"A educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo. (Nelson Mandela) "

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015


Esta semana, depois de contar muitas histórias relacionadas ao nosso rico folclore, me deparei com uma figura estranha: O boitatá! Nem era boi… Nem muito menos tatá, mas uma grande serpente flamejante e assustadora então eu pensei em como explicar aos pequenos a origem dos personagens do folclore e as suas histórias?
Mais que isso: Como fazê-los diferenciar as lendas, mitos, fábulas e até mesmo os clássicos? A tarefa não foi tão difícil e eu vou contar a vocês aqui no Bloguito!
Gente por si só já gosta de contar histórias! Todos os dias contamos histórias. Seja no trabalho, em casa, na rua, na escola, não importa o ambiente, o fato é que estamos sempre relatando acontecimentos que se passaram conosco ou não e cada pessoa tem uma forma especial de transmiti-los.
Graças a essas diferentes maneiras de narrar, colecionamos pérolas que classificamos com o tempo como formas de narrativa e que possuem algumas diferenças entre elas.
Mas como diferenciá-las?
Falar sobre as lendas é também falar sobre acontecimentos sobrenaturais e misteriosos. As lendas são transmitidas oralmente pelas pessoas e tem por objetivo falar sobre esses acontecimentos de maneira que as histórias se entrelaçam entre realidade e imaginação. E como quem conta um conto aumenta um ponto… Essas histórias são modificadas quando contadas ao longo do tempo, é como a brincadeira de telefone sem fio!
No entanto, ao se tornarem conhecidas, são registradas na linguagem escrita, como aconteceu com muitas delas. Muitos autores brasileiros utilizaram em seus livros personagens dos contos orais. É impossível falar disso sem mencionar Monteiro Lobato, que contou histórias das nossas tradições culturais com tanta propriedade e ainda hoje é tão atual.
Os mitos por sua vez, são formas de narrativas encontradas pelos povos antigos e eram utilizadas para explicar coisas que eles ainda não compreendiam como, por exemplo, os fenômenos da natureza. São histórias de deuses, semideuses e heróis com poderes sobrenaturais e extraordinários. No entanto eles se misturam com as nossas características reais e humanas e a simbologia é uma grande marca desse tipo de narrativa.
Na realidade é uma grande mistura de religião e ciência relatadas em suas histórias sagradas para explicar a origem do mundo e do homem. Hoje os jovens leitores estão encantados com histórias como essas de dragões, monstros, além da série de Percy Jackson e os olimpianos, do autor Rick Riordan, sucesso de vendas.
Para ajudar no amadurecimento do ser humano, vieram as fábulas, que são histórias curtinhas que mostram animais que pensam, falam e tem julgamentos humanos com seus sentimentos e emoções. Essas historinhas falam sobre os valores da sociedade e ajudam a criança a lidar com situações do presente para que ela lide bem com o mundo real dos adultos. La Fontaine e Esopo trouxeram muito bem para nós essa narrativa.
Já nos clássicos, mergulhamos de cabeça nos irmãos Grimm e Andersen, são os contos de fadas que geralmente falam sobre fantasia e as crianças se projetam neles quando entram nesse mundo e viram príncipes e princesas que moram em castelos encantados junto com animais que falam e são aterrorizadas por bruxas malvadas.
Ufa! Acho que falei demais, não acham?
Mas o que eu queria mesmo de verdade era estar contando isso pra vocês em um sítio, à noite e sentada em frente a uma fogueira junto como meu violão. Vocês já imaginaram?
Um grande abraço!

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