Educação Inclusiva e Prática Pedagógica – Oficina para Professores- Escola Classe 02 do Arapoanga
Esta é IV Oficina para Professores sobre Educação Inclusiva, promovida pela Sala de Recursos da Escola Classe 02 do Arapoanga, que tem por objetivo enriquecer e dar subsídios aos professores que estão na escola e aos chegaram ao atual ano letivo, compreenderem a inclusão na escola e em sua sala de aula.
O máximo de informações: conceitos sobre os alunos especiais que estão na inclusão, como conhecer o aluno nas suas necessidades, história de vida. Os vínculos necessários á uma boa interação professores/alunos, escola/alunos fundamentais no atendimento às diversidades, não somente dos alunos especiais como de todos os alunos d escola.
A adaptação Curricular é apontada como uma das ferramentas mais importantes para um trabalho pedagógico que facilitará o trabalho do professor com máximo de aproveitamento dos alunos, assim como a flexibilização dos conteúdos planejados para toda a turma e que vai alcançar o aluno com necessidades especiais.
O material adequado, como recursos didáticos adicionais, são apresentados com demonstrações práticas do seu uso dentro do planejamento de conteúdos, evitando que o aluno especial esteja isolado na sala trabalhando com um material diferenciado, acentuando suas diferenças.
Outro recurso muito importante para o aluno com necessidades educacionais especiais conta na escola é Sala de Recursos e o trabalho que é realizado por este serviço especializado é apresentado aos professores, que faz com que se perceba que a inclusão tem todos os suportes que o aluno e o professor necessitam para que haja verdadeiramente a inclusão educacional como social.
Durante toda a exposição dos temas há exposição de ideias, troca de experiências, e esclarecimento de dúvidas mais comuns.
Com a presença da Equipe Gestora, a Supervisora Pedagógica Franci Barros apresentou ao grupo de professores da Escola, as professoras da Sala de Recurso e em algumas palavras sintetizou a importância dessa Oficina norteadora do trabalho de Inclusão Social e Educacional.
As professoras Especialistas da Sala de Recursos Marilene Francisco e Maria das Dores Moreira promoveram esta Oficina e os temas foram apresentados dessa forma:
v Alunos Especiais. Quem são? Pela professora Marilene Francisco
Tema apresentado por Marilene Francisco, onde foram abordadas as questões.
Como:
1. Um olhar voltado para sua individualidade, necessidades sociais e cognitivas.
2. A importância de conhecer toda sua história de vida familiar, social, suas
3. preferências, sua bagagem de conhecimentos e relações com o meio em que vive.
4. O diagnóstico, o CID, quais necessidades específicas estão contidas neste diagnóstico e suas condições de saúde.
5. A conscientização de não existe receita pronta ou um manual de atendimento para ANEEs, até porque é inerente ao ser humano, cada um ter suas próprias peculiaridades: habilidades, competências e potencial.
6. Criar, experimentar e, sobretudo deixar que o próprio aluno sinalize por quais caminhos vai seguir seu processo de aprendizagem.
7. Acreditar que ele tem um potencial como todos os outros e planejar suas ações pedagógicas de acordo com seu potencial.
8. A importância do vínculo afetivo foi apontada pela professora Marilene como imprescindível tanto quanto aos alunos não portadores de necessidades educacionais.
9. Recursos como:
Materiais adequados para serem usados nas flexibilizações dos conteúdos programáticos da série cursada, de acordo com a adaptação curricular. Construir uma rotina diária para sala de aula (para todos e principalmente para seu aluno especial). Incluir o aluno na rotina da sala, como por exemplo, “ajudante do dia” em dupla com um colega com quem tenha afinidade... impor, como aos outros, regras e limites. Estabelecer vínculo com a família. Interagir com a Sala de Recursos, trocando informações, experiências. Estimular a autonomia e independência. Aproveitar momentos da recreação para trabalhar com toda turma, visando à estimulação dos seus alunos, jogos de psicomotricidade adequados às suas necessidades. Fazer uso de alfabeto móvel (de acordo com a necessidade para construção da escrita e avanço nas hipóteses psicogenéticas da escrita). Usar muito material concreto e imagens para que o aluno possa relacionar conteúdos e facilita sua memorização.
SUGESTÕES DE MATERIAIS PARA USO DIDÁTICO EM SALA DE AULA
“Literatura Infantil” no cantinho da leitura, para os momentos de conteúdos planejados e para os momentos de uma atividade alternativa para aluno.
Estimulação do desenvolvimento da Psicomotricidade: coordenação motora, viso-motora, raciocínio lógico matemático.
Alfabeto Móvel, Atividades lúdicas para estimulação do domínio do esquema corporal – leia neste link > Aqui sobre atividades de estimulação psicomotora (fundamental para aquisição da escrita e leitura), material dourado – conteúdos matemáticos...
O Tema: Adaptação Curricular foi apresentado pela professora Maria das Dores Moreira, que reforçou a importância de conhecer bem o aluno e de uma avaliação muito peculiar para que se possa realizar uma adaptação curricular dentro das reais necessidades do aluno, citou Luckesi quando diz:
“Defino a avaliação como um ato amoroso, no sentido de que avaliação, por si, é um ato acolhedor, integrativo, inclusivo.” (Cipriano C. Luckesi.).
Lembrou que em função de a avaliação estar presente em todas as etapas da construção do currículo adaptado para o aluno com deficiência e por estar intimamente vinculados aos conteúdos, objetivos, algumas orientações devem ser consideradas:
ü Analise a situação sociocultural de cada criança.
ü O aluno pode estar passando por outras dificuldades, que prejudicam o seu processo de aprendizagem, como por exemplo, estar sendo vítima de violência doméstica.
ü A avaliação não como prova de conteúdos, mas como resultados dos conhecimentos demonstrados formalmente e informalmente, desde a oralidade, verbalização, expressão através da arte de conhecimentos gerais e específicos curriculares(teste na psicogênese – veja neste link como adaptar um teste significativo para o aluno ANAEE – clicando > Aqui, de acordo com as suas limitações e condições de expressividade.
ü E que é muito importante, neste processo de construção da Adaptação Curricular, após uma avaliação processual não esquecer todo o resultado do que for avaliado deverá estar contemplado em seu planejamento, considerando para tal a idade, características e condições da faixa etária dos alunos.
Em resumo as Adaptações Curriculares são recursos para que o sistema educacional favoreça a todos os alunos, e dentre estes, os que apresentam necessidades educacionais especiais, que deverá fornecer respostas educativas que tanto facilitem o acesso ao currículo, à participação integral, efetiva e bem sucedida em um programa da escola regular quanto leve em consideração as peculiaridades e necessidades especiais dos alunos no processo de elaboração do planejamento escolar.
Muitas são as modalidades de adaptações curriculares:
De grande e pequeno porte nas quais se inserem:
- Adaptação de Objetivos.
- Adaptação de Conteúdos.
- Adaptações do Método de Ensino e da Organização Didática.
- Adaptação do Espaço e da Temporalidade.
- Adaptação do Processo de Avaliação.
Em seguida as professoras apresentaram os portfólios dos alunos já atendidos na Sala de Recursos para que os professores pudessem analisar as atividades desenvolvidas pela sala de recursos:
No final os professores receberam uma caixa personalizada com um kit de materiais para serem usados pelos professores com os seus alunos ANAEEs:
Cada Kit personalizado com o nome do aluno contendo:
- Palitos
- Boliche
- Candinho
- Livros – Literatura
- Jogo da Memória
- Alfabeto Móvel
- Quebra-Cabeça
- Revistas para recorte
- Bolinhas coloridas
- Massa para modelar
- Brinquedos de montagem: Lego
Veja mais:
Sugestões de Atividades para Sala de Recursos e Salas Especiais no blog: Impacto da Pedagogia Moderna – Clicando > Aqui
REFERÊNCIAS
AMARAL, L. A. Pensar a Diferença/Deficiência. Brasília:
Coordenadoria para Integração da Pessoa Portadora de
Deficiência, 1994.
BAUTISTA, R. (Org.) Necessidades Educativas Especiales. Aljibe: Málaga, Espanha, 2003
Educação Especial na Educação Básica. Secretaria de Educação
Especial MEC; SEESP, 2001.
BRASIL. Ministério da Educação. Projeto Escola Viva. Garantindo
o acesso e permanência de todos os alunos na escola alunos
com necessidades especiais. Adaptações Curriculares de Grande
Porte, cartilha 5. MEC; SEESP, 2000