esperançoso. - Ainda não sei como, mas irei. Não é justo fazerem uma festa dessas e excluírem a maioria dos amimais.
Depois de muito pensar, o sapo formulou um plano.

Horas antes da festa, procurou o urubu. Conversaram muito, e se divertiram com as piadas que o sapo contava.
Já quase de noite, o sapo se despediu do amigo:
_ Bom, meu caro urubu, vou indo para o meu descanso, afinal, mais tarde preciso estar bem disposto e animado para curtir a festa.
_Você vai mesmo, amigo sapo? - perguntou o urubu, meio desconfiado.
_ Claro, não perderia essa festa por nada. - disse o sapo já em retirada.- Até amanhã!
Porém, em vez de sair, o sapo deu uma volta, pulou a janela da casa do urubu e vendo a viola dele em cima da cama, resolveu esconder-se dentro dela.


Chegada a hora da festa,o urubu pegou a sua viola, amarrou-a em seu pescoço e vôou em direção ao céu.
Ao chegar ao céu, o urubu deixou sua viola num canto e foi procurar as outras aves.

O sapo aproveitou para espiar e, vendo que estava sozinho, deu um pulo e saltou da viola, todo contente.
As aves ficaram muito surpresas ao verem o sapo dançando e pulando no céu. Todos queriam saber como ele havia chegado lá, mas o sapo esquivando-se mudava de conversa e ia se divertir.
Estava quase amanhecendo, quando o sapo resolveu que era hora de se preparar para a "carona" com o urubu. Saiu sem que ninguém percebesse, e entrou na viola do urubu, que estava encostada num cantinho do salão.



O sol já estava surgindo, quando a festa acabou e os convidados foram voando, cada um para o seu destino.
O urubu pegou a sua viola e vôou em direção à floresta.
Voava tranquilo, quando no meio do caminho sentiu algo se mexer dentro da viola. Espiou dentro do instrumento e avistou o sapo dormindo , todo encolhido, parecia uma bola.
- Ah! Que sapo folgado! Foi assim que você foi à festa no Céu? Sem pedir, sem avisar e ainda me fez de bobo!
E lá do alto, ele virou sua viola até que o sapo despencou direto para o chão.
A queda foi impressionante. O sapo caiu em cima das pedras do leito de um rio, e mais impressionante ainda foi que ele não morreu.
Nossa Senhora, viu o que aconteceu e salvou o bichinho.
Mas nas suas costas ficou a marca da queda; uma porção de remendos. É por isso que os sapos possuem uns desenhos estranhos nas costas, é uma homenagem de Deus a este sapinho atrevido, mas de bom coração.

A Dama e o Vagabundo

Historia Infantil A Dama e o Vagabundo, especial para crianças.
Uma jovem recém-casada recebeu de presente uma pequena cadelinha que chamou de Lady.
E desde então é um festival de carinhos que não tem fim!
Lady é tão linda que os cães do quarteirão não tem olhos para nada, a não ser para ela.

Especialmente Vagabundo!

Porém, Lady recusa-se a falar com ele. Ela acha tão despenteado, tão mal-educado!
Um belo dia, Lady deu adeus à sua boa vida.
Sua dona teve um bebê.

Todos os sorrisos, todos os carinhos são para o recém-nascido.
Mas o pior de tudo é quando tia Sarah chega em casa com seus dois horríveis gatos.
Si e Ão.

Os dois siameses malvados começam imediatamente a atacá-la e a mexer em tudo que havia dentro de casa.

Lady defende, porém quebra tudo na sala.

Como punição lhe colocam uma focinheira.
Lady se debate, salta, dá pulos, se enfurece!
Para onde será que ela vai?
Ela foge desesperada para a rua, e os cães vadios a atacam sem piedade.

Mas eis que chega o Vagabundo! Ele rosna, morde, afasta os cachorrões, Salvando Lady.


Lady se encanta com a bravura de Vagabundo e começa se apaixonar!

Vagabundo conduz Lady à uma cantina do seu amigo Tony. E aquele dia em especial Tony prepara uma deliciosa macarronada para os dois.

E ali começou um grande romance. Mais tarde eles se casaram, tiveram muitos filhotes e Lady pode voltar com sua família para casa, onde todos puderam ser felizes.

A Baleia Alegre

 A Baleia Alegre, fábula infantil




A baleia é o maior animal do planeta. E, com todo esse seu tamanho, sem querer pode tornar-se uma ameaça aos outros animais, caso não tome alguns cuidados.

A baleiazinha era jovem cheia de vontade de brincar, nadar e saltar. Era cheia de vida e sempre muito bem disposta.

- Que mosca mordeu você? Perguntavam os outros habitantes do mar.



Ninguém sabia a resposta. Mas a verdade era que a baleiazinha estava causando graves problemas aos pescadores.

Eles saíam inocentemente em seus pequenos botes e, de repente, encontravam-se com uma muralha de ondas, levantadas pelas brincadeiras dela. E assim, quase sempre soçobravam.

Mais de um pescador havia morrido afogado e a baleiazinha continuava brincando perto da costa, alheia às desgraças que causava.


- Baleiazinha, fico muito contente vendo você sentir-se tão feliz e brincalhona. Mas, por ser estouvada, já causou algumas desgraças aos pescadores, disse-lhe o golfinho.

- Oh! Lamento muito, amigo golfinho! Exclamou a baleiazinha, muito arrependida. Diga-me o que posso fazer para remediar o mau que causei? Perguntou ela.

- Basta que você brinque em alto mar, longe da costa, aconselhou-a ele.

A baleiazinha tinha um coração bondoso. Desejosa de fazer o bem aos outros e evitar novos prejuízos para os pescadores, rumou para o mar alto. A partir desse dia acabaram-se as desgraças dos pobres pescadores. E a baleiazinha pode continuar a alegrar os habitantes do mar, sem prejudicar os habitantes da terra.


Mulan

Mulan, linda história infantil.
Historia da Mulan para crianças
Naquela Manhã, Mulan, uma jovem chinesa,
precisava ir ao encontro da casamenteira do povoado.Estava na hora de escolher um marido.
Antes de sair, Mulan correu para servir o chá a seu pai.
- É bom se apressar! - disse ele.
- Você está atrasada - repreendeu a avó.
- Vá se vestir e se pentear, rápido!
Finalmente Mulan ficou pronta.
- Leve esse gafanhoto - disse a avó.
- Ele vai lhe trazer sorte.
Que catástrofe!
Diante da casamenteira, Mulan só fez bobagens.
Irritada, a casamenteira mandou Mulan voltar para casa.
A jovem ficou muito triste!
- Não faz mal - consolou-a o pai.
- Você ainda não estava pronta para o casamento!
Estourou a guerra! Seu pai foi convocado para servir, mas Mulan tinha medo, pois seu pai já estava velho. Resolveu então ir no seu lugar.
Mulan se disfarçou de rapaz e partiu
a todo o galope para juntar-se ao exército.
- Capitão! - exclamou Mulan quando chegou ao acampamento militar.
- Quero me tornar um soldado!
Mas não é fácil aprender a lutar quando se é desajeitada!
Porém Mulan fez progressos e se tornou mais hábil que qualquer outro soldado.
Com a ajuda de seu companheiro,
Mushu e graças a sua audácia e coragem os chineses ganharam a guerra.
Mais tarde no palácio, o Imperador felicitou Mulan, e todos os súditos se inclinaram diante dela.
- Minha filha, estamos muito orgulhosos de você! - declarou o pai, abraçando-a.



 
O Paraíso

"Como podemos reconhecer o paraíso, se nada parece suficiente para nós?"

Autor: Alberto Grimm[1]

ilha

A ideia de um paraíso faz o homem esquecer que já o possui
Diário do primeiro dia:
"O lugar, a julgar pelas construções, que dessa distância podemos visualizar, parece ser povoado, embora ainda não tenhamos feito nenhum contato visual que possa comprovar esse fato. As construções são grandes e diversas em formatos, o que sugere, claramente, a existência de seres inteligentes na área. Portanto, todo cuidado é pouco."

Resumo do Segundo dia:
"Começamos a explorar o local marcado como alvo. Ainda não nos aproximamos da cidade. Em volta, conforme já diziam os antigos relatórios, há de fato muita água. Lagos e rios imensos. Água límpida, cristalina, perfeita para nossas futuras colônias. Um dos nossos batedores foi enviado para uma varredura mais apurada nos arredores da cidade. Ele tem consigo todos os equipamentos e acessórios necessários para a medição dos níveis locais de poluição ambiental, assim como da qualidade do ar. Aguardamos seu retorno com mais notícias."
Resumo do terceiro e quarto dias:
"De fato, o batedor nos informou via rádio, que, numa primeira análise, o ar é adequado. No entanto, não se sentiu pronto para fazer uma aproximação mais efetiva ao centro da cidade. Continua recolhendo amostras dos arredores e informa que ainda não viu nenhum habitante local. Pessoalmente, acredito que estamos diante da lendária terra prometida tão falada nos poemas dos antigos profetas..."

Início do quinto dia:
"Amanheceu há três horas e nenhuma notícia do batedor até agora tivemos. O combinado seria um relatório a cada seis horas. Talvez seja necessário enviarmos uma equipe ao local para verificar se algum imprevisto ocorreu. Enquanto isso, já coletamos amostras das águas da região e comprovamos que são de fato adequadas para uso. Mas, estamos em meio à mata fechada, não sabemos se as reservas da cidade possuem a mesma qualidade. Dependemos de respostas do batedor para prosseguirmos em direção ao alvo principal..."

Quinto dia, 14:00 horas:
"Não tivemos nenhum contato com o batedor. Uma equipe tática já foi enviada ao local para averiguações. Encontramos, em meio à selva, uma habitação e dela nos aproximamos. Os habitantes locais têm, por hábito, o cultivo de plantas suspensas em pequenos vasos com pratos maiores embaixo, que ficam pendurados em suas varandas, ou espalhados pelo chão, todos com água dentro. No entanto, não fizemos contato visual com nenhum desses moradores. Um dos nossos técnicos constatou que não há ninguém dentro da casa, talvez tenham viajado. Daí, segundo ele, o feliz costume de deixar nos recipientes das plantas, uma quantidade de água para vários dias. Vamos montar um posto de observação perto da casa."

Resumo do sexto dia:
"Fizemos o primeiro contato visual com um dos habitantes locais. Não pareceu perigoso ou digno de maiores cuidados da nossa parte. Ainda não tivemos notícia do batedor, mas a equipe de resgate encontrou suas anotações espalhadas pela selva, assim como seus equipamentos de análises. Esperamos que nos digam algo sobre o que aconteceu..."

Noite do sexto dia:
"Hoje, fizemos um plantão noturno. As anotações recolhidas são bastante relevantes e precisavam ser estudadas com urgência. Aqui, em nosso posto de observação não corremos perigo algum. Não há predadores ou riscos aparentes para nenhum do grupo. Sobre as anotações, o batedor informa que fez contato direto com os habitantes locais e agora, se preparava para averiguar as condições para implantação do núcleo de povoamento. Acreditava ele que encontrara o lugar perfeito. Observou ainda que, em quase todas as residências, as condições ambientais são adequadas. Temos o mapa da região, iremos verificar pela manhã."

Tarde do sétimo dia. Relatório final preliminar.
"Desculpe se pareço eufórico, mas, na verdade estou. Fizemos uma varredura completa do local indicado para o povoamento. São as condições, verdadeiramente excelentes. Não há agentes tóxicos, para nós, no meio ambiente, assim como não encontramos resistência alguma, da parte dos residentes. Poucos moradores nativos se preocupam com a possibilidade de uma ocupação pelos nossos colonos. O alimento, isso é importante, é farto e fácil de se obter. Isso é importante especialmente para os mais novos, da nossa espécie."

"Junto com esse relatório preliminar, na verdade quase final, estamos enviando um mapa completo com a localização perfeita para a instalação dos primeiros núcleos habitacionais. Imagino que em pouco tempo seremos muitos. Mas, alimento e condições para procriação não é um problema que tenhamos pela frente. Só quero acrescentar que as antigas profecias estavam corretas, quando falavam da sonhada terra prometida para o nosso povo. Acredito que a encontramos. E, senhores, podemos afirmar com grande júbilo, que, uma nova etapa em nossa existência terá início. Finalizando, este lugar, a terra prometida para nós, osMosquitos Aedes Aegypti, ou mosquito da Dengue, é o maior país do continente Sul-americano. Podemos começar já os planos de mudança para cá. Em tempo, sobre nosso batedor, ele sucumbiu por excessos, devido a fartura da alimentação."





Autor: Alberto Grimm
Veja mais detalhes sobre o autor nas notas abaixo.
email: alberto.grimm@gmail.com 
A Mansão Mal Assombrada

Para compreender o que desconhecemos, primeiro precisamos aceitar que não compreendemos..."
Autor: Alberto Grimm[1]

casarão na colina

Saber que as aparências enganam, não nos torna imunes às decepções! Precisamos de algo mais...
A casa era imensa e estava localizada em meio a um pequeno bosque, às margens de um lago profundo e de águas calmas e escuras. Tinha uma fama e tanto, de mal assombrada é claro. Ninguém conseguia passar uma noite lá dentro. Morar ali, nem pensar. Possuía muitos quartos em seus três andares construídos sobre uma sólida laje natural de pedra negra, quase à beira de um penhasco digno de por medo nos mais intrépidos alpinistas.

Passados dezenas de anos, ainda permanecia majestosa e firme, apesar das paredes sujas devido à falta de manutenção. Seus donos eram prósperos, mas o tempo implacável lhes tirara tudo. Agora, embora não mais existissem, ao menos fisicamente, lá estava sua robusta morada, feita para durar mais que todos da sua linha de descendência. Pouco se sabia sobre os acontecimentos que culminaram com o início das assombrações no local, mas a história era clara; os fantasmas do lugar não eram nada amigáveis com os visitantes.
Os últimos enxotados fora um grupo de religiosos, que resolveram fazer um exorcismo para limpar a casa. Naquele grupo, organizado como uma espécie de liga da justiça divina contra as forças do mal, todas as religiões enviaram seus mais competentes, ilustres e sábios ministros. Conta-se que logo na entrada, um deles ficou completamente surdo com o sopro que um dos fantasmas deu nos seus ouvidos; nos dois ao mesmo tempo. Ficou desorientado por um tempo, sem saber nem onde estava, nem qual era seu nome; depois recobrou a razão, mas não a audição.

Sorte que, por ser sábio, conhecia a linguagem dos sinais, motivo pelo qual, pode continuar se comunicando com os demais membros do grupo. Depois chegou a imaginar que fora beneficiado pela brincadeira da assombração, uma vez que os sons assustadores dos fantasmas arruaceiros não mais o perturbariam naquela noite. Infelizmente, para todos os presentes, a coisa não era tão simples assim. O fato é que, todos foram expulsos da casa poucas horas depois, mas não sem traumas psicológicos preocupantes.

O que mais impressionou ao grupo foi que, ao iniciarem o exorcismo, ao pronunciarem as primeiras palavras sagradas, os fantasmas completavam em voz alta toda a ladainha restante, inclusive com os cânticos dos rituais solenes, e ainda ensinaram aos religiosos, algumas técnicas secretas que estes desconheciam. Sem contar que havia um coro de fundo, que recitava em tom canônico, como a imitar os cânticos gregorianos, todos os salmos bíblicos, ora em Latim, ora em Aramaico. Saíram da casa moralmente arrasados, psicologicamente desorientados, questionando a própria fé.

Mas, sem dúvida o que mais abalou a auto-estima do grupo, foram as palavras finais daquele que parecia ser o fantasma chefe. Dissera em tom solene: "Voltem sempre e assim podemos ficar longas horas discutindo sobre todos os livros sagrados. Gostamos de realizar seminários para falar de coisas religiosas, doutrinas secretas e coisas assim. Nossas reuniões são sempre às terças e quintas, meia noite em ponto. Vocês são, a partir de hoje, nossos eternos convidados; não é pessoal?". Um gemido horripilante, algo como "Hum, hum...", em forma de coro, parecia ser a concordância do restante da comunidade fantasmagórica.

Detalhes à parte, uma nova família que ora estava chegando ao local, parecia não se importar com aquelas lendas e relatos assombrosos. Observaram a imponente fachada da enorme mansão, e aquela que parecia a matriarca comentou: "Pelo menos espaço teremos de sobra a partir de hoje!".

Entre eles, uma criança, que segurava na mão direita uma revista em quadrinhos, cujo título era, "Histórias Assombrosas", voltou-se para a senhora que fizera o comentário e disse: "Mãe, quero ver os fantasmas da casa, será que posso? A senhora deixa?".

"Deixa de coisa menino", ressaltou a senhora em tom resignado, "fantasmas é coisa de gente, existem para os seres humanos. Eles aparecem e assustam pessoas. Somos Ratos, e fantasmas não assustam ratos".

Meio desolado e olhando para o rabinho que dava voltas no ar, ele suspirou, pegou sua mochilinha e subiu lentamente os degraus em direção à porta principal da casa.




Autor: Alberto Grimm
Veja mais detalhes sobre o autor nas notas abaixo.
email: alberto.grimm@gmail.com