"A educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo. (Nelson Mandela) "

domingo, 28 de abril de 2013


PESQUISEI VÁRIOS TEXTOS E POESIAS

A lua no cinema


A lua foi ao cinema,
passava um filme engraçado,
a história de uma estrela
que não tinha namorado.

Não tinha porque era apenas
uma estrela bem pequena,
dessas que, quando apagam,
ninguém vai dizer, que pena!

Era uma estrela sozinha,
ninguém olhava pra ela,
e toda a luz que ela tinha
cabia numa janela.

A lua ficou tão triste
com aquela história de amor
que até hoje a lua insiste:
— Amanheça, por favor!

paulo leminski

5.4.13

Molhança



A chuva anoiteceu de tarde. 
A chuva e seu brilho prateado. 
A chuva de retas paralelas sobre a terra curva. 
A chuva destroçou os guarda-chuvas. 
A chuva durou muitos dias. 

arnaldo antunes e josée bisaillon



A Páscoa é uma data tão importante! E eu adoro! Não só porque ganho ovos de chocolate, que são uma delícia! Mas, principalmente, porque é o renascimento de Cristo. Você já parou para pensar quantas vezes a gente renasce na vida? Muitas, inúmeras! Toda vez que você se sente triste e, em seguida, alguma coisa ótima acontece é uma espécie de renascimento; pelo menos, é assim que eu acredito. Quantas vezes passamos por momentos difíceis, perdemos alguém querido, ficamos doentes, nos sentimos derrotados diante de alguma situação! Porém, sempre que damos a volta por cima, assumimos a postura de lutar e vencer, estamos renascendo. E sabe quem dá a você essa força? Jesus Cristo! Não importa qual seja sua crença. Neste mundo, somos todos irmãos,  filhos de um mesmo Pai, que torce por nós, que chora com a gente quando algo sai errado, mas que, antes de tudo, quer a nossa felicidade. Então, sempre que você se sentir apagadinho ou apagadinha, pense nessa luz que existe dentro de você. Essa luz fará você renascer quantas vezes for preciso. Ela nunca se apaga, às vezes fica fraquinha, é natural, mas ela é eterna como o amor, o amor de Cristo por nós. Então, nesta Páscoa, renasça!! Felicidade! Feliz Páscoa! E obrigado pelos comentários aqui no blog!



Sempre que estiver muito cansado, achando tudo perdido, vá dormir. Acho uma ótima ideia dormir nessas horas. Se for de noite, melhor ainda. Pois é nas estrelas que moram os sonhos da gente. É nas estrelas que repousa a esperança. Que tal caminhar nas estrelas? Quando amanhecer, será tudo luz, luz forte do meio-dia. Enquanto você dorme, poderosos anjinhos te levam pra passear, tomar água na fonte, tomar banho de lua. Vá dormir se estiver cansado, repito. Se estiver feliz, fique acordado. Se estiver feliz, abrace quem encontrar pela frente. Se estiver feliz, vá visitar as pessoas que tocam seu coração e distribua muitos beijos na bochecha. Se estiver feliz, vá viajar, pra longe ou perto, tanto faz. Se estiver feliz, vá andar de bicicleta; tente desafiar o tempo em vigorosas pedaladas. Se estiver feliz, não poupe palavras doces, elogie, agradeça, cante, incentive quem está triste. Se estiver triste, fique perto de quem está feliz, e vá. Se estiver feliz, leve com você quem está triste. Nesse caso, se é você quem estiver triste e encontrar alguém feliz, não durma, vá em frente com quem está feliz. Não durma. Não durma no ponto. Não fique  triste, fique feliz. Tristeza é um fantasma que tem medo de luz. Brilhe pra ele (pro fantasma). Brilhe pra ela (pra tristeza). E buuÚ! Fique feliz. Fique vivo. Só não pode esquecer: tristeza passa, você fica. Fica pra ser feliz! Feliz por muito tempo, até que a tristeza... até que a tristeza se canse e vá dormir quando estiver cansada.


Uma gotinha de luz 
sei que você é. 
Então ilumine um pouquinho 
todo coração sem fé. 

Tem coração cansado, 
coração andando a pé. 
Tem coração engraçado. 
O meu é meio lelé.

pássaro das sombras

Acesse o site do Pássaro das Sombras e leia as poesias do misterioso poeta blogueiro que acabou virando livro. www.opassarodassombras.com.br.

26.2.13

Oreosvaldo, o Pássaro das Sombras

Olá, queridos visitantes da Torre Mágica!

Tenho uma novidade incrível pra contar! 
Saiu o meu novo livro: Oreosvaldo, o Pássaro das Sombras, da Editora Lê
Espero que todo mundo se amarre nesta história!


Oreosvaldo é um avestruz tímido pra chuchu. Grandalhão e meio desajeitado, ele se torna, da noite pro dia, o “queridinho” da escola. Tudo isso por conta de um misterioso blog de poesias. Mas, por enquanto, ninguém sabe que ele é o célebre escritor Pássaro das Sombras. Além disso, a bicharada está se preparando pra festa do ano: o aniversário da macaca Dalila. Haja suspense e emoção nesta história, que ainda conta com muitos bichos divertidos, incluindo um porco-espinho invocado, o Antero, que promete tirar o sono do Oreosvaldo e do Pássaro das Sombras. E se ele descobrir que os dois são a mesma figura?

Pra espantar a curiosidade, acesse o site do blogueiro mais famoso da floresta e descubra um pouquinho do que ele tem aprontado por aí:

Oreosvaldo, o Pássaro das Sombras foi escrito por mim, Pedro Antônio de Oliveira, 
e ilustrado por Maurizio Manzo.


O ilustrador

Maurizio Manzo nasceu em Vigevano, na Itália. Ainda criança, mudou-se com a família para Santiago, Chile, onde passou toda a infância. De lá, veio parar no Brasil, e como disse seu pai: “Mudamos apenas de santo, quando passamos a morar em São Paulo.”. Assim, ele se formou em Design Gráfico pela Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG), em Belo Horizonte. Atualmente, trabalha como designer gráfico em diversos segmentos, especialmente em design editorial e ilustração de livros para crianças, algo que adora fazer. Como ilustrador, recebeu dois prêmios Altamente Recomendável pela Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ), foi selecionado na Feira Internacional do Livro Infantil de Bolonha, Itália, e na Feira do Livro de Frankfurt, Alemanha. Aqui no Brasil, como designer gráfico, participou de várias exposições e de bienais dedesign gráfico. 

Se quiser mandar um e-mail para o Maurizio, ele vai adorar. Anote:mauriziomanzo@uol.com.br.


O blog do Pássaro das Sombras

Gente, o Pássaro das Sombras se parece um pouco comigo, porque ele adora escrever poesias em seu blog(www.opassarodassombras.com.br). Lá é tudo de verdade. Tem comentários dos bichos mais antenados, o Twitter, a página noFacebookGoogle +... Se eu fosse você, corria pra adicionar todo mundo e fazer parte dessa enorme e animada rede social.


Siga tranquilamente entre a inquietude e a pressa, lembrando-se de que há sempre paz no silêncio. Tanto que possível, sem humilhar-se, viva em harmonia com todos os que o cercam. 

Fale a sua verdade mansa e calmamente e ouça a dos outros, mesmo a dos insensatos e ignorantes – eles também têm sua própria história.

Evite as pessoas agressivas e transtornadas; elas afligem nosso espírito. Se você se comparar com os outros, você se tornará presunçoso e magoado, pois haverá sempre alguém inferior e alguém superior a você. Viva intensamente o que já pode realizar. 

Mantenha-se interessado em seu trabalho, ainda que humilde, ele é o que de real existe ao longo de todo tempo. Seja cauteloso nos negócios, porque o mundo está cheio de astúcia; mas não caia na descrença, a virtude existirá sempre. 

Você é filho do universo, irmão das estrelas e das árvores. Você merece estar aqui e, mesmo que você não possa perceber, a terra e o universo vão cumprindo o seu destino.

Muita gente luta por altos ideais e, em toda parte, a vida está cheia de heroísmos. 

Seja você mesmo, principalmente, não simule afeição nem seja descrente do amor; porque mesmo diante de tanta aridez e desencanto, ele é tão perene quanto a relva. 

Aceite com carinho o conselho dos mais velhos, mas seja compreensível aos impulsos inovadores da juventude. 

Alimente a força do Espírito, que o protegerá no infortúnio inesperado, mas não se desespere com perigos imaginários; muitos temores nascem do cansaço e da solidão. 

E a despeito de uma disciplina rigorosa, seja gentil para consigo mesmo. Portanto, esteja em paz com Deus, como quer que você o conceba; e quaisquer que sejam seus trabalhos e suas aspirações, na fatigante jornada da vida, mantenha-se em paz com sua própria alma. 

Acima da falsidade, dos desencantos e das agruras, o mundo ainda é bonito; seja prudente. 

FAÇA TUDO PARA SER FELIZ.

max ehrmann

Toda pessoa traz consigo estrelas que a vida concede. 
Estrelas de brilhar, estrelas de crescer, estrelas de encontrar o caminho do sonho que se persegue. 
Saber reconhecer os brilhos e as estrelas é o nosso destino. 
Porque há quem se encante com o brilho de estrelas que não são suas e se perde. 
Há quem deseje o brilho de outra mais distante e por isso passa quase todo o tempo como passageiro, nas estações, à espera de um trem para lugar nenhum. 
Aceitar as estrelas que trazemos é o que faz a diferença entre o que queremos ser e o que verdadeiramente somos. 
Brilhar é acreditar na força que elas têm, desvendar seus mistérios, e aí então deixar que suas luzes se derramem alma adentro e tanto, que carregar as estrelas seja como conduzir um candeeiro, para que, onde quer que se vá, longe, alto, possam os outros perceber a claridade. 
Esse é o desejo: uma felicidade intensa hospedada definitivamente em seu coração, como estrelas na palma das mãos a iluminar os caminhos.

josé oliva
Dandara em: 
Prova de amor 


A Val, amiga da minha mãe, tem um filho que nasceu de pele clara, mesmo Val sendo negra. Calminha aí, que eu explico! O pai é loiro. Tem até olhos verdes. A primeira vez que a vizinhança deu de cara com o garoto, foi um tremendo zum-zum-zum. Todo mundo espalhando que ele havia sido trocado na maternidade. Pode um negócio desses? Até hoje, tem gente que diz: “Uma negra casada com um moço loiro? Ui, ui, ui... Que coisa mais esquisita!”. O pior não é isso. Outro dia quase que a polícia prendeu a Val. Ela estava no supermercado quando o menino começou a chorar; coisa de criança, sabe?... Em pouco tempo, uma muralha de seguranças se formou ao redor dela; no mínimo, pensando que Val tinha sequestrado o bebê. Tem cabimento? Ela teve de mostrar documento e tudo, para provar que era mãe dele. Desaforo! E precisava? Será que ninguém percebeu a verdade entre os dois, naquele carinho todo, de mãe e filho? 





Dandara em:
Tambor de Crioula 



Não consigo parar de ler as histórias dos heróis negros. É tão emocionante! Já ouviu falar de Luísa Mahin, ex-escrava africana que veio morar no Brasil? Ela nasceu no início do século XIX e contava pra todo mundo que tinha sido princesa, na África. Eu não duvido, não! Quando se casou com um nobre português, Luísa teve um filho, o abolicionista Luís Gama. Êta, neguinha esperta! Ela sacudiu a Província da Bahia, ao liderar batalhas para salvar nossos irmãos escravos. Que coragem! Sabia que ela aproveitava os deliciosos quitutes que fazia para distribuir mensagens de mobilização em favor da liberdade do povo negro? Uns dizem que ela conseguiu escapar para o Rio de Janeiro e, depois, foi presa e devolvida a Angola. Outros, que ela se mudou para o Maranhão e, por lá, criou o Tambor de Crioula ou Punga, uma dança africana muito alegre, em louvor a São Benedito, um dos santos mais queridos entre os negros. Eu prefiro esse final, que é bem mais feliz.


Aposto que você ficou curioso(a), louco(a) pra saber mais sobre o Tambor de Crioula. 
Clique: link1 / link 2.




Dandara em:
Filho de guerreira...
 



Sabe a Luísa Mahin, africana guerreira da nação Nagô? Eu falei sobre ela logo aí em cima. Pois é; ela teve um filho, o Luís Gonzaga Pinto da Gama, que nasceu em Salvador em 1830 e se tornou advogado, jornalista e escritor. Seus poemas criticavam os poderosos da época e fazem parte da segunda geração do Romantismo no Brasil. Olha que chique! Certa vez, vendido com mais de cem escravos, acabou morando na Província de São Paulo. Só que, em Campinas, ninguém o comprou. É que escravo baiano tinha fama de negro fujão. Desculpe, essa parte eu achei engraçada! Daí, trabalhou com serviços domésticos numa fazenda. Lá, a amizade com um hóspede estudante mudou seu destino pra sempre, porque, com ele, aprendeu a ler e escrever. Luís Gama tinha o coração do tamanho de um oceano. Ao acolher em casa escravos acuados e feridos, consolava-os e compartilhava o pouco dinheiro que recebia de algum cliente mais rico. Conseguiu libertar mais de mil cativos usando a lei e suas reflexões contra a escravidão, um sistema tão injusto e sem justificativa para existir.



Quer conhecer mais detalhes sobre o Luís Gama? Veja: link1 / link 2.


Talvez, você ainda não saiba quem é a Dandara. Mas eu vou te contar: é uma menina pra lá de bacana e muito mais pra lá ainda de esperta, que vivencia o preconceito e a discriminação racial. E isso dói muito mais no coração do que na pele. Por esse motivo, ela luta pra mudar o que não está certo. 
Quer ler os primeiros microcontos da Dandara? 
Então clique logo aqui:
As ilustrações são de Clayton Ângelo. Corra até o blog dele

A Dandara existe de verdade.
Olha ela aí, brincando com a moradora da Torre Mágica.



Nova chance


Felicidade não se adia.
Ousadia!

FELIZ 2013!

Sopro veloz


Desde cedo
Vivo pequenas eternidades.

As noites e os dias sulcaram na pele
Uma estrada.
Isso não há de ser nada.




De novo é Natal e, neste ano, vai ser bem diferente. No dia 25 de dezembro, faz um mês que Tia Lalia nos deixou, ao percorrer o caminho inverso daquele trilhado pelo Menino Deus, que se tornou gente para habitar entre nós. No caso dela, de ser humano maravilhoso, ela se reinventou: virou estrela. Foram anos seguidos de alegria em sua casa, cantando parabéns para o Jesus Pequenino - porque jamais dispensou bolo, velinhas e oração em homenagem ao aniversariante. E, no ano passado, na mesma ocasião, como uma profecia, pediu: "Se no próximo Natal eu não estiver por aqui, quero que vocês continuem reunidos, comemorando.". Que bobagem, você sempre estará conosco, Tia Lalia, pois seu jeito amável e feliz impregnou nossa vida de humanidade. Mas, como aprendizes, ainda não somos capazes de conviver pacificamente com a dor. E a comemoração deixemos que ocorra no céu, pois sabemos que aí, sim, deve haver uma festa linda para marcar sua chegada à morada dos anjos.


pedro antônio de oliveira


Imagem do site de
Stephano PieriniO menino e a estrela


Olho pra trás, diminuo a velocidade
A verdade simplesmente não existe
Preciso nos sentidos um milagre do corpo
Ideias ao entardecer.

Faço planos, crio mundos
Desses de possuir e não ter
Nas ideias os sentidos
Tudo que a gente pode ser.

Não tive tempo pra dizer
Aos olhos que eu nunca esqueci
Desculpa só mais uma vez
Nosso encontro foi talvez.

Venha ficar comigo
Tudo pode acontecer.

"outros planos" 14 bis


Seja uma estrelinha a guiar Deus Menino,
o facho de alegria a iluminar toda gente.
Natal é pra todo mundo:
pra quem está feliz,
pra quem ainda não consegue,
pra quem quer conseguir.


Sabe aquele tempo em que o tempo não voava?


Clarividência



Ser infeliz é mais fácil, mais cômodo. Sua vida cabe toda num quartinho escuro e mofado. Ser feliz é que é pros bambas, pra quem deseja agarrar o sol, o poderoso sol da existência. Dá trabalho, tem que caminhar, tem que decidir, tem que se desprender da fraqueza de não se suportar e de não suportar o óbvio, o insosso; tem que se despregar do senso de autopiedade, da culpa, do pavor da crítica e se lançar como um raio, voraz na sede de iluminar e se iluminar.


Todo super-herói luta contra um inimigo. Esses aí embaixo também. Só que nessa batalha o desafio é um pouquinho diferente: a força vem de pessoas comuns, feito você e eu, que não temos superpoderes, mas que juntos somos capazes de multiplicar a esperança. 

A Associação Unificada de Recuperação e Apoio (Aura) é uma entidade sem fins econômicos, criada em 1998, para oferecer suporte terapêutico a crianças e adolescentes com câncer e a seus familiares. A galerinha vem de várias partes de Minas Gerais e até de outros Estados. Lá, recebem gratuitamente alimentação, moradia e muito amor, durante todo o tempo em que estão em tratamento na capital mineira. É tão bacana que vale a pena você conhecer. Acesse o site da AuraClique.


Crianças atendidas pela Aura

Certa vez, li na Revista Encontro uma matéria intitulada "Eles merecem seu dinheiro", que destaca dez entidades filantrópicas da Grande BH que desenvolvem um trabalho honesto e eficiente. Dentre elas, está a Aura. Descobri que disponibilizaram a reportagem na internet. link está aqui.Clique. Pare só um pouquinho e leia. E, se puder, colabore com doações ou sendo um voluntário. 


A espera é quando o coração vai de avião e os ponteiros do relógio andam de bicicleta.

Coragem



Dorinha, que mora um andar acima, teclou comigo só para confidenciar: está aprendendo a não se sentir tão culpada. Está aprendendo a respeitar seus desejos e limites. Se ela deu uma resposta enviesada, se acordou de mau humor e não quis conversa, se preferiu ficar lendo aquele livro de seiscentas páginas em vez de arrumar o quarto, se deu um fora no jantar em família, se, se, se, se... ela garante: pede desculpas a quem magoou, volta atrás e tenta reparar o erro, liga o MP3, dança sozinha no quarto ou dedilha sua música favorita no violão (Que lúdico, não?). Sem culpa. Tudo sem culpa (Ham? Culpa, o que é isso?). Ela não é perfeita, não é robô, não é máquina programada só para acertar, aceitar e ser boazinha. Tem vez que ela abotoa o pensamento naquele alguém especial que não dá bola. É quando ela acha a vida injusta. Porque justiça seria se esses dois corações se autoconectassem de uma vez por todas e, juntos, se teletransportassem para um luau em terras paradisíacas. Enfim, quanta coisa imperfeita e inconstante sublimando ao vento, igualzinho a ela. 
Primeiro ela vai se amar. Já está se amando. Engraçado que então percebeu que amor começa mesmo com a gente, daí o mundo se torna um lugar mais habitável e humano. Ela está se sentindo mais desoprimida (Que bom!).
Definitivamente, está nascendo uma nova Dorinha: uma Dorinha que se adora, que se entende (Será?) e adora as pessoas a sua volta, do jeito que elas são, cheias de altos e baixos, tristezinhas, muxoxos e sorrisos. Ser gente é assim, metamorfosear-se, tentando ser feliz.


pedro antônio de oliveira






Eu queria não precisar dormir, juro! Por exemplo, planejei fazer um bilhão de coisas agora à noite. E acabei não fazendo quase nada. Só que amanhã vou encarnar o tenebroso monstro das olheiras, se não dormir minhas revitalizantes oito horas noturnas. Mas o que eu queria mesmo era ficar bem aceso, ouvindo música, lendo, estudando inglês (Oh, my God! I need to improve my English! Porque vivo cometendo gafes internacionais pelo meu pequeno mundo afora.) ou simplesmente escrevendo frivolidades neste blog, que incontáveis vezes já pensei em implodir. Aliás, todo blogueiro que se preze já pensou em destruir seu blog, pelo menos, uma centena de vezes. Alguns levaram a cabo essa ideia virtual macabra (BwaaahauahauahauauU!  - Risada sem graça de monstro.) E se você ainda não percebeu, vários posts já sumariamente desapareceram desta Torre por terem se tornado para mim algo horripilante, asquerosamente piegas ou sem sentido. A propósito, o que realmente faz sentido? Nothing!

Termino com um trecho de uma musiquinha meio velhinha do Charlie Brown Jr. (porque os hits ultimamente ficam velhos e caducos num piscar de olhos):   

Toda positividade eu desejo a você
Pois precisamos disso nos dias de luta
O medo cega os nossos sonhos
O medo cega os nossos sonhos
Menina linda, eu quero morar na sua rua.


(...)


O valor de cada coisa



Soninha tem mania de achar que pode controlar tudo: o tempo, as pessoas, os desfechos das tramas... Ela está quadradamente enganada. 

Não me canso de repetir: "Soninha, pra que tanta pressa? Deixe a vida acontecer, ô maluca! Seu coração ainda acaba frito!".

Será que um dia ela vai me dar ouvidos?

Mas não é só a Soninha. 
Conheço tanta gente que anda precisando descobrir a felicidade nas coisas simples da vida. (Ah, e quem está nadando aí na foto não é a Soninha, não. E nem esse aí, curtindo um sol na grama, sou eu. Tirei a imagem daqui óclique.)



Asas


A vida me ensinou, em cada pena arrancada de minhas asas,
 que sou capaz de voar sem elas.

ödersvänk

Do siteO escritor de sonhosClique.


Numa manhã de inverno, quando o sol começava a esquentar a areia fria do deserto, uma zebra aproximou-se do poço expulsando a avestruz que lá estava. A ave pôs-se a brandir as asas, maldizendo a lei da selva:
- Entre os animais, a hierarquia da força jamais é contestada. A vez é sempre dos mais fortes. Houvesse uma repartição justa do poder e tudo seria diferente.
A zebra deu risada:
- Sai pra lá, avestruz sabichona.
Um leão que passava por ali foi chegando e expulsou a zebra.
- Droga! – ela reclamou – Fosse a selva uma república e o império do rei da floresta já teria terminado.
- Olha que eu te mando pra guilhotina – disse o leão, debruçando-se sobre o poço.
Nisso chegou o rinoceronte negro e pôs o leão pra correr.
- Maldita lei da selva – resmungou o rei desenxabido – houvesse aqui mais respeito pelas tradições e meu reinado não seria contestado.
O rinoceronte riu da cara dele, mas teve que dar lugar ao elefante. Mais forte que o elefante não havia ninguém.
Uma galinha-d’angola que chegou, passou por entre as pernas do elefante e bebeu água à vontade.
Moral da história: na lei da selva, mais vale charme e simpatia do que da força a hierarquia.


Que tal conhecer? Clique.

Os olhos da gente ficam congelados, mas o coração se aquece. Às vezes, ele também dispara; até parece bateria de escola de samba. Dá frio na barriga, nó na garganta e, no momento seguinte, vontade de soltar aquela gargalhada. Sabe o que é isso?
É a magia da narração de histórias.

Aqui mesmo no blog, milhões de anos atrás, prometi falar um pouquinho sobre a Trupe Maria Farinha. Esse dia chegou! Tcham-tcham-tcham-tcham!
Muitos posts mais tarde, venho cumprir a promessa (He-he!).


A Trupe passa, a alegria fica

A Trupe Maria Farinha é um projeto que reúne poesia, teatro, trovas, canções, acalantos, sons, brinquedos e literatura. O eixo norteador é a vivência e a compreensão da arte, por meio de uma perspectiva crítico-social, do processo de criação e da difusão artística. Complexo, não? Que nada! Basta se sentar e curtir uma bela história.




Vou ser bem sincero porque não tenho papas na língua: é fenomenástico (mistura de fenomenal com fantástico) o que Sandra Bittencourt e Babu Xavier aprontam em cena. Ela é atriz, pedagoga e especialista em ensino especial, arte-educação e literatura infantil e juvenil. 

Ele, um mago dos efeitos sonoros e das melodias.

Sandra Franco Bittencourt
Babu Xavier

Babu utiliza instrumentos como pandeiro, triângulo, berimbau, tambor do maranhão, tambor falante, didgeridoo, djembê, pau de chuva e kalimba.


Olha eu aí, com o Babu e a Sandrinha

Se algum dia tiver a oportunidade de conferir pessoalmente o espetáculo da Trupe Maria Farinha, verá que não estou mentindo. 
Enquanto isso, que tal curtir a página deles no Facebook? Clique.

Rei do coração gigante,
quem sabe se a gente te tocar...


Amar, amor


Ai de quem é um e nunca será dois.

"pra eu parar de me doer" milton nascimento Brilhante

Pro céu não desabar
Escondo sua estrela no bolso
E me apresso a voltar logo
Pra colocar no vazio da noite
Um belo sorriso seu.


Contradança


Me leve para dançar
Eu sou leve
Tão leve...
Nem me importo de errar.
Quando tropeço
É quando mais aprendo
E me rendo
Ao seu olhar.


Como farol


As palavras nasceram para iluminar.
Mas que pesar
Quando algumas são usadas 
Fora de lugar!

pedro antônio de oliveira

23.8.12

10.8.12

Um dia para o seu pai e você




Dê um abraço bem amigo no seu pai. E até um beijo, se sentir vontade. Menino que cresce também pode beijar o pai, por que não? Eu beijo o meu. O amor é unissex e beijoqueiro. 

Se você puder e precisar, peça perdão a seu pai. Todo mundo erra. Todo mundo tem o direito de recomeçar uma velha história de um jeito melhor. 

Perdoe o seu pai, se por acaso foi ele quem errou o caminho. Um coração de filho de verdade perdoaria. No fim, o que manda é o amor. O resto não importa. Perder tempo é uma bobagem. A vida pode ser longa, mas passa depressa, não percebeu? 

Se você é mais pai do seu pai do que ele deveria ser para você, aceite. Quando houver um curso para formação de pais, haverá também um para aperfeiçoar os filhos, outro para curar cegueira da alma, mais outro para confiar em Deus e outro e tantos outros... para deixar o mundo perfeito. Mas, se você for esperar por isso, talvez se canse.

Se você e seu pai já são ligados um no outro há tempos, joguem conversa fora. Saiam para rir à toa. Tão bom ser feliz ao se lembrar de quando a gente era criança e o pai era aquele gigante invencível, imbatível, um sujeito ideal. O meu, por exemplo, sabia tudo. Até hoje sabe. (Shhhiiii...fala baixo! Ele sabe mais ou menos, bem menos do que eu acreditava que soubesse. É que um dia a gente descobre que pai desconhece uma pilha de coisas. Por falar nisso, vale a pena despistar quando o pai der mancada. Isso também se chama amor, compaixão, respeito...) 

Hum... E se seu pai não estiver mais com você? Paciência. Feche os olhos e pense nele. Faça silêncio. Faça uma oração. Faça uma música. Deixe rolar uma lágrima refrescante. Agora, se ele estiver do seu lado, comemore, dê um sorriso; fale para ele: Pai, eu te amo! Tem gente que acha difícil falar que ama. Mas não é não. É mais fácil do que você imagina. Depois que você falar pela primeira vez, vai querer falar sempre, toda hora. Se não conseguir, escreva no cartão: Pai, eu te amo! Faz quase o mesmo efeito. Só não deixe esse sentimento em segredo. It's a sin.
...
pedro antônio de oliveira




Feliz de quem vê Deus nas pessoas.
Feliz fica Deus quando se vê nas pessoas.
Infeliz de quem se acha Deus.

pedro antônio de oliveira

Princesa partida ao meio


Foi punk descobrir
Que seu coração batia 
Ora...
Tum-tum-triste :(
Ora...
Tum-tum-feliz :)
...
Vida de aprendiz.

pedro antônio de oliveira


Rebeldia



Gritos mudos e engolidos
Dão azia
Dão agonia
Dão azar.
Que tal mudar?

pedro antônio de oliveira

Tanta coisa eu tenho pra falar

Eu tenho a luz das estrelas 
Na palma da mão 
Mas tudo o que eu mais quero 
É o seu coração. 
Eu posso andar no arco-íris 
Dar prata ao luar 
Mas no céu azul 
No azul do mar 
Quero poder te tocar. 

"já nem sei mais" roupa nova



Te contar o que é que eu sinto
Nem com um oceano de palavras.


Olá, eu sou a Dandara! Ui, que emoção! 
A partir de agora, estarei aqui no blog, 
falando um pouco sobre os preconceitos bobos das pessoas! 
E todas as histórias, acredite!, aconteceram de verdade. 


Dandara em: 
A beleza que mora em nós

Outro dia, a moça do shopping disse pra minha mãe que sou uma morena linda, da cor de jambo. Fiquei feliz com o "linda". Hum... porém, ela se enganou, porque eu sou negra. Qual o problema?

Tudo bem que cada um tem seu jeito de ser e de ver as coisas. Confesso que essa história causou um tremendo nó na minha cabeça. Será que não conheço mais as cores?

Com o tempo, fui percebendo que muita gente vive "cheia de dedos" na hora de falar sobre a cor da pele. Isso deveria ser algo natural, pois, andando pelas ruas da cidade, eu vejo muito bem: há pessoas de várias cores - alguns são negros, outros pardos, brancos... cada qual com seu charme e estilo. Se a beleza escolhesse uma só cor para amiga, a vida seria bastante chata, não acha?


Em 2010, o Grupo de Trabalho de Promoção da Igualdade Racial da Prefeitura de Belo Horizonte decidiu nos apresentar uma garotinha incrível de, mais ou menos, 8 anos de idade, a Dandara. Ela veio com a missão de ajudar as pessoas a refletirem sobre o preconceito e a inclusão social. Fico feliz por fazer parte da equipe que dá vida à Dandara. Agora resolvemos trazê-la também para a Torre Mágica; não é o máximo? Em breve, ela terá seu próprio blog. (Que chique, Dandara!) Aguarde. Enquanto isso, leia os contos que já saíram publicados no informativo Entre Nós. As ilustrações são do talentoso Clayton Ângelo. Quer saber detalhes de como tudo isso começou? Então clique aqui, ora!

pedro antônio de oliveira

Dandara em: Mudanças

O nosso novo apartamento é lindo. De tão alto, é possível avistar as coisas lá na frente, aonde nunca fui direito. No primeiro dia, minha mãe foi confundida com uma empregada doméstica na hora em que descia de elevador pra pôr o lixo na rua. Uma senhora perguntou quando os donos do oitavo andar se mudariam.

O queixo dela despencou de uma só vez, logo que ficou sabendo que conversava com a própria dona do apê. Será que ela pensa que todas as empregadas domésticas do mundo precisam ser negras e as moradoras de arranha-céus ter cabelos lisinhos? 


Ai, ai, ai... É cada uma! Igual ao chefe da minha mãe, que pediu pra ela "dar um jeito" naquele estilo afro do penteado dela. Só faltou dar de presente um aparelho de chapinha junto com a promoção de gerência. Mamãe disse "não", e acabou provando pra ele que não era o cabelo dela que tinha de mudar, mas, sim, o jeito de se olhar para aquilo que já é bonito.


Dandara em:
Entre iguais

Já ouviu aquelas piadinhas bobocas que fazem com negros? Eu já! Um montão de vezes! Mas eu “nem-te-ligo-farinha-de-trigo”! Entra num ouvido e sai no outro. Como pode alguém achar graça naquilo que procura diminuir as pessoas? Fica parecendo que ser negro é ser menos na vida. Quem faz uma coisa dessas não imagina o quanto isso machuca a gente. Certa vez, chamaram a Talita de “barata descascada”, só por ela ser branquíssima. Ela ficou toda murcha, coitada. Se bem que foi a Tatá quem começou, botando no Arthur o apelido de “pão queimado”. 

Que coisa feia ficarem se agredindo daquele jeito! Ainda bem que, depois do bate-boca, tudo terminou em paz, com direito a pedido de desculpas e um aperto de mão. Ufa! Pelo menos, a confusão serviu pra que cada um se conhecesse melhor e se respeitasse como ser humano. Desconfio de uma coisa: a Talita tem uma quedinha pelo Arthur. É isso mesmo. Já entendi tudo! Que pena que as pessoas, às vezes, tenham tanta dificuldade em dizer “te amo”. Tão mais simples... né!?






Era uma vez um garoto tímido. Seus pais não acreditavam em seu potencial. Nem ele. Mesmo assim, lá no fundo, ele queria muito provar que era um sujeito capaz.

Era uma vez também uma bruxa sem vocação para bruxa, motivo de bastante gozação, até da própria irmã. E era uma vez, ainda, um escritor cansado de escrever biografias enfadonhas, de gente desinteressante e careta. Seu maior sonho era se dedicar a contos de terror (com muito sangue e pavor!), coisa que experimentou fazer (e bem!) durante a adolescência.

Na noite do Dia das Bruxas, seus olhares e sonhos pousam sobre a mesma estrela. E essa estrela brilhou tão intensamente que uniu os três destinos numa aventura saborosa, cheia de emoção e ternura. "Primeira estrela que vejo, dá-me tudo o que desejo.''

Foi a Aléxia quem trouxe para mim, da Argentina, "Serafín, el escritor y la bruja" (de Claudia Piñeiro). Antes, fez questão de ler o livro para a pequena Lara, uma garotinha que ama histórias, assim como eu. Acabei de lê-lo agorinha há pouco, e sabe de uma coisa? Me bateu uma vontade irresistível de buscar a minha estrela. Aqui estou, na janela!


Retirei estas poesias do blog de Pedro Antônio de Oliveira

Mensagens para Reunião

Sugestões de Mensagens
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

Direcione seu olhar
~~~~~~~~~~~~~~~~~~
Quando estiver em dificuldade,
e pensar em desistir,
lembre-se dos obstáculos que já superou.
Olhe para trás.

Se tropeçar e cair, levante,
não fique prostrado,
esqueça o passado.
Olhe para frente.

Ao sentir-se orgulhoso
por alguma realização pessoal,
sonde suas motivações.
Olhe para dentro.

Antes que o egoísmo o domine,
enquanto seu coração é sensível
socorra aos que o cercam.
Olhe para os lados.

Na escalada rumo às posições,
no afã de concretizar seus sonhos,
observe se não está pisando em alguém.
Olhe para baixo.

Em todos os momentos da vida,
seja qual for sua atividade,
busque a aprovação de Deus.
Olhe para cima!

Professor(a)
~~~~~~~~~~~~

Não me ensine nada que eu possa descobrir. Provoque minha curiosidade.
Não me dê apenas respostas. Derrame minhas idéias e me dê somente pistas de como ordená-las.
Não me mostre exemplos. Antes me encoraje a ser exemplo vivo de tudo o que posso aprender.
Construa comigo o conhecimento. Sejamos juntos inventores, descobridores, navegantes e piratas de nossa aprendizagem.
Não fale apenas de um passado distante ou de um futuro imprescindível. Esteja comigo hoje alternando as sensações de quem ensina e de quem aprende."
Ivana M. Pontes


ORAÇÃO DO GRUPO
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

Senhor eu te peço pelo meu grupo.
Para que nos conheçamos melhor em nossas limitações;
Para que cada um de nós sinta e viva as necessidades dos outros;
Para que as nossas discussões não nos dividam, mas nos unam em busca da verdade e do bem;
Para que cada um de nós, ao construir a própria vida, não impeça o outro de viver a sua;
Para que as nossas diferenças não excluam a ninguém do nosso grupo, mas nos levem a buscar a riqueza da unidade;
Para que olhemos para cada um Senhor, com os teus olhos e nos amemos com o teu coração;
Para que o nosso grupo não se feche em si mesmo, mas seja disponível, aberto, sensível aos desejos dos outros;
Para que no fim de todos os caminhos, além de todas as buscas, no final de cada discussão e depois de cada encontro, nunca haja “vencidos”, mas sempre “irmãos.”
Amém

A lição do fogo
Paulo Lacava
~~~~~~~~~~~~~~~
Um membro, que regularmente frequentava um determinado grupo de estudos, sem nenhum aviso deixou de participar de suas atividades.
Após algumas semanas, o Mestre daquele grupo decidiu visitá-lo.
Era uma noite muito fria.
O Mestre encontrou o homem em casa, sozinho, sentado diante da lareira, onde ardia um fogo brilhante e acolhedor.
Adivinhando a razão da visita, o homem deu as boas-vindas ao Mestre, conduziu-o a uma grande cadeira perto da lareira e ficou quieto, esperando.

No silêncio sério que se formara, apenas contemplavam a dança das chamas em torno das rachas de lenha, que ardiam.
Ao cabo de alguns minutos, o Mestre examinou as brasas que se formaram e cuidadosamente selecionou uma delas, a mais incandescente de todas, empurrando-a para o lado.
Voltou então a sentar-se, permanecendo silencioso e imóvel.

O anfitrião prestava atenção a tudo, fascinado e quieto.
Aos poucos a chama da brasa solitária diminuía, até que houve brilho momentâneo e seu fogo apagou-se de vez.
Em pouco tempo, o que antes era uma festa de calor e luz, agora não passava de um negro, frio e morto pedaço de carvão recoberto de uma espessa camada de fuligem acinzentada.
Nenhuma palavra tinha sido dita desde o protocolar cumprimento inicial entre os dois amigos.

O Mestre, antes de se preparar para sair, manipulou novamente o carvão frio e inútil, colocando-o de volta no meio do fogo.
Quase que imediatamente ele tornou a incandescer alimentado pela luz e calor dos carvões ardentes em torno dele.

Quando o Mestre alcançou a porta para partir, seu anfitrião disse:
- Obrigado. Por sua visita e pelo belíssimo sermão.
Estou voltando ao convívio do grupo.
Muito obrigado!

Aos membros de um grupo vale lembrar que eles fazem parte da chama e que longe do grupo eles perdem todo o brilho.

Reflexão:
Aos Mestres e lideres vale lembrar que eles são responsáveis por manter acesa a chama de cada um e por promover a união entre todos os membros, para que o fogo seja realmente forte, eficaz e duradouro.

Recolhido no blog da Teresa Carneiro:
http://matecarneiro.blogspot.com/


Disciplina e Educação
Flávio Gikovate
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

De repente, no melhor do sono, toca o despertador. É hora de levantar para ir à escola ou ao trabalho. Não é raro que, exatamente neste instante, se trave uma batalha importantíssima. De um lado, o sono, a preguiça, o desejo de continuar deitado sonhando com todo tipo de situações gostosas. De outro, a noção do dever, da obrigação, do compromisso assumido. A vontade mostra uma direção; a razão aponta o oposto.

Disciplina, na minha opinião, é a capacidade que permite à razão ser mais forte e vencer nossas vontades e nossa preguiça. É porque desenvolvemos essa qualidade que conseguimos fazer exercícios maçantes todos os dias na mesma hora; que evitamos comidas com muitas calorias ou prejudiciais à saúde; que nos faz abrir mão de coisas materiais para poupar e atingir um objetivo maior. Pessoas disciplinadas conseguem estudar quando, na verdade, estavam com vontade de assistir à televisão ou bater papo com os amigos.

Não resta a menor dúvida: os disciplinados terão maiores chances de sucesso nas atividades às quais se dedicarem. Entre talento e disciplina, é melhor ter os dois. Porém, a longo prazo, esta última é mais importante. Mas precisa ser conquistada.

É verdade que há pessoas que aceitam melhor as contrariedades. Essa capacidade de aceitação aumenta à medida que se desenvolvem a linguagem e o raciocínio lógico. Ambos nos ajudam a compreender por que nossas vontades nem sempre podem ser satisfeitas. Aprendemos a suportar melhor a dor.

A principal tarefa da educação, especialmente durante os primeiros anos de vida, seja desenvolver a razão e suas forças com o intuito de sermos capazes de "domesticar" nossas vontades. Uma visão equivocada da psicologia nos levou, nas últimas décadas, a privilegiar o livre exercício do desejo. O papel da razão – freio limitador dos impulsos – foi encarado como algo repressivo e negativo. Além disso, os pais, com medo de traumatizar os filhos e de perder o amor deles, têm fugido da tarefa, às vezes desagradável, de estabelecer limites e estimular as crianças a usar com eficiência a razão para dirigir suas vidas.

Na educação infantil, essa é a tarefa número um dos pais. Ao aprender a utilizar a razão em benefício próprio, a criança e depois o adulto experimentam enorme satisfação quando se sentem disciplinados. Sim, porque é nestes momentos que nos consideramos animais mais sofisticados, que definimos com propriedade de racionais.

A alegria íntima de quem se levanta cedo, faz exercícios e chega na hora certa aos compromissos assumidos é algo que não pode ser subestimado. Sentimo-nos fortes quando conseguimos nos controlar – coisa muito difícil. Sentimos que vencemos a batalha mais árdua: a interior. A auto-estima cresce. E para que nossos filhos experimentem todas essas sensações tão boas, devemos lhes ensinar, desde cedo, a abrir mão de suas vontades, sempre que a razão assim achar conveniente e útil.

Oração da Escola 
Gabriel Chalita
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

Obrigado, Senhor, pela minha escola!

Ela tem muitos defeitos. Como todas as escolas têm. Ela tem problemas, e sempre terá. Quando alguns são solucionados, surgem outros, e a cada dia aparece uma nova preocupação.

Neste espaço sagrado, convivem pessoas muito diferentes. Os estudantes vêm de famílias diversas e carregam com eles sonhos e traumas próprios. Alguns são mais fechados. Outros gostam de aparecer. Todos são carentes. Carecem de atenção, de cuidado, de ternura.

Os professores são também diferentes. Há alguns bem jovens. Outros mais velhos. Falam coisas diferentes. Olham o mundo cada um à sua maneira. Alguns sabem o poder que têm. Outros parecem não se preocupar com isso. Não sabem que são líderes. São referenciais. Ou deveriam ser.

Funcionários. Pessoas tão queridas, que ouvem nossas lamentações. E que cuidam de nós. Estamos juntos todos os dias. Há dias mais quentes e outros mais frios. Há dias mais tranqüilos e outros mais tumultuados. Há dias mais felizes e outros mais do lorosos. Mas estamos juntos.

E o que há de mais lindo em minha escola é que ela é acolhedora. É como se fosse uma grande mãe que nos abraçasse para nos liberar somente no dia em que estivéssemos preparados para voar. É isso. Ela nos ensina nossa vocação. O vôo. Nascemos para voar, mas precisamos saber disso. E precisamos, ainda, de um impulso que nos lance para esse elevado destino.

Não precisamos de uma escola que nos traga todas as informações. O mundo já cumpre esse papel. Não precisamos de uma escola que nos transforme em máquinas, todas iguais. Não. Seria um crime reduzir o gigante que reside em nosso interior. Seria um crime esperar que o voo fosse sempre do mesmo tamanho, da mesma velocidade ou na mesma altura.

Minha escola é acolhedora. Nela vou permitindo que a semente se transforme em planta, em flor. Ou permitindo que a lagarta venha a se tornar borboleta. E sei que para isso não preciso de pressa. Se quiserem ajudar a lagarta a sair do casulo, talvez ela nunca tenha a chance de voar. Pode ser que ela ainda não esteja pronta.

Minha escola é acolhedora. Sei que não apreenderei tudo aqui. A vida é um constante aprendizado. Mas sei também que aqui sou feliz. Conheço cada canto desse espaço. As cores da parede. Os quadros. A quadra. A sala do diretor. A secretaria. A biblioteca. Já mudei de sala muitas vezes. Fui crescendo aqui. Conheço tudo. Passo tanto tempo neste lugar. Mas conheço mais. Conheço as pessoas. E cada uma delas se fez importante na minha vida. Na nossa vida.

E, nessa oração, eu Te peço, Senhor, por todos nós que aqui convivemos. Por esse espaço sagrado em que vamos nascendo a cada dia. Nascimento: a linda lição de Sócrates sobre a função de sua mãe, parteira. A parteira que não faz a criança porque ela já está pronta. A parteira que apenas ajuda a criança a vir ao mundo. E faz isso tantas vezes. E em todas as vezes fica feliz, porque cada nova vida é única e merece todo o cuidado.

Obrigado, Senhor, pela minha escola! Por tudo o que de nós nasceu e nasce nesse espaço. Aqui, posso Te dizer que sou feliz. E isso é o mais importante. Amém!

Organizado por Ivanise Meyer®


Mensagens para Professores

Mensagens para Professores
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~


DECÁLOGO PEDAGÓGICO


Como todo ofício, a docência requer cuidados e habilidades específicas. Logo, para que a aula transcorra com sucesso e tranquilidade, indicamos um decálogo pedagógico, com 10 instruções básicas. Siga essas instruções e colha os frutos de seu trabalho!

1- Contextualize suas aulas.
Traga as lições para o contexto de seus alunos, faça com que cada tema seja abordado de modo significativo, real e prático.

2- Pesquise o tema de sua lição em outros meios.
Faça uso de jornais, revistas diversas, artigos, livros de pesquisa, Internet, etc. Isso dará subsídios para que suas aulas não sejam cansativas ou superficiais.

3- Trabalhe as potencialidades de seus alunos.
Procure explorar o que cada aluno tem de melhor e utilizar isso para o progresso do trabalho educativo. Todos os alunos têm algo de interessante e especial a oferecer.

4- Dinamize suas aulas.
Aulas monótonas e rotineiras só atrapalham a aprendizagem. Ative suas aulas com procedimentos diferentes. Mude o lugar da aula, cante novas canções, estabeleça dinâmicas de grupo e tudo mais que trouxer renovação e mobilização para a turma.

5- Envolva seus alunos.
Não há como o aluno aprender se ele não estiver envolvido com o que será estudado. Mostre para sua classe que os temas abordados têm real importância e valia. Valorize cada tópico e relacione-os com os interesses de sua classe (que é claro, podem ser diferentes dos seus).

6- Estabeleça laços afetivos com sua classe.
É impossível ter um trabalho bem-sucedido se você e seus alunos não tiverem bons laços afetivos. Sentimentos como solidariedade, compreensão e carinho devem ser plantados e cultivados, caso contrário, todo o esforço de seu trabalho será desperdiçado.

7- Trabalhe com a dinâmica de projetos educativos.
Trabalhar com projetos sugere que você proporcione aos alunos a oportunidade de aplicarem na vida prática o que foi aprendido em sala de aula. Permita que a turma eleja um dos assuntos enfocados e, a partir dele, desenvolvam projetos e linhas de ação. Isso fixará o aprendizado e proporcionará grandes chances de novos e consistentes saberes.

8- Tenha autoridade técnica, moral e profissional.
Ter autoridade técnica significa saber dar aulas, utilizar as técnicas corretas e os procedimentos que facilitem a aplicação da aula. Ter autoridade moral significa lidar bem com os alunos, ter um bom relacionamento. Ter autoridade profissional significa dominar os conteúdos que serão aplicados.

9- Opte por uma liderança democrática.
Você, como o líder da classe, tem por obrigação conduzi-la de modo democrático, sem autocracia ou dogmatismos. Esta postura trará resultados positivos e benéficos.

10- Não se ache o detentor do saber.
Um dos grandes erros do professor é crer que sabe de tudo, e que só ele tem razão. O professor também aprende com os alunos e é justamente essa troca que propicia o aprendizado.

Fonte: http://educandocomcarinhoo.blogspot.com/ 

PRIMEIRO DIA DE AULA

O primeiro dia... Receios e ansiedades que caracterizam o primeiro dia de contato entre as turmas de educadores e alunos podem ser encarados de forma suave e descontraída. O primeiro dia de aula é cheio de emoções conflitantes para alunos e educadores: expectativas de reencontros, alegrias, curiosidades, incertezas, temores. É um momento especial: o nascimento de um grupo que vai trabalhar e aprender junto durante o ano. Vínculos mais profundos podem levar certo tempo para se formar, porém, criar desde o primeiro instante um clima de aceitação e de naturalidade vai estimular o crescimento da confiança mútua e o desejo de participar. Por isso, comece sendo natural e confiante. Não pense na imagem que gostaria de projetar, seja apenas você mesmo (a), naquilo que tem de melhor, de mais afetuoso, de mais entusiasmado e interessado na tarefa. 

Programe, sim, cuidadosamente este primeiro encontro, mas deixe pra lá temores e inseguranças. Confie em Deus, que sempre colabora com todos os trabalhos voltados à Educação da criança e do jovem. Se estiver tranquilo, é mais fácil abrir-se para as suas inspirações. E não se apavore se as coisas não funcionarem exatamente como você planejou. Reposicionar-se de acordo com as circunstâncias também é ser humilde.

Receba as crianças em clima de festa, pois estamos celebrando o início de uma nova etapa para todos. Se puder tenha algo especial no ambiente, que mostre que não se trata de um dia qualquer (decoração, música alegre). Um caprichado cartaz de boas-vindas sempre contribui para melhorar as disposições íntimas de todos. Seja bastante afetivo, sem exagerar. Abrace, dê beijos, seja carinhoso (a)! Curta o momento. 

É conveniente preparar uma atividade de aquecimento e integração apropriada à turma. A seguir, comece uma conversa amena. Conte quem é você, como você se sente, o que gostaria de fazer. Dê oportunidade para os alunos falarem de si, de como é retornar ou começar na classe, e do que têm vontade de fazer, durante o ano. É uma boa oportunidade para conversar sobre o que significa, para cada um, estar naquele grupo, e o que espera. Afinal, compartilhar é uma das melhores coisas para se fazer em grupo. 


Fonte: Rita Foelker (adaptado)

A LENDA DO AMOR

Havia uma pequena aldeia onde o dinheiro não entrava. Tudo o que as pessoas compravam tudo o que era cultivado e produzido por cada um, era trocado. A coisa mais importante, a coisa mais valiosa, era o AMOR.


Quem nada produzia quem não possuía coisas que pudessem ser trocadas por alimentos, ou utensílios, dava seu AMOR. O AMOR era simbolizado por um floquinho de algodão.

Muitas vezes era normal que as pessoas trocassem floquinhos sem querer nada em troca. As pessoas davam seu AMOR, pois sabiam que receberiam outros num outro momento ou outro dia.

Um dia, uma mulher muito má, que vivia fora da aldeia convenceu um pequeno garoto à não mais dar seus floquinhos. Desta forma, ele seria a pessoa mais rica da cidade e teria o que quisesse. Iludido pelas palavras da malvada, o menino, que era uma das pessoas mais populares e queridas da aldeia, passou a juntar AMOR e, em pouquíssimo tempo, sua casa estava repleta de floquinhos, ficando até difícil de circular dentro dela.

Daí então, quando a cidade já estava praticamente sem floquinhos, às pessoas começaram a guardar o pouco AMOR que tinham e toda a HARMONIA da cidade desapareceu. Surgiram a GANÂNCIA, a DESCONFIANÇA, o primeiro ROUBO, o ÓDIO, a DISCÓRDIA, as pessoas se OFENDERAM pela primeira vez e passaram a IGNORAR-SE pelas ruas.

Como era o mais querido da cidade, o garoto foi o primeiro a se sentir-se TRISTE e SOZINHO, o que o fez procurar a velha para perguntar-lhe se aquilo fazia parte da riqueza que ele acumularia. Não a encontrando mais, ele tomou uma decisão. Pegou uma grande carriola, colocou todos os seus floquinhos em cima e caminhou por toda a cidade distribuindo aleatoriamente seu AMOR.

A todos que dava AMOR, apenas dizia:

- Obrigado por receber meu AMOR.

Assim, sem medo de acabar com seus floquinhos, ele distribuiu até o último AMOR sem receber um só de volta.

Sem que tivesse tempo de sentir-se sozinho e triste novamente, alguém caminhou até ele e lhe deu AMOR. Um outro fez o mesmo... Mais outro... E outro...

Até que, definitivamente, a aldeia voltou ao normal e o AMOR voltou a ser distribuído.

Não devemos fazer as coisas pensando em receber algo em troca. Mas devemos, sempre, lembrar que os outros existem. O sentimento sincero nos é oferecido espontaneamente. Aqueles que te quiserem bem se lembrarão de você. Receber sem cobrar é mais verdadeiro...

Receber AMOR é muito bom. E o simples gesto de lembrar que alguém existe é a forma mais simples de fazê-lo.

Este é o meu floquinho para você !!!

Não acumule seus floquinhos... Distribua-os a todos... Eles podem ser na forma de um abraço, um beijo, um aperto de mão, um telefonema, uma oração, uma carta e também um e-mail ! Distribua...

E lembre-se: NUNCA GUARDE O AMOR QUE VOCÊ TEM! É DANDO AMOR, QUE SE RECEBE AMOR!

Retirado do Blog de Adriana Fonseca:
http://www.contarerecontarparaencantar.blogspot.com/  


SE A ESCOLA FOSSE UMA ORQUESTRA

Se a escola fosse uma orquestra, seria possível ouvir-se a sinfonia da compreensão humana?

Como haver sinfonia se cada músico está com seu instrumento em um tom? Onde está o autor da sinfonia? Ou será que a orquestra é que não quer tocá-la?

A orquestra está desafinada.

E o maestro? Deve ser responsabilizado pelo insucesso?

E os ouvintes, por que não gritam?

Estão mudos?

Não; não sabem gritar.

Gritam , às vezes, buscando em outro músico o fracasso advindo do tom desafinado que emitem.

E você? Também é músico nesta orquestra?

A escola nunca será orquestra, se cada músico não se afinar. Os músicos devem interpretar a partitura da compreensão humana, para atender a cada ouvinte na sua individualidade.

Não basta simplesmente tocar.

A harmonia entre os músicos e os ouvintes é a compreensão, o respeito, a doação, o "assumir", é a responsabilidade, o envolvimento com o trabalho.

Reaja diante da música. Se um tom soa-lhe desafinado, pare! 

O ponto de espera é calmo e longo; com sua ajuda virá outra música. Com certeza será o início de uma verdadeira orquestra onde todos possam entoar a música da Paz, da Harmonia, da Colaboração, do Respeito Mútuo.

Organizado por Ivanise Meyer®


Mensagens para Professores


O que uma Educadora deve ter...

Uma memória de elefante, para de tudo se lembrar.
Uma paciência de anjo, para a todos educar.
Olhos à volta da cabeça, para tudo poder ver.
Resposta automática, para a todos responder.

Microfone incorporado, para tudo registar.
Umas costas bem largas, para tudo isto aguentar.
Ouvidos com controle de intensidade, para não ficar com a cabeça atordoada.
E uma voz bem resistente, para não ter de ficar calada.

Oito braços como um polvo, para a todos ajudar.
E um coração de criança, para tudo apreciar.
Um bom filtro nasal, para aos maus cheiros resistir.
E um enorme bom humor, para tudo encarar a rir!

Mais 10 dedinhos de fada, que ajudem a trabalhar…
E umas pernas de atleta, para os mais pequenos apanhar.
Conhecimentos de informática, para usar o computador.
E também de medicina, para aliviar a dor.

Precisa também de ter muita cultura geral.
E nas áreas científicas, não poderá dar-se mal…
Biologia, Matemática e também Meteorologia.
Para além de Físico-química e também Geografia.

Tem de saber Psicologia, para lidar com as pessoas.
E dizer, sem magoar, às vezes coisas menos boas…
Enfim, uma Educadora à medida da necessidade,
Só feita por encomenda, não vos parece verdade?

(Autor Desconhecido)
Retirado do blog: http://ritanaterradosonhos.blogspot.com/


Sou Educadora


Quando digo que sou educadora de infância em geral, respondem com um “Ah” tão insípido, que gostaria de dizer:

Em que outra profissão poderias pôr laços no cabelo, fazer penteados inovadores e ver um desfile de moda todas as manhãs?
Onde te diriam todos os dias “És linda”?!!!
Em que outro trabalho te abraçariam para te dizerem o quanto te querem?
Em que outro lado te esquecerias das tuas tristezas para atender a tanto joelho esfolado, e coração afligido?
Onde receberias mais flores?
Onde mais poderias iniciar na escrita,
uma mãozinha que, quem sabe, um dia poderá escrever um livro

Em que outro lugar receberias de presente um sorriso como este?
Em que outro lugar te fariam um retrato grátis através de um desenho?
Em que outro lugar as tuas palavras causariam tanta admiração?
Em que trabalho te receberiam de braços abertos depois de teres faltado um dia?
Onde poderias aprofundar os teus conhecimentos sobre bichos da seda, caracóis, formigas e borboletas?
Em que outro lugar derramarias lágrimas por ter que terminar um ano de relações tão felizes?

Sinto-me GRANDE
Trabalhando com pequenos
A todos os educadores de infância, que tanto semeiam para que outros recolham
A todos os que escolheram esta profissão…
Obrigada!

Traduzido e adaptado de: “Soy Maestra”
Conheci este texto no blog de Teresa Carneiro: http://matecarneiro.blogspot.com

Ser educador nos dias de hoje
Raquel Martins 

Os nossos meninos não são os de antes…
Trocaram os brinquedos de madeira pelos sofisticados
brinquedos de luz e som, que só com o simples toque numa
tecla fazem aparecer o mundo fantástico da eletrônica.

As educadoras não as de antes…
Fotocopiam, ampliam, colam papéis de texturas maravilhosas,
e reconstroem pegadas de animais pré-históricos só com o
simples ato de misturar água e gesso…

Mas há coisas que não mudam, que o tempo e os anos
respeitam… O olhar de uma criança de mão dada com o/a
seu/sua educador(a) e o contato silencioso, caloroso,
são sinais entranhados de um código único,
de um sentimento profundo de amizade.

Uma criança e o/a seu/sua educador(a)…são capazes de tudo.
Podem passar horas juntos escutando cantigas, resolvendo
problemas com carícias e pauzinhos ou simplesmente brincar
com a imaginação. Podem fazer as maiores invenções e tentar
salvar o mundo plantando uma árvore.

Não são as crianças de antes…
As educadoras e os educadores não são os de antes…
O mundo não é o de antes...

Mas há coisas que não mudam, a capacidade de
deslumbramento, a força da natureza, o olhar de uma
criança e o carinho de um(a) educador(a)
que se entrega sem condições, dia-a-dia,
que sonham e trabalham juntos por um mundo
melhor, com um código único, eterno, poderoso,
indestrutível: o de uma profunda amizade.


Terapia do Elogio
Arthur Nogueira (Psicólogo)

Renomados terapeutas que trabalham com famílias, divulgaram uma recente pesquisa onde nota-se que os membros das famílias brasileiras estão cada vez mais frios, não existe mais carinho, não valorizam mais as qualidades,só se ouvem críticas. 

As pessoas estão cada vez mais intolerantes e se desgastam valorizando os defeitos dos outros. Por isso, os relacionamentos de hoje não duram.

A ausência de elogio está cada vez mais presente nas famílias de média e alta renda. Não vemos mais homens elogiando suas mulheres ou vice-versa,não vemos chefes elogiando o trabalho de seus subordinados, não vemos mais pais e filhos se elogiando..é mais comum elogiar um desconhecido ou um amigo que só encontramos socialmente do que uma pessoa da família que convive diariamente com você...

Essa ausência de elogio tem afetado muito as famílias. A falta de diálogo em seus lares, o excesso de orgulho impede que as pessoas digam o que sentem e levam essa carência para dentro dos consultórios. Acabam com seus casamentos, acabam procurando em outras pessoas o que não conseguem dentro de casa.

Vamos começar a valorizar nossas famílias! Vamos elogiar o bom profissional, a boa atitude, a ética, a beleza de nossos parceiros ou nossas parceiras, o comportamento de nossos filhos.Vamos observar o que as pessoas gostam. O bom profissional gosta de ser reconhecido, o bom filho gosta de ser reconhecido, o bom pai ou a boa mãe gostam de ser reconhecidos, o bom amigo, a boa dona de casa, a mulher que se cuida, o homem que se cuida, enfim vivemos numa sociedade em que um precisa do outro, é impossível um homem viver sozinho, e os elogios são a motivação na vida de qualquer pessoa.

Quantas pessoas você poderá fazer feliz hoje elogiando de alguma forma?

Então elogie alguém hoje!

Eu começo!!!


Organizado por Ivanise Meyer®


Mensagem: Educação Infantil

Tudo que eu devia saber 
aprendi no Jardim de Infância
Robert Fulghum


A maioria das coisas que eu realmente precisava aprender sobre como viver, fazer e ser, eu aprendi no Jardim de Infância.

Sapiência não se encontrava no topo da montanha das escolas de pós-graduação, mas no pátio do jardim.

Essas são as coisas que aprendi: compartilhar todas as coisas; “jogue limpo” e não bata nos colegas. Não pegue nada que não seja seu; limpe a bagunça que você fez. Coloque tudo de volta nos seus lugares. Peça desculpas quando você magoar alguém. Sempre dê a descarga e lave as mãos, sobretudo, antes das refeições. Viva uma vida equilibrada: além de trabalhar, desenhe, pinte, cante e dance um pouco todos os dias. Lembre-se também de que leite frio e biscoitos fresquinhos podem ser bons para você.

Tire uma soneca à tarde e, quando sair às ruas, cuidado com o trânsito, dêem as mãos e permaneçam juntos. Cultive a imaginação. Lembre-se da semente de feijão que a professora colocava no vaso de água. As raízes cresciam para baixo e as folhas para cima e ninguém sabia explicar por quê. Nós somos parecidos. Os peixinhos do aquário, os passarinhos da gaiola, as sementes do feijão, todos morrem também.

Recorde-se do grande e melhor conselho da época: Olhe! Olhe ao seu redor! Tudo o que você precisa saber está aí a sua volta. As regras de ouro: paz, amor, ecologia e uma vida saudável.

Imagine como o mundo seria melhor se todos tivessem um lanchinho com leite e biscoitos às 3 da tarde e, em seguida tirassem uma soneca. Imagine se fosse política nacional que todos os cidadãos tivessem que limpar a sua própria bagunça e colocar as coisas de volta em seus lugares. Imagine se todos dessem as mãos e permanecessem juntos.

Adaptado e traduzido por Paulo R. Motta

Fonte: Tudo que Eu Devia Saber Aprendi no Jardim de infância - Robert Fulghum – ed. Best Seller (ISBN 8571239045)
Dr.Robert Fulghum: Escritor americano, cujos livros estão traduzidos em 27 línguas. É filósofo, teólogo, dedica-se às Artes e é professor numa universidade americana.