"A educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo. (Nelson Mandela) "

domingo, 8 de setembro de 2013

O PESCADOR:
Há ! Que susto! Quem é você?

VITÓRIA REGIA:
Porque se assustou? Sou tão feia assim?

PESCADOR:
Há não, você é a coisa mais linda que já vi! É que eu estava despercebido e não vi você chegando.

 VITÓRIA REGIA:
é que eu sou a guardiã deste rio, e tenho que andar em silencio para ver se não estão  poluindo as águas e matando os animais.

PESCADOR:
Meu pai viveu a vida toda a beira deste rio e sempre contou sobre a Vitória Régia, mais como uma flor.

VITÓRIA REGIA:
E como você está me vendo?

PESCADOR:
A moção mais bela que já vi em toda a minha vida, é que já vi muitas moças bonitas em.

VITÓRIA REGIA:
Olhe este é o nosso segredo, ninguém jamais me viu assim, sós pessoas de coração bom que consegue ver-me realmente.

PESCADOR:
Esta bem minha princesa sou a pessoa mais feliz do mundo e prometo cuidar deste rio e dos animais.


VITÓRIA REGIA:
Até agora não disse seu nome.

PESCADOR:
Há sim deixe me apresentar, meu nome é Joãozinho.

VITÓRIA REGIA:
Esta bem Joãozinho, estarei sempre aqui, prometa que só vai caçar e pescar para comer, nunca poluir este rio. Adeus amigo.

PESCADOR:
Meu como pode! Uma flor transformar-se em uma mulher tão bela.


PESCADOR:
Que barulho de motor é este? Vou chegar mais perto para ver o que é.
GARIMPEIROS:
Vai pessoal, trabalhem, temos que tirar pelo menos um quilo de ouro por mês.

GARIMPEIROS EMPREGADOS:
Senhor, o Mercúrio está  poluindo o rio e matando os animais.

 GARIMPEIROS:
Deixe de besteira homem trabalhe, o que nos importa é o ouro, o resto que se dane.

PESCADOR:
Bom dia, o que vocês estão fazendo com o rio? Estão matando todos os animais, como vou fazer para viver, tanto eu como estes animais dependem desta água para viver.

GARIMPEIROS:
Há homenzinho vai caçar o que fazer. O que tenho eu com sua vida e com estes animaizinhos.

PESCADOR:
Vocês não vão matar meus amigos, não vou deixar nem pra isto tenho que dar minha vida.

GARIMPEIROS:
O que vai fazer? Vai chorar? Pessoal pegue este homenzinho, amarre bem ele e jogue para as piranhas.


PESCADOR:
Meu Deus, uma Sucuri! Ela vem vindo ao meu encontro, vou ser devorado.

SUCURÍ:
Calma Joãozinho, não vou fazer nada com você, vim te salvar, mas vou dar-lhe uma pequena mordida e você será como eu, uma sucuri e defenderá junto comigo este rio.


PESCADOR:
Meu Deus estou virando cobra mesmo, que sensação estranha, posso respirar dentro da água.

GARIMPEIROS:
Vejam uma sucuri! Ela deve ter engolido aquele idiota.

JOÃOZINHO O SUCURI:
Vitória Régia,amiga, ajude-nos, estes malditos garimpeiros estão matando os animais e poluindo o rio.

VITÓRIA RÉGIA:
Tenha calma meu amigo, até que você se transformou em uma linda cobra, agora nos vamos formar um trio de defensores deste rio.

JOÃOZINHO O SUCURI:
Quem é este outro ai? Quero dizer este Sucuri?

VITÓRIA RÉGIA:
Há sim, deixe-me o apresentar, este ai também é um dos pescadores que os garimpeiros no passado fizeram o mesmo com ele e eu o transformei nesta Sucuri.

SUCURI:
E daí bela flor o que vamos fazer com aqueles garimpeiros?

VITÓRIA RÉGIA:
Prestem bem atenção é  simples, eu apareço para eles e você dão um susto neles, olhem não precisam matarem por enquanto ok.

GARIMPEIROS:
Olhem que moça linda! De onde você veio princesa? Veio nos ajudar a procurar ouro?

VITÓRIA RÉGIA:
A não! Eu vim expulsar vocês deste rio.

GARIMPEIROS:
Olhem pessoal que gracinha esta coisa mais linda disse que vai nos expulsar daqui. O que vocês acham?

VITÓRIA RÉGIA:
Bem eu sou só uma linda moça mas meus amigos estes sim vão acabar com vocês.

GARIMPEIROS:
Há é. E quem são seus amigos? Não vejo ninguém.

VITÓRIA RÉGIA:
Olhem atrás de vocês.

GARIMPEIROS:
Fuja pessoal, são duas enormes Sucuris, fujam.

OS DEFENSORES DOS ANIMAIS DO RIO:
Estes nunca mais voltam aqui. Olhem amigos vocês agora são os guardiões deste rio, se alguma coisa acontecer é só chamar, venho correndo ajuda-los ok.

UM DOS MILHÕES DE JOVENS ENVOLVIDO COM DROGAS.

MÃE:
Carlos, sabe que horas são?

CARLOS:
É claro que sei mãe.

MÃE:
Ainda reponde-me deste jeito. Isto  são horas de chegar em casa? E por cima caindo de bêbado?

PAI:
Eu nunca pensei que isto pudesse acontecer, que exemplo de pai eu fui?

MÃE:
Tenha calmo meu velho, ele pode mudar para melhor, isso é só uma faze da adolescência, com o tempo passa.

 PAI:
É difícil mulher. O problema é que ele além de estar bebendo está usando outras drogas.

MÃE:
Eu não posso acreditar no que estou ouvindo.

PAI:
Pois é mulher, sinto muito em ter de dar esta noticia mas é a pura verdade.

MÃE:
Isto eu não podia imaginar homem.

PAI:
É muito triste de dizer mais nosso filho tornou-se dependente de drogas, e tem mais ele anda com uma gangue muito perigosa.

MÃE:
Filho, preciso muito falar com você.

CARLOS:
Espero que a senhora não venha intrometer-se em minha vida, eu sou bem grandinho e dono do meu nariz, não sei se a senhora tenha percebido isto.

PAI:
Filho, preste bem atenção, estes seus amigos são da pesada. Eles podem lhe prejudicar.

CARLOS:
Que nada meu pai, não vejo nada disso, vocês são uns antiquados e atrasados.

PAI:
Até que você tem um pouquinho de razão em tudo isto, podemos ser antiquados mas amamos nossa vida e temos caráter.

CARLOS:
Não agüento mais este blá...blá... blá...Vou procurar minha turma, estes sim, são meus amigos, não metem os narizes em minha vida.

PAI:
Ó mulher! O que vamos fazer? Nosso filho está mesmo perdido.

AMIGOS DE CARLOS:
Carlos, hoje é dia de sua iniciação.

CARLOS:
Não estou entendendo, de que vocês estão falando?

AMIGOS DE CARLOS:
Não se faça de bobo rapaz, entrou na gangue, tem que fazer de tudo.

CARLOS:
 O que eu tenho que fazer?

AMIGOS DE CARLOS:
É deste jeito que gostamos. Você vai ter de assaltar aquela joalheria.

CARLOS:
Espere ai, vocês não disseram isso no começo, pensei que fosse só usar o bagulho e ficar doidão.

CHEFE DA GANGUE:
Olhem ai pessoal, ele  é mesmo um bobinho. Olhe aqui cara, estes bagulhos custam dinheiro, faça logo o que estamos mandando se não fosse vai se dar mal.

CRLOS:
Tenham calma pessoal, já estou indo.

CHEFE DA GANGUE:
Sujou pessoal, corram.

GANGUE:
E o Carlos, não pode deixá-lo sozinho.


CHEFE DA GANGUE:
Deixe este idiota se danar.

POLICIA:
Levante as mãos, vagabundo.


CARLOS:
Ai, meu Deus, quebrou minha perna.

POLICIA:
Você, deu sorte, vagabundo, em poder estar vivo. Leve ele pra cadeia.

PAIS:
Mulher atenda o telefone, pode ser importante há essas horas.

MÃE:
O Carlos foi preso.

PAI:
Diga logo. O que aconteceu. Porque ele foi preso?

MÃE:
O delegado disse que ele foi preso por assaltar uma joalheria.

PAI:
Eu já esperava por isto, eu sinto muito, mais ele vai ter que arcar com as conseqüências para aprender a dar valor à vida.

.PAI E MÃE:
Meu filho, o que você fez. Quanto que nós o aconselhamos,mas você não nos ouviu.

CARLOS:
Há, meus pais, foi uma grande lição, quando sair daqui, vou procurar uma clinica, e prometo que nunca mais farei isto.

 .PAI E MÃE:
Deus seja louvado meu filho, será a melhor noticia de toda a nossa vida.

Autor e Escritor: João do Rozario Lima
E-mail: joanzinhorosario31@hotmail.com


O CISNE ENCANTADO

ROMEU:
Meu Deus! Será que estou sonhando ou tendo uma visão dos céus?

ROBSON:
Amigo sentir-se tão radiante e feliz?

ROMEU:
Não estas vendo amigo? Ou este cego de coração que não consegue enxergar tão sublime beleza.

ROBSON:
Onde Romeu ? Deves estar louco, não consigo ver nada.

ROMEU:
Tu não vês o resplendor das águas.


ROBSON:
Onde amigo? Há sim agora posso ver. Um lindo Cisne  nadando sobre as águas.

ROMEU:
Meu Deus ! Quanta ignorância. Não é um Cisne é uma bela moça se banhando no lago.

ROBSON:
Meu amigo, sinceramente não consigo ver uma moça mas um Cisne.

ROMEU:
Espere um pouco, quando ela terminar o banho vou levar você até ela.

ROBSON:
Está bem amigo se você diz não vou discutir, vamos ate lá.

ROMEU:
Pronto Robson, ela esta saindo, vamos.

CISNE:
Há, há, há, há, há.

ROMEU:
Ela fugiu, deve ter assustado.

ROBSON:
Amigo eu só consegui ver um Cisne, mas se você disse que era uma garota linda vamos até a cidade pedir informação sobre ela.

ROMEU:
Então vamos amigo.

SENTINELA:
Olá forasteiros. Procuram alguma coisa ou por alguém.

ROBSON:
O sim senhor, queremos  saber sobre um belo Cisne que banhava naquele lago.
ROMEU:
Não senhor não era um Cisne mas sim uma bela moça, a mais bela que já vi.

SENTINELA:
Há senhores! Conta os antigos moradores desta cidade que neste lago havia um palácio.


ROMEU:
Palácio! Meu senhor conte-nos esta história?

SENTINELA:
Bem, o povo diz que havia uma princesa muito linda e foi transformada nesse Cisne que vocês viram com uma tiara enfeitiçada na cabeça.

ROMEU:
Cine não! Eu vi uma bela moça, quero dizer a princesa encantada.

SENTINELA:
Bem, continuando a história. A princesa virou um Cisne e seu reino transformou-se neste lago.

ROMEU:
Senhor, não há nada que se possa fazer?

SENTINELA:
A sim, e claro. Segundo a lenda, quem conseguir ver a princesa e capturá-la o tirando a tiara, quebra o feitiço e seu palácio aparece novamente.

ROMEU:
Obrigado senhor pela informação. Eu e meu amigo vamos capturá-la.

ROBSON:
Você deve estar brincando ou ficando maluco em acreditar nesta lenda. Não vou ficar aqui com você para pegar um Cisne. Isto é coisa de idiota.


ROMEU:
Por favor amigo, não me abandone agora, preciso muito de sua ajuda.

ROBSON:
Esta bem. O que agente não faz por um amigo.

ROMEU:
Olhe Robson, vou comprar uma tarrafa bem grande e quando ela descer as águas voce lança a tarrafa  e eu arranco a tiara da cabeça ela, combinado.

ROBSON:
Esta bom, Romeu, mas continuo achando esta história uma loucura.

ROMEU:
Legal Robson, sua opinião não faz diferença, o que importa é capturá-la.

ROMEU:
Prepare-se Robson, ela vem descendo, é agora.

ROBSON:
Vai Romeu tire a tiara.

ROMEU:
Pronto tirei.

ROBSON:
Romeu é mesmo uma linda princesa!

ROMEU:
Não lhe falei, não quis acreditar em mim.

ROBSON:
Agora eu acredito Romeu.

PRINCESA:
Meu Deus quem são vocês?

ROMEU:
Calma princesa, eu sou o Romeu e este é o meu amigo Robson, eu quebrei o feitiço tirando a tiara de sua cabeça.

PRINCESA:
Meus heróis, vejam! Meu palácio esta emergindo das águas. Olhem meus súditos.

SUDITOS:
Viva a princesa, e viva o rei.

REI:
Meus filhos, vocês salvaram este reino, e quem quebrou o feitiço casará com a princesa.

ROMEU:
Robson, você será meu escudeiro.

OS ANIMAIS E A PESTE

O REI LEÃO: A turma lá do céu deve estar muito irritada com a gente para nos mandar um castigo deste.

A CORUJA: O que você acha que podemos fazer?

O REI LEÃO: Vamos tentar reconquistar a confiança de Deus oferecendo-lhe um sacrifício.

O CHACAL: E quem, deve ser sacrificar majestade?

O REI LEÃO: Aquele que, na sua vida cometeu mais erros.

A CORUJA: Como faremos isto majestade?

O REI LEÃO: Cada um de nós deverá publicamente tudo que fez de errado.

A TARTARUGA: E quem vai começar?

O REI LEÃO: Começarei por mim.

O REI LEÃO: Sou guloso e devorei muitos carneiros.

A RAPOSA: Isso não foi erro majestade, são inúteis.

O TIGRE: Também errei, comi carneiros e pessoas que andavam na floresta.

A RAPOSA: O senhor fez uma boa ação impedindo que eles destruíssem a floresta.

O URSO: também devorei muitos homens.

A RAPOSA: O que isso companheiro, não fez mais que sua obrigação, defendendo nossos direitos.

O BURRO: Meu erro foi comer verdura da horta do convento.

TODOS OS ANIMAIS: Que horror, onde se viu isto, comer as verduras, isto é um pecado mortal.

O REI LEÃO: Foi por sua culpa que os animais estão morrendo.

A TARTARUGA: O que devemos fazer com ele majestade? Qual o castigo?

O REI LEÃO: Vou ter de consultar o Júri.

O REI LEÃO: Qual a punição deve aplicar ao burro senhores Jurados.

O JURI: Majestade. Um pecado desta dimensão, a única punição deverá ser a morte.

O REI LEÃO: Muito bem pessoal, então que o burro morra.

BURRO: Más, majestade, vocês comeram carneiros, homens e outros animais, e eu só comi alguns pés de verduras?

O REI LEÃO: Não interessa aqui quem determina quem vai morrer ou viver sou eu.
A RAPOSA: É isto ai majestade, errou tem que pagar.

A ASSEMBLÉIA DOS RATOS:

O GATO PERCIVAL: Bem pessoal já estou na idade de me casar, vou sair para procurar uma noiva.

OS RATOS: devemos bolar uma estratégia para tira este gato assassino  do nosso caminho.

O RATO JUNIOR: Bem, companheiros, acho que deveríamos consultar alguém mais experiente, alguém que já passou por isto antes.

O RATO FREDERICO: Olhe, meu avô é aposentado dos exércitos dos ratos e já participou de várias guerras contra gatos assassinos.

O RATO JUNIOR: ótima idéia Frederico, Vamos falar com seu avô.

OS RATOS: Boa noite senhor.

AVÔ DE FREDERICO: Boa noite crianças. O que desejam?

OS RATOS: Há senhor, soubemos que tem muita experiências em combate de guerra contra gatos e viemos para nos instruir.

AVÔ DE FREDERICO: Verdade crianças, mas já estou velho, não agüento mais brigar.

OS RATOS: Está bem senhor, só queremos conselho.

AVÔ DE FREDERICO: Bem isto eu posso fazer.

AVÔ DE FREDERICO: Pois bem contem o que querem que eu diga?

OS RATOS: Bem senhor, apareceu um gato assassino em nossa comunidade e está tirando nosso sossego.

AVÔ DE FREDERICO: É pelo que fiquei sabendo ele sempre ataca de surpresa.

JUNIOR: Ele sempre chega quando estamos despercebidos e pega e devora um de nossos irmãos.

MARQUINHOS: Tenho uma idéia.

JUNIOR: qual a idéia cabeças oca?

MRQUINHOS: Não me chame de cabeça oca, se não eu quebro sua cara.

AVÔ DE FREDERICO: Tenham clama criança, não devemos brigar uns com os outros, nosso inimigo é o gato Percival.

AVÔ DE FREDERICO: Fale Marquinhos, qual o seu plano?

MARQUINHOS: E se alguém amarrar um sininho no rabo dele.

AVÔ DE FREDERICO: Seria uma ótima idéia, más quem faria isto? Você?

OS RATOS: Eu não: Eu não: Eu não: Eu não: Eu não: Eu não: Eu não: Eu não:

AVÔ DE FREDERICO: Bem pessoal esta idéia está descartada, vamos partir para outra.

PERCIVAL: Hoje estou muito feliz, procuro uma bela gata para casar, se encontrar um rato deixarei o ir.

PERCIVAL: E daí gatinha estou procurando uma noiva, quer me dar a honra?

AGATA FLORINDA: Sai pra lá seu grosso, acha mesmo que quero um estúpido igual a você?

PERCIVAL: Puxa vida, as gatinhas não querem saber de mim, vou tentar mais uma vez.

PERCIVAL: E daí gatinha, o que achou do Percival quer ser minha namorada?

A GATA JULIANA: Sai de mim cafona, gosto de gato inteligente e educado, bicho horrível.

PERCIVAL: Vou voltar pra minha toca e devorar todos aqueles ratos imbecis.

AVÔ DE FREDERICO: Bem crianças acho que a melhor forma de livrar-se deste gato é fazer uma armadilha.

JUNIOR: Que tipo de armadilha? E depois de pegarmos ele o que faremos?

AVÔ DE FREDERICO: Calma menino, uma coisa de cada vês. Primeiro vamos pegar ele e depois decidimos o que fazer.

AVÔ DE FREDERICO: Bem crianças vamos armar uma rede e apanhar o bichano.

FREDERICO: E como ele cairá na armadilha?

 AVÔ DE FREDERICO: Bem crianças, para isso um de vocês deverá servir de isca.

FREDERICO: Mas, vovô ele não vai devorar quem estiver lá?

 AVÔ DE FREDERICO: Não, nada disso, quando ele chegar perto da isca, cairá na armadilha.

OS RATOS: É isso ai, vamos acabar com este gato.

JUNIOR: Sendo assim eu topo ser a isca.

OS RATOS: Vamos construir a armadilha.

AVÔ DE FREDERICO: Bem crianças a armadilha está pronta é só esperar.

PERCIVAL: Miauuuuu....miauuuuuuuu.....miauuuuuuuu.Malditos ratos, eu saio da qui e devoro vocês.

OS RATOS: Não sai mesmo, você vai ficar ai até a aprender.

 PERCIVAL: Estou com fome e sede, por favor, solte-me, prometo que não vou fazer mal a vocês.

OS RATOS: Percival é difícil, nós não confiamos em você, você nos persegue desde que chegou aqui neste bairro.

PERCIVAL: Mas agora aprendi a lição, vou comer somente comida que os humanos comem.

OS RATOS: Está bem Percival só soltamos você se você aceitar cortar suas unhas.

PERCIVAL: Está bem aceito, podem cortar.


FREDERICO: Aqui está à tesoura, vamos cortar.

PERCIVAL: Ai minhas unhas ficaram feias, mais está bem amigos vou cumprir com minha palavra até mais.

OS RATOS: E daí Percival, como está a vida de gato doméstico?

OS RATOS: Está ótima, não tenho que sair a noite para caçar, é só dormir. Obrigado amigos.





O BURRO INSATISFEITO

LAVRADOR: SEU ANTÔNIO: Já estou cansado de  carregar verduras para a cidade, vou comprar um animal.

VENDEDOR DE ANIMAIS: SEU CARLOS: Olá seu Antonio, tenho um ótimo burro para lhe vender.

SEU ANTÔNIO:  É mesmo, vamos ver o burro.

SEU CARLOS: Ai está ele, é forte, agüenta carga.

SEU ANTÔNIO:  Gostei do burro. Quanto quer por ele?

SEU CARLOS: Bom, faço uma troca, você me traga dez sacas de milho e o burro é seu ok.

SEU ANTÔNIO: Está bem, negocio feito.

SEU ANTÔNIO: Vamos burro, vou tratar você muito bem, vou dar um lugar para você morar e bastante capim verdinho.
BURRO: Fazer o que, burro nasceu pra sofrer.

SEU ANTÔNIO: Graças a Deus agora vou descansar um pouco, não vou mais precisar carregar as verduras até a cidade.

 BURRO: É você descansa e eu carrego as cargas, que vida.

SEU ANTÔNIO: Ai amigo, chegamos, aqui é sua casa e ai está sua comida.

SEU ANTÔNIO: Levanta burro, vamos para a cidade levar as verduras para a feira.

BURRO: Ai, que infeliz que sou! Tenho que acordar todos os dias cedo para carregar verduras. Ai que triste sorte a minha!

DONA SORTE: Oi burro! Estou com pena de você,vou arrumar outro trabalho para você.

BURRO: Que bom dona sorte, eu já não agüento mais esta vida.

DONA SORTE: Burro este é seu trabalho você vai ficar aqui dentro vigiado estes couros.

BURRO: Só isso dona sorte, que legal.

DONA SORTE: Adeus burro, bom trabalho.

BURRO: Já não agüento mais ficar preso neste lugar escuro e fedendo a couro. Antes era melhor.


 BURRO: Dona sorte por favor tenha piedade de mim me ajude.

DONA SORTE: Oi burro! Chamou-me.

BURRO: Sim dona sorte é que não estou agüentando este cheiro de couro e esta escuridão.

DONA SORTE: Bem burro vou arrumar outro serviço para você em uma carvoaria no ar livre, ok.

BURRO: Que sacos pesados, não estou agüentando esta vida, que sofrimento. Antes era bem melhor.

DONA SORTE: Ó! Burro tolo, já perdi a paciência com você. Você pensa que é o único ser do mundo que tem problema?

BURRO: Por favor, tenha misericórdia de mim dona sorte.


DONA SORTE Agora se vire, tenho pedidos muito maior para atender.




OS ANIMAIS E A PESTE

O REI LEÃO: A turma lá do céu deve estar muito irritada com a gente para nos mandar um castigo deste.

A CORUJA: O que você acha que podemos fazer?

O REI LEÃO: Vamos tentar reconquistar a confiança de Deus oferecendo-lhe um sacrifício.

O CHACAL: E quem, deve ser sacrificar majestade?

O REI LEÃO: Aquele que, na sua vida cometeu mais erros.

A CORUJA: Como faremos isto majestade?

O REI LEÃO: Cada um de nós deverá publicamente tudo que fez de errado.

A TARTARUGA: E quem vai começar?

O REI LEÃO: Começarei por mim.

O REI LEÃO: Sou guloso e devorei muitos carneiros.

A RAPOSA: Isso não foi erro majestade, são inúteis.

O TIGRE: Também errei, comi carneiros e pessoas que andavam na floresta.

A RAPOSA: O senhor fez uma boa ação impedindo que eles destruíssem a floresta.

O URSO: também devorei muitos homens.

A RAPOSA: O que isso companheiro, não fez mais que sua obrigação, defendendo nossos direitos.

O BURRO: Meu erro foi comer verdura da horta do convento.

TODOS OS ANIMAIS: Que horror, onde se viu isto, comer as verduras, isto é um pecado mortal.

O REI LEÃO: Foi por sua culpa que os animais estão morrendo.

A TARTARUGA: O que devemos fazer com ele majestade? Qual o castigo?

O REI LEÃO: Vou ter de consultar o Júri.

O REI LEÃO: Qual a punição deve aplicar ao burro senhores Jurados.

O JURI: Majestade. Um pecado desta dimensão, a única punição deverá ser a morte.

O REI LEÃO: Muito bem pessoal, então que o burro morra.

BURRO: Más, majestade, vocês comeram carneiros, homens e outros animais, e eu só comi alguns pés de verduras?

O REI LEÃO: Não interessa aqui quem determina quem vai morrer ou viver sou eu.
A RAPOSA: É isto ai majestade, errou tem que pagar.

A ASSEMBLÉIA DOS RATOS:

O GATO PERCIVAL: Bem pessoal já estou na idade de me casar, vou sair para procurar uma noiva.

OS RATOS: devemos bolar uma estratégia para tira este gato assassino  do nosso caminho.

O RATO JUNIOR: Bem, companheiros, acho que deveríamos consultar alguém mais experiente, alguém que já passou por isto antes.

O RATO FREDERICO: Olhe, meu avô é aposentado dos exércitos dos ratos e já participou de várias guerras contra gatos assassinos.

O RATO JUNIOR: ótima idéia Frederico, Vamos falar com seu avô.

OS RATOS: Boa noite senhor.

AVÔ DE FREDERICO: Boa noite crianças. O que desejam?

OS RATOS: Há senhor, soubemos que tem muita experiências em combate de guerra contra gatos e viemos para nos instruir.

AVÔ DE FREDERICO: Verdade crianças, mas já estou velho, não agüento mais brigar.

OS RATOS: Está bem senhor, só queremos conselho.

AVÔ DE FREDERICO: Bem isto eu posso fazer.

AVÔ DE FREDERICO: Pois bem contem o que querem que eu diga?

OS RATOS: Bem senhor, apareceu um gato assassino em nossa comunidade e está tirando nosso sossego.

AVÔ DE FREDERICO: É pelo que fiquei sabendo ele sempre ataca de surpresa.

JUNIOR: Ele sempre chega quando estamos despercebidos e pega e devora um de nossos irmãos.

MARQUINHOS: Tenho uma idéia.

JUNIOR: qual a idéia cabeças oca?

MRQUINHOS: Não me chame de cabeça oca, se não eu quebro sua cara.

AVÔ DE FREDERICO: Tenham clama criança, não devemos brigar uns com os outros, nosso inimigo é o gato Percival.

AVÔ DE FREDERICO: Fale Marquinhos, qual o seu plano?

MARQUINHOS: E se alguém amarrar um sininho no rabo dele.

AVÔ DE FREDERICO: Seria uma ótima idéia, más quem faria isto? Você?

OS RATOS: Eu não: Eu não: Eu não: Eu não: Eu não: Eu não: Eu não: Eu não:

AVÔ DE FREDERICO: Bem pessoal esta idéia está descartada, vamos partir para outra.

PERCIVAL: Hoje estou muito feliz, procuro uma bela gata para casar, se encontrar um rato deixarei o ir.

PERCIVAL: E daí gatinha estou procurando uma noiva, quer me dar a honra?

AGATA FLORINDA: Sai pra lá seu grosso, acha mesmo que quero um estúpido igual a você?

PERCIVAL: Puxa vida, as gatinhas não querem saber de mim, vou tentar mais uma vez.

PERCIVAL: E daí gatinha, o que achou do Percival quer ser minha namorada?

A GATA JULIANA: Sai de mim cafona, gosto de gato inteligente e educado, bicho horrível.

PERCIVAL: Vou voltar pra minha toca e devorar todos aqueles ratos imbecis.

AVÔ DE FREDERICO: Bem crianças acho que a melhor forma de livrar-se deste gato é fazer uma armadilha.

JUNIOR: Que tipo de armadilha? E depois de pegarmos ele o que faremos?

AVÔ DE FREDERICO: Calma menino, uma coisa de cada vês. Primeiro vamos pegar ele e depois decidimos o que fazer.

AVÔ DE FREDERICO: Bem crianças vamos armar uma rede e apanhar o bichano.

FREDERICO: E como ele cairá na armadilha?

 AVÔ DE FREDERICO: Bem crianças, para isso um de vocês deverá servir de isca.

FREDERICO: Mas, vovô ele não vai devorar quem estiver lá?

 AVÔ DE FREDERICO: Não, nada disso, quando ele chegar perto da isca, cairá na armadilha.

OS RATOS: É isso ai, vamos acabar com este gato.

JUNIOR: Sendo assim eu topo ser a isca.

OS RATOS: Vamos construir a armadilha.

AVÔ DE FREDERICO: Bem crianças a armadilha está pronta é só esperar.

PERCIVAL: Miauuuuu....miauuuuuuuu.....miauuuuuuuu.Malditos ratos, eu saio da qui e devoro vocês.

OS RATOS: Não sai mesmo, você vai ficar ai até a aprender.

 PERCIVAL: Estou com fome e sede, por favor, solte-me, prometo que não vou fazer mal a vocês.

OS RATOS: Percival é difícil, nós não confiamos em você, você nos persegue desde que chegou aqui neste bairro.

PERCIVAL: Mas agora aprendi a lição, vou comer somente comida que os humanos comem.

OS RATOS: Está bem Percival só soltamos você se você aceitar cortar suas unhas.

PERCIVAL: Está bem aceito, podem cortar.


FREDERICO: Aqui está à tesoura, vamos cortar.

PERCIVAL: Ai minhas unhas ficaram feias, mais está bem amigos vou cumprir com minha palavra até mais.

OS RATOS: E daí Percival, como está a vida de gato doméstico?

OS RATOS: Está ótima, não tenho que sair a noite para caçar, é só dormir. Obrigado amigos.





O BURRO INSATISFEITO

LAVRADOR: SEU ANTÔNIO: Já estou cansado de  carregar verduras para a cidade, vou comprar um animal.

VENDEDOR DE ANIMAIS: SEU CARLOS: Olá seu Antonio, tenho um ótimo burro para lhe vender.

SEU ANTÔNIO:  É mesmo, vamos ver o burro.

SEU CARLOS: Ai está ele, é forte, agüenta carga.

SEU ANTÔNIO:  Gostei do burro. Quanto quer por ele?

SEU CARLOS: Bom, faço uma troca, você me traga dez sacas de milho e o burro é seu ok.

SEU ANTÔNIO: Está bem, negocio feito.

SEU ANTÔNIO: Vamos burro, vou tratar você muito bem, vou dar um lugar para você morar e bastante capim verdinho.
BURRO: Fazer o que, burro nasceu pra sofrer.

SEU ANTÔNIO: Graças a Deus agora vou descansar um pouco, não vou mais precisar carregar as verduras até a cidade.

 BURRO: É você descansa e eu carrego as cargas, que vida.

SEU ANTÔNIO: Ai amigo, chegamos, aqui é sua casa e ai está sua comida.

SEU ANTÔNIO: Levanta burro, vamos para a cidade levar as verduras para a feira.

BURRO: Ai, que infeliz que sou! Tenho que acordar todos os dias cedo para carregar verduras. Ai que triste sorte a minha!

DONA SORTE: Oi burro! Estou com pena de você,vou arrumar outro trabalho para você.

BURRO: Que bom dona sorte, eu já não agüento mais esta vida.

DONA SORTE: Burro este é seu trabalho você vai ficar aqui dentro vigiado estes couros.

BURRO: Só isso dona sorte, que legal.

DONA SORTE: Adeus burro, bom trabalho.

BURRO: Já não agüento mais ficar preso neste lugar escuro e fedendo a couro. Antes era melhor.


 BURRO: Dona sorte por favor tenha piedade de mim me ajude.

DONA SORTE: Oi burro! Chamou-me.

BURRO: Sim dona sorte é que não estou agüentando este cheiro de couro e esta escuridão.

DONA SORTE: Bem burro vou arrumar outro serviço para você em uma carvoaria no ar livre, ok.

BURRO: Que sacos pesados, não estou agüentando esta vida, que sofrimento. Antes era bem melhor.

DONA SORTE: Ó! Burro tolo, já perdi a paciência com você. Você pensa que é o único ser do mundo que tem problema?

BURRO: Por favor, tenha misericórdia de mim dona sorte.


DONA SORTE Agora se vire, tenho pedidos muito maior para atender.


O CAMPONÊS E O CAVALEIRO:

CAMPONÊS:  Que maravilha, estas verduras estão lindas.

LEBRE: A que verduras lindas, devem serem deliciosas, vou pegar uns pesinhos, não vai fazer falta são muitos.


CAMPONÊS:   Meu Deus! Alguém está roubando minhas verduras, deixe-me ver, olhe, rastos de lebre.

CAMPONÊS:   vou fazer uma armadilha para pegar este bicho.

LEBRE: Tenho que ter cuidado, este homem é mal, fez armadilhas para pegar-me.

CAMPONÊS: Não pode ser, este bicho parece adivinhar, comeu as verduras e não caiu na armadilha.

VIZINHO: Bom dia senhor, como vai sua horta?

CAMPONÊS:    A vizinho está a cada dia pior. Uma infeliz lebre está roubando todas as minhas verduras.

VIZINHO: Porque o senhor não faz uma armadilha para pega-la.

CAMPONÊS: Já fiz, mas não adianta, ela parece adivinhar e desvia das armadilhas.


VIZINHO: Acho que sei como pegar à danada.

CAMPONÊS:  A é, como?

VIZINHO: Conheço um cavaleiro muito famoso, ele irá pegar a danada.

CAMPONÊS:  Está bem, vou mandar um mensageiro atrás desse cavaleiro caçador.

MENSAGEIRO: Bom dia senhor. O senhor é o famoso caçador desta redondeza?

CAÇADOR: A sim, nunca perdi uma caçada.

MENSAGEIRO: Pois bem senhor, meu patrão pediu para o senhor ir até sua propriedade pegar uma lebre que está destruindo sua horta.

MENSAGEIRO: Pois não moço pode ir adiante que eu estou indo pegar a danada.

CAÇADOR: Bom dia senhor, seu criado disse que precisava de alguém para caçar uma lebre?

CAMPONÊS: A sim senhor caçador e pago muito bem.

CAÇADOR: Amanhã bem cedo vou atrás da danada.

CAMPONÊS: Pronto senhor pode vir com sua comitiva tomar café.

CAÇADOR: Levante pessoal e peguem as arma e vamos tomar café para caçar a bicha.

CAMPONÊS: Senhores! Até parece que vão caçar leões com tantas armas.


CAÇADOR: Bem senhor, antes de dar inicio ao trabalho queremos comer.

 CAMPONÊS: Aqui está frangos assado para todos;

CAÇADOR: Senhor, e aqueles presuntos pendurados? Quero umas fatias, adoro presunto.

CAMPONÊS: Maria pegue o presunto para o caçador e sua comitiva.

MARIA; Meu esposo desse jeito estes homens vão comer todo o nosso estoque.

CAMPONÊS: Calma querida o importante e pegar a lebre.

CAÇADOR:  a senhor mande um pouco para minha casa.

MARIA; Querido não tem mais nada na despensa.


CAÇADOR Agora vamos pegar a tal lebre safada.

CAÇADOR: Olha ela pessoal, peguem os cavalos e soltem os cães.

CÃES: Au...au...au...au..au.

CAÇADOR: Pouuuu...pouuuu...pouuuuu..pouuuu.

CAMPONÊS: Meu Deus estão destruindo toda a minha horta. Isto é uma catástrofe.

CAÇADOR: Pronto morreu danada.

CAÇADOR: Aqui está senhor quem destruía sua horta, está satisfeito?

CAMPONÊS: Satisfeito! Vocês destruíram todas as minhas verduras e pergunta se estou satisfeito.


O CHARLATÃO:

CHARLATÃO: Tenho que inventar um meio de enganar esses trouxas.

MORADORES DO VILAREJO: Olhem! Uma tenda! É muito bonita, vamos até lá para ver.

CHARLATÃO: Oi pessoal tenho o raro dom de ensinar qualquer coisa aos outros.

UM NOBRE. É mesmo senhor.


CHARLATÃO: Há sim! Posso até transformar um burro em um ser inteligente e sabido.


NOBRE: Majestade! Chegou um sábio na cidade que disse que sabe ensinar até um burro a ser inteligente e sábio.

REI: Vai até ele e convida-o a vir jantar comigo no palácio.

[NOBRE: Mestre, sua majestade manda convida-lo a jantar com ele no palácio.]

 CHARLATÃO: Obrigado meu senhor com certeza irei.

REI: Preparem um belo jantar que hoje tenho um convidado muito importante que virá jantar comigo.

COZINHEIRO: Prepararei o jantar com muito cuidado.

CHARLATÃO: Boa noite majestade, mandou chamar-me?

REI: Sim mestre. Convidei para jantar e conversa um pouco.

NOBRE: A sim mestre o rei ficou muito interessado em seus conhecimentos em transformar burros em sábios.

REI: Mestre eu tenho um burrico no estábulo que quero que o senhor faça dele um matemático.

CHARLATÃO: Danou-se.

REI: O que o mestre disse.

CHARLATÃO: Não foi nada majestade é que estava pensando alto.

REI: Olhe mestre se o senhor fizer isso nunca mais precisará trabalhar, vou fazer o senhor o homem mais rico do mundo.

CHARLATÃO: Vossa Majestade manda e será feito.

REI: Vou lhe pagar cem moedas de ouro por mês. Só que há uma condição.

CHARLATÃO: Condição?

REI: Sim! Não pense que irei pagar o senhor à toa.


CHARLATÃO: Qual a condição majestade?

REI: Se em dez anos o burro não for capaz de discutir com os matemáticos você será enforcado.


CHARLATÃO: Trato feito majestade. Vamos começar as aulas.

NOBRES: Ra.ra.ra.ra.ra.ra. Este homem vai se dar mal.

CHARLATÃO:  Ó majestade, o burro e eu somos velhos, daqui dez anos um de nós três terá morrido. E até lá viverei muito bem.

COMO O CAVALO SE TORNOU SERVO DO HOMEM

HOMEM: Olhem que belo animal, solto pela floresta. Se pudesse domaria para ajudar nos afazeres domésticos.

CAVALO: Bom dia amigo Servo, como vai?

SERVO: Tudo bem e você:

CAVALO: Olhe Servo eu ganho de você na corrida. Vamos apostar.


SERVO: Deixe de ser idiota não está vendo que ganho de você.

CAVALO: Está bem seu idiota, não sou mais seu amigo. Daqui uma semana vamos correr e ver quem é o melhor.

CAVALO: Homem! Apostei uma corrida com o Servo. Você acredita que o idiota acha que ganha de mim.

HOMEM: Olhe meu amigo cavalo, estou preocupado. O Servo é acostumado a correr entre as matas.

CAVALO: Homem! O que acha que devo fazer para eu ganhar do Servo?

HOMEM: É muito fácil. É só você me deixar montar em você, ensinarei a correr e vencerá com certeza o Servo.


CAVALO: Amigo coelho, o que você acha disso?

COELHO: Não sei não, se fosse eu não aceitaria isto, amanhã o homem vai querer colocar você para fazer tudo o que quiser.

CAVALO: Meu, amigo, tem que correr o risco, só não posso  perder para o Servo.

COELHO: Você é quem sabe amigo, a vida é sua.


CAVALO: Está bem homem eu topo.

HOMEM: Preciso colocar um cabresto e um freio para poder guiar você, ok.


CAVALO: Está bem homem, o que quero é mostrar para aquele idiota daquele Servo que eu sou melhor que ele.

HOMEM: Vamos em frente, isso, para direita. Pronto, ganhamos.

CAVALO: Obrigado homem, agora vou para as, campinas.

HOMEM: Campinas que nada, agora você será meu servo, fará tudo o que eu quiser.



O SOFRIMENTO DE JÓ E SUA VITÓRIA.

DEUS:
De onde vem Satanás?

SATANÁS:
De rodear a terra, procurando alguém para enganá-lo.

DEUS:
Tem visto o meu servo Jô?

SATANÁS:
Há sim ele está muito bem, tem uma ótima família e muita riqueza.

DEUS:
Você já viu alguém integro e justo como ele sobre todo este universo?

SATANÁS:
É claro que não, se ele tem tudo o de bom na terra, isso é que faz ele ser assim.

DEUS:
Que nada, você é que está com inveja porque não consegue encontrar nem uma falha nele.

SATANÁS:
Deixe eu tocar nos bens dele e em sua família para ver se ele não abandona o senhor.

DEUS:
Está bem para provar que meu servo é justo vou deixar que toque em sua família e em seus bens.

SATANÁS:
Está bem senhor, então vou começar a fazer isto agora mesmo.

DEUS:
Há sim só tem uma coisinha, não toque em nada a não ser em sua família e em seus bens.

FILHO PRIMOGENITO:
Meus queridos irmãos, hoje vamos a casa de nosso irmão caçula participar com ele do banquete que nos preparou.

1º SERVO:
Meu senhor, estava arando a terra para plantar e vieram os Sabeus e mataram os trabalhadores e levaram os bois.

2º SERVO:
Senhor, caiu fogo do céu e queimou todas as ovelhas e os pastores.


JÓ:
Meu Deus! O que está acontecendo?

3º SERVO:
Meu senhor! Os Caldeus mataram os vaqueiros e levaram todo o gado e camelos.

4º SERVO:
Meu senhor! Seus filhos estavam na casa de seu filho caçula, e um vento derrubou a casa sobre eles e todos morreram.

JÓ:
Meu Deus! Piedade! Porque está acontecendo isto comigo?

ESPOSA DE JÓ:
Jô! O que é isto? Porque você está vestido assim? Como um maltrapilho.

JÓ:
Mulher! Tudo que tínhamos acabou.

ESPOSA.
Deixe de bobagem Jô. Acabou como?

JÓ:
Mataram nossos servos. Levaram nossas ovelhas, nossos camelos e nosso gado, e se isso não bastasse a casa caiu em cima dos nossos filhos e todos morreram.

ESPOSA:
Onde estava esse seu Deus que você venera tanto que não viu isto acontecer?

JÓ:
Não diga isto mulher, meu Deus é justo. Com certeza isto deve ser para nos provar nossa fé.

ESPOSA:
Você quer saber Jô, este seu Deus não se importa conosco>

SATANAS:
Que homem duro na queda, perdeu todos os seus bens e filhos e continua ainda confiando em Deus.

MULHER:
Jô! Pare com isso, seu Deus não está ligando.

SATANÁS:
A sim! Agora vou tocar em seu corpo, colocando uma terrível lepra pra ver se ele não deixe seu Deus.

JÓ:
Meu Deus que coceira horrível.

ESPOSA:
Não quero você perto de mim com essa lepra, vai dormir em outro lugar se quiser.

JÓ:
Meu Deus não me abandone, por favor.

DEUS:
 E ai Satanás como passa meu servo Jô? Já viu alguém mais justo e integro como ele?

SATANAS:
Deixe eu tocar na carne e nos ossos dele para ver se ele logo na te amaldiçoa.


DEUS:
Pode tocar, está autorizado a fazer isto.

ESPOSA:
Meu marido! Onde estão seus amigos? Será que estão com vergonha ou nojo de você?

JÓ:
Há, mulher! Não preciso disto, o meu Deus me basta.

ESPOSA:
Como pode? Aquelas pessoas que veneravam você na praça que até banhavam seus pés com leite passam de longe.

JÓ:
Não se preocupe, nu eu vim do meu pai, e nu voltarei para ele.

ESPOSA:
Você é mesmo um idiota. O seu Deus o abandonou. Continua ainda com sua sinceridade amaldiçoe este seu Deus e morra.

JÓ:
Como fala qualquer doida, assim falas tu: receberemos o Bem de Deus e não o mal.


OS TRÊS AMIGOS DE JÓ:
 O Deus!  O que aconteceu com o nosso amigo Jó.

JÓ:
Não preocupem comigo meus amigo, isto passa. O senhor meu Deus resolverá tudo isso da melhor maneira possível.

ESPOSA:
Não adianta. Ele continua confiando em seu Deus.

AMIGOS:
Vamos ficar aqui juntos com ele para ajudá-lo.


JÓ:
Pereça o dia em que nasci, e a noite em que disseram foi concebido um homem. Porque não morri antes de nascer?

ELIFAZ:
Porque diz assim? Quantas coisas boas fizessem? E quanta pessoa ajudou?
                                                                                     
JÓ:
Ó meu amigo, é o desespero que faz agir assim.

ELIFAZ:
Clame a seu Deus, ele ouvirá a você com certeza.

JÓ:
O meu Deus sabe com certeza do meu sofrimento e angustia, e com certeza me perdoará.

ELIFAZ:
Ó senhor perdoe o seu humilde servo que não sabe o que fala.

ZOFAR:
Olhe Jó, tenho certeza que você deve estar pagando algum pecado que tenha cometido.

JÓ;
Na verdade que só vós sois o povo, e convosco morrerá a sabedoria. Também eu tenho um coração como vós e não vos sou inferior.

SEUS AMIGOS:
 Vamos embora, você não precisa de nossa ajuda.

JÓ:
Senhor, porque razão estou passando por isto? Se pequei  contra ti, por favor perdoe-me.

BIDADE:
Até quando usará artifícios em vez de palavras?

JÓ:
Até quando entristecereis minha alma e me quebrantareis com palavras? Não tenham vergonha de contra mim levantares?Graças a Deus que ele mostrou as minhas falhas e meus pecados. 

DEUS:
Ó meu servo Jô, antes que existisse o mundo eu estava aqui, nunca abandonaria você. Pela sua fé e paciência vou devolver a você tudo o que perdeu dobrado e bem melhor.

JÓ:
Obrigado meu Deus.



 O LEÃO E O MOSQUIUTO

LEÃO:
Que sombra maravilhosa. Não precisa de vida melhor, barriga cheia e sombra freesca.

MOSQUITO:
Olá senhor leão como vai com essa força/

LEÃO:III
Eu vou bem as minhas custas, ainda bem que não preciso preocupar com um inseto idiota e desprezível como você que nem tem carne para matar minha fome.

MOSQUITO:
Há! Senhor leão que se diz rei dos animais, aposto que não pode comigo.

LEÃO:
Não me faça rir idiota, se eu der um espirro você não sebe nem onde vai parar.

MOSQUITO:
Esta bem falso rei, você declarou guerra.
                     
LEÃO:
Ra...ra..ra...ra...ra...

MOSQUITO:
Pegue esta leão. Tuimmmmmmmmm.

LEÃO:
 Uauuuuuu..

MOSQUITO:
Doeu em, foi bem no focinho.

MOSQUITO:
Tuimmmmmmm.

LEÃO:
Ruaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa.

MOSQUITO:
Gostou leão, está perdendo feio. Onde está sua pose de rei agora?

LEÃO:
Há..há.há. há.há. há.há. há.há. há.há. há.há. há.há.

MOSQUIRO:
Vejo que está cansado, está quase colocando o coração pela boca.

LEÃO:
Só um pouquinho, dê-me um pouco de tempo e depois começamos a briga.
  MOSQUITO:
Como quiser grande senhor o boi é um animal muito mais forte que você e eu o derrotei, faço dele o que quero.

LEÃO:
Está bem mosquito você venceu, me deixe em paz.

MOSQUITO:
Olhe aqui leão a partir de hoje declaro guerra a você.

LEÃO:
Pare. Pare por favor eu já não agüento mais, por favor pare você me derrotou.

MOSQUITO:
Eu lhe venci leão. Quem é mais forte do que eu?

MOSQUITO:
Zummmmmmmmmmm. Adeus leão. Zommmmmmmmmmmmm.

LEÃO:
O que foi valente mosquito? Venceu o rei dos animais e foi pego por uma aranha?

ARANHA:
Que delicia de jantar, há mosquito deveria ter cuidado por onde passa.

LEÃO:
É valente mosquito deveria ter cuidado com as pequenas coisas ensiguinificante aos nossos olhos são elas que nos derrotam.

O LOBO DISFARÇADO

LOBO:
Há como estou cansado. Que fome. Se conseguisse uma ovelha para comer.

 OVELHAS:
Bééééé...bééééé...béééééééééé. o lobo vem vindo, vamos para perto do pastor.

LOBO:
O que faço meu Deus? Assim vou morrer de fome> tenho que inventar alguma coisa para pegar uma ovelha.

OVELHAS:
Béééééé.. bééééééé...béééééé. estou sentido cheiro do lobo vamos para perto do cachorro e do pastor.

LOBO:
Já sei! Vou disfarças de pastor e agarro-as.

OVELHAS:
Bééééé. Béééé...bééééééééé...
LOBO:
Agora elas não vão me reconhecer estou igual o pastor, vou mostrar estas ovelhinhas idiotas.

OVELHAS:
Bééééé...parece que o lobo desistiu e foi embora.

LOBO:
Este casaco está idêntico com este chapéu, ficou igualzinho o pastor. Só falta guiar as idiotas até a minha toca.

PASTOR:
Há está tudo calmo, vou tirar um cochilo.

LOBO:
Há um chicote, isto vai servir, ta..tá..tá..

OVELHAS:
Béééééé...béééé...bééééé.  olobo, fujam.

LOBO:
Mecham-se preguiçosas.

PASTOR:
O lobo!!! Pega Leão pega.

LEÃO:
Au..au...au...au..au...

LOBO:
Deixa eu fugir, desta vez não consegui...

PASTOR:
Páááááááá. Suma maldito lobo se não eu lhe mato.

O MERCADOR ESPERTO E O VIZINHO AMBICIOSO.

MERCADOR:
Olá vizinho; gostaria de lhe pedir um grande favor.

VIZINHO:
O que eu posso fazer pelo senhor sendo eu tão humilde e o senhor tão poderoso.

MERCADOR:
Poderia guardar este saco de ouro para mim?

VIZINHO:
Mas é claro meu senhor com muito prazer, fique sossegado que vou cuidar muito bem do seu ouro.

MERCADOR:
Que viagem cansativa! Agora tenho que voltar. A sim estava esquecendo, vou buscar meu ouro.

VIZINHO:
Vou vender este ouro e comprar bastantes coisas.

MERCADOR:
Olá vizinho cheguei e vim buscar meu ouro.

VIZINHO:
Hiiiiiii, é agora como vou fazer?

MERCADOR:
Está falando sozinho vizinho.

VIZINHO:
Não meu senhor é que as vezes penso alto.

MERCADOR:
Está bem vizinho vim buscar meu ouro.

VIZINHO:
A sim seu ouro... Ai de mim.. Acabou. Escondi-o no celeiro com todo cuidado e um rato o devorou.

MERCADOR:
Impossível! Desde quando ratos comem ouro, em vez de queijos e cereais?

VIZINHO:
Esse rato deveria de ser de uma raça especial senhor.

MERCADOR:
Está bem já que é assim o que eu posso fazer.

MERCADOR:
Guardas vão a casa daquele vizinho que eu dei meu ouro para guardar e traga o filho dele para mim e prendam no porão, mas não deixe que seu pai veja.

VIZINHO:
Senhor!! Senhor!! Meu filho desapareceu misteriosamente. Ele é meu único filho.

MERCADOR:
Eu sei quem o raptou. Ontem a noite eu vi uma coruja agarra-lo e leva-lo voando.

VIZINHO:                                                     
Uma coruja? Impossível! Como poderia levantar um garoto? Não tem força suficiente.

MERCADOR:
Meu amigo, num pais onde os ratos roem ouro, porque duvidar?
VIZINHO:
Está bem meu senhor, entendi, espere um poço que já volto>

MERCADOR;
Acho que o vizinho entendeu mesmo.

VIZINHO:
Vamos escavar mulher e encontrar o ouro do mercador e trocar pelo nosso filho.

MULHER:
Homem desnaturado e trapaceio você foi capaz de fazer isto escondendo o ouro do mercador.

VIZINHO:
Pronto senhor está aqui seu ouro, agora devolva meu filho.

MERCADOR:
Está bem vizinho ambicioso e trapaceiro que isto sirva de lição não faça aos outros nada que não gostaria que fizessem com você.


O MOENDEIRO, O MENINO E O BURRO.

MOENDEIRO:
Já estou ficando velho e cansado, acho que vou aposentar.

MENINO:
 Pai e o burro, o que vamos fazer com ele?

 MOENDEIRO:
É filho, agora não vamos mais precisar dele para tocar o moinho, o que fazer?

MENINO:
É pai já está ficando tarde, vamos dormir amanhã veremos o que fazer com o burro.

MOENDEIRO:
Meu filho já é dia, vamos acordando, temos que partir.

MENINO:
Papai? O que vamos fazer com o burro?

MONEDEIRO:
É filho é uma pena ter que dispensar quem nos serviu tanto tempo.

MENINO:
É mesmo pai é lamentável.

MOENDEIRO:
Tive uma idéia, vamos levá-lo até a cidade e vende-lo, precisamos de dinheiro.

MENINO:
Pai! A cidade é longe e ele não vai agüentar ir andando, é perigoso ele morrer de cansaço.

MOENDEIRO:
Tive uma idéia filho.

MENINO:
Que idéia pais?

MOENDEIRO:
Vamos fazer uma cadeira e colocar o burro encima e nós dois carregamos ele.

PESSOAS;
Que absurdo! Eles é que carregam o burro e não o contrário.

MOENDEIRO:
Está bom filho para que ninguém fale você monta no burro e eu puxo ele.

PESSOAS:
Que vergonha o garoto vai montado numa boa e o velhinho de pé na frente puxando.

MOENDEIRO:
Filho desce do burro, agora quero calar a boca desse povo, quem vai montado sou eu.

 MULHERES:
Vejam! Que velho sem coração, o pobre do menino caminhando e ele bem numa boa montado.

MOENDEIRO:
Monte aqui meu filho, vamos calar esse povo.

PESSOAS:
Que covardia! Vão matar o coitado do burro.

MOENDEIRO:
Vamos descer meu filho, quem sabe assim esse pessoal nos deixe em paz.

PESSOAS:
Olhem só dois idiotas, será que alguma moda caipira de levar o burro para passear?

MOENDEIRO:
Burro sou eu que ouvi tantos conselhos e passei como egoísta explorador de burro. Agora vou fazer do meu jeito vou vender este burro por um bom preço.



AS ORELHAS DA LEBRE:

LEÃO:
Oi unicórnio, agora vou lhe comer.

UNICORNIO:
Há leão experimente, vou lhe vazar com meu chifre.

LEÃO:
Pronto Unicórnio lá vou eu, ruaaaaaa.

UNICORNIO:
A leão não lhe disse, você não é tão feroz assim, e muito valente na emboscada, agora está arrasado e ferido.

LEÃO:
A partir de hoje todos os animais que tiver chifres terá que abandonar esta floresta.

MENSAGEIROS DO LEÃO:
O rei leão decreta a partir desta data todos os animas que tiver chifres terá de abandonar a floresta, se alguém que portar chifres for encontrado será punido com a morte.

BICHARADA:
Onde se viu isso, quem ele pensa que é expulsar os outros animais.

CORUJA:
Olhe bem pessoal, sou sabia e experiente, não provoque o leão, é melhor irem embora, a floresta é grande, dá para todos viverem.


TOUROS:
As vacas e os bezerros, todos os animais que tenham chifres me acompanhem, vamos procurar um lugar para nós.


.LEÃO:
Que maravilha, meus inimigos se foram.

LEBRE:
Meu Deus! Minhas orelhas! Se os guardas do leão me vir vão pensar que são chifres.

GRILO:
Olá amiga lebre o que foi? Parece estar tão apavorada?

LEBRE:
Vou embora amigo, adeus.

GRILO:
O que isso amiga, que desespero é este?

LEBRE:
“Há amigo” é porque minhas orelhas parecem chifres, todos que me virem vão me perseguir.
GRILO:
Ficou louca comadre? Qualquer um pode ver que essa é a forma das orelhas que Deus lhe deu.

LEBRE:
Sei disso, e você também. Mas e os outros?

GRILO:
Que bobagem comadre:

LEBRE:
Não há nada que eu possa fazer, adeus amigo grilo.

GRILO:
Você é quem sabe comadre, mas acho que deve lutar pelos seus direitos, mesmo que tenham de enfrentar os poderosos.


A PELE DO URSO:

DOIS AMIGOS: José e Manoel.

JOSÉ:
Manoel! Temos de parar para descansar e comer alguma coisa estou cansado e com fome.



MANOEL:
Está bem José, lá adiante tem uma luz, vamos até lá e ver se achamos algo para comer e um lugar para dormir.

DONO DA ESTALAGEM:
Olhem meus amigos, temos comida e quartos para alugar, mas já vou logo avisando, aqui tem um urso muito feroz.

HÓSPEDES:
Não é só isso: o pelo do animal daria para fazer dois casacos de pele.

JOSÉ E MANOEL:
Uma pele preciosa então!

HOSPEDEIRO:
Tão preciosa que eu pagaria até dez barras de ouro por ela.

JOSÉ E MANOEL:
Negocio fechado, então amanhã traremos a pele do bicho.


MANOEL:
José, acorde, é hora de casar o tal urso, levante e vamos.

JOSÉ:
Manoel, o que vamos fazer com o ouro quando nós ganharmos?

URSO:
Uau . uau. Uau.

MANOEL:
José que bicho enorme! Ele vai nos comer, o que faremos?

JOSÉ:
Suba na árvore Manoel, depressa.

MANOEL:
Não consigo subir, vou fingir de morto quem sabe ele não me coma.

URSO:
Um! Está morto, não serve, vou embora.

MANOEL:
Dessa nos livramos por milagre!

JOSÉ:
Manoel, enquanto o urso cheirava você, eu tive a impressão que ele falava algo em seu ouvido?

MANOEL:
Não se enganou, não. O urso me dizia que não se deve vender nunca uma pele antes de tê-la nas mãos.

URSO:
Nunca prometam nada que não possam cumprir.


O JOVEM PENSADOR E O ESCRITOR

ESCRITOR
Vou fazer uma viagem para bem longe da metrópole para tentar conseguir me concentrar.

WELIGTOM
Pra onde está indo amigo com todas estas malas?

ESCRITOR
Oi amigão estou querendo achar um lugar bem clamo para poder me concentrar e concluir meu livro.


WELIGTOM
Isto é muito bom, mais próximo da natureza podemos nos centrar no que queremos.

ESCRITOR
É isto ai amigo até outro dia nos veremos outra vez.

WELIGTOM
Proa onde vai?

ESCRITOR
Não faço nem idéia.

WELIGTOM
Olhe, eu sei de um lugar muito legal.

ESCRITOR
Onde é esse lugar? Diga logo.

WELIGTOM
A sim, existe uma praia em um pequeno litoral maravilhosa e lá só vão pessoas para relaxar e se isolar  da metrópole.

ESCRITOR
Até amigo, vou indo.

JOVEM PENSADOR
Bom dia senhor.

ESCRITOR
Bom dia meu jovem, tudo bem?

JOVEM PENSADOR
Tudo bem, mas o senhor não parece ser desta região?


ESCRITOR
Acertou, realmente não sou daqui.

JOVEM PENSADOR
O que  trouxe o senhor de tão longe a este pacato lugar?


ESCRITOR
A meu jovem, sou um escritor, preciso de silencio para concentrar-me  e terminar meu livro.


JOVEM PENSADOR
Isto é muito bom, aqui é um paraíso.

ESCRITOR
Bom dia meu jovem, acordou cedo.


JOVEM PENSADOR
O senhor também acordou cedo.


ESCRITOR
Gosto de levantar todas as manhãs e vir a praia para meditar.


JOVEM PENSADOR
Isso é muito bom senhor, refletir na realidade que se encontram os seres humanos e a situação que se encontra nosso planeta.

ESCRITOR
Meu jovem, tem observado que todas as manhãs você fica a beira da praia pegando as estrela do mar e lançando-as de volta no mar.

JOVEM PENSADOR
É verdade senhor, tenho tentado salvar estas indefesas estrelas que são lançadas na praia e se eu não fizer isto elas podem morrerem.


ESCRITOR
Que bobagem meu jovem, milhões de estrelas do mar são lançadas nas praias nesse imenso planeta e você preocupando-se com estas miseras estrelas.

JOVEM PENSADOR
É verdade senhor, mas se cada um de nós não contribuirmos com nossa parte em ajudar e preservar nosso planeta ele vai ficar pior ainda.

ESCRITOR
Você acha que com estas poucas estrelas que você devolve no mar poderá resolver o problema da extinção das estrelas do mar.
JOVEM PENSADOR
É claro que não senhor, mas se cada  um dos seres humanos fizessem este pouquinho que eu faço com certeza salvaríamos nossas estrelas do mar.

ESCRITOR
Ainda não estou convencido disto, será que você pode explicar-me melhor.

JOVEM PENSADOR
Com muito prazer senhor.

ESCRITOR
Diga-me como posso ajudar a resolver o problema de nosso planeta, se o mar lança as estrela na praia você ainda não entendeu que isto é o ciclo natural da natureza.

JOVEM PENSADOR
Neste ponto o senhor tem razão, mas nós como seres pensantes devem ajudar a preservar a natureza, se não fizermos isso com certeza em breve também seremos extintos.

ESCRITOR
Está bem meu jovem, estou começando a entender o que está querendo dizer, mas como faremos para evitar a poluição e as queimadas que estão destruindo o planeta.

. JOVEM PENSADOR
Bem, vou tentar explicar, nós como pessoas mais bem informadas, principalmente o senhor que é um escritor pode ajudar muito nesta empreitada.

ESCRITOR
Em que sentido eu posso ajudar a preservar o nosso planeta?

JOVEM PENSADOR
Vejamos por exemplo, escrevendo um livro sobre a preservação do meio ambiente.


ESCRITOR
Gostei da idéia e vou começar agora mesmo, a partir de hoje estarei fazendo tudo o que for possível para ajudar a preservar meu planeta.


JOVEM PENSADOR
Bom senhor escritor, eu sou apenas um jovem pensador mas preciso de pessoas cultas principalmente como o senhor.


ESCRITOR
Tive uma idéia, porque não criamos uma associação e procuramos parcerias com outras pessoas interessadas no assunto.


JOVEM PENSADOR
Isto é ótimo, o senhor elabora uns panfletos  e vamos começar a distribuir as pessoas na praia.

ESCRITOR
Tive uma outra idéia.

JOVEM PENSADOR
Vamos conversar com aqueles surfistas e pedir ajuda nesta empreitada.

JOVEM PENSADOR
Bom dia senhores, gostaríamos de falar convosco.

SUFISTAS
Diga meu jovem o que quer de nós?

JOVEM PENSADOR
É simples o que queremos, este senhor que está comigo é um renomado escritor e ele veio aqui para escrever um livro e também junto tivemos uma idéia de criar uma Associação em prol da preservação da natureza, por isto viemos pedir vossa ajuda para nos ajudar a distribuir estes panfletos.


SUFISTAS
Isto é ótimo, estamos juntos com vocês nesta empreitada, podem contar conosco no que quiserem fazer para preservar nosso planeta.                            

JOVEM PENSADOR
Esta bem, a primeira coisa que queremos que nos ajudem é devolver estas estrelas do mar de volta a seus devidos lugares.

SUFISTAS
Isto é moleza vamos lá galera joguem as estrelas de volta no mar.


ESCRITOR
Meu jovem você pode ir longe com suas idéias de preservar este planeta e eu estou contigo, mas ainda lhe falta uma coisa para tudo isto se concretizar.

JOVEM PENSADOR
Mas o que ainda me falta senhor eu tenho tudo, tenho a natureza, tenho idéias e não preciso de mais nada.


ESCRITOR
Não meu jovem as idéias são fundamentais mas o conhecimento literário é muito essencial para complementar as idéias.


JOVEM PENSADOR
Mas o que eu faço para adquirir isto?
ESCRITOR
Você vai entrar em uma escola e aprender a ler e escrever e assim poderá produzir seus panfletos e também ser um ótimo escritor.

JOVEM PENSADOR
O senhor tem razão, vou hoje mesmo procurar uma escola e um dia ainda vai ler um livro que escreverei sobre a preservação do meio ambiente.

ESCRITOR
Eu acredito em você mas até lá estarei a sua disposição nesta empreitada.

JOVEM PENSADOR
Meu amigo escritor ainda vai ficar muito tempo por aqui?


ESCRITOR
Não meu jovem, hoje  mesmo estarei arrumando as malas, preciso voltar e ver como está minha família.

JOVEM PENSADOR
Então até mais e boa viajem, e não deixe de escrever.


Autor: João do Rozario Lima.


A  REVOLTA DOS ANIMAIS.

JACARÉ.
Oi dona garça, o que está fazendo escondida entre as folhas?

GARÇA.
Estou tentando proteger-me das fumaças que o homem causou através das queimadas.

JACARÉ.
Ola dona coruja, porque esfrega tanto os olhos?

CORUJA.
Você parece mesmo um idiota jacaré, não está percebendo o estrago que o homem está fazendo com as florestas não.

JACARÉ.
Do que vocês estão falando?

GARÇA.
Este jacaré é mesmo um idiota, só vive na água e não percebe nada na terra.

JACARÉ.
Isto não é verdade, posso não perceber muitas coisa na terra mas estou sentindo os danos que o homem está fazendo com as águas dos rios.
CORUJA.
É mesmo o jacaré tem  toda razão. O homem não só está destruindo a terra mas também está destruindo a água.

TARTARUGA.
O que está acontecendo pessoal, porque estão todos revoltados?

CORUJA.
 A sim dona tartaruga foi bom a senhora ter chegado antes tarde do que nunca.

TARTARUGA.
Vocês querem dizer-me porque tamanha discussão.

GARÇA.
A sim dona tartaruga, os animais estão revoltados com a ação dos homens, a cada dia que passam eles destroem mais o planeta e com isto estão acabando com nossas comidas e nossas casas.

TARTARUGA.
É verdade, ultimamente eu vivo mais dentro do casco, não posso se quer colocar a cabeça para fora, eu não agüento a fumaça causada pelas queimadas provocadas pelos homens.

JACARÉ.
Pessoal o que podemos fazer para parar o homem com estas idéias malucas de progresso?

ÁGUIA.
É verdade temos que procurar uma solução, um dia desses  estava voando no céu e der repente quase me esborracho em um avião.


CORUJA.
Mas porque aconteceu isto dona águia?

ÁGUIA.
Eu vi um coelho e fui pega-lo e o céu estava tão enfumaçado que quase não consegui ver o avião que vinha passando, por sorte desviei a tempo.

TATU.
Bom dia bicharada. O que está acontecendo que estão todos revoltados.

BICHARADA.
Você ainda não está sabendo o que está acontecendo com o planeta?

TATU.
Se vocês não me contarem o motivo é claro que não vou saber.

CORUJA.
Tem razão o tatu passa  o dia todo em seu buraco e só sai a noite e não percebe nada.
TATU.
Não é bem assim pessoal não pessoal, tem dia que quase morro sufocado dentro de minha casa, só não sai porque aqui na terra está pior que lá embaixo da terra em minha
casa.

CORUJA.
Pois é senhor tatu, o homem está destruindo o planeta por inteiro, queima as matas, mata os animais e poluem os rios e se não bastassem ainda esta poluindo os mares com os petróleos.

PINGUIM.
Oi pessoal, não estou agüentando mais, meu povo estão morrendo com o petróleo entornado nas águas domar.

CORUJA.
Amigo pingüim conta mais sobre isso.

PINGUIM.
Olhe pessoal, não estou falando só do meu povo não, tem também as baleias que também estão morrendo pelo petróleo mas agarradas nas redes dos pescadores.

GARÇA.
Mas como é isto amigo pingüim?

PINGUIM.
A ação do homem contra a natureza está alterando todo o eco-sistema.

CORUJA.
Olhe pessoal eu tenho uma idéia que pode ajudar a amedrontar o homem a não derrubar as matas.

TARTARUGA.
Olhe, se os animais invadirem os plantios dos homens quando estiverem chegando à colheita.

MACACOS.
Isto é uma ótima idéia, vou convocar toda a macacada para que quando os milharais e as bananas estiverem amadurecendo invadiremos a roças deles.

PERIQUITOS E ARRARAS.
E nós vamos invadir as lavouras de arroz e trigos.

JACARÉ.
Eu vou convocar todos os jacarés para comerem todos os peixes das redes que os homens armarem e correrem com eles.

LEÃO.
Espere pessoal, fizeram esta assembléia e não me convidaram, mas eu vou convocar todos os leões e vamos zurrar tanto que nem um homem  vai querer ficar na floresta.

CORUJA.
É pessoal o vosso esforço é esplendido, mais se não houver uma conscientização do próprio homem a aprender a preservar a natureza reconhecendo que ela é um bem natural de todos os seres vivos nossas forças  de pouco valerá.



PEÇA DE TEATRO INFANTIL.


JOSÉ – Quero apresentar-me, meu nome é José e estou acabando de chegar nesta cidade.

WAGNER– A sim sou o Wagner, é um prazer conhece-lo.

JOSÉ– O senhor reside aqui  a quantos tempos?

WAGNER-  Há seu José, faz muito tempo que cheguei aqui, estes prédios ainda não existiam.

JOSÉ – O senhor deve ser um dos fundadores desta cidade?

WAGNER– Há sim, quando cheguei aqui só havia florestas.

JOSÉ -  Senhor Wagner, sou escritor  e  acabei de chegar  na cidade, na verdade vim fazer algumas pesquisas para escrever um livro sobre esta cidade.

WAGNER – Olhe senhor, cheguei  quando não havia nem uma casa, a primeira casa que foi construída aqui foi a minha, quero dizer barraco.

JOSÉ – Isto é ótimo, então o senhor poderá responder todas as perguntas que vou fazer sobre esta cidade.

WAGNER – é claro que sim conheço todos os prefeitos e vereadores que passaram por esta cidade.

JOSÉ – Olhe seu Wagner, o que eu estou mais interessado é de saber como era aqui quando isto tudo era mata.

WAGNER -  Aqui onde o senhor está pra começar era o lugar onde os porcos do mato se banhavam.

JOSÉ – Seu Wagner por acaso não há outras pessoas como o senhor que chegaram aqui nesta época?

WAGNER – è claro que sim, logo ali adiante mora o seu Manoel.

JOSÉ – Seu Wagner o que o seu Manoel fazia na época que vocês chegaram aqui?

WAGNER – O seu Manoel comprava borracha de seringa e calço.

JOSÉ – Podemos ir até a casa dele?

WAGNER – Sim vamos lá.

JOSÉ – Bom dia seu Manoel, tudo bem?

MANEOEL -  Bom dia, eu conheço o senhor de onde?

JOSÉ -  Não seu Manoel nós não os conhecemos, é que o senhor Wagner falou – me do senhor como uns dos fundadores desta cidade.

MANOEL – A sim é verdade sou mesmo um dos fundadores desta cidade.

JOSÉ – Deixe me apresentar, meu nome é José, sou escritor e estou aqui para escrever um livro contando a história deste luga, e preciso da ajuda do senhor com algumas informações.

MANOEL – Obrigado, como o senhor já sabe chamam-me de Manoel, e estou feliz por encontrar alguém que queira falar sobre este lugar.

JOSÉ – Bem seu Manoel, o seu Wagner disse-me que o senhor era comprador de borracha de calço e de seringa, o senhor pode explicar-me o que é isto?

MANOEL – Bem deixe eu tentar explicar, os primeiros colonos desta região tinham muita dificuldade em adquirir dinheiro e eram sujeitos a tirar o lactes dos calços e da seringas para sobreviverem.

JOSÈ – Mas como era feito isto?

MANOEL – Bem esta explicação eu não posso dar ao senhor não porque eu só comprava a borracha.

WAGNER – Eu posso explicar.

JOSÉ -  Mas o senhor me disse que morava aqui quando construiu a primeira casa e ainda disse que a casa era do senhor.

WAGNER – É verdade, eu tinha um sitio e trabalhava nele para manter a família aqui na cidade porque as coisas eram muito dificies.

JOSÉ – Pois então explique para mim como faziam para tirar o lacteis da seringa e do calço.
WAGNER – A seringueira era riscada com uma ferramenta em forma de foice e  fixava uma latinha para aparar o lactes e no outro dia recolhia ajuntando em um só volume.

JOSÉ – mas falta o calço.

WAGNER – Bem a arvore do calço era derrubada e cortada a casca em volta da madeira, uns colocavam uma vasilha para aparar e outros limpava o solo deixando cair no solo e depois passava recolhendo como a seringa ajuntando em um só volume.

JOSÉ – Não havia outra forma de adquirir dinheiro de outra forma?

MANOEL – A sim fazíamos vassouras de cipós, colhíamos os frutos das castanheiras.

JOSÉ – Já ouvi falar muito de castanheiras, pude ver também na internet.

WAGNER – Na verdade hoje não existem mas castanheiras, é muito difícil ver alguma em algum sitio na zona rural, para dizer a verdade a maiorias das casas construídas aqui nesta cidade quando começou eram de castanheiras.

JOSÉ – Vocês estão cientes que existem muitas árvores em  extinção como por exemplo as castanheiras.

SEBASTIÃO – É senhor hoje sabemos, mas naquela época não tínhamos nenhuma informação sobre isto, derrubavam de qualquer jeito, não ficava nem uma árvore em pé, depois queimava tudo.

JOSÉ – Haviam algumas madeiras para construir moveis naquela época aqui neste lugar?

WAGNER – Havia muitas madeiras aqui.

JOSÉ – Quais por exemplo?

MANOEL – Cerejeira, Molgner,  Cedro, e outras madeiras usadas para construir casas que não existem mais.

JOSÉ – Mas o que fizeram com essas madeiras para acabarem tão depressa?

WAGNER – Não foram sós os moradores daqui que acabaram com as madeiras não.

JOSÉ – Mas o que aconteceu com as madeiras?

MANOEL – Algumas madeireiras exportaram todas as madeiras para a Europa.

JOSÉ – è por isto que está em falta de madeiras.

WAGNER – Não é só isto não, as madeireiras cortavam as árvores e se tivessem um pequeno oco  deixavam a árvore jogada na terra para apodrecer.

JOSÉ -  Já falamos muito das florestas e os animais?

WAGNER – Era uma maravilha, neste riacho aqui perto havia muitos peixes e hoje não conseguimos encontrar nada, a poluição das industrias matou todos.

JOSÉ – E os outros animais?

MANOEL –  Tinha dia que aparecia duas antas tomando banho ali naquele rio, bando de porcos atravessavam no meio das ruas, os mutuns andavam de bandos nas picadas na nossa frente.

WAGNER – Encontrávamos casais de veados andando na nossa frente nas picadas.

MANOEL – A sim os índios apareciam na cidade  nus e os donos das pequenas lojas que havia davam roupas para eles e eles vestiam  e quando chegavam na beira da mata jogavam fora.

JOSÉ – E o que aconteceu com esses animais?

WAGNER – muitos foram mortos por esportes, outro para venderem os couros e outros foram queimados pelo fogo.

JOSÉ – Vocês sabem que as queimadas contribuem com a poluição do ar perfurando a camada de ozônio  e o aquecimento global?

WAGNER E MANOEL – Hoje estamos sabendo mas já derrubamos muitas árvores e queimamos, se tivéssemos conhecimentos naquela época com certeza não teríamos feito o que fizemos.

JOSÉ – Foi um Prazer ter falado com vocês, agora tenho que ir até outro dia. 


Autor: João do Rozario Lima.


JOÃO E O PÉ DE FEIJÃO

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh64EVNfOFRzCVQc9rOWoDOXGGyZmM5ycOJYJLT1yid1Dny80Uq28JYe31c8qbCosGuDDlCDM94qYvfYxre58a7zLpZ_HwonB8bpmGSqD-4IggCrkzAdU1UJu982MmtHLVwHYxTzkaEXwQ/s1600/10_6321.jpgHá muitos e muitos anos existiu uma viú­va que tinha um filho chamado João.
João e a mãe eram muito pobres e, para se manterem, contavam apenas com uma vaca, cujo leite vendiam na cidade.
Um dia, porém, a vaca parou subitamen­te de dar leite, e a pobre mulher, tendo per­dido assim a fonte de seu sustento, ficou preocupada e sem saber o que fazer.
João, de sua parte, começou a procurar um emprego, com o qual pudesse ajudar a mãe. Mas os dias foram passando sem que ele arranjasse coisa alguma para fazer. As­sim, a única solução que encontraram foi vender a vaca, pois o dinheiro daria pelo me­nos para viverem por algum tempo.
João logo se ofereceu para ir vender o animal na cidade, mas a mãe, achando que ele não saberia negociar, a princípio não con­sentiu. Entretanto, porque ela própria pode­ria sair de casa naquele dia, não teve outro remédio senão concordar com a idéia. Amar­rou então uma corda no pescoço da vaca, para que João não a perdesse e, depois de dar muitos conselhos ao filho, deixou-o partir.
E lá se foi João, com destino à cidade.
Quando estava no meio do caminho, en­controu um vendedor ambulante que o cum­primentou muito simpático e perguntou-lhe aonde estava indo com a vaca.
Assim que João contou que estava indo vendê-la na cidade, o homem tirou do bolso um punhado de feijões, muito bonitos e de co­res e formatos variados, e mostrou-os ao me­nino, dizendo que eles eram encantados.
João ficou deslumbrado com a beleza dos grãos e, ao ouvir as palavras do vendedor, seus olhos brilharam de alegria. Morrendo de vontade de possuir os feijões encantados, perguntou ao homem se ele não gostaria de trocá-los pela vaca.
O vendedor concordou prontamente com a troca. E, horas depois, João chegava em casa muito satisfeito, achando que havia feito um excelente negócio.
A mãe o recebeu muito contente, mas, quando o menino lhe mostrou o que havia conseguido em troca do animal, ficou furiosa e disse:
— Como, meu filho?! Você teve coragem
de trocar a única coisa que possuíamos por
uma porcaria duns grãos de feijão?
E, quanto mais pensava na situação difí­cil em que ela e o filho estavam agora, mais nervosa ficava. Até que, num acesso de rai­va, jogou os feijões pela janela, gritando:
— Veja, seu tolo! Veja para o que ser­
vem seus grãos encantados: para jogar fora!
O pobre menino, desconsolado, ficou olhando para a mãe sem nada  conseguir dizer. E, como castigo, naquela noite foi man­dado para a cama sem jantar.
Na manhã seguinte, ao acordar, João ainda estava muito triste e não conseguia es­quecer o acontecimento do dia anterior. Es­tava deitado, tentando encontrar um jeito de remediar o que havia feito, quando notou que havia alguma coisa impedindo o sol de entrar pela janela. Levantou-se para espiar o que era e, espantado, descobriu que os grãos de feijão não só haviam brotado durante a noite, como também haviam crescido assustadora­mente, transformando-se numa planta enor­me, que subia até o céu.
Admirado e feliz, o menino correu até o quintal e, sem pensar duas vezes, começou a subir pelo pé de feijão. Subiu, subiu e subiu; atravessou muitas camadas de nuvens ma­cias como flocos de algodão e, por fim, des­cobriu que a planta terminava num estranho país, onde tudo parecia deserto.
Como queria saber onde estava, João resolveu andar para ver se encontrava alguém por ali. Mas o lugar parecia completa­mente desabitado, pois, mesmo andando ho­ras em seguida, não viu ninguém pelo cami­nho. Porém, quando já estava escurecendo e o seu estômago até doía de fome, João avis­tou um enorme castelo para onde se dirigiu. Encontrou na porta uma mulher que pareceu muito assustada em vê-lo ali.
— O que você está fazendo aqui, menino? — disse ela. — Não sabe que esse castelo per­tence ao meu marido, um gigante muito mau, devorador de carne humana?
Ao ouvir isso, João sentiu as pernas bambearem de medo. Mas, como a mulher lhe dissesse que o gigante estava fora, caçando, e também como a fome e o cansaço não o dei­xassem andar mais, pediu a ela que o abri­gasse e escondesse até o dia seguinte.
Embora fosse casada com um homem tão mau, a esposa do gigante era uma pessoa muito bondosa. Assim, ficou com muita pena do menino e levou-o para dentro do castelo, onde serviu-lhe uma mesa coberta de coisas deliciosas. João, que estava morto de fome, comeu tudo com tanto apetite e gosto que logo se esqueceu do perigo que estava correndo. De repente, porém, ouviu-se um grande barulho na porta, seguido de passos tão pe­sados que o castelo inteiro estremeceu.
— Oh, meu Deus! — disse a mulher, tre­mendo como vara verde. — É o gigante, me­nino ! Ele não pode encontrar você aqui senão vai devorar você e a mim também!
Ao vê-la tão assustada, João ficou para­lisado de medo. Mas a mulher o puxou rapi­damente pela mão, e mal teve tempo de escon­dê-lo dentro do forno, antes que o gigante en­trasse na cozinha, gritando com sua voz de trovão:
— Mulher! Mulher, estou sentindo cheiro de carne humana!
Um, dois e três,
diga-me de uma vez:
onde está esse abelhudo?
Vou comê-lo com ossos e tudo!
Mais que depressa, a mulher explicou que o cheiro de carne era dos franguinhos que ela havia matado para o jantar.
João, que estava espiando por uma frestinha do forno, ficou apavorado só de pensar no que aconteceria se o gigante o encontrasse. Mas a bondosa mulher, que sabia que o ma­rido era muito comilão, apressou-se em ser­vir a comida, antes que ele começasse a pro­curar por todos os cantos da casa até encon­trar o pobre menino.
O gigante sentou-se então à mesa e, para começar a refeição, engoliu uma dúzia de frangos assados, com ossos e tudo. Com os olhos arregalados, João assistiu à mulher tra­zendo para a mesa pratos e mais pratos, que o gigante engolia rapidamente, sem nunca ficar satisfeito.
Quando acabou finalmente sua refeição, o comilão gritou para a mulher:
   Traga-me o dinheiro!
   Está bem! — respondeu ela, saindo da cozinha.
E, logo em seguida, voltava com dois sa­cos cheios de moedas de ouro. Depois de ordenar que a mulher fosse dormir, o gigante colocou os sacos de moedas sobre a mesa e começou a contá-las, enquanto esperava o sono chegar.
Quando se cansou desse divertimento, guardou as moedas de novo nos sacos e de­pois colocou-os no chão, perto de si. Só que, por precaução, amarrou ao pé da mesa um cão de guarda, e depois recostou-se na ca­deira e pôs-se a dormir.
João, que a tudo assistia de seu escon­derijo, esperou que o gigante estivesse dor­mindo profundamente e, quando viu que ele estava roncando como um trovão, saiu de mansinho do forno para roubar o dinheiro. Entretanto, assim que pôs as mãos sobre os sacos de moedas, o cão de guarda começou a latir feito louco e o pobre menino, apavo­rado, julgou-se completamente perdido.
Acontece que o gigante tinha um sono pe­sado demais e os latidos fizeram apenas com que ele se mexesse na cadeira, sem conse­guir acordá-lo.
Mais sossegado, o menino subiu na mesa da cozinha e, depois de pegar um pedação de carne, jogou-o ao cão, que abanou o rabo e ficou em silêncio, deliciando-se com o petisco.
João pôde assim pegar o dinheiro e fugir dali. Correu sem parar até alcançar o pé de feijão, descendo habilmente até chegar ao quintal de casa.
Em seguida, chamou pela mãe e, depois de contar-lhe toda a aventura, entregou-lhe os dois sacos de moedas.
Corri o dinheiro roubado do gigante, João e a mãe passaram a levar uma vida de rei. Nada mais faltava na casa e eles não pre­cisavam mais temer a fome e a necessidade.
Mas o tempo foi passando e os sacos de moedas começaram a ficar vazios. E João pensou, então, em voltar ao castelo do gi­gante, para se apoderar de mais riquezas.
Contou sua vontade à mãe e ela, com medo de que alguma coisa pudesse acontecer-lhe, proibiu-o de ir.
— Já pensou se o gigante agarrar você? — disse ela. — E a mulher dele?   Ela certamente o reconhecerá e poderá entregá-lo ao marido!
Percebendo que a mãe não ia mesmo per­mitir, João fingiu aceitar o que ela dizia. Mas, na primeira chance que teve, saiu es­condido e subiu novamente pelo pé de feijão, desta vez muito bem disfarçado para que a mulher do gigante não o reconhecesse.
Chegou assim mais uma vez ao estranho país e, depois de caminhar até o anoitecer, avistou o castelo do gigante, na porta do qual encontrou novamente a boa mulher.
— Menino! — disse ela, sem reconhecer João. — O que você faz aqui? Não sabe que esse castelo é do meu marido, um gigante muito mau, devorador de carne humana?
João fingiu-se muito assustado, e pediu à mulher que o escondesse até o dia seguinte, dizendo que não conseguiria encontrar o ca­minho de casa no escuro.
— Ah, não! — respondeu ela. — De jeito nenhum! Da última vez que fiz isso me ar­rependi amargamente!   Já dei abrigo a um menino como você e o mal-agradecido fugiu, levando dois sacos de moedas de ouro do meu marido. Por causa disso, quase fui devorada no lugar do malandrinho! E o gigante, desde então, tem estado com um humor terrível, que eu sou obrigada a suportar!
Mas João sabia ser convincente e pediu tantas vezes que a boa mulher acabou con­cordando em escondê-lo. Assim, levou-o para dentro do castelo e deu-lhe de comer e de beber. E, novamente, mal teve tempo de es­conder João, desta vez dentro de um quarti­nho de despejo, e o gigante já chegava, com seu andar tão pesado que fazia o castelo es­tremecer. Dali a pouco, ele já estava na co­zinha, gritando com voz de trovão:
— Um, dois e três.
Cheiro de gente outra vez! Onde está esse abelhudo? Vou comê-lo com ossos e tudo!
Enquanto dizia isso, o gigante procurava por todos os cantos da casa.
João, que a tudo assistia pela fechadura da porta, ficou morrendo de medo de ser en­contrado. Mas a bondosa mulher mais uma vez convenceu o marido de que não havia ninguém na casa e, enchendo a mesa de co­mida, conseguiu distraí-lo.
Novamente o gigante comeu até se far­tar e depois disse à mulher:
— Mulher, traga-me a galinha!
Ela, como da outra vez, obedeceu às or­dens e saiu da cozinha, para voltar logo de­pois, trazendo uma galinha viva. O gigante colocou a galinha sobre a mesa e, assim que a mulher se retirou, ordenou:
— Bote!
E João viu, espantado, a galinha botar um ovo que não era nem branco e nem igual aos das galinhas comuns, e sim de ouro, ouro puro e maciço!
— Bote outro! — ordenou o gigante.
E a galinha obedeceu. Assim aconteceu sucessivamente, até que a mesa da cozinha ficou repleta de ovos de ouro, bonitos e re­luzentes.
De repente, o gigante se cansou de man­dar a galinha botar os ovos e, debruçando-se sobre a mesa, caiu, logo em seguida, num sono profundo.
Quando ouviu o gigante roncando outra vez como um trovão, João saiu em silêncio de seu esconderijo. E, como desta vez não havia nem o cão de guarda para atrapalhar, foi muito fácil agarrar a galinha e fugir cor­rendo do castelo, até chegar ao pé de feijão.
Logo que entrou em casa, João chamou a mãe e, depois de lhe contar a sua aventura, entregou-lhe a galinha dos ovos de ouro.
Daquele dia em diante, nada mais lhes faltou, pois, sempre que precisavam de algu­ma coisa, bastava ordenar à galinha que bo­tasse um ovo, e ela obedecia prontamente.
Mesmo sendo agora rico e feliz, João voltou a ter vontade de subir outra vez ao castelo do gigante. Mas, sempre que falava nisso, a mãe o repreendia tão severamente, que o menino acabava adiando a viagem, sem entretanto desistir da idéia.

Passaram-se assim três anos, no final dos quais João tomou uma decisão: ia subir de novo, custasse o que custasse, e não con­taria nada à mãe.
Assim, esperou pacientemente que che­gasse o verão, quando os dias são mais lon­gos e, depois de se disfarçar muito bem, subiu pelo pé de feijão antes que o sol nascesse, para que a mãe não o visse.
Novamente chegou ao castelo numa hora em que o gigante não estava, e mais uma vez não foi reconhecido pela mulher, que voltou a falar-lhe dos perigos que corria estando ali. Só que, desta vez, foi muito mais difícil con­vencê-la a recolher um estranho em seu cas­telo, pois o gigante, depois do último roubo, estava com um humor insuportável e cada dia se tornava mais malvado.
João, porém, sabia que a mulher era muito bondosa e continuou insistindo até que conseguiu convencê-la. Foi então acolhido, e de novo lhe foi servida uma refeição deli­ciosa.

Mas nesse dia o gigante chegou tão re­pentinamente que a mulher só teve tempo de colocar João dentro de um caldeirão, antes que o marido entrasse na cozinha gritando:
— Mulher! Sinto cheiro de carne huma­na!
Um, dois e três,
diga-me de uma vez:
onde está o abelhudo?
Vou comê-lo com ossos e tudo!
E estava tão furioso e desconfiado, que começou a procurar por todos os cantos, sem nem ouvir a esposa chamando-o para o jantar.
Procurou, procurou e procurou até que, finalmente, chegou bem perto do caldeirão onde João estava escondido. Ao ouvir aqueles passos que faziam o chão tremer e aquela voz de trovão gritando furiosamente, o pobre menino achou que estava mesmo perdido. Por sorte, entretanto, o gigante sentiu uma fome repentina e ficou com preguiça de levantar a tampa do caldeirão. Por isso, desistiu de procurar e gritou:

— Mulher!  Quero jantar!
Dentro de seu esconderijo, João suspirou aliviado. E ali ficou bem quietinho, esperan­do que o comilão fizesse sua interminável refeição.
Quando, afinal, estava satisfeito, o gi­gante gritou para a mulher:
— Traga-me a harpa de ouro!
E ela, como sempre fazia, obedeceu-lhe prontamente. O gigante esperou que ela se retirasse para dormir, depois colocou o ins­trumento sobre a mesa e ordenou:
— Toque!
No mesmo instante, a harpa de ouro co­meçou a tocar sozinha uma melodia doce e suave, que deixou João maravilhado e que embalou os sonhos do malvado gigante. As­sim, o menino esperou até que ele estivesse roncando bem alto, saiu em silêncio do cal­deirão e correu na direção do valioso instru­mento.
Acontece que a harpa era encantada e, ao sentir que mãos estranhas a tocavam, co­meçou a gritar com uma voz fininha:
—         Socorro! Socooorro!
E o gigante, ou porque não estivesse dor­mindo ainda, ou porque gostasse muito da harpa, acabou acordando. Ao ver que estava sendo roubado, levantou-se da cadeira, gri­tando, furioso:
— Ah, seu maldito! Desta vez você me paga! Quando eu o pegar, vou engoli-lo vivo, com ossos e tudo!
Disse isso e veio direto em cima do po­bre João, que, muito assustado, começou a correr até não poder mais. A harpa de ouro, por sua vez, continuava gritando, com sua vozinha fina:
— Socorro, meu senhor! Estão me rou­bando !
E João, ao ouvi-la falar, corria mais ainda, achando que o gigante o estava alcan­çando.
De repente, no entanto, João percebeu que havia já alguns minutos não ouvia mais os urros e o barulho dos passos de seu perse­guidor. Intrigado, virou-se para trás e desco­briu uma coisa que o deixou muito feliz: o gigante, embora fosse grande e forte, já esta­va velho e não conseguia correr muito.
Mesmo assim, ainda havia um longo cami­nho para chegar ao pé de feijão, e por isso o menino agarrou de novo a harpa, que não pa­rava de gritar por socorro, e continuou a correr.
Horas depois, alcançou de novo seu pé de feijão e começou a descer. Quando estava já no meio da haste da imensa planta, porém, João olhou para cima e viu que o gigante, por ser muito pesado, descia numa rapidez incrível. Assim, logo que avistou o quintal de casa, o menino começou a gritar pela mãe:
— Mamãe, mamãe! Traga-me um ma­chado, depressa!
Quando João pôs os pés no chão, a mãe já se preparava para dar os primeiros golpes na planta. Mas a viúva, ao olhar para cima e ver o tamanho do gigante, ficou paralisada de medo.
João estava muito cansado, mas conse­guiu reunir todas as suas forças e, apossando-se do machado, golpeou várias vezes o pé de feijão. Tendo sido cortada a planta, o gi­gante despencou lá do alto, caindo ao chão com um grande estrondo. Era tão pesado que | seu corpo, ao cair, fez uma cratera enorme, que demorou muitos anos para fechar.
Livre do perigo que o ameaçava, João nbraçou a mãe alegremente. E, desde aquele dia, os dois passaram a viver tranqüilos.
Tempos depois, quando se tornou um ho­mem forte e bonito, João se casou com uma princesa, com quem viveu feliz por muitos e muitos anos.
Quanto ao pé de feijão, depois de cor­tado, secou completamente e, como não havia mais sementes, nunca mais nasceu outro igual.

fonte: consciencia.org

Rapunzel

Adaptado do conto dos Irmãos Grimm 

Era uma vez um lenhador que vivia feliz com
sua esposa. Os dois estavam muito contentes porque a mulher estava
grávida do primeiro filho do casal.
Ao lado da casa do lenhador morava um bruxa muito egoísta.
Ela nunca dava nada para ninguém. O quintal de sua casa era enorme
e tinha um pomar e uma horta cheios de frutas e legumes saborosos,
mas a bruxa construiu um muro bem alto cercando seu quintal, para
ninguém ver o que tinha lá dentro!


Na casa do lenhador havia uma janela que se abria para o
lado da casa da bruxa, e sua esposa ficava horas ali olhando para
os rabanetes da horta, cheia de vontade...
Um dia a mulher ficou doente. Não conseguia comer nada que
seu marido lhe preparava. Só pensava nos rabanetes...
O lenhador ficou preocupado com a doença de sua mulher e
resolveu ir buscar os rabanetes para a esposa. Esperou anoitecer,
pulou o muro do quintal da bruxa e pegou um punhado deles.
Os rabanetes estavam tão apetitosos que a mulher quis comer
mais. O homem teve que voltar várias noites ao quintal da bruxa
pois, graças aos rabanetes, a mulher estava quase curada.
Uma noite, enquanto o lenhador colhia os rabanetes, a velha
bruxa surgiu diante dele cercada por seus corvos.
— Olhem só! — disse a velhota — Agora sabemos quem está roubando meus rabanetes!
O homem tentou se explicar, mas a bruxa já sabia de tudo e
exigiu em troca dos rabanetes a criança que ia nascer.
O pobre lenhador ficou tão apavorado que não conseguiu dizer não
para a bruxa.
Pouco tempo depois, nasceu uma linda menina. O lenhador e
sua mulher estavam muito felizes e cuidavam da criança com todo o
carinho.
Mas a bruxa veio buscar a menina. Os pais choraram e
imploraram para ficar com a criança, mas não adiantou. A malvada a
levou e lhe deu o nome de Rapunzel.
Passaram-se os anos. Rapunzel cresceu e ficou muito linda. A
bruxa penteava seus longos cabelos em duas traças, e pensava:
“Rapunzel está cada vez mais bonita! Vou prendê-la numa
torre da floresta, sem porta e com apenas uma janela, bem alta,
para que ninguém a roube de mim, e usarei suas tranças como
escada.”
E assim aconteceu. Rapunzel, presa na torre, passava os dias
trançando o cabelo e cantando com seus amigos passarinhos.
Todas as vezes que a bruxa queria visitá-la ia até a torre e
gritava:
— Rapunzel! Jogue-me suas tranças!
A menina jogava as tranças e a bruxa as usava para escalar a
torre.
Um dia passou por ali um príncipe que ouviu Rapunzel
cantarolando algumas canções. Ele ficou muito curioso para saber
de quem era aquela linda voz. Caminhou as redor da torre e
percebeu que não tinha nenhuma entrada, e que a pessoa que cantava
estava presa.
O príncipe ouviu um barulho e se escondeu, mas pôde ver a
velha bruxa gritando sob a janela:
— Rapunzel! Jogue-me suas tranças!
O príncipe, então, descobriu o segredo. Na noite seguinte
foi até a torre e imitou a voz da bruxa:
— Rapunzel! Jogue-me suas tranças!
Rapunzel obedeceu o chamado, mas assustou-se ao ver o
príncipe entrar pela janela.
— Oh! Quem é você? — perguntou Rapunzel.
O príncipe contou o que acontecera e declarou seu amor por
Rapunzel. Ela aceitou se encontrar com ele, mas pediu que os
encontros fossem às escondidas, pois a bruxa era muito ciumenta.
Os dois passaram a se ver todos os dias, até que Rapunzel,
muito distraída, disse um dia para a bruxa:
— Puxa, a senhora é bem mais pesada que o príncipe!
A bruxa descobriu os encontros da menina com o príncipe e
cortou suas tranças. Chamou seus corvos e ordenou que levassem
Rapunzel para o deserto para que ela vivesse sozinha.
O príncipe, que não sabia de nada, foi visitar Rapunzel. A
bruxa segurou as tranças da menina e as jogou para baixo. Quando
ele chegou na janela, a bruxa o recebeu com uma risada macabra e
largou as tranças. Ele despencou, caindo sobre uma roseira. Os
espinhos furaram seus olhos, e ele ficou cego.
Mesmo assim, o príncipe foi procurar sua amada Rapunzel,
tateando e gritando seu nome.
Andou por dias, até chegar ao deserto. Rapunzel ouviu o
príncipe chamar por ela e correu ao seu encontro. Quando descobriu
que o príncipe estava cego começou a chorar. Duas lágrimas caíram
dentro dos olhos do rapaz e ele voltou a enxergar!
Assim, os dois jovens foram para o palácio do príncipe, se
casaram e viveram felizes. Os pais de Rapunzel foram morar no
palácio e a bruxa egoísta ficou com tanta raiva que se trancou na
torre e nunca mais saiu de lá.

fonte: projeto contos de fadas


O Gato de Botas

(Charles Perrault)
Era uma vez um moleiro muito pobre, que tinha três filhos. Os dois mais velhos eram preguiçosos e o caçula era muito trabalhador.
Quando o moleiro morreu, só deixou como herança o moinho, um burrinho e um gato. O moinho ficou para o filho mais velho, o burrinho para o filho do meio e o gato para o caçula. Este último ficou muito descontente com a parte que lhe coube da herança, mas o gato lhe disse:
__Meu querido amo, compra-me um par de botas e um saco e, em breve, te provarei que sou de mais utilidade que um moinho ou um asno.

Assim, pois, o rapaz converteu todo o dinheiro que possuía num lindo par de botas e num saco para o seu gatinho. Este calçou as botas e, pondo o saco às costas, encaminhou-se para um sítio onde havia uma coelheira. Quando ali chegou, abriu o saco, meteu-lhe uma porção de farelo miúdo e deitou-se no chão fingindo-se morto.
Excitado pelo cheiro do farelo, o coelho saiu de seu esconderijo e dirigiu-se para o saco. O gato apanhou-o logo e levou-o ao rei, dizendo-lhe:
__Senhor, o nobre marquês de Carabás mandou que lhe entregasse este coelho. Guisado com cebolinhas será um prato delicioso.
__Coelho?! - exclamou o rei.
__ Que bom! Gosto muito de coelho, mas o meu cozinheiro não consegue nunca apanhar nenhum. Diga ao teu amo que eu lhe mando os meus mais sinceros agradecimentos.
No dia seguinte, o gatinho apanhou duas perdizes e levou-as ao rei como presente do marquês de Carabás.
Durante um tempo, o gato continuou a levar ao palácio outros presente, todos dizia ser da parte do Marquês de Carabás.
Um dia o gato convidou seu amo para tomar um banho no rio. Ao chegarem ao local o gato disse ao jovem:
__ De hoje em diante seu nome será Marquês de Carabás. Agora, por favor, tire sua roupa e entre na água.
O rapaz não estava entendendo nada, mas como confiava no gato atendeu seu pedido.
O gato havia levado rapaz no local por onde devia passar a carruagem real.
esperto gato ao ver uma carruagem se aproximando começou a gritar:
__Socorro! Socorro!
Que aconteceu? - perguntou o rei, descendo da sua carruagem.
Os ladrões roubaram a roupa do nobre marquês de Carabás! - disse o gato.
__ Meu amo está dentro da água, ficará resfriado.
O rei mandou imediatamente uns servos ao palácio; voltaram daí a pouco com um magnífico vestuário feito para o próprio rei, quando jovem.

Contos, fabulas e historinhas: O Gato de Botas
O dono do gato vestiu-se e ficou tão bonito que a princesa, assim que o viu, dele se enamorou. O rei também ficou encantado e murmurou:
__Eu era exatamente assim, nos meus tempos de moço.
O rei convidou o falso marquês para subir em sua carruagem.
__ Será que a vossa majestade nos dá a honra de visitar o palácio do Marquês de Carabás? – perguntou o gato, diante do olhar aflito do rapaz
O rei aceitou o convite e o gato saiu na frente, para arrumar uma recepção par ao rei e a princesa.
O gato estava radiante com o êxito do seu plano; e, correndo à frente da carruagem, chegou a uns campos e disse aos lavradores:
__O rei está chegando; se não lhes disserem que todos estes campos pertencem ao marquês de Carabás, o rei mandará cortar-lhes a cabeça.
De forma que, quando o rei perguntou de quem eram aquelas searas, os lavradores responderam-lhe:
__Do muito nobre marquês de Carabás.
__Que lindas propriedades tens tu!- elogiou o rei ao jovem.
O moço sorriu perturbado, e o rei murmurou ao ouvido da filha:
__Eu também era assim, nos meus tempos de moço.
Mais adiante, o gato encontrou uns camponeses ceifando trigo e lhes fez a mesma ameaça: __Se não disserem que todo este trigo pertence ao marquês de Carabás, faço picadinho de vocês.
Assim, quando chegou a carruagem real e o rei perguntou de quem era todo aquele trigo, responderam:
__Do mui nobre marquês de Carabás.
O rei ficou muito entusiasmado e disse ao moço:
__ Ó marquês! Tens muitas propriedades!
O gato continuava a correr à frente da carruagem; atravessando um espesso bosque, chegou à porta de um magnífico palácio, no qual vivia um ogro muito malvado que era o verdadeiro dono dos campos semeados. O gatinho bateu à porta e disse ao ogro que a abriu:
__Meu querido ogro, tenho ouvido por aí umas histórias a teu respeito. Dizei-me lá: é certo que te podes transformar no que quiseres?
__ Certíssimo - respondeu o ogro, e transformou-se num leão.
__ Isso não vale nada - disse o gatinho. - Qualquer um pode inchar e aparecer maior do que realmente é. Toda a arte está em se tornar menor. Poderias, por exemplo, transformar-te em rato?
__ É fácil - respondeu o ogro, e transformou-se num rato.
O gatinho deitou-lhe logo as unhas, comeu-o e desceu logo a abrir a porta, pois naquele momento chegava a carruagem real. E disse:
__ Bem vindo seja, senhor, ao palácio do marquês de Carabás.
__ Olá! - disse o rei
__ Que formoso palácio tens tu! Peço-te a fineza de ajudar a princesa a descer da carruagem.
O rapaz, timidamente, ofereceu o braço à princesa e o rei murmurou-lhe ao ouvido:
__ Eu também era assim tímido, nos meus tempos de moço.
Entretanto, o gatinho meteu-se na cozinha e mandou preparar um esplêndido almoço, pondo na mesa os melhores vinhos que havia na adega; e quando o rei, a princesa e o amo entraram na sala de jantar e se sentaram à mesa, tudo estava pronto.
Depois do magnífico almoço, o rei voltou-se para o rapaz e disse-lhe:
__ Jovem, és tão tímido como eu era nos meus tempos de moço. Mas percebo que gostas muito da princesa, assim como ela gosta de ti. Por que não a pedes em casamento?
Então, o moço pediu a mão da princesa, e o casamento foi celebrado com a maior pompa. O gato assistiu, calçando um novo par de botas com cordões encarnados e bordados a ouro e preciosos diamantes.
E daí em diante, passaram a viver muito felizes. E se o gato às vezes ainda se metia a correr atrás dos ratos, era apenas por divertimento; porque absolutamente não mais precisava de ratos para matar a fome...





Contos, fabulas e historinhas: O Gato de Botas

fonte: qdivertido