"A educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo. (Nelson Mandela) "

domingo, 28 de abril de 2013


Mensagens para Reunião

Sugestões de Mensagens
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Direcione seu olhar
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Quando estiver em dificuldade,
e pensar em desistir,
lembre-se dos obstáculos que já superou.
Olhe para trás.

Se tropeçar e cair, levante,
não fique prostrado,
esqueça o passado.
Olhe para frente.

Ao sentir-se orgulhoso
por alguma realização pessoal,
sonde suas motivações.
Olhe para dentro.

Antes que o egoísmo o domine,
enquanto seu coração é sensível
socorra aos que o cercam.
Olhe para os lados.

Na escalada rumo às posições,
no afã de concretizar seus sonhos,
observe se não está pisando em alguém.
Olhe para baixo.

Em todos os momentos da vida,
seja qual for sua atividade,
busque a aprovação de Deus.
Olhe para cima!

Professor(a)
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Não me ensine nada que eu possa descobrir. Provoque minha curiosidade.
Não me dê apenas respostas. Derrame minhas idéias e me dê somente pistas de como ordená-las.
Não me mostre exemplos. Antes me encoraje a ser exemplo vivo de tudo o que posso aprender.
Construa comigo o conhecimento. Sejamos juntos inventores, descobridores, navegantes e piratas de nossa aprendizagem.
Não fale apenas de um passado distante ou de um futuro imprescindível. Esteja comigo hoje alternando as sensações de quem ensina e de quem aprende."
Ivana M. Pontes


ORAÇÃO DO GRUPO
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Senhor eu te peço pelo meu grupo.
Para que nos conheçamos melhor em nossas limitações;
Para que cada um de nós sinta e viva as necessidades dos outros;
Para que as nossas discussões não nos dividam, mas nos unam em busca da verdade e do bem;
Para que cada um de nós, ao construir a própria vida, não impeça o outro de viver a sua;
Para que as nossas diferenças não excluam a ninguém do nosso grupo, mas nos levem a buscar a riqueza da unidade;
Para que olhemos para cada um Senhor, com os teus olhos e nos amemos com o teu coração;
Para que o nosso grupo não se feche em si mesmo, mas seja disponível, aberto, sensível aos desejos dos outros;
Para que no fim de todos os caminhos, além de todas as buscas, no final de cada discussão e depois de cada encontro, nunca haja “vencidos”, mas sempre “irmãos.”
Amém

A lição do fogo
Paulo Lacava
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Um membro, que regularmente frequentava um determinado grupo de estudos, sem nenhum aviso deixou de participar de suas atividades.
Após algumas semanas, o Mestre daquele grupo decidiu visitá-lo.
Era uma noite muito fria.
O Mestre encontrou o homem em casa, sozinho, sentado diante da lareira, onde ardia um fogo brilhante e acolhedor.
Adivinhando a razão da visita, o homem deu as boas-vindas ao Mestre, conduziu-o a uma grande cadeira perto da lareira e ficou quieto, esperando.

No silêncio sério que se formara, apenas contemplavam a dança das chamas em torno das rachas de lenha, que ardiam.
Ao cabo de alguns minutos, o Mestre examinou as brasas que se formaram e cuidadosamente selecionou uma delas, a mais incandescente de todas, empurrando-a para o lado.
Voltou então a sentar-se, permanecendo silencioso e imóvel.

O anfitrião prestava atenção a tudo, fascinado e quieto.
Aos poucos a chama da brasa solitária diminuía, até que houve brilho momentâneo e seu fogo apagou-se de vez.
Em pouco tempo, o que antes era uma festa de calor e luz, agora não passava de um negro, frio e morto pedaço de carvão recoberto de uma espessa camada de fuligem acinzentada.
Nenhuma palavra tinha sido dita desde o protocolar cumprimento inicial entre os dois amigos.

O Mestre, antes de se preparar para sair, manipulou novamente o carvão frio e inútil, colocando-o de volta no meio do fogo.
Quase que imediatamente ele tornou a incandescer alimentado pela luz e calor dos carvões ardentes em torno dele.

Quando o Mestre alcançou a porta para partir, seu anfitrião disse:
- Obrigado. Por sua visita e pelo belíssimo sermão.
Estou voltando ao convívio do grupo.
Muito obrigado!

Aos membros de um grupo vale lembrar que eles fazem parte da chama e que longe do grupo eles perdem todo o brilho.

Reflexão:
Aos Mestres e lideres vale lembrar que eles são responsáveis por manter acesa a chama de cada um e por promover a união entre todos os membros, para que o fogo seja realmente forte, eficaz e duradouro.

Recolhido no blog da Teresa Carneiro:
http://matecarneiro.blogspot.com/


Disciplina e Educação
Flávio Gikovate
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De repente, no melhor do sono, toca o despertador. É hora de levantar para ir à escola ou ao trabalho. Não é raro que, exatamente neste instante, se trave uma batalha importantíssima. De um lado, o sono, a preguiça, o desejo de continuar deitado sonhando com todo tipo de situações gostosas. De outro, a noção do dever, da obrigação, do compromisso assumido. A vontade mostra uma direção; a razão aponta o oposto.

Disciplina, na minha opinião, é a capacidade que permite à razão ser mais forte e vencer nossas vontades e nossa preguiça. É porque desenvolvemos essa qualidade que conseguimos fazer exercícios maçantes todos os dias na mesma hora; que evitamos comidas com muitas calorias ou prejudiciais à saúde; que nos faz abrir mão de coisas materiais para poupar e atingir um objetivo maior. Pessoas disciplinadas conseguem estudar quando, na verdade, estavam com vontade de assistir à televisão ou bater papo com os amigos.

Não resta a menor dúvida: os disciplinados terão maiores chances de sucesso nas atividades às quais se dedicarem. Entre talento e disciplina, é melhor ter os dois. Porém, a longo prazo, esta última é mais importante. Mas precisa ser conquistada.

É verdade que há pessoas que aceitam melhor as contrariedades. Essa capacidade de aceitação aumenta à medida que se desenvolvem a linguagem e o raciocínio lógico. Ambos nos ajudam a compreender por que nossas vontades nem sempre podem ser satisfeitas. Aprendemos a suportar melhor a dor.

A principal tarefa da educação, especialmente durante os primeiros anos de vida, seja desenvolver a razão e suas forças com o intuito de sermos capazes de "domesticar" nossas vontades. Uma visão equivocada da psicologia nos levou, nas últimas décadas, a privilegiar o livre exercício do desejo. O papel da razão – freio limitador dos impulsos – foi encarado como algo repressivo e negativo. Além disso, os pais, com medo de traumatizar os filhos e de perder o amor deles, têm fugido da tarefa, às vezes desagradável, de estabelecer limites e estimular as crianças a usar com eficiência a razão para dirigir suas vidas.

Na educação infantil, essa é a tarefa número um dos pais. Ao aprender a utilizar a razão em benefício próprio, a criança e depois o adulto experimentam enorme satisfação quando se sentem disciplinados. Sim, porque é nestes momentos que nos consideramos animais mais sofisticados, que definimos com propriedade de racionais.

A alegria íntima de quem se levanta cedo, faz exercícios e chega na hora certa aos compromissos assumidos é algo que não pode ser subestimado. Sentimo-nos fortes quando conseguimos nos controlar – coisa muito difícil. Sentimos que vencemos a batalha mais árdua: a interior. A auto-estima cresce. E para que nossos filhos experimentem todas essas sensações tão boas, devemos lhes ensinar, desde cedo, a abrir mão de suas vontades, sempre que a razão assim achar conveniente e útil.

Oração da Escola 
Gabriel Chalita
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Obrigado, Senhor, pela minha escola!

Ela tem muitos defeitos. Como todas as escolas têm. Ela tem problemas, e sempre terá. Quando alguns são solucionados, surgem outros, e a cada dia aparece uma nova preocupação.

Neste espaço sagrado, convivem pessoas muito diferentes. Os estudantes vêm de famílias diversas e carregam com eles sonhos e traumas próprios. Alguns são mais fechados. Outros gostam de aparecer. Todos são carentes. Carecem de atenção, de cuidado, de ternura.

Os professores são também diferentes. Há alguns bem jovens. Outros mais velhos. Falam coisas diferentes. Olham o mundo cada um à sua maneira. Alguns sabem o poder que têm. Outros parecem não se preocupar com isso. Não sabem que são líderes. São referenciais. Ou deveriam ser.

Funcionários. Pessoas tão queridas, que ouvem nossas lamentações. E que cuidam de nós. Estamos juntos todos os dias. Há dias mais quentes e outros mais frios. Há dias mais tranqüilos e outros mais tumultuados. Há dias mais felizes e outros mais do lorosos. Mas estamos juntos.

E o que há de mais lindo em minha escola é que ela é acolhedora. É como se fosse uma grande mãe que nos abraçasse para nos liberar somente no dia em que estivéssemos preparados para voar. É isso. Ela nos ensina nossa vocação. O vôo. Nascemos para voar, mas precisamos saber disso. E precisamos, ainda, de um impulso que nos lance para esse elevado destino.

Não precisamos de uma escola que nos traga todas as informações. O mundo já cumpre esse papel. Não precisamos de uma escola que nos transforme em máquinas, todas iguais. Não. Seria um crime reduzir o gigante que reside em nosso interior. Seria um crime esperar que o voo fosse sempre do mesmo tamanho, da mesma velocidade ou na mesma altura.

Minha escola é acolhedora. Nela vou permitindo que a semente se transforme em planta, em flor. Ou permitindo que a lagarta venha a se tornar borboleta. E sei que para isso não preciso de pressa. Se quiserem ajudar a lagarta a sair do casulo, talvez ela nunca tenha a chance de voar. Pode ser que ela ainda não esteja pronta.

Minha escola é acolhedora. Sei que não apreenderei tudo aqui. A vida é um constante aprendizado. Mas sei também que aqui sou feliz. Conheço cada canto desse espaço. As cores da parede. Os quadros. A quadra. A sala do diretor. A secretaria. A biblioteca. Já mudei de sala muitas vezes. Fui crescendo aqui. Conheço tudo. Passo tanto tempo neste lugar. Mas conheço mais. Conheço as pessoas. E cada uma delas se fez importante na minha vida. Na nossa vida.

E, nessa oração, eu Te peço, Senhor, por todos nós que aqui convivemos. Por esse espaço sagrado em que vamos nascendo a cada dia. Nascimento: a linda lição de Sócrates sobre a função de sua mãe, parteira. A parteira que não faz a criança porque ela já está pronta. A parteira que apenas ajuda a criança a vir ao mundo. E faz isso tantas vezes. E em todas as vezes fica feliz, porque cada nova vida é única e merece todo o cuidado.

Obrigado, Senhor, pela minha escola! Por tudo o que de nós nasceu e nasce nesse espaço. Aqui, posso Te dizer que sou feliz. E isso é o mais importante. Amém!

Organizado por Ivanise Meyer®


Mensagens para Professores

Mensagens para Professores
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DECÁLOGO PEDAGÓGICO


Como todo ofício, a docência requer cuidados e habilidades específicas. Logo, para que a aula transcorra com sucesso e tranquilidade, indicamos um decálogo pedagógico, com 10 instruções básicas. Siga essas instruções e colha os frutos de seu trabalho!

1- Contextualize suas aulas.
Traga as lições para o contexto de seus alunos, faça com que cada tema seja abordado de modo significativo, real e prático.

2- Pesquise o tema de sua lição em outros meios.
Faça uso de jornais, revistas diversas, artigos, livros de pesquisa, Internet, etc. Isso dará subsídios para que suas aulas não sejam cansativas ou superficiais.

3- Trabalhe as potencialidades de seus alunos.
Procure explorar o que cada aluno tem de melhor e utilizar isso para o progresso do trabalho educativo. Todos os alunos têm algo de interessante e especial a oferecer.

4- Dinamize suas aulas.
Aulas monótonas e rotineiras só atrapalham a aprendizagem. Ative suas aulas com procedimentos diferentes. Mude o lugar da aula, cante novas canções, estabeleça dinâmicas de grupo e tudo mais que trouxer renovação e mobilização para a turma.

5- Envolva seus alunos.
Não há como o aluno aprender se ele não estiver envolvido com o que será estudado. Mostre para sua classe que os temas abordados têm real importância e valia. Valorize cada tópico e relacione-os com os interesses de sua classe (que é claro, podem ser diferentes dos seus).

6- Estabeleça laços afetivos com sua classe.
É impossível ter um trabalho bem-sucedido se você e seus alunos não tiverem bons laços afetivos. Sentimentos como solidariedade, compreensão e carinho devem ser plantados e cultivados, caso contrário, todo o esforço de seu trabalho será desperdiçado.

7- Trabalhe com a dinâmica de projetos educativos.
Trabalhar com projetos sugere que você proporcione aos alunos a oportunidade de aplicarem na vida prática o que foi aprendido em sala de aula. Permita que a turma eleja um dos assuntos enfocados e, a partir dele, desenvolvam projetos e linhas de ação. Isso fixará o aprendizado e proporcionará grandes chances de novos e consistentes saberes.

8- Tenha autoridade técnica, moral e profissional.
Ter autoridade técnica significa saber dar aulas, utilizar as técnicas corretas e os procedimentos que facilitem a aplicação da aula. Ter autoridade moral significa lidar bem com os alunos, ter um bom relacionamento. Ter autoridade profissional significa dominar os conteúdos que serão aplicados.

9- Opte por uma liderança democrática.
Você, como o líder da classe, tem por obrigação conduzi-la de modo democrático, sem autocracia ou dogmatismos. Esta postura trará resultados positivos e benéficos.

10- Não se ache o detentor do saber.
Um dos grandes erros do professor é crer que sabe de tudo, e que só ele tem razão. O professor também aprende com os alunos e é justamente essa troca que propicia o aprendizado.

Fonte: http://educandocomcarinhoo.blogspot.com/ 

PRIMEIRO DIA DE AULA

O primeiro dia... Receios e ansiedades que caracterizam o primeiro dia de contato entre as turmas de educadores e alunos podem ser encarados de forma suave e descontraída. O primeiro dia de aula é cheio de emoções conflitantes para alunos e educadores: expectativas de reencontros, alegrias, curiosidades, incertezas, temores. É um momento especial: o nascimento de um grupo que vai trabalhar e aprender junto durante o ano. Vínculos mais profundos podem levar certo tempo para se formar, porém, criar desde o primeiro instante um clima de aceitação e de naturalidade vai estimular o crescimento da confiança mútua e o desejo de participar. Por isso, comece sendo natural e confiante. Não pense na imagem que gostaria de projetar, seja apenas você mesmo (a), naquilo que tem de melhor, de mais afetuoso, de mais entusiasmado e interessado na tarefa. 

Programe, sim, cuidadosamente este primeiro encontro, mas deixe pra lá temores e inseguranças. Confie em Deus, que sempre colabora com todos os trabalhos voltados à Educação da criança e do jovem. Se estiver tranquilo, é mais fácil abrir-se para as suas inspirações. E não se apavore se as coisas não funcionarem exatamente como você planejou. Reposicionar-se de acordo com as circunstâncias também é ser humilde.

Receba as crianças em clima de festa, pois estamos celebrando o início de uma nova etapa para todos. Se puder tenha algo especial no ambiente, que mostre que não se trata de um dia qualquer (decoração, música alegre). Um caprichado cartaz de boas-vindas sempre contribui para melhorar as disposições íntimas de todos. Seja bastante afetivo, sem exagerar. Abrace, dê beijos, seja carinhoso (a)! Curta o momento. 

É conveniente preparar uma atividade de aquecimento e integração apropriada à turma. A seguir, comece uma conversa amena. Conte quem é você, como você se sente, o que gostaria de fazer. Dê oportunidade para os alunos falarem de si, de como é retornar ou começar na classe, e do que têm vontade de fazer, durante o ano. É uma boa oportunidade para conversar sobre o que significa, para cada um, estar naquele grupo, e o que espera. Afinal, compartilhar é uma das melhores coisas para se fazer em grupo. 


Fonte: Rita Foelker (adaptado)

A LENDA DO AMOR

Havia uma pequena aldeia onde o dinheiro não entrava. Tudo o que as pessoas compravam tudo o que era cultivado e produzido por cada um, era trocado. A coisa mais importante, a coisa mais valiosa, era o AMOR.


Quem nada produzia quem não possuía coisas que pudessem ser trocadas por alimentos, ou utensílios, dava seu AMOR. O AMOR era simbolizado por um floquinho de algodão.

Muitas vezes era normal que as pessoas trocassem floquinhos sem querer nada em troca. As pessoas davam seu AMOR, pois sabiam que receberiam outros num outro momento ou outro dia.

Um dia, uma mulher muito má, que vivia fora da aldeia convenceu um pequeno garoto à não mais dar seus floquinhos. Desta forma, ele seria a pessoa mais rica da cidade e teria o que quisesse. Iludido pelas palavras da malvada, o menino, que era uma das pessoas mais populares e queridas da aldeia, passou a juntar AMOR e, em pouquíssimo tempo, sua casa estava repleta de floquinhos, ficando até difícil de circular dentro dela.

Daí então, quando a cidade já estava praticamente sem floquinhos, às pessoas começaram a guardar o pouco AMOR que tinham e toda a HARMONIA da cidade desapareceu. Surgiram a GANÂNCIA, a DESCONFIANÇA, o primeiro ROUBO, o ÓDIO, a DISCÓRDIA, as pessoas se OFENDERAM pela primeira vez e passaram a IGNORAR-SE pelas ruas.

Como era o mais querido da cidade, o garoto foi o primeiro a se sentir-se TRISTE e SOZINHO, o que o fez procurar a velha para perguntar-lhe se aquilo fazia parte da riqueza que ele acumularia. Não a encontrando mais, ele tomou uma decisão. Pegou uma grande carriola, colocou todos os seus floquinhos em cima e caminhou por toda a cidade distribuindo aleatoriamente seu AMOR.

A todos que dava AMOR, apenas dizia:

- Obrigado por receber meu AMOR.

Assim, sem medo de acabar com seus floquinhos, ele distribuiu até o último AMOR sem receber um só de volta.

Sem que tivesse tempo de sentir-se sozinho e triste novamente, alguém caminhou até ele e lhe deu AMOR. Um outro fez o mesmo... Mais outro... E outro...

Até que, definitivamente, a aldeia voltou ao normal e o AMOR voltou a ser distribuído.

Não devemos fazer as coisas pensando em receber algo em troca. Mas devemos, sempre, lembrar que os outros existem. O sentimento sincero nos é oferecido espontaneamente. Aqueles que te quiserem bem se lembrarão de você. Receber sem cobrar é mais verdadeiro...

Receber AMOR é muito bom. E o simples gesto de lembrar que alguém existe é a forma mais simples de fazê-lo.

Este é o meu floquinho para você !!!

Não acumule seus floquinhos... Distribua-os a todos... Eles podem ser na forma de um abraço, um beijo, um aperto de mão, um telefonema, uma oração, uma carta e também um e-mail ! Distribua...

E lembre-se: NUNCA GUARDE O AMOR QUE VOCÊ TEM! É DANDO AMOR, QUE SE RECEBE AMOR!

Retirado do Blog de Adriana Fonseca:
http://www.contarerecontarparaencantar.blogspot.com/  


SE A ESCOLA FOSSE UMA ORQUESTRA

Se a escola fosse uma orquestra, seria possível ouvir-se a sinfonia da compreensão humana?

Como haver sinfonia se cada músico está com seu instrumento em um tom? Onde está o autor da sinfonia? Ou será que a orquestra é que não quer tocá-la?

A orquestra está desafinada.

E o maestro? Deve ser responsabilizado pelo insucesso?

E os ouvintes, por que não gritam?

Estão mudos?

Não; não sabem gritar.

Gritam , às vezes, buscando em outro músico o fracasso advindo do tom desafinado que emitem.

E você? Também é músico nesta orquestra?

A escola nunca será orquestra, se cada músico não se afinar. Os músicos devem interpretar a partitura da compreensão humana, para atender a cada ouvinte na sua individualidade.

Não basta simplesmente tocar.

A harmonia entre os músicos e os ouvintes é a compreensão, o respeito, a doação, o "assumir", é a responsabilidade, o envolvimento com o trabalho.

Reaja diante da música. Se um tom soa-lhe desafinado, pare! 

O ponto de espera é calmo e longo; com sua ajuda virá outra música. Com certeza será o início de uma verdadeira orquestra onde todos possam entoar a música da Paz, da Harmonia, da Colaboração, do Respeito Mútuo.

Organizado por Ivanise Meyer®


Mensagens para Professores


O que uma Educadora deve ter...

Uma memória de elefante, para de tudo se lembrar.
Uma paciência de anjo, para a todos educar.
Olhos à volta da cabeça, para tudo poder ver.
Resposta automática, para a todos responder.

Microfone incorporado, para tudo registar.
Umas costas bem largas, para tudo isto aguentar.
Ouvidos com controle de intensidade, para não ficar com a cabeça atordoada.
E uma voz bem resistente, para não ter de ficar calada.

Oito braços como um polvo, para a todos ajudar.
E um coração de criança, para tudo apreciar.
Um bom filtro nasal, para aos maus cheiros resistir.
E um enorme bom humor, para tudo encarar a rir!

Mais 10 dedinhos de fada, que ajudem a trabalhar…
E umas pernas de atleta, para os mais pequenos apanhar.
Conhecimentos de informática, para usar o computador.
E também de medicina, para aliviar a dor.

Precisa também de ter muita cultura geral.
E nas áreas científicas, não poderá dar-se mal…
Biologia, Matemática e também Meteorologia.
Para além de Físico-química e também Geografia.

Tem de saber Psicologia, para lidar com as pessoas.
E dizer, sem magoar, às vezes coisas menos boas…
Enfim, uma Educadora à medida da necessidade,
Só feita por encomenda, não vos parece verdade?

(Autor Desconhecido)
Retirado do blog: http://ritanaterradosonhos.blogspot.com/


Sou Educadora


Quando digo que sou educadora de infância em geral, respondem com um “Ah” tão insípido, que gostaria de dizer:

Em que outra profissão poderias pôr laços no cabelo, fazer penteados inovadores e ver um desfile de moda todas as manhãs?
Onde te diriam todos os dias “És linda”?!!!
Em que outro trabalho te abraçariam para te dizerem o quanto te querem?
Em que outro lado te esquecerias das tuas tristezas para atender a tanto joelho esfolado, e coração afligido?
Onde receberias mais flores?
Onde mais poderias iniciar na escrita,
uma mãozinha que, quem sabe, um dia poderá escrever um livro

Em que outro lugar receberias de presente um sorriso como este?
Em que outro lugar te fariam um retrato grátis através de um desenho?
Em que outro lugar as tuas palavras causariam tanta admiração?
Em que trabalho te receberiam de braços abertos depois de teres faltado um dia?
Onde poderias aprofundar os teus conhecimentos sobre bichos da seda, caracóis, formigas e borboletas?
Em que outro lugar derramarias lágrimas por ter que terminar um ano de relações tão felizes?

Sinto-me GRANDE
Trabalhando com pequenos
A todos os educadores de infância, que tanto semeiam para que outros recolham
A todos os que escolheram esta profissão…
Obrigada!

Traduzido e adaptado de: “Soy Maestra”
Conheci este texto no blog de Teresa Carneiro: http://matecarneiro.blogspot.com

Ser educador nos dias de hoje
Raquel Martins 

Os nossos meninos não são os de antes…
Trocaram os brinquedos de madeira pelos sofisticados
brinquedos de luz e som, que só com o simples toque numa
tecla fazem aparecer o mundo fantástico da eletrônica.

As educadoras não as de antes…
Fotocopiam, ampliam, colam papéis de texturas maravilhosas,
e reconstroem pegadas de animais pré-históricos só com o
simples ato de misturar água e gesso…

Mas há coisas que não mudam, que o tempo e os anos
respeitam… O olhar de uma criança de mão dada com o/a
seu/sua educador(a) e o contato silencioso, caloroso,
são sinais entranhados de um código único,
de um sentimento profundo de amizade.

Uma criança e o/a seu/sua educador(a)…são capazes de tudo.
Podem passar horas juntos escutando cantigas, resolvendo
problemas com carícias e pauzinhos ou simplesmente brincar
com a imaginação. Podem fazer as maiores invenções e tentar
salvar o mundo plantando uma árvore.

Não são as crianças de antes…
As educadoras e os educadores não são os de antes…
O mundo não é o de antes...

Mas há coisas que não mudam, a capacidade de
deslumbramento, a força da natureza, o olhar de uma
criança e o carinho de um(a) educador(a)
que se entrega sem condições, dia-a-dia,
que sonham e trabalham juntos por um mundo
melhor, com um código único, eterno, poderoso,
indestrutível: o de uma profunda amizade.


Terapia do Elogio
Arthur Nogueira (Psicólogo)

Renomados terapeutas que trabalham com famílias, divulgaram uma recente pesquisa onde nota-se que os membros das famílias brasileiras estão cada vez mais frios, não existe mais carinho, não valorizam mais as qualidades,só se ouvem críticas. 

As pessoas estão cada vez mais intolerantes e se desgastam valorizando os defeitos dos outros. Por isso, os relacionamentos de hoje não duram.

A ausência de elogio está cada vez mais presente nas famílias de média e alta renda. Não vemos mais homens elogiando suas mulheres ou vice-versa,não vemos chefes elogiando o trabalho de seus subordinados, não vemos mais pais e filhos se elogiando..é mais comum elogiar um desconhecido ou um amigo que só encontramos socialmente do que uma pessoa da família que convive diariamente com você...

Essa ausência de elogio tem afetado muito as famílias. A falta de diálogo em seus lares, o excesso de orgulho impede que as pessoas digam o que sentem e levam essa carência para dentro dos consultórios. Acabam com seus casamentos, acabam procurando em outras pessoas o que não conseguem dentro de casa.

Vamos começar a valorizar nossas famílias! Vamos elogiar o bom profissional, a boa atitude, a ética, a beleza de nossos parceiros ou nossas parceiras, o comportamento de nossos filhos.Vamos observar o que as pessoas gostam. O bom profissional gosta de ser reconhecido, o bom filho gosta de ser reconhecido, o bom pai ou a boa mãe gostam de ser reconhecidos, o bom amigo, a boa dona de casa, a mulher que se cuida, o homem que se cuida, enfim vivemos numa sociedade em que um precisa do outro, é impossível um homem viver sozinho, e os elogios são a motivação na vida de qualquer pessoa.

Quantas pessoas você poderá fazer feliz hoje elogiando de alguma forma?

Então elogie alguém hoje!

Eu começo!!!


Organizado por Ivanise Meyer®


Mensagem: Educação Infantil

Tudo que eu devia saber 
aprendi no Jardim de Infância
Robert Fulghum


A maioria das coisas que eu realmente precisava aprender sobre como viver, fazer e ser, eu aprendi no Jardim de Infância.

Sapiência não se encontrava no topo da montanha das escolas de pós-graduação, mas no pátio do jardim.

Essas são as coisas que aprendi: compartilhar todas as coisas; “jogue limpo” e não bata nos colegas. Não pegue nada que não seja seu; limpe a bagunça que você fez. Coloque tudo de volta nos seus lugares. Peça desculpas quando você magoar alguém. Sempre dê a descarga e lave as mãos, sobretudo, antes das refeições. Viva uma vida equilibrada: além de trabalhar, desenhe, pinte, cante e dance um pouco todos os dias. Lembre-se também de que leite frio e biscoitos fresquinhos podem ser bons para você.

Tire uma soneca à tarde e, quando sair às ruas, cuidado com o trânsito, dêem as mãos e permaneçam juntos. Cultive a imaginação. Lembre-se da semente de feijão que a professora colocava no vaso de água. As raízes cresciam para baixo e as folhas para cima e ninguém sabia explicar por quê. Nós somos parecidos. Os peixinhos do aquário, os passarinhos da gaiola, as sementes do feijão, todos morrem também.

Recorde-se do grande e melhor conselho da época: Olhe! Olhe ao seu redor! Tudo o que você precisa saber está aí a sua volta. As regras de ouro: paz, amor, ecologia e uma vida saudável.

Imagine como o mundo seria melhor se todos tivessem um lanchinho com leite e biscoitos às 3 da tarde e, em seguida tirassem uma soneca. Imagine se fosse política nacional que todos os cidadãos tivessem que limpar a sua própria bagunça e colocar as coisas de volta em seus lugares. Imagine se todos dessem as mãos e permanecessem juntos.

Adaptado e traduzido por Paulo R. Motta

Fonte: Tudo que Eu Devia Saber Aprendi no Jardim de infância - Robert Fulghum – ed. Best Seller (ISBN 8571239045)
Dr.Robert Fulghum: Escritor americano, cujos livros estão traduzidos em 27 línguas. É filósofo, teólogo, dedica-se às Artes e é professor numa universidade americana.






Fábulas


Fábulas
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A GALINHA DOS OVOS DE OURO

Certa manhã, um fazendeiro descobriu que sua gansa tinha posto um ovo de ouro. Apanhou o ovo, correu para casa, mostrou-o à mulher, dizendo:

- Veja! Estamos ricos!

Levou o ovo ao mercado e vendeu-o por um bom preço.

Na manhã seguinte, a gansa tinha posto outro ovo de ouro, que o fazendeiro vendeu a melhor preço. E assim aconteceu durante muitos dias. Mas, quanto mais rico ficava o fazendeiro, mais dinheiro queria. E pensou:

"Se esta gansa põe ovos de ouro, dentro dela deve haver um tesouro!"

Matou a gansa e, por dentro, a gansa era igual a qualquer outra.

Quem tudo quer tudo perde.

♥♥♥

A RAPOSA E AS UVAS

Uma raposa faminta entrou num terreno onde havia uma parreira, cheia de uvas maduras, cujos cachos se penduravam, muito alto, em cima de sua cabeça. A raposa não podia resistir à tentação de chupar aquelas uvas mas,por mais que pulasse, não conseguia abocanhá-las. Cansada de pular, olhou mais uma vez os apetitosos cachos e disse:

- Estão verdes . . .

É fácil desdenhar daquilo que não se alcança.

♥♥♥

A FORMIGA E A POMBA

Uma formiga sedenta veio à margem do rio para beber água. Para alcançá-la, devia descer por uma folha de grama. Quando assim fazia, escorregou e caiu dentro da correnteza.

Uma pomba, pousada numa árvore próxima, viu a formiga em perigo. Rapidamente, arrancou uma folha da árvore e deixou-a cair no rio, perto da formiga, que pode subir nela e flutuar até a margem.

Logo que alcançou a terra, a formiga viu um caçador de pássaros, que se escondia atrás duma árvore, com uma rede nas mãos. Vendo que a pomba corria perigo, correu até o caçador e mordeu-lhe o calcanhar. A dor fez o caçador largar a rede e a pomba fugiu para um ramo mais alto.

De lá, ela arrulhou para a formiga:

- Obrigada, querida amiga.

Uma boa ação se paga com outra.

♥♥♥
 
A LEITEIRA E O BALDE

Uma leiteira ia a caminho do mercado. Na cabeça, levava um grande balde de leite. Enquanto andava, ia pensando no dinheiro que ganharia com a venda do leite:

- Comprarei umas galinhas. As galinhas botarão ovos todos os dias. Venderei os ovos a bom preço. Com o dinheiro dos ovos, comprarei uma saia e um chapéu novos. De que cor?

Verde, tudo verde, que é a cor que me assenta bem. Irei ao mercado de vestido novo. Os rapazes me admirarão, me acompanharão, me dirão galanteios, e eu sacudirei a cabeça ... assim! . . .

E sacudiu a cabeça. O balde caiu no chão e o leite todo espalhou-se. A leiteira voltou com o balde vazio.

Não se deve contar hoje com o lucros de amanhã!

♥♥♥
 
O CERVO E O LEÃO

Num belo dia de verão, um cervo chegou até junto a um regato, para beber. Quando inclinou a cabeça, viu na água a própria imagem e exclamou, orgulhoso:

- Oh, como eu sou bonito e que bonitos são meus chifres!

Aproximou-se mais e viu o reflexo das próprias pernas dentro da água:

- Mas como são finas as minhas pernas . . . - observou com tristeza.

Nesse momento surgiu um leão que saltou sobre o cervo.

O cervo disparou pela campina, com tanta velocidade que o leão não podia pegá-lo. Aí, o cervo entrou por dentro da floresta e logo os seus chifres se embaraçaram nos galhos das árvores. Em poucos instantes o leão saltava sobre o prisioneiro.

- Ai de mim! - gemeu o cervo. - Senti orgulho de meus chifres e desprezei minhas pernas . . . no entanto, estas me salvariam e estes causaram minha perda . . .

"Muitas vezes desdenhamos do que temos de melhor."

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O CORVO E O JARRO

Um corvo morria de sede e se aproximou de um jarro, que uma vez vira cheio d'água. Mas, desapontado, verificou que a água estava tão baixa que ele não podia alcançá-la com o bico. Tentou derramar o jarro mas era impossível: o jarro era pesado demais.

De repente, viu ali perto um monte de bolas de gude. Apanhou com o bico uma das bolas e jogou dentro do jarro. Depois outra. E outra mais. E outra. E a cada bola que jogava, a água subia. Jogou tantas bolas dentro do jarro que a água subiu-lhe até o gargalo. E o corvo pode beber.

Onde a força falha, a inteligência vence.

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O PESCADOR E O PEIXE


Um pescador estava pescando e, depois de horas de pescaria, conseguiu apanhar um peixe muito pequeno. O peixinho lhe disse:

- Poupe minha vida e jogue-me de novo no mar. Dentro de pouco tempo, estarei crescido e você poderá pescar um peixe grande!

O pescador respondeu:

- Eu seria um tolo se te soltasse por uma pescaria incerta . . .

Mais vale a certeza de hoje do que a incerteza de amanhã.

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O CONSELHO DOS CAMUNDONGOS

Um dia os camundongos se reuniram para decidir a melhor maneira de lutar contra o inimigo comum, o gato. Discutiram horas seguidas, sem encontrar um bom plano.

Afinal, um ratinho pediu a palavra e falou:

- Sabemos que o grande perigo é quando o gato se aproxima tão mansamente que não percebemos sua presença. Proponho que se coloque um guizo no pescoço do gato. raças ao barulho do guizo, saberemos da aproximação do gato, e teremos tempo para fugir.

Todos aplaudiram a idéia brilhante. Mas um ratinho mais experimentado pediu também a palavra e disse:

- A idéia é muito boa. Mas que vai pendurar o guizo no pescoço do gato?

É mais fácil falar do que fazer.
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O GALO E A JÓIA

Um galo estava ciscando no terreiro e, no meio da suja poeira, encontrou uma jóia.

- Ah - disse, triste, o galo - como ficaria feliz o meu dono se encontrasse esta jóia! Para mim, porém, ela é completamente inútil; eu preferiria ter achado um sabugo de milho...

O que para uns tem valor, para outros nada vale.

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O PASTORZINHO E O LOBO

Todos os dias, um jovem pastor levava um rebanho de ovelhas às montanhas perto da aldeia. Um dia, por brincadeira, ele correu de lá de cima gritando:

- Um lobo! Um lobo!

O Habitantes da aldeia trataram de apanhar pedaços de pau para caçar o lobo. E encontraram o pastorzinho às gargalhadas, dizendo:

- Eu só queria brincar com vocês!

E, vendo que a brincadeira realmente assustava os aldeões, gritou no dia seguinte:

- Um lobo!

E novamente os moradores da aldeia trataram de apanhar suas armas de madeira.

Tantas vezes o fez que a gente da aldeia não prestava mais atenção aos seus gritos. Mais uns dias e ele volta a gritar:

- Um lobo! Um lobo! Socorram-me!

Um dos homens disse aos outros:

- Já não acredito. Ele não nos engana mais.

E era de fato um lobo, que dizimou todo o rebanho do pastorzinho.

Ninguém acredita num mentiroso, mesmo quando ele diz a verdade.

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A LEBRE E A TARTARUGA

A lebre, muito gabola, vivia contando para todos que era o animal mais veloz do mundo. Por isso gostava da apostar corridas.

Dona Lebre já tinha nas corridas um casaco de peles da onça malhada e um pote de mel do amigo urso.

- Olhem só! Outro dia fiz uma corrida com o Sol e ganhei fácil. Ele até se escondeu, todo envergonhado, atrás de uma nuvem - disse a lebre.

- Corto minhas orelhas se alguém ganhar de mim. Desafio todos os animais da floresta - disse novamente a lebre.

A tartaruga, muito calma, aceito o desafio:

- Aceito e darei a você a minha casa se eu perder.

O corredores dariam a volta ao redor da Floresta Encantada, voltando ao ponto de partida.

Partiram. A lebre correu como o vento e a tartaruga saiu lentamente.

Depois de algum tempo a lebre olhou para trás e, vendo que a tartaruga estava muito longe, resolveu tirar uma soneca.

Roncou... Roncou... Roncou...

A tartaruga muito lentamente passou e ganhou a corrida.

Dizem que até hoje Dona Lebre corre muito porque tem medo de que a tartaruga corte suas orelhas.

Paciência vale mais do que pressa.

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AS LEBRES E AS RÃS

As lebres, animais tímidos por natureza, se sentiam oprimidas por causa da sua excessiva timidez, e cansadas de viverem em constante alerta, temendo a tudo e a todos, o tempo todo.

Em comum acordo resolveram por fim as suas vidas e a todos os seus problemas, saltando do alto de um penhasco, para as águas profundas de um lago abaixo.

Assim que elas correram, todas de uma só vez, para colocar em prática sua decisão, as Rãs que repousavam nas margens do lago escutaram o barulho dos seus pés, e desesperadas e tomadas de pânico, fugiram para o fundo da água em busca de segurança.

Ao ver o desespero das ãs em fuga, uma das ebres, rogou aos seus companheiros:

- Fiquem meus amigos, não façam isso que estão pretendendo, vimos agora que existem criaturas que vivem mais aterrorizadas que nós.

É uma grande ilusão e egoísmo, acharmos que nossos problemas são os maiores do mundo e que, apenas nós os temos.

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A CIGARRA E A FORMIGA

A cigarra é uma grande cantora e passou o verão todo cantando lindas canções no alto de uma árvore.

Ficava o dia inteiro cantando e olhando as formigas trabalharem sem parar.

O verão passou. O inverno chegou.

A cigarra, com frio, fome e tossindo muito, um dia bateu na porta da casa da formiga.

A formiga olhou por uma fresta e perguntou:

- Quem é você? Por que está tão suja e gripada?

-E u sou a cigarra que mora no alto da árvore, cantei o verão todinho e agora não tenho comida nem casa para me abrigar do vento e do frio.

- Ah, cantava? Pois agora dance!

A cigarra ia saindo entristecida, quando a formiga chamou.

- Puxa vida! Então era você que ficava alegrando nossas vidas enquanto trabalhávamos? - disse a formiga.

- Sim, era eu mesma - disse chorando, a cigarra.

- Então está bem, fique morando aqui até o tempo ficar bom.

A cigarra sarou e continuou a cantar, alegrando a vida de toda a bicharada da floresta.

Deve-se prever sempre o dia de amanhã.

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A OSTRA E O CARANGUEJO

Uma ostra estava apaixonada pela lua.

Quando seu grande disco de prata aparecia no céu, ela passava horas a fio, com as conchas abertas, olhando para ela.

Certo dia um caranguejo percebeu que a ostra se abria durante a lua cheia e pensou em comê-la. A noite seguinte, quando a ostra se abriu, o malvado caranguejo jogou uma pedra dentro dela.

Nesse momento, a ostra tentou se fechar, mas a pedra a impediu.

Então o astuto caranguejo saiu de seu esconderijo, abriu suas pinças afiadas e quase comeu a ostra inocente, se não fosse um tubarão que apareceu das profundezas para assustá-lo.

Pois é exatamente isso o que acontece com quem abre muito a boca para divulgar seus segredos. Sempre existe algum ouvido querendo se apoderar deles.

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Para saber mais sobre fábulas


Literatura Infantil


Literatura Infantil
Conceitos importantes
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Como situar a literatura infantil no quadro conceitural dos gêneros literários? Segundo a classificação proposta por Nelly N. Coelho (2000) temos:

• Gêneros (formas geradoras): poesia, ficção e teatro.

Gênero é a expressão estética de determinada experiência humana de caráter universal: a vivência lírica (o eu mergulhado em suas próprias emoções), cuja expressão essencial é a poesia; a vivência épica (o eu em relação com o outro, com o mundo social), cuja expressão é a prosa, a ficção; e a vivência dramática, cuja expressão básica é o diálogo, a representação, isto é, o teatro.

• Subgêneros (formas básicas):

a) Elegia, soneto, ode, hino, madrigal, etc. (poesia)
b) Conto, romance, novela, literatura infantil (ficção)
c) Farsa, tragédia, ópera, comédia, etc. (teatro)

As formas básicas de ficção diversificam-se em categorias (dependendo da natureza do tema da matéria ficcional): ficção científica, romance policial, novela de aventuras, romance de amor, narrativa satírica, paródia, biografia, romance histórico, etc.


De acordo com essa classificação, a literatura infantil pertence ao gênero ficção, o qual abrange toda e qualquer prosa narrativa literária. A literatura infantil ocupa um lugar específico no âmbito do gênero ficção, pois se destina a um leitor especial, em formação, passando pelo processo de aprendizagem inicial da vida. Daí o caráter pedagógico (conscientizador) que, de maneira latente ou patente, é inerente à sua matéria. E também, ou acima de tudo, a necessidade de ênfase em seu caráter lúdico.

Há formas narrativas que vêm, desde a origem dos tempos, que podem ser consideradas como pertencentes ao gênero da ficção, definidas como FORMAS SIMPLES: fábula, apólogo, parábola, alegoria, mito, lenda, saga, conto maravilhoso, conto de fada, conto exemplar, conto jocoso, etc.

Formas simples são narrativas que há séculos surgiram anonimamente e passaram a circular entre os povos da Antiguidade, transformando-se com o tempo no que hoje conhecemos como tradição popular. Pela simplicidade e autenticidade que singularizam essas narrativas, quase todas elas acabaram assimiladas pela literatura infantil, via tradição popular:

a) Fábula: é a narrativa de uma situação vivida por animais que alude a uma situação humana e tem por objetivo transmitir certa moralidade. Foi a primeira espécie de narrativa a aparecer. Nascida no Oriente, a fábula foi reinventada no Ocidente pelo grego Esopo (séc. VI a.C.) e aperfeiçoada pelo escravo romano Fedro (séc. I a.C.), que a enriqueceu estilisticamente. No séc. XVI foi descoberta e reiventada por Leonardo da Vinci. No séc. XVII, La Fontaine reinventou a fábula introduzindo-a definitivamente na literatura ocidental (sua primeira coletânea de fábulas data de 1668).

b) Apólogo: é a narrativa breve de uma situação vivida por seres inanimados (objetos ou elementos da natureza), que adquirem vida e que aludem a uma situação exemplar para os homens. Os personagens não são símbolos como acontece com as personagens da fábula. Ex.: O Sol e o Vento.

c) Parábola: é a narrativa breve de uma situação vivida por seres humanos (ou por humanos e animais), da qual se deduz, por comparação, um ensinamento moral ou espiritual.

d) Alegoria: é uma narrativa (em prosa ou em verso) que expressa uma ideia através de uma imagem. Há presença de entes sobrenaturais, mitológicos ou lendários.

e) Mito: é uma narrativa antiga que nos fala de deuses, duendes, heróis fabulosos ou de situações em que o sobrenatural domina. Os mitos estão ligados a fenômenos inaugurais: a genealogia dos deuses, a criação do mundo e do homem, a explicação mágica das forças da natureza, etc.

f) Lenda: É uma forma narrativa antiquíssima, geralmente breve (em verso ou prosa), cujo argumento é tirado da tradição. É o relato de acontecimento em que o maravilhoso e o imaginário superam o histórico e o verdadeiro. É transmitida e conservada pela tradição oral. A lenda conserva quatro características do conto popular: antiguidade, persistência, anonimato e oralidade (C. Cascudo). Nosso folclore é rico em lendas como a da Mãe d’Água, da Cobra Grande, Mula-sem-cabeça, Boto, Curupira, etc.

g) Conto Maravilhoso: a forma tem raízes em narrativas orientais, difundidas pelos árabes (como em As Mil e Uma Noites). O núcleo de aventuras é sempre de natureza material/social/sensorial (a busca de riquezas; a satisfação do corpo; a conquista de poder, etc). Exs.: Aladim e a Lâmpada Maravilhosa; Os Músicos de Bremen; O Gato de Botas.

h) Conto de Fada: é de natureza espiritual/ética/existencial. Originou-se entre os celtas, com heróis e heroínas, cujas aventuras estavam ligadas ao sobrenatural, ao mistério do além-vida, visando a realização interior do ser humano. A fada (do latim fatum = destino) pertence à área dos mitos, encarna a possível realização dos sonhos ou ideais inerentes à condição humana.

i) Conto exemplar: é conto de moralidades, que se contava “ao pé do fogo” nos logos serões do inverno europeu. Os exemplos ensinam a Moral sensível e popular, facilmente perceptível no enredo, de fácil fabulação.”

j) Conto jocoso: se originou dos fabliaux (narrativas alegres e por vezes obscenas que circularam com grande sucesso na França medieval e daí para as demais nações). São narrativas breves e centradas no cotidiano. Aproximam-se do que chamamos de “anedota”, porém tinham uma intencionalidade crítica mais aguda.

k) Conto religioso: narram castigos ou prêmios pela mão de Deus ou dos santos, segundo C. Cascudo.

l) Conto etiológico: “foi sugerido e inventado para explicar e dar a razão de ser de um aspecto, propriedade, caráter de qualquer ente natural. Assim há contos para explicar o pescoço longo da girafa, o porquê da cauda dos macacos.” (C. Cascudo)

m) Conto acumulativo: é uma história encadeada, popular e divertida. Pode também se apresentar como um desafio à articulação da fala (trava-línguas).

Dessa narrativa primordial (anônima, sabedoria popular, recolhida por diferentes autores), passando porHans Christian Andersen (representante do ideário romântico-cristão), temos o que chamamos deliteratura infantil clássica. As centenas de contos de Andersen (extraídos do folclore dinamarquês ou inventados por ele) são exemplares da orientação ético-religiosa.

Devido à inexistência da literatura específica para a infância e juventude, começaram a surgir adaptações de romances famosos, que encantavam adultos e os menores. Durante os séculos XVIII e XIX, sinultaneamente à divulgação das coletâneas de Perrault, La Fontaine, Grimm e outras bem populares, surgem livros cultos(não populares) que eram destinados aos adultos, mas acabaram por se transformar em leitura para crianças e jovens. Exemplos: Aventuras de Robinson Crusoé (1719), Vinte Mil Léguas Submarinas (1870),Os Três Mosqueteiros (1844), A Volta ao Mundo em 80 Dias (1873), etc. Obras escritas para crianças: Os Novos Contos de Fadas (1856), Alice no País das Maravilhas (1962), Aventuras de Pinóquio (1881), etc. Todas expressando o estilo racionalista/romântico (preocupa-se com o realismo).

Aqui no Brasil, foi Monteiro Lobato quem abriu caminho para que as inovações que começavam acontecer na literatura "adulta" (com o Modernismo) atingissem também a infantil. Um dos grandes achados de Lobato foi mostrar o maravilhoso como possível de ser vivido por qualquer um, misturando o imaginário com o cotidiano. Sua obra A Menina do Narizinho Arrebitado aparece em 1920, trazendo seus traços marcantes: fluente, coloquial, objetiva, despojada e sem retóricas, agarrando de imediato o pequeno leitor, principalmente pelo humor.

Após a fase inovadora pós-lobatiana, a partir dos anos 60/70, houve uma multiplicidade de caminhos, tendências, estilos que se cruzam na enorme produção literária infantil/juvenil.

"O que define hoje a contemporaneidade de uma literatura é sua intenção de estimular a consciência crítica do leitor; levá-lo a desenvolver sua própria expressividade verbal ou sua criatividade latente; dinamizar sua capacidade de observação e reflexão em face do mundo que o rodeia; e torná-lo consciente da complexa realidade em transformação que é a sociedade, em que ele deve atuar quando chegar a sua vez de participar ativamente do processo em curso." Nelly N. Coelho (2000)

As tendências (ou linhas) da literatura infantil/juvenil contemporânea são:
a) Linha do Realismo cotidiano (desdobrada em Realismo crítico, Realismo lúdico, Realismo humanitário, Realismo histórico ou memorialista, e Realismo mágico);
b) Linha do Maravilhoso (desdobrada em: Maravilhoso metafórico, Maravilhoso satírico, Maravilhoso popular ou folclórico, Maravilhoso fabular, e Maravilhoso Científico);
c) Linha do Enigma ou Intriga Policialesca;
d) Linha da Narrativa por Imagens;
e) Linha dos Jogos Linguísticos.

Referência bibliográfica: Coelho, Nelly Novaes. Literatura Infantil: teoria, análise, didática. São Paulo: Moderna, 2000.

Organização Ivanise Meyer®

Trava-línguas


Trava-línguas
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Trata-se de uma modalidade de parlenda.
É uma arrumação de palavras sem acompanhamento de melodia, mas às vezes rimada, obedecendo a um ritmo que a própria metrificação lhe empresta. A finalidade é entreter a criança, ensinando-lhe algo. No interior, aí pela noitinha, naquela hora conhecida como “boca da noite”, as mulheres costumam brincar com seus filhos ensinando-lhes parlendas, brinquedos e trava-línguas. Uma das mais comuns é a elas ensinam aos filhos apontando-lhes os dedinhos da mão: – "Mindinho, seu vizinho, pai de todos, fura bolo e mata piolho".

Cascudo (Literatura Oral no Brasil , 1984 ) incluiu o trava-língua nos contos acumulativos, seguindo a classificação de Antti Aarne / Stith Thompson, com o que não concorda Almeida (Manual de coleta folclórica , 1965) , dizendo que os trava-línguas muitas vezes não são estórias , mas jogos de palavras difíceis de serem pronunciadas. São antes brincadeiras.

Todos os trava-línguas são propostos por fórmulas tradicionais, como : ''fale bem depressa ''; ''repita três vezes '' ; ''diga correndo '', e similares. O importante no trava-língua é que ele deve ser repetido de cor, várias vezes seguidas e tão depressa quanto possível . Lido, e devagar, perde a graça e a finalidade.
Fonte: http://www.qdivertido.com.br

Alguns para você decorar e brincar:

O peito do pé do pai do padre Pedro é preto.

A babá boba bebeu o leite do bebê.

O dedo do Dudu é duro.

A rua de paralelepípedo é toda paralelepipedada.

Quem a paca cara compra, cara a paca pagará

O Papa papa o papo do pato.

Farofa feita com muita farinha fofa faz uma fofoca feia.

Norma nina o nenê da Neuza.

A chave do chefe Chaves está no chaveiro.

Sabia que a mãe do sabiá sabia que sabiá sabia assobiar?

Um limão, dois limões, meio limão .

É muito socó para um socó só coçar!

Nunca vi um doce tão doce como este doce de batata-doce!

Chega de cheiro de cera suja.

É preto o prato do pato preto.

Bagre branco; branco bagre.

Um tigre, dois tigres, três tigres.

Três tristes tigres trigo comiam.

Luzia listra os lustres listrados.

Debaixo da cama tem uma jarra.
Dentro da jarra tem uma aranha.
Tanto a aranha arranha a jarra,
Como a jarra arranha a aranha.
O caju do Juca
E a jaca do cajá.
O jacá da Juju
E o caju do Cacá.
Atrás da pia tem um prato
Um pinto e um gato
Pinga a pia, apara o prato
Pia o pinto e mia o gato.
Olha o sapo dentro do saco
O saco com o sapo dentro
O sapo batendo papo
E o papo soltando vento.
Num ninho de mafagafos,
sete mafagafinhos há.
Quem melhor desmagafar,
bom desmagafagador será.
O tempo perguntou ao tempo,
Quanto tempo o tempo tem,
O tempo respondeu ao tempo,
Que não tinha tempo,
De ver quanto tempo,
O tempo tem.
O seu Tatá tá?
Não, o seu Tatá não tá,
Mas a mulher do seu Tatá tá.
E quando a mulher do seu Tatá tá,
É a mesma coisa que o seu Tatá tá,tá?
O rato roeu a roupa,
Do rei de Roma.
e a rainha, de raiva,
roeu o resto.
Gato escondido
com rabo de fora
tá mais escondido
que rabo escondido
com gato de fora.
Essa casa está ladrilhada.
Quem a desenladrilhará?
O desenladrilhador que a desenladrilhar,
Bom desenladrilhador será!

Organizado por Ivanise Meyer®

Parlendas

Parlendas
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Amanhã é domingo, pé de cachimbo.
O cachimbo é de ouro, bate no touro.
O touro é valente, bate na gente.
A gente é fraco, cai no buraco.
O buraco é fundo, acabou-se o mundo.
O Papagaio come milho.
periquito leva a fama.
Cantam uns e choram outros
Triste sina de quem ama.
Um, dois, feijão com arroz,
Três, quatro, feijão no prato,
Cinco, seis, falar inglês,
Sete, oito, comer biscoito,
Nove, dez, comer pastéis.
Eu sou pequena,
Da perna grossa,
Vestido curto,
Papai não gosta
Por detrás daquele morro,
Passa boi, passa boiada,
Também passa moreninha,
De cabelo cacheado
Tropeiro fala de burro,
Vaqueiro fala de boi,
Jovem fala de namorada,
Velho fala que foi.
Era uma bruxa
À meia-noite
Em um castelo mal-assombrado
com uma faca na mão
Passando manteiga no pão
A sempre-viva quando nasce,
toma conta do jardim
Eu também quero arranjar
Quem tome conta de mim 
Palma, palminha,
Palminha de Guiné
Pra quando papai vié,
Mamãe dá a papinha,
Vovó bate cipó,
Na bundinha do nenê.
Cala a boca!
Cala a boca já morreu
Quem manda em você sou eu!
Enganei um bobo
Na casca do ovo!
Uni, duni, tê,
Salamê, minguê,
Um sorvete colorê,
O escolhido foi você!
Quem cochicha,
O rabo espicha,
Come pão
Com lagartixa
Rei, capitão,
Soldado, ladrão.
Moça bonita
Do meu coração
Fui à feira comprar uva.
Encontrei uma coruja,
Pisei no rabo dela.
Ela me chamou de cara suja
Dedo mindinho,
Seu vizinho,
Pai de todos,
Fura bolo,
Mata piolho..
Batatinha quando nasce
se esparrama pelo chão.
Menininha quando dorme
põe a mão no coração.
Chuva e sol, casamento
de espanhol.
Sol e chuva, casamento
de viúva.
Meio dia,
Panela no fogo,
Barriga vazia.
Macaco torrado,
Que vem da Bahia,
Fazendo careta,
Pra dona Sofia.
No portão do cemitério,
Tério, tério, tério,
Duas almas se encontraram,
Traram, traram, traram.
Uma disse para a outra,
Outra, outra, outra,
Você é uma vagabunda,
Bunda, bunda, bunda,
Mas que falta de respeito,
Peito, peito, peito
Mas que peito cabeludo,
Ludo, ludo, ludo...
Entrou pela perna do pato,
Saiu pela perna do pinto.
O rei mandou dizer
Que quem quiser
Que conte cinco:
Um, dois, três, quatro, cinco.
Lá em cima do piano
tem um copo de veneno
Quem bebeu, morreu
O azar foi seu.
Salada, saladinha
Bem temperadinha
Com sal, pimenta
Um, dois, três.
Cadê o toucinho que estava aqui?
O Gato comeu
Cadê o gato?
No mato
Cade o mato?
O fogo queimou
Cadê o fogo?
A água apagou
Cadê a água?
O Boi bebeu
Cadê o boi?
Amassando o trigo
Cadê o trigo?
A galinha espalhou
Cadê a galinha?
Botando ovo
Cadê o ovo?
O padre bebeu
Cadê o padre?
Rezando missa
Cadê a missa?
Tá na capela
Cadê a Capela?
Tá aqui...
Corre, Cutia,
Na casa da Tia
Corre Cipó
Na casa da Avó
Lencinho na mão
caiu no chão
Moça bonita
Do meu coraão
Um, dois, três.
O macaco foi à feira
Não sabia o que comprar
Comprou uma cadeira
Pra comadre se sentar
A comadre se sentou
A cadeira escorregou
coitada da comadre
foi parar no corredor.

Batatinha quando nasce,
Se esparrama pelo chão,
Mamãezinha quando dorme,
Põe a mão no coração. (variação regional)

Em tempo,
uma visitante deixou uma contribuição sobre a parlenda da Batatinha.
Provavelmente, a versão acima, pesquisada de outras fontes, é uma variação regional:

"Batatinha quando nasce
espalha ramas pelo chão. 
Menininha quando dorme
põe a mão no coração."
Organizado por Ivanise Meyer®

Parlendas

Parlendas e trava-línguas
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Parlenda (do verbo parlar) ou trava-línguas, é uma forma literária tradicional, rimada com caráter infantil, de ritmo fácil e de forma rápida. Usada, em muitas ocasiões, para brincadeiras populares. Normalmente é uma arrumação de palavras sem acompanhamento de melodia, mas às vezes rimada, obedecendo a um ritmo que a própria metrificação lhe empresta. A finalidade é entreter a criança, ensinando-lhe algo.

Em algumas vezes, é chamada de trava-línguas, quando é repetida de forma rápida ou várias vezes seguidas, provocando um problema de dicção ou paralisia da língua, que diverte os ouvintes. Assim, pede-se a alguém que repita uma parlenda, em prosa ou verso, de forma rápida - "fale bem depressa" - "diga correndo" - ou que a repita várias vezes seguidas - "repita três vezes".

As parlendas não são cantadas e, sim, declamadas em forma de texto, estabelecendo-se como base a acentuação verbal.

Uso do trava-línguas na escola

Os trava-línguas fazem parte das manifestações orais da cultura popular, são elementos do nosso folclore, como as lendas, os acalantos, as parlendas, as adivinhas e os contos. O que faz as crianças repeti-los é o desafio de reproduzi-los sem errar. Entra aqui também a questão do ritmo, pois elas começam a perceber que, quanto mais rápido tentam dizer, maior é a chance de não concluir o trava-línguas. Esse tipo de poema pode ser um bom recurso para trabalhar a leitura oral, com o cuidado de não expor alunos com mais dificuldades. É nessa leitura que melhor se observa o efeito do trava-línguas e, dependendo da atividade, passa a ser uma brincadeira que agrada sempre. Os trava-línguas podem ainda ser escritos para criar uma coletânea de elementos do folclore e pesquisados em diferentes fontes: livros, sites na internet ou revistas de passatempos.

Os portugueses denominam as parlendas: cantilenas ou lengalengas. Na literatura oral é um dos entendimentos iniciais para a criança e uma das fórmulas verbais que ficam, indeléveis, na memória adulta.

Para mais sobre o assunto, conferir:
HEYLEN, Jacqueline. Parlenda, riqueza folclórica; base para a educação e iniciação à música. 2ª ed. São Paulo, Editora HUCITEC, 1991.

Organizado por Ivanise Meyer®