"A educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo. (Nelson Mandela) "

quarta-feira, 11 de março de 2015

Atividades - Língua Portuguesa Ensino Fundamental I


Sinais de Pontuação
Conhecendo os sinais de pontuação básicos:
Ponto de Exclamação -  Indica surpresa, admiração, espanto.
Ponto Final - Indica que a frase terminou.
Ponto de Interrogação - Indica uma pergunta.
Vírgula - Indica uma pausa na leitura. Na escrita é utilizada nas datas, endereços, sequencias.
Reticências - Indica um pensamento que não foi completado, ou ainda um som prolongado.

Relacione as colunas:

Qual seu nome ? (   )                                           1 -  Ponto Final
A flor rosa é linda ! (   )                                        2 -  Vírgula
Comi, balas, doces e bombons. (   ) (   )                3 - Reticências
O gato era muito... (   )                                        4 - Ponto de Exclamação
Que lindos são seus olhos ! (   )
Onde você mora ? (   )


Trabalhando com a Ortografia
Conhecendo o emprego do ç:
ça - ce - ci - ço - çu
Como na frase abaixo:
Após aquecer todas as crianças, não podemos esquecer de alimentá-las.

Só podemos usar o ç em çaçoçu.
Não é usado o ç em ce, ci e nem no início de palavras.

carroça

Reescre as palavras, trocando o  * por ç ou c:
cal*a __________
*inema __________
ro*a __________
*enoura __________
palha*o __________
alfa*e __________
terra*o __________

Trabalhando com o Texto
Como se fosse dinheiro
Todos os dias, Gustavo levava dinheiro para a escola para comprar seu lanche.
Chegava no bar, comprava sua torrada e pagava o sr. Marcos.
Mas o sr. Marcos nunca tinha troco:
- Olha Gustavo, pode levar uma bala pois eu não tenho troco.
Um dia, Gustavo reclamou para sr. Marcos:
- Seu Marcos, eu não quero bala, quero meu troco em dinheiro.
- Ora menino, eu não tenho troco. O que eu posso fazer?
- Realmente não sei, só sei que quero meu troco em dinheiro!
- Mas bala é como se fosse dinheiro! Ora essa... 
Gustavo ainda insistiu umas duas ou três vezes.
A resposta era sempre a mesma:
- Ora, menino, bala é como se fosse dinheiro, então leve um chiclete se não gosta de bala.
Aí Gustavo resolveu dar um jeito.
No dia seguinte, apareceu com um embrulho, os colegas queriam saber o que era, Gustavo ria e respondia:
- Na hora do recreio, vocês vão ver...
E na hora do recreio todo mundo viu.
Gustavo comprou seu lanche. Na hora de pagar, abriu o embrulho. e tirou de dentro... uma galinha.
Colocou a galinha em cima do balcão.
- O que é isso menino? - perguntou o sr. Marcos.
- É para pagar a torrada. Galinha é como se fosse dinheiro, e gostaria do meu troco.
O sr. Marcos pensou por muito tempo, e resolveu dar as moedas de troco para Gustavo, e pegou a galinha para acabar com a confusão.
Gustavo disse a seus colegas:
- Todo o cidadão tem deveres, mas também possuí direitos.

Exercícios:
1. Numere os parênteses de acordo com a ordem do texto:
(   ) - Mas bala é como se fosse dinheiro! Ora essa...
(   ) Um dia, Gustavo reclamou para sr. Marcos:
(   ) O sr. Marcos pensou por muito tempo, e resolveu dar as moedas de troco para Gustavo, e pegou a galinha para acavar com a confusão.
(   ) Gustavo Levava dinheiro para a escola para comprar seu lanche.
(   ) Mas, o sr. Marcos nunca tinha troco:
(   ) A resposta era sempre a mesma.

2. Una as frases, indicando o que fez cada personagem:
                    1. Gustavo
Quem?         2. Sr. Marcos
                    3.  Os colegas

                     1. queriam saber o que havia no embrulho.
Fez o quê?    2. nunca tinha troco.
                     3. comprou seu lanche.
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Interpretação de texto

Leia o texto: Retrato de pato
Responda:
1. Quem escreveu a poesia?
2. Que nome ele deu à poesia?
3. Quando o pato foi tirar retrato?
4. Quem tirou o retrato do pato?
5. O passarinho saiu realmente. Como era ele?
6. Escreva o que o passarinho disse quando pousou no bico do pato.
7. " A discussão não parava
     E cada qual mais gritava".
a) Quem discutiu?
b) Porque houve essa discussão?

Soletrando

A soletração em si não traz muitos benefícios ao aluno, já que os dicionários estão no mercado para serem usados e os corretores ortográficos do computador facilitam todo processo. Além disso, essas práticas com os alunos visam, em sua maioria, a soletração de palavras difíceis, pouco usuais. 

O lugar da produção de texto e leitura é tomado pelo do exercício de soletrar. É importante para o aluno saber e se familiarizar com os termos mais usados no seu dia-a-dia ou nos momentos em que escreve uma carta para um amigo, um bilhete para a mãe. Isso sim é fundamental para a criança: estar acostumado com as palavras que mais utiliza em seu cotidiano. 

E a importância de se saber utilizar o dicionário? Os aprendizes crescem sem saber utilizá-lo, tanto o da própria língua quanto o de qualquer outra. Não ampliam o vocabulário, pois não sabem procurar os termos, chegam a letra “a”, mas não sabem procurar por “achei”, por exemplo. 

As regras gerais da ortografia devem ser compreendidas e memorizadas, pois alcançam um número considerável de palavras, ao contrário da soletração, que elege uma palavra aleatoriamente. Após várias tentativas de se decorar tantos vocábulos, a criança corre um grande risco de não memorizar todas as grafias, e mais, depois de um certo tempo sem treinar, a própria memória desconsiderada aquele “aprendizado”. Através desse pensamento, chegamos a conclusão que o ato de soletrar é superficial em vista do aprendizado das normas ortográficas. 

O exercício de soletrar as palavras vem de um universo gramatical absolutamente adverso: o dos Estados Unidos. Para a educação anglo-saxônica ensinar o pequeno a soletrar é muito importante, uma vez que a grafia e a pronúncia do inglês são diferentes. Portanto, é necessário saber se o estudante está de fato aprendendo a distinguir a forma de escrever da forma de falar. 

Com a brincadeira “inocente” da soletração, a escola está perdendo seu verdadeiro papel: o de ensinar, auxiliar, ajudar os alunos a consolidarem a ortografia regular e a utilizar o dicionário, sempre que necessário. 

As competições que exigem do aluno saber soletrar corretamente devem dar lugar às práticas voltadas a aprendizagem e ampliação do vocabulário através da leitura e escrita.

Como despertar interesse na criança pela leitura?





                                                              O cantinho da leitura desperta o interesse no aluno em ler.






O “cantinho da leitura” é um assunto que muitos professores da educação infantil já ouviram falar ou adotaram em sala de aula. 

Como o próprio nome já diz, o cantinho da leitura é um lugar reservado à leitura de contos, de gibis, de revistas, além de livros de pintura, de desenho, dentre outros. 

É importante que o professor convide os alunos a participar do cantinho pelo menos três vezes por semana, a fim de criar um hábito de interesse na criança. Além disso, é fundamental que o educador forme esse ambiente com a ajuda dos seus alunos, para que desde o início haja uma interação com o local e também entre professor-aluno e aluno-aluno. 

Se houver espaço e meios, o professor pode colocar almofadas no local ou puffs. Dessa forma, os alunos se sentirão mais a vontade, o que produzirá um desbloqueio à leitura. O cantinho da leitura será encarado como um momento para relaxar, e os alunos estarão aprendendo sem que percebam. 

O cantinho da leitura é importante desde o maternal, porque mesmo que a criança ainda não saiba ler, o aspecto visual chamará sua atenção e produzirá uma leitura óptica, ainda mais se for de um livro que o professor já tenha lido em sala. O consciente do aluno trará a história à sua memória e ele poderá contá-la através das imagens. 

No final do momento destinado à leitura, o educador pode convidar dois ou três alunos para contar a história que leu. 

Essa atividade produzirá hábito de leitura, interação entre os alunos, aprendizado coletivo, respeito (silêncio quando o colega estiver lendo ou contando a história), noção de tempo (há tempo para brincadeiras, há tempo para relaxar, para ler, para conversar, etc.).

Por que o educador deve utilizar a música como recurso pedagógico?









Ao trabalhar a música em sala de aula o professor, além de promover a interação do aluno, cumpre um princípio estabelecido pelos PCN (Parâmetros Curriculares Nacionais). 

De acordo com os PCN, a música “é a linguagem que traduz em formas sonoras capazes de expressar e comunicar sensações, sentimentos e pensamentos, por meio da organização e relacionamento expressivo entre o som e o silêncio. (...) A integração entre os aspectos sensíveis, afetivos, estéticos e cognitivos, assim como a promoção de interação e comunicação social, conferem caráter significativo à linguagem musical.” (...) 

A música desperta a sensibilidade, aproxima os alunos e faz com que a aula fique mais prazerosa. É importante que o educador procure melodias que a turma irá se identificar para que os estudantes não fiquem apáticos. 

Contudo, expor uma música em sala sem uma didática pré-estabelecida, sem fundamento pedagógico não é interessante. A aula ficará vaga e não vai haver um retorno de aprendizagem mais avançado, que vai além da percepção e da imaginação. 

A música é um recurso pedagógico complementar ao que é ensinado e não o único meio de aprendizagem. Para que a musicalidade seja inserida no plano de aula do professor, deve haver uma interação entre conteúdo programático e universo musical. 

Primeiramente, é necessário que o professor veja o objetivo pedagógico ao inserir a música em sala de aula: é para promover a aprendizagem em algum aspecto físico, motor ou psicológico do aluno em relação à sua formação escolar?

Não há dúvidas de que o fenômeno musical deve ser presente em sala de aula. Vejamos o porquê: a música reflete o exterior do aluno, é a junção entre sua interpretação individual a respeito de algo universal. Através da música, o estudante reflete, exterioriza o que sente e facilita a sua própria aprendizagem. 

Se o educador propuser uma discussão sobre a música, verá o quanto seus alunos se sentirão melhor ao expor o que pensaram e sentiram, e mesmo aquele colega tímido, poderá se sentir mais a vontade em sala ao saber que o problema dele é o mesmo que seu colega também passa. 

A música é uma oportunidade de resgatar a harmonia dentro das salas nas relações aluno-aluno e professor-aluno, já que promove a completa interação e identificação humana através da exteriorização dos pensamentos.

Ditado e produção de texto





                                   A produção de texto com palavras do ditado – aprendendo coerência e coesão




O ditado é uma atividade muito freqüente em sala de aula. É importante para checar o vocabulário dos pupilos e, claro, a ortografia. 

Mas que tal aliar o ditado à produção de texto? 

O professor faz um ditado de seis palavras de grupos semânticos iguais e diferentes, por exemplo: cachorro, vizinho, pai, assustou, cadeira, sorriu. 

Imediatamente após o ditado, o professor irá corrigi-lo coletivamente. O próprio aluno irá fazer a auto-correção, de acordo com a do quadro. A auto-correção é muito interessante, pois a criança começa a ter percepção do erro cometido e, como a correção é feita logo após o ditado, o estudante consegue entender até mesmo o motivo que o levou ao erro: falta de atenção, pressa ao escrever, problemas na grafia. 

Em seguida, o professor irá propor a elaboração de um texto narrativo. Contudo, ao longo da narração, o estudante deverá incluir as palavras do ditado. 

Essa tarefa deverá ser feita em sala, para que o aluno não desvie a atenção para outros afazeres. A criatividade estará mais aguçada, já que enquanto escrevia as palavras ditadas, as imagens correspondentes aos vocábulos vinham à mente do aluno. 

O professor ultrapassará a expectativa pedagógica do ditado, quando o aliar à produção textual. Não serão apenas termos, mas desde já a criança estará trabalhando a coerência e a coesão mesmo que não perceba, pois deverá inserir as palavras do ditado de maneira que tenha sentido lógico para quem lê, além de clareza. 

Essa atividade auxilia na coordenação motora, na noção de tempo, na grafia, na percepção ortográfica, na introdução à coesão e coerência, no estímulo à criatividade e na interação professor-aluno. O ditado passará de uma tarefa complicada e difícil para uma atividade prazerosa em que o aluno se sentirá seguro da própria escrita e livre para a produção textual.

Descubra qual é a palavra!







                                           ”Descubra qual é a palavra” – uma forma suave de ampliar o vocabulário dos alunos! 


A atividade “Descubra qual é a palavra” tem os objetivos de promover o acréscimo de vocabulário para o aluno, estimular a associação da palavra ao seu significado, além de despertar no pupilo a importância de se consultar o dicionário, a fim de obter o(s) sentido(s) das palavras. 

O professor dever produzir em casa uma variedade de cartões com letras diversas do alfabeto. É necessário que a quantidade de vogais seja maior do que o número de consoantes, já que geralmente as palavras possuem diferentes consoantes, mas vogais repetidas. 

O educador poderá ou não dividir a turma em duplas para realização desta atividade. Caso opte pela divisão, deverá solicitar que um aluno ajude o outro para que a tarefa não recaia somente sobre um. 

É interessante que o professor reveja, anteriormente, os assuntos abordados nas aulas de Geografia, História ou de Ciências. 

Por exemplo, se os estudantes estiverem aprendendo sobre o clima, então o tutor deverá escrever palavras com seus significados relativos ao tema escolhido (clima) em pedaços de papel, os quais deverão ser depositados em um saco ou sacola, para que sejam sorteados. 

Em sala de aula, após entregar os cartões com as letras para cada aluno ou dupla, o professor fará sorteios dos termos que estão dentro da sacola plástica. Contudo, o educador deve falar somente o significado da palavra. O aluno terá como objetivo descobrir qual é o vocábulo apropriado para a definição exposta pelo tutor. 

Por exemplo: o professor sorteia a palavra “chuva”, então, fala para a turma a definição (a do dicionário): precipitação atmosférica formada de gotas de água. 

Será vencedor quem formar primeiro a palavra “chuva” e vencerá a atividade o aluno ou a dupla que montou a maior quantidade de vocábulos corretos de acordo com a definição. 

Esta atividade, além de despertar o interesse do aluno pelo dicionário, irá promover a melhora da escrita de palavras mais corriqueiras nas matérias de Geografia, História ou Ciências.


Equipe Brasil Escola

A Língua Portuguesa e os anos iniciais


                                                                            Criança descobrindo a língua – anos iniciais 

Desde o início da vida o bebê começa a se interagir com a sua língua, pois mesmo que ainda não fale, está de ouvidos atentos à mãe, ao pai, aos familiares, à televisão, à música. De modo quase que instintivo começa a querer falar, a provar e descobrir um mundo de conhecimento ao seu redor, pois é tudo novo. Todos os que estão a sua volta têm uma capacidade incrível de liberar um som, às vezes alto, baixo ou sussurrado. Quando vai descansar a criança observa o som que acalma, a cantiga de ninar...
Então, percebe que para cada momento existe um som e começa a querer imitá-los. Chora e balbucia quando está com fome, ri e libera alguns sons de possíveis letrinhas quando gosta de alguma coisa, grita quando algo dá errado. Os adultos começam a ensinar as primeiras palavras: mamãe, papai, vovó. E assim a criança vai se formando como falante nativo de sua língua e com o passar do tempo, já sabe liberar o som exato para cada momento. O falante nativo segue o mesmo princípio da fixação da língua portuguesa como nativa no Brasil, ou seja, a qual se deu primeiramente com a fala, originada do latim vulgar.
No último ano do ensino infantil e, principalmente, no 1º ano da primeira fase, a criança começa a ter contato com as letras, com o alfabeto, com a primeira letrinha do nome, e se encanta por este universo de novas possibilidades. A associação da letra com o som começa nessa fase da alfabetização. A criança começa a imitar a letra da professora, de livrinhos, a se esforçar para que saia igual à letra do quadro ou da tarefinha. Mais tarde a criança começa a entender que pode fazer o seu número “2”, o número só dela, que ela criou, ou escrever seu nome do jeito que gosta com o “l” maior do que a linha. É importante que a criança seja monitorada, mas sem muita cobrança, já que a fase da educação infantil é a fase de desenvolvimento da criatividade, do potencial artístico. No entanto, com o passar de alguns meses, a criança vai perceber que as letrinhas acompanham as linhas do caderno, para ficarem iguais, mais harmônicas. Alguns adéquam ao caderno de caligrafia, outros vão moldando a letra do próprio modo. As primeiras sílabas são escritas com muito esforço através do “ditado” da professora. Ao final do ano, a criança já sabe que “macaco” é a junção das sílabas ma, ca, co, porque aprendeu as “famílias” de cada uma: a família do “ba” de bolo, do “ca” de cama, e assim por diante.
 Nos anos seguintes, já iniciada a leitura, o aluno desenvolve ainda mais sua escrita e a velocidade motora ao escrever. Tem facilidades com memória visual e aprendizagem a partir do lúdico, ou seja, jogos pedagógicos que podem ser feitos em sala de aula ou em casa. Os professores devem incentivar os jogos e também os pais: jogo da memória, jogo de tabuleiro, de montar, quebra-cabeça, etc. E mais do que incentivar, os pais e professores devem interagir com a criança.
Sabemos que nos dias de hoje, os pais não tem tanto tempo disponível, mas é muito importante estar em contato com a criança nesta fase, mesmo que seja aos finais de semana. Pode ser até mesmo para um jogo de amarelinha, já que o convívio social entre os “coleguinhas” e familiares é também primordial nessa fase. O bom convívio com os demais oferece à criança maior percepção do mundo ao seu redor e de si mesma, o que resulta em segurança e auto-estima, e melhor entendimento e respeito aos demais.

É importante que pais e professores monitorem as crianças, mas como auxiliadores, facilitadores da aprendizagem. A criança tem que fazer sua tarefinha, e se for preciso, apagar, fazer de novo, até quando achar que está de acordo com o que ela é, afinal, o que é a aprendizagem da língua, senão a expressão de si mesmo em um papel.

Como orientar os alunos com dificuldades na leitura


                                                                   As diversas dificuldades na prática da leitura.


A dificuldade em realizar a leitura é tida como um dos maiores obstáculos enfrentados pelos alunos. Preocupados com essa questão, vários educadores estão em busca de o melhor caminho a seguir, contribuindo para um melhor desenvolvimento da leitura.

Segundo pesquisas, as escolas estaduais apresentam maior índice em relação à dificuldade com a leitura, porém, vale ressaltar que acontece em todas as instituições de ensino independente do segmento (público ou particular).

É de suma importância para lidar com esta situação, enquanto educadores, ter a consciência de que as dificuldades apresentadas na leitura estão intensamente ligadas ao desenvolvimento das habilidades na escrita provenientes de alterações ou erros de sintaxe, estruturação, organização de parágrafos, pontuação, bem como todos os elementos necessários para a composição do texto.

Partindo desse pressuposto, segue algumas sugestões de estratégias a serem aplicadas de forma que venha facilitar o desempenho no processo de leitura que os alunos apresentam em sala de aula:

• Procure fazer um momento de divisão para leitura, sendo que durante a aula metade do tempo seja dedicado à leitura prazerosa, onde cada um lê o que é de seu interesse, e a outra parte seja voltada para a prática da leitura voltada para o desenvolvimento de conteúdos;

• A escola pode promover campanhas de incentivo à leitura, estimulando os alunos a lerem. Por exemplo: gibis como forma de leitura e entretenimento;


• Trabalhar na análise e decomposição de frases escolhendo palavras segmentando-as em sílabas e fonemas, intervindo na memória, passando de memorização à memória de longo prazo. Vale ressaltar que não deve ser realizada de forma mecânica ou descontextualizada, por exemplo, f e v são vagos quando isolados, mas quando proposto em palavras (faca ou vaca) já permitem um maior entendimento, o que facilita a aprendizagem;
Segundo Duke e Pearson (2002) existem seis tipos de estratégias de leitura consideradas relevantes, baseadas em pesquisas tidas como auxiliares no processo de leitura. São as seguintes:

• Predição: trata-se de antecipar, prever fatos ou conteúdos do texto, utilizando o conhecimento existente para facilitar a compreensão.

• Pensar em voz alta: o leitor verbaliza seu pensamento enquanto lê.

• Estrutura do texto: analisar a estrutura do texto, auxiliando os alunos a aprenderem a usar as características dos textos, como cenário, problema, meta, ação, resultados, resolução e tema, como um procedimento auxiliar para compreensão e recordação do conteúdo lido.

• Representação visual do texto: auxilia leitores a entenderem, organizarem e lembrarem algumas das muitas palavras lidas quando formam uma imagem mental do conteúdo.

• Resumo: tal atividade facilita a compreensão global do texto, pois implica na seleção e destaque das informações mais relevantes contidas no texto.

• Questionamento: auxilia no entendimento do conteúdo da leitura, uma vez que permite ao leitor refletir sobre o mesmo. Pesquisas indicam também que a compreensão global da leitura é melhor quando alunos aprendem a elaborar questões sobre o texto. 

Vale ressaltar que, tanto no desenvolvimento da leitura quanto da escrita, pais e professores são mediadores indispensáveis no processo de aprendizagem, prevenindo e intermediando através da correção quando necessária e com cautela.

Equipe Brasil Escola