PEÇA TEATRAL SOBRE MEIO AMBIENTE / A MISSÃO DE ALICE.
A Missão de Alice
Argumento: Berenice Gehlen Adams
Roteiro: Berenice Gehlen Adams e Marina Strachman
Argumento: Alice é uma estudante das séries iniciais que tem uma tarefa escolar envolvendo pesquisa sobre o meio ambiente. Enquanto pesquisa, ela adormece e sonha com uma situação em que Ambiente, Ecologia, Preservação, Reciclagem, Lixo, Consumismo, Poluição se reúnem para discutirem situações emergenciais sobre os problemas do Ambiente. Na história, os conceitos ganham vida. Alice assiste a história, adormecida no canto da sala onde estava estudando. Muito é discutido por estes conceitos-personagens, e, ao final, Alice entra na discussão, quando sonho e realidade se mesclam, e a menina, então, recebe a missão de ajudar o Sr. Ambiente e todos os personagens, amparada pelos tri-gêmeos Respeito, Tolerância e Amor.
Roteiro:
Personagens
Alice: Menina que vive sonhando de olhos abertos. Muito interessada e estudiosa. Tem MUITA imaginação!
Ambiente: Um velhinho muito cansado, doente, às vezes tem que gritar tanto para que alguém o escute que acaba por ficar afônico. Parece que não se interessam mais pelo que este senhor tem para contar e ensinar sobre os elementos que favorecem a vida na terra.
Ecologia: É uma senhora bonita, cheia de altos e baixos, por vezes, está muito feliz, cheia de vida, risonha e alegre, contando sobre toda a sua história, mas de repente, seu humor muda e fica extremamente depressiva, pronta para “morrer a qualquer instante”. Alguns dizem que ela fala muito sobre as condições que favorecem a vida e suas ligações entre os seres da natureza, mas quando depressiva, fala da morte de todos, até da morte do planeta!
Preservação: É a melhor amiga da Ecologia e do Ambiente e defende seus ideais com unhas e dentes. Um de seus maiores ideais é defender todos os elementos do ambiente, quando prejudicados.
Reciclagem: Uma jovem artista, cheia de idéias. Vive remexendo no lixo de tudo e de todos, de onde tira a matéria prima para seus trabalhos, grandes obras! Ela reaproveita quase tudo e não entende porque que essas pessoas vivem dizendo que o lixo é nojento!
Consumismo: Tem um império em fábricas, lojas, carros, iates, jato particular, e quer sempre mais, mais, mais...
Poluição: Braço direito do Sr. Consumismo, aonde um está, o outro está também; o que um tem o outro tem também; não tem a mínima personalidade e seu maior divertimento é fazer o trabalho sujo do patrão.
Lixo: Um garoto triste, abandonado, não tem amigos, nem se quer um cachorro, quando consegue uma coisa mais interessante, vem logo alguém e tira dele.
Respeito,Tolerância, Amor: São trigêmeos, sábios, alegres, otimistas e muito pacientes.Procuram sempre compreender a realidade que os cerca.
A cena passa-se na casa da menina Alice.
Sala pequena com mesa e cadeiras no lado direito, uma porta; tapete, estante com livros e outros objetos caseiros no lado esquerdo.
- Cena I -
(Alice)
Alice (Entra cantando, com seu material escolar. Senta no tapete da sala, pega a mochila, abre o caderno e procura a tarefa de casa para fazer.) – Mãe, tenho que fazer um trabalho para a escola, Você me ajuda?
(Uma voz feminina responde) – Claro minha filha, o que é?
Alice - É uma pesquisa sobre o Meio Ambiente. Devo procurar informações e notícias sobre desmatamento, poluição... Não sei por onde começar...
(A mesma voz feminina) Filhinha, no jornal da cidade tem uma coluna semanal sobre o Meio Ambiente, procure lá. Olha Alice, vai procurando o que você precisa, pois agora a Mamãe tem que trabalhar, mas quando eu voltar, eu te ajudo com o que você tiver encontrado, está bem?
Alice (Sai de cena e volta com muitos jornais e vai folheando-os, até que adormece – entra Ecologia e senta-se na cadeira da sala.).
- Cena II -
(Ecologia, o Carteiro, Preservação, Reciclagem)
Ecologia (Está sentada, lendo, quando o carteiro bate a porta e ela o atende.) – Oba, oba o carteiro, (cantando) Lálálá, aposto que é uma carta para mim, lálálá. Olá, Senhor Carteiro, é uma carta para mim, não é?
O Carteiro (Entrega a carta, sorrindo.) – Não senhorita, é um telegrama! Vejo que está feliz hoje...que bom, te ver assim!
Ecologia (Abre a carta apressadamente e a lê.) - “Reunião urgente no dia 5 de junho, na casa da Dona Ecologia. Assinado: Senhor Ambiente”. (Ela fica deprimida, começa a pensar alto e a andar de um lado para o outro, coçar a cabeça, roer unhas.) - Deve ser uma desgraça Ambiental, Chernobyl de novo!ou, pode ser como daquela vez que aqueles malucos provocaram aquele enorme vazamento de petróleo, ou será terremoto, podem ser todos ao mesmo tempo! (Neste momento chegam a Preservação e a Reciclagem, ambas com um telegrama na mão.).
Preservação (Muito brava, ela já chega aos gritos) – Estou vendo que você recebeu está convocação também, não é Ecologia! Eu aposto que tem alguém querendo sabotar o meu trabalho, tem sempre alguém querendo sabotar o meu trabalho, é por isso que eu estou sempre uma pilha de nervos... (Anda de um lado para o outro, ansiosa.).
Reciclagem – Que nada! Ele deve estar com idéias para uma festa, ou será um novo projeto de reciclagem, ou reflorestamento...(então as 3 ficam pensando alto e andando de lá para cá. O carteiro saí de fininho, balançando a cabeça).
- Cena III–
(Alice)
Entra em cena um personagem vestido de pássaro, enquanto Alice dorme no canto e as três ficam de, de repende, estáticas, como se o tempo parasse. Este personagem relata para a platéia que Alice costuma falar enquanto dorme, e sai fazendo malabarismos...
Alice (Alice se mexe muito) - Não professora, não fiz o seu trabalho. A senhora não percebe que estou dormindo!... “ZZZZZ”... Como que eu posso ler este jornal dormindo!... “ZZZZZ”... Meio Ambiente... As florestas...estão sumindo... Cortes de madeira... exploração mineral... os índios, o que será deles... “ZZZZ”... várias espécies de animais e de plantas em extinção...Isso é tão triste...temos que fazer alguma coisa... “ZZZZ” (e continua dormindo).
- Cena IV–
(Ecologia, Ambiente, Preservação, Reciclagem, Lixo, Consumismo, Poluição)
Ecologia ( andando de um lado p/ o outro e falando sozinha) –Aí meu Deus, estou tão nervosa... ( roendo as unhas). Pensando bem...porque eu estou nervosa, não há motivo para isso, claro que não há! Aposto que o Senhor Ambiente deve estar preparando uma daquelas belas surpresas, só pode ser, (e começa a cantarolar e dançar). Está quase na hora. Daqui a pouco todos estarão aqui (e já começa a roer unhas de novo).
(Batem à porta e Ecologia vai atender.). – Olá, Sr. Ambiente! Entre! Estava esperando pelo senhor. Como vai? Estou preocupada com esta convocação!
Ambiente (Velhinho, meio curvado, chega ofegante e senta-se)- Puf, puf, puf... Dona Ecologia...eu estou tão cansado... a senhora pode providenciar para mim um copo d’ água?(tosse, tosse muito!)
Então Ecologia saí de cena apressada e lá de trás diz: já estou levando! Ela volta a cena com um copo cheio de um líquido “amarelado” e entrega este copo ao Ambiente
Ambiente - (estendendo a mão p/ receber o copo e olhando p/ aquele copo com aquele líquido “amarelado” e ainda cansado, mas INDIGNADO) - Mas, puf... puf..Ecologia o que é isto que a Sra. está me dando para beber?!?!?! Está é a água que teremos que beber daqui pra frente e cai em prantos...
Ecologia – (agora muito nervosa) – O Sr. me pediu! Eu trouxe... é, é...(tentando falar e não conseguindo e chora...)
Ambiente (dramaticamente) – Vocês estão querendo me matar!!!! Matem-me de uma vez...puff...puff, TOSSE, TOSSE... eu realmente não sei porque eu marquei esta reunião...eu vou morrer mesmo, VOCÊS QUEREM ME MATAR!!!!!
(E com este berro, entram correndo e assustados)
Preservação, Reciclagem, Lixo (perguntam ao mesmo tempo)-- O que está acontecendo???? Quem vai matar quem????
Ambiente – Vocês todos querem me matar...vocês só querem saber de dinheiro... O velho e bom Ambiente, não serve mais para NADA!!!! Antes eu só ouvia: Olha só que Ambiente bonito, olha querido que vista linda, olha amor que brisa gostosa, ouça só, o balançar das árvores, sinta o cheiro da terra, do mato... Agora NÃO!!! O que eu ouço agora é: Não quero saber de árvore perto de mim, árvore só faz sujeira! Queima tudo, bota está mata a baixo, vende esta madeira velha, vamos plantar soja transgênica, vamos ganhar dinheiro, com a madeira e mais ainda com a soja. Não quero saber se tem índio lá! Bota todo mundo para fora e os animais, a gente vende no mercado negro!...puff, puff, puff, TOSSE, TOSSE e caí sentado em uma poltrona chorando.
Reciclagem – Alguém pode me dizer o que é que está acontecendo? Porque tanta gritaria, o que há de novo?
Ecologia (chorosa) – Ele (apontando para o Ambiente) chegou muito cansado e ofegante, sniff, me pediu um copo d’água, eu trouxe um pouco de suco de maracujá, que acabei de fazer...sniff, e ele nem me deu tempo de dizer que era suco de maracujá, sniff, e começou a gritar. Eu que colhi este maracujá hoje pela manhã...e chora...
Preservação e Lixo correm em direção de Ambiente para acalmá-lo e Reciclagem afaga Ecologia, todos tentando acalmar a todos e falando ao mesmo tempo, até que:
Reciclagem – (Falando alto, muito séria) CHEGA! Mas que absurdo! Tudo isso por causa de um suco... Senhor Ambiente, que vergonha! tanta gente trabalhando para ajudar o senhor...Sabemos que temos muitos problemas, mas em vez de olhar sempre para o lado ruim das coisas, CUSTA o senhor ser um pouco mais otimista, ou até realista? Com esse pessimismo, não vai adiantar o esforço que estamos tendo!, o senhor vai morrer antes do tempo...É até capaz de ser enterrado vivo!!!!!
Entra em cena o personagem vestido de pássaro, brincando com a platéia. Enquanto isso todos entram em cena, se acomodam e se acalmam....(Todos tem um copo de suco nas mãos)
Reciclagem – Muito bem agora que todos estão mais calmos... Vamos ver o que podemos fazer...Da minha parte, posso dizer que está tudo muito bem, eu e o Lixo temos presenciados verdadeiros milagres! A reciclagem está em franco crescimento, é claro que temos problemas... o Consumismo anda exagerando e abusando da Poluição. Tenho tido muito trabalho em reciclar o lixo, primeiro porque poucas pessoas o separam e segundo porque a quantidade de lixo está cada vez maior e não dou conta de reciclar tudo. Mas NUNCA se reciclou tanto e as escolas e indústrias estão se conscientizando! Isso é motivo para comemorarmos, não para chorarmos!
Ambiente (muito cansado) – Mas acontece, que convoquei o Consumismo e a Poluição para virem também, marquei com eles daqui à meia hora para que eu pudesse falar primeiro com vocês. Dentre todos os problemas que estão acontecendo, o pior deles é o Consumismo que tem gerado muita Poluição. Teremos que encontrar uma maneira de contê-los, antes que seja tarde! Eu não quero saber de boa vontade, quero saber de solução.
Lixo ( muito triste!) – Eu, quando sou lixo tóxico, não posso ser reaproveitado. Andei de lá para cá, até que encontrei a Reciclagem que vem cuidando de mim para que eu não fique contaminando outros espaços e possa ser mais bem tratado, ter amigos.... Mas aqui, ouvindo o Ambiente, sniff, ele está com a razão...não tem jeito mesmo...não tem jeito...
Preservação – Amigos, o que há com vocês... Sim temos problemas, temos o Consumismo, a Poluição, mas lutar contra estas coisas a gente consegue, mas não seremos capazes de fazer nada de útil se não lutarmos contra o MAIOR dos MAUS, o pessimismo! Acordem, muito está sendo feito...A vida é curta, temos que reagir!
Ambiente – Vocês tem razão, é que hoje não estou bem...me desculpem... O que deve ser feito me parece que muitos já sabem... Reduzir o Consumo, Reciclar, economizar água, reflorestar... E temos que fingir não ouvir, quando nos chamarem de “eco-chatos”!
Ecologia – Bem , pelo que o Sr. disse, o Consumismo e a Poluição daqui a pouco estarão aqui, não é?
Ambiente – Sim eles devem estar chegando...
Preservação – Muitas leis ambientais estão sendo votadas e são muito boas, acho que serão capazes de frear o Consumismo. Temos algum tempo para trabalhar ainda, talvez até mais do que possamos imaginar... Podem contar comigo!!!
Reciclagem – Mas é claro...Podemos começar por conscientizar as pessoas a consumirem menos, a separarem seus lixos, a usarem produtos ecológicos, isto já ajudaria muito, se cada um fizer a sua parte....
Lixo – E sobre os lixos perigosos, deveria haver um lugar onde pudessem ficar sem prejudicar o Sr. Ambiente.
(Neste momento todos estão começando a ficar mais animados, então toca a campainha)
Ecologia (Levanta-se, espia pela janela e vai até a porta.) – Chegaram, a Poluição e o Consumismo. Vou atender!(Abre a porta.) – Olá, Consumismo, olá Poluição! Entrem!
Consumismo (Está muito bem vestido, cheio de ouro, fumando um charuto fedido e baforando na cara do Ambiente. Entra com pressa, cumprimenta com um olá geral.) – Olá, boa tarde! Estou com pressa e não tenho muito tempo a perder. Dona Poluição veio comigo. Do que se trata a reunião? Não se esqueçam, tempo é dinheiro! Não tenho tempo a perder...
Poluição (Entra também bem vestida, mas não é tão chique, tem um cinzeiro na mão, e fica correndo atrás do patrão para tentar pegar as cinzas, mas é claro que o patrão prefere jogá-las no chão! – Olá para todos, Vocês viram que dia maravilhoso, leram o jornal, eu estou presente em todas as grandes cidades, em muitos rios, em cada lixão, isso sem falar do MEU chorume! (E ri muito, e muito alto!)
Consumismo – Mas o que é isso? Ponha-se no seu lugar! Você não seria NADA sem mim! Vai se achando... EU ACABO COM VOCÊ!
Ambiente –(Ambiente se levanta de sua poltrona, e olha tão profundamente nos olhos de Consumismo e Poluição, que os dois caem sentados no Chão!) - O motivo desta convocação é o meu estado de saúde. Meus rios estão sendo mortos, minhas matas estão sendo destruídas, o ar está poluído e todos os seres estão sofrendo com esta forma de vida consumista que os humanos levam. Não vou morrer sem lutar e vocês dois vão me ajudar, por bem, ou por mal!
Consumismo – Ora, ora Sr. Ambiente, as pessoas precisam de alimentos, sapatos, roupas, e MUITAS outras coisas. E elas querem sempre MAIS (ri alto). Eu simplesmente as fabrico, e elas compram RÁ, RÁ,RÁ (dá uma gargalhada grossa e alta). Elas nem percebem que elas mesmas estão se afundando... RÁ, RÁ, RÁ...O Sr. acha que elas viveriam sem supermercados, lojas, carros, jóias, vídeo games, computadores, indústrias? Eu só faço o que elas precisam, e vendo, e ganho, ganho dinheiro, MUITO dinheiro. As pessoas precisam de alimentos, então, eu os produzo, mas já disse que não tenho culpa se elas comem demais, se elas desperdiçam, aliás, o Desperdício também deveria ser convocado para a reunião.
(entra em ação nosso amigo, fazendo malabarismos com cada item que o Consumismo fala, e saí de cena)
Ecologia (Interrompe o Consumismo.) -- O que você parece não entender, é que se as coisas continuarem como estão...os consumidores vão MORRER por causa de sua teimosia!(lamenta)
Lixo -Você vai ter que investir e melhorar os níveis de poluição que você emite por todo o planeta!
Poluição – É chefinho...parece que a coisa está feia para o seu lado... até eu tenho sentido isso que eles estão falando... Eu estou mesmo trabalhando demais, nem à noite tenho mais sossego, as pessoas agora trabalham em turnos! Estou em toda parte: nas ruas, nas escolas, nas fábricas, na terra, no ar, na água. É chefinho...acho que o Sr. está pegando pesado...
Consumismo – Mas é muita cara de pau! Logo você, que me implorou emprego, que precisava de trabalho! está contra mim! (aos gritos) Eu não...
(mas é interrompido pela Poluição)
Poluição – Pedir trabalho é uma coisa...mas o Sr. quer acabar com o mundo, para o Sr. não existe limites...quer sempre mais, mais... ( faz caras e gestos de um louco ganansioso)
Ambiente – Agora a Poluição está começando a entender a gravidade do problema. Sr. Consumismo, entendo que deve ter seus motivos para agir e viver assim. Mas, não percebe que está estragando a vida na Terra? As pessoas estão vivendo apenas para trabalhar e comprar, Comprar comprar... ( faz caras e gestos de um louco ganansioso)A vida é mais que isto...
Consumismo –Vocês estão fazendo uma tempestade num copo d’água... Produzir e vender é a minha vida...não posso nem pensar em parar...DINHEIRO, DINHEIRO, Eu preciso de MUITO dinheiro!!!! Vocês aí que se virem... ( e continua falando sozinho)
Reciclagem - Tem lixo demais e eu não dou conta de reciclar tudo como o Sr. pensa. Além do mais, às vezes, para reciclar um material é preciso poluir mais, então, certos lixos não compensam ser reciclados.
Lixo – O mundo vai se afogar em seu próprio lixo... inclusive envenenado por meus primos tóxicos... A Reciclagem até que tentou, mas não descobriu um jeito de reutilizar os meus primos tóxicos...eles são pesados e causam muitas doenças....
Ecologia (Olha com pena para o Sr. Consumismo e grita para ele.) – O senhor não percebe que não sobrará nada pra o senhor fabricar e ninguém para consumir? Animais estão morrendo, plantas estão morrendo, pessoas também! (O Consumismo olha com ar pensativo).
Preservação (Dirigindo-se para o Consumismo) - Nós não queremos que o Sr. pare de produzir, mas, é preciso tomar algumas providências como colocar filtros nas chaminés, produzir produtos mais saudáveis e menos poluentes, além de produzir menos lixo. Assim, todos nós sairemos ganhando....
Consumismo – Mas terei que gastar milhões e milhões para fazer o que está pedindo e vou perder muito dinheiro!
Poluição - Eu concordo com a Preservação, sou a favor de filtros, pois assim não estarei prejudicando ninguém.
Ecologia – O melhor é discutirmos o que é possível fazer.
(Alice desperta e todos ficam olhando para ela.)...
- Cena V -
(Alice, Ecologia, Ambiente, Preservação, Reciclagem, Lixo, Consumismo, Poluição)
Alice (Desperta) - Nossa, acabei pegando no sono novamente. Que sonho estranho eu tive, parecia tão real! (Dá-se conta que continua a ver e ouvir o que pensou ser um sonho. Espantada, levanta e fica observando. Belisca-se para acordar, mas percebe que a cena continua.).
Ecologia (Continua a conversa como se Alice nem estivesse ali.) - A minha sugestão é: fazer um estudo sobre os produtos que o Senhor Consumismo fabrica e comercializa, ver o que é supérfluo, ou inútil. Tirar de linha,(o Sr. Consumismo vai arrancando os cabelos a cada sugestão!) adaptar suas fábricas e empresas diminuindo o trabalho da Poluição e gerando menos Lixo. Buscar alternativas que não prejudiquem o Sr. Ambiente. Se ele morre, morre a vida na Terra.
Preservação -Concordo plenamente com a Ecologia. Tudo o que o Sr. Consumismo quiser produzir daqui para frente terá que ser analisado e estudado. Nada poderá provocar mais danos para o Sr. Ambiente.
(O Sr. consumismo esta descalço COMENDO suas meias)
Poluição - Para mim será bem melhor se eu puder trabalhar menos, pois estou muito cansada, eu quero mais é sombra e água fresca, estou de saco cheio de trabalhar para este louco... (o Consumismo está agora tentando enforcar a Poluição!) que grita baixinho SOCORROOOOOOO...(e então, todos correm para ajudar. Abanando a Poluição).
Consumismo – Ah, mas isso não fica assim eu vou me vingar, me vingarei de vocês!
Ambiente – (com a voz mais calma do universo) – O problema, Sr. Consumismo, é que o Sr. não tem outra alternativa, porque se as coisas não mudarem vou ter um colapso, explodirei e a vida na Terra se acabará (Alice arregala os olhos e faz cara de espanto.).O senhor é quem sabe...
Preservação - Poderemos ajudá-lo, Sr. Consumismo. Vamos trabalhar em conjunto, para os humanos mudarem sua forma de vida... O Sr. vai ver, eles entenderão, só precisamos de um ‘mensageiro’ (Todos olham para a menina Alice.).
Ambiente (Aproxima-se de Alice) - Você, menina, é quem vai nos ajudar!
Alice – E-e-e-eu?
Ambiente - É, menina, você aí cheia de vida, com muito ainda pela frente. Você é a nossa escolhida... e é por isto que você entrou no seu próprio sonho e nós entramos na sua vida.
Alice – Mas como...eu sou uma criança...vocês precisam de tanta coisa!
Ecologia - Não se preocupe, se você nos ajudar, nós ajudamos você! É só você contar para todos o seu sonho..., como realmente aconteceu... Eu, a Preservação, a Reciclagem, estaremos sempre a te ajudar...(Todos saem, com exceção da menina Alice.).
- Cena VI -
(Alice)
Alice – Nossa, e agora? Será que vou conseguir ajudar? Como vou ajudar o Sr. Ambiente, se sou ainda uma criança?
Respeito, Tolerância, Amor (Entram, brincando com a platéia e rindo. Falam todos juntos) - Alice, viemos para ajudar. Somos o Respeito, a Tolerância e o Amor, somos irmãos gêmeos, tudo o que um sente, o outro sente também!
Respeito (os três pulam, fazem estrelas, malabarismos, etc) – Eu sou o Respeito. Através do respeito muita coisa pode ser feita...O respeito gera amor, amizade, fraternidade, cooperação.
Tolerância - Eu sou a Tolerância. Comigo tudo é mais fácil.... A tolerância gera a paz, a compreensão, a união.
Amor – Eu sou o Amor. O Amor é a chave para um mundo melhor, sem conflitos, sem guerras. O amor gera a PAZ e a harmonia”.
Então, todos dão as mãos e cantam juntos...
Amanhã
(Guilherme Arantes)
Amanhã, será um lindo dia, da mais louca alegria
Que se possa imaginar
Amanhã, redobrada força p'ra cima, que não cessa
Há de vingar
Amanhã, mais nenhum mistério, acima do ilusório
O astro-rei vai brilhar
Amanhã a luminosidade, alheia a qualquer vontade
Há de imperar
Amanhã está toda esperança por menor que pareça
Existe, e é p'ra vicejar
Amanhã, apesar de hoje, será a estrada que surge
P'ra se trilhar
Amanhã, mesmo que uns não queiram
será de outros que esperam
Ver o dia raiar
Amanhã, ódios aplacados,
temores abrandados, será pleno.
Baila Comigo
(Rita Lee)
Se Deus quiser,
Um dia eu quero ser índio
Viver pelado pintado de verde
Num eterno domingo
Ser um bicho-preguiça,
Espantar turista
E tomar banho de sol, banho de sol,
Banho de sol, sol
Se Deus quiser,
Um dia acabo voando
Tão banal assim como um pardal
Meio de contrabando
Desviar do estilingue
Deixar que me xinguem
E tomar banho de sol, banho de sol,
Banho de sol, banho de sol
Baila comigo, como se baila na tribo
Baila comigo, lá no meu esconderijo
Se Deus quiser,
Um dia eu viro semente
E quando a chuva molhar o jardim
Ah, eu fico contente
E na primavera vou brotar na terra
E tomar banho de sol, banho de sol,
Banho de sol, sol
Se Deus quiser,
Um dia eu morro bem velha
Na hora H quando a bomba estourar
Quero ver da janela
E entrar no pacote de de camarote
E tomar banho de sol, banho de sol,
Banho de sol, banho de sol
Baila comigo, como se baila na tribo
Baila comigo, lá no meu esconderijo
Desesperar Jamais
(Ivan Lins)
Desesperar, jamais
Aprendemos muitos nesses anos
Afinal de contas não tem cabimento
Entregar o jogo no primeiro tempo
Nada de correr da raia
Nada de morrer na praia
Nada, nada, nada de esquecer
No balanço de perdas e danos
Já tivemos muitos desenganos
Já tivemos muito que chorar
Mas agora acho que chegou a hora de fazer
Valer o dito popular
Desesperar jamais
Cutucou por baixo
O de cima cai
Desesperar jamais
Cutucou com jeito
Não levanta mais
FIM
Esta peça foi criada para todo grupo teatral que tenha interesse em trabalhar as
questões ambientais. Contatos com as autoras:
Marina: marinastrachman@hotmail.com
Bere Adams: bere@apoema.com.br
A peça poderá sofrer adaptações, mas os créditos devem ser mantidos.
Pedimos que os grupos façam contato conosco. Agradecemos!
Teatro Chapeuzinho Vermelho
Texto para teatro: Chapeuzinho Vermelho
Chapeuzinho - Vovó, sou eu, Chapeuzinho Vermelho!
Narrador- Era uma vez uma menina chamada Chapeuzinho Vermelho, que tinha esse apelido pois desde pequenina gostava de usar chapéus e capas desta cor.
Mãe- Querida, sua avó está doente, por isso preparei aqueles doces, biscoitos, pãezinhos e frutas que estão na cestinha. Você poderia levar à casa dela?
Mãe- Mas, tome muito cuidado. Não converse com estranhos, não diga para onde vai, nem pare para nada. Vá pela estrada do rio, pois ouvi dizer que tem um lobo muito mau na estrada da floresta, devorando quem passa por lá.
Chapeuzinho - Está bem, mamãe, vou pela estrada do rio, e faço tudo direitinho!
Narrador-E assim foi. Ou quase, pois a menina foi juntando flores no cesto para a vovó, e se distraiu com as borboletas, saindo do caminho do rio, sem perceber.
(Chapeuzinho)
Pela estrada a fora, eu vou bem sozinha
Levar esses doces para a vovozinha
A estrada é longa, o caminho é deserto
E o lobo mau passeia aqui por perto
Mas à tardinha, ao sol poente
Junto à mamãezinha dormirei contente
Levar esses doces para a vovozinha
A estrada é longa, o caminho é deserto
E o lobo mau passeia aqui por perto
Mas à tardinha, ao sol poente
Junto à mamãezinha dormirei contente
Narrador - Chapeuzinho Vermelho nem reparou como o lobo estava perto...Ela nunca tinha visto um lobo antes, menos ainda um lobo mau. Levou um susto quando ouviu:
Lobo-- Onde vai, linda menina?
Chapeuzinho - Vou à casa da vovó, que mora na primeira casa bem depois da curva do rio. E você, quem é?
Narrador- O lobo respondeu:
Lobo- Sou um anjo da floresta, e estou aqui para proteger criancinhas como você.
Chapeuzinho - Ah! Que bom! Minha mãe disse para não conversar com estranhos, e também disse que tem um lobo mau andando por aqui.
Lobo - Que nada - respondeu o lobo - pode seguir tranqüila, que vou na frente retirando todo perigo que houver no caminho. Sempre ajuda conversar com o anjo da floresta.
Chapeuzinho - Muito obrigada, seu anjo. Assim, mamãe nem precisa saber que errei o caminho, sem querer.
Lobo - Este será nosso segredo para sempre... saiu correndo e cantando:
(Lobo Mau)
Eu sou o lobo mau, lobo mau, lobo mau
Eu pego as criancinhas pra fazer mingau
Hoje estou contente, vai haver festança
Tenho um bom petisco para encher a minha pança
Eu sou o lobo mau, lobo mau, lobo mau
Eu pego as criancinhas pra fazer mingau
Hoje estou contente, vai haver festança
Tenho um bom petisco para encher a minha pança
Narrador- Chegando à casa da vovó, o lobo, fingindo ser chapeuzinho vermelho, bateu na porta,:
Lobo- Vovó, sou eu, Chapeuzinho Vermelho!
Vovó - Pode entrar, minha netinha. Puxe o trinco, que a porta abre.
Narrador- Assim que o lobo entrou, ele prendeu a vovó dentro do armário. E se deitou no lugar dela, cantarolando.
Nessa cama agora,vou ficar bem quietinho
Nessa cama agora,vou ficar bem quietinho
Pra comer os doces da chapeuzinho.
Narrador- Chegando à casa da vovó, Chapeuzinho bateu na porta:
Chapeuzinho - Vovó, sou eu, Chapeuzinho Vermelho!
Lobo- Pode entrar, minha netinha. Puxe o trinco, que a porta abre.
Narrador- A menina pensou que a avó estivesse muito doente mesmo, para nem se levantar e abrir a porta. E falando com aquela voz tão estranha...
Narrador- Chegou até a cama e viu que a vovó estava mesmo muito doente. Se não fosse a toquinha da vovó, os óculos da vovó, a colcha e a cama da vovó, ela pensaria que nem era a avó dela.
Chapeuzinho - Eu trouxe estas flores e os docinhos que a mamãe preparou. Quero que fique boa logo, vovó, e volte a ter sua voz de sempre.
Lobo- Obrigada, minha netinha (disse o lobo, disfarçando a voz de trovão).
Narrador- Chapeuzinho não se conteve de curiosidade, e perguntou:
Chapeuzinho - Vovó, a senhora está tão diferente: por que esses olhos tão grandes?
Lobo- - É prá te olhar melhor, minha netinha.
Chapeuzinho - Mas, vovó, por que esse nariz tão grande?
Lobo- - É prá te cheirar melhor, minha netinha.
Chapeuzinho - Mas, vovó, por que essas mãos tão grandes?
Lobo- - São para te acariciar melhor, minha netinha.
Chapeuzinho - Mas, vovó, por que essa boca tão grande?
Lobo- - Quer mesmo saber? É prá te comer!!!!
Chapeuzinho - Uai! Socorro! É o lobo!
Narrador- A menina saiu correndo e gritando, com o lobo correndo bem atrás dela, pertinho, quase conseguindo pegar.
Por sorte, um grupo de caçadores ia passando por ali bem na hora, e seus gritos chamaram sua atenção.
(Caçadores)
Nós somos os caçadores e nada nos amedronta
Damos mil tiros por dia, matamos feras sem conta
Varamos toda floresta, por mares e serranias
Caçamos onça pintada, pacas, tatus e cotias
Nós somos os caçadores e nada nos amedronta
Damos mil tiros por dia, matamos feras sem conta
Varamos toda floresta, por mares e serranias
Caçamos onça pintada, pacas, tatus e cotias
Narrador- E rapidamente, amarraram o lobo, bem firme para ele não fugir.
Todos já iam comemorar, quando Chapeuzinho falou:
Chapeuzinho - Acho que o lobo devorou minha avozinha.
caçadores- Não se desespere, pequenina. Acho que estou ouvindo sua vovozinha bater e gritar, vamos ver...
Narrador- o caçador abriu a porta do armário e soltou a vovozinha.
- Viva! Vovó! Viva! Vovó!
Narrador- Chapeuzinho Vermelho aprendeu que devemos sempre, ouvir os conselhos da mamãe e não falar com estranhos. E todos comemoraram a liberdade conquistada, até mesmo a vovó, caiu na farra.
(Chapeuzinho)
O lobo mau já morreu, agora estamos em festa
Posso brincar com as crianças
E passear na floresta
O lobo mau já morreu, agora estamos em festa
Posso brincar com as crianças
E passear na floresta
Mas a tardinha
Ao sol poente
Com a mamãezinha
Dormirei contente!
Ao sol poente
Com a mamãezinha
Dormirei contente!
FIM